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CAPÍTULO 1 Equilíbrio Químico Índice 1.1 Reações Químicas Reversíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2 Gráficos de Equilíbrio Químico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2.1 Velocidade x tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2.2 Concentração x tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.3 Tipos de Equilíbrio Químico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.3.1 Sistemas homogêneos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.3.2 Sistemas heterogêneos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.4 Constante de equilíbrio químico (kc) em termos de concentração . . . . . . . . 5 1.5 Constante de equilíbrio químico em termos de pressão parciais (kp) . . . . . . 8 1.6 Relação entre kc e kp . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.7 Grau de Equilíbrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1.8 Deslocamento do equilíbrio químico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.8.1 Influência da concentração dos participantes . . . . . . . . . . . . . . . 11 1.8.2 Influência da temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 1.8.3 Influência da pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.8.4 Influência do catalisador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.9 Resumo Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 1.10 Exercício Resolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 1.11 Exercícios de Sala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 1.12 Exercícios para serem resolvido e entreguem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 O equilíbrio químico é um fenômeno que acontece nas reações químicas reversíveis entre reagentes e produtos. Quando uma reação é direta, está transformando reagentes em produtos. Já quando ela ocorre de maneira inversa, os produtos estão transformando-se em reagentes. aA + bB cC + dD Para ocorrer um equilíbrio químico é necessário que: • a temperatura seja constante • o sistema não tenha trocas com o ambiente Quando um ponto de equilíbrio é atingido nas reações reversíveis tem-se: • a velocidade das reações direta e inversa iguais. • a concentração constante das substâncias presentes na reação. O equilíbrio químico é medido por duas grandezas: a constante de equilíbrio e o grau de equilíbrio. Ele pode ser alterado quando ocorre mudanças de: concentração, temperatura, pressão e uso de catalisadores. Pontos importantes sobre equilíbrio químico • Velocidade da reação direta é sempre igual à da inversa. • Graficamente, é detectado quando as curvas passam a ser constantes em relação ao eixo y. • Podem ter participantes gasosos, líquidos, aquosos ou sólidos. • Pode ser calculado em relação à concentração (mol/L), à pressão parcial ou ao número de íons. • De acordo com o estudo da quantidade de cátions hidrônio e hidróxido, os meios podem ser classificados em ácidos, básicos ou neutros. • Quando envolve a dissolução de um sal em água, a constante de equilíbrio passa a en- volver a hidrólise salina. • Se a solução é formada por ácido ou base fraca, juntamente com um sal, forma-se uma solução-tampão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.1 Reações Químicas Reversíveis Exemplo de equação química: 2H2 + O2 2H2O No primeiro membro (antes da seta) aparecem os reagentes, ou seja, as substâncias que entram na reação. No segundo membro (depois da seta) estão os produtos, isto é, as substâncias que foram formadas pela reação. Em uma reação reversível ela pode ocorrer nos dois sentidos (representado por seta para a direita sobre seta para a esquerda): 2N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) Assim, nas reações diretas os reagentes formam produtos (reagentes produtos). Já nas reações inversas, os produtos formam reagentes (produtos reagentes). 1.2 Gráficos de Equilíbrio Químico Podemos expressar o equilíbrio químico graficamente utilizando as variáveis velocidade e concentração (eixo y) em função do tempo (eixo x). O equilíbrio é observado graficamente quando as linhas do gráfico se tornam horizontais, tanto para velocidade quanto para a concentração. 1.2.1 Velocidade x tempo Observamos que v1 vai diminuindo à medida que os reagentes se transformam em produtos. Já v2 aumenta quando os produtos estão sendo formados. Figura 1.1: Gráfico da variação das velocidades vs. tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Observamos que v1 vai diminuindo à medida que os reagentes se transformam em produtos. Já v2 aumenta quando os produtos estão sendo formados. Ao atingir o equilíbrio químico, a velocidade das reações direta e inversa se tornam iguais. 1.2.2 Concentração x tempo Observamos que a concentração dos reagentes é máxima e diminui porque eles estão sendo transformados em produtos. Já a concentração dos produtos parte do zero (porque no início da reação só haviam reagentes) e vai crescendo a medida que estão sendo criados. Figura 1.2: Gráfico da variação das concentração vs. tempo. 1.3 Tipos de Equilíbrio Químico 1.3.1 Sistemas homogêneos São aqueles que os componentes do sistema, reagentes e produtos, encontram-se na mesma fase. São principalmente os sistemas gasosos Exemplo 1.3.1 Para sistemas gasosos temos: 2NO(g) + Cℓ2(g) 2NOCℓ2(g) Para soluções aquosas CH3COOH(aq) + C2H5OH(aq) CH3COOC2H5(aq) + H2O(ℓ) 1.3.2 Sistemas heterogêneos Os componentes da reação, reagentes e produtos, estão em mais de uma fase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exemplo 1.3.2 Sn(s) + 2H +(aq) Sn 2+(aq) + H2(g) 1.4 Constante de equilíbrio químico (kc) em termos de concentração constante de equilíbrio (kc) é uma grandeza que caracteriza o equilíbrio químico levando em consideração os aspectos cinéticos das reações químicas e as soluções em equilíbrio dinâmico. No equilíbrio químico, as taxas de reação de um sentido de reação e seu inverso devem ser iguais. Sendo assim, foi estabelecido que a constante de equilíbrio é obtida por: kc = [produtos] [reagentes] Constante de equilíbrio em termos de concentração (mol/L) ou simplesmenteKc é a relação estabelecida entre as concentrações molares de produtos e de reagentes presentes em uma reação elevadas aos seus respectivos expoentes. Observe o seguinte equilíbrio: aA + bB cC + dD O kc desse equilíbrio terá no numerador a multiplicação entre as concentrações dos produtos (C e D). No denominador, teremos amultiplicação entre as concentrações dos reagentes (A e B). Todos as concentrações deverão ser elevadas aos seus respectivos coeficientes estequiométricos (a, b, c, d). kc = [C]c · [D]d [A]a · [B]b Agora, observe o equilíbrio com participantes gasosos abaixo: 2NO(g) 2NO(g) + O2(g) A expressão da constante de equilíbrio (kc) para essa reação será: kc = [NO]2 · [O2]1 [NO]2 os participantes no estado sólido são sempre constantes, por isso, não participam da expres- são do Kc. 2 Aℓ2O3(s) 4Aℓ(s) + 3O2(g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Como o Aℓ2O3 e o Aℓ são sólidos, não entrarão na expressão do kc. Em suas posições, colocamos o número 1. kc = [O2]3 · 1 1 = [O2]3 Exemplo 1.4.1 Em determinadas condições de temperatura e pressão, existe 0,5 mol/L de N2O4 em equilíbrio com 2,0 mols/ L de NO2, segundo a reação abaixo: N2O4(g) 2NO(g) A constante de equilíbrio (kc) desse equilíbrio, nas condições da experiência, será nu- mericamenteigual a: (a) 0,125 (b) 0,25 (c) 1 (d) 4 (e) 8 Solução: Para fazermos os cálculos, colocamos os valores das concentrações de cada um dos par- ticipantes na expressão do kc. kc = [NO]2 [N2O4] Depois de escrever a expressão da constante de equílibrio vamos substitiuir os valores. kc = (2)2 0, 5 A unidade de kc na maioria das vezes é adimensional, isto é, sem unidade de medida. Mas pode é representa por mol/L kc = 8 mol/L Portanto a alternativa correta é a letra e O cálculo da constante de equilíbrio kc é importante porque ela transmite algumas informa- ções com respeito ao equilíbrio químico, se ele está deslocado ou não e, se estiver, para qual sentido. Veja essas informações a seguir: • kc = 1: significa que a concentração dos reagentes e dos produtos é igual e a reação está . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . em equilíbrio; • kc > 1: significa que os produtos estão em maior concentração, pois, na expressão de kc, os produtos estão no numerador. A reação ainda não atingiu o equilíbrio, pois está deslocada no sentido da formação dos produtos, ou seja, o equilíbrio está deslocado para a direita; • kc<1 : significa que os reagentes estão em maior concentração, pois, na expressão de kc, os reagentes estão no denominador. A reação ainda não atingiu o equilíbrio, pois está deslocada no sentido da formação dos reagentes, ou seja, o equilíbrio está deslocado para a esquerda. Vamos, então, ver um exemplo para entender como calcular o valor da constante de equilíbrio em termos de concentração (kc): Quando todos os componentes não atinge o equilíbrio químico temos: Exemplo 1.4.2 (PUC-RS) Um equilíbrio envolvido na formação da chuva ácida está representado pela equação: 2 SO2(g) + O2(g) 2SO3(g) Em um recipiente de 1 litro, foram misturados 6 mols de dióxido de enxofre e 5 mols de oxigênio. Depois de algum tempo, o sistema atingiu o equilíbrio; o número de mols de trióxido de enxofre medido foi 4. O valor aproximado da constante de equilíbrio é: (a) 0,53. (b) 0,66. (c) 0,75. (d) 1,33. (e) 2,33. Solução: 1o passo: interpretar os dados da questão. Equação balanceada 2 SO2(g) + O2(g) 2 SO3(g) quantidades iniciais 6 mol 5 mol zero quantidades que se formam e reagem - 4 mol - 2 mol + 4 mol quantidades no equilíbrio 6 – 4 = 2 mol 5 – 2 = 3 mol 4 mol concentrações no equilibrio [SO2]= 2 mol 1 L [O2]= 3 mol 1 L [SO3] = 4 mol1 L mol/L [SO2] = 2 mol/L [O2] = 3 mol/L [SO3] = 4 mol/L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2o Passo: Substituir na equação de equilíbrio kc = [SO3]2 [SO2]2 · [O2] kc = (4)2 (2)2 · (3) kc = 16 12 kc = 4 3 kc =1, 33 1.5 Constante de equilíbrio químico em termos de pressão parciais (kp) A constante de equilíbrio em termos de pressão parcial é representada pela sigla kp e é determinada quando pelo menos um dos componentes do equilíbrio, seja ele reagente ou produto, está no estado gasoso. 2NO2(g) 2NO(g) + O2(g) 1.6 Relação entre kc e kp kp = kc · (R · T )∆n sendo que: • kp é a constante de equilíbrio em função das pressões parciais • kc é a constante de equilíbrio em função das concentrações • R é a constante dos gases e utilizamos 0, 082 atm·Lmol·K quando a pressão parcial é expressa em atm. • T é a temperatura em Kelvin (oC + 273) • ∆n é a variação do número de mols (mols dos produtos - mols dos reagentes) e apenas leva em consideração os coeficientes das substâncias no estado gasoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exemplo 1.6.1 A reação abaixo: 2 SO2(g) + O2(g) 2SO3(g) Determine kp quando a temperatura for 300 K. E kc equivale 225. Solução: kp = kc · (R · T )∆n kp = 225 · (0, 082 · 300)[2−(2+1)] kp = 225 · (0, 082 · 300)−1 kp = 225 · (24, 6)−1 kp = 225 · 0, 0406 kp = 9, 41 atm−1 1.7 Grau de Equilíbrio O grau de equilíbrio (α) corresponde ao rendimento de uma reação química por meio da relação entre o reagente e a quantidade de mols desse reagente. Dessa forma, o grau de equilíbrio indica a porcentagem em mols de uma substância até atingir o equilíbrio químico. α = número de mols que reagiu número inicial de mols O resultado do grau de equilíbrio deve ser sempre multiplicado por 100 para que seja trans- formado em porcentagem. Para o grau de equilíbrio, temos que: • 0 < α < 1 • 0 < α % < 100% Quantomaior o valor de α, maior é o caminho percorrido pela reação até chegar o equilíbrio. Exemplo 1.7.1 Aqueceram-se 2 mol de PCℓ5 em um recipiente fechado com capacidade de 2 L. Atin- gindo o equilíbrio, o PCℓ5 estava 40% dissociado em PCℓ3 e Cℓ2. Calcule a constante de equilíbrio. A equação que representa o equilíbrio é: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . PCℓ5(g) PCℓ3(g) + Cℓ2(g) Solução: O enunciado indica que foram adicionados 2 mol de PCℓ5 em um recipiente de 2 L. Se, inicialmente, havia 2 mol, e 40% (0,4 mol) dele foi dissociado, pois: α = número de mols que reagiu número inicial de mols 0, 4 = número de mols que reagiu 2 número de mols que reagiu = 0, 4 · 2 número de mols que reagiu = 0, 8 PCℓ5((g) PCℓ3(g) + Cℓ2(g) quantidade mols início 2 zero zero quantidade que reage e se forma - 0,8 + 0,8 + 0,8 quantidade no equilíbrio 2 - 0,8 =1,2 0 + 0,8 = 0,8 0 + 0,8 = 0,8 concentração no equilíbrio Cm = 1,2mol2L Cm = 0,8mol 2L Cm = 0,8mol 2L Cm = 0, 6 mol/L Cm 0,4 mol/L Cm 0,4 mol/L Observe acima na tabela que dividimos os número de mols pelo volume para estimar a concentração no equilíbrio. 2o Passo: Agora substituímos os dados da concentração da equilíbrio na expressão do kc kc = [PCℓ3] · [Cℓ2] [PCℓ5] kc = (0, 4) · (0, 4)) (0, 6) kc =0, 27 1.8 Deslocamento do equilíbrio químico O estado de equilíbrio de uma reação pode sofrer modificações em função dos fatores de equilíbrio a que está submetido o sistema. Os fatores que provocam essa alteração são a concentração dos participantes, a pressão e a temperatura. O efeito provocado pela alteração de qualquer um dos fatoresde equilíbrio é regido pelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Princípio de Le Chatelier, que estabelece: “Quando se exerce uma ação num sistema em equilíbrio, este se desloca no sentido da reação que neutraliza essa ação”. Definição Baseado neste princípio é possível prever os efeitos de ações impostas a um sistema em equilíbrio. 1.8.1 Influência da concentração dos participantes Regra Geral: Adição de uma substância Desloca o equilibrio no sentido que irá consumi-la (lado oposto) retirada de uma substância Desloca o equilibrio no sentido que irá refazê-la (mesmo oposto) Supondo a reação em equilíbrio: N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) A adição de uma certa quantidade de N2(g) ao reator que contém o equilíbrio, aumentará a concentração desta substância e isto provocará um deslocamento deste equilíbrio para a direita (lado oposto daquele onde não ocorre variação de volume. Neste caso, a pressão não afetará o estado de equilíbrio da reação. 1.8.2 Influência da temperatura Regra geral: aumento da temperatura Desloca o equilibrio no sentido endotérmico diminuição da temperatura Desloca o equilibrio no sentido exotérmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Supondo a reação em equilíbrio: N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) ∆H−◦ = −92 kJ mol−1 A ∆H que acompanha a equação está associada à reação direta. Portanto, a reaçãodireta é exotérmica e a inversa é endotérmica. N2(g) + 3H2(g) exotérmica endotérmica 2NH3(g) Se a temperatura do sistema for aumentada, o equilíbrio se deslocará para a esquerda (sen- tido endotérmico). N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) Se a temperatura do sistema for diminuída, o equilíbrio se deslocará para a direita (sentido exotérmico). N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) 1.8.3 Influência da pressão Regra geral: aumento da pressão Desloca o equilibrio no sentido menor volume diminuição da pressão Desloca o equilibrio no sentido maior volume 1.8.4 Influência do catalisador Quando adicionamos um catalisador ao sistema, essa substância aumentará a velocidade das reações direta e inversa, diminuindo então o tempo necessário para que o equilíbrio quí- mico seja atingido, mas não altera a concentração das substâncias. Agora ilustramos um exemplo da influência sob o equilíbrio químico. Exemplo 1.8.1 Dada a reação química: N2(g) + 3H2(g) exotérmica endotérmica 2NH3(g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • Concentração: aumentando a quantidade de N2 na reação, o equilíbrio se desloca para direita, formando mais produto. • Temperatura: aumentando a temperatura, o equilíbrio se desloca para esquerda, favorecendo a reação endotérmica (absorvendo energia) e formando mais reagen- tes. • Pressão: aumentando a pressão, o equilíbrio se desloca para direita, que tem menor volume (número de mols). 1.9 Resumo Final 1.10 Exercício Resolvido Exercício Resolvido 1 Se 1 mol de H2(g) e 1 mol de I2(g), em um recipiente de 1 litro, atingirem a condição de equilíbrio a 500 °C, a concentração de HI no equilíbrio será: Dado: kc = 49. H2(g) + I2(g) 2HI(g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (a) 2,31. (b) 5,42. (c) 1,56. (d) 3,29. (e) 4,32. Solução: 1o Passo: Construir a tabela de equílibrio • Na tabela observamos que o valor −x corresponde ao que for consumido no rea- gente para formar o produto. • Na tabela observamos que o valor +x corresponde ao que for formado no produto. • observe que para o 2HI corresponde a 2x, pois temos dois mols sendo formados, devemos considerar os coeficientes estequiométricos da reação devidademente ba- lanceada. H2((g) + I2(g) 2HI(g) quantidade mols início 1 1 zero quantidade que reage e se forma −x −x +2x quantidade no equilíbrio 1− x 1− x 2x onsiderando que o volume é de 1 L e que kc = 49, vamos usar a expressão da constante de equilíbrio kc para descobrir a concentração de HI. Não se esqueça do volume da solução, neste caso foi divido por 1, pois corresponde a 1 L. 2o Passo: Escrever a expressão de equílibrio da reação e substituir os valores. kc = [HI]2 [H2] · [I2] 49 = (2x)2 (1− x) · (1− x) Fazemos a distributiva da equação acima 49 = 4x2 1− 2x+ x2 Rearranjando a equação acima teremos quer isolar o termos para chegar em uma equa- ção de segundo grau, o denominador da fração passou multiplicando o 49 e isolamos o 4x2 e igualmos a equação a zero, obtemos: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45x2 − 98x+ 49 = 0 Visto que temos uma equação de 2o grau aqui, teremos que usar a fórmula de Bhaskara para resolver: -Fórmula geral das equações de 2o grau: ax2 + bx+ c = 0; - Fórmula de Bhaskara: O uso da equação de Bhaskara nos cálculos de equilíbrio químico é utilizando quando não conhecemos a concentrações das especíes em equilíbrio x = −b± √ b2 − 4 · a · C 2 · a x = −(−98)± √ (−98)2 − 4 · 45 · 49 2 · 45 x = 98± √ 784 2 · 45 x = 98± 28 90 Resolvendo os termos para x1 e x2 termos: x1 = 98 + 28 90 x1 = 126 90 x1 =+ 1.4 Note que o resultado para x1 é > 1,0 mol (não tem significado físico), pois no início temos 1 mol e não será consumido por completo. x2 = 98− 28 90 x2 = 70 90 x2 =0, 78 3o Passo: Agora descobrimos a concentração de HI e das espécies em equilíbrio: [HI] = 2 · x = 2 · 0, 78= 1,56 mol/L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [I2] = 1− x = 1− 0, 78= 0,22 mol/L [H2] = 1− x = 1− 0, 78= 0,22 mol/L Note que as concentrações do equilíbrio mudam quando comparada com o início a me- dida que a reação ocorre há mundança na concentração tanto dos reagentes quanto dos produtos. Como o exercício quer conhecer a concentração de HI no equlíbrio a alternativa correta é a letra C. 1.11 Exercícios de Sala 1.1 Exercícios 1 (UFPB) Numa reação química, o equilíbrio é observado quando: a) O número de mols dos reagentes é igual ao número de mols dos produtos. b) A temperatura do sistema reacional fica constante c) As velocidades das reações direta e inversa são iguais. d) Os reagentes são totalmente consumidos. e) As reações direta e inversa ocorrem simultaneamente. 2 (PUC-PR) O gráfico relaciona o número de mols de M e P à medida que a reação: mM + nN pP + qQ se processa para o equilíbrio: De acordo com o gráfico, é correto afirmar: a) em t1, a reação alcançou o equilíbrio; b) no equilíbrio, a concentração de M é maior que a concentração de P; c) em t2, a reação alcança o equilíbrio; d) no equilíbrio, as concentrações de M e P são iguais; e) em t1, a velocidade da reação direta é igual à velocidade da reação inversa. 3 Escreva as expressões matemáticas das constantesde equilíbrio kc e kp dos seguintes equi- líbrios em fase gasosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) H2(g) + I2(g) 2HI(g) b) 2H2(g) + S2(g) 2H2S(g) c) 2N2H4(g) + 2NO2(g) 3N2(g) + 4H2O(ℓ) 4 (FUVEST-SP) O equilíbrio de dissociação do H2S gasoso é representado pela equação H2S(g) 2H2(g) + S2(g) Em um recipiente de 2,0 dm3 estão em equilíbrio 1,0 mol de H2S, 0,20 mol de H2 e 0,80 mol de S2.Qual o valor da constante de equilíbrio kc? a) 0,016 b) 0,032 c) 0,080 d) 12,5 e) 62,5 5 (UFPR) Temos representadas no gráfico as concentrações dos reagentes e produtos de uma reação do tipo A + B C + D ocorrendo no sentido à direita a partir do tempo zero. Tem-se sempre [A] = [B] e [C] = [D], estando estes valores representados no gráfico. Calcular a constante de equilíbrio kc da reação. 6 (PUC-SP) Um mol de H2 e um mol de Br2 são colocados em um recipiente de 10 L de capacidade, a 575 °C oC. Atingindo-se o equilíbrio, a análise do sistema mostrou que 0,20 mol de HBr está presente. Calcule o valor de kc, a 575 °C, para a reação H2(g) + Br2(g) 2HBr(g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Sob determinadas condições, um mol de HI gasoso encontra-se 20% dissociado em H2 e I2, segundo a equação de reação: 2HI(g) H2(g) + I2(g) O valor da constante de equilíbrio, kc da reação (em termos de concentrações) é, aproxi- madamente, igual a: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.12 Exercícios para serem resolvido e entreguem 1.2 Exercícios 1 Escreva as expressões da constantes de equilíbrio kc a) 2NO(g) + 7H2(g) 2NH3(g) + 4H2O(ℓ) b) 2 ZnS(s) + 3O2(g) 2ZnO(s) + 2SO2(g) c) C6H5COOH(aq) −−⇀↽−− C6H5COO–(aq) + H+(aq) 2 O tetracloreto de carbono CS2 pode ser produzido por meio de uma reação a seguir: CS2(g) + 3Cℓ2(g) S2Cℓ2(g) + CCℓ4(g) suponha que 1,2 mol de CS2 e 3,6 mol de Cℓ2 sejam colocados em um frasco de 1,00 L. Depois de estabelecido o equilíbrio, a mistura contém 0,90 mol de CCℓ4. Calcule o valor de kc. 3 Um recipiente reacional contémNH3, N2 e H2 em equilíbrio a uma dada temperatura. As concentrações em equilíbrio são [NH3]=0,25 M, [N2]=0,20 M e [H2]=2,50 M. Calcule a constante de equilíbrio (kc) para a reação representada por N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 O brometo de carbonila decompõe-se em monóxido de carbono e bromo: COBr2(g) CO(g) + Br2(g) o valor de kc é 0,190 a 73 °C. Se coloca 0,500 mol de COBr2 em um frasco de 2,00 L e se aquece. Quais serão as concentrações no equilíbrio de COBr2, CO e Br2? Que percentagem do COBr2 original se decompõe nessa temperatura? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Equilíbrio Químico Reações Químicas Reversíveis Gráficos de Equilíbrio Químico Velocidade x tempo Concentração x tempo Tipos de Equilíbrio Químico Sistemas homogêneos Sistemas heterogêneos Constante de equilíbrio químico (kc) em termos de concentração Constante de equilíbrio químico em termos de pressão parciais (kp) Relação entre kc e kp Grau de Equilíbrio Deslocamento do equilíbrio químico Influência da concentração dos participantes Influência da temperatura Influência da pressão Influência do catalisador Resumo Final Exercício Resolvido Exercícios de Sala Exercícios para serem resolvido e entreguem
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