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APOSTILA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

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PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
 
No setor saúde, onde a radiação ionizante encontra o seu maior emprego e como conseqüência, a maior exposição em termos de dose coletiva, é também onde mais são realizadas pesquisas no sentido de se produzir o maior benefício com o menor risco possível. Apesar dos esforços de alguns órgãos governamentais em difundir conhecimentos voltados para as atividades de Proteção Radiológica é ainda, de pouco domínio, mesmo entre os profissionais da área, o conhecimento a respeito dos efeitos maléficos produzidos por exposições que ultrapassam os limites permitidos.
 Fontes de radiações ionizantes
Durante toda a vida, os seres humanos estão expostos diariamente aos efeitos das radiações ionizantes. Estas radiações podem ser de origem natural ou artificial.
Quanto à proteção radiológica, pouco podemos fazer para reduzir os efeitos das radiações de origem natural. No entanto, no que diz respeito às fontes artificiais, todo esforço deve ser direcionado a fim de controlar seus efeitos nocivos. É neste aspecto, que a proteção radiológica pode ter um papel importante.  Pode-se observar que a maior contribuição deve-se às irradiações médicas e, dentro desta categoria, o radiodiagnóstico é o que possui a maior porcentagem. Devido à esta constatação, todo esforço deve ser direcionado no sentido de controlar e reduzir estes valores, o que pode ser atingido através da aplicação efetiva dos preceitos de proteção radiológica.
 Segundo a norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), proteção radiológica é o conjunto de medidas que visam proteger o homem, seus descendentes e seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados por radiação ionizante proveniente de fontes produzidas pelo homem e de fontes naturais modificadas tecnologicamente. Para isso foi criada pela CNEN a Norma ‘’Diretrizes Básicas de Radioproteção’’. 
Essas medidas estão fundamentadas nos princípios básicos de radioproteção regidos pela Portaria 453: 
- Justificação da prática e das exposições médicas individuais
- Otimização da proteção radiológica
- Limitação de doses individuais
- Prevenção de acidentes
Princípio da Justificação 
Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada em relação a outras alternativas e produzir um benefício líquido positivo para a sociedade.
Nenhuma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade. A exposição médica deve resultar em um benefício real para a saúde do indivíduo e/ou para a sociedade.
Deve-se considerar a eficácia, os benefícios e riscos de técnicas alternativas disponíveis com o mesmo objetivo, mas que envolvam menos ou nenhuma exposição as radiações ionizantes. 
Princípio da Otimização 
O projeto, o planejamento do uso e a operação de instalações e de fontes de radiação devem ser feitos de modo a garantir que os expositores sejam tão reduzidos quanto razoavelmente exeqüível(baixa), levando-se em consideração fatores sociais e econômicos (PRINCÍPIO ALARA). 
O princípio da otimização implica em que as exposições devem manter o nível de radiação o mais baixo possível. Esse princípio se aplica a todas as atividades que demandam exposições às radiações ionizantes. Tais atividades devem ser planejadas, analisando-se em detalhe o que se pretende fazer e como será feito.
A proteção radiológica é otimizada quando as exposições empregam a menor dose possível de radiação, sem que isso implique na perda de qualidade de imagem. 
Princípio da limitação de doses individuais
As doses individuais de trabalhadores e de indivíduos do público não devem exceder os limites anuais de dose equivalente estabelecidos em norma específica.
Esse princípio não se aplica para limitação de dose ao paciente, mas sim para trabalhadores ocupacionalmente expostos a radiação ionizante e para o público em geral. Incide sobre o indivíduo considerando todas as exposições, decorrentes de todas as práticas que o indivíduo possa estar exposto.
1) Nenhum trabalhador deve estar exposto à radiação sem que: 
a) Seja necessário; 
b) Tenha conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho; 
c) Esteja adequadamente treinado para o desempenho seguro das suas funções; 
2) Compensações ou privilégios especiais para trabalhadores não devem, em nenhuma hipótese, substituir requisitos aplicáveis de norma específica; 
3) Menores de 18 anos não devem ser trabalhadores; 
4) Gestantes não devem trabalhar em áreas controladas; 
5) Para mulheres com capacidade reprodutiva, a dose no abdômen não deve exceder a 10 mSv em qualquer período de 3 meses consecutivos; 
6) A dose acumulada no feto durante o período de gestação não deve exceder 1 mSv;
 
7) Estudantes, aprendizes e estagiários menores de 16 anos, cujas atividades envolvam radiação, não devem receber por ano doses superiores aos limites primários para indivíduos do público, nem doses superiores a 1/10 daqueles limites em cada exposição independente; 
8) Estudantes, aprendizes e estagiários entre 16 e 18 anos não devem receber doses superiores a 3/10 da dose do limite para trabalhadores; 
9) Estudantes e estagiários com idade maior de 18 anos devem obedecer o limite para trabalhadores.
Princípio da Prevenção de Acidentes
No projeto e operação de equipamentos e de instalações deve-se minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes. 
Deve-se desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para minimizar a contribuição de erros humanos que levem a ocorrência de exposições acidentais. 
Exposições ocupacionais
Nas exposições ocupacionais normais, nas práticas abrangidas pela Portaria 453, o controle deve ser feito de maneira que:
• A dose efetiva anual não deve exceder 20mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50mSv em um único ano;
• Menores de 18 anos não podem trabalhar com raios-X diagnósticos, exceto em treinamentos;
Estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento profissional a dose efetiva anual não deve exceder o valor de 6mSv;
• É proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos;
• A dose efetiva anual de indivíduos do público não deve exceder a 1mSv. 
Para mulheres grávidas devem ser observados os requisitos adicionais:
• A gravidez deve ser notificada ao titular do serviço tão logo seja constatada;
• As condições de trabalho devem garantir que a dose na superfície do abdômen não exceda 2mSv durante todo o período restante da gravidez.
• Dose equivalente para Cristalino não de exceder 150mSv
• Dose equivalente para extremidades não de exceder 500mSv 
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Os métodos descritos a seguir podem ser adotados visando a redução de exposição as radiações.
• Tempo - Quanto menor o tempo de exposição , menor a dose de radiação liberada.
• Distância - Lei do inverso do quadrado da distância- Quanto maior for a distância da fonte de RX, menor será a dose de radiação recebida.
• Blindagem - Sistema de barragens para as radiações ionizantes. É feita nas paredes, portas e tubulação do local onde será emitido o RX. Geralmente são utilizados chumbo, concreto, ferro, barita, devido ao seu elevado peso atômico.
 A redução do tempo de exposição ao mínimo necessário, para uma determinada técnica de exames, é a maneira mais prática para se reduzir a exposição à radiação ionizante e quanto mais distante da fonte de radiação, menor a intensidade do feixe, a distância é a maneira mais barata e eficaz de proteção radiológica.
Hábitos de trabalho
• Utilizar sempre as técnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a necessidade de repetição e reduzindo o efeito da radiação espalhada sobre o profissional das técnicas radiológicas;
• Os profissionais das técnicas radiológicas deverão sempre utilizar seu dosímetro pessoal durante a jornada de trabalho;
• Sempre posicionar-se atrás do biombo ou na cabine de comando durante a realização do exame;
• Usando aparelhos móveis de raios X o profissional das técnicas radiológicas deve aplicar, da melhormaneira os conceitos de radioproteção (tempo, blindagem e distância);
• As portas de acesso de instalações fixas devem ser mantidas fechadas durante as exposições. 
 
Sinalização
As salas de exames devem conter sinalização visível na parte externada porta de entrada, contendo o símbolo internacional da radiação ionizante. Acima da porta na parte externa deve ser colocada uma luz vermelha que deve estar acesa durante o procedimento radiológico.
 
 
 
 
 
 
 
 Monitoração através do Dosímetro
 O uso do dosímetro individual por parte dos profissionais e estagiários das técnicas radiológicas, constitui o principal meio de avaliação da eficiência de um programa de controle de dose estabelecido e dos procedimentos adotados no serviço de radiodiagnóstico.
O dosímetro é um monitor individual de radiação, e é de uso exclusivo do usuário no serviço para o qual foi designado. Tem como finalidade determinar o nível de doses de radiação recebida pelo usuário como decorrência do seu trabalho. É uma medida de grande responsabilidade, pois além de permitir a determinação da dose permite ainda uma avaliação das condições de funcionamento da aparelhagem utilizada. Dose elevada pode indicar maneira incorreta de trabalho, instalação com problemas de blindagem ou aparelhagem defeituosa, além disso, a instituição cumpre a legislação do Ministério da saúde com seus funcionários. Os dosímetros modernos tem o tamanho de um cartão de crédito e registram a dose acumulada por até 1 ano, com leituras efetuadas em seu display.
Os dosímetros devem ser registrados e identificados pelo IRD(Instituto de radioproteção e dosimetria), supervisionado pela CNEN, e utilizados pelo trabalhador junto ao seu corpo durante a jornada de trabalho. Após 1 mês de utilização, devem ser trocados e levados para a instituição, que faz a leitura mensal.
 
Proteção radiológica para os indivíduos do público
É feita através das blindagens das portas e paredes das salas de exames, e da utilização da simbologia alertando sobre o uso de radiação ionizante no local. 
Proteção dos indivíduos ocupacionalmente expostos(IOE´s)
• Efetuar rodízio na equipe durante os procedimentos de radiografia em leito e UTI;
• Utilizar sempre as técnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a necessidade de repetição, reduzindo o efeito sobre ele da radiação espalhada;
• Informar corretamente ao paciente os procedimentos do exame, evitando a necessidade de repetição;
• Sempre utilizar acessórios plumbíferos e o dosímetro por fora do avental nos exames em que seja necessário permanecer próximo ao paciente;
• Utilizar o dosímetro pessoal durante a jornada de trabalho;
• Posicionar-se atrás do biombo ou na cabine de comando durante a realização do exame;
• Usando aparelhos móveis de raios X deve-se aplicar, da melhor maneira os conceitos de radioproteção (tempo, blindagem e distância);
• As portas de acesso de instalações fixas devem ser mantidas fechadas durante as exposições. 
  
Proteção radiológica dos pacientes
O paciente busca e deve obter um benefício real para a sua saúde em comparação com detrimento que possa ser causado pela radiação. Deve-se dar ênfase à otimização nos procedimentos de trabalho, por possuir um influência direta na qualidade e segurança da assistência aos pacientes.
• Sempre fazer uso de protetor de gônadas e saiote plumbífero em pacientes, exceto quando tais blindagens excluam ou degradem informações diagnósticas importantes;
• Sempre buscar a repetição mínima de radiografias;
• Efetuar uma colimação rigorosa à área de interesse do exame;
• Otimizar seus fatores de técnica (tempo, mA e kV) para uma redução de dose, mantendo a qualidade radiográfica. 
 
 Avental Plumbífero Protetor para Tireóide
 
 Protetor de Gônadas Óculos Plumbífero 
 Biombo de Chumbo 
PRINCÍPIO ALARA
Esse princípio postula que a exposição ocupacional deve ser mantida "As Low as Reasonably Achievable", que significa que os níveis de radiação devem ser tão baixo quanto razoavelmente exequíveis (no nível mais baixo que puder ser conseguido). Esse é um princípio importante a que todo técnico radiologista deve estar atento. 
PORTARIA MS/SVS nº453
De 01 de Junho de 1998
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância sanitária
Princípios básicos de Proteção Radiológica
Aprova o regulamento técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiológico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios X diagnósticos em todo território nacional e dá providencias. 
Este regulamento é um componente básico da política nacional de proteção radiológica e segurança na área de radiodiagnóstico, em consonância com a política nacional de saúde. Disciplina a prática em radiodiagnóstico médico e odontológico, visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais e do público em geral. Define responsabilidades e apresenta regras básicas aplicáveis aos vários segmentos envolvidos, incluindo fornecedores, prestadores de serviços, autoridades sanitárias e profissionais da área... 
O QUE É RADIAÇÃO?
Radiação é uma das muitas formas de energia existente. Na natureza temos a energia térmica (calor), a energia elétrica, a energia mecânica, a energia química e a radiação além de outras. Radiação é uma forma de energia em movimento que não se armazena. Essa informação é muito importante, pois não há maneira de guardar a radiação. Por exemplo, quando alguém se expõe a luz, que é um tipo de radiação, e como a luz não se armazena esse alguém não se contaminará com a luz, ou seja, não fará que ela emita luz. A mesma idéia vale para os raios X. Quando um paciente é exposto, ele não irá sair da sala de exames emitindo raios X. 
A energia que a radiação possui é uma das suas principais características. Quando a radiação atingir o paciente, será justamente essa energia que causará ou não um dano biológico sério. O estrago dependerá da quantidade de energia depositada nas células. Imagine como se fosse uma bomba, a radiação de baixa energia seria uma bombinha de festa junina, enquanto a radiação de alta energia seria uma dinamite, de forma que a célula que for atingida pela bombinha corre um risco insignificante, porém a dinamite pode provocar lesões sérias, ou até matá-la. Também é a energia da radiação que será utilizada na hora de formar uma imagem médica. Seja na radiologia convencional, na tomografia computadorizada, na mamografia ou na medicina nuclear, um dos parâmetros mais importantes é calibrar adequadamente a energia da radiação que será aplicada no paciente. No aparelho de raios X, por exemplo, quando aumentamos ou diminuímos o “KV” aumentamos ou diminuímos a energia dos raios X.
Não esqueça: RADIAÇÃO É ENERGIA!!!
As radiações vêm dos átomos. Existem vários tipos de radiação, que são produzidas de formas diferentes no átomo. Na natureza existem dois tipos de radiação: a corpuscular e a eletromagnética.
Radiação Corpuscular 
O nome vem de corpúsculo, ou seja, algo que tem massa. É formada por partículas e subpartículas como os elétrons, os nêutrons, os prótons, os pósitrons, as partículas Alfa e Beta. Essas últimas provem de materiais radioativos. A partícula Alfa é formada pela união de 2 prótons e 2 nêutrons, a partícula Beta é formada por um elétron ou um pósitron. 
Na Radiologia utiliza-se a radiação corpuscular em algumas situações. Os elétrons são utilizados na produção de Raio X, prótons e nêutrons participam de reações nucleares em materiais radioativos usados em medicina nuclear e em radioterapia, pósitrons são usados em técnica chamada PET e as partículas Beta são usadas em iodo terapia ou braquiterapia no combate ao Câncer. 
Radiação Eletromagnética 
São ondas formadas pela sobreposição de um campo elétrico e um campo magnético. Radiação Gama e X. 
RADIOATIVIDADE
Propriedade do átomo de emitir radiação e contaminar outros materiais. Estáassociada a uma instabilidade nuclear, ou seja, excesso de energia no núcleo dos átomos. Na natureza existem vários exemplos de materiais radioativos, como o Tório, o Urânio, o Rádio, o Potássio, entre outros. Porem os mais utilizados na medicina são os artificiais, como o Tecnécio, o Iodo, o Gálio, o Tálio e o Flúor. 
EFEITOS BIOLÓGICOS CAUSADOS POR RADIAÇÃO IONIZANTE
Características da Radiação:
· Tempo de latência - Ocorre no período de exposição, se a dose for alta ou gradativamente, após doses pequenas e grande período de exposição
· Reversibilidade - Os danos podem ser reversíveis, se não ocorrer necrose celular.
· Transmissibilidade - As alterações não são transmissíveis, a não ser que afetem os órgãos reprodutores e alterem o código genético.
· Radiossensibilidade e quantidade de dose de RX - O tempo de exposição de cada órgão tem uma resposta diferenciada, dependendo do grau de reprodução e a quantidade de dose de RX.
· Limiar – Alguns efeitos biológicos exigem um valor mínimo de radiação ionizante para se manifestar. É o mínimo de radiação necessária para que ocorra algum efeito biológico. 
Classificação
Os efeitos biológicos podem ser: 
•Estocásticos: Causados em função da dose; Não há dose limiar
•Determinísticos: Os efeitos aumentam com o aumento da dose 
•Somáticos tardios: Ocorrem quando a manifestação aparece muitos anos após a exposição ao RX. Ex: câncer 
•Somáticos imediatos: Ocorrem quando a exposição ao RX é aguda (dose recebida em um curto espaço de tempo) e a manifestação aparece no momento da exposição.Ex: queimadura 
•Hereditários: Ocorre quando há mutação no material genético, causando alterações genéticas nos filhos. Ex: Albinismo, Síndrome de Down, Hemofilia e Daltonismo.
Os efeitos biológicos dos diferentes tipos de radiação ionizantes não são idênticos. Dependem da quantidade de radiação e das condições de irradiação.
Efeitos biológicos nas diferentes partes do corpo:
· Células- Alteração genética
· Pele- Destruição celular, resultando em ulceração superficial (radiodermite)
· Sistema Vascular- Lesões nos vasos sanguíneos, podendo surgir hemorragias
· Tecido hematopoiético- Diminuição ou interrupção da produção de glóbulos brancos e vermelhos. Os sintomas são febre, anemia e etc....
· Sistema gastrintestinal- Descamação do epitélio, ulceração, vômitos, diarréia, desidratação e anorexia.
· Sistema reprodutor- Esterilidade temporária ( exposição de 3Gy) em homens e 1,76 Gy em mulheres ou permanente (exposição de 6 Gy) em homens e 3 Gy em mulheres
· Síndrome da radiação aguda (SAR) – Forma aguda ( dose maior que 0,25 Gy, com exposição do corpo todo); Pode causar anorexia,náuseas, vômitos, diarréia, conjuntivite, choque anafilático, desorientação e até a morte.
Forma hematopoiética da síndrome:
Cada tipo de célula apresenta sensibilidade diferente para a radiação. As células afetadas com maior sensibilidade são: leucócitos, linfócitos e medula óssea. 
Os principais órgãos geralmente afetados são: gônadas, medula óssea, tireóide, seios; 
GRANDEZAS UTILIZADAS NAS RADIAÇÕES IONIZANTES
A Atividade do material radioativo é expressa pela unidade Becquerel(Bq): 1Bq equivale a 1 desintegração por segundo(DPS). Pode-se utilizar também o Curie(Ci): 1Ci = 3,7 x 10 desintegrações por segundo. 
Onde: 1Ci equivale 3,7 x 10 Bq = 37GBq
Avaliação das doses utilizadas nas radiações ionizantes:
Exposição: Quantidade de cargas de elétrons liberadas no ar. A antiga unidade era Roentgen( R). Atualmente a unidade utilizada é o Coulomb por quilograma(C/Kg). A exposição está associada aos efeitos das radiações sobre os seres vivos.
Dose absorvida: Quantidade de energia depositada pela radiação em um volume conhecido. A unidade utilizada é o Joule/Kg, que é igual a Gray(Gy). A unidade utilizada para medição de doses nos pacientes é 1Gy = 100 J/kg. Onde 1Gy = 100Rad(Rad é a unidade antiga) 
Dose equivalente: Dose de radiação absorvida que pode causar danos biológicos em tecidos vivos. A unidade antiga era o Rem. Atualmente a unidade utilizada é o Sievert (Sv). 1Sv = 100Rem. Unidade utilizada em proteção radiológica (mSv = Milisivert).
Apostila de Proteção Radiológica 
Organizada por Anderson Lima

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