Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Morfologia da Língua Inglesa Kelly Santos Aprender sobre a morfologia de sua estrutura. Reconhecer a importância das classes de palavras. Aprender sobre lexemas e formas de palavras. WEB 1 O que é morfologia? A morfologia é uma subdisciplina da linguística (ciência que estuda línguas) junto com a fonética, a fonologia, a sintaxe, a lexicologia e a semântica ,que estuda a estrutura interna das palavras, ou seja, como as palavras são formadas, e como elas interagem entre si. Abrange a parte da linguística responsável por analisar e estudar as palavras, ou seja, como são formadas, seus significados e suas funções, quando agrupadas em sentenças e/ou combinadas entre si. Cada idioma possui sua morfologia específica, ou seja, algumas línguas apresentam certas regras em comum, outras, a ausência total de normas ou, ainda, diferentes princípios que não se aplicam ao português ou ao inglês. Como interpretar essas diferenças morfológias? a.pelo estudo da estrutura interna das palavras, ou seja, das partes que as compõem. b. pela perspectiva da sabedoria científica, e aí a morfologia pode ser vista como uma ciência. Como estas mudanças impactaram a nossa sociedade? Por ser uma ciência que estuda o comportamento das palavras, que está diretamente ligado à história, às decisões políticas e à sociedade. Forma de Analisar a Estrutura Interna das Palavras Na morfologia da língua inglesa, as palavras são estudadas de duas formas: pela estrutura fonológica das palavras ou pelas variações sistemáticas com mudanças semânticas. Toda palavra possui uma composição interna, e nesta, existe uma estrutura fonológica, ou seja, uma sequência de sons sem significados individuais, mas que possuem valor de contraste. A palavra say= fonética /seI/, e o fonema /s/, apesar de não expressar significado algum, tem valor contrastivo, pois, sem o som /s/, não seria possível diferenciar say de, por exemplo, may, way, bay e day. a morfologia estuda a estrutura interna das palavras pelas variações na forma e no significado que acontecem de modo ordenado e metódico em diferentes palavras. As palavras cats, nights, pencils e speakers compartilham o final fonológico do som /s/ e também o componente semântico de multiplicidade, representado pelo acréscimo da letra [s] no final da palavra, ou seja, sempre que essas palavras forem representar “mais de um”, serão acrescidas da letra [s] com o som /s/ em posição final, sistematicamente. Porém, palavras como blitz, box, nice e lapse não possuem essa sistemática de multiplicidade, apesar de terminarem com o som /s/. Classificação de estrutura das palavras THAT THE A AN MOUNTAIN DRANK WORKEDENGLISH O que isso representa para você? “Palavras” podem ser definidas como qualquer sequência de letras que correspondam a um significado ou uso gramatical. existem duas classificações importantes de palavras em morfologia que nos ajudam a organizar as palavras em duas categorias: lexema (lexeme) e forma de palavras (word form). LEXEME: um grupo de palavras derivadas de sua forma lexical original. WORD FORM: são palavras concretas, ou seja, todo e qualquer conjunto de letras, separados por espaços. Lexemas e formas de palavras representam um conjunto de forma de palavras, que, por sua vez, também pode ser chamado de paradigma (paradigm); O nome lexema se originou do nome “dicionário mental” que temos em nossas mentes, conhecido pelos linguistas como lexicon; Um conjunto de lexemas relacionados entre si é chamado de família de palavras (word families). READ READABLE UNREADABLE READER READABILITY REREAD Recordando Essas variações são chamadas de lexemas complexos (complex lexemes); As formas de palavras, ao contrário de lexemas, são concretas e podem ser pronunciadas e usadas em escrita. Toda forma de palavra pertence a um lexema. Por exemplo, a forma de palavra written pertence ao lexema write; toda forma de palavra carrega o significado de seu lexema. As palavras writing ou wrote, do lexema write, expressam o mesmo significado de “escrever”, porém no gerúndio e no passado, respectivamente. Por outro lado, cada lexema tem um sentido independente – por exemplo, a palavra writer, apesar de derivar de write, tem outra significação, isto é, “pessoa que escreve”, e não o verbo “escrever” Assim, classificamos a morfologia de duas formas: a morfologia inflexional, que estuda a relação de lexemas e formas de palavras; e a morfologia derivacional, que estuda a relação de lexemas e famílias de palavras. Morfemas Os morfemas (morphemes) são as menores partes individuais, ou constituintes, de uma palavra que carregam um significado. Diferentemente das sílabas, os morfemas expressam um sentido lexical ou gramatical, sendo denominados morfemas léxicos e morfemas gramaticais. Podemos chamar as palavras que não podem ser divididas em morfemas de monomorfêmicas. “Jack found an unbelievable cameleon” Correlação entre afixos, base, radical e raíz afixo (affix) o menor morfema abstrato atrelado a um morfema maior. base (base), que carrega um significado concreto; quando uma base for uma “forma de palavra inflexionada”, ela também pode ser chamada de radical (stem). PREFIXO UN-do SUFIXO wonder-FUL adaptability Partes do Discurso Na língua inglesa, e em vários outros idiomas, as palavras podem ser categorizadas em grupos de acordo com sua função e correlação em uma sentença; Sua função é o que denomina seu papel no discurso, escrito ou falado, e não sua gramática sintática, por exemplo; É interessante lembrar que essas categorias só existem quando as palavras, ou partes, são analisadas em uma frase ou períodos simples; Se abordadas de forma isolada, as palavras não possuem funções a serem comparadas ou categorizadas; De forma geral, existem oito grupos. Grupo de Palavras SUBSTANTIVOS PRONOMES VERBOS ADVÉRBIOS ADJETIVOS CONJUNÇÕES INTERJEIÇÕESPREPOSIÇÕES Partes do discurso de acordo com suas funções SUBSTANTIVO PRÓPRIO SUBSTANTIVO COMUM SUBSTANTIVO CONCRETO SUBSTANTIVO ABSTRATO SUBSTANTIVO CONTÁVEL SUBSTANTIVO NÃO CONTÁVEIS SUBSTANTIVO COLETIVO Substantivo: São palavras usadas para dar nome às pessoas, coisas, animais, lugares, ideias ou eventos. Jack Nicholson, cars, birthday, universe, Carol, lights, death, happiness AdjetivosPronome Pronomes são nomes que substituem um substantivo. A seguir estão os principais: a. Pronomes dos sujeitos em uma oração: I, you (tanto para singular quanto para plural), he, she, it, we, they. b. Pronomes dos objetos em uma oração: me, you (singular e plural), him, her, it, us, them. c. Pronomes possessivos: mine, yours (singular e plural), his, hers, its, ours, theirs. d. Pronomes possessivos adjetivos: my, your (singular e plural), his, her, its, our, their. e. Pronomes relativos (que juntam duas frases): that, who(m), which, where, whose. f. Pronomes compostos indefinidos: someone, anyone, no one, anybody, somebody, nobody, somewhere, anywhere, nowhere, sometime, anytime, somewhat. g. Pronomes de referência posterior: one, ones. Adjetivos são usados para descrever ou qualificar um substantivo ou um pronome. Podem especificar tamanho, qualidade e número. •That was an awesome play. •Everybody thinks there are two kinds of politicians: the bad ones, and the dishonest ones. •I saw it. It was round, big, yellow and covered with wide stripes. Advérbio Advérbios são os “adjetivos” dos verbos/adjetivos/outros advérbios, de uma forma geral e simples. Eles descrevem forma, tempo, lugar e grau. Verbo Provavelmente a parte mais importante do discurso, pois dificilmente conseguiremos nos expressar completamente de forma clara sem usar verbos. Verbos descrevem ou mostram ações físicas ou mentais ou estados (do sujeito ou do objeto). Exemplos de verbos em sua formado infinitivo: to miss, to jump, to read, to cry, to be. Exemplos de verbos conjugados: am, is, are, has, goes, play, do, want, sat, talked, believed, written, done, understood. ADVÉRBIO DE MODO ADVÉRBIO DE TEMPO ADVÉRBIO DE FREQUÊNCIA ADVÉRBIO DE GRAU ADVÉRBIO DE LUGAR Conjunção As conjunções tornam textos e frases mais coerentes e fáceis de entender e interpretar, já que são usadas para conectar ideias e informações. As conjunções podem ser organizadas de acordo com suas funções: a) Conjunções coordenadas: provavelmente a conjunção mais usada na língua inglesa. Sua função é ligar palavras, frases e orações. São posicionadas entre informações, e não no início ou no fim. Exemplos: and, or, so, but, for, nor, yet. b) Conjunções subordinadas: usadas para conectar duas orações; estas conjunções introduzem uma oração dependente e a conecta com a oração independente. Podem ser posicionadas no começo, meio ou final da frase, no caso de though, por exemplo. Por fim, uma vírgula é normalmente acrescentada entre orações. c) As conjunções subordinadas mais comuns são: while, as soon as, although, before, even if, because, no matter how, whether, wherever, when, until after, as if, how, if, provided, in that, once, supposing, unless, in case, as far as, now that, as, so that, though, since. d) Conjunções correlativas: são sempre usadas em pares e usadas para conectar elementos com algo em comum. São elas: either… or; neither… nor; not only… but also; both… and; whether… or; so… as. Preposição As preposições são palavras ou termos que apresentam uma relação com a próxima palavra, ou seja, o objeto (direto ou indireto) e a palavra anterior, como um verbo, por exemplo. Preposições normalmente especificam lugar, tempo e pessoas. under, before, by, from, without, to, at, on, in, throughout, near, since, in front of. EXEMPLOS: I live near downtown Cats can’t go without a nap We work hard throughout the year. Conjunção As conjunções tornam textos e frases mais coerentes e fáceis de entender e interpretar, já que são usadas para conectar ideias e informações. As conjunções podem ser organizadas de acordo com suas funções: a) Conjunções coordenadas: provavelmente a conjunção mais usada na língua inglesa. Sua função é ligar palavras, frases e orações. São posicionadas entre informações, e não no início ou no fim. Exemplos: and, or, so, but, for, nor, yet. b) Conjunções subordinadas: usadas para conectar duas orações; estas conjunções introduzem uma oração dependente e a conecta com a oração independente. Podem ser posicionadas no começo, meio ou final da frase, no caso de though, por exemplo. Por fim, uma vírgula é normalmente acrescentada entre orações. c) As conjunções subordinadas mais comuns são: while, as soon as, although, before, even if, because, no matter how, whether, wherever, when, until after, as if, how, if, provided, in that, once, supposing, unless, in case, as far as, now that, as, so that, though, since. d) Conjunções correlativas: são sempre usadas em pares e usadas para conectar elementos com algo em comum. São elas: either… or; neither… nor; not only… but also; both… and; whether… or; so… as. Preposição As preposições são palavras ou termos que apresentam uma relação com a próxima palavra, ou seja, o objeto (direto ou indireto) e a palavra anterior, como um verbo, por exemplo. Preposições normalmente especificam lugar, tempo e pessoas. under, before, by, from, without, to, at, on, in, throughout, near, since, in front of. EXEMPLOS: I live near downtown Cats can’t go without a nap We work hard throughout the year. Partes do discurso e suas relações em sentenças Interjeição São as partes do discurso que expressam emoções ou sentimento inesperado. Por representarem emoções, são normalmente seguidas de ponto de exclamação. Alguns exemplos de interjeições: a. De dor: Ouch! b. De celebração: Yay!; Hurray! c. Para chamar atenção: Hey!; Oi! d. De dúvida: Oh? e. De surpresa ou entendimento: Ah!; Oh! f. De graciosidade: Aaawwww! são necessárias combinações de várias palavras, ou partes do discurso, para criar sentenças e parágrafos que possibilitem a comunicação de um pensamento, teoria ou ideia. Tendo isso em mente, para que haja um entendimento ou comunicação, o usuário de qualquer língua deve necessariamente ter a capacidade e agilidade de entender a análise da combinação de elementos das partes do discurso que, juntos, formam sentenças que carregam significados. Consequentemente, a relação que as partes do discurso têm entre si são de importância relevante na criação de sentenças em qualquer tipo de comunicação que envolva linguagem, inclusive a língua de sinais. Tipos de sentenças Definição de sentença Podemos dizer que uma sentença sempre possui: 1. um sujeito; 2. um verbo finito, ou seja, um verbo restrito a uma pessoa, número, maneira ou tempo; 3. um predicado, isto é, uma ação, estado ou condição que é questionada, imposta, ordenada, exclamada por um verbo finito. Sentenças simples contêm uma informação. She went home early. Sentenças compostas são formadas de duas sentenças simples e unidas por uma conjunção, ou um advérbio com função de conjunção. She went home early, but she forgot her keys at work. PRÓXIMOS PASSOS . OBRIGADO(A) Kelly Santos kelly.santos@sereducacional.comProfª Executora OBRIGADO(A) MORFOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA PROFª KELLY SANTOS ❑Identificar a morfologia como conceito central da linguística. ❑Classificar as estruturas das palavras de acordo com conceitos da morfologia. ❑Organizar o processo de classificar morfemas. WEB 2 MORPHEMES Você sabia que é possível interpretar a morfologia como um processo e não como um resultado? Ou seja, em vez de visualizar a formação e análise de palavras como na matemática, isto é, com acréscimos, decréscimos ou omissões de partes, podemos abordá- la pela perspectiva de mutação, adaptação e derivação. Ao longo do tempo, algumas características surgiram para facilitar a pronúncia ou para criar novos significados. O que abordaremos? REAL-ITY UN-BELIEV-ABLE DANC-ER Cada uma dessas partes possui um significado, e elas são denominadas de morfemas. Os morfemas carregam um significado, os linguistas consideram que o propósito final de qualquer construção gramatical é expressar um significado (HASPELMATH, 2002); O uso do -s acrescentado aos verbos conjugados na 3a pessoa do singular no presente simples: She (ou he) likes jogging. Para casos como esse, costuma-se dizer que o morfema possui mais uma função gramatical do que propriamente uma função léxica, e, por isso, é denominado morfema gramatical (grammatical morpheme); Outros exemplos de morfemas gramaticais: at, in, on. Operações formais na morfologia da língua inglesa ❑ As operações de afixação (affixation, ou o uso de prefixos e sufixos) e de composição (composition, ou a formação de palavras compostas) são consideradas concatenativas (concatenative), ou seja, sofrem um processo mais simples, em que a derivação de uma palavra se forma pela colocação de um afixo (ou, no caso da composição, pela colocação de outras palavras) antes ou depois de uma raiz; ❑ Operações mais complexas, a identificação dos morfemas é mais desafiadora, pois a base da palavra – e não sua raiz – é usada para “criar” novas palavras. Essas operações mais complexas são denominadas não concatenativas (non-concatenative) e são mais bem compreendidas se vistas como processos, e não resultados. Modificação da base ou do radical Consideramos um processo de modificação quando uma parte da base é modificada sem o acréscimo de mais partes, como, por exemplo, por uma alteração fonológica. hou[s]e (substantivo) e hou[z]e (verbo) thie[f] (substantivo) e thie[v]e (verbo) bath (substantivo) e bathe (verbo) Ou quando a sílaba tônica muda da primeira para a última, como: record (substantivo)e record (verbo) permit (substantivo) e permit (verbo) constrast (substantivo) e contrast (verbo) No passado irregular da língua inglesa, as palavras são formadas pela alteração de uma vogal, ou seja, do radical, de um som para Morfemas. win – won dig – dug strike – struck. Reduplicação É considerada uma reduplicação morfológica e fonológica quando o processo de formação de palavras compostas acontece pela repetição de toda ou parte de uma palavra. O elemento reduplicado é chamado reduplicante. De acordo com Crystal (2003, p.130, tradução nossa); [...] reduplicantes são usados em uma variedade de formas. Alguns simplesmente imitam sons: ding-dong, bow-wow. Alguns sugerem movimentos alternados: flip-flop, ping-pong. Alguns mostram menosprezo: teeny-weeny, tip-top. A reduplicação não é uma das principais formas de criar lexemas em inglês, porém talvez seja a mais incomum. Outros exemplos de reduplicação na língua inglesa (NORDQUIST, 2017a). Reduplicação Quando uma palavra sem ser alterada em sua forma toma outra função nas partes do discurso. man, hammer, book, ship Alomorfia e Morfologia Os morfemas podem apresentar diferentes formas e pronúncias sob certas circunstâncias. Quando isso acontece, o morfema é caracterizado como um alomorfe (allomorph) ou morfema alternante (alternating morpheme). Em outras palavras, os alomorfes seriam como diferentes “versões” de um mesmo morfema. Quando essas “versões” ocorrem envolvendo características da fonologia, elas são então chamadas de alomorfes fonológicos (phonological allomorphs) Exemplo: a possibilidade das três pronúncias do morfema -ed do passado regular, que são /t/, /d/ e /Id/, ou seja, o morfema -ed possui 3 alomorfes, que são elegidos de acordo com o som da última consoante do verbo regular. Outro exemplo de alomorfia fonológica seria os alomorfes do morfema -s do plural, suas duas pronúncias: /s/ e /z/. Alomorfia e Morfologia Em contrapartida, quando um morfema apresenta uma alteração que não muda sua fonologia, mas sim sua semelhança com outros alomorfes, e existe a possibilidade de seu radical ou até mesmo seu afixo serem modificados, então ele é denominado alomorfe supletivo (suppletive allomorph); ➢ os verbos irregulares: go – went; ➢ as formas comparativas irregulares: good – better – best; ➢ a conjugação do verbo be – is, are. Quando a alteração é tão expressiva a ponto de a palavra mudar completamente , ela é chamada de supleção forte (strong suppletion). O alomorfe de substituição (replacive allomorph): Neste caso, há uma alteração no morfema: a substituição de um som por outro para a manifestação de uma diferença de significado. drink – drank; sing – sang; man – men Alomorfe zero (null ou zero allomorph): Curiosamente, neste tipo um morfema muda para outro morfema sem sofrer alterações na grafia ou pronúncia. Por exemplo: sheep, no singular, e sheep, no plural. Outros exemplos de alomorfes do tipo zero que não mudam na forma singular ou plural são: species, moose, salmon, Japanese, Chinese. Exemplos de alomorfes que não mudam no presente e no passado: hurt, cut, put. Morfemas vinculados e morfemas livres ✓As palavras na língua inglesa podem ser basicamente classificadas em três grupos: palavras simples, compostas e complexas. HAVE ▪A palavra have possui duas sílabas. ▪Porém, é composta de apenas um morfema. ▪A palavra having também possui duas sílabas, porém é composta de dois morfemas. ▪have e having possuem um item lexical independente, isto é, o morfema livre have. ▪a palavra having possui um segundo morfema, no caso, o morfema do gerúndio –ing, que pode ser adicionado a inúmeras outras palavras, mas que sozinho não faz sentido, sendo, desta forma, um morfema dependente, denominado morfema preso ou vinculado. Um morfema livre é um morfema que por si só pode constituir um vocábulo, como, por exemplo, a palavra park – que, como verbo, quer dizer “estacionar”, mas, como substantivo, quer dizer “parque”. Várias palavras na língua inglesa são consideradas morfemas livres. “I have to leave tomorrow, but you may stay”. “The dancer eats duckling” Morfemas Livres Morfemas Vinculados Ao contrário dos morfemas livres, os morfemas vinculados, ou presos, não possuem um significado por si só; eles precisam estar incorporados a outros morfemas para fazer sentido. Os morfemas vinculados são organizados em dois grupos: os sufixos e os prefixos, que, por sua vez, ainda podem ser categorizados em derivacionais e inflexionais. morfemas vinculados são re-, dis-, -s, -ed, -er, -est, -ish, -im, -ous, -y, un-. Os morfemas vinculados são acrescentados a morfemas livres para formar novas palavras, geralmente com um novo significado ou denotação. Em princípio, não existe um limite para o número de morfemas que podem ser agregados a uma raiz para compor uma palavra complexa, mas essa combinação não é aleatória, a não ser em jogos cujo intuito é a diversão pela criação de palavras. As palavras só são tidas como “reais” se forem consideradas um lexema pelos autores de dicionários. Os morfemas vinculados podem ser classificados e organizados em sufixos, prefixos e infixos. Os estudos da gramática da língua inglesa possuem vários recortes, desde o estudo dos sons até o estudo das relações entre períodos e orações. A Morfologia, que é uma subdivisão da gramática, permite que os falantes de uma língua consigam transferir palavras de uma categoria a outra, dando-lhes novos significados. A morfologia apresenta duas subdivisões: a morfologia derivacional e a morfologia inflexional. A morfologia derivacional estuda o fenômeno da formação de novas palavras a partir de uma base, ou seja, o uso de afixos acrescentados a diferentes raízes ou radicais para criar novos significados. Exemplos de afi xos na língua inglesa são: dis–, pre–, un–, de–, –ing, –ize, –ful, –able, –ure e –age Morfologia Derivacional Se forem acrescentados no início das palavras (radicais e raízes), são chamados de prefixos. Se forem acrescentados na posição final, são chamados de sufixos. Os morfemas derivacionais podem mudar a classe gramatical das palavras, ou seja, um verbo como understand muda para um adjetivo se for acrescentado o sufixo –able no final, formando a palavra understandable. Quando esse fenômeno acontece, esse “novo” morfema (derivacional) também pode ser chamado de palavra derivada ou derivativo. Quando recebe o prefixo: ▪ dis–, torna-se seu oposto, dislike; ▪ quando dislike recebe o sufixo – able, torna-se dislikeable; ▪ quando dislikeable recebe o sufixo –ness, temos a palavra dislikeableness, e assim por diante. É importante lembrar que alguns morfemas derivacionais podem ser também morfemas inflexionais, porém com funções ou significados diferentes. Os morfemas derivacionais, em geral, possuem um significado. . Significados derivacionais .Substantivos, verbos e adjetivos derivacionais Apesar de serem quase infinitos, os morfemas derivacionais que mudam a classe gramatical das palavras apresentam alguns padrões. Os três tipos de morfemas derivacionais mais comuns são: a)Os que derivam de substantivos, também chamados de denominais. b)Os que derivam de verbos, também conhecidos como deverbais. c)Os que derivam de adjetivos, que podem ser chamados de deadjetivais. Exemplos de morfemas que transformam em substantivos .Exemplos de morfemas que se transformam em verbos Exemplos de morfemas que se transformam em adjetivos . Exemplos de morfemas que se transformam em advérbios Existem regras que influenciam a grafia das palavras quando são acrescentados a estas um morfema derivacional (por exemplo, happy – happiness). Apesar disso, uma vez que você tenha adquirido o conhecimento dos significados dos morfemas derivacionais e compreendido as alterações das classes gramaticais, você vai perceber que uma palavra pode se transformarem várias outras, aumentando significativamente seu escopo lexical. PRÓXIMOS PASSOS OBRIGADO(A) Kelly Santos kelly.santos@sereducacional.comProfª Executora OBRIGADO(A) MORFOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA PROFª KELLY SANTOS ❑Definir morfologia inflexivonal. ❑Identificar as categorias inflexionais. ❑Reconhecer as propriedades de inflexão e de derivação. WEB 3 MORFOLOGIA INFLEXIONAL • A morfologia derivacional é o processo de formar novas palavras a partir de palavras já existentes; • A morfologia inflexional é o ramo da morfologia que não cria novas palavras, mas adapta as existentes para que elas operem eficientemente nas sentenças; • A morfologia inflexional descreve e estuda os morfemas inflexionais, uma subcategoria dos morfemas vinculados (ou presos); • Os morfemas inflexionais são sempre sufixos, isto é, morfemas adicionados ao final de suas raízes e radicais, e sempre possuem uma função gramatical, ou seja, marcam tempo, número, posse, comparativo e superlativo. O que abordaremos? ❑Algumas formas de morfemas inflexionais podem, coincidentemente, ser igual a morfemas derivacionais, porém com significado sintático completamente diferente. Esse é o caso de –er, que simboliza um substantivo (como um morfema derivacional, por exemplo: dance → dancer) ou o comparativo de um adjetivo (como um morfema inflexional de tall → taller); ❑ Note que os morfemas inflexionais, ao contrário dos derivacionais, nunca mudam sua categoria sintática gramatical (JANDA, 2007), ou seja, taller é o comparativo de tall, e ambos são adjetivos; ❑ Já os morfemas derivacionais podem mudar a categoria gramatical de seus morfemas (por exemplo, o verbo dance, quando acrescentado de –er, forma dancer, que se torna um substantivo). Categorias Inflexionais ❑Na língua inglesa, ao contrário de vários outros idiomas, os morfemas inflexionais são bem limitados, principalmente se considerarmos o inglês contemporâneo em contraste ao inglês antigo (CELCE-MURCIA et al., 1996); ❑Podemos adaptar a tabela de Haspelmath (2002) e categorizar os morfemas inflexionais em 8 categorias (sem contar as repetições): ✓Número ✓Tempo ✓Modo ✓Pessoa ✓Posse ✓Comparativo ✓Superlativo ✓Gênero Propriedades de Inflexão e derivação A tabela a seguir (HASPELMATH, 2002) lista as propriedades de inflexão e derivação, contemplando alguns exemplos. Este resumo adaptado inclui somente as características presentes na língua inglesa, porém existem ainda outros aspectos que não foram listados, como a obrigatoriedade de inflexões aplicáveis em todas formas de palavra; obrigatoriedade esta não empregada em derivação. A seguir, as mesmas propriedades listadas anteriormente, porém organizadas entre inflexão e derivação. Algumas propriedades são mais ou menos relativas, ou seja, algumas palavras complexas, por exemplo, podem apresentar mais propriedades de inflexão do que de derivação, e viceversa. Haspelmath (2002) usou essas informações para determinar se inflexão e derivação possuem propriedades distintas suficientes para, de fato, serem consideradas dois subsistemas distintos ou um único subsistema apenas; Processo de Formação de Palavras Para uns, a formação de palavras é considerada uma diversão, uma mistura de criatividade e morfologia. Já para outros, como os linguistas, morfologistas e lexicólogos, a formação de palavras significa horas de trabalho decifrando o sentido das invenções de jornalistas, de escritores, da mídia em geral, de poetas e de toda a população com o mínimo de domínio da língua inglesa. Os Processos de Formação de Palavras ❑Já ouviu falar na palavra Facebookable? Ou em textpectation? Ambas são palavras recentemente acrescentadas no vocabulário da língua inglesa. A primeira signifi ca “algo que possa ser postado no Facebook”, e a segunda expressa a “expectativa de esperar uma mensagem de texto chegar”. Se analisarmos com cuidado, podemos notar que toda palavra nova, na verdade, vem da derivação de palavras que já existem ou existiam. ❑ As seis formas mais comuns de derivação na língua inglesa são affixation, blending, backformation, clipping, compounding e conversion. Veja no quadro a seguir a definição de cada um desses processos (com a tradução dos processos equivalentes em português) e alguns exemplos. Atualmente novas palavras são incorporadas à língua inglesa de forma extremamente rápida e frequente. Primeiramente porque a língua inglesa é considerada o principal idioma de comunicação internacional, ou seja, ela está exposta e em uso por um número gigantesco de usuários com muita criatividade e bagagem de outras línguas, propiciando adaptações e a adoção de termos da língua inglesa à língua local e vice-versa; em segundo lugar porque os avanços na ciência e tecnologia propiciam oportunidades para a criação de novos termos com frequência, e estes são incorporados quase que imediatamente por usuários de todas as partes do mundo; e em terceiro lugar porque a presença da era digital possibilita essa velocidade extraordinária de troca de informações quase que simultaneamente no mundo todo. Formação de Palavras versus criação de palavras A formação de palavras é comumente confundida com a criação de palavras. De acordo com as leis da morfologia, para uma nova palavra ser formada, ela deve, necessariamente, apresentar regras sistematizadas da morfologia. Por exemplo, uma das regras pressupõe que um falante fluente ou parcialmente fluente da língua deve conseguir decifrar o que a nova palavra significa por meio de sons ou significados semelhantes aos de uma raiz, de um radical ou de um morfema. É considerado oneonímia (coinage) quando uma palavra é inventada e incorporada a um idioma, acidentalmente ou não, sem o uso de uma operação ou processo de morfologia formal, mas simplesmente pela frequência de seu uso (YULE, 2006). As palavras incorporadas a um idioma cuja origem é o nome de uma pessoa ou lugar são chamadas de eponyms (epônimos) (Yule, 2006). Exemplos comuns de oneonímia são os sinônimos de marcas: Aspirin, Xerox, Nutella, Zipper, Quart, Muggle, Band-aid, Kleenex, Nylon, Frisbee, Google, Kerosene. Exemplos de epônimos são: atlas – Atlas , boycott – Charles C. Boycott, cardigan – James Thomas Brudnell, 7o Conde de Cardigan; guillotine – Joseph Ignace Guillotin, jacuzzi – Candido Jacuzzi e mesmerize – Franz Anton Mesmer“The dancer eats duckling” Onemonímia Assim como a oneonímia, a tomada de empréstimo (borrowing) não segue as leis da morfologia. São palavras incorporadas ao inglês vindas de outros idiomas, como, por exemplo: ✓ algebra, alcohol – do árabe ✓ cherub – do hebraico ✓ murder, croissant – do francês ✓ near – do sânscrito ✓ paprika – do húngaro ✓ pizza, piano – do italiano ✓ bagel – do yidish ✓ boss – do holandês ✓ robot – do tcheco ✓ pretzel – do alemão ✓ yogurt – do turco ✓ tsunami, tycoon – do japonês Tomada de Empréstimo As abreviações e os acrônimos, ou siglas, também não seguem regras, processos e padrões da morfologia. Somente entendemos o que uma sigla quer dizer se nos for dito; caso contrário, é difícil decifrar o que uma sigla, principalmente as não comuns ou conhecidas, quer dizer. A diferença entre abreviações e acrônimos está na pronúncia: os acrônimos são lidos como palavras, enquanto as abreviações são lidas letra por letra. ➢ Exemplos de abreviações: ✓FYI – for your information ✓HIV – human inmunodeficiency virus ✓IBM – international business machine ✓JFK – John Fitzgerald Kennedy ✓VIP – very important people ✓AM – ante meridie Abreviações Exemplos de acrônimos: ✓ASAP – as soon as possible ✓NASA – national aeronautics and space administration ✓ PIN – personal identification number ✓TESOL – teachers of English to speakers of other languages ✓LASER – light amplification by stimulated emission of electromagnetic radiation ✓SCUBA – self-contained underwater breathing apparatus Restrições Semânticas:em alguns casos, o significado do próprio afixo restringe o tipo de formação de palavras, uma vez que não faz sentido dizer “de-cook”, “de-assassinate” ou “deincinarate”, por exemplo. O prefixo de– significa reverter, sendo assim, é ilógico aplicá-lo a verbos em que a ação não pode ser reversível. Exemplos de verbos que são coerentes com o prefixo de–: decolonize, de-escalate. Restriçõe Fonológicas: Em alguns poucos casos, quando a formação de palavras apresenta morfemas de origem muito antiga ou de outras línguas, podem propiciar restrições fonológicas para falantes da língua inglesa e levar a mal-entendidos, por exemplo, Worcestershire, que parece ser pronunciado como “wor-cest-er-shi-er”, na verdade é pronunciado como “wooster-sher”, com sílaba tônica na primeira sílaba, tem sua origem na língua tailandesa. A palavra mischievous, normalmente pronunciada “mis- cheeve-ee-us”, na verdade possui apenas três sílabas: “mis-chiv-us”, com a tonicidade na primeira sílaba. O problema vem do fato de, muito antigamente, mais ou menos até o século XVIII, ela ser escrita com um “i” a mais, além de vir do francês Restrições fonológicas e semânticas na formação de palavras Ao contrário dos afixos inflexionais, o número de sufixos derivacionais na língua inglesa é vasto, quase infinito, compondo mais da metade dos vocábulos em inglês. Em geral eles são organizados em três categorias: os que derivam de substantivos, também chamados de denominais; os sufixos derivados de verbos, também conhecidos como deverbais; e os que derivam de adjetivos, que podem ser chamados de deadjetivais. Os sufixos derivacionais, ao contrário dos sufixos inflexionais, atuam sobre raízes e radicais, mudando sua classe gramatical (por exemplo: biology biologist). Derivação: sufixos Uma das principais funções da morfologia derivacional é criar novas palavras e conceitos, e, uma vez que precisamos dar nomes às coisas, a formação de substantivos por derivação é muito maior do que a formação por verbos e adjetivos (BAUER, 2000); Na língua inglesa, as formas de significados derivacionais variam, podendo ser referentes a agentes, qualidades ou adjetivos, por exemplo: a) Substantivo agente – quando um verbo é acrescido de um sufixo derivacional, passando a ser um agente, uma pessoa que exerce a função do verbo. Por exemplo: drink-drinker. b) Substantivo subordinado – quando um verbo é acrescido do sufixo derivacional –ee e passa a ser um agente receptor da função do verbo. Por exemplo: train-trainee; invite-invitee; franchise- franchisee. c) Substantivo de qualidade – quando uma palavra passa de adjetivo para substantivo com o significado do adjetivo, por exemplo: kind-kindness. d) Adjetivo facilitativo – quando um verbo se torna um adjetivo, por exemplo: read-readable. Significados Derivacionais Veja no quadro a seguir os sufixos formadores de substantivos e alguns exemplos. Formação de palavras por sufixação Sufixos formadores de adjetivos. Muitos dos sufixos na língua inglesa possuem um equivalente na língua portuguesa. Veja a seguir algumas das principais equivalências. Vale lembrar que esta equivalência não é uma regra única, ou seja, existem exceções, porém a frequência de equivalência é alta e, de maneira geral, confiável. . Correlação dos principais sufixos da língua inglesa com a língua portuguesa PRÓXIMOS PASSOS OBRIGADO(A) Kelly Santos kelly.santos@sereducacional.comProfª Executora OBRIGADO(A)
Compartilhar