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Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
1 
Radiografia em pediatria 
Radiografia é apenas exame complementar. Em odontopediatria só fazemos radiografia quando é realmente 
necessário complementar o diagnóstico. Isso minimiza a quantidade de radiação do paciente e os custos. 
Quando as células estão em processo de divisão e metabolismo intenso é que são mais susceptíveis aos efeitos 
danosos dos raios-X. As crianças tem maior susceptibilidade por estarem em fase de intensa divisão celular. A 
mãe sempre tem que ajudar no momento da radiografia, e é interessante saber se ela está grávida. 
A natureza de todos os raios é a mesma, a diferença é o comprimento de onda. Quanto menor o comprimento 
de onda de um raio, mais penetrante ele é. O raio X tem um comprimento de onda capaz de atravessar os 
tecidos e mostrar uma imagem em um filme. 
 
PROTEÇÃO AO PACIENTE 
• Utilização de aventais de chumbo. O avental deve tampar as gônadas e a tireoide, obrigatoriamente, pois são 
tecidos de metabolismo elevado. 
• Correta indicação de técnica para evitar a necessidade de repetir a radiografia. 
• Correta execução da tomada radiográfica para não ter que repetir a radiografia. 
• Correto processamento do filme. 
• Explicação efetiva de tudo o que vai acontecer para o paciente. “Tell, show, do”. 
• Seguir o tempo de exposição e indicações recomendadas pelo fabricante. Na pediatria o tempo de exposição 
SEMPRE será 0,4 porque a criança tem graus de mineralização óssea diferentes dos adultos. 
Velocidade do filme: o filme é envolvido por uma película de acetato e uma gelatina que é uma emulsão 
contendo grânulos de prata. Quando os grânulos de prata recebem a radiação, dependendo da quantidade, 
dará tonalidades diferentes à radiografia. Quanto maior os grânulos de prata, menor a quantidade de radiação 
necessária, então, maior é a velocidade do filme. Porém, quanto maior é esse grânulo, menor a nitidez da 
imagem. O filme ecta speed tem um equilíbrio de tamanho de grânulos de prata que consegue equilibrar 
nitidez e velocidade. É o filme tipo E, mais encontrado no mercado. 
 
• O tempo de processamento é feito com o método olhômetro. Vai mergulhando no revelador e olhando o 
filme até ver alguma coisa. 
• Proteção ao operador: cada vez que o raio bate em um anteparo aumenta seu comprimento de onda e fica 
menos penetrante. O chumbo é o metal de escolha por ter peso atômico maior, ou seja, mais massa para barrar 
os raios X. Por isso devemos ficar atrás da porta. Após terminar de fazer a radiografia deixar o aparelho 
apontado para a parede, nunca para a porta. 
 
TÉCNICA PERIAPICAL 
• Indicações: - Nódulos e calcificações pulpares 
- Fraturas 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
2 
- Anomalias 
- Reabsorção interna e externa 
- Alterações periapicais 
- Relação dos germes do dente permanente com o dente decíduo e a cronologia de mineralização 
e erupção dental – muito importante na pediatria. O dente permanente aparece na boca quando 
tem 2/3 de formação radicular. 
- Forma e número de raízes e condutos radiculares 
- Dentes inclusos e sua formação intra-óssea 
 
• Pontos de referência: - Maxila: 1. Molares: ponto de intersecção formado pela linha que passa atrás do canto 
externo do olho e o plano de camper. 
2. Pré-molares: ponto de interseção da linha que sai do centro da pupila e o 
plano de camper 
3. Canino: asa do nariz 
4. Incisivos: ápice do nariz 
 
- Mandíbula: 0,5cm acima da borda da mandíbula, estando o foco centralizado na área a 
ser radiografada. 
 
 
 
TÉCNICA DA BISSETRIZ 
 
Não usamos posicionador, então a técnica da bissetriz será a 
técnica de escolha. 
 
Essa técnica leva em consideração a bissetriz formada pelo ângulo 
formado entre o longo eixo do dente e o longo eixo do filme. O raio 
central emitido pelo aparelho radiográfico deve ser perpendicular 
à bissetriz. 
Desde que essas regras sejam seguidas, a imagem radiografada 
guarda as mesmas proporções do objeto radiografado. 
 
A implantação do dente decíduo no osso alveolar é perpendicular 
ao solo. A do dente permanente é vestibularizado. Isso faz 
diferença na hora de traçar a bissetriz. 
 
• Para crianças que não conseguem segurar o filme: 
- Região anterior: a criança morde o filme e o foco é direcionado para o mento ou ponta do nariz. 
- Canino: a criança morde o filme e o foco é direcionado para a base da mandíbula. 
- Região superior posterior: dobrar o filme; a criança morde na parte dobrada. Colocar um rolete de algodão na 
parte do filme voltada para o dente. 
 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
3 
TÉCNICA INTERPROXIMAL (BITE WING) 
 
O plano de Camper deve ficar paralelo ao solo. Angulação vertical para dentes posteriores 8°. A angulação 
horizontal deve ser tal que o feixe central fique paralelo as faces proximais. 
 
• Indicações: - Lesões iniciais de superfícies interproximais 
- Lesões oclusais 
- Lesões reincidentes 
- Relação lesão-câmara pulpar 
- Adaptações de restaurações diretas e indiretas 
- Restabelecimento de pontos de contato 
 
 
RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS 
 
Usada para ver relações de dentes com outras estruturas anatômicas. Ausência de detalhes. 
 
• Indicações: - Pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais e supranumerários 
- Delimitação, localização e determinação de grandes áreas patológicas da maxila e da mandíbula 
- Fraturas ósseas dos maxilares 
- Extenção de fendas palatinas 
- Cálculos salivares no conduto de Warton 
 
 
INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA 
 
- Rompimento do saco pericoronário: extração do dente decíduo para preservar o dente permanente. 
- Lesão de furca: lesão da região óssea que fica entre as raízes, porque o soalho da câmara do dente decíduo é 
fino e permeável deixando passar os produtos da necrose, criando a lesão. 
 
Quando há extração precoce o dente demora mais a erupcionar: essa é uma verdade parcial. Essa afirmação 
considera que a falta do dente decíduo deixa uma quantidade de osso sobrejacente ao permanente maior, e 
que esse dente deve ter maior força de erupção para romper esse osso. 
 
 
 
Adaptação comportamental do paciente em odontopediatria 
 
O comportamento da criança sofre influências: 
 - Da personalidade da criança 
 - Da família 
 - História médica e odontológica e experiências prévias. 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
4 
 
- Buscar o paciente na sala de espera sem paramentação. 
- Comportamento do dentista: usar uma linguagem que o paciente entenda. Não exagerar na mensagem. 
 
 
A EQUIPE ODONTOLÓGICA 
 
- Recepcionista – fará o 1º contato 
- Seria interessante uma 1ª orientação (por telefone mesmo) 
- A maneira como são dadas as boas vindas 
- O dentista vai buscar a criança na sala de espera 
- O auxiliar também terá papel importante 
- O cuidado com as falas 
 
 
RECEBENDO A CRIANÇA 
 
- Sem equipamento (gorro, máscara, luva e óculos) 
- De forma agradável de acordo com a idade trabalhada 
- Responsável e Criança 
 
 
COMPORTAMENTO DO DENTISTA 
 
O dentista precisa dominar a técnica, mas se ele não conseguir manter comunicação e domínio da situação, 
toda a sua técnica será inútil na eficácia do tratamento de crianças. 
 
 
COMUNICAÇÃO 
 
- Diálogo 
- Timbre de voz 
- Expressão facial 
- Linguagem corporal 
 
3 Bases da comunicação 
- “Eu vejo você como um indivíduo e atenderei suas necessidades como tal” 
- “Eu estou preparado e qualificado para te atender” 
- “Eu sou capaz de te ajudar e não farei nada para te ferir desnecessariamente” 
 
 
 
AS REAÇÕES DAS CRIANÇAS PODEM SER INFLUENCIADAS 
 
- Pela idade. 
- Pelo nível cognitivo – avaliar se a idade cronológica é compatível com a faixa etária. 
- Pelo temperamento e personalidade. 
- Ansiedade e medo – observar a respiração da criança, pois o medo deixa a criança ofegante. 
- Reação ao desconhecido – mudar de dentista ou ir ao dentista pela primeira vez. 
- Experiências prévias. 
- Ansiedade materna.Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
5 
DEMONSTRAÇÕES DE ANSIEDADE 
 
- Choro 
- Ir ao banheiro repetidamente 
- Querer cuspir a toda hora 
- Conversar demais 
- Fazer xixi na cama na noite anterior 
- Atrasar propositalmente para a consulta 
→ Demonstrações de ansiedade influenciam no tratamento. Devemos planejar sessões mais curtas e fazer 
procedimentos mais simples primeiro. 
 
 
FONTES DE ESTRESSE 
 
- Morte de um dos pais 
- Morte de um amigo 
- Morte de animais de estimação 
- Divórcio dos pais 
- Casamento de um dos pais 
- Nascimento de um irmão 
- Mudança de casa 
- Mudança de cidade 
- Mudança de situação financeira 
 
 
O MEDO 
 
• Medo objetivo: ligado à questões de saúde 
 - Direto: trauma ocorrido em tratamento odontológico anterior. 
- Indireto: trauma ocorrido em situações semelhantes, algum profissional de saúde, como médicos, 
vacinas, etc. 
 
• Subjetivo: medo adquirido por relatos de terceiros. 
 
Quando o paciente está ofegante por ansiedade, colocar a mão na barriga do paciente e pedir para que ele 
respire devagar. Pedir para o paciente imaginar que tem um balão dentro de sua barriga e que ele deve encher 
e esvaziar esse balão. A respiração fica mais lenta e o paciente se controla melhor. 
 
 
MECANISMOS PSICOLÓGICOS 
 
- Negação: fechar os olhos diante de uma situação difícil. 
- Projeção: vê no dentista a figura de outra pessoa (mãe, pai). 
- Introjeção: jogar as dificuldades para dentro de si (vômito, diarreia). 
- Regressão: retroceder no comportamento. 
 
 
LINGUAGEM NÃO-VERBAL 
 
O que o paciente não fala, mas o corpo dele demonstra. 
- Sobrancelhas levantadas 
- Testa enrugada 
- Pernas encolhidas 
- 1 perna pra fora da cadeira 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
6 
- Ombro levantado 
- Mãos apertando o braço da cadeira 
- Mãos dedilhando. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE FRANKL 
 
++ definitivamente positivo 
+ positivo 
- negativo 
-- definitivamente positivo 
 
 
COMPORTAMENTOS NORMAIS 
 
 Idade Comportamento 
0 a 3 Família núcleo 
Dificuldade separação 
3 Individualidade 
“Eu também” 
Fantasia 
4 Preferências 
Raciocínio 
Testam 
5 a 6 > concentração 
Preocupação com imagem 
6 a 12 Ser como o “grupo” 
Busca autoridade 
 
 
BARREIRAS 
 
- Atrasos no desenvolvimento 
- Traumas ligados à família 
- Incapacidade física ou mental 
 
 
PAIS NA CONSULTA? 
 
- Até os 3 anos a criança é atendida com a presença dos pais, porque a criança tem dificuldade de separação. 
- A presença da mãe pode às vezes auxiliar 
- A mãe precisa prestar informações na primeira consulta 
- O dentista precisa ganhar a atenção do paciente 
- Quem é a autoridade para a criança? Mãe ou dentista? 
- Estabelecer papeis apropriados dentista/criança 
- Comunicação eficaz: dentistas-pais-crianças 
 
 
PREDIÇÃO DO COMPORTAMENTO DOS PAIS E DA CRIANÇA 
 
- Pais superprotetoras: crianças mimadas e sem limites 
- Pais manipuladores: crianças que querem recompensa 
- Pais indiferentes e negligentes: crianças sem motivação 
- Pais exigentes: crianças tímidas e sem coragem 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
7 
 
 
RECURSOS BÁSICOS 
 
- Comunicação e linguagem linguística 
- Diga-mostre-faça 
- Controle da voz 
- Comunicação não-verbal 
- Reforço positivo 
- Distração 
 
• Abordagem linguística: - Buscar o paciente na sala espera 
- Apresentar o consultório ao paciente 
- Usar a linguagem de acordo com idade 
- Alguns procedimentos ganham nomes: 
 
• Diga-mostre-faça: - É uma técnica muito usada 
- Explicações verbais dos procedimentos (DIGA) 
- Adequar ao desenvolvimento da criança 
- Demonstrações para o paciente dos ruídos, do tato, do olfato sem ser ameaçador. 
(MOSTRE). 
- Faça o procedimento. 
- PODE SER USADA PARA TODOS OS PACIENTES! 
 
• Controle da voz: - Controlar volume, tom e ritmo da voz para influenciar e dirigir o comportamento da criança. 
- Objetivos da técnica: 
- Ganhar a atenção e cooperação do paciente 
- Prevenir o comportamento negativo 
- Estabelecer papéis apropriados na relação “adulto-criança”. 
 
• Comunicação não verbal: - Postura, expressão facial e linguagem corporal do profissional. 
- Objetivos: 
 Aumentar a eficácia de outras técnicas 
 Ganhar e manter a atenção e a cooperação do paciente 
 
• Reforço positivo: - Recompensar comportamentos desejados 
- Fortalecer o retorno do comportamento positivo 
- Reforço com palavras, abraços de toda a equipe 
- Reforço com lembrancinhas, balões. 
 
• Distração: - Desviar a atenção do paciente do que possa ser percebido como procedimento desagradável. 
- Montar a bandeja de instrumental fora do alcance do olhar do paciente. 
- Manusear seringas e agulhas fora do campo visual 
- Evitar comentários com o auxiliar e/ou professor que possam assustar o paciente. 
 
 
ESTABILIZAÇÃO PROTETORA 
 
- Contenção do paciente com munhequeiras de proteção para o paciente não se machucar. 
- Reduzir ou eliminar o movimento intempestivo 
- Proteger o paciente, a equipe e o dentista de qualquer ferimento. 
 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
8 
Promoção de saúde e de educação alimentar 
 
Alimentação saudável: alimentação diversificada, composta por diferentes grupos alimentares, que em conjunto 
e equilíbrio propiciam ao ser humano uma ingesta calórica ideal para o funcionamento do organismo. Existem 
situações que as pessoas tem excessos na alimentação e situações em que a pessoa tem restrições alimentares, 
seja por razões sociais ou razões psicossociais. 
 
 
PIRÂMIDE ALIMENTAR 
 
Proposta pela OMS. 
Existem grupos alimentares diferentes, e para que a alimentação forneça nutrientes necessários para o 
funcionamento do organismo, nós deveríamos consumir esses alimentos em diferentes quantidades. 
Na base da pirâmide estão os alimentos que devem ser ingeridos com maior proporção, e mais para o topo 
estão alimentos que devem ser consumidos com maior restrição. 
 
 
Cada grupo de macronutrientes nos fornece uma quantidade específica de Kcal. De acordo com a OMS, em 
termos de ingestão de proteínas, elas deveriam corresponder de 10 a 15% da ingestão calórica diária. Cada 
grama de proteína fornece em média 4Kcal. 
Os lipídeos devem corresponder de 25 a 30% da ingestão calórica diária, sendo que cada grama de lipídio 
fornece em torno de 9Kcal pro organismo, e devemos preferir os lipídios insaturados. 
 
 
CARBOIDRATOS 
 
Devem representar 55 a 60% do consumo diário. 
 
- Carboidratos intrínsecos: carboidratos naturalmente presentes nos alimentos. 
- Carboidratos extrínsecos: carboidratos extraídos dos alimentos. 
 
Entre todos os grupos de carboidratos, o mais prejudicial são os chamados açúcares livres. Mono e dissacarídeos 
adicionados aos alimentos e açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sucos de frutas e sucos de frutas 
concentrados. 
 
 
FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES 
 
A OMS preconiza pelo menos 5 ingestões diárias. 
https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi186jQrODaAhWEEJAKHaeHD0sQjRx6BAgBEAU&url=http://anaterranutri.blogspot.com/2012/08/conhecendo-nova-piramide-alimentar.html&psig=AOvVaw0RyPIETD5zT2TXuaRjVYxH&ust=1525121005039093
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
9 
Nessa contagem não se considera a batata e os sucos devem ocupar o lugar de apenas uma dessas porções. 
A OMS diz que em torno de 400g da nossa alimentação diária deveria vir de frutas, verduras e legumes. 
 
Quanto mais colorida e variada, mais saudável será a alimentação. A coloração dos alimentos significa que cada 
grupo de cores tem nutrientes específicos. 
 
 
POTENCIAL CARIOGÊNIC0 DA DIETA 
 
O consumo de açúcares livres deveria representar no máximo 10% do consumo calórico diário. Essa é uma 
recomendação firme da OMS. É recomendada a baixa ingestão de açúcares livres durante toda a vida. 
A recomendação condicional propõe uma redução ainda maior na ingestão de açúcares livres a menosde 5% da 
ingestão calórica total traria benefícios adicionais à saúde. 
 
 
FORMAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES 
 
A alimentação se inicia na infância e faz parte de um processo de aprendizado. Tudo isso faz parte do processo 
de socialização, onde os indivíduos adquirem conhecimento e habilidades que permitirão sua participação em 
grupos sociais e em comunidade. A alimentação está muito relacionada à essa questão. Temos fases nesse 
processo: 
1. Socialização primária: ocorre nos primeiros anos de vida. Passamos por processos fundamentais que 
criam normas de comportamento que tendem a permanecer na nossa vida. A mãe começa a introduzir 
alimentos na dieta da criança aos poucos. Para uma criança dizer que não gosta de um alimento, o 
mesmo deve ser oferecido a ela no mínimo 8 a 10 vezes. É nessa fase que são ensinados hábitos para a 
criança. Nesse processo existe a formação de normas que tendem a permanecer formando uma rotina. 
2. Socialização secundária: a criança passa a receber influências de outras pessoas que trazem novos 
componentes para a alimentação da criança. 
3. Socialização terciária: ocorre na fase adulta com novas influências na vida do indivíduo. 
 
A cultura do consumo de açúcar se desenvolve na infância e tem um papel fundamental da cultura familiar. 
Muitas vezes a mãe é quem introduz o açúcar na dieta da criança ao criar o hábito de adoçar mamadeiras. 
 
 
PAPEL DO PROFISSIONAL DE SAÚDE 
 
O profissional da saúde deve trabalhar em equipe. 
 
- Estratégia de alto risco: intervenção apenas no grupo afetado. O grupo não afetado por desconhecimento 
pode vir a se tornar afetado. 
- Estratégia do fator de risco comum: intervenção em toda a população. Forma de sensibilizar quem tem um 
problema e evitar que quem não tem venha a ter. 
 
Educação alimentar: intervenção individual ou coletiva visando a adequar a ingestão alimentar a níveis 
adequados para a promoção da saúde. Para a educação alimentar devemos entender que os hábitos 
alimentares são determinados precocemente e são altamente influenciados pela psicodinâmica. Os hábitos são 
determinados pelo ambiente próximo ao indivíduo e resultantes do estilo de vida estando relacionados com a 
variedade da natureza humana. 
1. Estabelecer rapport (canal de comunicação) 
2. Ganhar a confiança da pessoa com quem vai trabalhar 
3. Deixar o indivíduo à vontade 
4. Estimular a participação. Escutar sem interromper e manter o contato visual 
5. Dar informações simples 
6. Respeitar o nível de conhecimento 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
10 
7. Deixar as decisões para o indivíduo 
8. Mudanças claras e específicas 
9. Estabelecer metas 
 
 
 
AVALIAÇÃO E ORIENTAÇÃO DIETÉTICA 
 
- Preenchimento do diário dietético: anotar todos os alimentos ingeridos pela criança em 3 dias durante a 
semana. Anotar os horários de ingestão. Anotar os horários que a criança acordou e foi dormir. Anotar o 
consumo de medicamentos. 
 
- Processo de avaliação dietética: pedir para o responsável e a criança circularem os alimentos que eles acham 
que contém sacarose. Devemos deixar que os pais e a criança circulem os alimentos e nós só orientamos caso 
necessário. 
 
- Calcular o índice de consumo de sacarose: atentar para a consistência do alimento e para o momento de 
ingestão do alimento. 
 Alimentos líquidos ou não retentivos tem peso 1 
 Alimentos sólidos ou retentivos tem peso 2 
 Alimento com açúcar durante as refeições tem peso 1 
 Alimento com açúcar ingerido como um lanche ou entre as refeições principais tem peso 2 
→ Os pesos são multiplicados. Quando alimentos açucarados são consumidos em conjunto, 
consideramos apenas o alimento mais retentivo. Depois de multiplicados, somamos os alimentos. 
Fazemos a mesma coisa para os 3 dias e somamos os três, fazendo uma média simples. 
→ O valor aceitável é menor ou igual a 7. Acima desse valor, devemos trabalhar a dieta da criança. 
 
Com base nesses cálculos iremos discutir alternativas e estabelecer metas. É importante escrever as metas para 
os pais. 
 
 
ORIENTAÇÃO DIETÉTICA BÁSICA 
 
- Reduzir a frequência de ingestão de alimentos ácidos e que contenham sacarose. 
- Se a recomendação dietética do diário alimentar não puder ser seguido, o consumo de alimentos contendo 
sacarose deve ser restrito a 3 ingestas diárias apenas, preferencialmente durante as refeições principais. 
- Evite a ingestão de alimentos ácidos e/ou que contenham sacarose próximo ao horário de se deitar em virtude 
da redução da salivação. 
- Oriente mães a evitar a adição de conteúdos à mamadeira que não sejam leite. 
- Oriente as mães a introduzir o copo aos 6 meses e remover a mamadeira aos 12 meses 
 
 
DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E ADEQUADA 
 
1. Faça de alimentos in natura ou minimamente processados, a base de sua alimentação. 
2. Utilize óleos, gorduras e sal em pequenas quantidades. 
3. Limite o uso de processados. 
4. Evite o consumo de alimentos ultraprocessados. 
5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados, e, sempre que possível com companhia. 
6. Faça compras em locais com ofertas de alimentos in natura. 
7. Desenvolva, exercite e partilhe habilidades culinárias. 
8. Tenha tempo para alimentação. 
9. Dê preferência, quando for comer fora, para alimentos feitos na hora. 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
11 
Abordagem conservadora de lesões cariosas em odontopediatria 
 
DENTES DECÍDUOS E PERMANENTES 
 
- A distância mesiodistal é maior nos dentes decíduos 
- Nos dentes decíduos o colo do dente é mais estreito 
- O ponto de contato entre os dentes decíduos é mais próximo da cervical e entre os permanentes é mais 
próximo da oclusal. 
- Nos dentes decíduos a polpa é mais ampla em relação ao tamanho do dente. Como exemplo o corno 
mesiovestibular do primeiro molar decíduo, que tem pouco tecido duro. 
- As fóssulas e fissuras dos dentes decíduos são menos profundas. 
 
 
CLASIFICAÇÃO DE BLACK 
 
- Classe I: oclusal de molares e palatina de incisivos e caninos 
- Classe II: interproximal de posteriores 
- Classe III: interproximal de anteriores sem comprometimento do ângulo incisal 
- Classe IV: proximal de dentes anteriores com comprometimento do ângulo 
- Classe V: terço cervical das faces vestibular, lingual. 
 
Black dizia que é melhor expor a polpa de um dente do que deixa-la coberta por dentina amolecida. Essa 
filosofia é compatível com a extensão preventiva. 
 
 
INTERVENÇÃO MINIMAMENTE INVASIVA 
 
Atualmente evoluímos de uma intervenção tradicional usando alta rotação e baixa rotação para uma 
odontologia preventiva, ou seja, somos capazes de atuar na remineralização de lesões ativas, removendo menos 
tecido hoje em dia graças ao advento dos materiais adesivos e graças a evolução do desenvolvimento da 
cardiologia, que sabe que a parte da dentina infectada não é capaz de remineralizar, mas que a parte 
desmineralizada pode remineralizar. 
 
O prognóstico da cárie, seu tratamento e prevenção se baseia na clínica, com a educação do paciente, 
permitindo que ele seja o responsável pela sua própria saúde bucal. Não há como trabalhar com mínima 
intervenção sem a colaboração do paciente. 
 
Preservação do tecido dental sadio através de preparos e tratamentos restauradores minimamente invasivos. 
 
Em saúde, quando o paciente se torna capaz de cuidar da sua própria saúde, é chamado emponderamento. 
 
Tratamento restaurador não ajuda a prevenir cárie. No tratamento conservador trabalhamos com a prevenção, 
remoção dos fatores de risco e restauração quando necessário. 
 
Para um método diagnostico ser bom ele deve detectar a lesão cedo. O método diagnóstico mais usado é o 
exame clínico associado ou não à radiografia. 
 
Na abordagem minimamente invasiva precisamos fazer o controle de placa, fazer o controle da ingestão de 
carboidratos e açúcares. 
 
Educação do paciente: explicar a etiologia e métodos de prevenção colocando a responsabilidade no paciente. 
 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana12 
ART – TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO 
 
Remineralização de lesões não cavitadas com a aplicação de fluoretos e escovação. Também podemos lançar 
mão do selamento de fissuras no caso de lesões oclusais. O verniz usamos quando o paciente é de difícil 
controle ou possui alguma deficiência intelectual. 
 
Quando em lesões cavitadas devemos preservar estrutura dental sadia pela remoção apenas de estrutura 
friável. Remover a menor quantidade de tecido possível, usando uma broca compatível com o tamanho da 
lesão. 
 
Educar a família a controlar a dieta e fazer a higiene correta. 
 
 
• Quando precisamos lançar mão de um tratamento restaurador 
Existe uma camada grande de dentina desmineralizada passível de remineralização. A dentina que sai muito 
fácil com a colher de dentina, deve ser removida. A dentina que sai em lascas pode ser remineralizada. 
 
Dentro da abordagem minimamente invasiva surgiu o tratamento restaurador atraumático. 
 
Inicialmente o ART começou a ser realizado com CIV. Apenas depois de 1995 o ART começou a ser aceito no 
meio acadêmico. O ART visa: 
- Remineralização da dentina desmineralizada 
- Aprisionamento das bactérias restantes 
- Morte das bactérias por inanição 
A condição fundamental para a remoção parcial de tecido cariado e deixar a dentina desmineralizada passível de 
remineralização é que a lesão seja bem removida nas paredes laterais para haver uma melhor adesão do 
material. 
 
ART original: cavidade limpa com instrumento manual e restauração com CIV. Pressão digital após a inserção do 
material. Tratamento feito sob isolamento relativo. Após a aplicação de CIV passamos base de unha para evitar 
sinérese e embebição. 
 
ART modificado: remoção parcial de cárie dentária. Usamos CIV modificado por resina para restaurar, usamos 
brocas, isolamento absoluto e resina composta. 
 
ART é um TIPO de intervenção minimamente invasiva. Não é um tratamento provisório, apenas a durabilidade 
do CIV é menor. 
 
• Indicações do ART: 
- Pacientes com necessidade restauradora e muita atividade de cárie 
- Unidades com poucos recursos técnicos e financeiros 
- Crianças pouco colaborativas 
 
- Lesões cariosas que envolvem mais de uma face normalmente não optamos por CIV porque ele fratura com 
maior facilidade. 
 
 
ISOLAMENTO ABSOLUTO 
 
- Controla a umidade 
- Melhora as condições assépticas 
- Diminui o tempo de trabalho 
- Melhora o controle da situação e visibilidade 
- Impede o paciente de fechar a boca 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
13 
- Requer anestesia da papila 
- Na pediatria isolamos o mínimo de dentes possível. 
 
 
ISOLAMENTO RELATIVO 
 
- Na impossibilidade de fazer isolamento absoluto 
- Quando o dente está em erupção 
 
 
CIV 
 
- Biocompatibilidade 
- Baixa toxicidade 
- Coeficiente de expansão térmica próximo ao do dente 
- Liberação de flúor 
- Menor dureza superficial 
- Sofre desgaste com maior facilidade 
- Mais rugoso e poroso 
- Usar proteção para evitar sinérese e embebição 
- Para ser considerado definitivo depende da idade da criança para saber com qual idade aquele dente irá 
esfoliar. O CIV não pode ficar muito tempo na cavidade bucal, sua média de sobrevida é de até 3 anos. 
 
 
ESCOLHA DO MATERIAL RESTAURADOR 
 
- Tempo de permanência da restauração na boca 
- Grau de higiene do paciente 
- Estrutura dental remanescente 
 
 
CIV MODIFICADO POR RESINA 
 
Passos: 
1. Aplicação de ácido 
2. Primer 
3. Adesivo 
4. Inserção do material 
5. Gloss 
6. Polimerização 
 
 
REMOÇÃO DE TECIDO CARIADO 
 
1. Profilaxia prévia – pedra pomes e água. Não usamos pasta profilática porque ela diminui a adesão da 
resina. 
2. Remoção da dentina infectada 
3. Proteção pulpar quando necessário 
 
 
CIV 
 
Passos: 
1. Condicionamento com ácido poliacrílico em esmalte em dentina 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
14 
2. Enxaguar com água 
3. Secar com papel absorvente 
4. Espatular pó e líquido 
5. Aplicar o material 
6. Aplicar base de unha 
7. Pressão digital 
8. Ajuste oclusal 
9. Nova camada de base de unha 
 
O uso do ácido poliacrilico com o CIV químico não é obrigatório. Além disso, o CIV químico é superior ao CIV 
mofificado por resina na liberação de flúor. 
 
O mais importante em restaurações posteriores é selar a cavidade e evitar sobrecontornos. 
 
 
CONTRA-INDICAÇÕES DA RESINA COMPOSTA 
 
- Região subgengival 
- Reconstrução grande em dentes permanentes 
 
 
SLOT VERTICAL 
 
Usar o acesso pela face oclusal para remover uma lesão que se encontra na face proximal. No dente decíduo 
devemos tomar cuidado nessa técnica em virtude da menor espessura esmalte-dentina e maior proximidade 
com a polpa. 
 
 
SLOT HORIZONTAL 
 
Acesso pela região palatina para retirar cárie nas interproximais. 
 
 
CONDIÇÕES PARA FAZER SELANTE (PROVA) 
 
- De acordo com o risco de cárie 
- Indivíduos com alta frequência de ingestão de sacarose 
- Acúmulo de placa 
- Higiene deficiente 
 
 
PASSOS PARA O SELANTE RESINOSO 
 
- Limpeza do dente 
- Ácido 
- Lavagem 
- Dispensar o selante com microbrush evitando áreas de interferência oclusal 
- Fotopolimerizar 
- Checar se está bem adaptado 
- Ajuste de contatos com broca caso necessário 
 
 
CONDIÇÕES PARA O SELANTE 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
15 
- Dente em erupção 
- Lesão de cárie incipiente 
- Dentes selados com mais frequência são o primeiro e o segundo molar permanentes e às vezes o segundo 
molar decíduo. 
- Paciente com risco de cárie 
 
 
Anestesia local e controle da dor em odontopediatria 
 
Sempre observar a counicação não verbal e os sinais de ansiedade que a criança dá. 
 
RECURSOS PARA O CONTROLE DA DOR E ANSIEDADE 
 
Recursos não-farmacológicos Recursos farmacológicos 
Abordagem linguística Abordagem física 
Sugestão: 
1.a. Comunicação não verbal 
2.a. Reforço positivo 
Contenção física Anestesia Local 
Persuasão: 
2.a. Tell-show-do 
2.b. Distração 
Mão sobre a boca Sedação 
Anestesia Geral 
Coação moral: 
3.a. Controle da voz 
 Uso de drogas analgésicas e anti-
inflamatórias 
 
O recurso que mais usamos é a distração, pois a criança se distrai muito fácil. Isso deixa a criança relaxada. 
 
 
ANESTESIA LOCAL 
 
Perda da sensibilidade em uma área circunscrita do corpo pela inibição do processo de condução dos nervos. 
 
Indicação: qualquer procedimento clínico que possa causar dor. 
 
Contra-indicações: - Alergia a um dos componentes 
- Distúrbio de coagulação 
- Tratamento com medicamentos para hipertensão ou arritmia cardíaca (contra-indicação 
apenas para anestésicos que contem adrenalina) 
 
Segurança: - Respeitar a dose máxima, principalmente pra crianças que são pequenininhas. Dose máxima 
calculada sempre por peso. 
- Criança de 2 anos com mais ou menos 15kg = 1,5 tubetes. 
- Acertar na técnica porque a dose é muito pequena, e muitas vezes a anestesia não pode ser 
completada. 
- Injeção lenta para a criança sentir menos. 
- Uso de vasoconstritores: dificulta a absorção do anestésico pelo vaso, reduzindo a toxicidade e 
fazendo com que a anestesia dure mais. Além disso auxilia na hemostasia. 
- Conhecimento das condições de saúde do paciente 
 
Vasoconstritores: - Impedir a absorção sistêmica 
- Aumentar a duração da ação anestésica 
- Diminuir a toxicidade 
- Hemostasia local 
- Risco de reações cardiovasculares 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
16 
 
Anamnese: 1. Alergias – normalmente a primeira reação alérgica ao anestésico é empolar a pele. 
2. Alterações sistêmicas como diabetes ou cardiopatias 
3. Peso da criança que determina a dose 
→ Conhecimento das condições de saúde do paciente. 
 
Escolha do anestésico: - Eficiência 
- Segurança 
- Preferência do clínico 
- Procedimento (duração do procedimento) 
 
Duração: - Variação individual na resposta de acordo com o metabolismo 
- Precisão da injeção – quanto mais próximo do nervo, mais dura a anestesia 
- Estado do tecido no local – quanto mais vascularizado o tecido menor a duração do anestésico- pH – quanto mais baixo, menor é a duração da anestesia 
- Variações anatômicas 
- Técnica – de bloqueio ou infiltrativa. A técnica de bloqueio dura mais. 
 
 
ESCOLHA DO ANESTÉSICO 
 
DURAÇÃO CURTA MÉDIA LONGA 
Tecido pulpar 30 min 60 min 90 a 120 min 
Tecidos moles 2-3 hs 3-4 hs 12hs 
Formulação Lidocaína s/v 
Mepivacaína s/v 
Lidocaína c/v 
Prilocaínac/v 
Mepivacaína c/v 
Bupivacaína c/v 
A escolha padrão seria a Lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000. 
 
 
TÉCNICA ANESTÉSICA 
 
Cuidados pré e trans-operatórios: 
- Manejo da criança no pré-operatório deixando-a tranquila 
- Perguntar para a mãe sobre a experiência anterior com anestesias e vacinas para saber o que esperar 
- Estabelecer códigos de comunicação para quando a criança sentir algum incomodo 
- Explicar para a criança que será usado anestésico local e as sensações que ele provoca 
- As palavras usadas irão variar de acordo com o nível de compreensão da criança 
- Cuidado com as palavras: injeção, dor, picadinha, agulha. 
- Evitar que o paciente veja a agulha 
- Conhecimento anatomo-histológico 
- Preparação prévia dos instrumentais 
- Uso de agulha curta ou extra-curta 
- Estabilização da cabeça 
- Uso do abridor de boca SEMPRE, por mais que a criança tenha bom comportamento. 
- Ter sempre um ponto de apoio para a mão enquanto executa a anestesia 
- Evitar a re-injeção: depois que a seringa estiver na boca do paciente, não a retire. 
- A criança tem osso mais poroso que o adulto, isso faz com que o anestésico se difunda mais rapidamente. Isso 
dá a possibilidade de anestesiar dentes da mandíbula com técnica paraperióstea, o que é impossível em adultos. 
- Atender a criança mais deitada do que o adulto, pois isso dificulta movimentos bruscos e dificulta a 
visualização da agulha. 
 
 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
17 
ESCOLHA DA TÉCNICA 
 
- Depende do tipo de procedimento realizado 
- Depende das características clínicas da criança 
- Depende do hemiarco trabalhado 
- Depende da idade da criança 
 
 
ANESTESIA TÓPICA 
 
Dessensibilizar superficialmente a mucosa. Diminui a dor no momento da puntura da agulha. Pode ser usada 
para exodontia de dentes decíduos com a raiz totalmente reabsorvida. 
Não deve ser usada em regiões de úlcera, afta e herpes, pois na exposição de conjuntivo a absorção é muito 
maior. 
- Benzocaína: não é bom para anestesia infiltrativa, mas é ideal para anestesia superficial de tecido 
mole. 
Devemos secar a mucosa e controlar a salivação do paciente. Aguardar 2 minutos da aplicação do anestésico 
tópico. Lavar após a aplicação do anestésico tópico, porque senão quando fizermos a punção levamos ele para 
dentro do tecido. 
 
Explicar para a criança o efeito, a vantagem e o sabor do anestésico tópico. 
 
 
ANESTESIA INFILTRATIVA E COMPLEMENTAÇÕES 
 
Bloqueio dos ramos terminais 
- A solução é injetada até a intimidade dos tecidos ocorrendo a difusão no meio. Próximo a área onde queremos 
anestesiar. 
- Na maxila é possível anestesiar todos os dentes decíduos ou permanentes. É possível usar em mandíbula para 
crianças menores de 6 anos devido à trabeculagem óssea. 
- Iniciar o tratamento pela anestesia infiltrativa na região posterior da maxila porque a técnica doi menos. 
- O bisel deve ser voltado para o osso e o visor da seringa deve estar sempre visível. 
- Puncionar no fundo de saco próximo ao ápice do dente. Não tocar o periósteo. 
 
 
ANESTESIA INTRAPAPILAR 
 
Indicações: 
- Anestesia da mucosa palatina ou lingual 
- Colocação de grampo ou matriz. Por causa da constrição cervical dos decíduos o grampo sempre pega na 
gengiva. 
- Complementação em exodontia- 
- Exodontias em dentes com rizólise avançada 
- Auxiliar no bloqueio do nervo palatino maior ou do nervo palatino 
- Técnica: seringa e agulha perpendiculares ao longo eixo dente. Começar a injetar vagarosamente pela 
vestibular à medida que avança com a agulha até chegar na palatina, atravessando a papila. 
- Punção na vestibular da papila e aprofunda em direção à palatina/lingual – depositar o anestésico neste trajeto 
 
 
ANESTESIA INTRA-LIGAMENTAR 
 
- Técnica complementar usada em exodontia 
- O anestésico depositado no ligamento expande o ligamento e facilita a saída do dente 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
18 
- Agulha colocada no sulco gengival ao longo da raiz, paralela ao seu longo eixo. Introdução da agulha até 
encontrar resistência. Injeção lenta de pouca quantidade de anestésico. 
- A agulha ideal é a extracurta. 
- Duas anestesias por raiz, uma mesial e uma distal. 
 
 
BLOQUEIO REGIONAL OU TRONCULAR 
 
A principal é o NAI. Anestesia a distância da área a ser trabalhada. 
 
 
BLOQUEIO DO NASP 
 
- Quando precisamos dar anestesia a distância por motivos de inflamação na região. 
- Palpar o arco zigomático. Deixar o paciente com a boca semi-aberta. A agulha é introduzida na direção da raiz 
distal do último molar presente no arco. 
 
 
BLOQUEIO DO NAI 
 
- Quando em procedimentos na mandíbula com presença de dentes permanentes. Incisivos inferiores requerem 
complementação com infiltrativa do lado oposto. 
- Pela proximidade, o nervo lingual é bloqueado. 
- Técnica direta: punção com a agulha direcionada entre o molar decíduo e o canino do lado oposto. A altura é 
um pouco acima do plano oclusal. Se a criança tem menos de 7 anos inclinamos a agulha para baixo. Nessa 
técnica anestesia-se também o nervo lingual. 
- Complementar o nervo bucal em casos de cirurgia. 
 
Variações anatômicas da criança: - Angulação do ramo da mandíbula 
- Ramo mais aberto 
- Ramo mais curto 
- Localização da língula da mandíbula mais baixa 
 
 
BLOQUEIO DO NERVO MENTONIANO 
- Cirurgias na região anterior da mandíbula em crianças com mais de 4 anos. 
 
 
Endodontia em odontopediatria 
 
Necessidade de endodontia: cárie ou trauma. A cárie atualmente é uma doença polarizada que está mais 
concentrada nas regiões mais carentes. O traumatismo, por sua vez, não escolhe classe social. 
 
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DOS DENTES DECÍDUOS 
- Grau de reabsorção de raízes, de forma patológica ou fisiológica Muitas vezes a reabsorção não é visível na 
radiografia, porque esta é bidimensional. 
- Câmara pulpar mais ampla quanto mais jovem for o dente. Quanto mais velho o dente fica, menor a câmara 
pulpar fica. Dizemos que o dente ficou caduco. Essa redução de polpa favorece o risco de lesarmos a furca do 
dente no momento do tratamento endodôntico. 
- Paredes de esmalte e dentina mais delgadas 
- Assoalho da câmara pulpar tem micro-canaliculos que se comunicam com a região logo abaixo da furca, por 
isso a lesão periapical no decíduo se localiza abaixo da região de furca. 
- Canais radiculares amplo ou atrésico dependendo da idade do dente. 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
19 
- Proximidade com sucessores permanentes - isso determina a instrumentação e o material obturador. 
 
Quando a criança tem quadro de saúde complicado, não indicamos endodontia. Uma melhor opção seria 
exodontia com uso de mantenedor de espaço. 
 
 
EXAME CLÍNICO 
- Lesões cariosas 
- Restaurações danificadas 
- Tecidos moles adjacentes – parúlide, fístula 
- Exposição pulpar 
 
 
DIAGNÓSTICO PULPAR 
- Dor: espontânea ou provocada. Não fazemos teste de vitalidade pulpar em crianças pela dificuldade do seu 
comportamento. As vezes é comum a criança não ter dor associada à necrose. 
- Histórico de edema e fístula a partir do relato dos responsáveis. 
- Diante de exposição pulpar devemos observar a coloração: quando é vermelho vivo, significa que a polpa está 
viva. Quando é vermelho escuro significa início de degeneração pulpar. 
Quando está quase enegrecido significa necrose. 
- Observar a consistência: líquida ou pastosa. Quando está em degeneração a polpa fica pastosa. 
- Deve haver hemostasia do sangramento em até 5 minutos. 
 
SINAIS DA POLPA 
Polpa normal ou pulpite reversível Polpa com inflamação irreversível Polpa com necrose com lesão 
Dor provocada Dor espontânea História dedor espontânea ou 
ausência 
Sem lesão de furca ou periápice Sem lesão de furca ou no periápice Com lesão de furca ou no 
periápice 
Sem fístula ou abscesso Sem fístula ou abscesso Fístula ou abscesso 
Sangramento vermelho vivo e 
hemostasia em até 5 minutos 
Sangramento vermelho-vivo ou 
escurecido mas sem hemostasia 
Ausência de sangramentos 
Consistência da polpa líquida Consistência da polpa líquida ou 
mais espessa 
Consistência da polpa pastosa ou 
“em pedaços” 
 
 
EXAMES RADIOGRÁFICOS 
 
- Radiografias interproximais: mais fácil de fazer e raramente alonga a imagem. 
- Radiografias periapicais: importante observar a cripta óssea do germe do sucessor permanente. Quando essa 
linha da cripta óssea está ausente, significa que está rompido, e então a indicação é a extração do decíduo e não 
endodontia. Contaminação do folículo pode resultar em hipoplasias de esmalte e outros defeitos. 
 
Diagnosticar: 
- Profundidade da lesão de cárie 
- Ligamento periodontal espessado 
- Região interradicular 
- Reabsorção interna: exodontia. Só há como recuperar com tratamento endodôntico quando a resbsorção está 
em estagio inicial de meia lua. 
- Reabsorção externa: exodontia na maioria dos casos 
 
Instrumentação: 1mm aquém do germe do permanente. 
 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
20 
 
Tratamento 
Polpa normal ou pulpite reversível Polpa com inflamação irreversível Polpa necrosada com lesão 
Escavação gradativa 
Ionômero de vidro 
(polpa normal) 
Tratamento endodôntico radical ou 
pulpectomia 
 
Uma única sessão: 
 
- Pasta Guedes Pinto 
 
- Hidroxido de Calcio com 
propilenoglicol 
Tratamento endodôntico radical: 
Uma única sessão 
Obturação com pasta Guedes Pinto 
Capeamento indireto da polpa 
(polpa normal): 
- Cimento de hidróxido de cálcio 
- Hidroxido de cálcio PA + cimento 
hidróxido de cálcio 
Duas sessões: 
Hidróxido de cálcio 
1ª: Obturação com pasta de 
Hidroxido de cálcio PA + soro 
fisiológico por 15 dias 
2ª Obturação com pasta de 
hidróxido de cálcio PA + 
propilenoglicol 
Pulpotomia (pulpite reversível) 
- Hidróxido de cálcio PA 
- pasta Guedes Pinto 
* A pasta Guedes pinto age a distância e o hidróxido de cálcio age por contato. Por isso a pasta é usada em uma 
sessão só. Porém, o hidróxido de cálcio é mais biocompativel. Mas quando não conseguimos instrumentar o 
canal completo a pasta Guedes pinto é uma melhor escolha 
 
 
ESCAVAÇÃO GRADATIVA OU CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO 
 
Indicações: 
- Lesão profunda – risco de exposição pulpar sem sinais e sintomas de degeneração pulpar 
- Lesão que envolve ¾ da espessura da dentina 
- Ausência de dor espontânea/dor suave ao estímulo 
- Ausência de lesão periapical ao RX 
 
Critérios clínicos confiáveis para o limite da escavação 
- Consistência da dentina em lascas 
- Textura da dentina: maior resistência 
- Aplicação de material biocompatível na parede pulpar 
- Selamento da cavidade (torna os micro-organismos inviáveis) 
- Estudos mostram que não há necessidade de reabrir a cavidade 
 
- Remoção da dentina amolecida, desmineralizada. Preserva-se a dentina infectada – em lascas. 
- Aplicação de ionômero de vidro ou hidróxido de cálcio + ionômero de vidro 
- Restauração definitiva 
 
 
MATERIAIS PARA CAPEAMENTOS INDIRETOS/ESCAVAÇÃO GRADATIVA 
 
Hidróxido de cálcio 
- Formação de dentina reparadora 
- Propriedades bactericidas 
- Dentina esclerosada 
- Biocompatibilidade 
 
Óxido de zinco e eugenol 
- Efeito sedativo – reparação fisiológica 
- Bacteriostático 
- Ação higroscópica 
- Inibição da síntese de prostaglandina 
 
Ionômero de vidro 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
21 
- Adesividade 
- Liberação de flúor 
- Biocompatibilidade 
 
 
CAPEAMENTO PULPAR DIRETO 
 
Não é indicado para dentição decídua, exceto: 
- Exposições puntiformes circundadas em dentina sadia - iatrogenia 
- Ausência de dor 
- Dentes sem alterações radiográficas/mobilidade 
- Condições pulpares favoráveis 
- Ausência de contaminação 
 
 
PULPOTOMIA 
 
Amputação da polpa coronária e manutenção da polpa radicular remanescente (tratada com medicamentos) 
 
Indicações: 
- Exposição pulpar por cárie em polpas vitais ou preparo mecânico da cavidade 
- Ausência de sinais clínicos e radiográficos de degeneração pulpar e lesão periapical 
- Hemostasia em até 5 min (sangramento vermelho vivo) 
- Coroa passível de restauração – na dentição decídua não se faz aumento de coroa clínica. Quando a lesão 
atinge o espaço biológico indica-se exodontia. 
- Menos de 2/3 de rizólise 
 
 
FORMOCRESOL 
 
- Sucesso clínico e radiográfico, porém é mutagênico e carcinogênico por conter formaldeído na sua fórmula. 
 
 
MTA (AGREGADO DE TRIÓXIDO MINERAL) E CIMENTO DE PORTLAND 
 
São o mesmo material, porém, o cimento de Portland não usa o óxido de bismuto, portanto não fica radiopaco. 
O cimento de Portland é muito mais barato porque é basicamente um cimento de construção esterilizado. 
Tem o melhor efeito biocompatível. 
 
 
TÉCNICA DE PULPOTOMIA 
1. Anestesia 
2. Isolamento absoluto 
3. Remoção de cárie 
4. Abertura da câmara coronária com broca esférica + endo Z 
5. Remoção do teto da câmara pulpar 
6. Lavagem da câmara pulpar com soro fisiológico 
7. Secagem da câmara pulpar 
8. Curativo com otosporim por 5 minutos 
9. Hidroxido de cálcio PA 
10. Cimento de hidróxido de cálcio – Dycal 
11. Base de ionômero de vidro 
12. Restauração 
 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
22 
Pulpectomia -- Tratemento endodôntico radical 
 
INDICAÇÕES 
 
- Pulpite irreversível 
- Necrose da polpa 
- Sem envolvimento do germe do sucessor permanente 
 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 
- Mais de 2/3 de reabsorção de raiz 
- Dentes decíduos irrestauráveis – quando a cárie atinge o espaço biológico 
- Perfuração do assoalho da câmara pulpar 
- Evidência radiográfica de reabsorção interna ou externa – reabsorção interna pode até ser usado o hidróxido 
de cálcio quando ela é pequena e em meia-lua. 
- Rompimento do folículo do germe do dente sucessor permanente 
→ Sempre que se optar por extração, deve-se associar o uso de um mantenedor de espaço. 
 
 
PASSOS PARA O TRATAMENTO ENDODÔNTICO RADICAL 
 
1. Odontometria: feita pelo raio X. Fazer odontometria pelo método convencional é um passo a mais e um 
desgaste a mais para a criança. 
Limite de segurança: 1mm aquém da ponta de cúspide do germe do permanente sucessor. 
Cuidados: Reabsorções radiculares e proximidade com o germe do permanente 
 
2. Isolamento absoluto: em todos os casos que forem possível. Em raros casos fazemos isolamento 
relativo. 
 
3. Remoção da cárie e do teto da câmara pulpar: broca esférica em alta ou baixa rotação. Remoção do teto 
da câmara pulpar com broca EndoZ 
 
4. Abertura coronária: nos molares superiores a abertura é em triangulo com base voltada para vestibular; 
nos molares inferiores a abertura é um triangulo com a base voltada para mesial. 
 
Características anatômicas dos dentes decíduos: 
• Unirradiculares: incisivos e caninos. 1 canal radicular contínuo com a câmara pulpar sem demarcação definida 
entre ambos 
• Birradiculares: molares inferiores. 3 canais radiculares. Mésio-vestibular, mésio-lingual e o distal que é o mais 
amplo. 
• Trirradiculares: molares superiores. 3 canais radiculares, sendo 2 vestibulares e 1 palatino. 
 
5. Irrigação: Hipoclorito de sódio por ter atividade microbiana efetiva e capacidade de dissolver tecidos 
orgânicos. Postula-se a concentração de 1% para dentes sem lesão periapical e 2,5% para dentes com 
lesão periapical. 
 
6. Instrumentação: A primeira lima usada será aquela cujo calibre melhor se acoplou ao forame apical, 
seguida pelas 3 ou 4 limas seguidas da série. Para dentes anteriores é recomendado que se use a 
Prova 1 Atenção integral a criança I 
Karolina Viana 
 
23 
segunda série e chegue pelo menos até a lima 45 ou 50. Para dentes posteriores é recomendado que se 
use a primeira série e chegue até a lima 35 ou 40. Usar sempre as limas de 21mm. Não existe ocomprimento de patência, o comprimento de trabalho é o CDR. 
 
7. Irrigação final com soro fisiológico: lavagem final para neutralizar os irrigantes anteriores. 
 
8. Secagem com cones de papel absorvente: no comprimento de trabalho. 
 
9. Obturação dos canais radiculares: feito com lima, com pontas de silicone ou com lentulo. Quando o 
dente tem vitalidade obturamos em 1 sessão usando hidróxido de cálcio PA + veículo oleoso 
(propilenoglicol). Quando o dente tem necrose pulpar com lesão obturamos em 2 sessões; na primeira 
sessão colocamos hidróxido de cálcio PA + soro fisiológico e na segunda sessão após 15 dias usamos 
hidróxido de cálcio PA + veículo oleoso. 
Para a pasta Guedes Pinto sempre será 1 sessão. 
Materiais obturadores 
• Hidróxido de cálcio: primeira escolha por questões de biocompatibilidade. 
• Pasta de Guedes pinto: usada em sessão única. Reabsorvida quando extravasada em região periapical. 
Estimulam a reparação e a neoformação óssea. Potencial antimicrobiano. A pasta Guedes Pinto é composta por 
Ricofort + iodofórmio + PMCC. 
Na técnica de Guedes Pinto, ele recomenda que a irrigação seja feita associando o hipoclorito com a pasta Endo 
PTC. Há uma melhor remoção da smear Layer, desinfecção satisfatória e aumento da permeabilidade 
dentinária. Há difusão da medicação intracanal e difusão melhor da medicação intracanal. 
 
 
10. Limpeza da cavidade com bolinha de algodão estéril. 
 
11. Selamento da cavidade: colocação de base de guta percha ou Dycal na câmara coronária 
 
12. Restauração final e raio X final

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