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4V | Volume 1 | Língua Portuguesa Manual do Professor 2020_4V_V1_POR_MP.indd 1 06/11/2019 07:45:34 2 Coleção 4V Coleção 4V CopresidÊnCia: Rodrigo Fernandes Domingos, Rommel Fernandes Domingos, Paulo Ribeiro direção: diretor executivo: Tiago Bossi autoria: Língua portuguesa: Adriano Bitarães, Alba C. Mello, Aline Euzébion Alison Leal, Flávia Roque, Flávia Völker, Geralda Cristina Fortunato, Alberto Soares produção: Gerente de produção: Luciene Fernandes. analista de processos editoriais: Letícia Oliveira. assistente de produção editorial: Letícia Gonçalves. núCLeo pedaGóGiCo: Gestoras pedagógicas: Amanda Zanetti, Cornélia Brandão, Priscilla Alcici. Gestora de avaliação educacional: Thaísa Lagoeiro. Coordenadores de produção pedagógica: Carol Barreto, Isabela Lélis, Karlla Oliveira, Lucas Maranhão, Marilene Fernanda Guerra, Melina Djenane. analistas pedagógicos: Átila Camargos, Bruna Fonte Boa, Bruno Constâncio, Daniel Menezes, Daniel Pretti, Felipe Martins, Hélia Brito, Juliana Fonseca, Júnia Teles, Luciana Lopes, Luciano Marins, Mariana Campos, Mariana Cruz, Marina Rodrigues, Natalia Lima, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Rafaela Freitas, Ramon Barbosa, Raquel Raad, Rodrigo Kalamar, Taíla Barbosa, Tamires Vilhena, Tathiana Oliveira, Tatiana Bacelar, Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Thayná Miclos, Vladimir Avelar. analistas de Conteúdo: Diego da Mata, Idelbrando Junior, Joyce Tavares, Juliana Lanza, Junio Fonseca, Letícia Poletto, Lia Martins, Maria Victória Heilbuth. assistentes de produção editorial: Carolina Silva, Ingrid Tavares. produção editoriaL: Gestora de produção editorial: Thalita Nigri. Coordenadoras de núcleo: Gabriela Garzon, Isabela Dutra, Michelle Eleutério, Soraya de Souza. Coordenador de iconografia: Lucas Roque. assistentes de produção editorial: Danusa Andrade, Jairo Júnior Menezes, Taísa Torres. pesquisadores iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva, Guilherme Rodrigues, Núbia Santiago. revisores: Ana Maria Oliveira, Bárbara Turci, Danielle Cardoso, Gabrielle Ruas, Jéssica Souza, Mariana Santiago, Renata Pires, Simone Silva, Victor Andrade. arte-Finalistas: Gabriel Alves, Isabela Diniz, Kátia Silva. diagramadores: Alexandre Medeiros, Bruna Gregório, Fabíola Mendonça, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim, Mateus Barcelos, Naianne Rabelo, Paula Dias, Webster Pereira. ilustradores: Rodrigo Almeida, Rubens Lima, Yara Ferreira. produção GráFiCa: Gestor de produção Gráfica: Wellington Seabra. Coordenador de produção Gráfica: Eli de Castro. analista de produção Gráfica: Patrícia Áurea. analistas de editoração: Cleber Monteiro, Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorim. assistente de produção Gráfica: Laís Marra. Coordenador de psM: Wilson Bittencourt. analistas de psM: Augusto Figueiredo, Luiza Ribeiro, Suzelainne de Souza, Thais Melgaço. revisores: Ariana Barbosa, Danubia Spiazzi, Gabriel Geraldo da Silva, Michelle Fernandes. arte-Finalistas: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal. diagramadores: Ana Luisa Brandão, Emanuel Silva, Kamila Moreno, Patrícia Lage, Rafael Guisoli, Raquel Lopes. ilustradores: Camila Meireles, Wallace Weber. reLaCionaMento e MerCado: Gerente Geral de relacionamento e Mercado: Renata Gazzinelli. assessora de relacionamento e Mercado: Heloísa Baldo. assessora de Gestão e desempenho: Vanessa Santos. assessores pedagógicos: Andressa Sarsur, Cecília Alves, Mardén Ribeiro. suporte pedaGóGiCo: Gestoras de Conteúdo: Ana Cristina Carvalho, Cássia Coutinho, Patrícia Marques. Coordenadora de suporte pedagógico: Andréa Magnavacca. Consultores pedagógicos: Adriene Domingues, Alanna Landim, Aldiney Silva, Daniel Fernandes, Daniel Pragana, Daniella Lopes, Denise Almeida, Edna Rodrigues, Eugênia Alves, Joani Genelhu, Leonardo Ferreira, Lilian Paschoal, Mariana Magalhães, Marianna Drumond, Rita Lanna, Rodrigo Amorim, Soraya Oliveira, Wanelza Teixeira. supervisora de suporte pedagógico: Graziene de Araújo. analistas de suporte pedagógico: Cleide de Paula, Luana Caxeado, Lorena Manrubia, Patrícia Combat. assistentes técnico-pedagógicas: Lívia Espírito Santo, Werlayne Bastos. assistente técnico-administrativa: Laís Ferreira. CoMerCiaL: Gerente Comercial: José Carlos Mariano. Coordenador de inteligência de Mercado: Lucas Assis. Coordenadores Comerciais: Camila Santos, Rafael Cury, Wilbert Oliveira. supervisora administrativo-Comercial: Mariana Gonçalves. Consultores Comerciais: Denílson Silva, Eduardo Marques, Emanuelle Almeida, Eysla Marques, Ilza Braga, Isabel Melo, José Carlos Matos, Júnio Miranda, Marcela Campos, Patrique dal Forno, Pedro Conrado Penido, Pedro Henrique Pires, Ricardo Ricato, Robson Correia, Tamara Zanetti, Vinícius Amaral, Wellington Ferreira. analistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela Ribeiro. assistentes técnico-administrativas: Ludmila Ruas, Melissa Turci, Shymenya Rogério. operações: Gerente de operações: Bárbara Andrade. Gestora de operações: Edilene Cruz. supervisora de relacionamento: Adriana Martins. Coordenador de Logística: Dinamar Lima. supervisor de Logística: Carlos Eduardo dos Reis. analista de planejamento e Controle: Célia Morais. analistas de operações: Ariane Simim, Ludymilla Barroso, Renata Magalhães. assistentes de operações: Amanda Aurélio, Elizabeth Lima, Iara Ferreira, Renata Gualberto. assistentes de relacionamento: Débora Teresani, Larissa Coelho, Priscila Silva, Viviane Rosa. auxiliares de relacionamento: Alessandra Mesquita, Brisa Jennifer Melo, Elizabeth Ludmila da Silva, Juliana Pinheiro, Karine Alonso, Maria Santos, Poliane Costa. Coordenadora de expedição: Janaina Costa. supervisor de expedição: Bruno Oliveira. analista de expedição: Luís Xavier. analista de estoque: Felipe Lages. assistentes de estoque: Admilson Ferreira, Daniel Borges. assistentes de expedição: Eliseu Silveira, Gustavo Silva, Helen Leon, João Ricardo dos Santos, Marcos Dionísio, Sandro Luiz Queiroga. auxiliares de expedição: Alisson Barbosa, Carolina Amaral, Matheus Rodrigues. separadores: Diogo Pereira, Fernando Alves, Jefferson de Jesus, Lucas Leonardo Ribeiro. teCnoLoGia eduCaCionaL: Gerente de tecnologia educacional: Alex Rosa. Coordenador pedagógico de tecnologia educacional: Breno Heleno Ferreira. Coordenadora de tecnologia educacional: Ellen Stuart. Coordenadora de atendimento de tecnologia educacional: Rebeca Mayrink. Coordenador de avaliação e estatística: Fernando Paim. Líder de produto: Caio Pontes. supervisora de operações de tecnologia educacional: Vanessa Viana. analistas de suporte de tecnologia educacional: Alexandre Paiva, Harrison Dias, Johny Maia. analistas de tecnologia educacional: Naiara Monteiro, Sarah Costa. técnico em estatística: Conrado Ramos. assistentes de tecnologia educacional: Amanda Braga, Emily Marques, Jamille Carvalho, Luana Teixeira, Vanessa Lima, Veronica Lorraine Ribeiro. designers de interação: Larissa Assis, Marcelo Costa, Santiago Martins. designers instrucionais: Alisson Guedes, David Luiz Prado, Diego Dias, Josélio Vertelo, M. Celeste Sánchez, Mariana Oliveira, Stephanie Prieto. designer de Vídeo: Marina Ansaloni. editores audiovisuais: Catarine Corradi, Raony Abade. roteirista audiovisual: Augusto Alvarenga. revisora: Ana Nascimento. diagramadores: Daniel de Oliveira, Gustavo Silva, Jean Carlos Damasceno, Lucas Fernando Ferreira. saC: faleconosco@bernoulli.com.br 31.99301.1441 – Dúvidas e sugestões a respeito das soluções didáticas. Centros de distribuição: Rua José Maria de Lacerda, 1 900, Galpão 1, Módulos 04 e 05, Cidade Industrial, Contagem - MG, CEP: 32.210-120. Avenida Papa João Paulo I, 4 006, Galpão 02, Módulo 04, Residencial Parque Cumbica, Guarulhos - SP, CEP: 07.174-005. Bernoulli sistema de ensino: Avenida Raja Gabaglia, 2 720, Estoril, Belo Horizonte - MG, CEP: 30.494-170. www.bernoulli.com.br/sistema (31) 3029-4949 Coleção 4V – Manual do Professor – Volume 1 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todosos direitos reservados. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados por questões estéticas ou para melhor visualização. C689 Coleção 4V: Manual do Professor. - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2020. 186 p.: il. Ensino para ingresso ao Nível Superior. Bernoulli Educação. 1. Língua Portuguesa I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 1 CDU - 811 CDD - 469 2020_4V_V1_POR_MP.indd 2 06/11/2019 07:45:34 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Manual do Professor 3Bernoulli Sistema de Ensino apresentação Prezado(a) professor(a), O último ano do Ensino Médio é um momento de novos desafios para os alunos tanto no campo epistemológico quanto no pessoal. Reconhecer esses desafios e se preparar para as novidades que se aproximam, assegurará uma boa formação intelectual, social e cultural a essa nova geração. E é pensando nesse contexto que o material de Língua Portuguesa da Coleção 6V, indica, de forma clara e objetiva, elementos e discussões proveitosos para a formação dos discentes. Professor(a), por meio deste manual, pretende-se orientá-lo sobre a melhor forma de utilizar a Coleção 4V em sala de aula. Aqui, você encontrará as diretrizes educacionais com base nas quais o material foi estruturado, além de uma sugestão de cronograma que viabilizará o cumprimento do Conteúdo Programático e uma série de alternativas didáticas para auxiliá-lo(la) nas aulas. O material de Língua Portuguesa da Coleção 4V é dividido em quatro frentes: a Frente A, que trabalha o conteúdo de produção de texto em uma perspectiva discursiva e sociocomunicativa; a Frente B, que propõe a leitura e a escuta na interpretação de variados textos; a Frente C, que aborda as práticas linguísticas e o funcionamento da língua por meio da gramática; e, por fim, a Frente D, que explora o estudo de textos literários de forma polissêmica e transversal. A Frente A foi idealizada para acabar com o mito – bastante difundido entre os estudantes – de que “escrever é difícil, impossível ou privilégio para poucos”. O que esse material de produção de texto busca é mostrar aos alunos que a escrita é possível a eles também. Então, professor(a), antes de tudo, mostre ao seu aluno que escrever é colocar em prática habilidades que envolvem um processo consciente de produção de texto e não um resultado de inspirações. Por isso, desde o início, busca-se mostrar – e você deve reforçar isto – que o ato de escrever se presta a estabelecer uma relação sociocomunicativa e, para que essa relação se realize com sucesso, alguns aspectos devem ser considerados. Capacite seu aluno a ajustar o texto às necessidades situacionais. Convide-o a refletir sobre o processo da escrita, habilitando-o a perceber o que é necessário, relevante, pertinente e justificável na elaboração de qualquer texto. Despertar o interesse do aluno para a escrita e facilitar esse processo é o nosso compromisso. A Frente A apresenta as principais estratégias argumentativas que podem ser utilizadas pelos alunos em suas produções, especialmente, na produção de textos de natureza dissertativa- -argumentativa, os quais devem convencer pela consistência das informações apresentadas e que tanto serão melhores quanto maior for a relevância dessas informações. Para além dos textos dissertativos, os alunos também terão contato com as características estruturais e linguísticas de textos de naturezas narrativa, descritiva e injuntiva, bem como a alguns gêneros em que se predominam essas tipologias; textos jornalísticos; cartas; gêneros digitais; memes; podcasts, entre outros. A Frente B foi desenvolvida com o intuito de promover a reflexão acerca da leitura, objeto complexo de ensino e de aprendizagem. É importante que você, professor(a), tenha em mente esses objetivos. Para isso, é necessário conhecer o contexto amplo das funções da leitura na escola, em todas as áreas, o que exige a atuação em conjunto com todo o corpo docente; a importância do ato de ler na sociedade em que vivemos e a interação fundamental desse saber com o currículo escolar. O aluno deve entender que ler é um ato que requer manejo, técnica, promoção de habilidades, e não algo que se assemelhe ao automatismo ou à intuição. A leitura está presente em todas as áreas do saber e, dela, todas essas áreas dependem. Sendo assim, cabe a nós, professoras e professores, proceder para a escolarização da leitura, o que significa entender e promover a compreensão, nos alunos, sobre o que, como, por que e para que eles aprendem. A Frente C foi planejada para derrubar uma série de tabus sobre a Língua Portuguesa, os quais dizem respeito, principalmente, às regras que a normatizam, tais como a de que “o português é a língua mais difícil que existe” ou de que, “no português, só há exceções”. O que esse material pretende é desenvolver, no aluno, um maior domínio da língua, derrubando esses preconceitos. Esse objetivo, contudo, só pode ser alcançado a partir da prática diária, criativa e competente, na sala de aula, afinal é nela – e a partir dela – que se concretiza e se consolida, de maneira eficaz, o processo de aprendizado. O ensino de língua materna tem peculiaridades que demandam grande atenção e afinco por parte de todos os envolvidos no processo educacional. Tendo em vista que lidamos com um público que, como falante nativo, é fluente na língua, nosso foco neste material é promover reflexões relacionadas às diversas práticas linguísticas e ao funcionamento da língua no universo das relações humanas. Procure estimular o aluno a confiar em si mesmo e na intuição de falante que ele tem, a raciocinar sobre as estruturas linguísticas que lhe forem apresentadas, em vez de apenas decorar regras e exceções. Mostre a ele que reconhecer e saber usar os diversos registros de língua existentes – inclusive o padrão – é extremamente importante, não apenas para resolver questões de gramática, mas também para que ele seja capaz de compor bons textos, seja no Enem, no vestibular, seja na universidade ou ao longo de sua vida profissional. A Frente D pretende tornar as aulas de Literatura enriquecedoras e aprazíveis para, a partir daí, despertar no aluno a consciência estética e a sensibilidade lírica. Por isso, não restrinja as possibilidades de leitura do texto literário; trate-o como o que ele realmente é: polissêmico. Valorize a leitura e a interpretação do seu aluno, estimule-o a ter outras análises, outras visões sobre um mesmo objeto de estudo. Ao trabalhar o material, procure sempre ressaltar como o contexto de recepção de um texto altera a percepção do leitor. Também é significativo considerar que a crítica feita por uma geração de intelectuais a seus antecessores é, geralmente, fruto de mudanças históricas, sociais e, sobretudo, de concepções culturais vigentes. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 3 06/11/2019 07:45:34 4 Coleção 4V Tornar-se consciente desse fato é importante, inclusive, para que o aluno se perceba como um leitor do século XXI, guiado pelos valores de seu tempo. Sugerimos, também, que não só os textos literários sejam estudados em sala de forma polissêmica, mas que também seja feito um trabalho transversal – de forma que a Literatura esteja em diálogo com outros campos da Arte. A fim de facilitar esse intertexto, a Coleção apresenta obras de outras vertentes artísticas – como das artes plásticas. Esperamos que, com esse auxílio, você possa desenvolver ainda melhor o seu trabalho. Os autores noVIDaDes 2020 O Bernoulli Sistema de Ensino inicia mais um ano com a convicção de que é possível valorizar o conhecimento e oferecer uma educação profunda e de qualidade sem deixar de olhar para o ser humano. Por isso, estamos cada vez mais consolidados e cada vez mais próximos das necessidades dos nossosparceiros, oferecendo soluções educacionais de ponta e sintonizadas com as necessidades atuais e futuras. A nossa preocupação com a oferta de uma educação de alto nível que proporciona infinitas possibilidades é o que pode ser comprovado no conjunto de novidades que preparamos para 2020. Em consonância com o processo iniciado em 2019, concluímos a atualização das Coleções de Ensino Fundamental (1º a 9º ano) de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), oferecendo aos nossos parceiros livros reestruturados e alinhados às habilidades e aos objetos de conhecimento preconizados pelo documento. A implantação em duas fases foi uma escolha do Bernoulli Sistema de Ensino em respeito ao processo progressivo de adaptação a essa grande mudança, considerando especialmente os alunos que estão em curso e visando minimizar as lacunas e rupturas vivenciadas na transição. Pelos mesmos motivos, propomos uma implementação também gradativa para o alinhamento da Coleção do Ensino Médio. Assim, em 2020, apresentamos as nossas soluções para a 1ª série totalmente alinhadas à formação geral básica, atendendo às habilidades e competências da BNCC. Para a contemplação adequada, além dos novos conteúdos programáticos, incorporamos novas seções aos capítulos, atividades interativas e usos de tecnologias digitais. Tudo isso em um novo projeto gráfico, mais atrativo e fluido para os estudantes. Ainda no Ensino Médio, as Coleções 6V, 4V e 2V de Língua Portuguesa vêm com novidades. Além de uma nova frente totalmente focada no desenvolvimento das habilidades de interpretação, chamada de Leitura e Escuta, teremos a atualização dos conteúdos programáticos das outras três frentes já existentes, alinhados aos campos de atuação propostos pela BNCC. O que já era excelente ficou ainda melhor! Pensando, mais uma vez, na necessidade de investimentos na formação integral dos estudantes, o Bernoulli Sistema de Ensino oferece outra inovação: o Projeto de Vida, que faz parte do Projeto Eu no Mundo para o Ensino Médio. Trata-se de um material extra, ideal para a utilização na 1ª série, cujo objetivo é estimular o autoconhecimento do estudante e o desenvolvimento das habilidades socioemocionais com base na determinação, perseverança e autoconfiança, elementos imprescindíveis para realização de projetos presentes e futuros. Com isso, o material contribui para a orientação do planejamento da carreira profissional almejada, a partir da identificação dos interesses pessoais, talentos, desejos e afinidades, contribuindo na orientação efetiva para a escolha dos itinerários formativos, prevista para a 2ª série, em 2021. Também há muitas novidades relativas ao desenvolvimento integral para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental: dois grandes projetos são lançados este ano! Em consonância também com o Projeto Eu no Mundo, que já é um sucesso na Educação Infantil, apresentamos agora a Coleção Socioemocional de 1º a 5º ano, com livros ricos em vivências e reflexões para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, intrapessoais e interpessoais e repletos de oportunidades para o diálogo também com as famílias. E não para por aí! Também para as cinco séries, apresentamos um grande diferencial: a Coleção Flow Maker, ancorada na cultura Maker, no movimento STEAM e no Design Thinking e que privilegia experiências colaborativas para cocriação de soluções criativas para problemas complexos. Atentos às demandas contemporâneas que, cada vez mais, valorizam a necessidade da proficiência no inglês como língua estrangeira, ampliamos a nossa parceria com a Cambridge University Press que, a partir de agora, atenderá também aos estudantes de 6º a 9º anos. Assim como na Educação Infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o material oferece possibilidades para um trabalho robusto, atendendo a uma carga horária de 4 a 5 aulas semanais com materiais atrativos e instigantes, baseados na metodologia CLIL (Aprendizagem Integrada de Língua e Conteúdo). Além disso, ampliamos também as possibilidades de trabalho com o nosso material regular de Língua Inglesa do 6º ano. Elaboramos um novo ambiente virtual para o desenvolvimento das habilidades de listening e speaking (escuta e fala), de maneira integrada ao livro impresso. O material acompanha um guia didático- -pedagógico para o(a) professor(a), repleto de orientações metodológicas para as atividades práticas. A implantação da solução se inicia com o 6º ano do Ensino Fundamental, em 2020, alcançando progressivamente as outras séries nos próximos anos. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 4 06/11/2019 07:45:35 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Manual do Professor 5Bernoulli Sistema de Ensino Também para os Anos Finais do Ensino Fundamental, oferecemos a Avaliação Processual, elaborada com base na Matriz de Referência Bernoulli e nos componentes curr iculares de Língua Portuguesa e Matemática. A aplicação das avaliações irá ocorrer anualmente e objetiva aferir se os alunos de 6º, 7º, 8º e 9º anos conseguiram desenvolver as habilidades esperadas para o período. Com os resultados, interpretados por dados da Teoria Clássica (TCT) e da Teoria de Resposta ao Item (TRI), via Meu Bernoulli, a escola poderá enxergar sistematicamente um diagnóstico geral, por turma e por aluno, o que irá contribuir para a gestão escolar e para a composição de um plano de ação para atuação dos docentes. Na Educação Infantil, abrimos 2020 lançando um novo Guia da Família para 3 anos, material que dialoga com os responsáveis pelas crianças e acompanha o material destinado a elas. O Guia traz informações a respeito do desenvolvimento infantil e oferece dicas para a condução de situações comuns para a faixa etária, como desafios de comportamento, socialização e uso da tecnologia pelos pequenos. Por fim, também temos novidades na área de tecnologia educacional, com o avanço e a ampliação do Meu Bernoulli (MB), que passa para a sua versão 3.0, mais alinhado com a experiência do usuário, ofertando novas funcionalidades, em uma constante evolução tecnológica. Agora o MB estará disponível também para a Educação Infantil e os Anos Iniciais do Ensino Fundamental e contará com uma proposta gamificada que privilegia o engajamento e a interação não só para os estudantes, mas também para pais, professores e gestores, além de ampliar os recursos e as funcionalidades para os outros segmentos. A integração dos nossos materiais com os recursos tecnológicos não para! São cada vez mais recursos e cada vez mais professores e estudantes tendo a oportunidade de aprender e ensinar por meio de e-books, realidade aumentada, realidade virtual, vídeos, podcasts, simuladores, games, animações interativas, conteúdos complementares, entre outros. Com a ampliação da oferta do Meu Bernoulli, há ainda uma novidade muito aguardada: o lançamento do banco de questões para 1º a 5º ano, favorecendo ao(à) professor(a) o acesso a questões revisadas e aderentes ao nosso projeto pedagógico para utilização em instrumentos avaliativos. Nossos filtros permitem selecionar questões adequadas para cada momento do ano letivo, por disciplina, fonte, nível de dificuldade e tipo de questão. Todas as novidades preparadas para o ano demonstram que o Bernoulli Sistema de Ensino está sempre à frente para trazer o que há de melhor para que sua escola continue crescendo junto conosco. É por isso que nos consolidamos hoje como um dos melhores grupos educacionais do país e reafirmamos o nosso compromisso de caminhar lado a lado com nossos parceiros! Conte conosco para, juntos, transformarmos vidas por meio da Educação de qualidade! BernoullI play Com foco na integração entre conteúdo impresso e digital, nossas Coleções contam com o Bernoulli Play, uma plataforma de acesso aos objetos digitais de aprendizagem desenvolvidos ou licenciados pelo Bernoulli Sistema de Ensino. Por meio dessa plataforma, é possívelacessar os áudios das disciplinas de Língua Inglesa e Língua Espanhola, assistir a vídeos didáticos e resoluções de exercícios das Coleções do Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio e Pré-Vestibular, além das resoluções dos Simulados Enem e Ensino Médio (1ª e 2ª séries) que são disponibilizadas após a aplicação das provas. Animações Em uma animação, a ampliação dos detalhes e o movimento contínuo das imagens expandem a compreensão do conteúdo apresentado, uma vez que esses recursos proporcionam uma visualização mais acurada e dinâmica, ampliando as possibilidades de aprendizagem e interação com nossas Coleções. Áudios de Língua Inglesa e Língua Espanhola Com o propósito de potencializar as múltiplas habilidades dos conteúdos de língua estrangeira, as publicações de Língua Inglesa e Língua Espanhola contam com áudios disponíveis para as Coleções do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Pré-Vestibular. Games Orientados por desafios, os games estimulam a tomada de decisões e potencializam o engajamento do aluno durante o processo de aprendizagem. Eles contribuem para o desenvolvimento de habilidades, a resolução de problemas, a criatividade e a concentração, além de estimular a memória e o raciocínio lógico e incentivar a persistência e a resiliência. Resoluções de exercícios em imagem e vídeo Com suporte de imagem ou vídeo, as resoluções de exercícios são apresentadas durante as seções de exercícios propostos e de aprendizagem das Coleções do Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio e Pré-Vestibular. Simuladores Os simuladores recriam acontecimentos reais de maneira virtual, reproduzindo o comportamento de elementos em um determinado fenômeno ou mecanismo. Desse modo, eles viabilizam a experimentação investigativa mesmo fora dos laboratórios. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 5 06/11/2019 07:45:35 6 Coleção 4V Vídeos didáticos Utilizando estratégias audiovisuais, os vídeos didáticos são planejados e estruturados com o propósito de auxiliar o aluno na compreensão e na revisão dos assuntos abordados em nossas Coleções. Instalação e navegabilidade O Bernoulli Play possui um aplicativo e uma versão web. O aplicativo está disponível na Google Play e na App Store, basta procurar e instalar em seu dispositivo. A versão web pode ser acessada pelo endereço play.bernoulli.com.br. Códigos alfanuméricos: são utilizados para acessar os conteúdos digitais em áudio ou vídeo. Para isso, basta inserir o código no aplicativo Bernoulli Play ou em play.bernoulli.com.br. QR Codes: são utilizados para acessar games, animações, simuladores e objetos em realidade aumentada. Para baixar o conteúdo, basta utilizar o leitor disponível no aplicativo. FunDaMentação teÓrICa Se é pelas atividades de linguagem que o homem se constitui sujeito, só por intermédio delas é que tem condições de refletir sobre si mesmo. Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002) Na contemporaneidade, uma das dificuldades comuns para os alunos é o uso adequado das múltiplas linguagens a que eles têm acesso. As mídias diversificadas do nosso tempo, aparentemente, alteraram o espaço da palavra escrita ou do texto impresso com suas diversas possibilidades. O resgate do ato de ler e de escrever, entretanto, é primordial para que o aluno possa ter um desempenho satisfatório ao usar a língua, não só na escrita – com suas normas e exigências técnicas, sem dúvida, necessárias –, mas também na expressão precisa de suas ideias e na compreensão do mundo que o cerca. Diferenciar as várias situações e contextos em que a escrita é socialmente produzida e ser capaz de fazer uso da linguagem adequada à situação de interlocução são propósitos que se espera alcançar nas aulas de Língua Portuguesa do Ensino Médio. Para definir a metodologia utilizada na Coleção 4V – Língua Portuguesa, foram determinados alguns objetivos. Assim, adotou-se uma perspectiva discursiva que considera, além da necessidade de ler e de escrever corretamente, a relação entre a linguagem e seus diversos contextos de uso. É preciso que o aluno compreenda que não existe só uma variedade de português e que a norma-padrão é apenas um dos diferentes registros em que a língua se organiza. É preciso que compreenda ainda que, apesar dessa relatividade, a língua padrão é o registro que precisa dominar para ser bem-sucedido, tanto no vestibular quanto ao longo de sua vida profissional. Assim, o estudo da Língua Portuguesa é feito a partir de uma perspectiva mais ampla, que é a de conhecer as diversas possibilidades da língua, o modo como ela se organiza e os contextos em que tais possibilidades são aceitáveis ou não. Pensada desse modo, a Coleção 4V – Língua Portuguesa está organizada em três frentes de trabalho: Redação, Literatura e Gramática, que se desenvolvem em uma dinâmica de complementaridade e dependência. Assim, busca-se relacionar os diferentes conteúdos presentes em cada uma das frentes e desenvolvê-los com inúmeras potencialidades. Dessa forma, pretende-se contribuir para que nossos alunos tenham condições não apenas de utilizar corretamente a Língua Portuguesa, mas de refletir sobre ela e sobre suas diversas idiossincrasias. Consequentemente, eles poderão, com o auxílio da linguagem e também por meio dela, conquistar e desempenhar bem o seu papel de cidadão. MatrIz De reFerênCIa eneM Linguagem, Códigos e suas Tecnologias Eixos cognitivos (comuns a todas as áreas de conhecimento) I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa. II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema. IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente. V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Habilidades e competências Competência de área 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 6 06/11/2019 07:45:35 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Manual do Professor 7Bernoulli Sistema de Ensino H1 – Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação. H2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais. H3 – Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas. H4 – Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação. Competência de área 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade. H9 – Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social. H10 – Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas. H11 – Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. Competência de área 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integradorda organização do mundo e da própria identidade. H12 – Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. H13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos. H14 – Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter- -relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos. Competência de área 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção. H15 – Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político. H16 – Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário. H17 – Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional. Competência de área 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. H18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. H19 – Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução. H20 – Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional. Competência de área 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas. H21 – Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. H22 – Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. H23 – Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. H24 – Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras. Competência de área 8 – Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. H25 – Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro. H26 – Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. H27 – Reconhecer os usos da norma-padrão da Língua Portuguesa nas diferentes situações de comunicação. Competência de área 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar. H28 – Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação. H29 – Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação. H30 – Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 7 06/11/2019 07:45:35 8 Coleção 4V planeJaMento anual Disciplina: língua portuguesa série: 3ª segmento: eM/pV FRENTE móduLo VoLumE CoNTEúdo A 01 1 • Gêneros e Tipos Textuais 02 • Planejamento e Introdução do Texto Dissertativo-Argumentativo 03 2 • Desenvolvimento do Texto Dissertativo-Argumentativo, Estratégias Argumentativas, Contra-Argumentação e Falhas Argumentativas 04 • Conclusão do Texto Dissertativo-Argumentativo 05 3 • Os Textos Narrativo, Descritivo e Injuntivo 06 • Textos Multissemióticos I 07 4 • Textos Multissemióticos II 08 • Textos Multissemióticos III e IV B 01 1 • Leitura, Sentido e Coerência 02 • Para se Construir uma Tese 03 2 • Funções da Linguagem 04 • Estratégias de Leitura e Curadoria de Informações 05 3 • Intertextualidades e Interdiscursividade (Cotexto e Contexto) e Análise Semiótica: Textos Não Verbais 06 • Leitura e Atuação na Vida Pública 07 4 • Leitura e Interpretação de Textos Científicos 08 • Hibridização dos Gêneros e Repertório Cultural C 01 1 • Recursos Coesivos 02 • Verbos, Oração e seus Termos 03 2 • Estudos Linguísticos 04 • Estudos Linguísticos 05 3 • Estudos Linguísticos 06 • Estudos Linguísticos 07 4 • Estudos Linguísticos 08 • Estudos Linguísticos D 01 1 • Textos Literários e Figurativos: Principais Figuras de Linguagem 02 • Os Gêneros Literários: Gêneros Épico, Dramático e Lírico 03 • As Origens Europeias: a Literatura da Idade Média ao Renascimento 04 2 • Barroco e Arcadismo 05 • Romantismo 06 • Realismo e Naturalismo 07 3 • Parnasianismo e Simbolismo 08 • Intertextualidade, Pré-Modernismo e Vanguardas Europeias 09 • Modernismo 10 4 • Poesia Concreta, Poesia Marginal e Tropicalismo 11 • Pós-Modernismo 12 • Arte Contemporânea * Conteúdo programático sujeito a alteração. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 8 06/11/2019 07:45:35 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Manual do Professor 9Bernoulli Sistema de Ensino planeJaMento Do VoluMe Disciplina: língua portuguesa série: 3ª segmento: eM/pV volume: 1 FRENTE móduLo CoNTEúdo SuGESTõES dE ESTRATéGIAS A 01 • Gêneros e Tipos Textuais • Aula expositiva • Aplicação de exercícios • Resolução de exercícios • Aula prática • Debates • Aula multimídia • Júri simulado • Discussão em grupos • Filmes 02 • Planejamento e Introdução do Texto Dissertativo-Argumentativo B 01 • Leitura, Sentido e Coerência 02 • Para se Construir uma Tese C 01 • Recursos Coesivos 02 • Verbos, Oração e seus Termos D 01 • Textos Literários e Figurativos: Principais Figuras de Linguagem 02 • Os Gêneros Literários: Gêneros Épico, Dramático e Lírico 03 • As Origens Europeias: a Literatura da Idade Média ao Renascimento orIentações para CoMposIção De Carga HorárIa Para otimizar o uso do material, sugerimos a você, professor(a), uma composição de carga horária em que deverão ser observados alguns pontos enumerados a seguir. uso anual 1. Considere que o ano letivo tenha, em média, trinta e duas semanas letivas. Como a Coleção 4V possui quatro volumes, recomendamos dedicar oito semanas letivas a cada volume. 2. O conteúdo de Língua Portuguesa está distribuído em quatro frentes. As frentes A, B e C têm, respectivamente, dois módulos e a frente D tem três módulos por volume. Para calcular o número médio de aulas por módulo, basta considerar a carga horária de oito semanas e dividi-la pelo número de módulos. Após a utilização dos quatro volumes da Coleção 4V, recomendamos que seja realizada uma revisão em, pelo menos, duas semanas letivas. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 9 06/11/2019 07:45:35 10 Coleção 4V orIentações e sugestões módulo – A 01 Gêneros e Tipos Textuais Prezado(a) professor(a), o primeiro módulo de nosso livro tem por objetivo fazer com que os alunos compreendam o conceito de texto com base em uma perspectiva discursiva e sociocomunicativa. Para isso, optamos por trabalhar com a análise de diversos textos, focando os papéis do produtor e do receptor, o contexto em que os textos foram produzidos e, simultaneamente, relacionando-os aos fatores linguísticos e pragmáticos responsáveis pela construção da textualidade. Conhecer esses fatores e reconhecê-los em um texto ou em uma proposta de redação ajudará os alunos tanto no processo de leitura e de interpretação quanto no de produção de textos. Indique aos alunos a videoaula que tratados fatores de textualidade. Com o objetivo de complementar esse primeiro momento do conteúdo, não deixe de indicar a videoaula “O que é língua?” para que os alunos compreendam, de fato, esse conceito. Além disso, há também a indicação de um recurso para os alunos terem contato com a Libras. É importante chamar a atenção deles para o fato de tratar-se de uma língua, com estrutura e regras gramaticais próprias. Ao longo do módulo, serão feitas análises de textos de diversos gêneros, contudo, vale observar que não foram esgotadas todas as possibilidades. Desse modo, procure completar essas análises em sala, tendo em vista as necessidades e as dúvidas dos alunos. Outra estratégia que deve ser adotada durante o estudo do texto ao longo do ano é a de relacionar a discussão feita no caderno principal às propostas de redação. Você deverá, também, orientá-los e incentivá-los a adotarem esse hábito, pois eles devem entender que a produção de um bom texto se inicia em uma boa leitura da proposta. No estudo sobre a distinção entre gêneros e tipos textuais, é interessante relacionar esses conceitos aos contextos em que os textos se manifestam, pois, nesse momento, é importante que os alunos comecem a caracterizar os textos em função da situação sociocomunicativa em que estes se manifestam. Para isso, explore com os alunos os dois exemplos de e-mail, que diferem na linguagem exatamente por terem sido produzidos em contextos sociocomunicativos distintos. O primeiro, num contexto profissional e, por isso, formal; o segundo, num contexto mais pessoal, em que amigas discutem um trabalho de escola, valendo-se de uma linguagem mais coloquial. Apresente, também, a videoaula indicada para reforçar os conceitos de tipo e gênero textual. No tópico “Hibridização dos gêneros textuais”, mostre aos alunos que os gêneros não são estanques, uma vez que se unem e se adequam dependendo do objetivo comunicativo que apresentam. Para isso, analise o exemplo apresentado no livro, mas também explore outros, especialmente os ligados à literatura, à publicidade e aos meios digitais. Para apresentar os tipos textuais e suas características formais, usamos vários exemplos, os quais devem ser explorados por você em sala, mas o estudo não deve se limitar a eles. Por isso, professor(a), incentive os alunos a buscar exemplos das tipologias nos textos com os quais têm contato no dia a dia, contribuindo, assim, para a construção da autonomia deles. Ao tratar do tipo argumentativo, por exemplo, você pode valer-se de produções dos próprios estudantes e, ainda, realizar atividades de análises, desmembrando a estrutura do texto em partes – introdução, argumentos e conclusão –, a fim de que cada uma seja facilmente reconhecida e recuperada pelos alunos em suas próprias produções. Como ponto de partida para o estudo dos textos dissertativo- -argumentativos, indique para os alunos a videoaula presente no módulo; em seguida, leia com eles a redação sobre o tema do Enem 2017: “Desafios para a formação educacional dos surdos no Brasil”. Seria interessante levar para a sala de aula essa proposta e apresentá-la aos alunos, a fim de tornar mais completa a análise feita por eles da produção apresentada. Durante todo o estudo do texto dissertativo-argumentativo, é importante que você, professor(a), conscientize os alunos de que, embora nesse tipo de texto deva-se expressar uma opinião sobre o assunto proposto, essa opinião não tem validade por si só. Ela só será levada em consideração se houver informações plausíveis que a sustentem. Para auxiliar os alunos a definirem os objetivos que guiarão a escrita, você deve diferenciar os tipos mais comuns de propostas que solicitam a produção de textos dissertativo- -argumentativos: aquelas que definem o objetivo a ser cumprido e aquelas que apenas apresentam um tema e deixam a cargo do redator a delimitação do objetivo. Nesse caso, recorrer a propostas dos módulos desse volume e outras trazidas ou elaboradas por você pode ser uma boa forma de ampliar o repertório de exemplos do livro. Por fim, professor(a), ao apresentar aos alunos as cinco competências avaliadas no Enem, explique-as e ressalte que, para produzirem um bom texto nesse exame, eles devem estar atentos ao que será exigido, guiando as suas produções de acordo com essas diretrizes de avaliação. Aproveite todas as redações apresentadas no módulo para discutir com os alunos o que é adequado e inadequado nos textos dessas tipologias, orientando as produções de texto com base nessas análises e, se possível, discutindo-as também em sala. móduLo – A 02 Planejamento e Introdução do Texto dissertativo-Argumentativo Professor(a), o estudo do planejamento do texto é de extrema importância para que os alunos percebam que escrever é um processo que não se limita ao ato de colocar as ideias no papel. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 10 06/11/2019 07:45:35 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Manual do Professor 11Bernoulli Sistema de Ensino Assim, antes de começar esse estudo, reitere as informações do livro, segundo as quais a produção de um texto se inicia antes da escrita. Você deve incentivar, nesse caso, a reflexão sobre o que e como escrever, em vez de simplesmente estimular a redação intuitiva, sem planejamento. Mostre que o tempo que supostamente se “perde” fazendo o planejamento será recompensado posteriormente, já que é mais rápido redigir quando já se sabe o que escrever. Além disso, o planejamento viabiliza a redação de um texto mais consistente e coerente. Ao apresentar os métodos de planejamento “esquemas” e “mapas mentais”, incentive-os a produzir esses registros antes de redigir os textos das propostas de redação dos módulos a partir desse momento. É importante, ainda, que você avalie os planejamentos, comparando-os com a redação feita. Há, no final da primeira parte do módulo, atividades que exigem dos alunos a produção de planejamentos de textos. A primeira é a produção de um esquema de redação sobre o tema “Os desafios do descarte de lixo eletrônico”; a segunda é a produção de um mapa mental sobre o tema “Jovens infratores: ressocialização ou mais rigor penal?” – inclusive, foram sugeridos, dois recursos que podem auxiliá-los na execução dessa questão; não deixe de conhecê-los e indicá-los aos alunos. Professor(a), como atividade extra de produção textual, você pode solicitar aos alunos a redação de textos dissertativo-argumentativos com base nos planejamentos feitos. Para isso, seria interessante que você levasse para a turma textos sobre os assuntos abordados, que funcionariam como motivadores da proposta. Por sua vez, a terceira atividade exige do aluno a percepção contrária: a análise de um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Como conter o bullying nas escolas”, na qual se identifique, ou não, que houve, por parte do produtor, a realização de um planejamento prévio do texto. Nesse caso, é um bom exercício também incentivar os alunos a produzirem seus próprios planejamentos para o tema e o texto, comparando-os, ao final, com o texto dado no Caderno Principal. A segunda parte do módulo trata da introdução e da tese dos textos dissertativo-argumentativos. Professor(a), no estudo sobre a determinação do ponto de vista a ser defendido no texto, ressalte a importância da elaboração de uma tese clara, delimitando o tema e especificando o posicionamento sobre ele, a qual o aluno seja capaz de defender com argumentos coerentes e pertinentes. Nesse sentido, lembre-os de que a tese não pode ser ampla demais, ou basear-se no senso comum, pois pode ser difícil, posteriormente, organizar argumentos que a comprovem. As formas de se introduzir um texto, comumente apresentadas em qualquer “manual de redação” que objetiva ajudar as pessoas a redigirem melhor, devem ser apresentadas de modo mais ilustrativo. Nesse caso, é importante mostrar aos alunos que há várias estratégias para atrair a atençãodo leitor ao iniciar um texto, e elas variam segundo a intenção sociocomunicativa. Deixe claro aos alunos que a introdução, assim como todas as demais partes, deve integrar o texto e, portanto, ao elaborá-la, o produtor já deve ter em mente qual será a função dela. Para que os alunos verifiquem a compreensão do que foi exposto, foram propostas atividades em algumas estratégias de introdução, consideradas mais produtivas e frequentes nos textos. No subtópico “Fazer uma declaração”, o aluno deve reconhecer a tese (marcada). Comente sobre a forma como o autor aborda o tema no parágrafo introdutório. No subtópico “Apresentar fatos”, houve a proposição de o aluno dar continuidade ao texto, fundamentando a tese com argumentos e concluindo-o propondo também uma ação social que respeite os direitos humanos, como é feito no Enem. Trata-se de estimulá-lo a perceber como a tese determina a orientação argumentativa do texto no desenvolvimento e na conclusão. Em “Fazer questionamentos”, o aluno deve identificar a função estratégica das perguntas feitas no segundo exemplo dado no tópico. Na estratégia “Estabelecer comparação”, propôs-se que o aluno analise o uso da comparação, presente nos dois trechos de exemplo, identificando pontos de distinção entre eles. Indique aos alunos a videoaula que trata do texto dissertativo-argumentativo. móduLo – B 01 Leitura, Sentido e Coerência Caro(a) professor(a), A primeira parte do módulo, “Leitura é produção de sentidos”, é um conteúdo didático-pedagógico feito para um público- -alvo de faixa etária jovem. O objetivo é contribuir para a aprendizagem da leitura como um ato consciente, de forma a aprender a fazer, fazendo. Trata-se também de um material do qual você pode e deve usufruir como objeto de estudo para construção de seu plano de aula, pois o que é apresentado ao aluno, tanto em teorias quanto em atividades e desenvolvimento de habilidades, é feito metodologicamente, passo a passo, de forma a contribuir para uma aula consistente, atrelada aos seus conhecimentos e práticas adquiridos e fomentados por anos de experiência em sala de aula. Conforme é perceptível por todo o conteúdo, a aprendizagem se dá pela sua mediação, pelo seu diálogo com o aluno. Sua mediação pressupõe que, sempre que se fizer necessário, conhecimentos de língua, de texto e de mundo que fazem parte do currículo escolar sejam buscados. Por exemplo, quando, no subtópico sobre pré-leitura tratamos do conhecimento de tipos e gêneros textuais como fator preponderante para a leitura, talvez se faça necessário retomar o estudo dessa teoria, dependendo do domínio da turma sobre o tema. É importante insistir junto às turmas que a leitura está sendo escolarizada, ou seja, os textos estudados saem do seu contexto social de leitura e são tomados como objeto de estudo, de aprendizagem. Vale ressaltar a todos que, por meio dessa escolarização, qualquer fim a que se submeta qualquer texto não passará desapercebido, passará a objeto de reflexão e será redimensionado. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 11 06/11/2019 07:45:35 12 Coleção 4V Assim, um poema, analisado em suas estratégias, promoverá um efeito estético mais contundente. Da mesma forma, um discurso de político que se pretende enganoso, analisado em suas condições de produção, terá dificuldades para cumprir o intento de enganar. Ainda uma reportagem, lida assim, escolarizada, terá também suas lacunas preenchidas. Ou seja, a técnica de leitura aprendida possibilita ao leitor desnudar o texto e, então, optar sobre como agir em relação ao que lhe é proposto. Essa conscientização promove no(a) aluno(a) a interação com seu papel social de estudante e de cidadão. Sua interposição é exigida no decorrer: a) das reflexões teóricas; b) das análises de textos; c) dos exercícios de aprendizagem construídos pela coleção; d) daqueles retirados de vestibulares e do Enem. Intervir se dá tanto ao permear os passos a cada texto proposto como também ao acompanhar as atividades propostas, em especial os exercícios de aprendizagem. Atente especialmente para os exercícios de aprendizagem. Eles se fecham em proposições divididas em três blocos compreendidos por metas a serem alcançadas. Como se trata de um exercício de leitura, todo o passo a passo é feito sob sua mediação, professor(a). Em outras situações “reais” de leitura, todos esses procedimentos serão seguidos praticamente de forma simultânea. O que se pretende, com essa atividade, é que o(a) aluno(a) seja um(a) leitor(a) com domínio da leitura, e que a faça com autonomia. No primeiro exercício de aprendizagem, você encontrará um conjunto de questões dispostas em três segmentos (I. Pré-leitura; II. Leitura do corpo do texto – a linguagem verbal e a não verbal; III. Pós-leitura), configurados como um passo a passo, bem detalhado, pedagógica e didaticamente propostos, um formato de espiral ampliada, o que se deu também no decorrer da explanação dos vários textos, em especial no decorrer da análise da tira de Gonsales. Trata-se de um exercício minucioso que contempla o gênero artigo de opinião, com tema relevante para a discussão dos objetivos de desenvolvimento sustentável agendados para os anos vindouros, até 2030, um dos fundamentos desta coleção: um alerta contra as pseudociências, estas que muito contribuem para a ignorância e geram mal-estar social. Em sequência, na segunda parte, este módulo versa sobre coerência. O tratamento dado a ela segue os estudos de textualidade, considerando a matéria, então, uma das categorias que formam um texto. Nessa proposta, foram estudados textos variados, tentando compreender como a coerência é construída em cada um. Sendo assim, os tópicos se dividiram, tratando primeiramente do texto verbal, tomando como objeto de reflexão o artigo de opinião “Incêndio do Flamengo dilacera dez sonhos e o maior patrimônio da torcida”. O segundo tópico, “A coerência no texto não verbal”, tratou de estudar a coerência no texto não verbal, por meio de uma charge de Duke com temática relacionada ao artigo de opinião estudado. Como sempre, a percepção do gênero e de suas condições de produção alicerçam as análises. Os passos seguintes são aqueles já estudados na primeira parte do módulo, de maneira que os conteúdos sejam fixados e ampliados. Então, dá-se uma mediação de leitura, em que você, professor(a), vai promovendo o acionamento das habilidades de observar a perigrafia, a busca de informações no arquivo cultural ou no entorno, de forma a estabelecer hipóteses e responder questões demandadas pela charge para sua compreensão. O tópico seguinte trata de estudar o texto multimodal. A presença tanto da linguagem verbal quanto da não verbal é elucidada, novamente sob sua mediação, professor(a), tomando como objeto uma tirinha de Dahmer. Em seguida, é apresentado um texto verbal, juntamente com estudos orientados pela teoria da textualidade, levando em conta seus fatores pragmáticos. Retoma as reflexões sobre textos multimodais, mas encaminha-se para a predominância da linguagem verbal, manifesta em sua coerência externa e interna e tomando como objeto um trecho da obra literária Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, uma análise que, mediada por você, professor(a), coroa todo o módulo. É trabalhada a noção de que para manter a coerência interna é preciso “não perder o fio da meada”, “não misturar alhos com bugalhos”, “não ficar dando voltas no mesmo lugar” e “não misturar: pau é pau; pedra é pedra”. Em resumo, são apresentadas as metarregras de coerência interna. As respostas dispostas neste manual vão ajudá-lo a preparar-se para a mediação a ser feita em sala de aula. Os exercícios propostos são instrumentos para o aluno aprender mais e melhor. Os estudos da teoria, aplicação de teoria, texto complementar, situações de reflexão, contribuem muito para a resolução de cada um deles. Consulte, sempre que precisar, essa fonte. Incentive os alunos a resolveremas questões em casa, compartilhando as dúvidas em sala de aula. Por fim, sugerimos, para amparo do trabalho em sala de aula, a leitura das obras presentes no decorrer do material. Elas podem contribuir como base teórica e como norte para as reflexões e proposição de atividades. móduLo – B 02 Para se Construir uma Tese Professor(a), estes estudos sobre tese se dão a partir de uma fala de Umberto Eco que desnuda uma posição comum neste século: a disseminação de opiniões como se fossem verdades e até como teses. Trata-se de uma provocação que pode ser aproveitada como debate inaugurador das reflexões no decorrer das quais sua mediação é fundamental. Complexo, o conceito de tese é rodeado de outros conceitos – opinião, hipótese, verdade, argumentação – tratados nesta coleção adequadamente a um estudante do Ensino Médio, sem problematizá-los à exaustão, porém suficientemente a nossos objetivos. Para isso, tomamos como fonte bibliográfica o Dicionário de Filosofia (2007), 2020_4V_V1_POR_MP.indd 12 06/11/2019 07:45:35 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Manual do Professor 13Bernoulli Sistema de Ensino de Nicola Abbagnano, do qual selecionamos os significados que melhor atendem aos nossos propósitos de promover reflexões acerca da responsabilidade que há nas práticas cotidianas de opinar a partir de hipóteses, assumir o interesse de validar sua opinião, considerando-a como um ponto de partida a uma investigação que se respalde em uma verdade e, assim, possa se transformar em uma tese. Também é importante entender o roteiro das reflexões e atividades. Faremos um percurso no qual conceitos que subjazem à tese serão tratados – fato, opinião, hipótese, verdade, argumento. Enquanto esses conceitos vão sendo estudados, a palavra “tese” irá aparecendo sem que se faça sobre ela exatamente considerações mais profundas e detalhadas, mas tudo se encaminhará para ela. É preciso atentar para o fato de que todos esses conceitos são amplos e complexos. O modo de tratá-los aqui é resultado de uma seleção entre inúmeros estudos, feitos por vários filósofos ao longo do tempo, de forma a permitir ao nosso estudante entender o funcionamento de uma tese, como construí-la e desenvolvê-la. Trata-se de reflexões para a formação ética, educacional e cidadã, indo de encontro a um momento em que é comum a emissão de opiniões carentes de leitura e de argumentação com ares de que têm algum respaldo, revestindo-se, muitas vezes, de falsas verdades. Sendo assim, esses exercícios incidirão sobre a produção de textos escolares em que se fizer necessário opinar, argumentar, justificar, etc; a responsável emissão e recepção de pontos de vista nos meios de comunicação, como Facebook, WhatsApp e Instagram; a atuação discursiva comprometida nos mais diversos momentos do cotidiano. As primeiras atividades propostas nesse módulo objetivam promover uma aprendizagem mais sólida. Nesse momento, passaremos à análise de um texto, tomando como objeto o que dele se pode extrair como fato, opinião, hipótese, argumentação, verdade e tese. Esses conceitos se entrelaçam, e nossa forma de fomentar sua compreensão é tratando de ensinar o(a) aluno(a) a aprender que uma opinião tem origem em uma hipótese e que, caso essa hipótese se respalde em argumentos plausíveis, associados a certa verdade, torna-se uma tese. Esse é o roteiro que seguiremos, para o que se faz necessário sua mediação, dada a sutileza dessas relações. Além disso, conceituar é uma forma de estabelecer o raciocínio que se vai seguir, impedindo que haja controvérsias desnecessárias. Os conceitos que desenvolveremos no decorrer de nossos estudos atendem ao nível do Ensino Médio e servem a nossos propósitos de ensinar a aprender a produção e a análise da consistência de opiniões e encaminhamento para a tese, respaldando-se na verdade. Nos dias de hoje, quando qualquer hipótese se arvora em falsas verdades, em que opiniões valem como tese, a atividade é fundamental. Para iniciar nossos estudos, vamos tratar do texto “Fome no Brasil”, um registro de memórias da Rede Globo. Professor(a), não deixe de passar algumas das reportagens da série “Fome no Brasil” para os alunos, pois seria muito enriquecedor para o desenvolvimento da capacidade deles de estabelecerem hipóteses, darem opiniões, procurarem verdades que se constituam em argumentos. Sendo assim, sugerimos que promova uma sessão audiovisual, para que os alunos se inteirem melhor do que está sendo tratado. Porém, faça essa apresentação somente depois de resolvida a letra E, pois ela solicita ao aluno que estabeleça hipóteses e formule uma opinião para a causa de tamanha miséria e que faça pesquisa em busca de informações que validem ou não sua opinião. A reportagem é uma dessas fontes de informação. Outras também podem contribuir. Nesse momento, apresente alguns episódios da reportagem como estratégia para melhor atingir os objetivos da aula, bem como para promover a conscientização sobre a história recente do Brasil, quando, há cerca de 20 anos, 300 crianças morriam de fome por dia neste país. O assombro com esse número, insistentemente denunciado na reportagem, deve provocar empatia e conscientizar sobre as conquistas dos governos democráticos por meio das políticas públicas e várias outras ações governamentais e civis. No tópico “Verdade”, é trabalhado o texto “Por que ‘opinião não é argumento’, segundo este professor de lógica da Unicamp”. Nesse momento, professor(a), aproveite para trabalhar a ideia de falácias. Peça aos alunos que pesquisem as falácias mais conhecidas e proponha um debate em grupo. Ainda com o objetivo de promover o desenvolvimento da capacidade de leitura e análise do aluno, o exercício de aprendizagem 02 exige a diferenciação de fato e opinião. Em seguida, é indicado um vídeo da campanha “Agro: a Indústria-Riqueza do Brasil”. Essa atividade amplia o estudo do conteúdo, que deixa de ser analisado apenas no escrito e passa a ser trabalhado no imagético e sonoro. Professor(a), é importante reforçar a relevância dessa análise, uma vez que os alunos lidam com esse tipo de conteúdo cotidianamente. Para fomentar as discussões, são apresentados os objetivos 2 e 15 da Agenda 2030, pois eles estão, em alguma medida, relacionados ao assunto discutido com base no vídeo. Professor(a), explore o tópico “Verdade e tese x Senso comum”, pois essa diferencição é fundamental para desenvolver o senso crítico do aluno. Além disso, o senso comum é um dos principais erros cometidos pelos alunos na escrita da redação. O texto “A viralização do senso comum” é um ótimo conteúdo para trabalhar esse conteúdo. Os dois QR Codes indicados visam à extrapolação da teoria, uma vez que incentivam o aluno a identificar informações muitas vezes negligenciadas quando o assunto é conteúdo de Internet. Ao exigir que o aluno reconheça os enunciadores e responda qual é a fonte confiável, a atividade o leva a refletir sobre a importância de verificar a veracidade de um conteúdo antes de consumi-lo ou compartilhá-lo. Enfim, a definição de tese é apresentada. Perceba, professor(a), que foi proposto um caminho de conceitos e reflexões para que o aluno construa uma base e compreenda de fato o que é a tese e por que ela é tão importante em um texto, sobretudo dissertativo-argumentativo. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 13 06/11/2019 07:45:35 14 Coleção 4V O exercício de aprendizagem 03 é fundamental para concluir o conteúdo desenvolvido. Explore-o detalhadamente com os alunos (e extrapole-o, se achar necessário). Após a leitura atenta da 1ª defesa, destaque o esquema apresentado. Volte ao texto sempre que precisar e oriente os alunos nas resoluções das A e B. móduLo – C 01 Recursos Coesivos No módulo 1 será estudada a coesão textual. Nesse estudo, colocamos em evidência os recursos coesivos disponíveis no idioma, organizados basicamente em referenciais, sequenciais e lexicais. É importante, na salade aula, fazer a leitura dos textos sugeridos no módulo e repetir as explicações apresentadas. Mostrar os pontos de convergência e de divergência entre os recursos e a importância de esses mecanismos estarem nos textos, garantindo uma articulação fluida, diversificada, que propicia uma leitura corrente e agradável, sem malabarismos linguísticos e sem cansar o leitor. Quanto às convergências, por exemplo, fazer o aluno enxergar que a coesão lexical e a referencial trabalham a substituição, porém divergem quanto ao sentido: a primeira preconiza a identidade semântica entre substituído e substituidor; na segunda, a identidade se constrói na relação entre o substituído e o referente. A coesão sequencial, por sua vez, está mais nos recursos propriamente linguístico-gramaticais, ou seja, na formalidade do idioma – estruturação sintática da frase. No segundo momento do módulo, dedicamo-nos ao estudo dos pronomes e procuramos fazer, devido à importância desse assunto, uma explanação mais teórica. Reservamos a análise semântica para o momento das explicações dos textos ilustrativos. Convidamos você, professor(a), a focalizar os conflitos que existem entre o formal e o informal, ou seja, entre o que prescreve a norma e o que de fato o falante emprega. Observar isso, sobretudo quanto aos pronomes oblíquos, destacando as trocas das funções entre sujeito e objeto e quanto ao uso dos relativos, sobretudo no que se refere à regência (ausência de preposição, na forma coloquial, antes do relativo, mesmo quando o verbo é transitivo indireto). Esse tipo de abordagem leva o aluno a reconhecer os lugares de fala (oralidade) e tende, com isso, conscientizá-lo sobre a importância de, na escrita, o rigor ser mais presente por questões obviamente semânticas. Na escrita, o contato não é tão direto entre os interlocutores. Indique aos alunos a videoaula que objetiva familiarizá-los às funções dos pronomes relativos e capacitá-los ao correto uso desses pronomes. móduLo – C 02 Verbos, oração e seus Termos Nesse módulo, apresentamos uma seção dedicada à morfologia, para tratamos dos verbos, e outra destinada à sintaxe, para abordar o estudo do período simples – os termos da oração. Na parte dos verbos, é necessário antecipar noções sintáticas explanando a transitividade verbal e as vozes verbais. Por isso, aconselhamos que, em sala de aula, professor(a), seja feita uma diferenciação entre o que é morfologia e o que é sintaxe; a saber, um estudo vertical (paradigma) e outro horizontal (sintagma). Mostre, por exemplo, que um verbo no infinitivo pode assumir, na sintaxe, a função de sujeito (exercida principalmente por substantivos). Ainda com relação à seção destinada aos verbos, é preciso se precaver para não transformar esse estudo num mero decorar de flexões modo-número-temporais. Sugerimos, então, o uso de outros textos em sala, para além dos já disponibilizados no livro. Por exemplo, a música “João e Maria”, de Chico Buarque, em que a aparente incoerência do advérbio “agora”, seguido da flexão do verbo “ser” no pretérito imperfeito e do verbo “falar”, cria um efeito semântico muito interessante. Introduz-se, com essa quebra, um universo lúdico, típico das narrativas infantis. Como se o eu lírico recorresse a esse universo fantástico como fuga ou como lugar de denúncia acerca de uma realidade social hostil. A depender da disponibilidade de carga horária, você pode abordar o contexto histórico da música. A letra é um poema narrativo e, assim como as narrativas, o tempo verbal é flexionado no passado. Além disso, a canção apresenta flexões no modo subjuntivo (“que o faz de conta terminasse assim”) e no modo imperativo (“Vem, me dê a mão”), o que significa ser rica em detalhes verbais e em possibilidades semânticas dessa classe de palavras, além da coexistência de elementos formais e informais – uso da segunda pessoa do imperativo “vem (tu), convivendo com a variação “você” (seu). Professor(a), sugerimos focalizar a importância dos pretéritos nas narrações, visto que os gêneros dessa categoria tipológica priorizam a convivência dos diferentes tempos do passado, justamente para marcar anterioridade, concomitância e posterioridade. Aqui, faz-se importante distingui-las das sequências predominantemente descritivas, em que os verbos sinalizam apenas concomitância. A partir disso, levamos o aluno a perceber que narrar difere-se do descrever, na marcação verbal, em que: nos primeiros há um antes, um durante e um depois; no segundo, há apenas o durante. O uso de textos narrativos, como contos, fábulas, crônicas, poemas narrativos, é muito importante para que os verbos façam sentido para os alunos, ganhando o protagonismo que essa classe de palavras, base do sentido da oração, merece no idioma. Indique aos alunos a videoaula em que são trabalhados os termos que se ligam ao verbo nas orações. Saindo dos verbos, chegamos ao estudo do período simples. Um terreno fértil na língua, pois as bases da comunicação e da elaboração de um pensamento comunicativo mais completo e sofisticado estão na construção dos períodos e na hierarquização típica destes. Fértil, sim, porém traumático para a maioria dos estudantes. Muito desse trauma deve-se a um ensino baseado no mero decorar de regras, na simplificação equivocada de conceitos por meio dos famigerados “macetes” e nas provas que cobram sutilezas escorregadias as quais não preconizam a construção de significados. Reconhecemos a dificuldade de o ensino desse conteúdo não passar por uma teoria mais cansativa ou desgastante. É necessário, porém, focalizar bastante nos conceitos e na hierarquia da função dos termos da oração nas orações. Isso porque o período simples é a base para a compreensão de outros conteúdos inquestionavelmente importantes, a saber, a pontuação, a crase, a concordância e o período composto. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 14 06/11/2019 07:45:35 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Manual do Professor 15Bernoulli Sistema de Ensino Para esse tópico, sugerimos seguir, com rigor, os conceitos apresentados conforme estão no livro. Procuramos fugir de macetes, como perguntar ao verbo “o que” ou “de que” para encontrar a transitividade, ou como passar o sujeito para o plural para verificar se de fato é sujeito. Focalizamos, entretanto, nos conceitos, o que é objeto, o que é sujeito, o que é verbo intransitivo, etc., procurando fazer o aluno perceber que, entendendo o conceito, é possível interpretá-lo em contextos diferentes. Por exemplo, um verbo transitivo num contexto pode ser intransitivo noutro. Isso endossa o fato de a língua ser dinâmica, viva e moldável. Um fato que enriquece as possibilidades de construção de sentido e, portanto, de comunicação. Indique aos alunos a videoaula sobre os termos ligados ao nome. móduLo – d 01 Textos Literários e Figurativos: Principais Figuras de Linguagem Professor(a), antes de iniciar o estudo das principais figuras de linguagem, discuta em sala de aula a função da literatura na escola e na vida em sociedade, ressaltando que ela não deve ser reduzida a uma disciplina ou conteúdo que se deve dominar para passar em provas e exames. Destaque sua função social e sua influência na vida humana no decorrer dos séculos. Para isso, além dos tópicos apresentados no caderno principal, leia e discuta com os alunos o texto “O direito à literatura”, de Antonio Candido, facilmente recuperável online. Esse referido texto possibilita a discussão da importância da literatura na formação da humanidade e também recupera, de forma exemplar, as funções do texto literário. Acerca do conteúdo referente às figuras de linguagem, lembramos que, no material, há um recorte proposital das principais figuras, portanto, não há um esgotamento delas, cabendo ao(à) professor(a) introduzir outras, se julgar necessário. Ademais, as figuras sonoras, para efeito didático, serão analisadas juntamente ao gênero lírico a fim dedeixar claro ao estudante que elas operam na construção do sentido dos textos e, por isso, devem ser vistas de forma conjunta. O estudo desses recursos estéticos é fundamental para que o estudante alcance embasamento teórico que lhe permita perceber os aspectos semânticos de um texto, proporcionados pela utilização de recursos sonoros e visuais. Portanto, é importante que você, professor(a), procure explorar exemplos que sejam significativos nesse aspecto, ressaltando como os componentes estéticos dos textos, especialmente dos poemas, são conscientemente empregados pelos autores na construção de sentido. Demonstre a presença da antítese nos textos do Barroco, que são marcados por várias dualidades: sagrado x profano, espiritual x carnal, luz x trevas, Deus x diabo, etc. Após fazer isso com os textos literários, demonstre como a pintura barroca expressa a antítese pelo jogo de luz (nas imediações dos espaços em que se encontram a Virgem e Cristo) e sombra (espaços da tela que marcam o distanciamento do que e de quem se encontra longe das figuras sagradas). Nas obras de Rubens e de Caravaggio, você pode facilmente encontrar tais exemplos. Crie exemplos para que os alunos possam diferenciar a catacrese (sentido único e concreto) da metáfora (vários sentidos, portanto, termo polissêmico, dotado de um caráter mais subjetivo). Contraponha exemplos como cabeça de cebola, cabeça de prego, cabeça de fósforo x cabeça de bagre, cabeça de vento. Demonstre, com base nisso, a oposição entre a catacrese e a metáfora. Ao estudar a ironia, demonstre a presença dessa figura de linguagem nas produções paródicas. Além disso, você poderá fazer uma seleção de charges e tirinhas nas quais a ironia é um recurso recorrente. Indique aos alunos a videoaula que trata dos vários sentidos que podem ser atribuídos às palavras nos diferentes contextos em que são utilizadas. Por fim, recomendamos que esse módulo seja sempre relembrado ao longo dos demais, pois é de fundamental importância que as figuras de linguagem e outros recursos estilísticos sejam considerados na leitura dos textos literários que vocês farão ao longo do ano. móduLo – d 02 os Gêneros Literários: Gêneros épico, dramático e Lírico Professor(a), você poderá explicar os elementos estruturais de cada gênero trabalhando com as adaptações de um romance ou novela para o teatro ou cinema. Por meio dessa prática, o aluno perceberá como ocorre a substituição do método narrativo pelo processo dramático, constituído pelos diálogos. No capítulo, são mencionadas as novelas Decameron e Satiricon, ambas são facilmente encontradas em vídeo e podem exemplificar essa transição da linguagem épica para a dramática. Caso você opte por trabalhar com contos, vários já foram adaptados para a linguagem fílmica, como Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, na versão feita por Pedro Bial, em que os contos são desmembrados em pequenas narrativas dentro do longa metragem Outras estórias (1999). No site Porta Curtas Petrobras (<http://www.portacurtas.org.br>), você encontrará várias adaptações de contos de autores brasileiros, como Clarice Lispector (Clandestina felicidade, 1998), Caio Fernando Abreu (Sargento Garcia, 2000), Rubem Fonseca (Hildete, 2006), Luiz Vilela (Rua da amargura, 2003), entre outros. Como critério comparativo, é relevante evidenciar a concisão narrativa presente em ambos os suportes (conto e curta). Além disso, é relevante lembrar o fato de que os elementos da narrativa foram destacados no capítulo do gênero épico por serem eles elementos constituintes da maioria dos textos narrativos contemporâneos. Convém estabelecer essa associação para o aluno, de forma que este compreenda que o gênero épico é recorrentemente usado como sinônimo de gênero narrativo e que conhecer esses elementos é fundamental para ler esse tipo de texto. É fundamental, ainda, que o estudante perceba como as escolhas de um autor não são aleatórias ou gratuitas, mas repletas de sentido. Ter a consciência do porquê da escolha do foco narrativo, do espaço, do tempo, da montagem das personagens é tarefa de todo leitor eficiente no processo de interpretação textual. Nesse módulo, procura-se demonstrar como esse processo ocorre não só na literatura, mas em diversas manifestações textuais (reportagem, ensaio, artigo, discurso político, etc.) e até em cenas do cotidiano, em diálogos do dia a dia. 2020_4V_V1_POR_MP.indd 15 06/11/2019 07:45:35 16 Coleção 4V Assim, todos nós somos personagens e narradores em todos os instantes, e, por isso, ter noção de nosso “papel” é uma tarefa frequente e necessária ao longo da vida. Portanto, professor(a), demonstre a aplicabilidade constante de teorias literárias na realidade em que o aluno está inserido, de forma que o saber literário não pareça fútil nem seu uso restrito ao dia de uma prova ou de um concurso. O tópico relativo aos discursos foi estruturado com base em exemplos. Ao trabalhá-lo em sala, induza o aluno a relacionar a teoria aos fragmentos literários estudados. Os exemplos no corpo do módulo aparecem como uma amostragem inicial; será preciso que você dê continuidade ao processo de assimilação do conteúdo na parte dos exercícios, para que realmente a matéria seja compreendida pelo estudante. Sugestões: • Explicite que todo discurso é construído a partir de um ponto de vista, de uma voz enunciadora que relata os episódios por sua perspectiva. Encontre uma mesma cena que possa ser analisada por dois ou mais ângulos. Assim, o aluno poderá reconhecer a parcialidade de todo o relato. • Demonstre para o aluno como a metalinguagem na prosa muitas vezes é empregada para conferir veracidade ao relato do narrador, a fim de obter a compreensão do seu interlocutor. Ressalte o valor do diálogo entre narrador e leitor como uma forma persuasiva da voz narrativa para que ambos compactuem com o mesmo ponto de vista. • Saliente, ao longo do estudo das classificações das personagens, como as caricaturas e os tipos de personagens encontram-se também no gênero dramático, mais especificamente nas comédias. Além disso, você pode lembrar os alunos como o Realismo e o Naturalismo exploraram a construção de personagens-tipo com o intuito de se comprovar uma tese. Nessas escolas literárias, predomina a concepção de que o homem é um produto do meio, portanto, a individualidade é apagada em detrimento de uma identidade coletiva determinada pelas relações sociais. • Distinga o discurso direto (fala da personagem) do indireto livre (pensamento da personagem expresso pelo narrador). Peça aos alunos que visualizem a cena e respondam se a personagem está falando naquele contexto ou apenas refletindo. Esse exercício facilita a diferenciação entre discurso direto e indireto livre, principalmente nas narrativas contemporâneas, que não empregam os tradicionais sinais de pontuação para marcar os discursos. • Estimule os alunos a passar os textos do discurso direto para o indireto, de forma que eles possam ter maior compreensão sobre as particularidades de cada um e consigam perceber o trabalho linguístico feito com os verbos e com os pronomes nesse processo de transmutação de um discurso para outro. • Associe o discurso indireto livre na literatura ao movimento da câmera no cinema ou na televisão. Leve algum trecho de filme ou de telenovela em que o ponto de vista da câmera (que corresponde ao narrador na prosa) funde-se à visão do ator (personagem). Cenas em que aparece uma personagem alcoolizada exemplificam bem o caso, pois é muito comum, primeiramente, mostrá-la caminhando “tonta” (câmera distanciada, como o narrador de terceira pessoa) e, em seguida, após a sua queda, tudo aparecer girando (o espectador reconhece que a imagem que vê é a do próprio olhar do bêbado). Assim, o ponto de vista da câmera funde-se ao ponto de vista da personagem, da mesma forma que, na prosa, o ponto de vista do narrador onisciente
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