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1 Contestação grupo

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NOMES: Karolyne de Medeiros Oliveira CPD: 40385, Larissa Rodrigues Ferreira CPD 42202 e Pablo Ruan Lima Amancio CPD 40446
AO JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA XXX
AUTOS DO PROCESSO Nº XXX
CONDOMÍNIO BOSQUE DAS ARARAS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ XXX, localizado na rua XXX, Nº XXX, bairro XXX, cidade XXX, estado XXX, CEP XXX, neste ato, representado pelo seu síndico, MARCELO RODRIGUES, já devidamente qualificado nos autos de ação indenizatória, movida por JOÃO, também já devidamente qualificado na inicial, pelo rito ordinário, vem por seu advogado (ADVOGADO XXX OAB XXX, inscrito no endereço profissional XXX) com procuração em anexo, com fundamento no artigo 335 do Código de Processo Civil, com fulcro nos artigos 927 do Código Civil e 337 inciso IX do Código de Processo Civil apresentar 
CONTESTAÇÃO, 
em face de ação indenizatória ajuizada por JOÃO, pelas razões e fatos de direito a seguir expostas.
I - DOS FATOS
O autor andava pela calçada da rua onde morava, no Rio de Janeiro, e alegou ele que foi atingido por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 601 do condomínio bosque das araras. Foi relatado em sua petição inicial que desmaiou com o impacto, sendo socorrido por pessoas que passavam na rua, acionaram o corpo de bombeiros que o levou para o hospital Municipal X. O autor foi atendido e passou por procedimento cirúrgico para parar uma hemorragia interna sofrida. Passados alguns dias o autor comenta que passou mal, e teve de retornar ao hospital do município X, e foi descoberto que devido há um erro médico ele deveria submeter-se a uma nova cirurgia para retirar uma gaze esquecida pelo médico dentro do seu corpo, por ocasião da primeira cirurgia, causando-lhe uma infecção. Dito isso, ele alega na inicial que sofreu danos, requerendo o pagamento de lucros cessantes, tanto pelo tempo em que ficou sem trabalhar em decorrência da primeira cirurgia quanto pelo da segunda, porém não lhe comporta direito, além disso requer também danos morais.
II- PRELIMINARMENTE
II.I - CARÊNCIA DE AÇÃO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA
Planeja o autor obter indenização, contudo o condomínio não é parte legitima para se encontrar no polo passivo desta demanda, conforme artigo 337, IX do Código de Processo Civil, uma vez que, tem-se o conhecimento de que tal pote foi lançado do apartamento 601, logo é parte individualizada, tratando-se portanto de unidade autônoma como assim dispõe o artigo 938 do Código de Processo Civil.
Visto isso, a parte legitima para estar no polo passivo da demanda é o dono do apartamento 601, unidade autônoma, seja ele proprietário ou possuidor, e não o condomínio, uma vez que, só comportaria legitimidade passiva caso fosse impossível de reconhecer de qual apartamento o pote foi lançado.
Contudo, doutrina e jurisprudência afirmam que tal regra que quando não for possível identificar de qual unidade partiu a coisa indevida, responderá o condomínio, conforme enunciado 557, VI Jornada de Direito Civil. Logo, a responsabilidade do condomínio é subsidiária, já que o pote de vidro foi lançado da unidade 601, devendo o processo ser resolvido sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, VI, do Código de Processo Civil.
III- DO MÉRITO
Ingressou o autor com ação, objetivando o recebimento de lucros cessantes mais indenização pelos danos morais, pelo acidente causado por um pote de vidro que atingiu sua cabeça enquanto caminhava pela rua, causando perdas financeiras por não cumprimento de suas obrigações profissionais.
O autor em sua ação requereu em sua petição inicial uma indenização no valor R$ 50.000,00 relativo ao acidente e lucros cessantes, além de solicitar mais uma quantia de R$ 10.000,00 referente a danos morais. Verifica-se que o requerido faz menção de que em razão da lesão sofrida ficou impossibilitado de trabalhar.
Não há demonstrações que o autor realmente tenha sofrido dano capaz de causar dor ou sofrimento que justificasse a reparação, não existindo lesões contra a honra, a imagem e a sua dignidade.
A segunda internação do autor não foi uma consequência direta do acidente ocorrido, sendo apenas um erro médico pelo esquecimento de uma gaze no local do corpo do autor na cirurgia realizada, conforme artigo 403 do Código Civil. O autor tem o devido direito de recebe-los, no entanto deverá receber do sujeito correto, este sendo, o habitante do apartamento do qual fora lançado o pote de vidro. Termos afirmados nos artigos 338 e 339, caput e inciso 1º, do Código de Processo Civil, dando prazo de 15 dias ao autor, após aceitar a indicação para a alteração da petição para substituição do réu, artigo 338 do Código de Processo Civil.
No conhecimento da improcedência da obrigação de indenizar o autor em relação aos danos sofridos em decorrência da segunda cirurgia a qual o autor foi submetido, visto que, os danos foram produzidos por essa cirurgia são consequências de erro médico, cometido por um ato falho da equipe cirúrgica do hospital do municio X, devendo este ser demandado, e não propriamente dito em relação da queda do pote de vidro, uma vez que, o próprio na inicial afirma que estava melhor até mesmo trabalhando, e que somente alguns dias, depois da primeira cirurgia, se sentiu mal e descobriu que foi devido ao erro médico, conforme artigo 403 do Código Civil.
IV- DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
1- O conhecimento e provimento da presente peça defensiva, extinguindo, sem resolução de mérito, a presente ação, nos termos do artigo 485, VI, do Código de Processo Civil; 
2- O acolhimento da preliminar de decadência de ação por ilegitimidade passiva, com a consequente extinção do processo sem análise do mérito conforme artigo 938 do Código de Processo Civil;
3- A redução da quantia pretendida em razão da ausência de nexo causal entre o segundo dano experimentado pelo autor e a conduta atribuída ao réu conforme artigo 944, do Código Civil;
4- Que seja o autor condenado ao pagamento dos honorários devidos ao advogado do réu e das custas processuais.
V- DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do artigo 332 do Código de Processo Civil, em especial a prova: documental, testemunhal, pericial e laudo médico.
Nestes termos,
Pede deferimento
LOCAL XXX, DATA XXX
ADVOGADO
OAB nº XXX

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