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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ENGENHARIA BIO MEDICA Resenha Crítica de Caso Moisés de Carvalho Trabalho da disciplina: INSTRUMENTÇÃO MEDICO HOSPITALAR Tutor: Prof. MIRNA MIGUEL PASSOS GODOY Duque de Caxias - RJ 2020 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE RADIOPROTEÇÃO PELOS PROFISSIONAIS DA RADIOLOGIA Referência: SEARES, Marcelo. FERREIRA, Carlos. A importância do conhecimento sobre radioproteção pelos profissionais da radiologia. CEFET/SC. Disponível em: Acesso em: 02 maio 2020 O artigo reflete sobre a importância de se conhecer os riscos que a radiação ionizante traz para os profissionais da área, os pacientes e o meio ambiente. Os princípios da radioproteção são os seguintes: justificativa, otimização e limitação da dose e baseiam-se no fundamento As Low As Reasonably Achievable (ALARA), que significa: tão baixo quanto possivelmente executável. Assim criaram-se formas de proteção radiológica baseadas no tempo de exposição, distância da fonte e blindagem. Os raios-x foram descobertos em 1895 e radioatividade natural em 1896, e percebeu-se que os efeitos das radiações ionizantes poderiam ser prejudiciais a saúde, causando danos nos tecidos biológicos, mas também poderiam ser benéficos sendo usados no diagnóstico de problemas de saúde e no tratamento médico, por exemplo, de tumores. Por isso, intensificou-se o estudo de formar a buscar uma solução de usufruir os benefícios que a mesma proporciona, porém, ao mesmo tempo reduzindo-se os seus malefícios. As células dos seres humanos, quando expostas a radiação apresentam sistemas de reparos, mediados por enzimas, para se curar das lesões. No entanto, isso nem sempre ocorre, gerando-se assim os seguintes transtornos: morte celular, incapacidade de reprodução ou modificação celular permanente devido a alteração das sequências gênicas que controlam a multiplicação celular normal. Isso pode levar a formação de um câncer. Os órgãos e tecidos do corpo humano, em geral, estão constantemente passando por um processo de perda e substituição de células. Quando a dose da radiação não é muito alta, apesar de causar destruição celular, ao mesmo tempo haverá um aumento da reposição celular, por isso, não surgirão grandes danos para o organismo. A relação entre uma dose alta de exposição à radiação e a perda das funções de um tecido biológico é chamado de efeito determinístico. Em alguns tecidos que possuem alta taxa de divisão celular, por exemplo, os de revestimento, medula óssea e células germinativas, os danos ao DNA impedem a reposição do tecido danificado quando expostos a grandes quantidades de radiação, causando efeitos precoces. Outros tecidos, como as células nervosas, ósseas, musculares e hepáticas apresentam menor divisão celular e menos consequências relacionadas com algum dano ocorrido no genoma. Porém, quando são seriamente lesados possuem menor grau de recuperação. Existe também o efeito estocástico quando ocorre dano ao DNA de uma única célula, mas a célula transformada ainda consegue se reproduzir. Existe uma pequena probabilidade que esta célula se torne cancerígena, causando grandes danos ao organismo. Em geral, os tumores são originários de uma única célula, por isso, qualquer dose de radiação por menor que seja, pode ocasionar o efeito estocástico. Torna-se essencial conhecer e utilizar os meios de proteção radiológica. No Brasil, as diretrizes de proteção radiológica são estabelecidas pelo NE- 3.01 (Diretrizes básicas de radioproteção) e CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Os princípios internacionais que definem os conceitos de proteção radiológica são: justificativa, otimização e limitação da dose. A justificativa é o princípio de que todo procedimento radiológico somente deve ser realizado em caso de real necessidade e observando-se as características particulares do indivíduo. Deve-se justificar cada caso de exposição, sendo proibido utilizar os procedimentos apenas para treinamento ou demonstração. A otimização refere-se a quantidade de radiação ionizante, que sempre deve ser o nível mais baixo possível. E a limitação da dose aplica-se ao limite de exposição da radiação tratando-se dos trabalhadores do setor radiológico e o público em geral. Os pacientes não se encaixam nessa categoria porque considera-se que os benefícios superem os prováveis riscos. Os trabalhadores da área radiológica (Raios-x diagnósticos, medicina nuclear, radioterapia e odontologia) precisam proteger-se adequadamente para evitar complicações decorrentes da exposição. As formas de proteção baseiam-se em: tempo, distância e blindagem. O tempo de exposição deve ser reduzido ao mínimo possível, por exemplo, uma forma de redução é o rodízio de técnicos em procedimentos radiológicos em leitos de UTI. A distância também é essencial, quanto mais distante da fonte de radiação, menor é a sua intensidade. Além disso, é necessário a blindagem individual, todos os trabalhadores do setor devem utilizar adequadamente os equipamentos de proteção individual (EPI), que incluem óculos Pb, protetor de tireoide, dosímetro TLD, avental Pb e saiote Pb. Também é importante a blindagem para pacientes, que pode ser feito, por exemplo, com protetor de gônadas e saiotes plumbíferos. E por fim, também é feita a blindagem da área, as salas de exames radiológicos devem seguir certas especificações, como por exemplo, serem blindadas com chumbo ou barita. Com a leitura do artigo é possível perceber a importância que cada trabalhador da saúde deve ter ao tomar medidas e cuidados que protejam a sua própria saúde, a de outras pessoas e o ambiente em volta. Esse princípio, aplica- se não apenas a radiologia, mas a todas as outras áreas. Existem dois pontos fundamentais: reconhecer os perigos e saber como evitá-los. É preciso que cada profissional de forma individual estude e conheça detalhadamente o seu campo de atuação para entender quais os riscos para si mesmo e para outros, para então fazer uso das medidas corretas com o objetivo diminuir tais riscos. O bom profissional precisa saber quais são as suas ferramentas de trabalho, conhecer as suas funções e efetivamente usá-las em cada situação devida.
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