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Aluna: Rafaela Nunes XXIII 7 atributos de um sintoma: • Localização; • Qualidade ou caráter; • Quantidade ou intensidade; • Cronologia (início, duração, evolução); • Situação em que ocorre; • Fatores de remissão ou exacerbação; • Manifestações associadas (concomitantes) DOR (DECÁLAGO) • Localização; • Irradiação; • Qualidade ou caráter; • Intensidade; • Duração; • Evolução; • Relação com funções orgânicas; • Fatores desencadeantes ou agravantes; • Fatores atenuantes; • Manifestações concomitantes (associados). SISTEMATIZAÇÃO DOS SEGMENTOS DO CORPO: (resumo na pag 101 do portinho) • Sintomas gerais • Pele e fâneros • Cabeça e pescoço • Tórax • Abdome • Sistema geniturinário • Sistema hemolinfopoético • Sistema endócrino • Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades • Músculos • Artérias, veias, linfáticos e microcirculação • Sistema nervoso • Exame psíquico e avaliação das condições emocionais. ELEMENTOS DA ANAMNESE: Lembrar de colocar data de hora. 1) Identificação: Permite a correlação de dados do paciente com dados epidemiológicos, coletivos. 2) Queixa Principal: Motivo da consulta, sintomas ou problemas que motivaram a procura por atendimento. 3) HDA: Registro cronológico e detalhado dos sintomas ou problema atual do paciente. Aluna: Rafaela Nunes XXIII 4) Interrogatório sintomatológico: Avaliação detalhada de sintomas de cada sistema corporal; completa a HDA e avalia práticas de promoção a saúde. 5) Antecedentes pessoais fisiológicos: Estado das funções dos sistemas no passado e presente (td que é fisiológico, condição de nascimento, parto, puberdade) 6) Antecedentes pessoais patológicos: Doenças conhecidas que o paciente já sabe terem sido diagnosticadas ou tratadas. Doenças desde sua infância. 7) Antecedentes familiares: Fatores familiares que interferem na saúde do paciente, incluindo doenças em família. 8) Hábitos de visa, condições socioeconômicas e culturais: Hábitos alimentares, práticas de atividade física ou sedentarismo, fumo e álcool ou outras drogas, condições de trabalho, condições de moradia, relacionamentos familiares, condições financeiras, lazer, atividades religiosas e crenças espirituais e escolaridade. INDENTIFICAÇÃO • Elementos: -Nome: elemento de identidade do paciente. -Idade: muitas doenças respeitam determinadas faixas etárias especificas, como as viroses infantis (caxumba, varicela, rubéola) ou as demências senis. As faixas etárias implicam em determinadas características especificas que moldam a RMP, como a vulnerabilidade da infância que desperta uma empatia esperançosa e a fragilidade do idoso que desperta empatia compassiva. -Sexo/Gênero: perguntar o sexo que se identifica, mas lembrar da diferença biológica que possuem doenças especificas aos sexos biológicos. -Cor/Etnia: (adotou-se no Brasil a cor autodeclarada) branca, parda e negra (pele); anemia falciforme, hipertensão arterial (pretos); câncer de pele (brancos). -Estado civil: aspecto previdenciário, médico-legal, aspecto social (viver só ou acompanhado). -Profissão atual: exposição a condições específicas (PB, Hg, Burnout, violência, privação de sono, LER, penumoconioses, etc). Local onde trabalha. -Naturalidade: local de nascimento (regiões com doenças características: Amazônia- malária; matas na região N e CO- febre amarela); Características culturais. -Procedência: última residência do paciente, relação com o SUS (territorialização). Ou se o paciente estava viajando, de onde ele está vindo. -Residência: endereço, doenças regionais ou mesmo surtos epidêmicos em locais específicos; Doença de chagas (GO), esquistossomose (BA), hidatidose (Região Sul). -Nome da mãe: diferenciar homônimos. Aluna: Rafaela Nunes XXIII -Nome do responsável, cuidador ou acompanhante: menor de idade, idosos, incapazes, pacientes psiquiátricos. - Religião: não transfusão em testemunhas de Jeová; não uso de carne (adventistas). -Filiação previdenciária, plano de saúde: otimiza a utilização de recursos pelo paciente. QUEIXA PRINCIPAL -É motivo que levou o paciente a procurar o médico. -Qual a queixa é mais importante, qual o levou a consulta. -Relacionada ao sintoma guia, que irá nortear toda história. - Não é necessariamente o mais antigo. -Não é necessariamente a primeira queixa. -Não é necessariamente o sintoma mais realçado pelo paciente. -Para identificar a queixa principal iniciar com perguntas abertas: • “Que preocupações o trazem aqui hoje? ” • “Como posso ajudá-lo? ” • “Existe alguma queixa especifica que o levou a marcar a consulta hoje? ” • “Oque o fez decidir-se a vir à consulta hoje? ” -Anotar de 1 a 3 queixas. - Resposta: geralmente um sintoma (linguagem popular). Tentar descobrir linguagens corporais. -Deve-se anotar sempre que possível, as palavras do paciente, podendo-se colocar entre aspas (indica que o relato é de outra pessoa). -Não usar termos técnicos na queixa principal. -Não aceitar diagnósticos como queixa principal (hemorroida, úlcera, pneumonia, coronavírus, etc), mas sim interrogar quais sinais e sintomas o paciente apresenta (e que o levou a supor um determinado diagnóstico). História da Doença Atual (HDA) • Registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde o seu início até a data atual; • Normas fundamentais: ✓ Permita ao paciente falar de sua doença; ✓ Determine o sintoma guia (SG); ✓ Descreva e analise o sintoma guia; Aluna: Rafaela Nunes XXIII ✓ Use o SG como fio condutor da história e estabeleça as relações das outras queixas em ordem cronológica; ✓ Verifique se a história tem começo, meio e fim; ✓ Não induza respostas; ✓ Apure a evolução, exames e tratamentos realizados relacionados à doença atual; ✓ Sumarizar o paciente (contar ao paciente a história organizada- sem falar termos técnicos). • Sintoma-guia: ✓ Sintoma ou sinal que permite recompor a história da doença; ✓ É o sinal “mais marcante de uma doença”; ✓ Pode ser o mais antigo; ✓ Pode ser o primeiro sintoma relatado pelo paciente; ✓ Pode ser o sintoma mais realçado pelo paciente; ✓ Pode ser a própria queixa principal. Construir a história da doença atual: ➢ Determinar a época do sintoma: “Quando o senhor começou a sentir esta dor? ”; ➢ Investigar a evolução do sintoma: correlações e inter-relações com outras queixas; ➢ Obter informações sobre como os sintomas estão no momento. Como Anotar um HDA: ➢ Devemos usar os termos técnicos de cada sinal ou sintoma; ➢ A ordem cronológica pode ser estabelecida por meio de datas (dia, mês e ano), dias (há x dias) ou mesmo horas (doenças agudas e de início recente); ➢ Anotar fatos afirmados e negados (nega febre, nega dispneia, se forem sintomas importantes para confirmar ou descartar alguma hipótese diagnóstica); ➢ As informações trazidas pelo paciente sobre diagnósticos e tratamentos anteriores, relacionados a doença atual, devem ser anotadas de acordo com o grau de confiabilidade das informações: O paciente está com algum laudo, relatório ou trouxe receita ou exame?; O paciente apensas se refere, sem trazer consigo os exames ou laudos e receitas (pode-se usar a palavra SIC no final do parágrafo, entre parênteses); Exemplo: Aluna: Rafaela NunesXXIII INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO (IS) • Documenta a presença ou ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos principais sistemas corporais; Aluna: Rafaela Nunes XXIII • Constitui um complemento da história da doença atual; • De um modo geral, uma HDA bem-feita deixa pouca coisa para o interrogatório sintomatológico; • Permite ao médico levantar possibilidade e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA (úlcera gástrica e cirrose); • Pode levar a suspeita diagnóstica mais importante (impotência-diabetes) que não apareceu no HDA; • Resgata sintomas que o paciente pode ter omitido durante a elaboração da história da doença atual; • Avaliar práticas de promoção a saúde, deve-se orientar e esclarecer sobre maneiras de prevenir doenças e evitar riscos à saúde; • Explicar ao paciente sobre a importância das perguntas; • ROTEIRO: 1. Sintomas Gerais 2. Pele e fâneros; 3. Cabeça e pescoço; 4. Tórax; 5. Abdome; 6. Sistema Geniturinário; 7. Sistema hemolinfopoético; 8. Sistema endócrino; 9. Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades; 10. Músculos; 11. Artérias, veias, linfáticos e microcirculação; 12. Sistema nervoso; 13. Exame psíquico e avaliação das condições emocionais. • Deve-se começar com perguntas abertas e seguir para fechadas; • Não é narrativa como no HDA; • O IS é objetivo, trata-se de uma investigação de sinais/sintomas que o paciente possa apresentar, mas que não houve relevância no HDA; • As perguntas devem ser diretas, investigativas; • Ex: “Como é a visão do senhor? ” “Usa correção com óculos? ” “Alguma coisa o incomoda nos olhos? ” “Dor? ” “Coceira? ”; fazer todas as perguntas do roteiro: “Quando o foi a última consulta ao oftalmologista? ” (Promoção à saúde); • Deve-se anotar tudo que o paciente NEGAR e tudo que AFIRMAR, pesquisando as características de tais sintomas; • Não basta afirmar que tem algum sintoma, deve-se anotar as características semiológicas de tais sintomas; ANTECEDENTES PESSOAIS FISIOLÓGICOS E PATOLÓGICOS ➢ Antecedentes pessoais fisiológicos • Gestação e nascimento: ✓ Como ocorreu a gravidez; ✓ Uso de medicamentos ou radiações sofridas pela genitora; ✓ Viroses contraídas durante a gestação; ✓ Condições de parto (normal, fórceps, cesariana); ✓ Estado da criança ao nascer; Aluna: Rafaela Nunes XXIII ✓ Ordem do nascimento (se é primogênito, segundo filho...); ✓ Número de irmãos. • Desenvolvimento psicomotor e neural: ✓ Dentição: informações sobre a primeira e a segunda dentição, registrando-se a área em que apareceu o primeiro dente; ✓ Engatinhar e andar: anotar as idades em que essas atividades tiveram início; ✓ Fala: quando começou a pronunciar as primeiras palavras; ✓ Desenvolvimento físico: peso e tamanho ao nascer e posteriores medidas. Averiguar sobre o desenvolvimento comparativamente com os irmãos; ✓ Controle dos esfíncteres; ✓ Aproveitamento escolar. • Desenvolvimento sexual: ✓ Puberdade: estabelecer época de seu início; ✓ Menarca: estabelecer idade da 1ª menstruação; ✓ Sexarca: estabelecer idade da 1ª relação sexual; ✓ Menopausa (última menstruação): estabelecer época do seu aparecimento; ✓ Orientação sexual: atualmente, usam-se siglas como HSM, HSH, HSMH, MSH, MSM, MSHM, em que H: homem; M: mulher; S: faz sexo com. ➢ Antecedentes pessoais patológicos: • Doenças sofridas pelo paciente: ✓ Comuns na infância (sarampo, varicela, coqueluche, caxumba, moléstia reumática, amigdalites); ✓ Vida adulta (pneumonia, hepatite, malária, pleurite, tuberculose, hipertensão arterial, diabetes, artrose, osteoporose, litíase renal, gota, entre outras); • Alergia: existência de alergia a alimentos, medicamentos ou outras substancias; • Cirurgias: anotar as intervenções cirúrgicas ou outros tipos de intervenção, referindo-se os motivos que a determinaram, registrar data, o tipo de cirurgia, o diagnóstico que a justificou e o nome do hospital onde realizou; • Traumatismo: é necessário indagar sobre o acidente em si e sobre as consequências deste; • Transfusões sanguíneas: anotar o número de transfusões, quando ocorreu, onde e por que; • História obstétricas: anotar número de gestações (G); de partos (P); abortos (A); número de prematuros e de cesárias (C) (G-P-A-C); • Paternidade: paciente do sexo masculino, questionar quantos filhos; • Imunização: anotar as vacinas (qual, época da aplicação/doses); • Medicamentos em uso: anotar qual, posologia, motivo, quem prescreveu. ANTECEDENTES FAMILIRES • Interrogar sobre o estado de saúde dos pais e irmãos do paciente; • Casado: cônjuge e, se tiver filhos, estes são referidos; • Não esquecer dos avós, tios e primos paternos e maternos do paciente; • Se tiver algum doente na família, esclarecer a natureza da enfermidade; • Em caso de falecimento, indagar a causa do óbito e a idade em que ocorreu; • Algumas doenças devem ser sempre interrogadas: ✓ Enxaqueca; diabetes; tuberculose; hipertensão arterial; câncer; doenças alérgicas; doença arterial coronariana (infarto agudo do miocárdio, angina de peito); acidente Aluna: Rafaela Nunes XXIII vascular cerebral; dislipidemias; úlcera péptica; colilitíase e varizes, que são doenças de caráter familiar mais comum. • Quando o paciente é portador de uma doença de caráter hereditário (hemofilia, anemia falciforme, rins policísticos, erros metabólicos), torna-se imprescindível um levantamento genealógico mais rigoroso e, nesse caso, recorre-se às técnicas de investigação genética. HÁBITOS DE VIDA ➢ Alimentação: • “Alimentação quantitativa e qualitativa adequada”; • “Reduzida ingesta de fibras”; • “Insuficiente consumo de proteínas, com alimentação à base de carboidratos”; • “Consumo de calorias acima das necessidades”; • Alimentação com teor de gorduras”; • “Reduzida ingesta de verduras e frutas”; • “Insuficiente consumo de proteínas sem aumento compensador da ingestão de carboidratos”; • “Baixa ingestão de líquidos”; • “Reduzida ingesta de carboidratos”; • “Reduzido consumo de gorduras”; • “Alimentação puramente vegetariana”; • “Alimentação láctea exclusiva”; • OBS: na pediatria é importante anotar em forma de diário, o que como, quantidade e horário. ➢ Ocupações anteriores: • Devemos questionar e obter informações tanto da ocupação atual quanto das ocupações anteriores exercidas pelo paciente; • Ambiente tem relação com várias doenças (ex: respiratória); • Dados relacionados com estre item costumam ser chamados de história ocupacional, voltamos a chamar atenção para a crescente importância médica e social da medicina do trabalho; ➢ Atividades físicas: • Importante associação com doenças (lesões degenerativas da coluna vertebral nos trabalhadores braçais e a maior incidência de infarto do miocárdio entre as pessoas sedentárias); • Tais atividades dizem respeito ao trabalho e à prática de esportes, para caracterizá-las há que indagar sobre ambos; • Devemos questionar qual tipo de exercício físico realiza, frequência, duração, e tempo que pratica; • Classificação prática: ✓ Pessoas sedentárias; ✓ Pessoas que exercem atividades físicas moderadas; ✓ Pessoas que exercem atividades físicas intensas e constantes; ✓ Pessoas que exercem atividades físicas ocasionalmente. ➢ Hábitos ocultos pelos pacientes e até pelos próprios familiares. Deve-se investigar o uso de tabaco, bebidas alcoólicas, anabolizantes anfetaminas e drogas ilícitas: • Uso de tabaco: ✓ Costuma ser negado se o pacientefor proibido de fumar; Aluna: Rafaela Nunes XXIII ✓ Efeitos nocivos do tabaco (câncer de pulmão e de bexiga, afecções broncopulmonares e cardiovasculares, disfunções sexuais masculinas, gestantes e lactantes, etc); ✓ Regista-se tipo (cigarro, cachimbo, charuto e cigarro de palha), quantidade, frequência, duração do vício, abstinência (se já tentou parar). • Uso de bebidas alcoólicas: ✓ Socialmente aceita, mas as vezes é omitida ou minimizada; ✓ Efeitos deletérios (fígado, cérebro, nervos, pâncreas e coração); ✓ O próprio alcoolismo é uma doença de fundo psicossocial, deve ser colocado entre as enfermidades importantes e mais difundidas atualmente; ✓ Não deixar de perguntar sobre o tipo de bebida (cerveja, vinho, licor, vodca, uísque, cachaça, gin etc), a quantidade, frequência e duração do vício, abstinência (se já tentou parar); ✓ Classificação: 1. Uso ocasional, em quantidades moderadas; 2. Uso ocasional, em grandes quantidades, chegando a estado de embriaguez; 3. Uso frequente em quantidade moderada; 4. Uso diário em pequena quantidade; 5. Uso diário em quantidade para determinar embriaguez; 6. Uso diário em quantidade exagerada, chegando o paciente a avançado estado de embriaguez. ✓ Essa graduação serve para avaliar o grau de dependência do paciente ao álcool: Questionário CAGE 1. C: necessidade de diminuir (cut down) o consumo de bebidas alcoólicas; 2. A: sentir-se incomodado (annoyed) por críticas à bebida; 3. G: sensação de culpa (guilty) ao beber; 4. E: necessidade de beber no início da manhã para “abrir os olhos” (eye-opener) ou seja, para sentir-se em condições de trabalhar. ✓ Questionário CAGE: 1. Você já sentiu a necessidade de diminuir a quantidade de bebida ou de parar de beber? 2. Você já se sentiu aborrecido ao ser criticado por beber? 3. Você já se sentiu culpado em relação a beber? 4. Alguma vez você já bebeu logo ao acordar pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca? 5. Duas respostas positivas identificam 75% dos dependentes de álcool com uma especificidade de 95%. • Uso de anabolizantes e anfetaminas: levam a dependência e estão correlacionados a doenças cardíacas, renais, hepáticas, endócrinas e neurológicas; • Alguns sedativos (barbitúricos, morfina, benzodiazepínicos) também causam dependência química e devem ser sempre invertigados; • Uso de drogas ilícitas: maconha, cocaína, heroína, ecstasy, LSD, crack, chá de cogumelo, inalantes (cola de sapateiro, lança perfume). ✓ Tipo de droga, quantidade habitualmente ingerida, frequência, duração do vício e abstinência; ✓ Há necessidade de tato e perspicácia, e o médico deve investigar informações provenientes de todas as fontes disponíveis, principalmente de familiares. Aluna: Rafaela Nunes XXIII CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E CULTURAIS o Avaliam a situação financeira, vínculos afetivos familiares, filiação religiosa e crenças espirituais do paciente, bem como condições de moradia e grau de escolaridade. ➢ Habitação: • Zona rural- “casa de pau a pique”; • Zona urbana- diversidade de habitação: ✓ Favelas e as áreas de invasão: saneamento básico, proximidade de rios poluídos, ineficácia na coleta de lixo e confinamento de várias pessoas em pequenos cômodos habitacionais; ✓ Casas ou apartamentos de alto luxo podem manter, por exemplo, em suas piscinas e jardins criadouros do mosquito Aedes aegypti, dificultado o controle da dengue. • A habitação não pode ser vista como fato isolado, porquanto ela está inserida em um meio ecológico no qual faz parte; • Importante questionar sobre as condições de moradia: se mora em casa ou apartamento, se a casa é feita de alvenaria ou não; qual a quantidade de cômodos, se conta com saneamento básico (agua tratada e rede de esgoto), com coleta regular de lixo, se abriga animais domésticos entre outros. ➢ Condições socioeconômicas: • Se houver necessidade de mais informações, indagar-se sobre rendimento mensal, situação profissional, se há dependência econômicas de parentes ou instituição; • Todo médico precisa conhecer as possibilidades econômicas de seu paciente, principalmente sua capacidade financeira para comprar medicamentos; • É obrigação do médico compatibilizar sua prescrição aos rendimentos do paciente. A maior parte das doenças crônicas (hipertensão arterial, insuficiência coronária, dislipidemias, diabetes) exige uso continuo de um ou mais medicamentos; • No Brasil, há distribuição gratuita de medicamentos para doentes crônicos e cabe ao médico conhecer a lista desses remédios para prescreve-los quando for necessário; • Uma das causas de abandono do tratamento é a incapacidade de adquirir remédios ou alimentos especiais. ➢ Condições culturas: • Grau de escolaridade, religiosidade, as tradições, as crenças, os mitos, medicina popular, os comportamentos e hábitos alimentares; • Tais condições culturais devem ser respeitadas em seu contexto; • Quanto à escolaridade, é importante saber se o paciente é analfabeto ou alfabetizado. Vale ressaltar se o paciente completou o ensino fundamental, médio ou se tem nível superior (graduação e pós-graduação); • Tais informações são fundamentais na compreensão do processo saúde-doença; • Vida conjugal e relacionamento familiar; • Investiga-se relacionamento entre pais e filhos, entre irmãos e entre cônjuges.
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