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4VMPV1_POR 2020

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4V | Volume 1 | Língua Portuguesa
Manual do 
Professor
2020_4V_V1_POR_MP.indd 1 06/11/2019 07:45:34
2 Coleção 4V
Coleção 4V
CopresidÊnCia: 
Rodrigo Fernandes Domingos, Rommel Fernandes Domingos, Paulo Ribeiro
direção:
diretor executivo: Tiago Bossi
autoria:
Língua portuguesa: Adriano Bitarães, Alba C. Mello, Aline Euzébion Alison Leal, 
Flávia Roque, Flávia Völker, Geralda Cristina Fortunato, Alberto Soares
produção:
Gerente de produção: Luciene Fernandes. analista de processos editoriais: 
Letícia Oliveira. assistente de produção editorial: Letícia Gonçalves.
núCLeo pedaGóGiCo:
Gestoras pedagógicas: Amanda Zanetti, Cornélia Brandão, Priscilla Alcici. Gestora 
de avaliação educacional: Thaísa Lagoeiro. Coordenadores de produção 
pedagógica: Carol Barreto, Isabela Lélis, Karlla Oliveira, Lucas Maranhão, Marilene 
Fernanda Guerra, Melina Djenane. analistas pedagógicos: Átila Camargos, Bruna 
Fonte Boa, Bruno Constâncio, Daniel Menezes, Daniel Pretti, Felipe Martins, Hélia 
Brito, Juliana Fonseca, Júnia Teles, Luciana Lopes, Luciano Marins, Mariana Campos, 
Mariana Cruz, Marina Rodrigues, Natalia Lima, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Rafaela 
Freitas, Ramon Barbosa, Raquel Raad, Rodrigo Kalamar, Taíla Barbosa, Tamires 
Vilhena, Tathiana Oliveira, Tatiana Bacelar, Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, 
Thayná Miclos, Vladimir Avelar. analistas de Conteúdo: Diego da Mata, Idelbrando 
Junior, Joyce Tavares, Juliana Lanza, Junio Fonseca, Letícia Poletto, Lia Martins, Maria 
Victória Heilbuth. assistentes de produção editorial: Carolina Silva, Ingrid Tavares.
produção editoriaL:
Gestora de produção editorial: Thalita Nigri. Coordenadoras de núcleo: 
Gabriela Garzon, Isabela Dutra, Michelle Eleutério, Soraya de Souza. Coordenador 
de iconografia: Lucas Roque. assistentes de produção editorial: Danusa 
Andrade, Jairo Júnior Menezes, Taísa Torres. pesquisadores iconográficos: 
Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva, Guilherme Rodrigues, 
Núbia Santiago. revisores: Ana Maria Oliveira, Bárbara Turci, Danielle Cardoso, 
Gabrielle Ruas, Jéssica Souza, Mariana Santiago, Renata Pires, Simone Silva, Victor 
Andrade. arte-Finalistas: Gabriel Alves, Isabela Diniz, Kátia Silva. diagramadores: 
Alexandre Medeiros, Bruna Gregório, Fabíola Mendonça, Kênia Sandy Ferreira, 
Lorrane Amorim, Mateus Barcelos, Naianne Rabelo, Paula Dias, Webster Pereira. 
ilustradores: Rodrigo Almeida, Rubens Lima, Yara Ferreira.
produção GráFiCa:
Gestor de produção Gráfica: Wellington Seabra. Coordenador de produção 
Gráfica: Eli de Castro. analista de produção Gráfica: Patrícia Áurea. analistas de 
editoração: Cleber Monteiro, Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana 
Amorim. assistente de produção Gráfica: Laís Marra. Coordenador de psM: Wilson 
Bittencourt. analistas de psM: Augusto Figueiredo, Luiza Ribeiro, Suzelainne de Souza, 
Thais Melgaço. revisores: Ariana Barbosa, Danubia Spiazzi, Gabriel Geraldo da 
Silva, Michelle Fernandes. arte-Finalistas: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal. 
diagramadores: Ana Luisa Brandão, Emanuel Silva, Kamila Moreno, Patrícia Lage, 
Rafael Guisoli, Raquel Lopes. ilustradores: Camila Meireles, Wallace Weber.
reLaCionaMento e MerCado:
Gerente Geral de relacionamento e Mercado: Renata Gazzinelli. assessora de 
relacionamento e Mercado: Heloísa Baldo. assessora de Gestão e desempenho: 
Vanessa Santos. assessores pedagógicos: Andressa Sarsur, Cecília Alves, 
Mardén Ribeiro. 
suporte pedaGóGiCo:
Gestoras de Conteúdo: Ana Cristina Carvalho, Cássia Coutinho, Patrícia 
Marques. Coordenadora de suporte pedagógico: Andréa Magnavacca. 
Consultores pedagógicos: Adriene Domingues, Alanna Landim, Aldiney Silva, 
Daniel Fernandes, Daniel Pragana, Daniella Lopes, Denise Almeida, Edna Rodrigues, 
Eugênia Alves, Joani Genelhu, Leonardo Ferreira, Lilian Paschoal, Mariana Magalhães, 
Marianna Drumond, Rita Lanna, Rodrigo Amorim, Soraya Oliveira, Wanelza 
Teixeira. supervisora de suporte pedagógico: Graziene de Araújo. analistas de 
suporte pedagógico: Cleide de Paula, Luana Caxeado, Lorena Manrubia, Patrícia 
Combat. assistentes técnico-pedagógicas: Lívia Espírito Santo, Werlayne Bastos. 
assistente técnico-administrativa: Laís Ferreira.
CoMerCiaL:
Gerente Comercial: José Carlos Mariano. Coordenador de inteligência de 
Mercado: Lucas Assis. Coordenadores Comerciais: Camila Santos, Rafael Cury, 
Wilbert Oliveira. supervisora administrativo-Comercial: Mariana Gonçalves. 
Consultores Comerciais: Denílson Silva, Eduardo Marques, Emanuelle Almeida, 
Eysla Marques, Ilza Braga, Isabel Melo, José Carlos Matos, Júnio Miranda, Marcela 
Campos, Patrique dal Forno, Pedro Conrado Penido, Pedro Henrique Pires, Ricardo 
Ricato, Robson Correia, Tamara Zanetti, Vinícius Amaral, Wellington Ferreira. 
analistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela Ribeiro. 
assistentes técnico-administrativas: Ludmila Ruas, Melissa Turci, Shymenya 
Rogério.
operações:
Gerente de operações: Bárbara Andrade. Gestora de operações: Edilene Cruz. 
supervisora de relacionamento: Adriana Martins. Coordenador de Logística: 
Dinamar Lima. supervisor de Logística: Carlos Eduardo dos Reis. analista 
de planejamento e Controle: Célia Morais. analistas de operações: Ariane 
Simim, Ludymilla Barroso, Renata Magalhães. assistentes de operações: 
Amanda Aurélio, Elizabeth Lima, Iara Ferreira, Renata Gualberto. assistentes 
de relacionamento: Débora Teresani, Larissa Coelho, Priscila Silva, Viviane 
Rosa. auxiliares de relacionamento: Alessandra Mesquita, Brisa Jennifer Melo, 
Elizabeth Ludmila da Silva, Juliana Pinheiro, Karine Alonso, Maria Santos, Poliane 
Costa. Coordenadora de expedição: Janaina Costa. supervisor de expedição: 
Bruno Oliveira. analista de expedição: Luís Xavier. analista de estoque: Felipe 
Lages. assistentes de estoque: Admilson Ferreira, Daniel Borges. assistentes 
de expedição: Eliseu Silveira, Gustavo Silva, Helen Leon, João Ricardo dos Santos, 
Marcos Dionísio, Sandro Luiz Queiroga. auxiliares de expedição: Alisson Barbosa, 
Carolina Amaral, Matheus Rodrigues. separadores: Diogo Pereira, Fernando Alves, 
Jefferson de Jesus, Lucas Leonardo Ribeiro.
teCnoLoGia eduCaCionaL:
Gerente de tecnologia educacional: Alex Rosa. Coordenador pedagógico de 
tecnologia educacional: Breno Heleno Ferreira. Coordenadora de tecnologia 
educacional: Ellen Stuart. Coordenadora de atendimento de tecnologia 
educacional: Rebeca Mayrink. Coordenador de avaliação e estatística: Fernando 
Paim. Líder de produto: Caio Pontes. supervisora de operações de tecnologia 
educacional: Vanessa Viana. analistas de suporte de tecnologia educacional: 
Alexandre Paiva, Harrison Dias, Johny Maia. analistas de tecnologia educacional: 
Naiara Monteiro, Sarah Costa. técnico em estatística: Conrado Ramos. assistentes 
de tecnologia educacional: Amanda Braga, Emily Marques, Jamille Carvalho, Luana 
Teixeira, Vanessa Lima, Veronica Lorraine Ribeiro. designers de interação: Larissa 
Assis, Marcelo Costa, Santiago Martins. designers instrucionais: Alisson Guedes, 
David Luiz Prado, Diego Dias, Josélio Vertelo, M. Celeste Sánchez, Mariana Oliveira, 
Stephanie Prieto. designer de Vídeo: Marina Ansaloni. editores audiovisuais: 
Catarine Corradi, Raony Abade. roteirista audiovisual: Augusto Alvarenga. 
revisora: Ana Nascimento. diagramadores: Daniel de Oliveira, Gustavo Silva, Jean 
Carlos Damasceno, Lucas Fernando Ferreira.
saC: faleconosco@bernoulli.com.br 31.99301.1441 – Dúvidas e sugestões a respeito das soluções didáticas.
Centros de distribuição:
Rua José Maria de Lacerda, 1 900, Galpão 1, Módulos 04 e 05, 
Cidade Industrial, Contagem - MG, CEP: 32.210-120.
Avenida Papa João Paulo I, 4 006, Galpão 02, Módulo 04, 
Residencial Parque Cumbica, Guarulhos - SP, 
CEP: 07.174-005.
Bernoulli sistema de ensino:
Avenida Raja Gabaglia, 2 720, Estoril, Belo Horizonte - MG,
CEP: 30.494-170.
www.bernoulli.com.br/sistema  (31) 3029-4949
Coleção 4V – Manual do Professor – 
Volume 1 é uma publicação da Editora 
DRP Ltda. Todosos direitos reservados. 
Reprodução proibida. Art. 184 do 
Código Penal e Lei 9.610 de 19 de 
fevereiro de 1998.
Fotografias, gráficos, mapas e outros 
tipos de ilustrações presentes em 
exercícios de vestibulares e Enem 
podem ter sido adaptados por questões 
estéticas ou para melhor visualização.
C689
 Coleção 4V: Manual do Professor. - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de 
 Ensino, 2020. 186 p.: il.
 Ensino para ingresso ao Nível Superior. Bernoulli Educação.
 1. Língua Portuguesa
 I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 1
CDU - 811
CDD - 469
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Manual do Professor
3Bernoulli Sistema de Ensino
apresentação
Prezado(a) professor(a), 
O último ano do Ensino Médio é um momento de novos 
desafios para os alunos tanto no campo epistemológico quanto 
no pessoal. Reconhecer esses desafios e se preparar para as 
novidades que se aproximam, assegurará uma boa formação 
intelectual, social e cultural a essa nova geração. E é pensando 
nesse contexto que o material de Língua Portuguesa da Coleção 
6V, indica, de forma clara e objetiva, elementos e discussões 
proveitosos para a formação dos discentes.
Professor(a), por meio deste manual, pretende-se orientá-lo 
sobre a melhor forma de utilizar a Coleção 4V em sala de aula. 
Aqui, você encontrará as diretrizes educacionais com base 
nas quais o material foi estruturado, além de uma sugestão 
de cronograma que viabilizará o cumprimento do Conteúdo 
Programático e uma série de alternativas didáticas para 
auxiliá-lo(la) nas aulas.
O material de Língua Portuguesa da Coleção 4V é dividido em 
quatro frentes: a Frente A, que trabalha o conteúdo de produção 
de texto em uma perspectiva discursiva e sociocomunicativa; 
a Frente B, que propõe a leitura e a escuta na interpretação de 
variados textos; a Frente C, que aborda as práticas linguísticas 
e o funcionamento da língua por meio da gramática; e, por fim, 
a Frente D, que explora o estudo de textos literários de forma 
polissêmica e transversal. 
A Frente A foi idealizada para acabar com o mito – bastante 
difundido entre os estudantes – de que “escrever é difícil, 
impossível ou privilégio para poucos”. O que esse material 
de produção de texto busca é mostrar aos alunos que a 
escrita é possível a eles também. Então, professor(a), antes 
de tudo, mostre ao seu aluno que escrever é colocar em 
prática habilidades que envolvem um processo consciente de 
produção de texto e não um resultado de inspirações. Por isso, 
desde o início, busca-se mostrar – e você deve reforçar isto 
– que o ato de escrever se presta a estabelecer uma relação 
sociocomunicativa e, para que essa relação se realize com 
sucesso, alguns aspectos devem ser considerados. Capacite seu 
aluno a ajustar o texto às necessidades situacionais. Convide-o 
a refletir sobre o processo da escrita, habilitando-o a perceber 
o que é necessário, relevante, pertinente e justificável na 
elaboração de qualquer texto. Despertar o interesse do aluno 
para a escrita e facilitar esse processo é o nosso compromisso. 
A Frente A apresenta as principais estratégias argumentativas 
que podem ser utilizadas pelos alunos em suas produções, 
especialmente, na produção de textos de natureza dissertativa- 
-argumentativa, os quais devem convencer pela consistência 
das informações apresentadas e que tanto serão melhores 
quanto maior for a relevância dessas informações. Para além 
dos textos dissertativos, os alunos também terão contato com as 
características estruturais e linguísticas de textos de naturezas 
narrativa, descritiva e injuntiva, bem como a alguns gêneros em 
que se predominam essas tipologias; textos jornalísticos; cartas; 
gêneros digitais; memes; podcasts, entre outros.
A Frente B foi desenvolvida com o intuito de promover a 
reflexão acerca da leitura, objeto complexo de ensino e de 
aprendizagem. É importante que você, professor(a), tenha 
em mente esses objetivos. Para isso, é necessário conhecer 
o contexto amplo das funções da leitura na escola, em todas 
as áreas, o que exige a atuação em conjunto com todo o 
corpo docente; a importância do ato de ler na sociedade em 
que vivemos e a interação fundamental desse saber com o 
currículo escolar. O aluno deve entender que ler é um ato que 
requer manejo, técnica, promoção de habilidades, e não algo 
que se assemelhe ao automatismo ou à intuição. A leitura 
está presente em todas as áreas do saber e, dela, todas essas 
áreas dependem. Sendo assim, cabe a nós, professoras e 
professores, proceder para a escolarização da leitura, o que 
significa entender e promover a compreensão, nos alunos, sobre 
o que, como, por que e para que eles aprendem.
A Frente C foi planejada para derrubar uma série de 
tabus sobre a Língua Portuguesa, os quais dizem respeito, 
principalmente, às regras que a normatizam, tais como a 
de que “o português é a língua mais difícil que existe” ou de 
que, “no português, só há exceções”. O que esse material 
pretende é desenvolver, no aluno, um maior domínio da língua, 
derrubando esses preconceitos. Esse objetivo, contudo, só pode 
ser alcançado a partir da prática diária, criativa e competente, 
na sala de aula, afinal é nela – e a partir dela – que se concretiza 
e se consolida, de maneira eficaz, o processo de aprendizado. 
O ensino de língua materna tem peculiaridades que demandam 
grande atenção e afinco por parte de todos os envolvidos no 
processo educacional. Tendo em vista que lidamos com um 
público que, como falante nativo, é fluente na língua, nosso 
foco neste material é promover reflexões relacionadas às 
diversas práticas linguísticas e ao funcionamento da língua 
no universo das relações humanas. Procure estimular o aluno 
a confiar em si mesmo e na intuição de falante que ele tem, 
a raciocinar sobre as estruturas linguísticas que lhe forem 
apresentadas, em vez de apenas decorar regras e exceções. 
Mostre a ele que reconhecer e saber usar os diversos registros 
de língua existentes – inclusive o padrão – é extremamente 
importante, não apenas para resolver questões de gramática, 
mas também para que ele seja capaz de compor bons textos, 
seja no Enem, no vestibular, seja na universidade ou ao longo 
de sua vida profissional.
A Frente D pretende tornar as aulas de Literatura 
enriquecedoras e aprazíveis para, a partir daí, despertar no 
aluno a consciência estética e a sensibilidade lírica. Por isso, não 
restrinja as possibilidades de leitura do texto literário; trate-o 
como o que ele realmente é: polissêmico. Valorize a leitura e 
a interpretação do seu aluno, estimule-o a ter outras análises, 
outras visões sobre um mesmo objeto de estudo. Ao trabalhar o 
material, procure sempre ressaltar como o contexto de recepção 
de um texto altera a percepção do leitor. Também é significativo 
considerar que a crítica feita por uma geração de intelectuais a 
seus antecessores é, geralmente, fruto de mudanças históricas, 
sociais e, sobretudo, de concepções culturais vigentes. 
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4 Coleção 4V
Tornar-se consciente desse fato é importante, inclusive, para 
que o aluno se perceba como um leitor do século XXI, guiado 
pelos valores de seu tempo. Sugerimos, também, que não só os 
textos literários sejam estudados em sala de forma polissêmica, 
mas que também seja feito um trabalho transversal – de forma 
que a Literatura esteja em diálogo com outros campos da Arte. 
A fim de facilitar esse intertexto, a Coleção apresenta obras de 
outras vertentes artísticas – como das artes plásticas. 
Esperamos que, com esse auxílio, você possa desenvolver 
ainda melhor o seu trabalho.
 Os autores
noVIDaDes 2020
O Bernoulli Sistema de Ensino inicia mais um ano com a 
convicção de que é possível valorizar o conhecimento e oferecer 
uma educação profunda e de qualidade sem deixar de olhar para 
o ser humano. Por isso, estamos cada vez mais consolidados e 
cada vez mais próximos das necessidades dos nossosparceiros, 
oferecendo soluções educacionais de ponta e sintonizadas com 
as necessidades atuais e futuras. A nossa preocupação com a 
oferta de uma educação de alto nível que proporciona infinitas 
possibilidades é o que pode ser comprovado no conjunto de 
novidades que preparamos para 2020. 
Em consonância com o processo iniciado em 2019, concluímos 
a atualização das Coleções de Ensino Fundamental (1º a 
9º ano) de acordo com a Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), oferecendo aos nossos parceiros livros reestruturados 
e alinhados às habilidades e aos objetos de conhecimento 
preconizados pelo documento. A implantação em duas fases 
foi uma escolha do Bernoulli Sistema de Ensino em respeito ao 
processo progressivo de adaptação a essa grande mudança, 
considerando especialmente os alunos que estão em curso 
e visando minimizar as lacunas e rupturas vivenciadas na 
transição. 
Pelos mesmos motivos, propomos uma implementação 
também gradativa para o alinhamento da Coleção do Ensino 
Médio. Assim, em 2020, apresentamos as nossas soluções 
para a 1ª série totalmente alinhadas à formação geral 
básica, atendendo às habilidades e competências da BNCC. 
Para a contemplação adequada, além dos novos conteúdos 
programáticos, incorporamos novas seções aos capítulos, 
atividades interativas e usos de tecnologias digitais. Tudo isso 
em um novo projeto gráfico, mais atrativo e fluido para os 
estudantes. 
Ainda no Ensino Médio, as Coleções 6V, 4V e 2V de Língua 
Portuguesa vêm com novidades. Além de uma nova frente 
totalmente focada no desenvolvimento das habilidades de 
interpretação, chamada de Leitura e Escuta, teremos a 
atualização dos conteúdos programáticos das outras três frentes 
já existentes, alinhados aos campos de atuação propostos pela 
BNCC. O que já era excelente ficou ainda melhor!
Pensando, mais uma vez, na necessidade de investimentos 
na formação integral dos estudantes, o Bernoulli Sistema de 
Ensino oferece outra inovação: o Projeto de Vida, que faz 
parte do Projeto Eu no Mundo para o Ensino Médio. Trata-se 
de um material extra, ideal para a utilização na 1ª série, cujo 
objetivo é estimular o autoconhecimento do estudante e o 
desenvolvimento das habilidades socioemocionais com base 
na determinação, perseverança e autoconfiança, elementos 
imprescindíveis para realização de projetos presentes e futuros. 
Com isso, o material contribui para a orientação do planejamento 
da carreira profissional almejada, a partir da identificação dos 
interesses pessoais, talentos, desejos e afinidades, contribuindo 
na orientação efetiva para a escolha dos itinerários formativos, 
prevista para a 2ª série, em 2021.
Também há muitas novidades relativas ao desenvolvimento 
integral para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental: 
dois grandes projetos são lançados este ano! Em consonância 
também com o Projeto Eu no Mundo, que já é um sucesso 
na Educação Infantil, apresentamos agora a Coleção 
Socioemocional de 1º a 5º ano, com livros ricos em vivências 
e reflexões para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, 
intrapessoais e interpessoais e repletos de oportunidades 
para o diálogo também com as famílias. E não para por aí! 
Também para as cinco séries, apresentamos um grande 
diferencial: a Coleção Flow Maker, ancorada na cultura Maker, 
no movimento STEAM e no Design Thinking e que privilegia 
experiências colaborativas para cocriação de soluções criativas 
para problemas complexos. 
Atentos às demandas contemporâneas que, cada vez mais, 
valorizam a necessidade da proficiência no inglês como língua 
estrangeira, ampliamos a nossa parceria com a Cambridge 
University Press que, a partir de agora, atenderá também aos 
estudantes de 6º a 9º anos. Assim como na Educação Infantil e 
nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o material oferece 
possibilidades para um trabalho robusto, atendendo a uma 
carga horária de 4 a 5 aulas semanais com materiais atrativos 
e instigantes, baseados na metodologia CLIL (Aprendizagem 
Integrada de Língua e Conteúdo). Além disso, ampliamos 
também as possibilidades de trabalho com o nosso material 
regular de Língua Inglesa do 6º ano. Elaboramos um novo 
ambiente virtual para o desenvolvimento das habilidades de 
listening e speaking (escuta e fala), de maneira integrada 
ao livro impresso. O material acompanha um guia didático- 
-pedagógico para o(a) professor(a), repleto de orientações 
metodológicas para as atividades práticas. A implantação 
da solução se inicia com o 6º ano do Ensino Fundamental, 
em 2020, alcançando progressivamente as outras séries nos 
próximos anos. 
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Manual do Professor
5Bernoulli Sistema de Ensino
Também para os Anos Finais do Ensino Fundamental, 
oferecemos a Avaliação Processual, elaborada com 
base na Matriz de Referência Bernoulli e nos componentes 
curr iculares de Língua Portuguesa e Matemática. 
A aplicação das avaliações irá ocorrer anualmente e objetiva 
aferir se os alunos de 6º, 7º, 8º e 9º anos conseguiram 
desenvolver as habilidades esperadas para o período. 
Com os resultados, interpretados por dados da Teoria Clássica 
(TCT) e da Teoria de Resposta ao Item (TRI), via Meu Bernoulli, 
a escola poderá enxergar sistematicamente um diagnóstico 
geral, por turma e por aluno, o que irá contribuir para a gestão 
escolar e para a composição de um plano de ação para atuação 
dos docentes.
Na Educação Infantil, abrimos 2020 lançando um novo 
Guia da Família para 3 anos, material que dialoga com os 
responsáveis pelas crianças e acompanha o material destinado 
a elas. O Guia traz informações a respeito do desenvolvimento 
infantil e oferece dicas para a condução de situações comuns 
para a faixa etária, como desafios de comportamento, 
socialização e uso da tecnologia pelos pequenos. 
Por fim, também temos novidades na área de tecnologia 
educacional, com o avanço e a ampliação do Meu Bernoulli 
(MB), que passa para a sua versão 3.0, mais alinhado com 
a experiência do usuário, ofertando novas funcionalidades, 
em uma constante evolução tecnológica. Agora o MB estará 
disponível também para a Educação Infantil e os Anos Iniciais 
do Ensino Fundamental e contará com uma proposta gamificada 
que privilegia o engajamento e a interação não só para os 
estudantes, mas também para pais, professores e gestores, 
além de ampliar os recursos e as funcionalidades para os 
outros segmentos. A integração dos nossos materiais com os 
recursos tecnológicos não para! São cada vez mais recursos e 
cada vez mais professores e estudantes tendo a oportunidade 
de aprender e ensinar por meio de e-books, realidade 
aumentada, realidade virtual, vídeos, podcasts, simuladores, 
games, animações interativas, conteúdos complementares, 
entre outros.
Com a ampliação da oferta do Meu Bernoulli, há ainda 
uma novidade muito aguardada: o lançamento do banco de 
questões para 1º a 5º ano, favorecendo ao(à) professor(a) 
o acesso a questões revisadas e aderentes ao nosso projeto 
pedagógico para utilização em instrumentos avaliativos. Nossos 
filtros permitem selecionar questões adequadas para cada 
momento do ano letivo, por disciplina, fonte, nível de dificuldade 
e tipo de questão. 
Todas as novidades preparadas para o ano demonstram que o 
Bernoulli Sistema de Ensino está sempre à frente para trazer o 
que há de melhor para que sua escola continue crescendo junto 
conosco. É por isso que nos consolidamos hoje como um dos 
melhores grupos educacionais do país e reafirmamos o nosso 
compromisso de caminhar lado a lado com nossos parceiros! 
Conte conosco para, juntos, transformarmos vidas por meio 
da Educação de qualidade! 
BernoullI play
Com foco na integração entre conteúdo impresso e digital, 
nossas Coleções contam com o Bernoulli Play, uma plataforma 
de acesso aos objetos digitais de aprendizagem desenvolvidos 
ou licenciados pelo Bernoulli Sistema de Ensino.
Por meio dessa plataforma, é possívelacessar os áudios 
das disciplinas de Língua Inglesa e Língua Espanhola, assistir 
a vídeos didáticos e resoluções de exercícios das Coleções do 
Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio e Pré-Vestibular, 
além das resoluções dos Simulados Enem e Ensino Médio (1ª e 
2ª séries) que são disponibilizadas após a aplicação das provas.
Animações
Em uma animação, a ampliação dos detalhes e o movimento 
contínuo das imagens expandem a compreensão do conteúdo 
apresentado, uma vez que esses recursos proporcionam 
uma visualização mais acurada e dinâmica, ampliando as 
possibilidades de aprendizagem e interação com nossas 
Coleções.
Áudios de Língua Inglesa e Língua 
Espanhola
Com o propósito de potencializar as múltiplas habilidades 
dos conteúdos de língua estrangeira, as publicações de Língua 
Inglesa e Língua Espanhola contam com áudios disponíveis 
para as Coleções do Ensino Fundamental, Ensino Médio e 
Pré-Vestibular.
Games
Orientados por desafios, os games estimulam a tomada de 
decisões e potencializam o engajamento do aluno durante 
o processo de aprendizagem. Eles contribuem para o 
desenvolvimento de habilidades, a resolução de problemas, 
a criatividade e a concentração, além de estimular a memória 
e o raciocínio lógico e incentivar a persistência e a resiliência.
Resoluções de exercícios em imagem 
e vídeo
Com suporte de imagem ou vídeo, as resoluções de exercícios 
são apresentadas durante as seções de exercícios propostos e 
de aprendizagem das Coleções do Ensino Fundamental Anos 
Finais, Ensino Médio e Pré-Vestibular.
Simuladores
Os simuladores recriam acontecimentos reais de maneira 
virtual, reproduzindo o comportamento de elementos em um 
determinado fenômeno ou mecanismo. Desse modo, eles 
viabilizam a experimentação investigativa mesmo fora dos 
laboratórios.
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6 Coleção 4V
Vídeos didáticos
Utilizando estratégias audiovisuais, os vídeos didáticos são 
planejados e estruturados com o propósito de auxiliar o aluno 
na compreensão e na revisão dos assuntos abordados em 
nossas Coleções.
Instalação e navegabilidade 
O Bernoulli Play possui um aplicativo e uma versão web. 
O aplicativo está disponível na Google Play e na App Store, basta 
procurar e instalar em seu dispositivo. A versão web pode ser 
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FunDaMentação 
teÓrICa
Se é pelas atividades de linguagem que o homem se 
constitui sujeito, só por intermédio delas é que tem 
condições de refletir sobre si mesmo. 
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002)
Na contemporaneidade, uma das dificuldades comuns para 
os alunos é o uso adequado das múltiplas linguagens a que 
eles têm acesso. As mídias diversificadas do nosso tempo, 
aparentemente, alteraram o espaço da palavra escrita ou do 
texto impresso com suas diversas possibilidades. O resgate do 
ato de ler e de escrever, entretanto, é primordial para que o 
aluno possa ter um desempenho satisfatório ao usar a língua, 
não só na escrita – com suas normas e exigências técnicas, 
sem dúvida, necessárias –, mas também na expressão precisa 
de suas ideias e na compreensão do mundo que o cerca.
Diferenciar as várias situações e contextos em que a escrita 
é socialmente produzida e ser capaz de fazer uso da linguagem 
adequada à situação de interlocução são propósitos que se 
espera alcançar nas aulas de Língua Portuguesa do Ensino 
Médio.
Para definir a metodologia utilizada na Coleção 4V – Língua 
Portuguesa, foram determinados alguns objetivos. Assim, 
adotou-se uma perspectiva discursiva que considera, além da 
necessidade de ler e de escrever corretamente, a relação entre 
a linguagem e seus diversos contextos de uso.
É preciso que o aluno compreenda que não existe só uma 
variedade de português e que a norma-padrão é apenas um 
dos diferentes registros em que a língua se organiza. É preciso 
que compreenda ainda que, apesar dessa relatividade, a língua 
padrão é o registro que precisa dominar para ser bem-sucedido, 
tanto no vestibular quanto ao longo de sua vida profissional. 
Assim, o estudo da Língua Portuguesa é feito a partir de uma 
perspectiva mais ampla, que é a de conhecer as diversas 
possibilidades da língua, o modo como ela se organiza e os 
contextos em que tais possibilidades são aceitáveis ou não. 
Pensada desse modo, a Coleção 4V – Língua Portuguesa está 
organizada em três frentes de trabalho: Redação, Literatura 
e Gramática, que se desenvolvem em uma dinâmica de 
complementaridade e dependência. Assim, busca-se relacionar 
os diferentes conteúdos presentes em cada uma das frentes e 
desenvolvê-los com inúmeras potencialidades.
Dessa forma, pretende-se contribuir para que nossos alunos 
tenham condições não apenas de utilizar corretamente a Língua 
Portuguesa, mas de refletir sobre ela e sobre suas diversas 
idiossincrasias. Consequentemente, eles poderão, com o 
auxílio da linguagem e também por meio dela, conquistar e 
desempenhar bem o seu papel de cidadão.
MatrIz De 
reFerênCIa eneM
Linguagem, Códigos e suas Tecnologias
Eixos cognitivos (comuns a todas as áreas de 
conhecimento)
I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta 
da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens 
matemática, artística e científica e das línguas 
espanhola e inglesa.
II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar 
conceitos das várias áreas do conhecimento para a 
compreensão de fenômenos naturais, de processos 
histórico-geográficos, da produção tecnológica e das 
manifestações artísticas.
III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, 
organizar, relacionar, interpretar dados e informações 
representados de diferentes formas, para tomar 
decisões e enfrentar situações-problema.
IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, 
representadas em diferentes formas, e conhecimentos 
disponíveis em situações concretas, para construir 
argumentação consistente.
V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos 
desenvolvidos na escola para elaboração de propostas 
de intervenção solidária na realidade, respeitando 
os valores humanos e considerando a diversidade 
sociocultural.
Habilidades e competências
Competência de área 1 – Aplicar as tecnologias da 
comunicação e da informação na escola, no trabalho e em 
outros contextos relevantes para sua vida.
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Manual do Professor
7Bernoulli Sistema de Ensino
H1 – Identificar as diferentes linguagens e seus recursos 
expressivos como elementos de caracterização dos sistemas 
de comunicação.
H2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens 
dos sistemas de comunicação e informação para resolver 
problemas sociais.
H3 – Relacionar informações geradas nos sistemas de 
comunicação e informação, considerando a função social 
desses sistemas.
H4 – Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são 
feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e 
informação.
Competência de área 3 – Compreender e usar a linguagem 
corporal como relevante para a própria vida, integradora social 
e formadora da identidade.
H9 – Reconhecer as manifestações corporais de movimento 
como originárias de necessidades cotidianas de um grupo 
social.
H10 – Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos 
corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11 – Reconhecer a linguagem corporal como meio de 
interação social, considerando os limites de desempenho 
e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.
Competência de área 4 – Compreender a arte como saber 
cultural e estético gerador de significação e integradorda 
organização do mundo e da própria identidade.
H12 – Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da 
produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 – Analisar as diversas produções artísticas como 
meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e 
preconceitos.
H14 – Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter- 
-relações de elementos que se apresentam nas manifestações 
de vários grupos sociais e étnicos.
Competência de área 5 – Analisar, interpretar e aplicar 
recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com 
seus contextos, mediante a natureza, função, organização, 
estrutura das manifestações, de acordo com as condições de 
produção e recepção.
H15 – Estabelecer relações entre o texto literário e o 
momento de sua produção, situando aspectos do contexto 
histórico, social e político.
H16 – Relacionar informações sobre concepções artísticas e 
procedimentos de construção do texto literário.
H17 – Reconhecer a presença de valores sociais e humanos 
atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
Competência de área 6 – Compreender e usar os 
sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios 
de organização cognitiva da realidade pela constituição de 
significados, expressão, comunicação e informação.
H18 – Identificar os elementos que concorrem para a 
progressão temática e para a organização e estruturação de 
textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 – Analisar a função da linguagem predominante nos 
textos em situações específicas de interlocução.
H20 – Reconhecer a importância do patrimônio linguístico 
para a preservação da memória e da identidade nacional.
Competência de área 7 – Confrontar opiniões e pontos de 
vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações 
específicas.
H21 – Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos 
verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e 
mudar comportamentos e hábitos.
H22 – Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, 
assuntos e recursos linguísticos.
H23 – Inferir em um texto quais são os objetivos de seu 
produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos 
procedimentos argumentativos utilizados.
H24 – Reconhecer no texto estratégias argumentativas 
empregadas para o convencimento do público, tais como a 
intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.
Competência de área 8 – Compreender e usar a Língua 
Portuguesa como língua materna, geradora de significação e 
integradora da organização do mundo e da própria identidade.
H25 – Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas 
linguísticas que singularizam as variedades linguísticas 
sociais, regionais e de registro.
H26 – Relacionar as variedades linguísticas a situações 
específicas de uso social.
H27 – Reconhecer os usos da norma-padrão da Língua 
Portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Competência de área 9 – Entender os princípios, a natureza, 
a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da 
informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento 
do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, 
às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, 
aos processos de produção e aos problemas que se propõem 
solucionar.
H28 – Reconhecer a função e o impacto social das diferentes 
tecnologias da comunicação e informação.
H29 – Identificar pela análise de suas linguagens, as 
tecnologias da comunicação e informação.
H30 – Relacionar as tecnologias de comunicação e informação 
ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que 
elas produzem.
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8 Coleção 4V
planeJaMento anual
Disciplina: língua portuguesa
 
série: 3ª
 
segmento: eM/pV
FRENTE móduLo VoLumE CoNTEúdo
A
01
1
• Gêneros e Tipos Textuais
02 • Planejamento e Introdução do Texto Dissertativo-Argumentativo
03
2
• Desenvolvimento do Texto Dissertativo-Argumentativo, Estratégias Argumentativas, 
Contra-Argumentação e Falhas Argumentativas
04 • Conclusão do Texto Dissertativo-Argumentativo
05
3
• Os Textos Narrativo, Descritivo e Injuntivo
06 • Textos Multissemióticos I
07
4
• Textos Multissemióticos II
08 • Textos Multissemióticos III e IV
B
01
1
• Leitura, Sentido e Coerência
02 • Para se Construir uma Tese
03
2
• Funções da Linguagem
04 • Estratégias de Leitura e Curadoria de Informações
05
3
•  Intertextualidades e Interdiscursividade (Cotexto e Contexto) e Análise Semiótica: 
Textos Não Verbais
06 • Leitura e Atuação na Vida Pública
07
4
• Leitura e Interpretação de Textos Científicos
08 • Hibridização dos Gêneros e Repertório Cultural
C
01
1
• Recursos Coesivos
02 • Verbos, Oração e seus Termos
03
2
• Estudos Linguísticos
04 • Estudos Linguísticos
05
3
• Estudos Linguísticos
06 • Estudos Linguísticos
07
4
• Estudos Linguísticos
08 • Estudos Linguísticos
D
01
1
• Textos Literários e Figurativos: Principais Figuras de Linguagem
02 • Os Gêneros Literários: Gêneros Épico, Dramático e Lírico
03 • As Origens Europeias: a Literatura da Idade Média ao Renascimento
04
2
• Barroco e Arcadismo
05 • Romantismo
06 • Realismo e Naturalismo
07
3
• Parnasianismo e Simbolismo
08 •  Intertextualidade, Pré-Modernismo e Vanguardas Europeias
09 • Modernismo
10
4
• Poesia Concreta, Poesia Marginal e Tropicalismo
11 • Pós-Modernismo
12 • Arte Contemporânea
* Conteúdo programático sujeito a alteração.
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Manual do Professor
9Bernoulli Sistema de Ensino
planeJaMento Do VoluMe
Disciplina: língua portuguesa
 
série: 3ª
 
segmento: eM/pV
 
volume: 1
FRENTE móduLo CoNTEúdo SuGESTõES dE ESTRATéGIAS
A
01 • Gêneros e Tipos Textuais • Aula expositiva
• Aplicação de exercícios
• Resolução de exercícios
• Aula prática
• Debates
• Aula multimídia
•  Júri simulado
• Discussão em grupos
• Filmes
02 • Planejamento e Introdução do Texto Dissertativo-Argumentativo
B
01 • Leitura, Sentido e Coerência
02 • Para se Construir uma Tese
C
01 • Recursos Coesivos
02 • Verbos, Oração e seus Termos 
D
01 • Textos Literários e Figurativos: Principais Figuras de Linguagem
02 • Os Gêneros Literários: Gêneros Épico, Dramático e Lírico
03 • As Origens Europeias: a Literatura da Idade Média ao Renascimento
orIentações para CoMposIção 
De Carga HorárIa
Para otimizar o uso do material, sugerimos a você, professor(a), uma composição de carga horária em que deverão ser 
observados alguns pontos enumerados a seguir.
uso anual
1. Considere que o ano letivo tenha, em média, trinta e duas semanas letivas. Como a Coleção 4V possui quatro volumes, 
recomendamos dedicar oito semanas letivas a cada volume.
2. O conteúdo de Língua Portuguesa está distribuído em quatro frentes. As frentes A, B e C têm, respectivamente, dois 
módulos e a frente D tem três módulos por volume.
Para calcular o número médio de aulas por módulo, basta considerar a carga horária de oito semanas e dividi-la pelo número 
de módulos.
Após a utilização dos quatro volumes da Coleção 4V, recomendamos que seja realizada uma revisão em, pelo menos, duas 
semanas letivas.
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10 Coleção 4V
orIentações e sugestões
módulo – A 01 
Gêneros e Tipos Textuais
Prezado(a) professor(a), o primeiro módulo de nosso livro 
tem por objetivo fazer com que os alunos compreendam o 
conceito de texto com base em uma perspectiva discursiva 
e sociocomunicativa. Para isso, optamos por trabalhar com a 
análise de diversos textos, focando os papéis do produtor e 
do receptor, o contexto em que os textos foram produzidos 
e, simultaneamente, relacionando-os aos fatores linguísticos 
e pragmáticos responsáveis pela construção da textualidade. 
Conhecer esses fatores e reconhecê-los em um texto ou em 
uma proposta de redação ajudará os alunos tanto no processo 
de leitura e de interpretação quanto no de produção de 
textos. Indique aos alunos a videoaula que tratados fatores 
de textualidade.
Com o objetivo de complementar esse primeiro momento do 
conteúdo, não deixe de indicar a videoaula “O que é língua?” 
para que os alunos compreendam, de fato, esse conceito. Além 
disso, há também a indicação de um recurso para os alunos 
terem contato com a Libras. É importante chamar a atenção 
deles para o fato de tratar-se de uma língua, com estrutura e 
regras gramaticais próprias.
Ao longo do módulo, serão feitas análises de textos de diversos 
gêneros, contudo, vale observar que não foram esgotadas 
todas as possibilidades. Desse modo, procure completar essas 
análises em sala, tendo em vista as necessidades e as dúvidas 
dos alunos. Outra estratégia que deve ser adotada durante o 
estudo do texto ao longo do ano é a de relacionar a discussão 
feita no caderno principal às propostas de redação. Você deverá, 
também, orientá-los e incentivá-los a adotarem esse hábito, 
pois eles devem entender que a produção de um bom texto se 
inicia em uma boa leitura da proposta. 
No estudo sobre a distinção entre gêneros e tipos textuais, 
é interessante relacionar esses conceitos aos contextos em que 
os textos se manifestam, pois, nesse momento, é importante 
que os alunos comecem a caracterizar os textos em função 
da situação sociocomunicativa em que estes se manifestam. 
Para isso, explore com os alunos os dois exemplos de 
e-mail, que diferem na linguagem exatamente por terem 
sido produzidos em contextos sociocomunicativos distintos. 
O primeiro, num contexto profissional e, por isso, formal; 
o segundo, num contexto mais pessoal, em que amigas 
discutem um trabalho de escola, valendo-se de uma linguagem 
mais coloquial. Apresente, também, a videoaula indicada para 
reforçar os conceitos de tipo e gênero textual.
No tópico “Hibridização dos gêneros textuais”, mostre aos 
alunos que os gêneros não são estanques, uma vez que se 
unem e se adequam dependendo do objetivo comunicativo 
que apresentam. Para isso, analise o exemplo apresentado no 
livro, mas também explore outros, especialmente os ligados à 
literatura, à publicidade e aos meios digitais.
Para apresentar os tipos textuais e suas características 
formais, usamos vários exemplos, os quais devem ser explorados 
por você em sala, mas o estudo não deve se limitar a eles. 
Por isso, professor(a), incentive os alunos a buscar exemplos 
das tipologias nos textos com os quais têm contato no dia a 
dia, contribuindo, assim, para a construção da autonomia deles. 
Ao tratar do tipo argumentativo, por exemplo, você pode valer-se 
de produções dos próprios estudantes e, ainda, realizar 
atividades de análises, desmembrando a estrutura do texto 
em partes – introdução, argumentos e conclusão –, a fim de 
que cada uma seja facilmente reconhecida e recuperada pelos 
alunos em suas próprias produções. 
Como ponto de partida para o estudo dos textos dissertativo- 
-argumentativos, indique para os alunos a videoaula presente 
no módulo; em seguida, leia com eles a redação sobre o tema 
do Enem 2017: “Desafios para a formação educacional dos 
surdos no Brasil”. Seria interessante levar para a sala de aula 
essa proposta e apresentá-la aos alunos, a fim de tornar mais 
completa a análise feita por eles da produção apresentada.
Durante todo o estudo do texto dissertativo-argumentativo, 
é importante que você, professor(a), conscientize os alunos de 
que, embora nesse tipo de texto deva-se expressar uma opinião 
sobre o assunto proposto, essa opinião não tem validade por si 
só. Ela só será levada em consideração se houver informações 
plausíveis que a sustentem.
Para auxiliar os alunos a definirem os objetivos que guiarão 
a escrita, você deve diferenciar os tipos mais comuns de 
propostas que solicitam a produção de textos dissertativo- 
-argumentativos: aquelas que definem o objetivo a ser 
cumprido e aquelas que apenas apresentam um tema e 
deixam a cargo do redator a delimitação do objetivo. Nesse 
caso, recorrer a propostas dos módulos desse volume e outras 
trazidas ou elaboradas por você pode ser uma boa forma de 
ampliar o repertório de exemplos do livro.
Por fim, professor(a), ao apresentar aos alunos as cinco 
competências avaliadas no Enem, explique-as e ressalte que, 
para produzirem um bom texto nesse exame, eles devem estar 
atentos ao que será exigido, guiando as suas produções de 
acordo com essas diretrizes de avaliação. Aproveite todas as 
redações apresentadas no módulo para discutir com os alunos 
o que é adequado e inadequado nos textos dessas tipologias, 
orientando as produções de texto com base nessas análises e, 
se possível, discutindo-as também em sala.
móduLo – A 02 
Planejamento e Introdução do 
Texto dissertativo-Argumentativo
Professor(a), o estudo do planejamento do texto é de extrema 
importância para que os alunos percebam que escrever é um 
processo que não se limita ao ato de colocar as ideias no papel. 
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Manual do Professor
11Bernoulli Sistema de Ensino
Assim, antes de começar esse estudo, reitere as informações 
do livro, segundo as quais a produção de um texto se 
inicia antes da escrita. Você deve incentivar, nesse caso, 
a reflexão sobre o que e como escrever, em vez de 
simplesmente estimular a redação intuitiva, sem planejamento. 
Mostre que o tempo que supostamente se “perde” fazendo o 
planejamento será recompensado posteriormente, já que é 
mais rápido redigir quando já se sabe o que escrever. Além 
disso, o planejamento viabiliza a redação de um texto mais 
consistente e coerente.
Ao apresentar os métodos de planejamento “esquemas” e 
“mapas mentais”, incentive-os a produzir esses registros antes 
de redigir os textos das propostas de redação dos módulos a 
partir desse momento. É importante, ainda, que você avalie 
os planejamentos, comparando-os com a redação feita. 
Há, no final da primeira parte do módulo, atividades que 
exigem dos alunos a produção de planejamentos de textos. 
A primeira é a produção de um esquema de redação sobre o 
tema “Os desafios do descarte de lixo eletrônico”; a segunda 
é a produção de um mapa mental sobre o tema “Jovens 
infratores: ressocialização ou mais rigor penal?” – inclusive, 
foram sugeridos, dois recursos que podem auxiliá-los na 
execução dessa questão; não deixe de conhecê-los e indicá-los 
aos alunos.
Professor(a), como atividade extra de produção textual, 
você pode solicitar aos alunos a redação de textos 
dissertativo-argumentativos com base nos planejamentos 
feitos. Para isso, seria interessante que você levasse para a 
turma textos sobre os assuntos abordados, que funcionariam 
como motivadores da proposta. Por sua vez, a terceira atividade 
exige do aluno a percepção contrária: a análise de um texto 
dissertativo-argumentativo sobre o tema “Como conter o 
bullying nas escolas”, na qual se identifique, ou não, que houve, 
por parte do produtor, a realização de um planejamento prévio 
do texto. Nesse caso, é um bom exercício também incentivar 
os alunos a produzirem seus próprios planejamentos para o 
tema e o texto, comparando-os, ao final, com o texto dado no 
Caderno Principal.
A segunda parte do módulo trata da introdução e da tese 
dos textos dissertativo-argumentativos. Professor(a), no estudo 
sobre a determinação do ponto de vista a ser defendido no 
texto, ressalte a importância da elaboração de uma tese clara, 
delimitando o tema e especificando o posicionamento sobre 
ele, a qual o aluno seja capaz de defender com argumentos 
coerentes e pertinentes. Nesse sentido, lembre-os de que a tese 
não pode ser ampla demais, ou basear-se no senso comum, 
pois pode ser difícil, posteriormente, organizar argumentos 
que a comprovem. 
As formas de se introduzir um texto, comumente apresentadas 
em qualquer “manual de redação” que objetiva ajudar as 
pessoas a redigirem melhor, devem ser apresentadas de 
modo mais ilustrativo. Nesse caso, é importante mostrar aos 
alunos que há várias estratégias para atrair a atençãodo 
leitor ao iniciar um texto, e elas variam segundo a intenção 
sociocomunicativa. Deixe claro aos alunos que a introdução, 
assim como todas as demais partes, deve integrar o texto e, 
portanto, ao elaborá-la, o produtor já deve ter em mente qual 
será a função dela. 
Para que os alunos verifiquem a compreensão do que foi 
exposto, foram propostas atividades em algumas estratégias 
de introdução, consideradas mais produtivas e frequentes 
nos textos. No subtópico “Fazer uma declaração”, o aluno 
deve reconhecer a tese (marcada). Comente sobre a forma 
como o autor aborda o tema no parágrafo introdutório. 
No subtópico “Apresentar fatos”, houve a proposição de o 
aluno dar continuidade ao texto, fundamentando a tese com 
argumentos e concluindo-o propondo também uma ação social 
que respeite os direitos humanos, como é feito no Enem. 
Trata-se de estimulá-lo a perceber como a tese determina a 
orientação argumentativa do texto no desenvolvimento e na 
conclusão. Em “Fazer questionamentos”, o aluno deve identificar 
a função estratégica das perguntas feitas no segundo exemplo 
dado no tópico. Na estratégia “Estabelecer comparação”, 
propôs-se que o aluno analise o uso da comparação, presente 
nos dois trechos de exemplo, identificando pontos de distinção 
entre eles. Indique aos alunos a videoaula que trata do texto 
dissertativo-argumentativo.
móduLo – B 01
Leitura, Sentido e Coerência
Caro(a) professor(a), 
A primeira parte do módulo, “Leitura é produção de sentidos”, 
é um conteúdo didático-pedagógico feito para um público- 
-alvo de faixa etária jovem. O objetivo é contribuir para a 
aprendizagem da leitura como um ato consciente, de forma a 
aprender a fazer, fazendo. 
Trata-se também de um material do qual você pode e deve 
usufruir como objeto de estudo para construção de seu plano 
de aula, pois o que é apresentado ao aluno, tanto em teorias 
quanto em atividades e desenvolvimento de habilidades, 
é feito metodologicamente, passo a passo, de forma a contribuir 
para uma aula consistente, atrelada aos seus conhecimentos 
e práticas adquiridos e fomentados por anos de experiência 
em sala de aula.
Conforme é perceptível por todo o conteúdo, a aprendizagem 
se dá pela sua mediação, pelo seu diálogo com o aluno. Sua 
mediação pressupõe que, sempre que se fizer necessário, 
conhecimentos de língua, de texto e de mundo que fazem parte 
do currículo escolar sejam buscados. Por exemplo, quando, 
no subtópico sobre pré-leitura tratamos do conhecimento de 
tipos e gêneros textuais como fator preponderante para a 
leitura, talvez se faça necessário retomar o estudo dessa teoria, 
dependendo do domínio da turma sobre o tema.
É importante insistir junto às turmas que a leitura está 
sendo escolarizada, ou seja, os textos estudados saem do 
seu contexto social de leitura e são tomados como objeto de 
estudo, de aprendizagem. Vale ressaltar a todos que, por meio 
dessa escolarização, qualquer fim a que se submeta qualquer 
texto não passará desapercebido, passará a objeto de reflexão 
e será redimensionado. 
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12 Coleção 4V
Assim, um poema, analisado em suas estratégias, promoverá 
um efeito estético mais contundente. Da mesma forma, um 
discurso de político que se pretende enganoso, analisado em 
suas condições de produção, terá dificuldades para cumprir 
o intento de enganar. Ainda uma reportagem, lida assim, 
escolarizada, terá também suas lacunas preenchidas. Ou seja, 
a técnica de leitura aprendida possibilita ao leitor desnudar o 
texto e, então, optar sobre como agir em relação ao que lhe 
é proposto. Essa conscientização promove no(a) aluno(a) a 
interação com seu papel social de estudante e de cidadão.
Sua interposição é exigida no decorrer: a) das reflexões 
teóricas; b) das análises de textos; c) dos exercícios de 
aprendizagem construídos pela coleção; d) daqueles retirados 
de vestibulares e do Enem. 
Intervir se dá tanto ao permear os passos a cada texto 
proposto como também ao acompanhar as atividades 
propostas, em especial os exercícios de aprendizagem.
Atente especialmente para os exercícios de aprendizagem. 
Eles se fecham em proposições divididas em três blocos 
compreendidos por metas a serem alcançadas. Como se trata 
de um exercício de leitura, todo o passo a passo é feito sob 
sua mediação, professor(a). Em outras situações “reais” de 
leitura, todos esses procedimentos serão seguidos praticamente 
de forma simultânea. O que se pretende, com essa atividade, 
é que o(a) aluno(a) seja um(a) leitor(a) com domínio da leitura, 
e que a faça com autonomia. 
No primeiro exercício de aprendizagem, você encontrará 
um conjunto de questões dispostas em três segmentos 
(I. Pré-leitura; II. Leitura do corpo do texto – a linguagem 
verbal e a não verbal; III. Pós-leitura), configurados como um 
passo a passo, bem detalhado, pedagógica e didaticamente 
propostos, um formato de espiral ampliada, o que se deu 
também no decorrer da explanação dos vários textos, em 
especial no decorrer da análise da tira de Gonsales. Trata-se 
de um exercício minucioso que contempla o gênero artigo de 
opinião, com tema relevante para a discussão dos objetivos 
de desenvolvimento sustentável agendados para os anos 
vindouros, até 2030, um dos fundamentos desta coleção: um 
alerta contra as pseudociências, estas que muito contribuem 
para a ignorância e geram mal-estar social. 
Em sequência, na segunda parte, este módulo versa 
sobre coerência. O tratamento dado a ela segue os estudos 
de textualidade, considerando a matéria, então, uma das 
categorias que formam um texto. Nessa proposta, foram 
estudados textos variados, tentando compreender como a 
coerência é construída em cada um. 
Sendo assim, os tópicos se dividiram, tratando primeiramente 
do texto verbal, tomando como objeto de reflexão o artigo de 
opinião “Incêndio do Flamengo dilacera dez sonhos e o maior 
patrimônio da torcida”. O segundo tópico, “A coerência no texto 
não verbal”, tratou de estudar a coerência no texto não verbal, 
por meio de uma charge de Duke com temática relacionada ao 
artigo de opinião estudado.
Como sempre, a percepção do gênero e de suas condições 
de produção alicerçam as análises. Os passos seguintes 
são aqueles já estudados na primeira parte do módulo, de 
maneira que os conteúdos sejam fixados e ampliados. Então, 
dá-se uma mediação de leitura, em que você, professor(a), 
vai promovendo o acionamento das habilidades de observar a 
perigrafia, a busca de informações no arquivo cultural ou no 
entorno, de forma a estabelecer hipóteses e responder questões 
demandadas pela charge para sua compreensão. 
O tópico seguinte trata de estudar o texto multimodal. 
A presença tanto da linguagem verbal quanto da não verbal é 
elucidada, novamente sob sua mediação, professor(a), tomando 
como objeto uma tirinha de Dahmer.
Em seguida, é apresentado um texto verbal, juntamente 
com estudos orientados pela teoria da textualidade, levando 
em conta seus fatores pragmáticos. Retoma as reflexões sobre 
textos multimodais, mas encaminha-se para a predominância 
da linguagem verbal, manifesta em sua coerência externa e 
interna e tomando como objeto um trecho da obra literária 
Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, uma análise que, 
mediada por você, professor(a), coroa todo o módulo.
É trabalhada a noção de que para manter a coerência 
interna é preciso “não perder o fio da meada”, “não misturar 
alhos com bugalhos”, “não ficar dando voltas no mesmo lugar” 
e “não misturar: pau é pau; pedra é pedra”. Em resumo, 
são apresentadas as metarregras de coerência interna.
As respostas dispostas neste manual vão ajudá-lo a 
preparar-se para a mediação a ser feita em sala de aula. 
Os exercícios propostos são instrumentos para o aluno aprender 
mais e melhor. Os estudos da teoria, aplicação de teoria, texto 
complementar, situações de reflexão, contribuem muito para 
a resolução de cada um deles. Consulte, sempre que precisar, 
essa fonte. Incentive os alunos a resolveremas questões em 
casa, compartilhando as dúvidas em sala de aula.
Por fim, sugerimos, para amparo do trabalho em sala de 
aula, a leitura das obras presentes no decorrer do material. 
Elas podem contribuir como base teórica e como norte para as 
reflexões e proposição de atividades.
móduLo – B 02
Para se Construir uma Tese
Professor(a), estes estudos sobre tese se dão a partir de uma 
fala de Umberto Eco que desnuda uma posição comum neste 
século: a disseminação de opiniões como se fossem verdades 
e até como teses. Trata-se de uma provocação que pode ser 
aproveitada como debate inaugurador das reflexões no decorrer 
das quais sua mediação é fundamental. Complexo, o conceito de 
tese é rodeado de outros conceitos – opinião, hipótese, verdade, 
argumentação – tratados nesta coleção adequadamente a um 
estudante do Ensino Médio, sem problematizá-los à exaustão, 
porém suficientemente a nossos objetivos. Para isso, tomamos 
como fonte bibliográfica o Dicionário de Filosofia (2007), 
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13Bernoulli Sistema de Ensino
de Nicola Abbagnano, do qual selecionamos os significados que 
melhor atendem aos nossos propósitos de promover reflexões 
acerca da responsabilidade que há nas práticas cotidianas de 
opinar a partir de hipóteses, assumir o interesse de validar 
sua opinião, considerando-a como um ponto de partida a uma 
investigação que se respalde em uma verdade e, assim, possa 
se transformar em uma tese. 
Também é importante entender o roteiro das reflexões 
e atividades. Faremos um percurso no qual conceitos que 
subjazem à tese serão tratados – fato, opinião, hipótese, 
verdade, argumento. Enquanto esses conceitos vão sendo 
estudados, a palavra “tese” irá aparecendo sem que se 
faça sobre ela exatamente considerações mais profundas e 
detalhadas, mas tudo se encaminhará para ela. 
É preciso atentar para o fato de que todos esses conceitos são 
amplos e complexos. O modo de tratá-los aqui é resultado de 
uma seleção entre inúmeros estudos, feitos por vários filósofos 
ao longo do tempo, de forma a permitir ao nosso estudante 
entender o funcionamento de uma tese, como construí-la e 
desenvolvê-la. 
Trata-se de reflexões para a formação ética, educacional e 
cidadã, indo de encontro a um momento em que é comum a 
emissão de opiniões carentes de leitura e de argumentação 
com ares de que têm algum respaldo, revestindo-se, muitas 
vezes, de falsas verdades. 
Sendo assim, esses exercícios incidirão sobre a produção de 
textos escolares em que se fizer necessário opinar, argumentar, 
justificar, etc; a responsável emissão e recepção de pontos de 
vista nos meios de comunicação, como Facebook, WhatsApp 
e Instagram; a atuação discursiva comprometida nos mais 
diversos momentos do cotidiano. 
As primeiras atividades propostas nesse módulo objetivam 
promover uma aprendizagem mais sólida. Nesse momento, 
passaremos à análise de um texto, tomando como objeto 
o que dele se pode extrair como fato, opinião, hipótese, 
argumentação, verdade e tese. Esses conceitos se entrelaçam, 
e nossa forma de fomentar sua compreensão é tratando de 
ensinar o(a) aluno(a) a aprender que uma opinião tem origem 
em uma hipótese e que, caso essa hipótese se respalde em 
argumentos plausíveis, associados a certa verdade, torna-se 
uma tese. Esse é o roteiro que seguiremos, para o que se faz 
necessário sua mediação, dada a sutileza dessas relações. 
Além disso, conceituar é uma forma de estabelecer o 
raciocínio que se vai seguir, impedindo que haja controvérsias 
desnecessárias. Os conceitos que desenvolveremos no decorrer 
de nossos estudos atendem ao nível do Ensino Médio e servem a 
nossos propósitos de ensinar a aprender a produção e a análise 
da consistência de opiniões e encaminhamento para a tese, 
respaldando-se na verdade. Nos dias de hoje, quando qualquer 
hipótese se arvora em falsas verdades, em que opiniões valem 
como tese, a atividade é fundamental. Para iniciar nossos 
estudos, vamos tratar do texto “Fome no Brasil”, um registro 
de memórias da Rede Globo.
Professor(a), não deixe de passar algumas das reportagens 
da série “Fome no Brasil” para os alunos, pois seria muito 
enriquecedor para o desenvolvimento da capacidade 
deles de estabelecerem hipóteses, darem opiniões, 
procurarem verdades que se constituam em argumentos. 
Sendo assim, sugerimos que promova uma sessão audiovisual, 
para que os alunos se inteirem melhor do que está sendo 
tratado. Porém, faça essa apresentação somente depois de 
resolvida a letra E, pois ela solicita ao aluno que estabeleça 
hipóteses e formule uma opinião para a causa de tamanha 
miséria e que faça pesquisa em busca de informações que 
validem ou não sua opinião. A reportagem é uma dessas fontes 
de informação. Outras também podem contribuir. 
Nesse momento, apresente alguns episódios da reportagem 
como estratégia para melhor atingir os objetivos da aula, bem 
como para promover a conscientização sobre a história recente 
do Brasil, quando, há cerca de 20 anos, 300 crianças morriam 
de fome por dia neste país. O assombro com esse número, 
insistentemente denunciado na reportagem, deve provocar 
empatia e conscientizar sobre as conquistas dos governos 
democráticos por meio das políticas públicas e várias outras 
ações governamentais e civis.
No tópico “Verdade”, é trabalhado o texto “Por que ‘opinião não 
é argumento’, segundo este professor de lógica da Unicamp”. 
Nesse momento, professor(a), aproveite para trabalhar a 
ideia de falácias. Peça aos alunos que pesquisem as falácias 
mais conhecidas e proponha um debate em grupo. Ainda com 
o objetivo de promover o desenvolvimento da capacidade de 
leitura e análise do aluno, o exercício de aprendizagem 02 exige 
a diferenciação de fato e opinião. 
Em seguida, é indicado um vídeo da campanha “Agro: 
a Indústria-Riqueza do Brasil”. Essa atividade amplia o estudo 
do conteúdo, que deixa de ser analisado apenas no escrito e 
passa a ser trabalhado no imagético e sonoro. Professor(a), 
é importante reforçar a relevância dessa análise, uma vez que 
os alunos lidam com esse tipo de conteúdo cotidianamente. 
Para fomentar as discussões, são apresentados os objetivos 
2 e 15 da Agenda 2030, pois eles estão, em alguma medida, 
relacionados ao assunto discutido com base no vídeo. 
Professor(a), explore o tópico “Verdade e tese x Senso 
comum”, pois essa diferencição é fundamental para desenvolver 
o senso crítico do aluno. Além disso, o senso comum é um dos 
principais erros cometidos pelos alunos na escrita da redação. 
O texto “A viralização do senso comum” é um ótimo conteúdo 
para trabalhar esse conteúdo.
Os dois QR Codes indicados visam à extrapolação da teoria, 
uma vez que incentivam o aluno a identificar informações 
muitas vezes negligenciadas quando o assunto é conteúdo de 
Internet. Ao exigir que o aluno reconheça os enunciadores e 
responda qual é a fonte confiável, a atividade o leva a refletir 
sobre a importância de verificar a veracidade de um conteúdo 
antes de consumi-lo ou compartilhá-lo. 
Enfim, a definição de tese é apresentada. Perceba, 
professor(a), que foi proposto um caminho de conceitos e 
reflexões para que o aluno construa uma base e compreenda 
de fato o que é a tese e por que ela é tão importante em um 
texto, sobretudo dissertativo-argumentativo.
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14 Coleção 4V
O exercício de aprendizagem 03 é fundamental para concluir 
o conteúdo desenvolvido. Explore-o detalhadamente com os 
alunos (e extrapole-o, se achar necessário). Após a leitura 
atenta da 1ª defesa, destaque o esquema apresentado. Volte 
ao texto sempre que precisar e oriente os alunos nas resoluções 
das A e B. 
móduLo – C 01 
Recursos Coesivos
No módulo 1 será estudada a coesão textual. Nesse estudo, 
colocamos em evidência os recursos coesivos disponíveis no 
idioma, organizados basicamente em referenciais, sequenciais e 
lexicais. É importante, na salade aula, fazer a leitura dos textos 
sugeridos no módulo e repetir as explicações apresentadas. 
Mostrar os pontos de convergência e de divergência entre os 
recursos e a importância de esses mecanismos estarem nos 
textos, garantindo uma articulação fluida, diversificada, que 
propicia uma leitura corrente e agradável, sem malabarismos 
linguísticos e sem cansar o leitor. Quanto às convergências, 
por exemplo, fazer o aluno enxergar que a coesão lexical e a 
referencial trabalham a substituição, porém divergem quanto 
ao sentido: a primeira preconiza a identidade semântica 
entre substituído e substituidor; na segunda, a identidade se 
constrói na relação entre o substituído e o referente. A coesão 
sequencial, por sua vez, está mais nos recursos propriamente 
linguístico-gramaticais, ou seja, na formalidade do idioma – 
estruturação sintática da frase. 
No segundo momento do módulo, dedicamo-nos ao estudo 
dos pronomes e procuramos fazer, devido à importância 
desse assunto, uma explanação mais teórica. Reservamos a 
análise semântica para o momento das explicações dos textos 
ilustrativos. 
Convidamos você, professor(a), a focalizar os conflitos que 
existem entre o formal e o informal, ou seja, entre o que 
prescreve a norma e o que de fato o falante emprega. Observar 
isso, sobretudo quanto aos pronomes oblíquos, destacando 
as trocas das funções entre sujeito e objeto e quanto ao uso 
dos relativos, sobretudo no que se refere à regência (ausência 
de preposição, na forma coloquial, antes do relativo, mesmo 
quando o verbo é transitivo indireto). Esse tipo de abordagem 
leva o aluno a reconhecer os lugares de fala (oralidade) e tende, 
com isso, conscientizá-lo sobre a importância de, na escrita, 
o rigor ser mais presente por questões obviamente semânticas. 
Na escrita, o contato não é tão direto entre os interlocutores. 
Indique aos alunos a videoaula que objetiva familiarizá-los às 
funções dos pronomes relativos e capacitá-los ao correto uso 
desses pronomes.
móduLo – C 02 
Verbos, oração e seus Termos
Nesse módulo, apresentamos uma seção dedicada à 
morfologia, para tratamos dos verbos, e outra destinada 
à sintaxe, para abordar o estudo do período simples – 
os termos da oração. 
Na parte dos verbos, é necessário antecipar noções sintáticas 
explanando a transitividade verbal e as vozes verbais. Por isso, 
aconselhamos que, em sala de aula, professor(a), seja feita uma 
diferenciação entre o que é morfologia e o que é sintaxe; a saber, 
um estudo vertical (paradigma) e outro horizontal (sintagma). 
Mostre, por exemplo, que um verbo no infinitivo pode assumir, 
na sintaxe, a função de sujeito (exercida principalmente 
por substantivos). 
Ainda com relação à seção destinada aos verbos, é preciso se 
precaver para não transformar esse estudo num mero decorar 
de flexões modo-número-temporais. Sugerimos, então, o uso 
de outros textos em sala, para além dos já disponibilizados no 
livro. Por exemplo, a música “João e Maria”, de Chico Buarque, 
em que a aparente incoerência do advérbio “agora”, seguido da 
flexão do verbo “ser” no pretérito imperfeito e do verbo “falar”, 
cria um efeito semântico muito interessante. Introduz-se, com 
essa quebra, um universo lúdico, típico das narrativas infantis. 
Como se o eu lírico recorresse a esse universo fantástico como 
fuga ou como lugar de denúncia acerca de uma realidade social 
hostil. A depender da disponibilidade de carga horária, você 
pode abordar o contexto histórico da música. A letra é um 
poema narrativo e, assim como as narrativas, o tempo verbal é 
flexionado no passado. Além disso, a canção apresenta flexões 
no modo subjuntivo (“que o faz de conta terminasse assim”) 
e no modo imperativo (“Vem, me dê a mão”), o que significa 
ser rica em detalhes verbais e em possibilidades semânticas 
dessa classe de palavras, além da coexistência de elementos 
formais e informais – uso da segunda pessoa do imperativo 
“vem (tu), convivendo com a variação “você” (seu).
Professor(a), sugerimos focalizar a importância dos pretéritos 
nas narrações, visto que os gêneros dessa categoria tipológica 
priorizam a convivência dos diferentes tempos do passado, 
justamente para marcar anterioridade, concomitância e 
posterioridade. Aqui, faz-se importante distingui-las das 
sequências predominantemente descritivas, em que os verbos 
sinalizam apenas concomitância. A partir disso, levamos o aluno 
a perceber que narrar difere-se do descrever, na marcação 
verbal, em que: nos primeiros há um antes, um durante e um 
depois; no segundo, há apenas o durante. O uso de textos 
narrativos, como contos, fábulas, crônicas, poemas narrativos, 
é muito importante para que os verbos façam sentido para os 
alunos, ganhando o protagonismo que essa classe de palavras, 
base do sentido da oração, merece no idioma. Indique aos 
alunos a videoaula em que são trabalhados os termos que se 
ligam ao verbo nas orações.
Saindo dos verbos, chegamos ao estudo do período simples. 
Um terreno fértil na língua, pois as bases da comunicação 
e da elaboração de um pensamento comunicativo mais 
completo e sofisticado estão na construção dos períodos e na 
hierarquização típica destes. Fértil, sim, porém traumático para 
a maioria dos estudantes. Muito desse trauma deve-se a um 
ensino baseado no mero decorar de regras, na simplificação 
equivocada de conceitos por meio dos famigerados “macetes” 
e nas provas que cobram sutilezas escorregadias as quais não 
preconizam a construção de significados. 
Reconhecemos a dificuldade de o ensino desse conteúdo 
não passar por uma teoria mais cansativa ou desgastante. 
É necessário, porém, focalizar bastante nos conceitos e na 
hierarquia da função dos termos da oração nas orações. 
Isso porque o período simples é a base para a compreensão de 
outros conteúdos inquestionavelmente importantes, a saber, 
a pontuação, a crase, a concordância e o período composto. 
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Manual do Professor
15Bernoulli Sistema de Ensino
Para esse tópico, sugerimos seguir, com rigor, os conceitos 
apresentados conforme estão no livro. Procuramos fugir 
de macetes, como perguntar ao verbo “o que” ou “de que” 
para encontrar a transitividade, ou como passar o sujeito 
para o plural para verificar se de fato é sujeito. Focalizamos, 
entretanto, nos conceitos, o que é objeto, o que é sujeito, 
o que é verbo intransitivo, etc., procurando fazer o aluno 
perceber que, entendendo o conceito, é possível interpretá-lo 
em contextos diferentes. Por exemplo, um verbo transitivo num 
contexto pode ser intransitivo noutro. Isso endossa o fato de 
a língua ser dinâmica, viva e moldável. Um fato que enriquece 
as possibilidades de construção de sentido e, portanto, 
de comunicação. Indique aos alunos a videoaula sobre os 
termos ligados ao nome.
móduLo – d 01 
Textos Literários e Figurativos: 
Principais Figuras de Linguagem 
Professor(a), antes de iniciar o estudo das principais 
figuras de linguagem, discuta em sala de aula a função da 
literatura na escola e na vida em sociedade, ressaltando 
que ela não deve ser reduzida a uma disciplina ou conteúdo 
que se deve dominar para passar em provas e exames. 
Destaque sua função social e sua influência na vida humana no 
decorrer dos séculos. Para isso, além dos tópicos apresentados 
no caderno principal, leia e discuta com os alunos o texto 
“O direito à literatura”, de Antonio Candido, facilmente 
recuperável online. Esse referido texto possibilita a discussão da 
importância da literatura na formação da humanidade e também 
recupera, de forma exemplar, as funções do texto literário. 
Acerca do conteúdo referente às figuras de linguagem, 
lembramos que, no material, há um recorte proposital das 
principais figuras, portanto, não há um esgotamento delas, 
cabendo ao(à) professor(a) introduzir outras, se julgar 
necessário. Ademais, as figuras sonoras, para efeito didático, 
serão analisadas juntamente ao gênero lírico a fim dedeixar 
claro ao estudante que elas operam na construção do sentido 
dos textos e, por isso, devem ser vistas de forma conjunta. 
O estudo desses recursos estéticos é fundamental para que 
o estudante alcance embasamento teórico que lhe permita 
perceber os aspectos semânticos de um texto, proporcionados 
pela utilização de recursos sonoros e visuais. Portanto, 
é importante que você, professor(a), procure explorar exemplos 
que sejam significativos nesse aspecto, ressaltando como os 
componentes estéticos dos textos, especialmente dos poemas, 
são conscientemente empregados pelos autores na construção 
de sentido.
Demonstre a presença da antítese nos textos do Barroco, 
que são marcados por várias dualidades: sagrado x profano, 
espiritual x carnal, luz x trevas, Deus x diabo, etc. Após fazer 
isso com os textos literários, demonstre como a pintura barroca 
expressa a antítese pelo jogo de luz (nas imediações dos espaços 
em que se encontram a Virgem e Cristo) e sombra (espaços 
da tela que marcam o distanciamento do que e de quem se 
encontra longe das figuras sagradas). Nas obras de Rubens e 
de Caravaggio, você pode facilmente encontrar tais exemplos.
Crie exemplos para que os alunos possam diferenciar a 
catacrese (sentido único e concreto) da metáfora (vários 
sentidos, portanto, termo polissêmico, dotado de um caráter 
mais subjetivo). Contraponha exemplos como cabeça de cebola, 
cabeça de prego, cabeça de fósforo x cabeça de bagre, cabeça 
de vento.
Demonstre, com base nisso, a oposição entre a catacrese e 
a metáfora. Ao estudar a ironia, demonstre a presença dessa 
figura de linguagem nas produções paródicas. Além disso, você 
poderá fazer uma seleção de charges e tirinhas nas quais a 
ironia é um recurso recorrente. Indique aos alunos a videoaula 
que trata dos vários sentidos que podem ser atribuídos às 
palavras nos diferentes contextos em que são utilizadas.
Por fim, recomendamos que esse módulo seja sempre 
relembrado ao longo dos demais, pois é de fundamental 
importância que as figuras de linguagem e outros recursos 
estilísticos sejam considerados na leitura dos textos literários 
que vocês farão ao longo do ano. 
móduLo – d 02 
os Gêneros Literários: Gêneros 
épico, dramático e Lírico
Professor(a), você poderá explicar os elementos estruturais 
de cada gênero trabalhando com as adaptações de um romance 
ou novela para o teatro ou cinema. Por meio dessa prática, o 
aluno perceberá como ocorre a substituição do método narrativo 
pelo processo dramático, constituído pelos diálogos. No capítulo, 
são mencionadas as novelas Decameron e Satiricon, ambas 
são facilmente encontradas em vídeo e podem exemplificar 
essa transição da linguagem épica para a dramática. Caso você 
opte por trabalhar com contos, vários já foram adaptados para 
a linguagem fílmica, como Primeiras estórias, de Guimarães 
Rosa, na versão feita por Pedro Bial, em que os contos são 
desmembrados em pequenas narrativas dentro do longa 
metragem Outras estórias (1999). No site Porta Curtas 
Petrobras (<http://www.portacurtas.org.br>), você encontrará 
várias adaptações de contos de autores brasileiros, como Clarice 
Lispector (Clandestina felicidade, 1998), Caio Fernando Abreu 
(Sargento Garcia, 2000), Rubem Fonseca (Hildete, 2006), Luiz 
Vilela (Rua da amargura, 2003), entre outros. Como critério 
comparativo, é relevante evidenciar a concisão narrativa 
presente em ambos os suportes (conto e curta).
Além disso, é relevante lembrar o fato de que os elementos 
da narrativa foram destacados no capítulo do gênero épico 
por serem eles elementos constituintes da maioria dos 
textos narrativos contemporâneos. Convém estabelecer essa 
associação para o aluno, de forma que este compreenda 
que o gênero épico é recorrentemente usado como sinônimo 
de gênero narrativo e que conhecer esses elementos é 
fundamental para ler esse tipo de texto. É fundamental, ainda, 
que o estudante perceba como as escolhas de um autor não 
são aleatórias ou gratuitas, mas repletas de sentido. Ter a 
consciência do porquê da escolha do foco narrativo, do espaço, 
do tempo, da montagem das personagens é tarefa de todo 
leitor eficiente no processo de interpretação textual. Nesse 
módulo, procura-se demonstrar como esse processo ocorre 
não só na literatura, mas em diversas manifestações textuais 
(reportagem, ensaio, artigo, discurso político, etc.) e até em 
cenas do cotidiano, em diálogos do dia a dia.
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16 Coleção 4V
Assim, todos nós somos personagens e narradores em 
todos os instantes, e, por isso, ter noção de nosso “papel” é 
uma tarefa frequente e necessária ao longo da vida. Portanto, 
professor(a), demonstre a aplicabilidade constante de teorias 
literárias na realidade em que o aluno está inserido, de forma 
que o saber literário não pareça fútil nem seu uso restrito ao 
dia de uma prova ou de um concurso.
O tópico relativo aos discursos foi estruturado com base em 
exemplos. Ao trabalhá-lo em sala, induza o aluno a relacionar 
a teoria aos fragmentos literários estudados. Os exemplos no 
corpo do módulo aparecem como uma amostragem inicial; será 
preciso que você dê continuidade ao processo de assimilação 
do conteúdo na parte dos exercícios, para que realmente a 
matéria seja compreendida pelo estudante.
Sugestões:
•  Explicite que todo discurso é construído a partir de um 
ponto de vista, de uma voz enunciadora que relata os 
episódios por sua perspectiva. Encontre uma mesma 
cena que possa ser analisada por dois ou mais ângulos. 
Assim, o aluno poderá reconhecer a parcialidade de todo 
o relato.
•  Demonstre para o aluno como a metalinguagem na prosa 
muitas vezes é empregada para conferir veracidade ao 
relato do narrador, a fim de obter a compreensão do seu 
interlocutor. Ressalte o valor do diálogo entre narrador 
e leitor como uma forma persuasiva da voz narrativa 
para que ambos compactuem com o mesmo ponto de 
vista.
•  Saliente,  ao  longo  do  estudo  das  classificações 
das personagens, como as caricaturas e os tipos 
de personagens encontram-se também no gênero 
dramático, mais especificamente nas comédias. 
Além disso, você pode lembrar os alunos como o 
Realismo e o Naturalismo exploraram a construção de 
personagens-tipo com o intuito de se comprovar uma 
tese. Nessas escolas literárias, predomina a concepção 
de que o homem é um produto do meio, portanto, 
a individualidade é apagada em detrimento de uma 
identidade coletiva determinada pelas relações sociais.
•  Distinga  o  discurso  direto  (fala  da  personagem)  do 
indireto livre (pensamento da personagem expresso 
pelo narrador). Peça aos alunos que visualizem a cena 
e respondam se a personagem está falando naquele 
contexto ou apenas refletindo. Esse exercício facilita 
a diferenciação entre discurso direto e indireto livre, 
principalmente nas narrativas contemporâneas, que 
não empregam os tradicionais sinais de pontuação para 
marcar os discursos.
•  Estimule  os  alunos  a  passar  os  textos  do  discurso 
direto para o indireto, de forma que eles possam ter 
maior compreensão sobre as particularidades de cada 
um e consigam perceber o trabalho linguístico feito 
com os verbos e com os pronomes nesse processo de 
transmutação de um discurso para outro.
•  Associe  o  discurso  indireto  livre  na  literatura  ao 
movimento da câmera no cinema ou na televisão. 
Leve algum trecho de filme ou de telenovela em que o 
ponto de vista da câmera (que corresponde ao narrador 
na prosa) funde-se à visão do ator (personagem). 
Cenas em que aparece uma personagem alcoolizada 
exemplificam bem o caso, pois é muito comum, 
primeiramente, mostrá-la caminhando “tonta” (câmera 
distanciada, como o narrador de terceira pessoa) e, 
em seguida, após a sua queda, tudo aparecer girando 
(o espectador reconhece que a imagem que vê é a do 
próprio olhar do bêbado). Assim, o ponto de vista da 
câmera funde-se ao ponto de vista da personagem, 
da mesma forma que, na prosa, o ponto de vista do 
narrador onisciente

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