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RESUMO-MORFOLOGIA PORTUGUESA

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MORFOLOGIA PORTUGUESA
AULA 1
Através da faculdade da linguagem, que permite ao homem não só compreender as relações do e com o mundo, mas também explicar estas relações através de seu conhecimento.
Se o sistema da língua é social porque é comum a todos os falantes de uma comunidade linguística, podemos entender que a atividade linguística é sistematizada, ou seja, segue um conjunto de elementos lexicais (palavras) e gramaticais (organização do código) que fazem parte de uma língua, de uma organização interna desses elementos e de suas regras combinatórias.
SIGNOS LINGUISTICOS 
É o instrumento através do qual a comunicação se realiza. Em uma ação de comunicação, apresentamos nossos conceitos, ideias, pensamentos; enfim, nossa visão de mundo, por meio de palavras que trazem o significado que queremos transmitir.
Daí surgem os signos linguísticos (sons da língua + significado)
A língua não muda de vez em quando, e sim, de modo contínuo. Inclusive, os signos linguísticos.
Sincrônico 
Procura estudar o sistema de uma língua em uma determinada época ou período. Ex.: o plural de “pão” é “pães”; o plural de “cidadão” é “cidadãos”.
Diacrônico 
Mostra como as línguas se formaram, sua evolução natural. Ex.: o vocábulo avença é um termo arcaico, que significa “acordo”; entretanto, manteve-se na palavra desavença.
De acordo com Azeredo (2008:63) temos três conceitos fundamentais:
A- Língua como estrutura abstrata, uma espécie de denominador comum de todos os seus usos: o sistema.
B- O ato concreto de falar/ouvir ou escrever/ler a língua: o uso.
C- A soma dos usos histórica e socialmente consagrados numa comunidade e adotados como um padrão que se repete: a norma.
AULA 2
Semântico é o critério de significado.
Não deve ser observado isoladamente, pois o sentido depende da forma.
Fonológico é o critério de som.
É praticamente impossível elaborar um conceito sob este critério, pois a forma de falar do brasileiro influencia bastante na distinção dos sons formadores de cada enunciado.
Sintático é o critério da funcionalidade.
Este é um critério que abrange somente uma definição; a de ordem da organização e funcionamento da língua, desconsiderando-se os seus elementos formadores como, no exemplo a seguir, na palavra votais, que é classificada como um verbo e que é assim reconhecida.
Mórfico é o critério formal.
É o critério que se baseia na caracterização da estrutura do vocábulo, aqui se verificando a aceitação ou não da combinação das formas.
Como entendemos o que as pessoas querem nos dizer?
Através da articulação, ou seja, da possibilidade de análise, da divisão em partes.
Melhor explicando, da DUPLA ARTICULAÇÃO DA LINGUAGEM.
A linguagem é um sistema de sinais auditivo-orais, articulados, de emprego numa comunidade. Articular significa agrupar unidades menores numa outra maior, todas caracterizadas por uma parcela significativa, ou distintiva.
AULA 3
Morfemas
a morfologia é a parte da gramática que estuda as partes que compõem uma palavra ou vocábulo. Quando olhamos uma palavra, independentemente da escolaridade, somos capazes de perceber que ela é composta por partes.
Morfemas cumulativos
Em seu Morfossintaxe nos apresenta dois processos de depreensão: o processo de COMUTAÇÃO e o consequente processo de SEGMENTAÇÃO.
Comutação: quando realizamos o processo de comutação, alteramos um elemento no plano da expressão, e isso gera uma alteração no plano do conteúdo.
Ex: AM-A-VA indicativo pretérito imperfeito
RA indicativo pretérito mais-que-perfeito
RÁ indicativo futuro do presente
RIA indicativo futuro do pretérito
SSE subjuntivo pretérito imperfeito.
A cada troca, alteramos tempo e modo, ou seja, os morfemas trocados possuem os dois valores acumulador e são, por isso, chamados de morfemas cumulativos.
Segmentação: Quando realizamos a operação de comutação, acabamos por descobrir quais são os morfemas que constituem um vocábulo.
Exemplo: A forma verbal ‘amava’ é formada por am + a + va.
Ao comutarmos, descobrimos também que alguns morfemas podem se repetir em conjuntos de vocábulos. Por exemplo, em ‘cantava’ temos a repetição de ‘a’ + ‘va’, ou seja, esses morfemas se repetem. Por quê? Que tipo de morfemas são esses?
Esses morfemas usados na flexão do verbo são chamados de morfemas gramaticais. Mas e o radical ‘cant- ‘? Que tipo de morfema ele é? O radical é um exemplo de morfema lexical.
Morfema gramatical: é aquele que expressa um aspecto gramatical da língua. São exemplos de morfemas gramaticais: as desinências modo-temporais e números-pessoais dos verbos e as desinências de gênero e de número dos nomes.
Morfema lexical: é a parte da palavra em que temos o significado básico, é o núcleo semântico da palavra, esses morfemas fazem parte do inventário aberto da língua, já que novas palavras podem surgir.
Morfema derivacional: São aqueles que possibilitam a criação de novas palavras. São exemplos de morfemas derivacionais os prefixos, os infixos e sufixos. cas[inha] e cas[eiro]
Morfema categórico: São flexionais, são as desinências nominais e verbais, representando, assim, morfemas gramaticais. Indicar as flexões que as formas assumem. Ex: casa[s]; menin[a].
Formas livres: São morfemas que podem aparecer sozinhos em um enunciado.
EX: Quem chegou mais cedo? ---Ele 
Formas presas: São morfemas que não aparecem isoladamente como, por exemplo, os sufixos, as desinências etc. Exemplo: caseiro.
Formas dependentes: Essas formas foram classificadas por Mattoso Câmara Jr. (1970) e, segundo o autor, não são formas livres porque não constituem enunciados, e não são formas presas porque existem como vocábulos. Segundo Carone (1995, p. 32), são exemplos dessas formas dependentes: artigos, preposições, algumas conjunções e pronomes oblíquos átonos. Exemplo: café com leite.
Morfe: é a concretização de um morfema, ou seja, uma sequência fonêmica mínima a que se pode atribuir um significado.
Tipos de morfes.
Morfes alternantes: quando o morfema se realiza mediante a permuta entre dois fones: é um caso de alternância morfofonológica. Essa alternância não é foneticamente condicionada como em incondicional / irreal (o prefixo [in] passa a [i] quando a consoante inicial é líquida). Ex: 
Pude ≠ pôde - fiz ≠ fez - pus ≠ pôs.
Rizotônica: forma verbal cuja sílaba tônica se acha no radical.
Arrizotônica: forma verbal cuja sílaba tônica se acha fora do radical.
Exemplos de alternância consonantal:
Trag - o ≠ traz - es
[dig ] - o ≠ [diz] - es.
Alternância acentual:
Nesse caso, temos um morfema suprassegmental, ou seja, temos a variação de intensidade e altura com significado gramatical. Em português, só a intensidade tem valor gramatical, ainda que a variação de altura traga significado e possibilite a distinção entre asserção e interrogação (Ele já viajou. /Ele já viajou?). EX:
fábrica/fabrica – a incidência de maior tonicidade numa ou noutra sílaba é o elemento diferenciador do comportamento gramatical de cada uma dessas palavras (nome ou verbo).
Exército/exercito
Retífica/retifica
História/historia.
Morfe cumulativo: É um morfe que expressa mais de um significado (não há correspondência ideal entre morfe e morfema). Ex.: [mos] em viajamos – desinência número-pessoal (1a. pessoa/ plural).
GN considera que [o] em lindo é morfe cumulativo (VT + desinência de gênero).
Morfe redundante: Ocorre quando mais de um traço opõe duas formas.
Ex.: Na flexão de número, temos avô/ avós (abertura da vogal + morfema [s] como marcas de plural).
Na flexão de número, temos avô/ avós (abertura da vogal + morfema [s] como marcas de plural).
Outros exemplos - (BECHARA, 2000, p. 123): Caroço, choco, corpo, corvo, destroço, esforço, fogo, forno, fosso, imposto, jogo, miolo, olho, osso, porco, reforço, socorro, tijolo, torto, troco, troço, entre outras. Na flexão de gênero: Nos pares esse / essa e novo / nova, temos, além da inserção da desinência que indica a flexão, a abertura da vogal.
Morfe homônimo: Ocorre quando um único morfe corresponde a morfemas distintos.
Ex.: [s]
A[s] casa[s] – marca plural
(tu) ama [s] – desinência número-pessoal
AULA 4
Alomorfe:indica a realização de um morfema por dois ou mais morfes diferentes. Quer dizer, é a concretização em morfes diferentes de dois segmentos com os mesmos valores significativos. A alomorfia constitui, portanto, uma diferença de significantes, não de significado: o morfe é outro, o morfema é o mesmo.
EX: No verbo levas, o morfema –s caracteriza a 2ª pessoa do singular, que também pode ser caracterizado por –ste em levaste ou –es em levares.
O segmento / - s / marca plural, e / -es / tem a mesma função: casas x mares.
EXEMPLOS 2
--Alomorfia na raiz. Os morfemas lexicais. / ordem /, / orden-/ /ordin-/ têm a mesma significação em ordem, ordenar e ordinário.
--Alomorfia no prefixo. O prefixo / in / passa a / i / em inapto / ilegal.
--Alomorfia no sufixo. No par bananal / cafezal o sufixo / al / passa a / zal / e no par relator / falador o sufixo / or /passa a / dor /.
--Alomorfia na vogal temática. Em pão / pães, a vogal temática /o /transforma-se em/ e /.
--Alomorfia na desinência de gênero. No par, avô ≠ avó, os traços distintivos / ô / e / ó/ podem ser considerados alomorfes das desinências Ø (masculino) e / a / (feminino).
--Alomorfia na desinência modo-temporal. Em cantáramos / cantáreis, a desinência modo-temporal / ra / passa a/ re /.
A alomorfia pode ou não ser fonologicamente condicionada:
Não condicionada: Implica variações livres que independem de causas fonéticas.
Exemplo: alternâncias vocálicas em faz, fez, fiz.
Condicionada: Aglutinação de fonemas nas partes finais e iniciais de constituintes, acarretando mudança fonética. É uma mudança morfofonêmica = opera entre fonemas e altera o plano mórfico da língua.
Exemplo: redução de / in- / a / i- / diante de consoante nasal: incapaz, imutável
Morfema zero:
Ausência de segmento fônico que representaria determinada noção.	
Exemplo: O contraste singular/plural: bar – bares (o morfema –s), em que a ausência do plural, morfema –s, designaria o singular, por inexistência de morfema marcador.
--
Marca de gênero: A flexão de gênero em português acontece pelo acréscimo do morfema flexional [a] à forma masculina: o feminino é a forma marcada pela presença do morfema / a /. Sua ausência é significativa como característica de masculino – morfema zero para o masculino em português.
Exemplos: marca de gênero: mestre / mestra; leitor / leitora; professor / professora; marquês/ marquesa; menino/menina.
--
Marca de número: 
Exemplos:
1. Mar – mares. A ausência da marca de plural / -es / no morfema lexical mar indica singular.
2. Ourives, lápis, pires. O / -s / não é marca de plural: o plural dessas palavras é marcado sintaticamente.
Em muitas formas verbais encontramos o morfema zero em oposição a outros morfemas.
Exemplo: (tu) estud + a + va + s
(ele) estud + a + va + ø
(ele) estud + a + ø + ø
--
Morfe zero para a conjugação verbal:
Segundo Mattoso Câmara (1970), a constituição da forma verbal portuguesa é T ( R + VT) + D (DMT + DNP), ou seja, o tema é formado pela raiz e pela vogal temática e a esse tema podem ser acrescidas as desinências (desinência modo-temporal e desinência número-pessoal).
Nem todas as formas verbais possuem VT.
A DMT é Ø para o indicativo no presente, para o pretérito perfeito (até a 2ª pessoa do plural e –ra para a 3ª pessoa do plural.
Cant – Ø – o
Cante – Ø – i
canta- ra – m
A DNP é Ø:
1ª pessoa do singular do presente do indicativo (exceto quando aparece –o);
3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo.
Classificações de gênero:
Gênero heteronímico: mulher é feminino de homem, cabra é feminino de bode, etc. Trata-se de casos de heteronímia dos radicais, isto é, de vocábulos lexicalmente distintos, que, tradicionalmente, têm sido utilizados para indicar a categoria de gênero.”
Sobrecomuns: nomes de um só gênero gramatical que se aplicam indistintamente a homens e mulheres.
Exemplos: o cônjuge, a ferrugem, a criatura, a criança, o indivíduo, a pessoa, o ser, a testemunha, a vítima, entre outros.
Comum de dois gêneros: A marcação de gênero pode ser redundante, já que pode se encontrar tanto pela presença do morfema flexional quanto pela presença dos determinantes.
Exemplo: o menino, a menina. Temos a presença do artigo (o/a) e do morfema zero e da desinência de gênero.
Também pode determinar o gênero somente através de determinantes, ou seja, sintaticamente, como fazemos no par o dentista / a dentista.
Epicenos: Representam nomes de animais a que são agregadas as formas macho/fêmea para distinção de sexo.
AULA 5
FLEXÃO
É obrigatória devido à concordância que antecederá a palavra, o que faz da derivação um processo sem preocupação obrigatória.
DERIVAÇÃO
Pode alterar a categoria da palavra resultante, mas a flexão não muda a classe da palavra que resulta.
FLEXÃO NOMINAL OU VERBAL
1- O processo de flexão apresenta duas características essenciais: regularidade e obrigatoriedade.
2- Consiste na associação regular à base de afixos que manifestam valores obrigatórios para determinadas classes de palavras da língua.
3- A associação dos afixos são obrigatórios para determinadas classes de palavras da língua.
4- O vocábulo “flexão” é a tradução do termo alemão “biegung” que significa curvatura, desdobramento. Por isso, podemos afirmar que um vocábulo pode se “desdobrar” em outras aplicações por meio do fenômeno gramatical da flexão.
5- Entretanto, a flexão, de acordo com Câmara Jr. (1972:71), ocorre por meio de acréscimo de segmento fônico ao radical chamado sufixo flexional ou desinência.
6- O acréscimo de prefixo e/ou sufixo fará com que tenhamos outro processo: a derivação.
Flexão nominal em termos formais
No âmbito formal, substantivo e adjetivo, via de regra, apresentam diferenças muito pequenas. Tanto um quanto outro são marcados por vogais temáticas, desinências de gênero e de número, vejamos:
1- Mestre: E= vogal temática (substantivo ou adjetivo)
2- Menina: A= desinência de gênero + Morfema zero apontando o singular.
3- Meninas: S= desinência de número.
Flexão de gênero 
"Tal flexão opera através do acréscimo do morfema flexional –a átono final à forma masculina. A partir dessa explicação, podemos afirmar que o masculino seria a forma não marcada, uma vez que a desinência nominal de gênero seria somente –a, o que nos dá um morfema zero na forma masculina. O masculino só é verificado pela ausência da desinência nominal de gênero –a, presente em PROFESSORA. Há, ainda, as palavras cujo gênero só pode ser marcado pelo uso de um determinante, uma vez que a vogal final marca somente a classe gramatical da palavra, como criança, mestre, bico etc. Não há oposição entre masculino e feminino, como em MENINO e MENINA. Dessa forma, ratificamos que a vogal –o de MENINO e de BICO, o –a de CRIANÇA e o –e de MESTRE são vogais temáticas, e não desinências de gênero. "Tal afirmação de Henrique nos deflagra um problema metateórico da consideração da vogal –o de MENINO, por exemplo, como vogal temática ou como desinência de gênero
--
Flexão de número
No que concerne à flexão de número, parece-nos algo muito mais simples e coerente, uma vez que se trata da oposição entre 1 e mais de 1 elemento/indivíduo, o que é formalmente marcada pela presença ou ausência da desinência –s e alguns alomorfes.
--
AULA 6
"São dois os processos principais de formação de palavras em português: a composição, onde se agrupam radicais diferentes na formação de um novo vocábulo, e a derivação, onde ao radical da forma primitiva se acrescenta um afixo qualquer.”"
Basílio (2007, p. 33-34) afirma que o que caracteriza o processo da composição é a sua estrutura, uma vez que as bases, ou seja, os radicais que se unem para formar a nova palavra têm seu papel definido pela estrutura. Observe:
Características gramaticais: “Uma palavra composta é vista como uma estrutura fixa, um sintagma bloqueado gramaticalmente reinterpretado como uma unidade lexical nova. Seus componentes não sofrem elipse.
Características semânticas: “Uma palavra composta é interpretada como uma nova unidade de significado. Este significado novo pode ser entendido, muitas vezes, como a soma dos significadosparticulares dos lexemas componentes.”
Composição por JUSTAPOSIÇÃO: consiste em formar palavras compostas que ficam lado a lado, ou seja, juntam-se dois ou mais radicais, justapostos, sem perda de letras ou sons. Em outras palavras, não há redução alguma dos morfemas que formam a nova palavra. Ex: mandachuva, passatempo, guarda-pó, pé-de-galinha, cachorro-quente.
Composição por AGLUTINAÇÃO: consiste em formar palavras compostas nas quais pelo menos uma das palavras (radical/base) perde a sua integridade sonora, ou seja, pelo menos um dos vocábulos formadores sofre alterações de ordem fonética ou fonológica. Observe os exemplos abaixo:
planalto = plano + alto
vinagre = vinho + acre
Derivação: é a formação de vocábulos por meio do acréscimo de prefixos e sufixos ao radical. Convém, neste caso, falarmos em palavra primitiva e palavras derivadas. Trata-se de um processo muito produtivo na língua, pois muitas novas palavras podem ser criadas.
Derivação prefixal (prefixação): a palavra nova é formada pelo acréscimo de um prefixo ao radical.
In + comum= incomum
Des + leal = desleal
Derivação sufixal (sufixação): a palavra nova é formada pelo acréscimo de um sufixo ao radical. 
Feliz + mente = felizmente
Leal + dade = lealdade
Derivação parassintética (parassíntese): a palavra nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, que não podem ser retirados, pois a palavra perderia o seu significado. Por parassíntese geralmente formam-se verbos.
Derivação regressiva: A palavra nova é obtida pela redução da palavra primitiva, ou seja, consiste na subtração de elementos. Geralmente, esse processo forma nomes oriundos de verbos.
Atrasar - atraso →
Embarcar - embarque →
Regressão
Derivação imprópria: A palavra nova é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra primitiva. Não ocorre alteração da forma, só da classe gramatical. Trata-se de um caso especial de derivação, uma vez que não há acréscimo ou supressão de morfemas.
Homem-Aranha → o adjetivo aranha deriva do substantivo aranha.
Outros exemplos:
• substantivo comum a próprio: Figueira, Ribeiro, Fontes;
• de substantivo/adjetivo/verbo a interjeição: Silêncio! Bravo! Viva!
• de adjetivo a substantivo: circular - ouvinte.
O substantivo forma recebe o sufixo al para formar o adjetivo formal que, por sua vez, recebe o sufixo izar para formar o verbo formalizar. Para a formação do substantivo formalização, temos o acréscimo do sufixo ção ao verbo formalizar. Temos, então, que esse substantivo só poderia ser formado a partir dessa forma verbal, confirmando o entendimento de superposição de camadas ao invés de sequência de morfemas de uma só vez, em que não poderíamos ter o substantivo forma sendo acrescido dos sufixos al, izar e ção ao mesmo tempo, considerando que cada um desses sufixos necessita de uma base (palavra) adequada para formar outras.
AULA 7
Classes de palavras 1
SUBSTANTIVOS 
Critérios
-Semântico ou nocional:
Cunha e Cintra (2008, p. 92), assim como muitos outros gramáticos, definem substantivo a partir de um critério semântico como “a palavra com que designamos os seres em geral”. Esses autores colocam que são substantivos “[...] nomes de noções, ações, estados e qualidades tomados como seres”
-Formal ou mórfico:
Esse critério se refere às características da estrutura do vocábulo. Assim, por esse critério, substantivo é o vocábulo formado por base lexical mais morfemas gramaticais: vogal temática nominal; desinências (gênero e número) e sufixo (nominal).
-Mórfico ou de natureza formal:
Que se baseia em propriedades de forma gramatical que podem apresentar. Margarida Basílio, em Teoria Lexical, afirma que “[...] substantivo é definido como uma palavra que apresenta as categorias de gênero é número com as flexões correspondentes.” (1991) Problemas: segundo Basílio, substantivos e adjetivos possuem as mesmas flexões
-Critério funcional:
Esse critério baseia-se na função ou papel que o vocábulo desempenha na oração. Desse modo, substantivo é o vocábulo que funciona como núcleo de uma expressão ou como termo determinado. Em termos funcionais, o substantivo pode ser, segundo Basílio (1991), núcleo do sujeito, do objeto ou do agente da passiva.
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS 
Tradicionalmente, os substantivos podem ser concretos e abstratos. Um substantivo concreto “designa ser de existência independente” e um substantivo abstrato “designa ser de existência dependente.”
Por exemplo, quando pensamos em ‘sol’ temos um substantivo concreto porque o sol não precisa de outros seres para existir; quando pensamos em ‘concentração’ ou ‘felicidade’ temos um substantivo abstrato: para que ‘concentração’ ou ‘felicidade’ se manifestem é preciso que haja alguém ou alguma coisa acontecendo.
1-Um substantivo concreto pode ser próprio e comum. Um substantivo próprio designa um indivíduo em particular de uma espécie como ‘Fusca’ ou ‘Mariana’. Um substantivo comum designa todos os indivíduos de uma espécie como ‘carro’ e ‘criança’.
2-Substantivos primitivos ou derivados: substantivos primitivos são aqueles que não vêm de outra palavra na língua, como é o caso de ‘flor’; substantivos derivados são aqueles formados a partir de outras palavras na língua pelo processo de derivação, como em ‘florista’.
3-Substantivos simples e compostos: substantivos simples apresentam um único radical (flor) e o substantivo composto apresenta mais de um radical (flor-de-lis).
4-Substantivo coletivo: nomeia um conjunto de seres de uma mesma espécie, como é o caso de ‘assembleia’, coletivo que nomeia um grupo de pessoas reunidas.
ADJETIVOS
Adjetivos são palavras que indicam qualidade, defeito, característica (aspecto ou estado) ou origem de um substantivo, podendo ser simples (branco) ou compostos (branco-gelo). Em língua portuguesa, há diferentes recursos com a função de apresentar atributos e características dos seres, ou seja, tem-se a classe de palavra chamada de ‘adjetivo’ e outras formas para que se exerça a função de adjetivar.
--
O grau dos adjetivos e os efeitos de sentido.
Quando estudamos o substantivo, vimos que há diferença de sentido nas duas formas previstas pela gramática para se fazer o aumentativo, fenômeno que se repete em relação ao adjetivo. O superlativo do adjetivo, ou seja, a expressão de intensidade em uma qualidade expressa pelo adjetivo, pode ser feito com o sufixo –íssimo ou construído com muito. Dizer que “João é muito inteligente” não acarreta o mesmo significado que temos ao dizermos que “João é inteligentíssimo”. Além disso, cabe comentar o uso de ‘super’ para indicar uma qualidade positiva.
Classes dos numerais e dos pronomes:
A classe dos numerais - A visão tradicional considera que os numerais são uma classe de palavras “[...] de função quantificadora que denota valor definido.” (Bechara, p. 2000, 203).No entanto, José lemos Monteiro, em Morfologia Portuguesa, considera que numerais fazem parte da classe dos nomes e assim exercem função de adjetivo e de substantivo. (MONTEIRO, p.235).
Dois é par = Substantivo
Dois pares de sapatos = Adjetivo
-
A classe dos pronomes – Infante, em Curso de gramática aplicada aos textos, apresenta uma definição que resume o que é um pronome: “Pronome é a palavra que denota os seres ou se refere a eles, considerando-os como pessoas do discurso ou relacionando-os.” (INFANTE, 2000, p. 287). Desse modo, pronomes fixam o campo mostrativo da linguagem e valem sempre como sinais, ou seja, pronomes indicam ‘dêixis’ (“o apontar para”).
- Pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
ARTIGOS
Artigo é uma palavra que acompanha um substantivo, particularizando-o (artigo definido) ou generalizando-o (artigo indefinido). O artigo definido assinala que se trata de ‘ser’ devidamente situado e é considerado pronome demonstrativo quando antecede a preposição de ou o pronome relativo que.
A- Um, uma’ (singular) = artigos 
‘Uns, umas’ (plural) = pronomes
B- Um = algum, qualquer (pronomes indefinidos)
AULA 8
Classes de palavras 2
A função dos modos e tempos verbais – Emprego dos modosverbais:
1- Modo indicativo - Marca a realidade do fato expresso: há certeza na afirmação. Esse tempo é usado quando consideramos como certo, real ou verdadeiro o conteúdo daquilo que é dito ou está escrito. Exemplo: Caminho pela manhã para emagrecer.
2- Modo subjuntivo - Marca a incerteza do fato expresso: não se sabe se o fato expresso pelo verbo ocorre, ocorreu ou ocorrerá. Esse modo é usado quando se dá como possível, duvidoso ou hipotético o conteúdo daquilo que está escrito ou é dito. Exemplo: Se eu caminhasse pela manhã, talvez emagrecesse.
3- Modo imperativo - Marca pedido, ordem, súplica, conselho. Exemplo: Caminhe pela manhã e emagrecerá.
-
Emprego dos tempos verbais:
1- Tempo presente: O tempo presente do indicativo é usado para indicar: um fato atual. Ex: Sempre tomo café após o almoço
2- Pretérito perfeito: Esse tempo verbal é usado quando estabelecemos limites na duração da fala.
3- Pretérito imperfeito: O pretérito imperfeito do indicativo caracteriza-se por expressar uma ação prolongada. Ex: “Eu caminhava na beira da praia quando morava em Copacabana.”
-
Segundo Ilari e Basso (2006, p. 113), se você ouvisse a frase “Ele veio para a festa de carro, mas morreu no caminho”, provavelmente acharia que essa frase soou estranha porque ‘veio’ nos transmite a ideia de uma ação acabada, fato que conflita com o que está exposto na segunda parte da sentença. No entanto, se disséssemos “Ele vinha para a festa, mas morreu no caminho” ou “Ele estava vindo para a festa, mas morreu no caminho”, esse conflito se desfaz. A essa distinção entre os tempos do passado, por exemplo, chamamos de aspecto verbal.
-
4- Pretérito-mais-que-perfeito: Embora seja também um tempo indicativo de passado, seu uso mostra que o processo em questão, ainda que tenha ocorrido no passado, o fez de forma anterior ao que é indicado pelo pretérito perfeito. Atualmente, o uso desse tempo verbal está vinculado a ambientes de uso formal da língua. Ex: Ele trabalhara mais do que devia. //Quem me dera eu ganhasse no loto!
5- Futuro do presente: Representa o fato como não concluído e o situa em um tempo posterior ao presente. Esse tempo indicativo de futuro atua, basicamente, para mostrar um fato provável de ocorrer. Ex: Amanhã, irei à praia.
6- Futuro do pretérito: Representa o fato como não concluído e o situa em um intervalo de tempo no passado. Exprime um fato futuro tomado em relação ao passado, sendo também usado para indicar dúvida em relação a algo. Usar o futuro do pretérito demonstra o grau de comprometimento de quem fala diante do tema tratado. Uma hipótese. Ex: Segundo me disseram, ele depositaria quase trinta mil no banco.
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As formas nominais do verbo
1- Infinitivo: amar, comer, dormir
2- Particípio: amado, comido, dormido
3- Gerúndio: amando, comendo, dormindo
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O problema em relação ao gerúndio reside no uso de sua forma composta: frequentemente o verbo ir conjugado + o verbo estar no infinitivo + o gerúndio. Dizer Vou estar dormindo na hora da novela está correto sob o ponto de vista da gramática normativa, já que o verbo indica uma ação que ocorre no momento de outra. Pode-se também usar essa estrutura quando dizemos amanhã, vou estar trabalhando o dia todo, na qual essa estrutura indica um processo duradouro e contínuo.
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Formas e Classificações de Neologismos
1- Advérbio: A classe dos advérbios funciona como modificadora do processo verbal.
2- Conjunção: Consiste em uma classe de palavras invariáveis que unem termos de uma oração ou orações.
3- Preposição: É a palavra invariável que atua como conectivo entre palavras ou orações, estabelecendo sempre uma relação de subordinação.
AULA 9
Outros processos de formação de palavras.
Onomatopeia: Trata-se de palavra formada por meio de uma tentativa de reproduzir sons e vozes. Vejam os exemplos: bangue-bangue; piu-piu etc.
Hibridismo: Como sabemos, nossa língua é formada por heranças deixadas por outras línguas mais antigas. Às vezes, pensamos que somente o Latim nos deixou um legado, mas o grego e algumas outras línguas também o fizeram.
Dessa forma, o resultado da combinação ou união de palavras ou morfemas pertencentes a idiomas diferentes chama-se hibridismo.
Exemplos: Reportagem (inglês + latim); televisão (grego + latim); surfista (inglês + grego); Sociologia (latim + grego); Sambódromo (africano + grego)
Reduplicação: Segundo Henriques (2007, p. 126), a Reduplicação “consiste na repetição de sílabas semelhantes ou iguais, com o intuito de formar palavra onomatopaica (imitativa) ou hipocorística (afetiva).” O autor sugere os seguintes exemplos: reco-reco, tique-taque, cricri, vovô, teteia e Bebeto.
Sigla/Abreviação: SIGLA é a palavra formada pela combinação das letras iniciais das palavras que compõem um nome. 
PIB – Produto interno bruto.
PT – Partido dos trabalhadores.
IBGE – Instituto brasileiro de geografia e estatística.
Abreviação - A ABREVIAÇÃO ocorre quando optamos por não utilizar a palavra completa, como em endereços, quando usamos R. = Rua; TV. =Travessa; AV. = Avenida, e assim por diante. Na internet, por exemplo, podemos verificar várias abreviações por conta das novas necessidades de velocidade do mundo tecnológico globalizado. O famoso Internetês faz parte desse processo.
Neologismo: NEOLOGIA é o processo de formação de novas unidades lexicais, ou seja, as palavras podem ser oriundas ou não de outras já existentes ou, ainda, serem atribuídas de um novo significado que não o dicionarizado, obtendo como produto o NEOLOGISMO. O neologismo pode originar-se de outra língua e pode se adaptar ao nosso sistema morfofonêmico
Neologismo lexical ou vocabular
Consiste na criação de novos significantes ou palavras para compor a língua.
Neologismo semântico ou de sentido.
Consiste na apropriação de significados novos para significantes já existentes, atribuindo a este vocábulo um conteúdo que ele não tinha até então.
Neologismos sintáticos ou locucionais:
caracterizam-se por serem expressões cujos componentes, separadamente, estão dicionarizados, mas que, juntos, têm um valor semântico novo.
Neologismo fonológico:
 caracteriza-se pela combinação inédita de fonemas, não procedente de nenhuma palavra já existente na língua.
AULA 10
O novo acordo ortográfico
O novo acordo ortográfico é fruto de um documento assinado por representantes dos países falantes de Língua Portuguesa, com o intuito de unificar a ORTOGRAFIA da língua. Em outras palavras, os responsáveis por essa reforma pretendiam construir um sistema ortográfico comum, mas não houve alterações na gramática da língua.	
ORTOGRAFIA - tem a ver com a escrita das palavras. Z ou S? X ou CH? Acento agudo ou circunflexo? Isso é ortografia! Dessa forma, estima-se que somente 0,5% das palavras vigentes seria afetado.
OS MOTIVOS DO NOVO ACORDO - O motivo principal deste acordo é promover a unificação ortográfica dos países que têm o português como língua oficial, os quais são: Brasil, Portugal, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Segundo os organizadores, o Acordo ortográfico representa um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional. (cf. BECHARA, 2008)
Os favoráveis ao acordo defendem que ele facilitaria o processo de intercâmbio cultural e científico entre os países que falam Português; ampliaria a divulgação do idioma e da literatura de língua portuguesa, além de reduzir custos de produção e adaptação de livros. Poderia, ainda, facilitar a aprendizagem da língua pelos estrangeiros, o que nos parece grande falácia, pois se aprende uma língua pela oralidade, em primeiro lugar.
Os contrários ao Novo Acordo, por sua vez, advogam que todos que já possuem interiorizadas as normas gramaticais terão de aprender novas regras e isso seria motivação para o surgimento de dúvidas. Há também o alto custo de adaptação de documentos e publicações. As editoras, principalmente as de livros escolares, agradecem! Em última análise, outros aspectos que mereciam mudanças não foram contemplados a fim de, verdadeiramente, facilitara compreensão.
REGRAS
1- Nos ditongos abertos éi e ói das paroxítonas o acento caiu. Assim, termos como: colméia, estréia, geléia, idéia, jibóia, heróico, platéia, jóia, apóio (de apoiar), dentre outras, ficam: colmeia, estreia, geleia, ideia, jiboia, heroico, plateia, joia, apoio. Obs: Lembre-se de que a primeira regra citada é válida para as paroxítonas e, portanto, as oxítonas, ou seja, as palavras cujo acento tônico recaem sobre a última sílaba continuam acentuadas: anéis, fiéis, papéis, heróis, troféu, chapéu etc.
2-O acento no i e u tônicos não existe mais quando vierem depois de ditongos nas paroxítonas. Dessa forma, vocábulos como: feiúra, baiúca, bocaiúva e cauíla, ficam: feiura, baiuca, bocaiuva e cauila.
3-Nas formas verbais paroxítonas que possuem o e tônico fechado em hiato (sons vocálicos adjacentes que ficam em sílabas separadas) com a terminação – na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo.
4-Na vogal tônica fechada (^) em o nas paroxítonas, precedidas ou não de “s”: abençoo, doo (do verbo doar), enjoo, voo, povoo, perdoo etc. Com exceção dessas duas situações o restante continua igual!

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