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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ENGENHARIA BIOMÉDICA COM ÊNFASE EM ENGENHARIA CLÍNICA Resenha Crítica de Caso Giovani Viana Mazuhi Trabalho da disciplina instrumentação médico hospitalar I Tutor: Prof. Mirna Miguel Passos Godoy Porto Alegre-RS 2020 http://portal.estacio.br/ 2 A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE RADIOPROTEÇÃO PELOS PROFISSIONAIS DA RADIOLOGIA Referência: SEARES, Marcelo Costa; FERREIRA, Carlos Alexsandro. A importância do conhecimento sobre radioproteção pelos profissionais da radiologia. CEFET/SC Núcleo de tecnologia, Florianópolis, Brasil. Nesse texto os autores nos trazem como tema de abordagem a importância do conhecimento sobre radioproteção pelos profissionais de radiologia para tentar diminuir os riscos causados pela radiação. Logo após é apresentado um pouco sobre a origem do raio-X em 1985 descoberto por Wilhelm Conrad Rontgen, e sobre o surgimento da radioatividade e seus efeitos danos em 1986. Depois dessa descoberta foi observado que a radiação ionizante afetava os tecidos biológicos, causando assim queda de cabelos e danos nas mãos de médicos e pacientes. Posteriormente estudos continuaram a ser feitos ate que em 1902 foi relatado o primeiro efeito benéfico no tratamento do câncer com radiação ionizante. Através dessa evidencia começou a necessidade dos estudos biológicos para minimizar os efeitos da radiação ionizante no ser humano e aumentar sua vantagem nos tratamentos e seu uso. De acordo com o artigo, foram realizados estudos sobre a radiobiologia, que comprovam danos na molécula de DNA por causa da produção de íons (radicais livres), esse dano biológico é devido a intensidade da dose de radiação aplicada, geralmente ela é reparada pela própria célula mas se isso não acontece, pode trazer dano em seus descendentes genéticos, ou seja na sua futura geração, causando incapacidade de reprodução ou modificação celular permanente. Conforme o texto relatado, foi subdividido duas categorias de danos biológicos: efeitos determinísticos e efeitos estocástico. O primeiro deles o efeito determinístico Ocorre quando o ser humano é exposto a uma dose de radiação acima do liminar, trazendo danos a pele como eritemia (com uma dose de 3 a 5 Gy), descamação 3 úmida ( 20 Gy), e necrose (50 Gy), por fim doses maiores que 0,5 Gy podem causar a morte celular. Os efeitos estocásticos são para baixas taxas de exposição, onde as doses são menores que 0,5 Gy, causando danos somáticos e hereditários como a carcinogênese e danos genéticos. Existe também o risco fetal em relação ao período de exposição da radiação, que pode trazer danos ao feto pós gestação, como morte prematura do feto nos 10 primeiros dias, anomalias congênitas 20 a 40 dias, microcefalia entre 50 e 70 dias, retardo mental de 70 a 150 dias pós gestação. No Brasil, as diretrizes de proteção radiológica estão relacionadas na norma CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Onde estão estabelecidos princípios básicos de proteção em relação as atividades exercidas com a radiação sem prejudicar os profissionais, pacientes e o meio ambiente. Esses princípios são apresentados como justificativa, otimização e limitação de dose. São compostos por documentos internacionais que estabelecem os conceitos atuais de proteção radiológica. Primeiro todo exame radiológico tem que ser justificativo, verificando a necessidade de exposição e indicar as características do paciente a ser exposto a radiação. Já o princípio da otimização, planeja rigorosamente o nível mais baixo de exposição da radiação sem perder a qualidade da imagem do exame. O princípio da limitação da dose diz que não se deve passar dos limites de radiação das doses estabelecidas em seu país, não colocando em risco os pacientes e nem os trabalhadores. A proteção radiológica é indispensável para as pessoas expostas a radiação, tendo como finalidade a diminuição dos danos causados pela radiação ionizante. Assim foi criado algumas formas de radioproteção são elas: tempo de exposição, distância da fonte e blindagem. Tempo de exposição baseia-se no menor período a ser exposto a radiação ionizante possível para determinado exame. Distância da fonte o quanto mais longe estiver menor a radiação absorvida. Blindagem pode ser individual e nas áreas, a individual trata-se do uso dos equipamentos individual (EPI), onde são constituídos com laminas de chumbo para serviços de radiologia, e para pacientes protetor de gônadas, saiotes plumbíferos. A blindagem das áreas como por exemplo as salas de raio-X devem ser blindadas com chumbo ou barita. 4 Para expressar minhas considerações finais diante do que foi exposto no artigo dos autores junto a minha opinião, vejo que o objetivo da radioproteção é oferecer uma segurança nas condições básicas de trabalho a exposição da radiação ionizante. Vimos que desde a descoberta da radiação e seus danos ao ser humano, foi necessária uma preocupação maior devido as exposições radiológicas, tornando assim mais eficaz as formas radioproteção, e seus princípios radiológicos. Visando sempre ao profissional de radioterapia um conhecimento amplo na diminuição dos danos causados pela radiação ionizante.
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