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DIURÉTICOS E BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIOMETABOLISMO DO MÚSCULO EM REPOUSO E DURANTE O EXERCÍCIO Liz Schettini · Quais os tipos de células musculares? · ( ) A contração pelo sistema de actina e miosina regulada pelo cálcio ocorre em todas as células musculares. · Qual a diferença da glicólise hepática da muscular? · Como o músculo armazena ATP? · Quais os tipos de fibra muscular? · Quais as características das células musculares esqueléticas? · O que é sarcolema? · O que é sarcoplasma? · O que são e para que servem os túbulos T? · Quais as características da célula do musculo liso? · Quais as características dos cardiomiócitos? Existem 3 tipos de células musculares: lisa, cardíaca e esquelética. Em todas a contração ocorre pelo sistema de filamentos actina/miosina deslizantes regulado pelos níveis intracelulares de cálcio. O músculo utiliza glicogênio, glicose, ácidos graxos e aminoácidos como energia. A glicose muscular é regulada de forma diferente da hepática. A PFK-2 cardíaca é ativada por uma proteína-quinase estimulada por insulina, PFK-2 a muscular não é inibida pela fosforilação. Embora as células musculares não sintetizem ácidos graxos, elas possuem uma isoenzima da acetil-CoA para regular a velocidade de oxidação de ácidos graxos. O músculo utiliza fosfato de creatinina para armazenar ligações de alta energia. A creatinina é derivada da arginina e glicina no rim. A enzima CPK catalisa a transferência reversível de um fosfato do ATP para a creatina, formando creatina-fosfato e ADP, onde o fosfato é instável e cicliza para formar a creatinina. As células musculares podem ser divididas em fibra do tipo I (contração lenta e prolongada + metabolismo oxidativo + resistente à fadiga + muita mitocôndria e mioglobina -> fibra vermelha), fibra IIa (glicolíticas-oxidativas -> características das duas fibras) e fibra do tipo IIb (contração rápida + glicólise + pouca mitocôndria e mioglobina + susceptível à fadiga pela produção de ácido lático). O transporte de glicose para o interior do músculo pode ser estimulado durante o exercício devido à alta atividade da proteína-quinase-AMP-ativada. Geralmente a captação é dependente dos níveis de ácido graxo circulante, o qual é aumentado pela liberação de adrenalina. · Tipos de Células Musculares 1. Músculo esquelético: Estão ligados aos ossos e facilitam a movimentação do esqueleto. Encontrados em pares, responsáveis pelas direções opostas e coordenadas do movimento do esqueleto. Controle voluntário. As células musculares esqueléticas são fibras alongadas e cilíndricas que se estendem pelo comprimento do músculo. Multinucleadas. A membrana celular que envolve a fibra é chamada sarcolema e o sarcoplasma é o meio intracelular. O retículo sarcoplasmático é análogo ao reticulo endoplasmático. Outra estrutura presente são os túbulos T, que são invaginações do sarcolema, formando túneis da superfície em direção ao centro da fibra. O potencial de ação se propaga para dentro dos túbulos T. As estriações do músculo são devido a presença de miofibrilas que consiste em filamentos finos e grossos, como actina (filamento fino) e miosina (filamento grosso). 2. Músculo liso: Encontrado no TGI, vasos sanguíneos, bexiga, vias aéreas e útero. As células são fusiformes com um núcleo central. Não apresentam estrias. Contração involuntária. Conseguem manter a contração por muito tempo com pouco gasto energético. 3. Músculo cardíaco: As células são similares ao musculo esquelético porque são estriadas, mas também se parecem com o músculo liso por serem involuntárias. Formato quadrangular. Formam uma rede com muitas outras células através das junções gap. São planejadas para a resistência e coerência. Dependem do metabolismo aeróbico, pois contém muitas mitocôndrias e pouco glicogênio. · Sinais Neuronais Para o Músculo· Como ocorre a estimulação muscular nervosa? · Qual a diferença da rota de glicólise e oxidação muscular das normais do resto dos tecidos? · Qual o principal substrato energético utilizado pelo coração? · Que mudanças ocorrem na produção de energia quando há uma isquemia? · Porque o influxo rápido de ácidos graxos pode ser prejudicial após uma isquemia? · ( ) O ATP não é uma boa escolha para armazenamento energético. · Qual o principal substrato utilizado pelo músculo esquelético? · Explique a utilização de substratos no repouso. · Explique a utilização de substratos no jejum. Quando estimulada de forma apropriada, a célula nervosa libera acetilcolina na junção neuromuscular, que ativa receptores que estimulam a abertura dos canais de cálcio, iniciando o potencial de ação. O PA se espalha pela fibra e atinge o retículo sarcoplasmático, onde inicia a liberação de cálcio do seu lúmen pelo receptor de rianodina. O Ca+ se liga à troponina, para que esta se afaste do sítio de ligação da miosina, possibilitando o giro e deslize sobre a actina. Um ATP se liga à cabeça da miosina para que ela se solte, caracterizando o relaxamento. Enquanto Ca+ e ATP estiverem disponíveis a miosina irá repetir esse ciclo de ligação, giro e deslizamento. · Glicólise e Metabolismo de Ácidos Graxos A diferença das rotas de glicólise e oxidação nos músculos é somente como elas são reguladas. A PFK-2 é regulada negativamente for fosforilação no fígado (ela catalisa a fosforilação e a proteína-quinase dependente de AMPc). Mas no músculo a PFK-2 não é regulada pela fosforilação, e sim por uma proteína-cinase estimulada pela insulina. Isso permite o coração ativar a glicólise e utilizar a glicose sanguínea quando os níveis de glicose estão elevados. A captação de ácido graxo pelo músculo requer participação de proteínas ligadoras de ácidos graxos e das enzimas normais da oxidação. · Utilização de Substratos Energéticos no Músculo 1. Cardíaco: O coração utiliza principalmente ácidos graxos, lactato e glicose (em ordem decrescente). Maior parte do ATP gerado é de maneira oxidativa. O transporte de glicose para o cardiomiócitos ocorre pelo GLUT1 e GLUT4. (esses transportadores aumentam em número na MP quando há um processo de isquemia) Quando o fluxo é interrompido o coração altera seu metabolismo para anaeróbico. A velocidade da glicólise aumenta, mas o acúmulo de prótons é prejudicial. A isquemia também aumenta a quantidade de ácido graxo no sangue e, quando o oxigênio é reintroduzido no coração, a alta velocidade de oxidação de ácidos graxos é prejudicial à recuperação das células danificadas. A oxidação é tão rápida que o NADH acumula na mitocôndria e citoplasma, e à formação de lactato gera mais prótons. A oxidação de ácidos graxos aumenta os níveis de acetil-CoA mitocondrial, o que inibe a piruvato-desidrogenase, levando ao acúmulo de piruvato e à produção de mais lactato. Conforme a produção de lactato aumenta, o pH intracelular diminui, sendo mais difícil de manter os gradientes de concentração. É necessária hidrólise de ATP para “consertar” esses gradientes, reduzindo a quantidade de ATP disponível. 2. Esquelético: Utilizam muitos substratos para obter ATP. O ATP não é uma boa escolha para armazenamento de energia então as células musculares resolvem esse problema gerando o fosfato de creatina, como explicado acima. No repouso ele pode utilizar glicose, aminoácidos ou ácidos graxos (dependendo dos níveis séricos de cada um). Existe um balanço entre a oxidação de glicose e a de ácidos graxos que é regulado pelo citrato. Durante o jejum, com a queda dos níveis de glicose e insulina, há uma redução dos transportadores GLUT4, com diminuição da utilização de glicose, para que esta possa ser utilizada pelo sistema nervoso. Os ácidos graxos se tornam o substrato principal. A AMP-PK está ativa, para produzir ATP. No exercício a velocidade de utilização de ATP é muito maior, logo as rotas de oxidação precisam ser ativadas rapidamente para responder a uma demanda maior. O ATP e fosfato-creatina podem ser esgotados rapidamente. Então a síntese de ATP ocorre pela glicólise e pela fosforilação oxidativa. A glicólise anaeróbica é especialmente importanteem 3 condições: no período inicial do exercício (antes do aumento de fluxo sanguíneo), no exercício realizado por músculos contendo predominantemente fibras musculares glicolíticas de contração rápida (porque elas têm baixa capacidade oxidativa) e durante a atividade extenuante (quando a capacidade de ATP excede a capacidade oxidativa do tecido)· Qual a fonte de energia escolhida para ser utilizada no exercício? · Quais as situações em que a glicólise é indispensável no exercício?
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