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R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt. 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Atividade 4: contra-argumentação, operadores de concordância e discordância e operadores de argumentação Em um debate, os participantes precisam sustentar suas opiniões, mas com respeito e consideração pelas opiniões dos outros. Por isso, há o exercício da contra-argumentação. Vamos relembrá-lo? 1. Leia. I. Eu concordo que combater o bullying é responsabilidade da escola, mas é preciso lembrar que as famílias também têm que ser respon- sabilizadas, pois muitas delas também praticam o bullying, às vezes com os próprios filhos. II. Eu não concordo com a proposta de criar uma lei para tratar o bullying escolar como crime, pois já há leis de proteção à infância e adolescência, como o próprio ECA. a) Que finalidade têm as partes destacadas no texto? b) Que palavra sinaliza, na oração I, que outro ponto de vista diferente será apresentado? 2323 Vamos lembrar Contra-argumentar é analisar argumentos que sustentam uma opinião di- ferente da sua, explicar por que esses argumentos não convencem e apresentar outros, na tentativa de influenciar a opinião do interlocutor. Vamos lembrar Expressões de concordância e discordância servem para marcar posição diante de outra opinião. O uso de expressões como essas cria um tom amisto- so, permitindo que os interlocutores discordem, sem se desrespeitarem. No ge- ral, elas aparecem no início da fala e tanto marcam atenção ao que o outro dis- se como já podem antecipar se haverá ou não concordância de pontos de vista. Argumentos Tipos de argumentos Argumentos de autoridade: citação da fala de algum especialista no assunto ou de dados de pesquisa. Argumentos de princípio: citação de valores, direitos, garantidos por lei ou fortemente aceitos por um grupo social. Argumentos com relação de causa e consequência: os argumentos são apresentados como “efeitos”, isto é, consequências de uma ideia antes apresentada. Argumentos por exemplificação: são apresentados fatos que exemplificam, ilustram a ideia defendida. R3-012-035-SPP8-CL-U1-C1-G.indd 23 6/5/15 7:55 PM Sequência extraída de FIGUIREDO, L.; BALTHASAR, M.; GOULART, Shirley. Singular & Plural: leitura, produção e estudos de linguagem. Volume 8. São Paulo, Moderna. 2015. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt. 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . c) Copie no caderno que outra palavra ou expressão poderia ter sido empregada, mantendo-se a mesma relação de sentido. • porque • entretanto • dessa forma d) Qual palavra introduz, tanto na oração I como na oração II, uma explicação sobre a afirmação anterior? e) Copie no caderno que outra palavra ou expressão pode- ria ter sido empregada, mantendo-se a mesma relação de sentido. • porém • assim • já que Relembre alguns grupos de operadores argumentativos: Operadores que assinalam a introdução de um argumento mais forte em relação aos usados antes. Até, mesmo, até mesmo, inclusive. Operadores que somam, acrescentam argumentos, sem gradação, em favor de uma mesma conclusão. E, também, ainda, além disso. Operadores que introduzem uma conclusão referente a argumentos apresentados antes. Portanto, logo, assim, dessa forma, pois, em decorrência, consequentemente. Operadores que contrapõem argumentos orientados para conclusões contrárias. Mas, porém, contudo, embora, ainda que, posto que, todavia. Operadores que estabelecem relação de comparação. Mais que, tão como. Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação. Porque, que, já que, visto que. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A interação pela linguagem. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2000. (Fragmento adaptado). 2. Reúna-se com um colega e proponham contra-argumentos para as opiniões seguintes. Dicas: Usem expressões de concordância e discordância e operadores de argumentação. Aproveitem opiniões e argu- mentos que vocês conheceram nas atividades anteriores. Leitura e produção 24 Vamos lembrar Para dar aos nossos enunciados força argumentativa, utilizamos operadores argumentativos. O bom uso desses operadores ajuda o ouvinte/leitor a entender o movimento de argumentação que um falante usou em seus enunciados. Dentre os operadores, há palavras de diferentes classes gramaticais, com destaque para as conjunções. No Caderno de Estudos de língua e linguagem, você poderá estudar mais a respeito de operadores de argumentação. R3-012-035-SPP8-CL-U1-C1-G.indd 24 6/5/15 7:55 PM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt. 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . a) Para Aramis Lopes, pediatra e coordenador do Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes, os garotos são mais explícitos no bullying, por receberem educação que incentiva isso. b) As vítimas de bullying precisam revidar as agressões para que sejam respeitadas. c) A mídia tem exagerado no tratamento desse tema: agora tudo é bullying! d) Os praticantes de bullying fazem isso porque não há lei para puni-los. Atividade 5: operadores de reformulação Quando escrevemos um texto, podemos voltar e reformular à vontade o que fizemos: revisamos, apagamos, reescrevemos, até che- garmos o mais próximo dos resultados que es- perávamos. E quando o texto é oral? Existem formas de reformular o que foi dito? Para pen- sar melhor sobre isso, você irá ler uma discus- são sobre o bullying, feita por alunos da Escola Parque da Juventude, em São Paulo, no progra- ma Hora K, de Kadjo Vinhote. Kadjo Vinhote – Humilhar, ofender, agredir, intimidar. Bullying, pessoal. Isso é o que é. Nosso papo cabeça hoje, no nosso programa Hora K, é sobre bullying. A gente vai estar falando com essa galera, né, falando um pouco desse tema que muitos já sofreram e que também fazem. Pessoal, tudo bom? Todos – Tudo. KV – Então, falando de bullying aqui. Alguém aqui já sofreu bullying en- tre vocês? José de Souza Júnior – Eu. KV – Conta aí como é que foi isso. JSJ – Então, eu era taxado de nerd da classe e tal. Por isso, toda vez que eu chegava de manhã no colégio, em geral eu ia para o fundo. Minhas notas co- meçaram a cair. Aí, cheguei na 8ª série, conversei com minha família e tal... Tive oportunidade de ir para Minas Gerais com um grupo e voltei falando, superextrovertido, bem pra cima, e hoje eu converso com todo mundo. KV – Você era excluído um pouco do grupo? JSJ – Totalmente. KV – Totalmente! [...] KV – Quando vocês chegam nessa faixa etária dos 15, 16, a coisa parece que melhora. [...]? H o r a K P r o d u ç õ e s e e v e n to s 2525 R3-012-035-SPP8-CL-U1-C1-G.indd 25 6/5/15 7:55 PM R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt. 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Leitura e produção 26 1. O que predomina nas falas que você leu: o padrão formal ou informal de linguagem? Justifique com exemplos. 2. Por que possíveis razões o mediador escolheu esse padrão? 3. Quais das regras abaixo parecem ter sido combinadas antes? • Os participantes podem falar quando quiserem. • O mediador indica quem fala por meio de uma pergunta. • Os participantes não podem se colocar em relação à fala dos outros. 4. Qual a alternativa que define o tema do debate? • O que é o bullying? • Como ajudar as vítimas de bullying? • Você é a favor de uma lei que torne o bullying crime? 5. Que tipo de argumento foi predominantemente usado pelos participantes quando expunham sua opinião sobre o bullying? • Autoridade. • Princípio. • Exemplificação. Converse com a turmaa Melissa Badona – Mas é, questão de maturidade. Às vezes, a pessoa fala alguma coisa e não tem nem noção do que vai ser pra outra que tá ouvindo... KV – Que tá ouvindo. Que... Como a outra vai se sentir, né? Quais são os tiposque são mais vítimas do bullying? Gustavo de Faria – Pode ser beleza, intelecto, qualquer padrão. Se você escapa dele, você é excluído e a partir daí eles aproveitam a chance. Porque você precisa sempre ter um motivo pra se sobressair, ficar por cima. Então, a partir do momento que você coloca alguém embaixo, é um candidato a menos para tomar a sua posição, entendeu? É disso que parte o princípio. Aí, tem as pessoas na sala que sempre são contra, mas não fazem nada pra impedir; tem sempre aqueles que são, que sofrem o bullying e aqueles que aplicam. E eles não tão nem aí pras consequências. Sthephanie Thealler – Só tomam uma medida drástica quando come- ça realmente a agravar a situação. GF – Quando começa... Quando os pais começam a perceber que seus filhos tão tendo problemas, aí o colégio toma algum partido porque aí ou pesa no bolso, se for particular, ou pesa na, no status, se for colégio público, entendeu? A partir do momento que tá afetando só os alunos, o colégio já toma decisões mais assim: conversa, chama de canto, né? Eu fugia do pa- drão, né!? Eu tentava entrar um pouco... O meu perfil nunca se enquadrou nisso, né!? Porque, por mais que eu tentasse, só piorava a situação, enten- deu? Eu cheguei a ser pendurado na cerca... [...] Programa Hora K, de Kadjo Vinhote. Papo cabeça: Bullying. Disponível em: <http://youtube.com/watch?v=65geDKiAv0E>. Acesso em: 24 mar. 2015. R3-012-035-SPP8-CL-U1-C1-G.indd 26 6/5/15 7:55 PM 2727 Se liga nessa! Paráfrase e correção são atividades de reformulação do texto e ajudam a garantir a compreensão na interlocução! Vale a pena explicitá-las com expressões como as que você indicou nos exercícios b e d, para que fique mais clara a re- formulação do texto. 6. Leia a transcrição das seguintes falas e responda às questões. I. “Gustavo de Faria — Quando começa... Quando os pais come- çam a perceber que seus filhos tão tendo problemas, aí o colé- gio toma algum partido porque aí ou pesa no bolso, se for par- ticular, ou pesa na, no status, se for colégio público, entendeu?” a) O que parece ter acontecido nas partes destacadas? b) Do quadro abaixo, quais expressões o falante poderia ter usado se quisesse deixar mais claro o que aconteceu? desculpe assim ou seja melhor dizendo quero dizer dessa forma II. “Melissa Badona — Mas é, questão de maturidade. Às ve- zes, a pessoa fala alguma coisa e não tem nem noção do que vai ser pra outra que tá ouvindo...” III. “Kadjo Vinhote — Que tá ouvindo. Que, o que que a outra vai se sentir, né? Quais são os tipos que são mais vítimas do bullying?” c) A fala de Kadjo Vinhote busca: • Dizer o que foi sugerido por Melissa, mas com outras palavras, isto é, faz uma paráfrase; • Corrigir o que foi dito por Melissa. d) Das expressões abaixo, quais poderiam ter sido usadas para introduzir a parte destacada na oração III a fim de deixar isso mais claro? desculpe quer dizer ou seja não é bem assim perdão em outras palavras R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt. 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 2727 012-035-SPP8-CL-U1-C1-G.indd 27 6/9/15 10:41 AM
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