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Direito Romano - A Realeza

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O Direito Romano
Aspectos históricos
A Monarquia nos Primórdio de Roma
A Fórmula no Direito Romano
Material Baseado nos livros de Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro. 
Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo,2005, pag. 58 e seguintes.
A leitura da bibliografia citada é necessária para complementar os estudos sobre o tema
História do direito
semana de 23 a 27 de Março
Bibliografia
Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Das Origens de Roma
Origem Etrusca: 
Para alguns estudiosos, Roma foi fundada pelos Etruscos, povo que vivia ao norte de Roma e que pouco se sabe, a tese de fundação de Roma pelos etruscos se baseia no fato de os três últimos reis de Roma, pouco antes da implementação da república romana, terem esta origem.
Reis que governaram Roma em seus primórdios:
Rômulo; 
Numa Pompílio; 
Tulo Hostílio; 
Anco Márcio;
Tarquínio, o prisco - (origem etrusca)
Sérvio Túlio – (origem etrusca)
Tarquínio, o soberbo – (origem etrusca)
Bibliografia
Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Das Origens 
Roma, segundo a corrente que entende que esta foi fundada pelos etruscos, se origina da liga Setimonial que foi derrotada por estes por volta do século VIII a.c., partindo daí sua origem
Ligas eram os agrupamentos dos povos da região de Lácio, formadas para se protegerem de povos inimigos, sendo a mais importante a de Albana e dentre as demais a liga Setimonial.
Nota: pesquise as demais ligas que habitavam a região de Lácio. 
Bibliografia
Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Das Origens de Roma e a Lenda
Origem autônoma (tese dominante)
Para outros estudiosos, Roma foi fundada pelas populações que ocupavam a região de Lácio, sendo posteriormente dominada pelos etruscos.
A tese da fundação autônoma de Roma tem por base as denominações de origem latina de antigas instituições de Roma, são estas:
Rex 
Tribus
Magister 
Curia
Nota: pesquise o significado de cada uma das palavras em latim acima.
Bibliografia
Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
A existência da realeza em Roma
Não há dúvida, no entanto, que Roma, em suas origens foi uma monarquia e sua constituição política formada pelo:
Rei – magistrado único, vitalício e irresponsável politicamente, a sucessão no poder se dava pela escolha de seu antecessor; na falta de um escolhido, Roma era governada pelo interrex, que era um senador, por um prazo de 5 dias, revezando-se com os demais até que um novo rei fosse escolhido.
Senado – conselho do rei, formado pelos chefes das diferentes famílias (gentes), também denominados Senatores ou Patres, em um primeiro momento o senado era formado por 100 senadores, passando para 300 posteriormente e eram escolhidos pelo próprio rei.
Comícios – assembléia convocada pelo rei ou pelo interrex ou pelo tribuno celerum para deliberarem sobre determinados temas.
Nota: Pesquise o significado e atribuição do interrex, rex sacrorum e o que era o regifugium.
Bibliografia
Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Constituição Política da Realeza
Atribuições do Rei
O rei como chefe de Estado detinha 
o comando supremo do exército, 
o poder de polícia, 
as funções de juiz e de sacerdote
amplos poderes administrativos, dispondo do tesouro e das terras públicas
o poder de declarar guerra e celebrar tratados de paz. 
Auxiliavam o rei nas funções políticas:
O tribunus celerum (comandante da cavalaria)
O tribunus militum (comdandante da infantaria)
O praefectus urbis (encarregado da custódia da cidade, durante a ausência do rei.
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Constituição Política da Realeza
Auxiliavam o rei nas funções judiciárias:
Os duouiri perduellionis – juízes nos casos de crime de traição ao Estado.
Os quaestores parricidii – juízes nas hipóteses do assassinato voluntário de um Pater por um dos membros de sua família, isto é, do assassinato de um chefe de uma família.
Colégio dos pontífices, dos augures e dos feciais auxiliavam o rei nas questões religiosas.
Nota: pesquise o significado de quaestores parricidii e o significado de parricídio nos dias atuais. 
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Constituição Política da Realeza
Atribuições do Senado
O senado como conselho do rei tinha:
competência consultiva para o rei, não sendo este, isto é, o rei, obrigado a seguir os conselhos do senado
em relação aos comícios, a competência do senado era a de confirmatória das deliberações destes, as quais para terem validade, deviam obter o patrum auctoritas.
Nota: pesquise o significado de patrum auctoritas.
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Constituição Política da Realeza
Atribuições dos Comícios por cúrias
Os comícios reuniam-se, geralmente, no comitium, ao pé do Capitólio, onde deliberavam sobre propostas de interesses da cúria e demais interesses comuns, não sendo claro, segundo os estudiosos, como a vontade do povo era apurada nesses comícios.
Nas Comitia Calata, uma espécie de comício por curia que tratava das questões religiosas, o povo não era ouvido, mas apenas convocado para tomar conhecimento dos comunicados que lhe interessavam. 
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Fonte: Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Organização social de Roma na monarquia
O povo de Roma se dividia em tribos e cúrias. 
Em um primeiro momento Roma era constituída por três tribos: 
a dos Romnes, 
a dos Tities 
a dos Luceres, 
Posteriormente, no tempo de Sérvio Túlio, Roma passou a ser constituída por quatro tribos, quais sejam a: 
Palatina, 
Suburana, 
Esquilina 
Colina. 
Cada tribo era composta por 10 cúrias – divisões locais constituídas de certo número de gentes, que nela tinha seu domicílio.
Três eram os elementos que formavam a população de Roma: a gens, a clientela e a plebe. 
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Organização social de Roma - GENS
A gens era um agrupamento de famílias com caráter político, 
situavam-se em um determinado território (pagus)
tendo como chefe – pater ou magister gentis
possuiam instituições e costumes próprios, 
Formavam as assembléias (concio) e tinham regras próprias de conduta (decreta gentis). 
Seus membros se denominavam gentilis
descendentes de um antepassado comum, do qual recebiam o nome gentilício, comum a todos os gentilis; 
O nome gentilicio comum que os vinculava a uma gens não era necessariamente atribuído aos seus membros por consanguinidade. 
Os gentilis das diversas gentes, formaram o patriciado, sendo estes os únicos com os plenos direitos civis e políticos. 
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Organização social de Roma - Clientela
A Clientela era formada por famílias que foram submetidas ou que sujeitavam espontaneamente à dependência de uma gens.
A família sujeita a clientela se tornava uma espécie de vassalo da família a qual se integrava, devendo a esta obediência (obsequium), como também serviços ( operae).
Era dever dos gentiles proteção e assistência a sua clientela. 
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Applicatio er o ato solene pelo qual um estrangeiro que emigrava para Roma, se colocava sob a proteção e dependência de um pater familias patronas, tornando-se cliente. 
Manumissio : alforria
 
Organização social de Roma - Clientela
Compunham tambéma clientela:
Os estrangeiros vencidos em guerra e submetidos a uma gens por meio de deditio (rendição); 
Os estrangeiros emigrados que se submetiam voluntariamente à proteção de uma gens em razão da applicatio.
Os escravos libertados – mediante manumissio – mesmos libertos, os escravos ficavam vinculados à gens do seu antigo dono. 
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Organização social de Roma – Plebe
A plebe: formada pela população não organizada de Roma, não possuíam direitos políticos e tampouco civis.
Acredita-se que a plebe era constituída pelos vencidos em guerra e por estrangeiros que ficavam sob a proteção de Roma e pelos clientes de famílias patrícias que se extinguiram.
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Fontes do Direito Romano na Realeza
Assim como em todos os povos, o costume é a primeira fonte do direito, pois, espontâneo, independente da existência de órgãos que os elaborem; em Roma o mos maiorum (costume) foi fonte de direito na realeza. 
As leis régias eram propostas do rei, votadas pelos comícios por cúrias
 A leis regias são atribuídas, em sua maior parte aos reis, a Rômulo, Numa Pompílio e Tulo Hostilio,
Foram compiladas, nos fins da realeza e início da república, por Sexto Papirio, donde vem a denominação ius civile papirianum. 
Autores afirmam que as leis régias não eram mais que regras costumerias, de caráter religioso e que não havia direito escrito, em Roma antes da lei das XII tabuas. 
Bibliografia
Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
Fontes do Direito
Jurisprudência – Iurisprudêntia – significa ciência do direito (prudentia= ciência; iuris = direito)
a jurisprudência romana era monopolizada pelos pontífices, vez que detinham o conhecimento:
das fórmulas com que se celebravam os contratos 
das fórmulas que se intentavam as ações judiciais, como
dos dias em que era permitido comparecer em juízo para intentar ações, denominados dias fastos; os dias em que era proibido comparecer em juízo eram denominados dias nefastos
Bibliografia
Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
 
A Fórmula
Fórmula era um modelo abstrato a ser aplicado no caso concreto, com as devidas adaptações, para a redação de um documento para a fixação do objeto da demanda que deveria ser julgada por um juiz popular.
O esquema abstrato das fórmulas constava no Edito dos magistrados judiciários, publicado no início de seus mandatos.
A fórmula portanto, deve ser entendida como:
um modelo abstrato a ser aplicado no caso concreto, para a elaboração de contrato e fixação do objeto de ações
um judicium ou iudicium que é documento que no caso concreto se redige a propositura de uma ação. 
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte: Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
A Fórmula em Abstrato
Como exemplo de fórmula em abstrato, tem-se o Edito do pretor urbano, com seguinte redação:
1.“Iudex esto. Si paret Numerium Negidium Aulo Agerio sestertium X milia dare oportere, iudex, Numerium Negidium Aulo Agerio sestertium X milia condemnato; si non paret, absoluito”.
Cujo significado é que segue:
Iudex esto - Seja juiz. 
Si paret Numerium Negidium Aulo Agerio sestertium X milia dare oportere - Se ficar provado que Numério Negidio deve pagar a Aulo Agério dez mil sestércio,
Iudex - juiz, 
Numerium Negidium Aulo Agerio sestertium X milia condemnato - condena Numério Negídio a pagar a Aulo Agério dez mil sestércio; 
si non paret, absoluito - se não ficar provado, absolve-o.
A fórmula descrita acima deveria ser utilizada pelo credor de quantia certa que pretendesse cobrar judicialmente do devedor de seu crédito.
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte|: Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
Fórmula Iudicium – caso concreto
No caso concreto, o documento escrito, tinha que ter por base a fórmula anteriormente descrita, e iria fixar o objeto da demanda para que o juiz a julgasse, como exemplo tem-se:
“L. Octauius index esto. Si paret Caium Titio sestertius X milia dare oportere, iudex, Caium Titio sestertium X mília condemnato; si non paret, absoluito” .
Cujo significado é o que segue:
L. Octauius index esto - Que L. Otaviou seja o juiz. 
Si paret Caium Titio sestertius X milia dare oportere - Se ficar provado queu Caio deve pagar a Ticio dez mil sestércio,
Iudex - juiz 
Caium Titio sestertium X mília condemnato - condena Caio a pagar Tício dez mil sestércio;
 si non paret, absoluito - se não ficar provado, absolve-o.
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Fonte: Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
A Fórmula no Processo Formulário
Dada sua importância a fórmula se classifica em partes partes a saber:
Partes principais – partes formulae
Parte sacessórias – adiectiones. 
Segundo Gaio, quatro são as partes principais da fórmula:
A demonstratio,
A intentio;
A adiudicatio;
A condemnatio.
A fórmula sempre será precedida pela cláusula onde se designa o juiz da causa, isto é, o Iudex Esto. 
CPC
Bibliografia
Fonte:Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte:Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
A partes principais da fórmula
A intentio
É a parte da fórmula na qual o autor expõe sua pretensão, isto é:
Si paret Numerium Negidium Auto Agerio sestercium X milia dare oportere - Se ficar provado que Numério Negidio deve pagar dez mil sestercios a Auto Agerio.
A demonstratio
Nas fórmulas em que a intentio é incerta, o juiz popular, para poder condenar o réu necessita do elemento que lhe possibilite determinar o quidquid constante da intentio, que era expresso como segue:
 “Quod Aulus Agerius de Numerio Negidio hominem Stichum emit, quidquid ob rem Numerium Aulo Agerio dare facere oportet... - Por que Aulo Agerio comprou o escravo Stico de Numerio Negidio, o que quer que seja que por isso Numerio Negidio deva dar ou fazer a Aulo Agerio...
CPC
Art. 319
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte:Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
A partes principais da fórmula
A Condemnatio
A condemnatio é a parte da fórmula na qual se dá ao juiz popular o poder para condenar ou absolver o réu. 
A Adiudicatio
A adiudicatio é a parte da fórmula na qual se permite ao juiz adjudicar a coisa a algum dos litigantes.
A adiudicatio somente é encontrada nas fórmulas das ações divisórias, que eram três: 
A actio familiare erciscundae (ação de divisão de herança,
A Actio communi diuidundo (ação de divisão de coisa comum)
Actio finium regundorum (Ação de demanrcação de limites)
CPC
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte: Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
A partes acessórias da fórmula
As partes acessórias da fórmula são aquelas que somente serão inseridas na fórmula principal a pedido de uma das partes, sob certas circunstâncias, a saber:
A praescriptio
A exceptio
A replicatio, a duplicatia e a triplicatio
CPC
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte:LuizCarlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
Partes acessórias da fórmula - A praescriptio
Há duas espécies de praescriptiones: 
praescriptio pro actore (praescriptio em favor do autor) era utilizada para:
Fixar o polo passivo da demanda
Fixar o objeto da demanda
praescriptio pro reo (praescriptio em favor do réu) era utilizada para:
impedir que a decisão a ser tomada pelo juiz tivesse maior abrangência, prejudicando questões mais importantes para o réu, como se verá mais adiante. 
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte:Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
Partes acessórias da fórmula – A praescriptio
O autor deveria utilizar-se da praescriptio pro actore para fixar o polo passivo da demanda, como exemplo considere o que segue:
Se Caio, por meio de um escravo, promete pagar 1000 sestércios a Tício, este ao cobrá-lo judicialmente, deverá servir-se da praescriptio para salientar que o contrato foi celebrado com o escravo de Caio; com isto, na intentio, em vez do nome do escravo, figurava o de Caio na posição de réu. 
O autor deveria utilizar-se da praescriptio pro actore para fixar o objeto da demanda e evitar a extinção da ação pela litis Contestatio, como exemplo considere o que segue:
Se Caio deve a Tício 1000 sestércios, em dez prestações de 100 sestércios e não paga a segunda dessas prestações, Tício irá cobrá-lo, judicialmente, neste caso:
Tício deve tomar o cuidado de inserir na fórmula uma praescriptio onde se esclareça que a ação não diz respeito a ao direito de crédito na sua totalidade, mas apenas a segunda das prestações de 100 sestércios,
Sem a praescriptio pro actore acima, se o devedor deixar de pagar as demais prestações vincendas e for novamente cobrado judicialmente, poderia exigir a extinção da ação pelo efeito da extintivo da litis contestatio, alegando que já fora cobrado judicialmente no passado por tal dívida
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte: Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
Partes acessórias da fórmula – A praescriptio
O réu se utilizava da praescriptio pro reo para impedir que a decisão a ser tomada não prejudique outra questão mais importante, como no exemplo que segue:
Se alguém, alegando ser herdeiro do proprietário de uma coisa a reivindica das mãos de outrem, este poderá valer-se da praescriptio pro reo, para impedir que, com o julgamento se prejudique a própria herança. 
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte:Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
A partes acessórias da fórmula
A exceptio
A exceptio é a parte da fórmula pela qual o réu, invocando direito próprio ou determinada circunstância, paralisa o direito do autor. 
Por meio dela, o réu se defende indiretamente, não nega o direito invocado pelo autor, mas alega que não o observou com base em direito próprio ou pela ocorrência de certas circunstância. 
A exceptio admitem várias classificações, sendo as principais:
Perpetua ou perenptória – as que podem ser alegadas a qualquer tempo, por exemplo, perdão de dívida.
Rei cohaerentes - as que podem ser invocadas por qualquer interessado, pois, vinculada a coisa objeto do litígio.
Personae Cohaerentes – as que apenas podem ser invocadas por determinada pessoa, dizem respeito somente a ela. 
CC
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Fonte: Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro.
Fonte:Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 58 e seguintes
A partes acessórias da fórmula - A replicatio, a duplicatia e a triplicatio
A replicatio é uma exceptio em favor do autor contra a exceptio do réu.
Se por exemplo, o réu invoca, na exceptio, um determinado pacto para não pagar o débito cobrado, o autor poderá valer-se de uma replicatio para salientar que o pacto alegado foi revogado por outro posterior, que lhe dá o direito de haver a quantia cobrada.
Por sua vez o réu poderia responder ao replicátio do autor por meio de uma duplicatio e o autor através da triplicatio.
CPC
Código de Processo Civil 
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320.  A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Código de Processo Civil 
Art. 659.  A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando houver herdeiro único.
§ 2o Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação, será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, intimando-se o fisco para lançamento administrativo do imposto de transmissão e de outros tributos porventura incidentes, conforme dispuser a legislação tributária, nos termos do § 2o do art. 662.
Art. 588.  A petição inicial será instruída com os títulos de domínio do promovente e conterá:
I - a indicação da origem da comunhão e a denominação, a situação, os limites e as características do imóvel;
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência de todos os condôminos, especificando-se os estabelecidos no imóvel com benfeitorias e culturas;
III - as benfeitorias comuns.
Art. 569.  Cabe:
I - ao proprietário a ação de demarcação, para obrigar o seu confinante a estremar os respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou aviventando-se os já apagados;
II - ao condômino a ação de divisão, para obrigar os demais consortes a estremar os quinhões.
Código de Processo Civil 
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - ...
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
...
Art. 335.  O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
Art. 917.  Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
I - ....
II - .....
III- excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
Art. 437.  O réu manifestar-se-á na contestação sobre os documentos anexados à inicial, e o autor manifestar-se-á na réplica sobre os documentos anexados à contestação.
§ 1o Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas no art. 436.
Art. 343.  Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Código Civil e Código de Processo Civil 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Art. 437.  O réu manifestar-se-á na contestação sobre os documentos anexados à inicial, e o autor manifestar-se-á na réplica sobre os documentos anexados à contestação.
§ 1o Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas no art. 436.
§ 2o Poderá o juiz, a requerimento da parte, dilatar o prazo para manifestação sobre a prova documental produzida, levando em consideração a quantidade e a complexidade da documentação.
Bibliografia
Leitura necessária
Azevedo, Luiz Carlos de, Introdução à História do Direito/Luiz Carlos de Azevedo – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005.
Alves, José Carlos Moreira, Direito Romano, Forense, Rio de Janeiro. 2008

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