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IMUNOLOGIA - 1

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MÓDULO DE IMUNOLOGIA - TUTORIA 1.
1. Drenagem linfática dos membros inferiores:
A maioria drena para os linfonodos superficiais e profundos na fáscia imediatamente inferior ao ligamento inguinal.
1.1 Linfonodos inguinais superficiais:
São aproximadamente dez, ficam na tela subcutânea e dispôem-se em paralelo ao curso do do ligamento inguinal na região superior da coxa. Medialmente, eles se estendem inferiormente ao longo da parte terminal da veia safena magna. Os linfonodos inguinais superficiais recebem a linfa da região glútea, parede abdominal inferior, períneo e regiões superficiais do membro inferior. Drenam através de vasos que acompanham os vasos femorais, para os linfonodos ilíacos externos, associados a artéria ilíaca externa no abdome.
1.2 Linfonodos inguinais profundos:
Até 3 em números, estão localizados medialmente a veia femoral. Os linfonodos inguinais profundos recebem a drenagem linfática profunda associado aos vasos femorais e da glande do pênis ( ou clitóris ) no períneo. Fazem interconexões com os linfonodos superficiais e drenam para os linfonodos ilíacos externos atavrés de vasos que passam ao longo da face medial da veia femoral durante seu curso por sob o ligamento inguinal. O espaço através do qual vasos linfáticos passam por sob o ligamento inguinal é o canal femoral. 
1.3 Linfonodos poplíteos:
Localizados profundamente na região posterior do joelho, próximo aos vasos poplíteos . Esses linfonodos recebem a linfa dos vasos superficiais, que acompanham a veia safena parva, e das áreas profundas da perna e do pé. Eles drenam para os linfonodos inguinais superficiais.
OBS: Os vasos linfáticos da região glútea acompanham os vasos sanguíneos para a cavidade pélvica e fazem conexões com os linfonodos ilíacos internos. O vasos superficiais drenam para os linfonodos inguinais superficiais.
2. Exame bacterioscópico: ( laboratório Nilton Santos ) 
Trata-se de um estudo aputado sobre as características morfotinturiais das bactérias e outros elementos como fungos, leucócitos e outros organismos celulares. Nele compreende o exame do material sob a forma de esfregaço corado. 
Tem como objetivo a pesquisa de possíveis bactérias na região onde foi retirada a amostra. Pela sua rapidez, ele é muito usado em situações de urgência. Possuem baixa sensibilidade e os resultados negativos não exlcuem a presença de microorganismos que podem ser detectados por cultura, que é o processo onde as estruturas bacterianas são visualizadas e podem sugerir alguns gêneros bacterianos como cocos gram positivos, em cadeia e bacilos negativos.
O exame bacterioscópico direto é realizado a partir da amostra clínica recém-colhida do paciente, sendo um exame presuntivo podendo obter valor de diagnóstico em uretrites gonocíticas de forma especial com os homens, mas também em outras manifestações.
Uma das doenças específicas que ele pode detectar é a candidíase. Gonorréia também pode ser diagnosticada através da realização do exame bacteriológico. Pode ser utilizado também para a verificação de sinais sugestivos do início de um processo infeccioso como leucospermia, diminuição de grutose, ácido cítrico e o aumento do pH.
2.1 Variações do exame bacterioscópico:
O mais conhecido é o que coleta material da vagina. No entanto, existem algumas variações deste exame sendo possível inclusive realiza-los em homens, ocasionando a coleta de outros materiais também.
Sua realização é importante para verificar possibilidades de existir alguma doença, ou bactéria que não seja nociva, para que quando o resultado retornar ao médico ele possa decidir o melhor tratamento a ser realizado.
3. Exame Bacteriológico:
4. Antibiograma:
5. Staphylococcus Aureus:
Uma das bactérias patológicas mais importantes, ja que atua em várias infecções, variando desde aquelas localizadas, geralmente superficiais, até algumas disseminadas, com elevada gravidade.
5.1. Fatores de virulência:
Seus principais fatores de virulência são componentes da superfície celular, toxinas, e talvez até algumas enzimas.
5.1.1. Componentes da superfície celular:
Cápsula: A maiora possui cápsula polissacarídica, cuja função principal fator de virulência é proteger a bactéria contra a fagocitose. Com base na variabilidade antigênica dos polissacarídeos capsulares é possível classificar as amostras em sorotipos, entre os quais parecem prevalecer os sorotipos 5 (cp5) e sorotipos 8 (cp8)
Peptideoglicano e Ácidos Teicóicos: Estas moléculas interagem a parede celular da bactéria contribuem para a sua patogenicidade, ativando a via alternativa do complementos e estimulando a produção de citocinas. Os ácidos teitócios promovem a ligação do patógeno às células epiteliais da mucosa nasal do hospedeiro.
Proteína A: Fica na parede bacteriana, covalentemente ligada aos peptideosglicanos, e posteriormente é liberada no organismo. Composta de uma cadeia polipeptídica com 4 resíduos de tirosina que se ligam ao FC da IgG, impedindo que ele se ligue às células fagocitárias. Tendo, portanto, atuação na proteção contra fagocitose. Se liga também em proteínas presentes no endotélio com lesão.
Proteínas que se ligam a fibronectina, ao colágeno e ao fibrinogênio: Estão também ancoradas aos peptideoglicanos e funcionam como adesinas, promovendo a colonização do tecido pela bactéria. A maioria das amostras expressam duas proteínas, FnBPA e PnBPB, que se ligam à fibronectina e são codificadas por dois genes relacionados. A proteína Cna, liga a bactéria ao colágeno, é codificada pelo gene Cna e é expessa por cerca de 50% das amostras. A proteína que se liga ao fibrinogênio (fator Clumping) atua como receptor ao fibrinogênio livre.
5.1.2. Toxinas:
Suas várias toxinas atuam de maneiras diferentes. Algumas são citotoxinas, outras são superantígenos, e um terceiro tipo degrada moléculas de adesão das células epiteliais cutâneas.
Entre as citotoxinas, as mais conhecidas são a alfa-toxina e a leucocidina. A Alfa-toxina forma poros na parede celular dos leucócitos, promovendo a saída do conteúdo celular, com morte da célula ( pode ser um mecanismo de evasão antileucocitária). Essa lesão pode causar liberação de citocinas celulares, podendo causar choque séptico. A alfa-toxina ja foi conhecida como Alfa-hemosilina por sua capacidade de lisar hemácias. As leucocidinas são assim chamadas devido a capacidade de matar leucócitos, sendo então semelhante a alfa-toxina. Estudos indiccam que ela seja igual a gama-hemolisina, e estão presentes em lesões dermonecróticas.
As toxinas com atividade como superantígenos são a TSST-1 e as enterotoxinas estafilocócias. A TSST-1 é responsável pela Síndrome do Choque Tóxico Estafilocócico ( TSS ). As enterotoxinas (SE) são as causas diretas da intoxicação alimentar estafilocócica. São conhecidos vários tipos imunológicos delas, destaque para SEA, SEB, SEC, SED e SEE. Como superantígenos, estas toxinas estimulam os linfócitos T a liberarem citocinas,, as quais provocam choque.
As toxinas que degradam moléculas de adesão do epitélio cutâneo são conhecidas como toxinas esfoliativas, e são responsáveis pela síndrome da pele escaldada, que consiste na separação da epiderme e da derme.
5.1.3. Enzimas: 
A maioria das proteínas extracelulares dessa bactéria estão envovildas na patogênese da infecção. A mais conhecida é a coagulase, em vitude de ser a enzima que caracteriza a espécie. Causa a coagulação do plasma. Essa coagulação ocorre pela transformação da protrombina em trombina que, por sua vez, ativa a formação de fibrina, a partir do fibrinogênio. Outras enzimas incluem catalase, DNAase, hialuronidase, lipase, protease e estafiloquinase. A hidrólise de diferentes proteínas e de outras moléculas pode gerar nutrientes utilizáveis pela bactéria e facilitar sua disseminação pelos tecidos.
5.1.4. Produção de biofilme:
A sua aderência à superfície de um biomaterial parece ser mediada por proteínas e, em uma segunda etapa, na formação de camadas bacterianas, é necessária a expressão de uma molécula polissacarídica, denominada PIA ( Adesina de Polissacarídeo Intercelular),codificada pelo operon ica. 
5.1.5. Aspectos genéticos da virulência:
Os genes de virulência dessa bactéria podem ser cromossômicos ou transportados por elementos móveis. Os genes da esfoliatina B e da enterotoxina A são transportados por bacteriófagos, e os da toxina de choque tóxico fazem parte de uma ilha de patogenicidade.
Regulação da Expressão dos Genes de Virulência: A expressão dos genes de virulência é controlada por uma molécula de m-RNA denominada RNA III que atua tanto na transcrição como na tradução. Ela inibe a expressão dos genes que codificam adesinas e induz os de toxinas. A produção de RNA III resulta de uma reação em cadeia envolvendo vários genes de um sistema de regulação global, denominado agr ( Gene regulador acessório ), que interage com o sar ( estafilococo regulador acessório ). 
Relação entre Curva de Crescimento e Expressão dos fatores de virulência: As adesinas são expressas na fase logarítmica de crescimento, e as toxinas na fase estacionária. Esta ordem de expressão está de acordo com a atividade patogênica da bactéria que primeiro precisa colonizar para, em seguida, causar danos ao organismo.
6. Mecanismo de resistência aos antibióticos :
Para que o antibacteriano atue, ele deve preencher 3 condições: deve ter a existência de um alvo e o antibacteriano tem que atingir esse alvo e não ser ativado antes disso. Tempo e concentração também são importantes.
As bactérias se classificam como sensiveis ou resistentes aos antimicrobianos. São classificados como resistentes aqueles que, in vitro, crescem nas concentrações que os antimicrobianos atingem a corrente sanguínea quando administrados em dosagens clínicas.
A resistência pode ser natural ou adquirida. A natural corresponde a uma característica da espécie bacteriana e todas as amostras desta espécie têm esta propriedade. Na adquirida, somente parte das amostras possuem.
O antibiótico não induz a resistência e sim é um agente selecionador dos mais resistentes existentes no meio de uma população. Essa aquisição é sempre decorrência de uma alteração genética expressa bioquimicamente. Essas alterações podem se originar de mutações cromossômicas, ou plasmídios de resistência, ou por transposons.
A resistência mediada por mutações geralmente é simples e atinge somente um antibacteriano porque dificilmente uma bactéria sofre mutação simultânea para 2 antibióticos específicos. A mediada por fator R ( plasmídio ) pode ser simples, mas na maioria das vezes é múltipla, tornando a bactéria resistente a dois ou mais antibióticos. Isso se deve a presença de genes resistentes nos plasmídios. Não é rara também a existência de mutação e plasmídio R em uma só bactéria. Bactérias com esse perfil são mais achadas em hospitais, onde há intenso uso de antibacterianos.
Tanto a resistência cromossômica, quanto a extra cromossômica podem ser transferidas de uma bactéria para a outra. A transferência pode ser por conjugação, transdução, ou transformação. Além disso, a frequência de transferência pode ser muito elevada e pode ocorrer entre bactéria da mesma espécie ou entre espécies distintas. 
Os mecanismos podem ser: produção de enzimas que atuam no antibacteriano tornando-o inativo, diminuição da permeabilidade à entrada do antimicrobiano, alteração do alvo, síntese de novas enzimas que não sofrem ação do antibacteriano e expulsão dos antibacterianos da célula
6.1. Beta-lactâmicos: 
Geralmente as bactérias se tornam resistente a eles através da produção das beta-lactamases. Estas enzimas são dotadas da capacidade de hidrolisar o anel beta-lactâmico, transformando os antibióticos correspondente em produtos inativos. As beta-lactamases da S. Aureus são codificadas por plasmídios e hidrolisam a benzil-penicilina e muitas outras, mas, de modo geral, não são ativas contra oxacilina, meticilina e cefalosporina. 
Em bactérias gram-negativas, ja foi possível detectar mais de 30 tipos diferentes de beta-lactamases e transferidas através de plasmídios. A mais difundida é a TEM-1, é codificada por plasmídios e transposons.
6.2. Aminoglicosídeos:
Existem três mecanismos de resistência a esse tipo de antibiótico. Alterações de permeabilidade, modificações ribossômicas e produção de enzimas inativantes. Os dois primeiros são mediados por mutações, e o terceiro por plasmídio. As mutações podem afetar tanto o sítio de ação ( ribossomo ), como o transporte para o interior da célula. As mutações que afetam o sítio de ação são mais importantes com relação à estreptomicina, pois, além de frequentes, determinam elevados níveis de resistência. A estreptomicina combina-se com q proteína S12 subunidade 50S. A mutação que modifica o transporte dos aminoglicosídeos para o interior da célula parece ser o principal mecanismo de resistência à amicacina. A resistência mediada por plasmídios é sempre decorrente da produção de enzimas que modificam as moléculas dos aminoglicosídeos. Três grupos de enzimas modificadoras são conhecidos: Fosfo-transferases ( PT ), adenil-trasnferases ( ADT ), e acetil-transferases ( ACT ). Essas 3 enzimas reduzem a atividade dos aminoglicosídeos porque modificam as moléculas dos antibióticos reduzindo a capacidade de fixacação destes aos ribossomos. Além disso, o transporte para o interior da célula também fica prejudicado. A resistência mediada por plasmídios é a mais frequente no caso dos aminoglicosídeos, tanto em gram-positivo, como em gram-negativo.
6.3. Tetraciclinas:
De modo geral, a resistência pra esse tipo de antibiótico por aquisição de plasmídios de resistência. A resistência se dá por meio das proteínas Tet, que se localizam na membrana citoplásmatica, provocando a saída quase imediata do antibiótico da célula. Não há evidência de inativação da droga, ou modificação do ribossomo.
6.4. Cloranfenicol:
A resistência bacteriana ao cloranfenicol é mediada pela enzima cloranfenicol-acetil-transferase (CACT), que acetilando a droga faz com que ela perca a afinidade pelo seu alvo. Outro possível mecanismo de resistência apresentado por alguns gram-negativos é a perda de permeabilidade.
6.5. Eritromicina:
Aqui, a resistência pode ser proveniente tanto de plasmídios, como de mutações. Algumas proteínas possuem mudança na proteína L15, da subunidade 50S do ribossomo decorrente de mutação. A proveniente de plasmídio ocorre com a metilação do RNA ribossômico
6.6. Rifamicina e quinolônicos:
A resistência é proveniente de mutações que alteram as enzimas RNA polimerases e girases, que são inibidas, respectivamente, pelas rifamicinas e as quinolônicas. As alterações fazem com que essas enzimas não se combinem mais com as drogas. Mutações alterando a permeabilidade às quinolonas ja foram detectadas, bem como a presença de sistemas de efluxo. Plasmídios com genes resistentes às quinolonas também já foram descritas.
6.7. Sulfonamidas e Trimetoprim:
A resistência pode ser decorrente de mutação ou aquisição de plasmídios resistentes . As mutações podem levar a superprodução de PABA e a alterações estruturais de enzimas que participam da síntese do ácido tetraidrofólico. Os plasmídios codificam uma diidropteroato sintase, com a qual as sulfonamidas não se combinam. Embora as bactérias possam se tornar resistentes a trimetoprim através da mutação, o mecanismo mais importante é por meio dos plasmídios que codifica a síntese de diidrofolato redutase, que é resistente à ação da droga.
6.8 Glicopeptídeos:
Os enterococos resistentes a estes antibióticos produzem uma enzima que permite que o estágio final da ligação, bloqueado anteriormente pela ação da droga, seja agora concluído.
6.9. Efeito da resistência na vida útil dos antibacterianos:
A substituição das amostras sensíveis por amostras resistentes na gênese de muitas infecções bacterianas, tem diminuído o valor terapêutico de alguns antimicrobianos. Este fator adquire importância ainda maior, quando nos lembramos de que a amostra selecionada pode ser resistente também a outros antimicrobianos.
7.Recrutamento dos leucócitos:
Uma das diferenças do sistema imunológico em relação aos demais sistemas éo seu movimento constante e altamente regulado de seus principais componentes celulares pelo sangue, nos tecidos e, com frequência, de volta ao sangue. Esse movimento desempenha três funções principais :
-Transportes de leucócitos de linhagem mielóide ( neutrófilos e monócitos ), desde a medula de origem, até o local tecidual de infecção ou de lesao, onde elas executarão suas funções protetoras de eliminação dos agente infecciosos, remoção dos tecidos mortos e reparo de lesão.
-Transporte de linfócitos dos seus locais de maturação ( timo e medula óssea ) para os órgãos linfóides secundários onde entram em contato com antígenos e sofrem diferenciação em linfócitos efetores.
-Transportes dos linfócitos efetores dos órgãos linfóides secundários em que foram produzidos até locais de infecção em qualquer tecido no qual desempenham suas funções protetoras.
A migração de um tipo específico de leucócito para um tipo restrito de tecido, ou para um tecido com infecção em processo de evolução, ou lesão, é denominado "endereçamento dos leucócitos" ( homing ), e o processo geral de movimento dessas células pela corrente sanguínea é denominado Recrutamento. Ela obedece diversos princípios gerais.
-Os Leucócitos que não foram ativados por fatores externos continuam circulando na corrente sanguínea e nos órgãos linfóides. Somente após a ocorrência de ativação é que essas células são recrutadas para locais em que são necessárias. Esses estímulos são produtos de micro-organismos e células mortas ( resposta inata ) e antígenos ( adaptativa ).
-As células endoteliais nos locais de infecção e de lesão tecidual também são ativadas, principalmente em resposta a citocinas secretadas por macrófagos e por outras células teciduais nesses locais. A ativação aumenta a adesão das células endoteliais com os leucócitos circulantes.
-Esse recrutamento de leucócitos para a lesão é chamado de inflamação. Ela é desencadeada pelo reconhecimento de microorganismos e tecidos mortos nas repostas imunes inatas e é intensificada e prolongada durante as respostas imunes adaptativas. Isso permite a vinda de células e moléculas de defesa para o local da lesão. O mesmo processo é responsável pela lesão tecidual e encontra-se na base de muitas doenças importantes.
Para que ocorra o recrutamento, é necessário a adesão dos leucócitos ao revestimento endotelial das vênulas pós-capilares e, em seguida, do movimento através endotélio e da membrana basal subjacente para dentro do tecido extravascular.
Trata-se de um processo de múltiplas etapas, em que cada etapa é coordenada por diferentes tipos de moléculas, incluindo quimiocinas e moléculas de adesão. Esse processo varia de acordo com a célula de defesa e o tecido alvo. 
7.1. Moléculas de adesão dos leucócitos e das células endoteliais envolvidas no recrutamento dos leucócitos.
Essa adesão ocorre com auxílio da selectinas e das integrinas, e de seus ligantes. A expressão dessas moléculas varia conforme os tipos de leucócitos e os diferentes locais nos vasos sanguíneos.
7.1.1 Selectinas e Ligantes de Selectinas.
Tratam-se de moléculas de adesão que se ligam a carboidratos da membrana plasmática medeiando assim a etapa inicial na adesão de baixa afinidade dos leucócitos circulantes com as células endoteliais que revestem as vênulas pós-capilares.
Os domínios extracelulares das selectinas assemelham-se às lectinas do tipo C, assim denominadas devido à sua ligação a carboidratos por um processo dependente de cálcio. Eles são expressos nos leucócitos e nas células endoteliais.
As células endoteliais expressam 2 tipos de selectinas, a P-selectina ( CD62P ) e E-selectina (CD26E). A P-selectina, assim designada por primeiramente ter sido encontrada nas plaquetas, está presente no citoplasma na forma de grânulos das células endoteliais, e são rapidamente redistribuídas para a superfície da célula, em resposta a produtos microbianos, citocinas, histamina dos mastócitos e trombina gerada durante a coagulação sanguínea. A E-selectina é sintetizada e expressa por volta de 1-2 horas em resposta às citocinas interleucina 1 (IL-1), e fator de necrose tumoral ( TNF ), bem como a produtos microbianos, como o lipopolissacarídio (LPS).
Os ligantes dos leucócitos consistem em grupos complexos de carboidratos que contêm sialil, relacionados com a família Lewis X ou Lewis A, presentes em diversas glicoproteínas de superfície dos granulócitos e monócitos e algumas células T de memória e efetoras previamente ativadas. 
Uma terceira selectina, denominada L-selectina (CD62L), é expressa nos leucócitos, mas não nas células endoteliais. Os seus ligantes são sialomucinas localizadas nas vênulas endoteliais altas. Nesse caso, o determinante de reconhecimento principal ao qual se liga a L-selectina nas sialomucinas é o sialil 6-sulfo-Lewis X. A expressão desses ligantes são aumentados quando quando ocorre ativação das células endoteliais pelas citocinas. A L-Selectina nos neutrófilos serve para ligação com as células endoteliais que foram ativadas por IL-1, pelo TNF e por outras citocinas produzidas em locais de inflamação. Na imunidade adaptativa, as L-selectinas atuam guiando os linfócitos T virgens até os ganglios linfáticos, através das vênulas endoteliais altas.
Nos leucócitos, a expressam dessas selectinas ocorrem na região apical de suas microvilosidades, facilitando as interações com moléculas na superfície da célula endotelial 
7.1.2. Integrinas e Ligantes de integrinas.
Proteínas heterodiméricas de superfície celular, composta de duas cadeias polipeptídicas ligadas de modo não covalente, que medeiam a adesão das células a outras células ou à matriz extracelular, através de interações de ligações específicas com diversos ligantes.
Existem mais de 30 integrinas, porém, todas com a mesma estrutura básica, contendo um dos mais de 15 tipos de cadeia alfa e um dos 7 tipos de cadeia beta. As cabeças globulares extracelulares de ambas as cadeias contribuem para a ligação entre cadeias, e para a ligação de ligantes dependentes de cátions divalentes. Os domínios citoplasmáticos das integrinas interagem com componentes do citoesqueleto . Elas coordenam sinais gerados quando se ligam a ligantes extracelulares com motilidade dependente do citoesquelet, alteração da forma e resposta fagocítica.
As mais importantes são expressas nos leucócitos, e são as LFA-1 ( antígeno associado à função leucocitária ). Um importante ligante para ela é a molécula de adesão intercelular 1 (ICAM-1), uma glicoproteína de membrana expressa nas células endoteliais ativadas por citocinas e em uma variedade de outros tipos de células, como linfócitos, células dendríticas, macrófagos, fibroblastos e ceratinócitos. A interação LFA-1 ICAM-1 é importante para interações entre leucócitos e células endoteliais e interação das células T com células apresentadoras de antígenos. A porção extracelular da ICAM-1 é composta de domínios globulares que compartilham alguma homologia de sequência e características estruturais semelhantes as encontradas nas Imunoglobulinas, sendo denominadas de "domínios Ig". Dois outros ligantes da superfamília da Ig para o LFA-1 são a ICAM-2, expressa nas células endoteliais, e ICAM-3, expressa nos linfócitos. O VLA-4 liga-se a molécula de adesão expressa nas células endoteliais ativadas por citocinas de alguns tecidos, e essa interação é importante para o recrutamento dos leucócitos nos locais de inflamação. Outras integrinas também atuam de desempenhando papéis nas respostas imunes tanto inatas quanto adaptativa. Nos monócitos circulantes, o Mac-1 se liga ao ICAM-1 e medeia a adesão ao entoléio . O Mac-1 também atua como receptor do complemento, ligando partículas opsonizadas por fragmenteos C3b inativado que resultam da ativação do complemento, intensificando, dessa maneira, a fagocitose do microorganismo.
Uma importante característica é a sua capacidade de responder a sinais intracelulares através de um rápido aumento de sua afinidade com seus ligantes.
Esse processo é designado como ativação e ocorre em resposta a sinais geradosda ligação de quimiocinas a receptores de quimiocinas e, nos linfócitos, por sinais intracelulares gerados quando o antígeno liga-se a receptores de antígeno. O processo de alterações na afinidade de ligação do domínio extracelular das integrinas induzidos por sinais intracelulares é denominado sinalização de dentro para fora. A sinalização ocorre por receptores de quimiocinas e de antígenos envolve proteínas de ligação de GTP, levando a associação de moléculas RAP e de proteínas de interação ao citoesqueleto às caudas citoplasmáticas das integrinas. Ou seja, as mudanças resultantes de afinidade são uma consequência das alterações das conformações extracelulares. Em caso de baixa afinidade, os pedículos dos domínios extracelulares aparecem inclinados, e as cabeças globulares de ligação estão mais próximas da membrana. Em resposta as alterações na cauda citoplasmática, os pedículos se estendem e afastam as cabeças globulares da membrana até uma posição onde sua interação com os ligantes seja mais efetiva.
As quimiocinas também induzem o agrupamento das integrinas de membrana. Isso resulta em maior avidez de interações das integrinas com ligantes nas células endoteliais e, portanto, ligação mais firme entre endotélio e leucócito.
7.2 Quimiocinas e Receptores de Quimiocinas:
As quimiocinas formam uma grande família dentro das citocinas estruturalmente homólogas, elas estimulam e regulam a migração dos leucócitos para o tecido.
7.2.1. Estrutura, produção e receptores de quimiocinas:
Todas são polipetídios que contêm duas alças de dissulfeto internas. São classificadas com base no número e na localização dos resíduos de cisteína N-terminais. As duas principais famílias são as quimiocinas CC (beta), cujo os resíduos de cisteína são adjacentes, e a família CXC (alfa), cujos resíduos estão separados por 1 aminoácido.
Na maioria dos casos, as quimiocinas CC estão relacionadas ao recrutamento dos neutrófilos e dos linfócitos, enquanto a maior parte das CXC e seus receptores recrutam os monócitos e os linfócitos.
Essas duas subfamílisa são produzidas por leucócitos e por vários tipos de células teciduais, como as células endoteliais, as epiteliais e os fibroblastos. A secreção de quimiocinas é induzida pelo reconhecimento de microorganismos através de receptores do sistema imune inato . Além disso, as citocinas inflamatórias, TNF e IL-1 principalmente, induzem sua produção. Várias quimiocinas CC também são produzidas por células T estimuladas por antígenos.
Os receptores de quimiocina pertencem a superfamília de receptores transmembranares acoplados à proteína G, que se liga ao GTP, que atravessa sete vezes a membrana.
Eles iniciam as repostas intracelulares através dessas proteínas G. Na célula em repouso, as proteínas G associadas formam um complexo inativo estável com o GDP ligado à subinidade G-alfa. A ocupação do receptor culmina no acoplamento e mais um fostato, virando GTP. A forma da proteína G ligada ao GTP resulta na alteração da forma proteíca, que ativa numerosas enzimas celulares. As proteínas C também estimulam alterações no citoesqueleto , bem como a polimerização de filamentos de actina e miosina, aumentando a motilidade celular. Esses sinais também modificam a conformação das integrinas e aumentam sua afinidade por seu ligante. Os receptores de quimiocina podem sofrer rápida regulação negativa seguindo a exposição à própria quimiocina, constituindo provavelmente um mecanismo para a interrupção das respostas.
Existem diferentes combinações de mais de 17 receptores de quimiocinas em diferentes tipos de leucócitos, resultando em padrões distintos de migração dos leucócitos. 
Existem 10 receptores distintos de quimiocinas CC (CCR1 À CCR10), 6 para as quimiocinas CXC (CXCR1 À CXCR6) e um receptor para CX3CL1. Esses receptores são expressos em todos os leucócitos, mas as células T exibem os maior número e a maior diversidade. O padrão de expressão celular irá determinar que tipo de células irão responder a quimiocinas específicas. Os receptores CCR5 e o CXCR4 atuam como co-receptores do HIV, os linfócitos T ativados secretam quimiocinas que se ligam ao CCR5 e bloqueiam a infeção através da competição com o vírus.
7.2.2. Ações biológicas das quimiocinas:
Algumas são produzidas pelos leucócitos e por outras células em resposta a estímulos externos e estão envolvidas em reações inflamatórias, enquanto outras quimiocinas são produzidas de modo constitutivo nos tecidos e desempenham um papel na organização do tecido.
-Elas são essenciais para o recrutamento dos leucócitos circulantes dos vasos sanguíneos para dentro dos locais extravasculares. As quimiocinas produzidas nos tecidos ligam-se ao sulfato de heparina dos proteoglicanos sobre as células endoteliais que revestem as vênulas pós-capilares e são apresentadas dessa maneira aos leucócitos circulantes que se ligam às superfícies endoteliais através de interações com moléculas de adesão. A alta concentração desses quimioatraentes na membrana endotelial é capaz de se ligar aos receptores de quimiocinas nos leucócitos.
-As quimiocinas extravasculares estimulam o movimento orientado de leucócitos porque seguem um gradiente de concentração de proteína secretada, processo denominado quimiocinese. Dessa forma, os leucócitos podem ser direcionados para as células infectadas nos tecidos ou para determinadas regiões dentro dos órgãos linfóides.
-As quimiocinas também estão envolvidas no desenvolvimento dos órgãos linfóides , e regulam o trânsito dos linfócitos e de outros leucócitos através dos vasos linfáticos periféricos.
-As quimiocinas são necessárias para a migração das células dendríticas dos locais de infecção para os gânglios linfáticos regionais (drenantes). As células dendríticas sãos responsáveis por informar os linfócitos T sobre a presença da infecção ( relação entre imunidade inata e adaptativa ). A migração depende do aumento da expressão do CCR7 na célula dendrítica, em resposta do reconhecimento do microorganismo. O CCR7 permite o reconhecimento do CCL19 e do CCL21, duas quimiocinas presentes nos gânglios linfáticos, as células T ali presentes também ppossuem o CCR7, por isso elas ficam no mesmo lugar, possibilitando a apresentação.
7.3 Interações de leucócitos com as células endoteliais e extravasamento dos leucócitos:
As selectinas, integrinas e quimiocinas atuam em conjunto para reger as interações entre leucócitos e células endoteliais .
-O rolamento dos leucócitos mediado por selectinas sobre o endotélio. Em resposta aos microorganismos e às suas citocinas produzidas, que entram em contato com agentes infecciosos, as células endoteliais que revestem as vênulas pós-capilares no local da infecção aumentam rapidamente a expressão de selectinas em sua superfície. Nos locais de resposta imune inata, devido a vasodilatação e lentificação da corrente, os leucócitos circulam próximos a parede do vaso e seus ligantes se ligam às selectinas na superfície das células endoteliais. Essas ligações são de baixa afinidade, tendo rápida taxa de desligamento. Com isso em vista, os leucócitos se desprendem e prendem rapidamente em selectinas adjacentes , rolando ao longo da superfície endotelial. Essa lentificação permite a atuação do conjunto de estímulos seguintes.
-Aumento da afinidade das integrinas mediado por quimiocinas. Quando as quimiocinas são secretadas, elas vão até a superfície luminal das células endoteliais das vênulas pós-capilares, onde se ligam à glicosaminoglicanos que contenham o domínio de sulfato de heparina e são expressos em altas concentrações. Nesse local, as quimiocinas ligam-se aos receptores específicos de quimiocinas sobre a superfície dos leucócitos em rolamento. As integrinas leucocitárias encontram-se num estado de baixa afinidade nas células não ativadas e não são efeitvas na mediação de interações de adesão. A sinalização via receptor de quimiocina aumentam a afinidade das integrinas leucocitárias com seus ligantes e o agrupamento dessas integrinas na membrana, aumentando a avidez da ligação .
- A adesão estável dosleucócitos ao endotélio mediada por integrinas. Paralelamente ao aumento da afinidade das integrinas, as citocinas TNF e IL-1 também aumentam a expressão de lingates de integrina no edotélio. Principalmente a VCAM-1, o ligante de intregrina VLA-4, e a ICAM-1. Como resultado final, temos a ligação firme dos leucócitos no endotélio, reorganização do citoesqueleto e adesão a uma área maior da superfície endotelial.
-Transmigração dos leucócitos através do endotélio. Com maior frequência, os leucócitos transmigram entre as bordas das células endoteliais, processo conhecido como transmigração paracelular, para alcançar os tecidos extravasculares. A transmigração paracelular depende das integrinas dos leucócitos e de seus ligantes sobre a célula endotelial, bem como de proteínas (CD31), que é expressa nos leucócitos e nas células endoteliais . Esse processo exige uma ruptura transitória e reversível das proteínas envolvidas nas junções de adesão. Acredita-se que essa ruptura está relacionada a presença de cinases, quando as integrinas leucocitárias ligam-se à ICAM-1 ou VCAM-1. Elas forsforilam a cauda citoplasmática da VE-caderina, rompendo o complexo de adesão. Em menor proporção, pode ocorrer também a migração transcelular.
8. Fagocitose e Morte dos microorganismos por fagócitos ativados:
Neutrófilos e macrófagos recrutados aos sítios de infecção ingerem microorganismos em vesíceulas pelo processo de fagocitose. Trata-se de um processo ativo, dependente de energia, de incoporação de partículas grandes em vesículas. Essas se fundem à lisossomos, onde as partículas ingeridas são destruídas .
Eles expressam receptores que especificamente reconhecem os microoganismos, e a ligação desses patógenos a estes receptores é a primeira etapa da fagocitose. Alguns desses receptores são de reconhecimento de padrões, incluindo lectina tipo C. Esses receptores auxiliam a fagocite de microorganismos que expressam padrões moleculares, como a manose. Também apresentam repectores de alta afinidade por certas opsoninas, incluindo anticorpos, proteínas do sistema complemento e lectinas. Um dos mais eficientes sistemas de opsonização é seu revestimento por anticorpos. Os fagócitos apresentam receptores para o Fc, presente no anticorpo IgG. A fagocitose dependente de antígenos representa a ponte entre resposta imune inata e adaptativo. Os anticorpos são produtos do sistema imune adaptativo ( linfócito B), que recrutam células efetoras do sistema imune inato para o desempenho de sua funçoes protetoras. Após a ligação da célula ao microorganismo, a célula começa a emitir pseudópodes e engloba a estrutura invasora, formando um fagossomo. 
A morte do microorganismo ocorre por meio dos fagolisossomos. Diversos receptores reconhecem os microorganismos, incluindo o TRL, receptores acoplados à proteína G, receptores para a porção Fc de anticorpos receptores . A fusão dos fagossomos com os lisossomos resulta na formação dos fagolisossomos , onde está concentrada a maioria dos mecanismos microbicidas. Três tipos de microbicidas são considerados os mais importantes:
-Espécies reativas de oxigênio: Agentes oxidativos altamente reativos que destroem os microorganismos. A oxidase fagocitária reduz o oxigênio molecular em espécies reativas de oxigênio (ROS), como os radicais superóxidos. Ele é transformado em peróxido de hidrogênio, usado pela enzima mieloperoxidase na conversão de íons haleto normalmente não reativos em ácidos haletos reativos, tóxico para as bactérias. Essa conversão de ROS é chamada de explosão respiratória, ja que ocorre durante o consumo de Oxigênio. A oxidase atua como uma bomba de elétrons, gerando um gradiente eletroquímico através da membrana do vacúolo, que é compensado com a entrada de íons. Isso causa o aumento do pH e da osmolaridade no interior do vacúolo, ativando diversas enzimas proteolíticas. 
-Óxido nítrico: Os macrófagos também produzem espécies reativas de nitrogênio pela ação da óxido nítrico sintase indutível (iNOS), uma enzima citosólica ausente em macrófagos em repouso. Ela catalisa a conversão de arginina em citrulina, com liberação do gás óxido nítrico, de difusão livre. No inteiror do fagolisossomo ele se liga ao peróxido de hidrogênio ou ao superóxido, gerando moléculas muito reativas que destroem os microorgarnismos.
-Enzimas proteolíticas: Neutrófilos e macrófagos ativados produzem diversas enzimas proteolíticas nos fagolisossomos que destroem microorganismos . Uma das importantes enzimas dos neutrófilos é a elastase, conhecida por ser necessária à morte de muitos tipos de bactérias.
Quando neutrófilos e macrófagos são fortemente ativados, podem danificar tecidos normais através da liberação de enzimas lisossômicas, ROS e óxido nítrico. Seus produtoos não diferenciam tecido próprio de não próprio, portanto, caso eles entrem no ambiente extracelular, são capazes de produzir lesão tecidual.
Além de matarem microorganismos fagocitados, os macrófagos desempenham muitas outras funções na defesa contra infecções . Muitas destas funções são mediadas pelas citocinas produzidas pelos macrófagos. A TNF e a IL-1, por exemplo, aumentam a resposta inflamatória e atraem mais leucócitos e facilitam a passagem de proteínas plasmáticas. Os macrófagos ativados também produzem fatores de crescimento para fibroblastose células endoteliais que participam do remodelamento de tecidos após infecções e lesões.
9. FARMACOLOGIA:
9.1 Antibióticos betalactâmicos :
9.1.1. Penicilinas:
Uma das 4 subclases dos betalactâmicos, ela é dividida em 5 grupos com base nos seus espectros de ação. A oxacilina está inclusa no segundo grupo, as Penicilinas estafilocócicas. É um fármaco resistente à betalactamases, codificada por genes de plasmídios de bactérias isoladas. Devido a sua hifobicidade, elas carecem de atividade contra as bactérias gram-negativas. É usada na maior parte no tratamento de infecções de pele ou dos tecidos moles e infecções por Staphylococcus aureus sensível à meticilina. A oxacilina pode causar hepatotoxicicidade reversível após a interrupção do fármaco .
Os betalactâmicos inibem a síntese de parede celular das bactérias inibindo a ligação cruzada dos polímeros da mureína . O elemento chave é a presença do anel betalactâmico sendo substrato para um ou mais transpeptidases bacterianas. Contando que as células estejam em fase de crescimento, a inibição da transpeptidase resulta em autólise mediada por autolisinas e morte celular, logo, são bactericidas para as bactérias em divisão ativa. Suas diferentes classes se diferem pelos substituintes químicos presentes no anel betalactâmico. Os de amplo-espectro atuam tanto em gram- como em gram+, e os de espectro estreito, são efetivos apenas contra os gram+.
Para sua ação, eles precisam passar pela parede celular, ( transpeptidase - espaço periplasmático ), nesse caso, as gram - ofereceriam maior dificuldade. 
Os agentes hidrofóbicos, como a oxacilina, exibe pequeno espectro de ação, ja que precisa, necessariamente, passar através da camada de mureína nas gram + e - . 
9.1.2. Cefalosporina de primeira geração : 
são ativas contra bactérias gram-positivas , bem como contra bacilos gram-negativos que causam infecção do trato urinário , pneumonia. Eles são sensíveis a muitas betalactamases, mas não pelas betalactamases estafilocócicas comuns. Sãos usados no tratamento de infecções na pele e em tecidos moles.

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