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SUS E ODS P R O F A N AT H Á L I A R U D E R B O R Ç A R I D I S C I P L I N A P R O G R A M A D E I N T E G R A Ç Ã O S A Ú D E C O M U N I D A D E C E N T R O U N I V E R S I T Á R I O F A C U L D A D E S M E T R O P O L I TA N A S U N I D A S - F M U SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – PANORAMA HISTÓRICO • Início século XX – campanhas sanitarista (Osvaldo Cruz – Revolta dasVacinas); - Aumento da preocupação saúde da população • 1970 – Tratamento hospitalar privado (com repasse governo) - déficit orçamentário; • 1975 – SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE; • 1977 – INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdenciária Social) - extinto em 1993); • 1978 – Conferência de Alma-Ata (OMS) – “Saúde para todos no Ano de 2000”. • 1986 –VIII Conferência Nacional de Saúde – Movimento de Reforma Sanitária; • 1987 – SUDS (Sistema Unificado Descentralizado de Saúde); • 1988 – SUS (Sistema Único de Saúde) 8º CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE - 1986 • Saúde como Direito: Para que se inscreva na futura Constituição: “A caracterização da saúde de cada indivíduo como interesse coletivo, como dever de Estado, a ser contemplado de forma prioritária por parte das políticas sociais”. • Reformulação do Sistema Nacional de Saúde: a reestruturação do sistema nacional de saúde deve resultar na criação de um Sistema Único de Saúde, separando totalmente saúde de previdência. • Financiamento do Setor: a distribuição de recursos financeiros não deve levar em consideração apenas o contingente populacional e sua arrecadação fiscal de cada região, mas também as condições de vida e de saúde da região, promovendo assim uma distribuição mais justa dos recursos 8º CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE - 1986 • “Saúde é a resultante das condições de alimentação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra, acesso a serviços de saúde...” (8ª Conferência Nacional de Saúde) • “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução de risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção” (Constituição Federal Brasileira, 1988) SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS • Sistema de saúde oficial brasileiro que tem como meta torna-se um órgão de promoção de equidade no atendimento das necessidades de saúde da população, oferecendo serviços com qualidade adequado às necessidades, independentemente do poder aquisitivo do cidadão; propõem também a promoção à saúde priorizando as ações preventivas e democratizando as informações para que a população conheça seus direitos e os riscos à sua saúde. RESPONSABILIDADES DO SUS • Promoção à saúde; • Ações preventivas; • Saúde do trabalhador • Controle de ocorrências de doenças (Vigilância Epidemiológica); • Controle de qualidade de medicamentos, exames, alimentos, higiene e adequação de instalações que atendem o público (Vigilância Sanitária); PRINCÍPIOS DO SUS DOUTRINÁRIOS ORGANIZACIONAIS Universalidade Integralidade Equidade Descentralização Regionalização e Hierarquização Resolubilidade Participação e Controle Social PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS UNIVERSALIDADE • Saúde é um direito de todos e um dever do Poder Público • Promover garantias de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão, com direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde • Enfatiza as ações preventivas e reduz o tratamento de agravos “todos têm direito aos serviços de saúde, em todos os níveis de assistência (primária, secundária ou terciária) , sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie”. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS EQUIDADE • Necessidade de se reduzir as disparidades sociais e regionais existentes em nosso país “assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que o caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras”. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS INTEGRALIDADE • Atendimento de forma integral, ou seja, o indivíduo deve ser visto como um todo, assistido em todos os níveis de atenção • Garante o atendimento integral e global ao indivíduo, considerando-o como um ser biopsicossocial • A atenção à saúde deve levar em conta as necessidades específicas de pessoas ou grupos de pessoas • Ações direcionadas aos jovens, às mulheres, aos idosos, etc “conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigido para cada caso, em todos os níveis de complexidade” PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS DO SUS DESCENTRALIZAÇÃO • Redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde – inclusive financiamento – nas 3 esferas de governo: ◦ União ◦ Estados ◦ Municípios PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS DO SUS REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO • Organização dos serviços em níveis de complexidade crescente, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais Nível terciário: atenção hospitalar Nível secundário: centros de especialidade e serviço de apoio diagnóstico terapêutico Atenção básica: Unidades Básicas de Saúde e Estratégia de Saúde da Família PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS DO SUS RESOLUBILIDADE • Diz respeito a necessidade de um sistema capacitado para enfrentar e resolver à atender os problemas de saúde, tanto individuais quando coletivos, até ó nível da sua competência PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS DO SUS PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL • Promoção das entidades representativas da sociedade na participação das decisões das politicas de saúde (por exemplo, Conferencias Nacionais de Saúde) CONSELHOS DE SAÚDE • Tem caráter permanente e deliberativo; • Órgãos colegiados compostos por: representantes do governo, prestadores de serviço e profissionais de saúde (50%) e dos usuários (50%); • Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde • Formas de participação - elaboração das diretrizes gerais da política de saúde; - formulação de estratégias de implementação dessa política; - no controle sobre a utilização de recursos; - no controle sobre a execução; - na mobilização da população. ESFERAS DO GOVERNO MINISTÉRIO DA SAÚDE CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE COMISSÃO INTERGESTORAS TRIPARTITE • Formular, coordenar e controlar a política nacional de saúde; GESTOR FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE COMISSÃO INTERGESTORAS BIPARTITE GESTOR ESTADUAL SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE GESTOR MUNICIPAL • Coordenar, planejar e avaliar as ações de saúde em nível estadual • Coordenar, planejar e avaliar as ações de saúde em nível municipal • Executar as ações de atenção básica PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – PSF/ESF • Uma estratégia de política de saúde que incorpora e reafirma princípios básicos do SUS • Iniciada em 1991, com a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) nas regiões Norte e Nordeste. • Em 1994, por iniciativa do MS, foram formadas as primeiras Equipes de Saúde da Família (ESF), incorporando e ampliando a atuação dos agentes comunitários. • Surgiu para reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases. • Melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, com foco na Atenção Básica (AB) PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – PSF/ESF • Objetivos - Possibilitar ações de prevenção de doenças, promoção da qualidade de vida e recuperação da saúde de forma integral e contínua. - Gerar práticas de saúde que integrem ações individuais e coletiva. • Exige - Profissional com visão sistêmica e integral do indivíduo, da família e da comunidade na qual esta família está inserida. - Prática humanizada, competente e resolutiva. - Permanente interação com comunidade, mobilizando-a e estimulando sua participação. COMO SE ESTRUTURA O PSF? EQUIPE MULTIPROFISSIONAL • Equipe mínima: – 1 médico (generalista ou especialista em saúdeda família); – 1 enfermeiro (generalista ou especialista em saúde da família); – 1 técnico de enfermagem. – 6 agentes comunitários de saúde (ACS). • Outros profissionais (dentista, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo...) podem ser incorporados às equipes ou formar equipes de apoio. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE • Conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, por meio de cadastramento e diagnóstico de suas características sociais, demográficas e epidemiológicas. • Identificar os principais problemas de saúde e situações de risco aos quais a população que ela atende está exposta. • Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, organizada ou espontânea: acompanhar atendimento nos serviços de referência ambulatorial ou hospitalar. • Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para enfrentar os determinantes do processo saúde-doença. • Desenvolver ações educativas e intersetoriais para enfrentar os problemas de saúde identificados. RESULTADOS ESPERADOS • Prestar atendimento de bom nível. • Evitar internações desnecessárias. • Impacto nos indicadores de saúde. • Resolubilidade de 85% dos problemas de saúde em sua comunidade. • Melhorar a qualidade de vida da população por ela assistida. • Satisfação de usuário e profissionais. O QUE PODE ACONTECER QUANDO O PSF É IMPLANTADO EM UM LOCAL??? • Diminuição do número de mortes de crianças por causas evitáveis; • Aumento do número de gestantes saudáveis e bem-informadas ao parto; • Melhora da qualidade de vida dos idosos; • Melhora dos índices de vacinação; • Hipertensos e diabéticos são diagnosticados, acompanhados e tratados; • Pacientes com tuberculose e hanseníase são localizados e tratados; • Maiores chances da efetivação do controle social. IMPLANTAR O PSF SIGNIFICA REORGANIZAR O SISTEMA DE SAÚDE ATUAL, VOLTADO PRIORITARIAMENTE PARA A DOENÇA E INTRODUZIR O FOCO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE E DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA – NASF A AMPLIAÇÃO E O FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA • O NASF foi criado pela Portaria nº. 154 de 24 de janeiro de 2008. • Objetivo: apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações. • Mantem as Equipes de Saúde da Família (ESF) como porta de entrada e as Equipes de NASF como apoio a Estratégia. COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO DO NASF • Cada NASF deve ser composto por no mínimo 5 das seguintes profissões, de acordo com a necessidade epidemiológica com carga horária de 40 horas semanais: • Médico Acupunturista; Assistente Social; Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Ginecologista; Homeopata; Nutricionista; Pediatra; Psicólogo; Psiquiatra; Geriatra; Médico do trabalho; Terapeuta Ocupacional; MédicoVeterinário. • Cada NASF deve estar vinculado a no mínimo 8 e a no máximo 15 Equipes do PSF. NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA – NASF • NASF é uma estratégia de organização da clínica e do cuidado em saúde a partir da integração e cooperação entre as equipes • A ideia é que os profissionais do NASF possam compartilhar o seu saber específico com os profissionais da equipe da Saúde da Família, fazendo com que a equipe amplie seus conhecimentos e, com isso, aumente a resolutividade da própria atenção básica. • Exemplos de ações: discussão de casos, atendimentos compartilhados, atendimentos individuais, construção conjunta de projetos terapêuticos, ações de educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, entre outros ODS- OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ODS ODS 1: Erradicação da pobreza Acabar com a pobreza extrema em todas as suas formas, em todos os lugares. ODS 2: Fome Zero e Agricultura Sustentável Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. ODS 3: Saúde e bem estar Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. ODS 4: Educação de qualidade Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. ODS 5: Igualdade de gênero Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas, em toda parte Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. ODS ODS 6: Água potável e saneamento Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. ODS 7: Energias Acessível e Limpa Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. ODS 8: Trabalho Decente e Crescimento Econômico Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos ODS 9: Indústria, inovação e infraestrutura Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. ODS 10: Reduzir das desigualdades Progressivamente alcançar, e manter de forma sustentável, o crescimento do rendimento dos 40% da população mais pobre dentro dos países e entre eles. ODS ODS 11. Cidades e comunidades sustentáveis Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. ODS 12. Consumo e Produção Sustentáveis Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis ODS 13. Ação contra Mudança Global do Clima Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos ODS 14. Vida na água Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável ODS 15. Vida Terrestre Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade ODS ODS 16. Paz, Justiça e Instituições Eficazes Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis ODS 17: Parcerias e Meios de Implementação Fortalecer a mobilização de recursos internos, inclusive através do apoio internacional aos países em desenvolvimento. Fomentar as parcerias multissetoriais entre diversos atores. POR QUE ATUAR COM OS ODS? • Agenda de Desenvolvimento com a força de um pacto mundial, envolvendo mais de 190 países. • Facilidade de comunicação com a população: a mensagem dos ODS é compreensível e mobilizadora. • Integração de ações de desenvolvimento entre o Setor Público, Setor Produtivo e a Sociedade Civil. • Metas e Indicadores: fácil de acompanhar, mostrar os avanços e perceber as melhorias.
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