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Trabalho unificado sobre Psicologia Juridica

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FACULDADE UNIÃO DE CAMPO MOURÃO – UNICAMPO
 Aline Parteka Corrêa
Everlaine Costa Lima
Franciele Ferraz
Junia Dos Santos
Tays Freitas
Grupos Opostos
Representatividade das classes sociais
Campo Mourão – PR
2017
 Aline Parteka Corrêa
Everlaine Costa Lima
Franciele Ferraz
Junia Dos Santos
Tays Freitas
Grupos Opostos
Representatividade das classes sociais
 Trabalho avaliativo referente às disciplinas de 
 Psicologia Junguiana, Psicologia Jurídica,
 Psicologia Familiar e Avaliação Psicoeducacional,
 tem por objetivo, discutir interesses supostamente
 opostos presentes em conflitos de guarda e 
 o papel do psicólogo em processos de avaliação psicológica. Ministrado pelo 
Professor Maycon Willian Ornellas.
Campo Mourão
2017
Conflitos de interesses presentes em disputa de guarda entre pais e o trabalho do psicólogo nessas situações. A interdisciplinaridade entre Psicologia e o Direito faz se necessário obter conhecimentos referentes aos procedimentos jurídicos. Algumas demandas atuais entre o Direito de família é a guarda compartilhada, Síndrome de Alienação Parental e falsas alegações de abuso sexual. 
A respeito da guarda compartilhada, nos processos de separação ou divórcio é preciso definir qual dos ex-cônjuges será concedida a guarda dos filhos. De acordo com o Novo Código Civil, de janeiro de 2002. Quando se referir a separação consensual será observado o acordo entre o cônjuges á respeito da guarda dos filhos. Em casos que não há um acordo consensual de ambas partes, a guarda será atribuída aquele que apresentar melhores condições para exercê-la, o que não vem ao caso melhores condições econômicas ou materiais. Lembrando que a guarda pode ser exclusiva ou compartilhada , Segundo trindade (2004), a guarda exclusiva ou simples é aquela em que ambos os genitores mantém o poder familiar, mas as decisões recaem sobre o pai guardião. Na guarda compartilhada, ambos os pais podem se deter á tomada de decisões, sem levar em consideração o tempo em que o filho passa com cada um deles. No Brasil a guarda exclusiva ainda é predominante, ficando os filhos normalmente sob custódia da mãe.
Síndrome de Alienação Parental muito encontrado em situações de disputa de guarda, é quando um dos genitores programa o filho para alienar-se do outro, com o interesse de que isto o favoreça na hora da disputa judicial. 
Silva (2006), destaca que deve ser investigado para se ter certeza de que o genitor alienado não mereça ser rejeitado pela criança, através de meios não depreciáveis. 
O alienador programa o filho para denegrir a imagem do outro genitor e pelas contribuições criadas pela própria criança que sustentam essas desmoralizações do genitor alienado, apenas acontecendo isso é que se pode falar de Síndrome da Alienação Parental, pois a mesma só se estabelece mediante a complementariedade entre destruição da imagem pelo genitor e pelo próprio filho, ainda que influenciado pelo primeiro. Dias (2006), observa que o detentor da guarda, ao destruir a relação do filho com o outro, assume o controle total. Genitor e filho tornam-se unidos, inseparáveis. O pai não guardião passa a ser considerado um invasor, um intruso a ser afastado de qualquer jeito. O objetivo do alienador é distanciar o filho do outro genitor. Para tanto intercepta ligações e correspondências do genitor alienado, critica ostensivamente o estilo de vida do ex-cônjuge e os presentes dados por ele ao filho. Sendo assim o filho absorve negatividade em relação ao ente alienado, sentindo-se no “dever” de proteger o genitor alienador. 
Falsas acusações de abuso sexual podem acontecer em função de sentimentos de vingança o u desavenças entre os ex-cônjuges. Sabemos que situações de abuso sexual intrafamiliar são frequentes e trazem consequências extremamente danosas ás vítimas, e quando apresentado em situações de disputa de guarda exige do psicólogo uma postura mais critica sobre o assunto.
Segundo Gardner (1987), 95% dos casos de acusações de abuso sexual no contexto de disputas de guarda sejam falsas. De acordo com Bow et al. (2002), os motivos para tais acusações podem variar desde uma necessidade de proteção á segurança do filho até sentimentos de vingança e hostilidade após a separação conjugal. 
Vale destacar que as falsas acusações de abuso sexual podem ser uma das formas de Síndrome de Alienação Parental, uma vez que se configura como uma tentativa de destruição da figura parental (CALÇADA, 20015).
Considerando que as crianças, especialmente as vítimas de Síndrome de Alienação Parental utilizam-se de situações descritas que nunca foram efetivamente vivenciadas, é importante que o psicólogo analise os processos da memória que originaram tais lembranças. Conclui-se que são sim grupos opostos que trazem os mesmos prejuízos emocionais aos indivíduos que passam pelo processo de separação conjugal.
Diante deste fato, a psicologia analítica ilustra a anima e o animus de maneira que as experiências anteriores das crianças vítimas de alienação parentais podem ser projetadas pelas mesmas, já que o animus ao que se refere ao homem é o deslumbramento destemido, é sobretudo de caráter sentimental e caracterizado pelo ressentimento, na mulher, a anima se expressa através de conceitos, interpretações, opiniões insinuações e construções defeituosas, que tem, sem exceção, como finalidade ou mesmo como resultado a ruptura da relação entre duas pessoas. 
No caso de uma criança em que seus pais estão em processo de divórcio, a anima e o animus de seus pais, agora não apresentam mais estar ligados um ao outro, o que pode gerar confusões e conflitos internos, pois, para a criança, tanto gênero feminino como masculino, envolve, como uma filha que é a única a compreender o pai e tem eternamente razão, é transportada para o pais das ovelhas onde deixa pastorear pelo seu pastor de almas, ou seja, pelo animus. 
Anima e animus também são um intermediário entre a consciência e o inconsciente, e uma personificação do inconsciente, sendo assim, da mesma forma que a anima causa uma relação e uma polaridade na consciência do homem, o animus também confere um caráter meditativo, uma capacidade de reflexão e conhecimento a consciência feminina. Em função disto, a ação da anima e do animus sobre o eu, são idênticas. 
Além disso, os conteúdos da anima e do animus também estão integrados a parte do si mesmo, e quanto maior for o número de conteúdos assimilados ao eu e quanto mais significativos forem, tanto mais o eu se aproximara do si mesmo, mesmo que esta aproximação nunca chegue ao fim. 
Em última análise, para esta criança, a qual está passando por várias transformações, não só em questão de uma nova casa, talvez nova mãe, ou pai, novos irmãos, e adquirindo ainda sobre o que pensar, fazer e sentir, devem-se ser trabalhadas estas questões, aos pais, orienta-se que a alienação parental prejudica somente a criança, e ao invés de beneficiar a eles que fazem isso para conseguir a guarda, beneficie a criança tratando de seus conflitos internos também.

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