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Desenho de Observação e Representação Ana Carla Pereira da Silva Curso Técnico em Design de Interiores Educação a Distância 2020 Desenho de Observação e Representação Ana Carla Pereira da Silva Curso Técnico em Design de Interiores Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Educação a Distância Recife 1.ed. | Ago. 2020 Catalogação e Normalização Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) Diagramação Jailson Miranda Coordenação Executiva George Bento Catunda Renata Marques de Otero Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação Geral Maria de Araújo Medeiros Souza Maria de Lourdes Cordeiro Marques Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Gerência de Educação a distância Professor(es) Autor(es) Ana Carla Pereira da Silva Revisão Flavia Vilar Coordenação de Curso Danyelle de Holanda Beltrão Coordenação Design Educacional Deisiane Gomes Bazante Design Educacional Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Helisangela Maria Andrade Ferreira Izabela Pereira Cavalcanti Jailson Miranda Roberto de Freitas Morais Sobrinho Descrição de imagens Sunnye Rose Carlos Gomes Sumário Introdução .............................................................................................................................................. 7 1.Competência 01 | Conhecer os Fundamentos da Linguagem Visual e os Materiais de Execução do Desenho de Representação, Exercitar e Aprimorar o Traço .................................................................. 8 1.1. Fundamentos da Linguagem Visual ........................................................................................................... 9 1.2. Estudando os elementos básicos da Comunicação Visual ........................................................................ 9 1.2.1. Ponto ..................................................................................................................................................... 10 1.2.2. Linha ...................................................................................................................................................... 12 1.2.3. Forma .................................................................................................................................................... 12 1.2.4. Direção .................................................................................................................................................. 13 1.2.5. Tom ....................................................................................................................................................... 13 1.2.6. Cor ......................................................................................................................................................... 14 1.2.7. Textura .................................................................................................................................................. 17 1.2.8. Dimensão .............................................................................................................................................. 18 1.2.9. Escala .................................................................................................................................................... 18 1.2.10. Movimento ......................................................................................................................................... 19 1.3. Cinco habilidades básicas do desenho..................................................................................................... 20 1.4. Conhecendo os materiais de desenho..................................................................................................... 21 1.4.1. Papel ..................................................................................................................................................... 21 1.4.2. Grafite ................................................................................................................................................... 22 1.4.3. Lapiseira ................................................................................................................................................ 23 1.4.4. Estilete .................................................................................................................................................. 23 1.4.5. Esfuminho ............................................................................................................................................. 24 1.4.6. Borracha ................................................................................................................................................ 25 1.4.7. Nanquim................................................................................................................................................ 25 1.4.8. Caneta hidrográfica de ponta fina ........................................................................................................ 26 1.4.9. Lápis de cor ........................................................................................................................................... 26 1.4.10. Pastel ................................................................................................................................................... 27 1.4.11. Marcador ............................................................................................................................................ 28 1.5. Treinando o traço para prática do desenho ............................................................................................ 29 2.Competência 02 | Conhecer e Aplicar as Técnicas Visuais Compositivas da Imagem ..................... 31 2.1. Composição e enquadramento ............................................................................................................... 31 2.2. Aplicação de técnicas compositivas para o ambiente ............................................................................. 32 2.2.1. Contraste............................................................................................................................................... 32 2.2.2. Equilíbrio X Instabilidade ...................................................................................................................... 36 2.2.3. Simetria X Assimetria ............................................................................................................................ 37 2.2.4. Simplicidade X Complexidade ............................................................................................................... 37 2.2.5 Sutileza X Ousadia .................................................................................................................................. 38 2.2.6. Economia X Profusão ............................................................................................................................ 39 2.2.7. Minimização X Exagero ......................................................................................................................... 39 2.2.8. Espontaneidade X Previsibilidade ......................................................................................................... 40 2.2.9. Repetição X Episodicidade .................................................................................................................... 41 2.2.10. Transparência X Opacidade ................................................................................................................41 2.3. Modalidades expressivas: desenho, pintura, gravura e colagem ........................................................... 42 2.3.1 Desenho ................................................................................................................................................. 43 2.3.2. Pintura ................................................................................................................................................... 44 2.3.3. Gravura ................................................................................................................................................. 51 2.3.4. Colagem ................................................................................................................................................ 54 2.4. Tipos de representação visual: estilizada, realista e esquemática .......................................................... 55 2.4.1. Estilizada ............................................................................................................................................... 55 2.4.2. Realista .................................................................................................................................................. 56 2.4.3. Esquemática .......................................................................................................................................... 57 3.Competência 03 | Técnicas de Desenho e Representação em Projetos de Interiores .................... 59 3.1. Técnicas de desenho ................................................................................................................................ 59 3.1.1. Estabelecendo espaços, formas e medidas através do olhar ............................................................... 60 3.1.2. Encaixe de figuras geométricas na construção dos elementos ............................................................ 61 3.1.3. O efeito de luz e sombra causando volume e profundidade aos objetos ............................................ 62 3.2. Representação de superfícies para a definição e representação de materiais, objetos e revestimentos em projetos de ambientes .............................................................................................................................. 64 3.2.1. Caracterização das superfícies através das hachuras, texturas e estampas ........................................ 65 3.2.2 Representação visual de superfícies ...................................................................................................... 67 3.2.3 Representação visual de texturas .......................................................................................................... 71 3.3. Rendering: origem, evolução e aplicação ................................................................................................ 77 Conclusão ............................................................................................................................................. 79 Referências ........................................................................................................................................... 80 Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 81 7 Introdução Olá, estudante! Que bom ter você na disciplina de Desenho de Observação e Representação, do curso de Design de Interiores. Esta disciplina é composta por três competências e tem como objetivo, desenvolver sua capacidade de observar e interpretar os elementos visuais que compõem os ambientes, objetos e materiais a sua volta, para poder imaginar e projetar novos cenários como futuro designer de interiores. Serão abordados conceitos práticos e teóricos sobre a habilidade de observar e representar para a prática do desenho como técnica de design de interiores. Tendo o desenho como principal ferramenta de reprodução e expressão visual, na primeira semana, serão apresentados os materiais básicos necessários, com dicas de uso e aplicação prática, assim como, o significado que cada elemento de composição tem na concepção visual de uma ideia. Na segunda semana, serão exibidas algumas técnicas de composição, fazendo uso dos elementos visuais básicos, como também, diferentes modalidades de expressão plástica e visual que você poderá usar além do desenho. Sendo encerrada, com os tipos de representação visual, estilizada, realista e esquemática, que farão parte das etapas de criação e desenvolvimentos dos futuros projetos de interiores. A disciplina concluirá seu conteúdo na terceira semana, exibindo as principais técnicas de desenho e representação com exemplos práticos em projetos de interiores. Será mostrada a diferença de caracterização de uma superfície, através de hachuras, texturas e estampas. Serão apresentadas além disso, as formas de representação visual de superfícies fosca, acetinada, cromada, de alto brilho ou transparente, e de texturas específicas como, madeira, couro, tecido, vidro, tijolo, mármore, entre outros. Bons estudos! Competência 01 8 1.Competência 01 | Conhecer os Fundamentos da Linguagem Visual e os Materiais de Execução do Desenho de Representação, Exercitar e Aprimorar o Traço Vamos iniciar a primeira competência da disciplina, conhecendo os elementos que fazem parte da linguagem visual. Entender a importância que essa forma de linguagem tem para sociedade atual e para o design e conhecer os elementos que a compõem e de que forma eles se expressam. Serão apresentados também, alguns dos materiais necessários para o desenvolvimento dos desenhos como expressão plástica de suas ideias de design. Como também, dicas e orientações sobre o uso dos materiais de execução do desenho de representação para que você possa exercitar e aprimorar seu traço para incluir o desenho artístico na humanização dos seus projetos de interiores. Você deve estar se perguntando: linguagem visual? Citando alguns conceitos de linguagem, a comunicação pode ser feita de forma verbal, através da fala ou da escrita, e a não-verbal, por meio de gestos, códigos sonoros, sinais, expressões faciais ou corporais e imagens. Desta forma, o desenho também é uma linguagem que está frequentemente presente no universo do design. Figura 1: Elementos visuais do Design. Fonte: https://www.iloveadesivos.com.br/banco_imagens/produtos/g/tshirt-feminina-curso-desgin-de-interiores- 72T3T.png Descrição: ilustra o nome Design de Interiores. Acima do nome, tem o desenho de uma cadeira, um vaso com planta, um quadro e uma TV na parede, todos em preto e branco. Abaixo do nome, um coração vermelho. https://www.iloveadesivos.com.br/banco_imagens/produtos/g/tshirt-feminina-curso-desgin-de-interiores-72T3T.png https://www.iloveadesivos.com.br/banco_imagens/produtos/g/tshirt-feminina-curso-desgin-de-interiores-72T3T.png Competência 01 9 1.1. Fundamentos da Linguagem Visual Se vive em uma a sociedade na qual as práticas de produção, circulação e recepção de significado são na sua maioria experiências visuais. As imagens estão presentes na televisão, no cinema, nas fotos que são compartilhadas nas redes sociais, nos ícones do celular, na moda, na propaganda de outdoor e até a tipografia que são usadas para escrever esse texto, são experiências visuais. A linguagem visual faz parte de nós, desde os primórdios da nossa existência social. As pinturas rupestres são um exemplo disso, pois existe a necessidade do ser humano de se expressar, de representar visualmente uma experiência vivida ou uma ideia. Faz parte da nossa natureza social comunicar algo através de um desenho, de uma figura, de um traço ou simplesmente através da cor ou da textura de algo. O designer, tem a linguagemvisual como ferramenta importante na composição e/ou execução de seu projeto. É justamente por receber mensagens visuais capazes de impactar fortemente a mente, e por essas mensagens fazerem parte de uma construção, que se torna necessário poder analisar as imagens e entender o que elas comunicam. É o que definimos de comunicação visual. A comunicação visual é composta por diversas formas de expressão, que compreendem desde o desenho a lápis no papel até as imagens 3D de um seriado do momento. E para esta comunicação ser estabelecida, deve-se fazer a utilização da linguagem visual na forma dos seus vários elementos gráficos, como: a linha, a forma, o ponto, a cor, o espaço (2D ou 3D), afora perceber além disso, as relações de luz e sombra, o equilíbrio, a escala, o ângulo, a proporção, os tipos de superfícies, o movimento, a textura, o padrão, a direção, a orientação, etc. 1.2. Estudando os elementos básicos da Comunicação Visual Sempre que uma obra é produzida, seja ela, um esboço, um desenho, uma pintura ou um projeto, ela é constituída de um conjunto de elementos visuais. É bom lembrar que os elementos básicos de uma obra não são os materiais ou o meio o qual a obra é expressa, seja através de uma tela, de uma madeira, um papel, um filme ou até mesmo o tipo de tinta usada. Quando você olha uma imagem, mesmo não entendendo o seu significado, você irá perceber os elementos básicos da obra. O ponto, a linha e o plano são considerados o alicerce do Competência 01 10 design, pois é a partir deles que as imagens são criadas, seja um desenho, uma pintura, uma textura, um padrão ou qualquer outro tipo de representação. 1.2.1. Ponto O mais simples e o mais complexo elemento da comunicação visual. O ponto é unidade mais básica que origina todos os elementos estéticos visuais. Como bem diz a designer Lupton (2009, p.14), “uma série de pontos forma uma linha. Uma massa de pontos torna-se textura, forma ou plano. Pequeníssimos pontos de tamanhos variados criam tons de cinza e variação de cor”. Um único ponto não é capaz de construir uma imagem. Os pontos se encontram e indicam um lugar no espaço como coordenadas geométricas. Quando reunidos, podem gerar imagens visuais, casuais ou organizadas. Dependendo do tamanho e da proximidade entre eles, maior será a sensação de cor ou tom. O contrário também acontece, ou seja, quanto mais distante ou menores os pontos forem, menor será a impressão de cor ou tom. Porém, tudo dependerá sempre da relação entre os elementos que estão à sua volta. Figura 2: Variações de ponto. Fonte: http://auladeartegetsemani.blogspot.com/2017/02/os-elementos-da-composicao-visual.html Descrição: três quadrados alinhados. O primeiro, com pontos pretos dispersos. O segundo, os pontos mais concentrados nas extremidades do quadrado. O último, pontos concentrados mais no centro do quadrado. Em alguns aspectos, o ponto também pode representar um plano, área ou profundidade. A concentração ou ordenamento dos pontos pode conduzir a nossa percepção de formas previamente já reconhecidas. Quanto maior a concentração ou ordenação dos pontos, maior será a complexidade desta representação e o direcionamento do nosso olhar no fechamento da forma e na sua identificação. http://auladeartegetsemani.blogspot.com/2017/02/os-elementos-da-composicao-visual.html Competência 01 11 Figura 3: Representações visuais de um objeto através de pontos. Fonte: https://cultura.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/pontilhismo-5/Pontilhismo-13.jpg Descrição: desenho de uma maça mordida, representada na técnica de pontos, apresentando luz e sombra. A representação visual através de pontos justapostos foi muito usada por alguns pintores e se caracterizou como uma técnica específica para gerar impressões e tons diferenciados no desenho, denominada de Pontilhismo. Derivada do movimento impressionista, o pontilhismo surgiu no século XIX. Esta técnica baseia-se na lei das cores complementares, teoria que será estudada nos próximos tópicos dessa competência. Figura 4: Entrada do Porto de Marselha (1911). Fonte: https://www.todamateria.com.br/pontilhismo/ Descrição: quadro em pontilhismo de várias embarcações em um mar, próximas ao porto. O Pontilhismo é uma interessante técnica de arte. Do francês pointillisme, foi uma técnica de pintura criada na França em meados de 1880. Nela, a decomposição tonal é obtida a partir de pequenas pinceladas sobre a tela com as cores justapostas (e não mescladas). https://cultura.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/pontilhismo-5/Pontilhismo-13.jpg https://www.todamateria.com.br/pontilhismo/ Competência 01 12 1.2.2. Linha Geralmente considerada um ponto em movimento, devido o deslocamento do ponto no campo visual e por eles estarem tão próximos, que chega a ser impossível percebê-los individualmente, a linha também pode ser interpretada como a ligação entre dois pontos. Existe uma diversidade de tipos de linha. Ela pode ser reta, curva ou mista, quebrada, fechada ou ondulada, longa ou curta, grossa ou fina, vertical, inclinada ou horizontal, aberta ou fechada, contínua ou tracejada. Todas essas formas de apresentação da linha influenciam no modo como são interpretados e percebidos o objeto que ela representa. A linha pode se apresentar de forma artística, como a expressão de uma ideia, ou de forma técnica, na definição de um projeto. Figura 5: Tipos de linhas e sensações que causam. Fonte: http://7dasartes.blogspot.com/2011/08/elementos-basicos-da-linguagem-visual.html Descrição: seis exemplos de tipos de linhas e suas sensações. Na ordem de cima para baixo: linhas horizontais, linhas inclinadas, linhas quebradas, linhas verticais, linhas curvas e linhas mistas. 1.2.3. Forma Um plano quando delimitado por uma linha, define uma forma com altura e largura. A representação visual de um plano, superfície ou forma, pode ser descrita através da trajetória de uma linha ou pelo fechamento dela. A linguagem visual trabalha com três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Essas três formas são fundamentais para a composição de todas as outras formas, sejam elas naturais, construídas ou imaginárias. Cada forma básica traz em si um significado próprio, seja por associação aos objetos do cotidiano. http://7dasartes.blogspot.com/2011/08/elementos-basicos-da-linguagem-visual.html Competência 01 13 Figura 6: Representações visuais das formas básicas e seus significados. Fonte: A autora, 2020. Descrição: desenhos de formas básicas, quadrado, círculo e triangulo, nesta sequência, e abaixo de cada um, seus significados. 1.2.4. Direção Cada uma das formas básicas, descritas no tópico anterior, trazem em si uma direção específica na sua representação visual: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva. Cada umas das direções também trazem forte significado, refletindo e fortalecendo o caráter já existente nas formas básicas, seja de estabilidade e equilíbrio, no quadrado; de infinitude e repetição, no círculo; ou de ação e atenção no triângulo. Figura 7: Apresentação das direções que cada uma das formas básicas representa. Fonte: A autora, 2020. Descrição: formas básicas, quadrado, curva e triangulo, nessa sequência, e a relação de cada um, com a direção. O quadrado, direção perpendicular, por meio de três setas, uma para cima, outra esquerda e direita. O círculo, uma seta em curva. O triangulo, duas setas, uma para cima outra para baixa, em um dos lados do triângulo. 1.2.5. Tom Ao variar uma mesma cor, desde sua representação mais clara possível até a intensidade total mais escura da cor, é definida sua escala de tonalidades possíveis a serem trabalhadas. A incidência de luz ou de sombra não ocorre de forma constante e o tom se tornaa medida de claro e Competência 01 14 escuro a ser usada em uma representação visual. É ele quem estabelece a quantidade de luz que são recebidos em nossos olhos. Figura 8: Representação de luz e sombra em figuras geométricas básicas em 3D. Fonte: https://comodesenharecolorir.com/10-dicas-de-como-desenhar-melhor/ Descrição: um cubo, um cilindro, uma esfera e um cone, em tons cinzas, representando luz e sombra nesses volumes. O tom ao ser representado no objeto, permite o reconhecimento do volume através de diferentes tonalidades de iluminação. O estudo de variação tonal irá permitir a representação da luz e da sombra no objeto, destacando o volume, a profundidade e a relação do objeto com o ambiente o qual ele compõe. Figura 9: Gradação tonal em cores. Fonte: http://www.estudiobrigit.com.br/2019/04/disco-cromatico-6-usando-escala-tonal.html Descrição: em um papel, estão pintadas cinco cores e suas gradações, gradações representadas em oito quadrados, que vai do escuro ao claro, de cada cor. São elas na ordem: preto, azul, rosa, verde e lilás. Tem as cores laranja e amarelo, apenas pintadas na folha. 1.2.6. Cor A cor não existe de forma objetiva, o que existe na verdade é a luz. A cor é a impressão que a luz, refletida ou absorvida pelos corpos ou objetos, produz em nossos olhos. Isaac Newton foi o responsável pelo desenvolvimento da teoria das cores. Em seus experimentos, verificou que a luz https://comodesenharecolorir.com/10-dicas-de-como-desenhar-melhor/ http://www.estudiobrigit.com.br/2019/04/disco-cromatico-6-usando-escala-tonal.html Competência 01 15 branca, quando incidida sobre um prisma, se divide em aproximadamente trinta cores, sendo predominantes o vermelho, o verde e o azul, caracterizadas como cor luz [RGB]. A luz do sol, aparentemente branca, é, na verdade, composta pelas sete cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. A cor possui três propriedades importantes para o seu entendimento: matiz, brilho e saturação. MATIZ: é o primeiro atributo da cor em seu estado puro, sem adição de branco ou preto. Resultado da nossa percepção de luz refletida através do comprimento de onda dominante que dá nome à cor: vermelho, azul, verde, amarelo, etc. É a cor em si. Os matizes de cor são medidos pelas três cores primárias e possuem características individuais. BRILHO: é a claridade ou obscuridade da cor. Tem a ver com a quantidade de preto (menos luminosidade) ou branco (mais luminosidade) numa determinada cor. Se refere à quantidade de luz percebida. As cores mais claras têm um alto valor tonal e refletem mais luz, enquanto que uma cor de baixo valor é mais escura e absorve mais luz. Uma cor pode ser mais luminosa que a outra, por exemplo, o amarelo é mais luminoso que o azul. SATURAÇÃO: é a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza. A saturação é definida pela quantidade de cinza que a cor contém, ou seja, as cores menos saturadas levam à neutralidade cromática e até mesmo à ausência de cor. Quanto mais pura, primitiva e simples for a cor, mais saturada ela é e mais próximo a seu matiz ela estará. Figura 10: Exemplos de escalas de matiz, brilho e saturação. Fonte: https://icaci.org/files/documents/wom/04_IMY_WoM_pt.pdf Descrição: escalas de matiz, brilho e saturação, nesta ordem, em cada uma são apresentados cinco retângulos juntos, cada um com uma cor. No matiz, são as cores em ordem: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. No brilho, começa com a cor vermelha e termina com um rosa bem claro. A saturação, começa com o vermelho e termina com um preto. https://icaci.org/files/documents/wom/04_IMY_WoM_pt.pdf Competência 01 16 Observe as diferentes combinações de cores a partir do círculo cromático. Figura 11: Combinações de cores a partir do círculo cromático. Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/artes/cores-primarias.htm Descrição: Círculo com 12 divisões, cada um com uma cor, e dois triângulos em posições diferentes no centro. Ao lado, a mistura de cores e o seu resultado, e abaixo, são apresentadas as cores primárias, secundárias e terciárias. Compreender as características dessas relações pode ajudar a fazer escolhas e a compor combinações de cores adequadas ao perfil de um cliente ou a proposta de um projeto. Ao pintar uma casa, a tinta para as paredes vai muito além de uma escolha de cor, esse acabamento é um dos elementos que tem importante poder de interferir na decoração dos ambientes, assim como, quando for fazer a combinação entre móveis e objetos de decoração, perceber qual composição utilizar para ajustar as cores, entre eles. https://brasilescola.uol.com.br/artes/cores-primarias.htm Competência 01 17 Figura 12: A cor no ambiente. Fonte: https://blog2.amoedo.com.br/decoracao/influencia-das-cores/ Descrição: quatro ambientes. Na ordem, de cima para baixo. O primeiro, um ambiente com parede na cor laranja, e sofá e objetos, nas cores branca, amarelo, azul e salmão. O segundo, ambiente com parede na cor verde, com móveis e objetos, nas cores branca e preta. O terceiro, ambiente com parede na cor azul, com móveis e objetos, nas cores branca, vermelha e preta. Possui uma escada reta na lateral, na cor bege. O quarto, ambiente com parede na cor vermelha, com móveis e objetos, na cor branca, preta, marrom e cinza. Com uma escada circular ao lado, na cor cinza. 1.2.7. Textura A textura caracteriza a superfície das formas, expressando, identificando ou personalizando algo, seja um objeto ou todo um ambiente. É a repetição de elementos por forma, cor, direção ou posição sobre uma determinada área, configurando um padrão ou trama. Ela pode ser tátil ou visual. As texturas táteis, estimulam o toque em relação ao objeto ou a uma superfície de revestimento, como podem ser apenas visuais, e estão muito associadas ao conceito de estampas. Figura 13: Exemplos de texturas. Fonte: https://www.vaicomtudo.com/varios-tipos-de-texturas-para-parede.html Descrição: oito exemplos de texturas, utilizadas em parede. Com cores e formas diferentes. COMO COMBINAR CORES? 2 - Criando Paletas a Partir das Harmonias https://www.youtube.com/watch?v=51gbqOfurZ4 https://blog2.amoedo.com.br/decoracao/influencia-das-cores/ https://www.vaicomtudo.com/varios-tipos-de-texturas-para-parede.html https://www.youtube.com/watch?v=51gbqOfurZ4 Competência 01 18 1.2.8. Dimensão A extensão medível de algo é a sua dimensão, como a porção ocupada por um objeto, corpo ou ambiente em um determinado espaço físico. A altura, largura, profundidade ou espessura define a dimensão de algo. O uso da linha e da forma de modo conjunto, ilude o nosso olhar e cria um efeito tridimensional na imagem, que está numa superfície bidimensional, a folha de papel. Figura 14: Apresentação de diferentes dimensões. Fonte: http://paulbourke.net/geometry/hyperspace/ Descrição: três desenhos em sequência. Uma reta, um quadrado e um cubo. Abaixo de cada um, tem o tipo de dimensão. Na reta, uma dimensão; no quadrado, duas dimensões. No cubo, três dimensões. 1.2.9. Escala Para manter a proporção dos objetos entre si, é definida uma escala, uma medida padrão de referência. A relação entre o tamanho dos objetos contribui para a percepção e o entendimento do desenho feito, pois a escala indica a relação de cada medida linear do desenho com a respectiva medida real do objeto ou ambiente representado. Usar a escala humana como referência ao representar os projetos, facilitará para o cliente interpretar o ambiente definido e os elementos que o compõe. A medida humana como referência se torna um elemento de identificação e reconhecimento do espaço representado. http://paulbourke.net/geometry/hyperspace/ Competência 01 19 Figura 15: Representação de um objeto em diferentesescalas. Fonte: https://imginn.com/p/CCMrBW-gCU8/ Descrição: duas ilustrações mostrando a escala entre o ambiente, os objetos e a figura humana. A primeira, mostra um desenho de uma figura humana em pé, próxima a uma banheira, janela e porta-toalhas de banho. O segundo, o mesmo desenho, sem a figura humana, demonstrando os mesmos elementos, em outra escala, daí representa uma cuba num balcão, um espelho e um porta-toalhas de rosto. 1.2.10. Movimento Ao ter a impressão de que algo se mexe, segue um caminho ou um fluxo, se percebe o movimento. Ele pode ser o simples resultado causado pela direção com que as formas se apresentam em uma composição visual. Figura 16: Percepção da direção e do movimento através de figuras e representações básicas. Fonte: Dondis, 2000. Descrição: linhas retas, inclinadas e curvas, representando o movimento desses elementos básicos do desenho. https://imginn.com/p/CCMrBW-gCU8/ Competência 01 20 A sensação de dinamismo e de velocidade causada pelo movimento pode ser provocada por diferentes fatos: pela variação de formas, de tamanho, de localização dos objetos ou por repetição. A linha gera movimento ao se deslocar de um ponto para outro. A linha diagonal é uma técnica comum usada por diferentes artistas. 1.3. Cinco habilidades básicas do desenho Em seus estudos sobre a percepção, no livro “Desenhando com o lado direito do cérebro”, Edwards (2003) relata que existem cinco habilidades básicas que estão relacionadas à forma como é visto e interpretado o universo a nossa volta. Ela afirma que o desenvolvimento dessas habilidades pode contribuir na capacidade de se desenhar de forma rápida. Essas habilidades não são técnicas de desenho em si, mas sim, capacidades de percepção: • Percepção das bordas (linhas do desenho e contornos); • Percepção dos espaços (espaços negativos e positivos); • Percepção dos relacionamentos (proporção e perspectiva); • Percepção de luzes e sombras (sombreamento); • Percepção do todo, ou Gestalt (essência). É com essa habilidade de perceber, de ver ao mesmo tempo de uma maneira detalhista e global, que boa parte da habilidade para o desenho de observação, está intrínseca no profissional. Notar como as cores, as texturas, a luz e sombra e as formas, envolvem um determinado objeto a ser representado, irão fornecer os elementos sobre o que e como desenhar nos trabalhos. Essa forma de perceber tudo ao seu redor pode enriquecer seus estudos e desenvolvimentos de projetos e/ou objetos, de um modo surpreendente e adicionada a determinadas técnicas resultará em fantásticos trabalhos de representação. Então, para você, o que significa o desenho de observação e representação? No curso de Design de Interiores a utilização do desenho de observação está direcionado para a representação de objetos, móveis e revestimentos que vão compor de diversas formas de representação, os ambientes que serão projetados, os chamados “layout” ou planta baixa humanizada. Competência 01 21 Figura 17: Planta baixa humanizada. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/842102830293614665/visual-search/?x=16&y=16&w=530&h=530&cropSource=6 Descrição: planta baixa de uma residência, sendo desenhada e colorida a mão livre. 1.4. Conhecendo os materiais de desenho Conhecer os materiais de uso, influencia diretamente na escolha adequada para o que irá produzir como representação visual, seja ela, técnica ou artística. Uma boa escolha sobre o que irá usar, contribui no resultado alcançado. Isto não significa que precisará do melhor material para poder iniciar o estudo, técnica ou aprendizado sobre o desenho. 1.4.1. Papel O papel é a base para a representação visual, seja ela desenhada ou impressa. É possível encontrar diferentes tipos e formatos de papéis. Os papéis são classificados quanto a sua textura, opacidade, gramatura. Ele pode ser liso ou poroso, opaco ou transparente, branco ou colorido. Sua gramatura (ou gramagem) é medida em g/m2 e está associada ao peso do papel por metro quadrado de folha, o qual influencia diretamente na sua espessura. https://br.pinterest.com/pin/842102830293614665/visual-search/?x=16&y=16&w=530&h=530&cropSource=6 Competência 01 22 Figura 18: Diferentes tipos de papéis. Fonte: http://www.visuarea.com.br/artigos/tipos-e-formatos-de-papel Descrição: diversos tamanhos e tipos de papel, nas cores brancas, marrom e lilás. 1.4.2. Grafite O grafite será seu companheiro por muitos anos de prática, seja como estudante ou como profissional. Permite que você desenhe o esboço antes de preenchê-lo com outro material ou com o próprio grafite, como também poderá ser usado na confecção de trabalhos mais elaborados. Em forma de lápis, barras, minas ou pó, o grafite é um material fácil de ser encontrado e de fácil manuseio, assim como o papel. A graduação do grafite pode variar de acordo com o seu “grau de dureza”, variando também sua intensidade e aplicação. DICA SOBRE PAPEL: Evite usar blocos granulados para desenhos coloridos, eles são rugosos e ao forçar o lápis para preencher as lacunas você poderá provocar rasuras. Para aprender a usar cores, fazer sombras ou trabalhar com traços mais firmes dê preferência a papéis lisos. O uso do papel adequado é fundamental para o bom desempenho do trabalho. Se você quiser saber mais sobre papel, dê uma olhada nos links a seguir: Aprenda a escolher os materiais de desenho ideais para iniciantes Link: https://blog.grafittiartes.com.br/aprenda-escolher-os-materiais-de- desenho-ideais-para-iniciantes/ Quais os melhores tipos de papel para criar um desenho arquitetônico? Link: https://blog.grafittiartes.com.br/quais-os-melhores-tipos-de-papel-para- criar-um-desenho-arquitetonico/ http://www.visuarea.com.br/artigos/tipos-e-formatos-de-papel https://blog.grafittiartes.com.br/aprenda-escolher-os-materiais-de-desenho-ideais-para-iniciantes/ https://blog.grafittiartes.com.br/aprenda-escolher-os-materiais-de-desenho-ideais-para-iniciantes/ https://blog.grafittiartes.com.br/quais-os-melhores-tipos-de-papel-para-criar-um-desenho-arquitetonico/ https://blog.grafittiartes.com.br/quais-os-melhores-tipos-de-papel-para-criar-um-desenho-arquitetonico/ Competência 01 23 Figura 19: Diferentes tipos de grafite e suas aplicações. Fonte: https://lojaswessel.files.wordpress.com/2016/08/escala-grafite.jpg Descrição: exemplos de traços, fino, médio e grosso, relacionados com as espessuras dos grafites e suas aplicações. 1.4.3. Lapiseira As lapiseiras são versáteis e duráveis, bastando apenas recarregar o grafite através das minas. As marcas de lapiseira são diversas, mas o que você precisa saber sobre as lapiseiras é que elas, como os grafites, têm numerações diferentes. Vão desde a mais recente 0.2mm, para desenhos técnicos ou detalhamentos específicos na sua composição visual, até a mais calibrosa de 5.6mm, para traços mais macios e escuros. Figura 20: Modelo de lapiseira e as minas correspondentes. Fonte: https://desenhosrealistas.com.br/wp-content/uploads/2018/09/lapiseira3-1024x686.jpg Descrição: lapiseira, na cor preta com ponta metálica, e diversas minas, na cor preta, ao lado. https://lojaswessel.files.wordpress.com/2016/08/escala-grafite.jpg https://desenhosrealistas.com.br/wp-content/uploads/2018/09/lapiseira3-1024x686.jpg Competência 01 24 1.4.4. Estilete A principal função do estilete para quem trabalha com desenho é a de apontar os lápis com mais controle sobre o uso desejado. Porém, o estile também será muito útil no corte de alguns materiais como borracha ou fita crepe, comuns no desenvolvimento de técnicas de desenho. Figura 21: Apontando um lápis com o estilete. Fonte: https://i.ytimg.com/vi/AvcKDNWNSbc/hqdefault.jpg Descrição: um estilete na cor azul, apontando um lápis na cor cinza. Diversoslápis, na cor laranja sobre um papel. 1.4.5. Esfuminho Com a função de suavizar traço, o esfuminho é um tubo cilíndrico feito de papel macio e prensado, aparado nas duas pontas, muito usado no sombreamento dos desenhos. São numerados de 1 (mais fino) a 6 (mais grosso). O esfuminho deve ser usado como se fosse um lápis, pressionando a ponta sobre o desenho de forma rápida e inclinada, respeitando o sentido da textura. Mantenha sempre a ponta limpa. Aponte o esfuminho em um apontador como um lápis. Figura 22: Uso do esfuminho sobre o grafite. Fonte: https://formuladoartista.com/esfumando-seu-desenho-corretamente/ Descrição: um esfuminho, na cor branca, sobre um desenho, em tons cinzas, num papel branco, dando o efeito esfumaçado. https://i.ytimg.com/vi/AvcKDNWNSbc/hqdefault.jpg https://formuladoartista.com/esfumando-seu-desenho-corretamente/ Competência 01 25 1.4.6. Borracha Como o papel e o lápis, a borracha também é um instrumento comum de uso no desenho. Sua função não se limita a apagar ou a limpar uma área no desenho. Existem técnicas de desenho onde a borracha também é utilizada. De acordo com o tipo de borracha escolhida, é possível reduzir o tom, enfatizar a luz. Desenhar em negativo ou simplesmente apagar realmente. A borracha em bastão, por exemplo, pode ser usada como um esfuminho e apagar pequenos detalhes. Figura 23: Diferentes tipos de borracha. Fonte: http://genniartist.blogspot.com/2016/04/tipos-de-borrachas-para-desenhos.html Descrição: quatro exemplos de borrachas para desenho. 1.4.7. Nanquim O nanquim é uma tinta líquida preta que tem uma pigmentação bastante concentrada, o resultado é um preto bem intenso e de alta cobertura. Além disso, outra propriedade bem marcante do nanquim é ser uma tinta solúvel em água, mas que, uma vez seca, se torna à prova d’água. Além da tinta líquida, você também encontra as canetas nanquim descartáveis com pontas em várias espessuras que permitem criar efeitos diferentes. http://genniartist.blogspot.com/2016/04/tipos-de-borrachas-para-desenhos.html Competência 01 26 Figura 24: Canetas nanquins descartáveis. Fonte: https://www.artecamargo.com.br/caneta-nanquim-descartavel-uni-pin/ Descrição: várias canetas nanquins descartáveis, na cor preta, apresentando suas espessuras. 1.4.8. Caneta hidrográfica de ponta fina A caneta hidrográfica fina existe em diversas cores e modelos, de modo geral não são recarregáveis como algumas canetas nanquins. A caneta hidrográfica preta, também chamada de “falso nanquim”, é muito usada para contornos e detalhes dos desenhos. Figura 25: Diferentes canetas hidrográficas com duas pontas. Fonte: https://www.michaels.com/tombow-secondary-dual-brush-pens/10514319.html Descrição: várias canetas hidrográficas coloridas com duas pontas, uma mais fina, e a outra mais grossa. 1.4.9. Lápis de cor O lápis de cor mais comum são os de madeira por serem mais duráveis. Semelhante ao lápis grafite, são atóxicos, leves, portáteis e de fácil manuseio. Possuem uma mina composta por um pigmento, um recheio a base de cera, óleo, giz ou goma, de acordo com o tipo de lápis, o uso ou modelo escolhido. Lembrando que cada marca de lápis tem características próprias. https://www.artecamargo.com.br/caneta-nanquim-descartavel-uni-pin/ https://www.michaels.com/tombow-secondary-dual-brush-pens/10514319.html Competência 01 27 Figura 26: Aplicação do lápis de cor. Fonte: https://http2.mlstatic.com/faber-estojo-metal-goldfaber-aqua-48-cores-aquarelaveis-D_NQ_NP_794728- MLB29327119921_022019-F.webp Descrição: desenhos de um olho e de duas paisagens, num caderno, com lápis de cor. Tem alguns lápis de cor em cima dos desenhos. Ao lado, um copo com água na cor azul e um pincel. 1.4.10. Pastel Giz pastel é um material artístico que pode ser encontrado em diferentes formatos (barras, bastões cilíndricos, “pó” e até lápis), tipos (que variam entre seco e oleoso) e níveis (iniciante, intermediário, profissional). As pinturas e desenhos feitos com pastel refletem a luminosidade como um prisma, permitindo cores extremamente saturadas, luminosas e uma mistura de cores vibrantes para criar um estilo homogêneo. O LÁPIS DE COR BRANCO O lápis branco reforça a luz e mostra o reflexo, nos efeitos de brilho e de sombreamento. Porém, também são bem importantes na sobreposição de cores e homogeneização da pintura. Quando passado com pressão sobre as outras cores, a obra ganha um tipo de polimento. O LÁPIS DE COR AQUARELÁVEL Diferentemente dos lápis de cor normal, o aquarelável possui em sua composição química um pigmento que, ao entrar em contato com a água, aquarela, resultando em uma tinta mais translúcida. É, praticamente, o mesmo efeito das tintas aquarelas em bisnaga. Mais dicas sobre lápis de cor, acesse o link: https://blog.grafittiartes.com.br/conheca-o-lapis-de-cor-aquarelavel-para- desenhar-profissionalmente/ https://http2.mlstatic.com/faber-estojo-metal-goldfaber-aqua-48-cores-aquarelaveis-D_NQ_NP_794728-MLB29327119921_022019-F.webp https://http2.mlstatic.com/faber-estojo-metal-goldfaber-aqua-48-cores-aquarelaveis-D_NQ_NP_794728-MLB29327119921_022019-F.webp https://blog.grafittiartes.com.br/conheca-o-lapis-de-cor-aquarelavel-para-desenhar-profissionalmente/ https://blog.grafittiartes.com.br/conheca-o-lapis-de-cor-aquarelavel-para-desenhar-profissionalmente/ Competência 01 28 Figura 27: Giz pastel oleoso em diferentes cores. Fonte: https://gdartes.com.br/giz-pastel-seco-ou-oleoso-qual-usar/ Descrição: diversos lápis pastéis coloridos, em forma de bastão. 1.4.11. Marcador Os marcadores são muito usados na produção de rendering, ou seja, a representação de um objeto em sua forma mais próxima da realidade, muito usado em projetos de arquitetura e design, por facilitarem o preenchimento de grandes áreas e a superposição de camadas de cor sem causar danos à superfície do papel. Encontrados em caixas de 12/36 cores, são oferecidos também em caixas com tons de cinza e uma versão unitária na cor branca. Figura 28: Marcadores em diversas cores. Fonte: https://pt.aliexpress.com/i/32585174464.html Dicas e orientações sobre o uso do pastel, você vai encontrar no link a seguir: Guia completo sobre a técnica de giz pastel ou pastel seco. https://www.amopintar.com/tecnica-de-giz-pastel/ https://gdartes.com.br/giz-pastel-seco-ou-oleoso-qual-usar/ https://pt.aliexpress.com/i/32585174464.html https://www.amopintar.com/tecnica-de-giz-pastel/ Competência 01 29 Descrição: diversos marcadores coloridos. Na frente de cada um, tem um traço, indicando sua cor. 1.5. Treinando o traço para prática do desenho O desenho é a forma de comunicação mais expressiva, seja para um arquiteto ou designer. Ele é o modo pelo qual um profissional expõe suas ideias com clareza e objetividade. Ao desenhar à mão livre, o profissional passa para o papel, de forma rápida, como um projeto pode ser elaborado, ao transformar em algo real, visível e analisável uma ideia abstrata. É importante ganhar destreza e saber desenhar linhas retas à mão livre, portanto será preciso praticar as linhas o melhor que puder. Desenhe em diferentes posições e formas, essa é uma das técnicas de desenho mais usadas. Figura 29: Exemplos de exercícios para estudo de traço. Fonte: https://clubedodesenho.com.br/como-desenhar-bem/ Descrição: vários quadrados alinhados, mostrando exercícios para estudo de traço, tem desenhos dentro dos quadrados: traços inclinados, na horizontal, vertical, em círculos. https://clubedodesenho.com.br/como-desenhar-bem/ Competência 01 30 Antes de seguir com sua leitura, que tal dá uma parada para a prática, assistindo à videoaula 1? Providencie alguns materiais básicos de desenho: • 3 lápis grafite: um escuroB, um médio HB e um claro da família dos H. • 1 borracha branca macia; • 1 apontador ou estilete; • 1 caneta hidrográfica preta [falso nanquim]; • Algumas folhas de papel sulfite A4 e A3; • Bloco Canson A3. Se não conseguir os materiais específicos citados, não deixe de assistir à videoaula 1. Você poderá aprender as técnicas para desenvolver seu traço e depois seguir praticando. Vamos lá! Competência 02 31 2.Competência 02 | Conhecer e Aplicar as Técnicas Visuais Compositivas da Imagem Estudante, nesta competência, será mostrada a integração dos elementos visuais com os princípios técnicos, para obter composições harmoniosas nas representações visuais. Uma boa composição visual contribui na apresentação do projeto de interiores, pois ela atrai o olhar, conquista um público e até mesmo fortalece uma relação de negócio e parceria. O desenho de observação e representação é um processo que irá desenvolver em você não só a capacidade artística, como também, a cognitiva de perceber melhor os ambientes, os objetos e os contextos os quais eles estão relacionados. 2.1. Composição e enquadramento O primeiro desafio em colocar uma imagem em uma folha de papel, é definir sua localização e distribuição na área definida, seja ela com um único objeto ou vários ajustados entre si. Isto influenciará diretamente no foco e na leitura da imagem, na distância que o observador está, e a importância que dará a ela. Figura 30: Diferentes enquadramentos sobre o mesmo objeto. Fonte: http://bdstudy.ru/wp-content/uploads/2015/10/img365-1-1024x923.jpg Descrição: desenho de um vaso com plantas, sendo repetido em três quadrados, só que em cada um, numa distância diferente de quem está vendo. No último, aparece o vaso com plantas em cima de uma parede. Todo o desenho em tons de cinza. Na história da arte, a geometria quase sempre foi uma regra de organização visual em busca de uma ordem, em especial na arte clássica. Era o pano de fundo, ou seja, a estrutura básica http://bdstudy.ru/wp-content/uploads/2015/10/img365-1-1024x923.jpg Competência 02 32 da grande maioria das obras de arte da época. Dentro desta tradição estética, uma imagem era considerada bela quando os elementos visuais eram organizados de acordo com uma estrutura geométrica. Figura 31: Análise geométrica de obra de arte Renascentista. Fonte: https://cdn.pariscityvision.com/library/image/5449.jpg, Construção geométrica feita pela autora, 2020. Descrição: composição com forma geométrica sobre a imagem de Mona lisa. A esquerda, uma composição com formas triangulares e quadradas sobre a imagem da Mona Lisa. Uma modelo de época vista em meio corpo, com uma paisagem distante como plano de fundo e as mãos dobradas sobre a base triangular. 2.2. Aplicação de técnicas compositivas para o ambiente 2.2.1. Contraste O contraste é uma técnica, onde os opostos são trabalhados, com o objetivo de destacar características específicas de um elemento da composição. É possível usar o contraste de diferentes formas de acordo com cada elemento básico. Saber harmonizar os opostos entre si é uma tarefa ousada, mas muito comum quando se deseja transformar um ambiente. Contraste de elementos básicos: linha reta x curva As linhas presentes no contorno dos objetos, nas estampas e no próprio ambiente, fazem parte do design proposto e também podem gerar contraste entre si. Formas orgânicas geram https://cdn.pariscityvision.com/library/image/5449.jpg Competência 02 33 suavidade e maior volume ao espaço, em contraponto, os elementos retos em geral, contribuem para um aspecto mais formal e objetivo. Figura 32: Mobiliário e estampa gerando contraste entre linhas retas e curvas. Fonte: https://www.liderinteriores.com.br/blog/como-acertar-na-escolha-do-modelo-do-sofa/ Descrição: sala de estar, com um sofá curvo na cor salmão, piso quadriculado, na mesma cor e com faixas brancas dividindo-os. Em contraste com uma parede por traz do sofá, com linhas retas na diagonal e vertical. Uma pequena mesinha de canto, com formas circulares, ao lado do sofá, e da mesma cor dele. Contraste de forma: forma sinuosa x forma reta As formas possuem características e significados próprios. Criar um contraponto entre elas, gera um dinamismo e elegância ao ambiente, devido a diversidade de conceitos presentes em cada uma das formas usadas. Figura 33: Contraste entre formas sinuosas e retas. Fonte: https://construcaoedesign.com/influencia-das-linhas-nos-ambientes/ Descrição: quarto de casal. Mostra por meio de uma cama de casal com formas retas, assim com o tapete, e as paredes. Em contraste, com uma cadeira em madeira, com o assento e a base, em formas curvas. Contraste de cor: cor quente x cor fria ou complementar Cores vibrantes combinam com a neutralidade dos projetos. É interessante, o profissional criar a sua paleta de cores, fazendo a harmonia com tons neutros de fundo. https://www.liderinteriores.com.br/blog/como-acertar-na-escolha-do-modelo-do-sofa/ https://construcaoedesign.com/influencia-das-linhas-nos-ambientes/ Competência 02 34 Figura 34: Combinação de cores vibrantes e fundo neutro cinza. Fonte: https://pinheirotintas.com.br/wp-content/uploads/2018/07/2018-08-11-Cores-escuras-na-decora%C3%A7ao.jpg Descrição: sala de estar, com diversos elementos coloridos. Fazendo contraste com esse colorido, piso, sofá e parede em tom de cinza. Contraste de tom: claro x escuro Ao trabalhar a variação de claro e escuro, através da iluminação de um ambiente, o designer estará aplicando contraste de tom em um ambiente. Este tipo de contraste, também pode ser alcançado, através da escala de brilho e degradê de uma mesma cor entre as superfícies dos objetos ou das estampas. Figura 35: Contraste de luz e sombra no mesmo ambiente. Fonte: https://i.pinimg.com/originals/99/90/9d/99909da8b4e8f85c7fdc38b42919fe70.jpg Descrição: sala de estar. De um lado do sofá e demais mobiliário, o ambiente bem iluminado, por lâmpadas no teto, e do lado oposto, fazendo o contraste, uma área com pouca iluminação. Contraste de escala ou tamanho: grande x pequeno Destacar o tamanho entre os objetos de decoração no espaço pode ser um recurso interessante em ambientes amplos, valorizando essa característica como recurso de design. https://pinheirotintas.com.br/wp-content/uploads/2018/07/2018-08-11-Cores-escuras-na-decora%C3%A7ao.jpg https://i.pinimg.com/originals/99/90/9d/99909da8b4e8f85c7fdc38b42919fe70.jpg Competência 02 35 Figura 36: Valorizando o pé-direito duplo com painel de madeira e vasos de plantas em grande escala. Fonte: https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2019/12/P%C3%A9-direito-duplo-painel-de-madeira-e- vasos-de-plantas.jpg Descrição: sala de estar com pé-direito duplo, apresentando o contraste entre os sofás, e a porta, em madeira, e vasos com plantas ao fundo, bem extensas. Contraste entre os espaços: cheio x vazio Poucos elementos distribuídos no espaço contribuem para a sua amplitude, ao mesmo tempo em que contrasta também entre a sensação de calma, de mobilidade e movimento que o “vazio” permite. Figura 37: Contraste entre a simplicidade do mobiliário com a grandeza do espaço. Fonte: https://entendaantes.com.br/estilo-minimalista-saiba-como-usar/ Descrição: sala de estar ampla, em contraste com poucos móveis no ambiente. https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2019/12/P%C3%A9-direito-duplo-painel-de-madeira-e-vasos-de-plantas.jpg https://imagens-revista-pro.vivadecora.com.br/uploads/2019/12/P%C3%A9-direito-duplo-painel-de-madeira-e-vasos-de-plantas.jpg https://entendaantes.com.br/estilo-minimalista-saiba-como-usar/ Competência 02 36 2.2.2. Equilíbrio X Instabilidade O ambiente é estável quando quase não ocorrem mudanças, mantendoum padrão entre os elementos. Mesmo quando ocorrem mudanças, elas são previsíveis e de certa forma, equalizadas na relação entre os variados itens expostos no cômodo. O equilíbrio é uma necessidade humana ao se sentir seguro com a normatização dos elementos, dos espaços, das cores, dos estilos, etc. Normalmente, o equilíbrio está associado a simetria, por esta ser a forma mais básica de equilíbrio. Em um contexto oposto, a instabilidade é causada pela variação de combinações, o dinamismo na aplicação e uso dos elementos no ambiente. Figura 38: Comparando as técnicas compositivas de Equilíbrio e Instabilidade nos ambientes. Fonte (à esquerda): https://www.ademilar.com.br/blog/decoracao-arquitetura/simetria-na-decoracao/ Fonte (à direita): https://www.liderinteriores.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Com-a-pegada-do-industrial- %E2%80%93-estilo-industrial-na-decora%C3%A7%C3%A3o-4-1024x722.jpg Descrição: sala de estar, à esquerda, apresenta um ambiente estável, em equilíbrio, possuindo simetria em sua composição. Sala de estar, à direita, possui combinações diversas, de cores, objetos, materiais, tornando o ambiente com instabilidade visual. DICA: Outras combinações gerando contrastes também são possíveis. Você pode gerar contraste entre estilo, clássico e moderno; entre texturas, lisas e rugosas; sensações, intenso e calmo, entre outros. Descubra vários tipos de contrastes arquitetônicos para aplicar em espaços Link: https://archtrends.com/blog/contrastes-arquitetonicos-diferentes- formatos-em-um-mesmo-ambiente-2/ https://www.ademilar.com.br/blog/decoracao-arquitetura/simetria-na-decoracao/ https://www.liderinteriores.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Com-a-pegada-do-industrial-%E2%80%93-estilo-industrial-na-decora%C3%A7%C3%A3o-4-1024x722.jpg https://www.liderinteriores.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Com-a-pegada-do-industrial-%E2%80%93-estilo-industrial-na-decora%C3%A7%C3%A3o-4-1024x722.jpg Competência 02 37 2.2.3. Simetria X Assimetria A simetria é a forma mais básica de equilíbrio, por manter o padrão visual repetindo, normalmente, de forma espelhada os elementos da composição. A assimetria no projeto de interiores, por outro lado, refere-se à desigualdade, não se tem uma forma espelhada através de um eixo vertical. Essa ideia surge com o objetivo de romper com a monotonia da simetria e dar espaço a uma arquitetura mais personalizada. Figura 39: Comparando as técnicas compositivas de Simetria e Assimetria nos ambientes. Fonte (à esquerda): https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/simetria/ Fonte (à direita): http://fabricati.com.br/wp-content/uploads/2019/04/decora%C3%A7%C3%A3o-de-interiores-8- 1024x683.jpg Descrição: sala de estar, à esquerda, apresenta um ambiente simétrico em sua composição, por meio do mobiliário e objetos. Sala de estar, à direita, apresenta um ambiente assimétrico em sua composição, por meio dos diversos elementos distribuídos no ambiente. 2.2.4. Simplicidade X Complexidade A ordem dos elementos e a pouca variação de contrastes contribuem para à síntese visual da simplicidade. Semelhante a minimização, a simplicidade, porém, está mais associada à normalidade, padronagem e funcionalidade. De forma contrária, a inúmera variedade de elementos, cores, formas, peso e tamanho, associada à distribuição dos objetos no ambiente, resultam em um longo processo de organização visual para a sua identificação. https://www.vivadecora.com.br/pro/curiosidades/simetria/ http://fabricati.com.br/wp-content/uploads/2019/04/decora%C3%A7%C3%A3o-de-interiores-8-1024x683.jpg http://fabricati.com.br/wp-content/uploads/2019/04/decora%C3%A7%C3%A3o-de-interiores-8-1024x683.jpg Competência 02 38 Figura 40: Comparando as técnicas compositivas de Simplicidade e Complexidade nos ambientes. Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/wp-content/uploads/2016/08/decoracao-de-sala.jpg Descrição: duas fotos, mostrando a diferença de um ambiente com simplicidade e o outro, com complexidade, nessa ordem. O primeiro, uma sala de estar, com mobiliário, parede e piso, com tons na cor branca, e alguns móveis em madeira clara. O segundo, sala de estar e jantar, com diversos mobiliários e duas paredes, bens coloridos, dando o visual bem complexo no ambiente. 2.2.5 Sutileza X Ousadia Associada ao bom gosto e elegância, através da delicadeza criativa com que os elementos se associam, a sutileza exige uma aplicação cuidadosa de soluções inovadoras, longe da obviedade e da rigidez nas intenções de uso. No entanto, obter máxima visibilidade é o principal objetivo da ousadia e deve ser utilizada com audácia, segurança e confiança. Figura 41: Comparando as técnicas compositivas de Sutileza e Ousadia nos ambientes. Fonte (à esquerda): https://casavogue.globo.com/Interiores/Ambientes/noticia/2018/12/100-ideias-de-decoracao- mais-incriveis-ja-mostradas-em-casa-vogue.html Fonte (à direita): http://www.revistavarejobrasil.com.br/espaco-design-traz-muita-funcionalidade-e-ousadia/ Descrição: ambiente de estar de um hotel, à esquerda, com teto inovador em formas curvas na cor salmão, remetendo a ondas, dando um resultado sutil, longe da rigidez. Sala de estar, à esquerda, ousando nas cores e objetos no ambiente. Utiliza cores lilás, tons de cinza e a madeira. https://www.dicasdemulher.com.br/wp-content/uploads/2016/08/decoracao-de-sala.jpg https://casavogue.globo.com/Interiores/Ambientes/noticia/2018/12/100-ideias-de-decoracao-mais-incriveis-ja-mostradas-em-casa-vogue.html https://casavogue.globo.com/Interiores/Ambientes/noticia/2018/12/100-ideias-de-decoracao-mais-incriveis-ja-mostradas-em-casa-vogue.html http://www.revistavarejobrasil.com.br/espaco-design-traz-muita-funcionalidade-e-ousadia/ Competência 02 39 2.2.6. Economia X Profusão Ao analisar a clareza do projeto e a eficácia na sua definição e informação do conceito, é dito que a economia é simplesmente a ausência de elementos que confundem o projeto, valorizando o mínimo possível. Profusão é a junção de muitas informações detalhadas e que acrescentam beleza quando apresentados junto à outros, enriquecendo visualmente a característica do ambiente. Figura 42: Comparando as técnicas compositivas de Economia e Profusão nos ambientes. Fonte (à esquerda): https://imagens-revista.vivadecora.com.br/uploads/2018/05/decora%C3%A7%C3%A3o-de- cozinha-minimalista.jpg Fonte (à direita): https://www.liderinteriores.com.br/blog/post-blog-maximalismo-na-decoracao/ Descrição: ambiente de refeição, à esquerda, com poucos elementos, dando um resultado de economia, que valorizam o ambiente. Uso apenas das cores branca e preta, juntamente, com o mobiliário, paredes e tetos. À esquerda, ambiente de estar com diversos elementos, detalhando o ambiente, mas o mesmo continua com clareza. 2.2.7. Minimização X Exagero Mesmo sendo parecido com economia e profusão, os conceitos são diferentes, pois está relacionado a questão de gerar destaque, seja com mais ou menos elementos. A minimização preza chamar a atenção através de elementos mínimos. O exagero é o uso do extravagante com a função de ser mais expressivo e impactante possível. https://imagens-revista.vivadecora.com.br/uploads/2018/05/decora%C3%A7%C3%A3o-de-cozinha-minimalista.jpg https://imagens-revista.vivadecora.com.br/uploads/2018/05/decora%C3%A7%C3%A3o-de-cozinha-minimalista.jpg https://www.liderinteriores.com.br/blog/post-blog-maximalismo-na-decoracao/ Competência 02 40 Figura 43: Comparando as técnicas compositivas de Minimização e Exagero nos ambientes. Fonte (à esquerda): https://imagens-revista.vivadecora.com.br/uploads/2018/05/modelos-de-espelho-para- decora%C3%A7%C3%A3o-minimalista.jpg Fonte (à direita): http://www.coisasdocesdavida.com/decoracao/casa-kourtney-kardashian-a-venda/ Descrição: banheiro, à esquerda, onde apresenta a minimização, por meiode elementos mínimos, como a peça metálica, na cor preta, abaixo das cubas, na cor branca e que forma um porta-tudo ao lado delas. À direita, sala e estar, com exagero nas combinações das cores, formas e estilos no ambiente. 2.2.8. Espontaneidade X Previsibilidade A espontaneidade se caracteriza por uma falta aparente de planejamento, saturada de emoção, impulsiva e livre. Por outro lado, a previsibilidade sugere, enquanto técnica visual, alguma ordem ou plano extremamente convencional e previsível na organização dos elementos. Figura 44: Comparando as técnicas compositivas de Espontaneidade e Previsibilidade nos ambientes. Fonte (à esquerda): https://www.tuacasa.com.br/wp-content/uploads/2018/10/nichos-para-sala.jpg Fonte (à direita): https://donatoemayhuire.com.br/estrutura-moderna-e-equipamentos-de-ultima-geracao/ Descrição: à esquerda, sala de estar e jantar, com móveis e objetos, aparentemente sem um planejamento, passa a sensação, de não ter ordem os elementos. À direita, uma sala de espera, bem convencional e com organização dos elementos. https://imagens-revista.vivadecora.com.br/uploads/2018/05/modelos-de-espelho-para-decora%C3%A7%C3%A3o-minimalista.jpg https://imagens-revista.vivadecora.com.br/uploads/2018/05/modelos-de-espelho-para-decora%C3%A7%C3%A3o-minimalista.jpg http://www.coisasdocesdavida.com/decoracao/casa-kourtney-kardashian-a-venda/ https://www.tuacasa.com.br/wp-content/uploads/2018/10/nichos-para-sala.jpg https://donatoemayhuire.com.br/estrutura-moderna-e-equipamentos-de-ultima-geracao/ Competência 02 41 2.2.9. Repetição X Episodicidade A repetição corresponde às conexões visuais e a unificação de diferentes elementos pela semelhança de forma, cores, texturas etc, que tenha importância especial na caracterização do ambiente. Já a episodicidade indica, na expressão visual, a desconexão, ou, pelo menos, apontam para a existência de conexões muito frágeis. É uma técnica que reforça a qualidade individual das partes do todo, sem abandonar por completo o significado maior que conceitua o ambiente. Figura 45: Comparando as técnicas compositivas de Episodicidade e Repetição nos ambientes. Fonte (à esquerda): https://stylebyemilyhenderson.com/wp-content/uploads/2015/02/BLUE-LIVING-ROOM2.jpg Fonte (à direita): https://modaestyle.blogs.sapo.pt/porque-decorar-com-cores-neutras-740582 Descrição: sala de estar, à esquerda, onde apresenta elementos com os quadros e almofadas, uma conexão entre eles e o ambiente. À direita, sala de estar, com repetição de espelhos, poltronas, mesas de centro, circulares, ocorrendo conexão entre os elementos, e estes com o ambiente. 2.2.10. Transparência X Opacidade Essa técnica está relacionada a característica física dos materiais presentes na composição do ambiente. A transparência envolve aspectos visuais através dos quais se pode ver, revelando também elementos que se encontram por trás desses elementos. A opacidade é o contrário, é o bloqueio total, o ocultamento dos elementos por trás da cena, e a clara definição dos materiais em primeiro plano. https://stylebyemilyhenderson.com/wp-content/uploads/2015/02/BLUE-LIVING-ROOM2.jpg https://modaestyle.blogs.sapo.pt/porque-decorar-com-cores-neutras-740582 Competência 02 42 Figura 46: Comparando as técnicas compositivas de Transparência e Opacidade nos ambientes. Fonte (à esquerda): https://www.decorfacil.com/wp-content/uploads/2016/07/Imagem45-2.jpg Fonte (à direita): https://www.ideiasdecor.com/sala-para-dois-ambientes/ Descrição: sala de refeição, à esquerda, com cadeiras e mesa circular, transparentes, deixando os elementos por trás, à vista no ambiente. À direita, uma sala de estar, sendo ambiente com seus materiais e objetos, em primeiro plano, ofuscando o que tem por trás. 2.3. Modalidades expressivas: desenho, pintura, gravura e colagem Estudante, você já aprendeu sobre os elementos e as técnicas visuais, sobre como organizar esses elementos em uma composição de forma a contribuir para a percepção do ambiente. Expressar esse conhecimento através do desenho, da pintura, da gravura ou da colagem será o próximo passo. Entre as modalidades de expressão visual apresentadas a seguir, em alguns casos, o desenho e a gravura pareçam similares, porém, o resultado formal de cada modalidade tem características próprias, devido a técnica ou os materiais envolvidos. Compreenda melhor as técnicas de composição visual, assistindo à videoaula 2. Reúna algumas folhas de papel colorido, cola, tesoura, lápis e borracha. E vamos criar representações visuais que expressem as técnicas como, contraste, equilíbrio, simetria e outras, usando formas básica de composição visual de forma prática para facilitar seu aprendizado. Mais uma vez, reforço que assista à videoaula 2, mesmo que não tenha os materiais ainda. Vamos à prática, mais uma vez! https://www.decorfacil.com/wp-content/uploads/2016/07/Imagem45-2.jpg https://www.ideiasdecor.com/sala-para-dois-ambientes/ Competência 02 43 2.3.1 Desenho Arte de representar, ou criar formas, através da utilização de materiais como lápis, carvão, pincel, o desenho é uma obra bidimensional composta por linhas, pontos e formas, considerada tanto processo quanto resultado artístico. O desenho é a forma mais simples de se expressar visualmente. Com pouco recurso, apenas um lápis e um papel você será capaz de descrever sua proposta de design de interiores ao seu cliente. Figura 47: Ambientes desenhados com diferentes materiais. Fonte (à esquerda): http://drawing2talbot.blogspot.com/2010/09/two-point-perspective.html?m=0 Fonte (à direita): http://portfolios.scad.edu/gallery/83777153/Color-Pencil-Rendering-of-Living-Room Descrição: sala de estar, à esquerda, apresenta um ambiente desenhado com diversos lápis grafites. À direita, uma sala de estar, desenhada com lápis de cores e marcadores diversos. O desenho, em diferentes tipos e estilos, é muito usado no desenvolvimento e na apresentação de projetos de interiores, como uma forma de agregar informações técnicas e visuais que possam contribuir para o entendimento da proposta apresentada. http://drawing2talbot.blogspot.com/2010/09/two-point-perspective.html?m=0 http://portfolios.scad.edu/gallery/83777153/Color-Pencil-Rendering-of-Living-Room Competência 02 44 Figura 48: Planta de apresentação técnica de um projeto de interiores. Fonte: https://i.pinimg.com/564x/3a/bf/46/3abf46f56922078768e4f85d80372171.jpg Descrição: conjunto de desenhos de um projeto de interiores, de um quarto de casal, sendo desenhado a mão, com grafites e diversos lápis. Apresenta planta baixa, elevações, perspectivas e detalhes. 2.3.2. Pintura A pintura é um dos tipos de arte mais tradicionais e valorizados no mundo. É a técnica de empregar pigmento, seja de forma pastosa, líquida ou em pó, para colorir uma superfície, dando-lhe matizes, tons e texturas. Mas especificamente, é a arte de pintar uma superfície, como papel (embora seja muito pouco adequado à maior parte das tintas), tela ou uma parede (pintura mural ou afrescos). Manifestação artística existente há muito tempo na história da humanidade, revelada pela arte rupestre, feitas por homens pré-históricos em rochas ou cavernas. O suporte mais comum é a tela, embora durante a Idade Média e o Renascimento, o afresco tenha tido mais importância. A pintura foi uma das principais formas de representação dos povos medievais, do Renascimento até o século XX. https://i.pinimg.com/564x/3a/bf/46/3abf46f56922078768e4f85d80372171.jpg Competência 02 45 Figura 49: Quarto em Arles BY Vincent Van Gogh (2ª versão, Setembro 1889) Art Institute of Chicago. Fonte: http://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/09/analise-da-obraquarto-em-arles-de.html Descrição: quadro pintado com um desenho de um quarto, com camade solteiro, duas cadeiras, uma pequena mesa, janela, quadros e objetos na mesa. A pintura pode ser ligada à produção de imagens decorativas ou imagens de representação, seja esta figurativa ou abstrata. Uma pintura figurativa é essencialmente a representação pictórica de um tema, ou seja, quando o artista reproduz em seu quadro uma realidade que lhe é familiar. O tema pode ser um autorretrato, uma paisagem, uma natureza morta, uma cena mitológica ou cotidiana. Já a pintura abstrata, não procura retratar objetos ou paisagens, pois está inserida em uma realidade própria. Figura 50: Composição 8, uma das obras de Kandinsky (1923). Fonte: https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/09/kandinsky.jpg Descrição: quadro pintado com diversos elementos, linhas, círculos, triângulos. Elementos bem coloridos. A obra deve ser inovadora, ter técnica e corresponder aos anseios da sociedade. Atualmente, o conceito de pintura vem sendo ampliado para a "representação visual através das cores", devido à variedade de experimentos feitos em diferentes meios e o uso da tecnologia digital. http://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2013/09/analise-da-obraquarto-em-arles-de.html https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/09/kandinsky.jpg Competência 02 46 As principais técnicas de pintura são: Pintura Mural Feita sobre muros ou paredes utilizando vários tipos de técnicas, seja diretamente na superfície, como num afresco, ou em um painel montado numa exposição permanente. A pintura mural está profundamente vinculada à arquitetura, podendo explorar o caráter plano de uma parede ou criar o efeito de uma nova área de espaço. Figura 51: Pintura mural em uma tumba egípcia. Fonte: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/representacao-egipcia-na-pintura/ Descrição: figura de um mural pintado com temas do Egito. Pintura a Óleo É uma técnica artística, que se utiliza de tintas à base de óleo, aplicadas com pincéis, espátulas, ou outros meios, sobre telas de tecido, superfícies de madeira ou outros materiais. Atualmente, já vem pronta para o uso, embalada em tubos ou em pequenas latas. Para facilitar o uso, ao espalhar na tela e ficar mais fluida, dissolve-se a tinta com óleo de linhaça ou terebintina. A tinta à óleo tem secagem mais lenta, o que permite correções na execução da obra, tendo uma excelente estabilidade e conservação da cor. https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/representacao-egipcia-na-pintura/ Competência 02 47 Figura 52: Tela “A noite estrelada”, feite por Vincent Van Gogh com a técnica de óleo sobre tela, em 1889. Fonte: https://laparola.com.br/pinturas-a-oleo-mais-famosas Descrição: tela pintada a óleo, representando um lugar à noite, com a lua, estrelas, um tronco, e uma pequena cidade ao fundo. Pintura em Aquarela Técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram dissolvidos em água e suspensos sobre a base. Com isso, não se usa cavalete para que a tinta não escorra. É uma técnica feita com tintas aguadas e transparentes, sem sobreposição de uma a outra, pois a mistura é feita antes de aplicar. Após a secagem da água, os pigmentos formam manchas de cores sobre o papel. Esta técnica pode ser utilizada em diversos materiais, entre eles, papel, couro, tela, etc. Porém, o ideal para pintura aquarelável é utilizar um papel mais grosso, com gramatura acima de 280g/m2, e feito de fibras de bambu ou algodão, por exemplo. O lápis tipo aquarelável junto com os marcadores, são materiais comuns para colorir projetos arquitetônicos e de interiores. A transparência das cores, permite o destaque de texturas e efeitos produzidos com antecedência sobre a base do desenho com nanquim ou lápis, muito comum nos croquis de projetos de interiores, como esboços feitos à mão e com liberdade de traços. https://laparola.com.br/pinturas-a-oleo-mais-famosas Competência 02 48 Figura 53: Projeto de interiores com uso de aquarela e texturas a nanquim. Fonte: https://i.pinimg.com/originals/80/2a/04/802a0420bf77cc07e27ec635515402c5.jpg Descrição: desenho de um ambiente de refeições, pintado com aquarela, com uma mesa circular e quatro cadeiras, uma luminária acima da mesa, e ao fundo, uma cozinha. Pintura com Tinta Guache A tinta guache, também é à base de água semelhante a aquarela, é bastante versátil para quem quer criar pinturas claras e luminosas. A guache pode ser diluída, acrescentando mais água ao pigmento, para criar camadas suaves e transparentes. Ao contrário da aquarela, pode adicionar a cor branca para clarear. Ela também tem um efeito texturizado, semelhante à tinta acrílica. Embora não seja tão usada quanto às tintas a óleo ou acrílicas em tela, é um material popular por ser versátil e de fácil acesso. Figura 54: Guache em papel canson. Fonte: https://joetupinamba.files.wordpress.com/2011/04/paratiguachecorel.jpg Descrição: desenho com tinta guache de um ambiente externo, onde apresenta uma rua, com edificações, e uma árvore. https://i.pinimg.com/originals/80/2a/04/802a0420bf77cc07e27ec635515402c5.jpg https://joetupinamba.files.wordpress.com/2011/04/paratiguachecorel.jpg Competência 02 49 Pastel Seco ou Giz Pastel O pastel começou a ser utilizado no século XVIII, como um meio seco e rápido de aplicação das cores ao desenho, para assim, potenciar os volumes e se aproximar mais da realidade, principalmente na pintura dos retratos e figuras. Figura 55: As bailarinas de Edgar Degas (Pastel em papel). Fonte: https://www.liveauctioneers.com/item/56806472_edgar-degas-pastel-on-paper Descrição: desenho em pastel, de duas bailarinas, em pose de dança. Ao fundo, uma parede colorida. Em combinação com aquarela ou guache, os pastéis podem ser muito vivos e eficazes. Podem ser sobrepostos a pintura a base de água, ou até aplicar aquarela sobre o pastel, já que estes não destroem o granulado do pastel que fica na superfície sobre a qual se aplicam. Em projetos de VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE A TINTA GUACHE E AQUARELA? A principal diferença entre a aquarela e a guache é o brilho e a opacidade. Uma das características fascinantes da aquarela é a sua transparência, a harmonia das suas inúmeras tonalidades e a possibilidade da junção de tons mais claros e intensos, formando inúmeras camadas. A guache também pertence a um meio de pinturas de bases aquosas, mas não tem a mesma transparência da aquarela. A guache é opaca e fosca, mas possui uma maior pigmentação, ou seja, cores intensas, vibrantes e extraordinárias. Saiba mais: https://www.casabeta.com.br/voce-sabe-a-diferenca-entre-a-tinta- guache-e-aquarela/ https://www.liveauctioneers.com/item/56806472_edgar-degas-pastel-on-paper https://www.casabeta.com.br/voce-sabe-a-diferenca-entre-a-tinta-guache-e-aquarela/ https://www.casabeta.com.br/voce-sabe-a-diferenca-entre-a-tinta-guache-e-aquarela/ Competência 02 50 design de interiores, o giz pastel seco é usado para trabalhos que exigem uma textura esfumada e nuances mais delicadas e aveludadas. Figura 56: Poltrona feita com lápis de cor e giz pastel. Fonte: https://mariathomazi.carbonmade.com/projects/4787870/17133423 Descrição: desenho de uma poltrona, na cor azul, com pés em madeira, feito com lápis de cor e giz pastel. Pintura Acrílica É uma tinta que seca rapidamente, é ótima de utilizar para pintar e fazer estudos sobre qualquer tema. Apresenta semelhança em termos de acabamento em relação às pinturas a óleo, porém, a pintura acrílica oferece limitações em termos da variedade de tonalidades existentes. Além disso, quando seca, oferece um aspecto ligeiramente brilhante e sedoso, consequência lógica do fato de serem materiais “essencialmente plásticos”. Porém, é importante lembrar que a tinta acrílica geralmente quando seca, fica mais escura do que quando
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