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- Conceitos em Parasitologia

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Conceitos de parasitismo
Modalidades de parasitismo e 
sua transmissão, sistemática, 
relação parasita-hospedeiro
Parasitologia - algumas definições
• Estudo das relações parasita-hospedeiro
• Área multidisciplinar que contempla Bioquímica,
Fisiologia, Biologia Celular e Molecular, Imunologia,
Farmacologia, entre outras disciplinas
• Tradicionalmente focada no estudo das interações com
parasitas protozoários, artrópodes e helmintos.
Relações entre seres vivos
Relações simbióticas - “Vivendo juntos”
Simbiose - do Grego: sim -“com“ e biose - “vivendo” 
Definição mais estrita – relação em que organismos vivem em
associação, com benefício mútuo. 
Definição mais ampla - “Dois organismos vivendo em associação próxima, 
geralmente um deles vivendo dentro ou sobre o corpo do outro, são simbióticos, em
contraste com os organismos de vida livre”.
Relações simbióticas - “Vivendo juntos”
Um membro se beneficia da relação. O outro…
…não é afetado – Comensalismo
…também se beneficia – Mutualismo 
…sofre dano – Parasitismo Não compareceu
Interações de simbiontes
• Comensalismo - “Comendo na
mesma mesa”.
• Uma espécie (comensal) se beneficia
nutricionalmente, enquanto a outra não sofre
qualquer alteração (benefício unidirecional)..
Pode ser facultativo. Ex. rêmoras x peixes
grandes e tartarugas marinhas.
• Comensalismo - “Comendo na mesma mesa”.
• Ex. Entamoeba gingivalis
Interações de simbiontes
• Mutualismo - associação permanente mutuamente benéfica e de
dependência estrita. Geralmente representa uma relação
obrigatória. Ex.: líquens (algas e fungos), microbiota ruminal e os bovinos,
cupins e flora microbiana.
Líquens – fungos fazem a
absorção dos nutrientes e algas
a fotossíntese
Cupins e protozoários – cupins
fornece o ambiente de proteção e
nutrientes, e protozoários digerem
a celulose
Tartarugas e peixes limpadores – peixes
se alimentam de ectoparasitas, tecidos
mortos presentes na tartaruga e provêm
uma limpeza
Interações de simbiontes
• Protocooperação (mutualismo facultativo) - ambas as espécies
se beneficiam da associação, embora possam viver
independentemente dela. Ex. garça carrapateira e bovino,
antílope e aves
Boi e garça vaqueira ou carrapateira – as
aves se alimentam de carrapatos e outros
ectoparasitas do boiAntílope e aves – as aves se
alimentam de ectoparasitas do
antílope e esse se beneficia
Interações de simbiontes
Parasitismo - uma espécie se beneficia da relação
enquanto a outra sofre danos.
Parasita - Organismo que, com a finalidade de alimentar-se,
reproduzir-se ou completar o seu ciclo vital, se beneficia de um outro
organismo, animal ou vegetal, de modo permanente ou temporário,
produzindo efeitos deletérios nesse hospedeiro.
• Parasitose - condição na qual o parasita é patogênico e causa
danos ao hospedeiro
• Parasitíase – condição na qual o parasita é potencialmente
patogênico, mas não causa danos aparentes ao hospedeiro
(estado de portador).
Fonte: Adaptado de Celso Martins Pinto - Roteiro de Estudos de Parasitologia e Doenças Parasitárias em Medicina Veterinária, 
2006
Interações de simbiontes
Parasita: protozoários, artrópodes (insetos, ácaros,
carrapatos), helmintos (trematódeos, cestódeos e
nematódeos)
Parasitismo
Considerações gerais
• Parasitoses de um modo geral são menos infecciosas pois podem depender de
vários fatores (estágio de maturação no ambiente, climáticos, sazonal, presença
de vetores, hospedeiros intermediários que podem estar presentes em
determinadas regiões, vegetações ou condições climáticas ...).
• Parasitoses podem ser agudas, crônicas ou subclínicas
• Protozoários: nem sempre a doença está relacionada à carga parasitária
• Metazoários: a doença geralmente está relacionada à carga parasitária.
Interações de simbiontes
• Foresia – “Viajando juntos”
Relação temporária na qual um
organismo transporta ou abriga um outro,
geralmente sem dependência fisiológica
ou metabólica. Relacionado à habitação e
transporte
Ex. Dermatobia deposita seus ovos em
outros dípteros (moscas, mosquitos), os
ovos eclodem quando próximos ao
hospedeiro vertebrado.
Relações entre seres vivos
Simbiose
Comensalismo
Exploração
Mutualismo
Foresia
Benefício
Dano
Parasitóide
Micro-
predado
r
Parasita
Predador
Muitos
hospedeiros
Um
hospedeiro
Um
hospedeiro
Muitos
hospedeiros
Fonte: Adaptado de Bush et al., 2001
Ex. organismos hematófagos 
(sanguessugas, mosquitos, 
etc.)
Ex. leão x gazela
Ex. vermes, carrapatos, 
protozoários
Ex. Vespas que depositam 
ovos no corpo de um inseto 
que por sua vez é devorado 
pelas larvas resultantes
Classificação dos parasitos
Segundo o local do parasitismo 
• Endoparasitas - permanecem no interior do 
organismo hospedeiro. Ex.: helmintos 
(vermes) 
• Ectoparasitas - permanecem
na superfície corpórea do
hospedeiro, na pele, pêlos e
cavidades naturais. Ex.: piolhos,
pulgas, carrapatos
Haematobia irritans em bovino
Toxocara canis
Intestino delgado de cão
• Periódicos ou provisórios - somente são
parasitos em uma fase do desenvolvimento,
na qual espoliam continuamente o
hospedeiro. Ex.: pulgas, Dermatobia (mosca
do berne).
Segundo o tempo de duração do parasitismo
Dermatobia hominis- Berne
Lipeurus caponis 
• Permanentes - passam a vida, em todos
os seus estágios, espoliando o
hospedeiro. Ex.: ácaros do gênero
Demodex, piolhos
Classificação dos parasitos
Classificação dos parasitos
•Temporários ou intermitentes - realizam somente parte de seu
desenvolvimento no hospedeiro ou se utilizam dele periodicamente
para alimentação ou abrigo. Ex.: insetos hematófagos. São também
chamados micropredadores!!
Segundo o tempo de duração do parasitismo
Aedes 
Classificação dos parasitos
Quanto ao requerimento de uma vida parasitária
• Obrigatórios – parasitos cujo ciclo de vida sempre requer um hospedeiro a ser
espoliado. Ex.: helmintos, pulgas, carrapatos.
Helminto- Dirofilaria immitis 
Ácaro – Sarcoptes scabiei 
Classificação dos parasitos
• Facultativos – parasitas que podem alternar
ciclos de vida livre e parasitária. Ex.: larvas
de moscas da família Sarcophagidae,
Strongyloides stercoralis.
Fonte: Freitas, 1976
Quanto ao requerimento de uma
vida parasitária
•Strongyloides stercoralis.
Classificação dos parasitos
• Acidental – organismo que pode ser
tornar um parasita de um hospedeiro
(não habitual) em condições especiais.
Ex.: Dipylidium caninum parasitando
crianças.
Quanto ao requerimento de uma vida parasitária
Classificação dos parasitos
Especificidade parasitária
• Estenoxenos – (stenos: estreito) afetam somente uma espécie hospedeira (ex.:
Taenia saginata) ou um grupo de espécies muito próximas (ex. Plasmodium em
primatas)
• Eurixenos – (eurys: largo, amplo) apresentam ampla variedade de hospedeiros
(ex.: Toxoplasma gondii)
Classificação dos parasitos
Tipo de ciclo biológico
• Monoxenos – Parasitos exigem somente um hospedeiro, sem necessidade de
hospedeiro intermediário . Ex.: Toxocara canis
• Heteroxenos – as formas evoutivas são encontradas em mais de um
hospedeiro (hospedeiro intermediário e hospedeiro definitivo). Ex.: Trypanosoma
cruzi, Schistosoma
Classificação dos parasitos
• Especificidade: estenoxeno
• Tipo de ciclo: monoxeno
Ciclo biológico de Eimeria tenella 
Classificação dos parasitos
• Especificidade: estenoxeno
• Tipo de ciclo: heteroxeno
Ciclo biológico da Taenia saginata 
Classificação dos parasitos
• Especificidade: eurixeno
• Tipo de ciclo: monoxeno
Ciclo biológico do Trichuris spp.
•Transmissão:
• Insetos hematófagos –
hospedeiro intermediário 
•Hospedeiros mamíferos
• Ciclo biológico - Trypanosoma evansi
•Principais hospedeiros:
• Domésticos: cães, cavalos, camelos
• Silvestres: capivara, quati
• Especificidade: eurixeno
• Tipo de ciclo: heteroxeno
Classificação dos parasitos
Classificação dos parasitos
Quanto ao habitat
• Normal - o parasita se encontra em determinado segmento, órgãoou tecido de seu
hospedeiro e, somente assim, completa seu ciclo biológico
• Extraviado - pode ocorrer em outro hospedeiro e fora do seu habitat natural. Ex.: Toxocara
canis, parasita do intestino delgado de cães, parasita o homem como larva migrans visceral
Fonte: Adaptado de Celso Martins Pinto - Roteiro de Estudos de Parasitologia e Doenças Parasitárias em Medicina Veterinária, 
2006
•Fonte: ahttp://www.revoptom.com/handbook/IMAGES/oct02_sec5_fig7.jpg
Toxocara canis - Larva migrans visceral - Larvas errantes podem se concentrar no 
fígado, sistema nervoso central e globo ocular
Lesão ocular Retinite granulomatosa
Classificação dos parasitos
• Extraviado
Agente infeccioso - Parasito capaz de produzir infecção
Suscetível - Hospedeiro passível de sofrer a infecção.
Doença - qualquer manifestação clínica ou estado mórbido
resultante de alterações dos mecanismos reguladores da
homeostasia orgânica.
Conceitos epidemiológicos
Classificação das infecções
• Fitonoses - transmitidas dos vegetais ao homem (ex.: blastomicose – Paracoccidioides
brasiliensis)
• Zoonoses - acometem os animais e o homem, transmissíveis entre si
• Antropozoonoses: uma zoonose mantida na natureza em reservatórios animais e
transmitida ao homem (ex.: leishmanioses tegumentares, raiva, brucelose)
• Zooantroponoses: transmitidas do homem para os animais (ex.: cisticercoses)
• Anfixenose: transmitidas entre o homem e os animais (ex.: leishmaniose visceral,
doença de Chagas, estafilococose)
• Antroponose - transmitida ao homem a partir de um reservatório humano (ex.: AIDS).
Transmissão se restringe aos humanos.
Conceitos epidemiológicos
Classificação dos hospedeiros
• Obrigatório - único que oferece ao parasita as condições
necessárias ao seu desenvolvimento
• Principal – o hospedeiro que oferece as melhores condições
para o desenvolvimento do parasita, o qual também pode
infectar outras espécies de hospedeiro menos eficientes.
Classificação dos hospedeiros
• Final ou definitivo - hospedeiro no
qual ocorre o desenvolvimento dos
estágios sexuais do ciclo. Se não há
estágios sexuais, é considerado o
hospedeiro mais importante do ciclo do
ponto de vista do homem.
• Intermediário – essencial para o ciclo,
não é requerido por todos os estágios
do parasita. Geralmente alberga as
fases mais jovens do parasita.
Ciclo biológico da Taenia saginata 
Classificação dos hospedeiros
• Falso - quando não é o hospedeiro
obrigatório do parasita, levando-o a
encapsular-se.
• Paratênico (ou de transporte) - Um
tipo de hospedeiro intermediário no
qual o parasita imaturo pode
sobreviver por tempo indefinido, mas
o desenvolvimento requer a infecção
pelo hospedeiro definitivo,
geralmente por predação do
hospedeiro paratênico.
Sobrevivência e permanência do parasita
Dependem dos seguintes fatores relacionado agente etiológico:
• Infectividade (capacidade de instalar-se no hospedeiro)
• Patogenicidade (capacidade de determinar o aparecimento dos sintomas da
doença)
• Virulência (medida pela intensidade da manifestação clínica da doença)
• Resistência (capacidade do parasita em sobreviver fora do organismo do
hospedeiro)
• Persistência (capacidade do parasita de permanecer em uma população de
hospedeiros)
• Tropismo (capacidade de deslocar-se em direção ao hospedeiro)
Sobrevivência e permanência do parasita
•Tropismo
• Ex: Os carrapatos sobem nas pontas de
plantas como capim e aguardam o
hospedeiro passar, detectam o hospedeiro
através de quimiorreceptores e passam
para o hospedeiro.
•Fonte: www.pragas.com.br/.../carrapato_introd.php
http://www.pragas.com.br/pragas/carrapatos/carrapato_introd.php
Sobrevivência e permanência do parasita
• Fatores que auxiliam a permanência da parasitose:
• Potencial reprodutivo do parasita
• Longevidade do parasita
• Acometimento de vários hospedeiros
• Menor reação do hospedeiro ao parasita
• Mecanismo de dispersão efetivos
• Formas de resistência
Interações parasita-hospedeiro
Infecção: invasão e colonização do organismo hospedeiro
por parasitos internos, como helmintos e protozoários
Infestação: ataque ao organismo hospedeiro por parasitos
externos, como os artrópodes
Interações parasita-hospedeiro
Adaptações fisiológicas dos parasitas:
• Nutrição - hematófagos têm secreção oral anticoagulante
• Dispersão - mecanismos que facilitam a difusão da espécie
• Penetração no hospedeiro 
oral, cutânea ou percutânea
inalatória ou respiratória
transovariana
transplacentária
inoculativa
contaminativa
Interações parasita-hospedeiro
Penetração no hospedeiro
transmissão cutânea – Schistosoma mansoni
Interações parasita-hospedeiro
Penetração no hospedeiro 
transmissão inalatória – Oestrus ovis 
Babesia Invasão de todos os tecidos do carrapato 
ovário do carrapato transmissão transovariana HI
AG-ICB-USP
Interações parasita-hospedeiro
Penetração no hospedeiro 
transmissão transovariana – Babesia spp. 
ovos
larvas ninfas adultos Hospedeiro definitivo 
Ações desencadeadas pelos parasitas sobre
os hospedeiros
• Diretas e/ou Indiretas
• Diretas: 
• Mecânicas (Fasciola hepatica)
• Obstrutivas (Ascaris)
• Compressivas (cisto hidático)
• Traumáticas (ácaros, Ancylostoma) 
• Tóxicas: 
• Exotoxinas (parasita excreta produtos do seu metabolismo)
• Endotoxinas (parasita libera ao morrer) 
Ações desencadeadas pelos parasitas
sobre os hospedeiros
• Mecânica Ex. Fasciola hepatica 
Ações desencadeadas pelos parasitas
sobre os hospedeiros
• Obstrutivas (Ascaris, Parascaris )
• Parascaris equorum 
Ações desencadeadas pelos parasitas
sobre os hospedeiros
•Compressivas (cisto hidático) 
Ações desencadeadas pelos parasitas
sobre os hospedeiros
• Traumática 
Ácaro – Sarcoptes scabiei 
Ações desencadeadas pelos parasitas
sobre os hospedeiros
• Espoliativas (parasitas hematófagos)
• Antigênicas (secreções e excreções do parasita despertam a resposta imune 
do hospedeiro)
• Anóxicas (babesias)
• Inflamatórias (picadas de mosquitos)
• Enzimáticas (L3 de A. braziliense)
Ações desencadeadas pelos parasitas
sobre os hospedeiros
• Indiretas: 
• Irritação, perturbação, ferimentos – Insetos
• Transmissão de patógenos 
• Contaminação secundária por outros agentes 
• Diminuição dos índices de produtividade 
• Susceptível à demais doenças 
• Pele - descamação celular, dessecação, acidez, secreção de ácidos graxos.
• Conjuntivas oculares - ação mecânica da secreção lacrimal, presença de lisozima
na lágrima.
Regiões invadidas e mecanismos de 
defesa
• Sistema respiratório - tamanho da abertura das narinas, irregularidades e
tortuosidade das fossas nasais (causa o aumento da superfície de contato da
mucosa com as partículas), produção de muco, movimento ciliar, presença de
substâncias protetoras (lisozima, anticorpos,...), reflexo da tosse, fagocitose (nos
alvéolos pulmonares ).
• Sistema digestório - epitélio plano poliestratificado da boca, saliva, pH ácido do
suco gástrico, produção de muco, descamação celular, reflexo do vômito. Nos
intestinos: pH ácido do conteúdo duodenal, microbiota residente, produção de
muco, diarréia (causa aceleração do trânsito e aumento de secreção de líquidos).
Regiões invadidas e mecanismos de 
defesa
• Sistema gênito-urinário - pH da urina, efeito mecânico da micção, produção de
muco, depósito de estrógenos nas células do epitélio vaginal (que com a
descamação, servem de substrato para o Lactobacillus acidophilus, que produz
ácido láctico e diminui o pH do meio).
Regiões invadidas e mecanismos de 
defesa
Esquistossomose
e Fasciolose
Filo Platyhelminthes
(platelmintos ou “vermes” do corpo achatado)
GRUPOS DE INTERESSE
Classe: Cercomeridea
Subclasse: Trematoda
Infraclasse: Digenea
Schistosoma
Fasciola
Trematódeos
SUBCLASSE TREMATODA
- Helmintos achatados dorso-ventralmente
- Endoparasitos obrigatórios
- Ciclo de vida com pelo menos dois hospedeiros distintos
- Corpo não segmentado- 1 par de ventosas
- Sistema digestório simples (sem ânus)
- Geralmente formato de “folha”
(exceção Schistosoma spp.)
Formas sexuadas (adultos): 
localizam em vários tecidos do HD
Formas assexuadas (jovens): 
localizam em vários tecidos do HI
(moluscos pulmonados)
INFRACLASSE DIGENEA
- Espécies monóicas e dióicas
- Fertilização cruzada
- Ovíparos
- Moluscos: hospedeiros intermediários
Posição Sistemática
Reino: Animalia
Filo: Platyhelminthes
Classe: Cercomeridea
Subclase: Trematoda
Infraclasse: Digenea
Família: Schistosomatidae
Gênero: Schistosoma
Espécie: S. mansoni
Reino: Animalia
Filo: Platyhelminthes
Classe: Trematoda
Ordem: Digenea
Família: Schistosomatidae
Gênero: Schistosoma
Espécie: S. mansoni
Platelmintos: “vermes” achatados dorso-ventralmente
(Brooks 1985; Bush et al. 2001))
O parasitismo
Esquistossomose ou xistose ou barriga d’água ou doença 
dos caramujos ou xistossomose ou doença de Pirajá da Silva
- Distribuição ubíqua: 6 espécies de importância médica
Schistosoma mansoni (Sambon, 1907)
S. intercalatum (Fischer, 1934)
S. mekongi (Voge, Brickner & Bruce, 1978)
S. malayensis (Voge, Brickner & Bruce, 1978)
S. japonicum (Katzurada, 1904)
S. haematobium (Bilhartz, 1852)
(Melo & Coelho, 2012; Ferreira 2012)
Espécies de importância médica
Família Schistosomatidae
S. intercalatum (Fischer, 1934) 
(África Central)
- Parasitos de vasos sanguíneos: aves e mamíferos
S. mekongi e S. malayensis 
(Voge, Brickner & Bruce, 1978)
(Camboja, Malásia)
Habitat: Adultos
Sistema porta intra-hepático
 Esquistossomose intestinal 
Caramujo Bulinus
Habitat: Adultos
Sistema porta intra-hepático
 Esquistossomose intestinal 
Caramujo Neotricula
Espécies de importância Médica
S. japonicum (Katsurada, 1904)
(China, Japão)
S. haematobium (Bilhartz, 1852)
África, Oriente Médio
Habitat: Adultos
Trato urinário (ramos pélvicos)
Esquistossomose vesical (hematúria do Egito) 
Caramujo Bulinus
Habitat: Adultos
Sistema porta intra-hepático
Esquistossomose japônica (moléstia de Katayama) 
Caramujo Oncomelania
Espécies de importância Médica
S. mansoni (Sambon, 1907)
Habitat: Adultos 
Sistema porta intra-hepático
 Esquistossomose mansônica ou intestinal
(moléstia de Pirajá da Silva)
Caramujo Biomphalaria
Esquistossomose e Saúde Pública
- Doença Tropical Negligenciada
-Brasil: única helmintose incluída como DN Compulsória
(Ministério da Saúde, 2011)
-Pobreza e desvantagens sociais;
-População com pouca visibilidade;
- Negligenciadas na área de P & D;
-Não se difundem amplamente por grandes extensões
territoriais de forma rápida;
- Controladas, evitadas e, possivelmente eliminadas.
(WHO 2011)
Morfologia
- SCHISTOSOMATINAE: grupo de platelmintos com dimorfismo
sexual (♀ > ♂).
Fases de desenvolvimento
Macho: 1 cm 
Fêmea: 1, 5 cm
110-180 µm 180 μm/64 μm 0,5 mm
corpo – 0,2 mm
cauda – 0,32 mm
Morfologia
Adultos
(Rey, 2008)
Macho
Canal ginecóforo
Ventosa oral
Ventosa ventral 
Tubérculos
Fêmea
Habitat
Vermes adultos 
(Interior dos vasos sanguíneos)
mamíferos
Parede de vênulas e capilares
Amadurecimento sexual
(25 dias)
(Coura, 2005; Neves, et al. 2011 Rey, 2008)
Morfologia
- Espinho lateral
- Sem opérculo
A embriogênese completa-se durante trajeto até as fezes
(6 a 7 dias em média)
Ovo rompe quando entra em contato com: água
luz
temperatura
oxigenação
Cada fêmea coloca cerca de 300 ovos / dia.
Ovos
Morfologia
Miracídio (= larva)
Terebratorium
Células epiteliais pavimentosas ciliadas
Poro excretor
Tubos
excretores
Células germinativas (50 a 100)
Papila apical: ventosa + terminações de glândulas que
facilitam adesão e penetração no caramujo
Fototropismo e quimiotaxia
Biomphalaria
Morfologia
Esporocistos (I, II, III...)
(Coura, 2005; Neves, et al. 2011; Rey, 2008)
- Estrutura sacular, alongada
-Tubo enovelado, cheio de células germinativas
- Originam as cercárias
Biomphalaria
Cercárias
Morfologia
Musculatura rígida
Ventosa oral 
Glândula de penetração
Ventosa ventral 
ou acetábulo 
Cercárias
Cauda bifurcada
Morfologia
Cercária
Tecido
0,2 mm comprimento
Pulmões
(0,4 mm comprimento)
Tamanho
Forma transportada pela circulação
Esquistossômulos
S. mansoni
(Cercaria 20 min após penetração na pele)
Ciclo Biológico
Verme adulto
Vênulas do plexo 
hemorroidário
superior e veias
do plexo mesentérico
Atravessam
(mucosa intestinal – fezes)
Penetram no tegumento do molusco
Biomphalaria 
 imobiliza-se por 5 h
 48 h após estrutura sacular:
Esporocisto
Água doce
Fêmeas 
Miracídio
(Fototropismo) 
Eclosão da larva
(1)
Sobrevivem
 2 a 5 dias na massa fecal sólida. 
1 dia fezes líquidas.
 Eclosão: hipotonicidade do meio (0,1 % NaCl)
Substância 
quimiocinética
Ciclo Biológico
(2)
Cercárias
(3 – 4 semanas)
(Induzida pela luz / Geotropismo negativo)
Esporocistos
(Primários, 2ário, 3ário)
Hepatopâncreas
e ovotestis
Nadando na água
Vida: 1 a 2 dias
(poder infectante – 8 h)
Penetração ativa (2 a 15 min)
(homem outro animal suscetível)
Esquistossômulos
(Pele 2 – 3 dias)Circulação
Coração
Circulação geral
Pulmões
Vermes adultos
(acasalam) 
Migração para as vênulas
da parede intestinal
Fêmea
Postura de ovos
(Coura, 2005; Neves, 2005; Rey, 2008)
300 ovos/dia
Fígado 
Habitats e Biologia
Machos e fêmeas adultos
Ovos
Miracídios
Esporocistos
Cercárias
Esquistossômulos
Onde encontramos as formas evolutivas?
Fatores de Risco 
Características do hospedeiro
Idade Nutrição
Ocupação Hábitos
Ocorrência ou não de infecções anteriores 
Carga parasitária acumulada
Atinge o máximo entre 15 a 25 
anos e declina em seguida. 
Carga infectante 
(número de cercárias que penetram) 
Condições fisiológicas das cercárias
(idade / vitalidade) 
Fatores importantes na patogenia causada
por esquistossomose mansoni
Interação parasito hospedeiro e patogenia
Penetração das cercárias na pele
Dermatite cercariana ou dermatite do nadador
Sensação de comichão/ erupção urticariforme
Eritema, edema, pápulas e dor
Reação de hipersensibilidade
Interação parasito hospedeiro e patogenia
Esquistossômulos na corrente sanguínea
Levados aos pulmões 3 dias após penetração cercárias
Vasos sanguíneos – S. porta-intrahepático
Febre
Primoinfecção
Segunda infecção: IMUNIDADE CONCOMITANTE
Interação parasito hospedeiro e patogenia
Adultos
Veia mesentérica inferior: não há grandes lesões (vivo)
Espoliam o hospedeiro (2,5 mg Fe/ dia)
Mortos: levados ao fígado, causando lesão
1,5cm 1,0cm
Sangue 
semi-digerido
Interação parasito hospedeiro e patogenia
Ovos
Hemorragias, edemas e lesões (Intestino)
Fígado: alterações mais importantes da doença
Reação ganulomatosa: GRANULOMA
Complicações digestivas e 
circulatórias
Fase pré-postural
Esquistossomose aguda
Manifestações clínicas
Fase aguda
10-35 dias após infecção (assintomática)
Destruição dos esquistossômulos:
- febre, tosse, desconforto abdominal, dor muscular
50-120 dias após infecção (toxêmica)
Necrose no fígado – Granulomas (hepatomegalia)
 Linfadenia
 Cólicas
 Sudorese e Calafrios
 Disenteria
 Desconforto abdominal
 Emagrecimento
 Fenômenos alérgicos
Letal
Cronificar
INTESTINO
Esquistossomose crônica
Manifestações clínicas
Diarréia muco-sanquinolenta, dor abdominal, tenesmo
Benigna: migração dos ovos para a luz intestinal
Exame de fezes POSITIVO
FÍGADO
Esquistossomose crônica
Manifestações clínicas
Início da oviposição: granuloma (n de ovos e reação)
Volume aumentado e dor a palpação
Ovos presos no sistema porta
Alteração hepática e fibrose
Fibrose peri-portal (obstrução dos ramos)
HIPERTENSÃO PORTAL 
Baço (ESPLENOMEGALIA)
Esquistossomose crônica
Manifestações clínicas
Congestão passiva do ramo esplênico
Hiperplasia do SMF (Fenômenos imunoalergênicos)
Fígado (VARIZES)
Circulação colateral anormal (shunts)
Anastomoses (umbigo, esôfago,etc)
SINAL DA CABEÇA DE MEDUSA
Fígado (ASCITE)
Esquistossomose crônica
Manifestações clínicas
Alterações hemodinâmicas (Barriga d’água)
Categorias Clínicas
ESQUISTOSSOMOSE
1- Intestinal
2- Hepatointestinal - hepatomegalia/ sem hipertensão
3- Hepatoesplênico compensado- circulação colateral
4- Hepatoesplênico descompensado – varizes esofagianas,
circulação visicoumbilical, fígado menor e ascite
Diagnóstico
Clínico
Paciente que vive ou procede de uma Zona Endêmica
Refere ter estado em contato com águas de um foco transmissor 
FÍGADO aumentado – duro e palpável 
BAÇO palpável
Pacientes hospitalizados por OUTRAS CAUSAS produzem 
hepato e esplenomegalia
Ex: Leucemia
Linfoma Alcoolismo 
Malária Leishmaniose visceral 
Toxocaríase Hemopatias
Hepatites virais
Quadro clínico sugeri o diagnóstico 
de esquistossomose mansônica
Diagnóstico
Parasitológicos
Demonstração dos ovos do parasita: Fezes (EPF) ou Tecidos
Exames de Fezes
Ovo
S. mansoni
Métodos de Lutz ou Hoffman, Pons & Janer
(Método da sedimentação espontânea)
Biópsia ou raspagem da Mucosa Retal
Ultra - sonografia
(Coura, 2005; Neves, 2005; Rey, 2008)
Diagnóstico
Parasitológico (KATO – KATZ)
a. celofane molhável
b. mistura de glicerina e água
c. tela de nylon ou de metal
d. aplicador ou espátula
e. placa perfurada
f. lâmina de microscopia (Neves, 2005; Rey, 2008)
Diagnóstico
Parasitológico (KATO – KATZ)
Diagnóstico
Parasitológico (Coproseco e Coprokit)
Diagnóstico
Imunológicos
(Neves et al, 2011.; Rey, 2008)
INTRADERMORREAÇÃO
Caso individuais/ Anamnese/ 
EPF (-)
Imunoenzimático (ELISA)
PCR
Medem resposta do organismo do HD- Ag. parasito
Não há certeza de parasitismo (reações cruzadas)
Controle de cura/ baixas cargas parasitárias
Doença resultante da reação inflamatória dos ovos nos tecidos 
Tratamento
(Melo & Coelho 2011)
Pacientes com presença de ovos viáveis nas fezes ou na mucosa retal.
Adultos: dose oral única, 15mg/kg
Crianças: 2 doses orais diárias, 10 
mg/kg
EC: alucinações/ tonteiras
Mata por paralisia
Dose oral diária, 3 dias, 60mg/kg
EC: dor abdominal/ 
cefaleia/sonolência
Resistência (África)
Destrói o tegumento do macho 
Drogas ESQUISTOSSOMICIDAS
Epidemiologia
(MS, 2014)
Distribuição da esquistossomose segundo percentual de positividade em 
inquéritos coproscópicos – Brasil, 2012
Mundo: 200 milhões de pessoas infectadas
Brasil: 60 milhões (WHO, 2010)
B. stramineaB. tenagophila
Epidemiologia
(MS, 2014)
Biomphalaria glabrata
Controle
(Ferreira, 2012)
Evitar o contato dos indivíduos com água contaminada
Evitar a contaminação da água com ovos do parasito
Controle dos caramujos
Quimioterapia em massa
Melhoria de instalações sanitárias 
Educação sanitária
Posição Sistemática
Reino: Animalia
Filo: Platyhelminthes
Classe: Cercomeridea
Subclase: Trematoda
Infraclasse: Digenea
Família: Fasciolidae
Gênero: Fasciola
Espécie: F. hepatica
Reino: Animalia
Filo: Platyhelminthes
Classe: Trematoda
Ordem: Digenea
Família: Fasciolidae
Gênero: Fasciola
Espécie: F. hepatica
Platelmintos: “vermes” achatados dorso-ventralmente
(Brooks 1985; Bush et al. 2001)
Fasciolose ou fasciolíase (“baratinha do fígado”)
- Distribuição ubíqua: 6 espécies de importância médica
Fasciola hepatica
(Melo & Coelho, 2012; Ferreira 2012)
1. Ventosa oral
2. Ventosa ventral
3. Ovário
4. Testículos
5. Glândulas vitelínicas
1
2
3
4
5
Morfologia
♂ ♀
3 x 1,5 cm
- Parasitos encontrados em ductos
biliares de bovinos, ovinos, caprinos e
eventualmente humanos.
- Hermafrodita , fecundação cruzada.
- Podem alcançar até 4 cm, saliência
triangular anterior, sistema digestório
ramificado .
1 Características
1 Biologia
Miracído (larva)Ovo (operculado)
Adulto 
Cercária (larva)
Ciclo biológico
Habitat: interior da vesícula biliar e capilares biliares (longevidade: 9 
a 13 anos) - Produzem de 4 a 50 mil ovos por dia
O humano é um hospedeiro pouco suscetível:
–  no de vermes no fígado;
–  no de ovos eliminados;
– Intensa eosinofilia.
Patogenia
Quais seriam as manifestações clínicas do parasitismo por F.
hepatica?
Migra pelo fígado até chegar aos ductos biliares levando a:
- Hepatomegalia moderada
- Inflamação dos ductos biliares
-Inflamação e fibrose da vesícula biliar
-Migrações erráticas: pulmão, pâncreas, parede do estômago e intestinos.
– Clínico (difícil): eosinofilia e febre
– Parasitológico: ovos nas fezes (baixa densidade) 
– Teste imunológicos: positivo em 90% dos casos- ELISA e 
IFI (reações cruzadas: xistose e hidatidose)).
Diagnóstico e tratamento
- Bithionol – tratamento recomendado para adultos e crianças (dias 
alternados por 20-30 dias), toxicidade.
- Deidroemetina – uso oral e parenteral (60 dias)
Diagnóstico e tratamento
- 4 pessoas (Cabo Verde) – relato de comer agrião cru;
- Eosinofilia, febre prolongada (3-12 meses), hepatomegalia 
dolorosa;
- + para ovos de Fasciola sp. nas fezes e em ELISA
Triclabendazol (dose única), oral. Recuperação dos pacientes
Latente ou assintomática – revela-se apenas por
eosinofilia;
Aguda – manifesta-se por febre, dor abdominal,
emagrecimento e hepatoesplenomegalia;
Crônica ou obstrutiva - responsável por crises de
colangite ou cólicas biliares.
Epidemiologia
- Evitar disseminação nos rebanhos (tratamento e futuramente
vacinação dos animais)
- Combate aos caramujos e isolamento de pastos úmidos
- Evitar uso da água em áreas potenciais (beber, nadar, irrigar)
- Evitar consumo de agrião cru e mal lavado, pois é a principal fonte
de infecção humana (80% dos casos).
Controle

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