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Mascaramento Clínico

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Universidade Universidade Castelo Castelo Branco Branco Silvana Silvana Frota Frota - - 20062006
11
MASCARAMENTO CLÍNICOMASCARAMENTO CLÍNICO
Conceitos:Conceitos:
Mascaramento clínico é o processo pelo qual o limiar de audibilidadeMascaramento clínico é o processo pelo qual o limiar de audibilidade
para o som é elevado pela presença de outro som (ruído mascarante) – ANSI,para o som é elevado pela presença de outro som (ruído mascarante) – ANSI,
1989 (1989 (American National Standarts Institute American National Standarts Institute ).).
Usamos o mascaramento na audiometria tonal liminar para elevar oUsamos o mascaramento na audiometria tonal liminar para elevar o
limiar da orelha não testada e, assim, evitar que ela ajude a orelha testada.limiar da orelha não testada e, assim, evitar que ela ajude a orelha testada.
Proporciona a diminuição da percepção de um som pela introdução deProporciona a diminuição da percepção de um som pela introdução de
um ruído, para evitar a ocorrência da audição contralateral ou a lateralizaçãoum ruído, para evitar a ocorrência da audição contralateral ou a lateralização
durante a audiometria tonal.durante a audiometria tonal.
Reduz a sensibilidade da orelha não testada (ONT) ao estímulo utilizadoReduz a sensibilidade da orelha não testada (ONT) ao estímulo utilizado
para possibilitar a obtenção correta dos limiares da orelha testada (OT).para possibilitar a obtenção correta dos limiares da orelha testada (OT).
Quando um determinado som (mascarador) faz com que outro somQuando um determinado som (mascarador) faz com que outro som
(mascarado) torne-se menos audível, o efeito conseqüente é denominado(mascarado) torne-se menos audível, o efeito conseqüente é denominado
mascaramento (Albernaz, 1970).mascaramento (Albernaz, 1970).
É basicamente um fenômeno coclear. Aumentando o limiar coclear,É basicamente um fenômeno coclear. Aumentando o limiar coclear,
aumentamos o limiar da via aumentamos o limiar da via aérea e via óssea igualmente.aérea e via óssea igualmente.
Tipos de Mascaramento:Tipos de Mascaramento:
Contralateral: quando o sinal é apresentado em uma orelha e o ruídoContralateral: quando o sinal é apresentado em uma orelha e o ruído
mascarador na orelha oposta. Usado para avaliar cada orelha separadamente,mascarador na orelha oposta. Usado para avaliar cada orelha separadamente,
evitando curva sombra.evitando curva sombra.
Ipsilateral: quando o ruído é apresentado simultaneamente ao sinal doIpsilateral: quando o ruído é apresentado simultaneamente ao sinal do
teste, na mesma orelha. Usado para calibração biológica dos sinaisteste, na mesma orelha. Usado para calibração biológica dos sinais
mascarantes e para identificação da real efetividade do mascarantes e para identificação da real efetividade do ruído mascarador.ruído mascarador.
Calibração eletroacústica:Calibração eletroacústica:
Permite a calibração precisa dos sinais de Permite a calibração precisa dos sinais de banda larga e estreita.banda larga e estreita.
Requer equipamento eletroacústico para determinar o NPS, a respostaRequer equipamento eletroacústico para determinar o NPS, a resposta
de freqüência dos fones e os de freqüência dos fones e os números de ciclos.números de ciclos.
Calibração biológica:Calibração biológica:
O valor de mascaramento efetivo é o limiar médio produzido pelo ruídoO valor de mascaramento efetivo é o limiar médio produzido pelo ruído
mascarante, que pode ser diferente em cada freqüência (Sanders emascarante, que pode ser diferente em cada freqüência (Sanders e
Rintelmann, 1964).Rintelmann, 1964).
Consiste em misturar eletronicamente no mesmo fone o sinal de teste eConsiste em misturar eletronicamente no mesmo fone o sinal de teste e
o mascaramento e, então, medir alterações de limiar em 50, 70 e 90 dBNA, emo mascaramento e, então, medir alterações de limiar em 50, 70 e 90 dBNA, em
pelo menos 10 indivíduos otologicamente normais (Sanders e Rintelmann,pelo menos 10 indivíduos otologicamente normais (Sanders e Rintelmann,
1964).1964).
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
2
Na logoaudiometria o procedimento para definir o mascaramento efetivo
resulta na diferença entre o sinal de fala e os níveis de ruído que produziram
uma redução do IRF melhor ou igual a 95%, para 10% ou menos em indivíduos
otologicamente normais (Coles e Priedes, 1975).
Mascaramento efetivo:
Quando o menor nível de intensidade de ruído provoca mudança no
limiar.
Quanto maior a alteração do limiar com menor intensidade de ruído,
maior será a efetividade do ruído mascarante.
É o nível no qual o limiar tonal é mudado por um ruído mascarante em
particular, cuja freqüência central é a mesma do tom de teste ou o efeito que o
ruído terá sobre o limiar da orelha testada (ANSI S 3.6-1989).
Ruído:
É um fenômeno acústico dissonante ou anárquico, aperiódico e
indesejável, formado por uma mistura de sons cujas freqüências diferem entre
si (ABNT, 1978).
Ruído de banda larga:
Composto por uma freqüência fundamental (60 ou 120Hz) e múltiplos
amplificados dessa.
Ruído de banda larga: problemas para mascarar tom puro :
1. sua energia acústica está presente somente nas freqüências
determinadas pelas linhas e não é distribuída de forma contínua
ao longo do campo de freqüência que compõem o ruído;
2. apresenta uma diminuição importante em sua energia acústica,
nas altas freqüências, o que sugere que o ruído complexo não
seja muito eficiente para mascarar sons de freqüências média e
alta.
Os ruídos de banda larga são: ruído branco (White noise), ruído rosa
(Pink noise) e Ruídos de fala (Speech noise).
O Ruído branco (White noise) contém energia acústica em todas as
freqüências do espectro audível, em intensidades aproximadamente
iguais. Contém freqüência de 10 a 10.000 Hz, com igual intensidade e
mantém energia até 6.000 Hz. É análogo a luz branca, que contém
distribuição igual de energia em todos os comprimentos da onda
luminosa.
O Ruído Rosa (Pink Noise) é uma filtragem do ruído branco, abrangendo
uma largura de banda mais reduzida do que o ruído branco e contém
energia igualmente distribuídas na faixa de freqüência de 500 a 4.000
Hz. Por apresentar uma energia concentrada em uma largura de banda
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
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mais estreita do que o ruído branco, é mais eficiente para mascarar os
sons de fala, necessitando de menor intensidade do que o ruído branco.
O Ruído de Fala (Speech Noise) resulta, também, de uma filtragem do
ruído branco destinado a mascarar o espectro dos sons de fala e contém
a distribuição de energia na faixa de freqüência de 250 a 4.000 Hz. Está
presente nos audiômetros mais modernos e, por apresentar uma largura
de banda centrada no espectro de fala, requer menor intensidade para
mascarar.
Ruído de banda estreita (Narrow band ):
Produzido pela filtragem seletiva do White noise e sua largura de banda,
é a faixa de freqüência cuja energia esteja 3 dB abaixo do tom que deseja
mascarar.
Tal como o White noise , sua energia acústica é contínua e é
essencialmente igual ao longo das freqüências. Assim, o gerador de ruído cria
um ruído diferente para cada largura de banda.
O espectro acústico das bandas de ruído pode variar de um audiômetro
para outros devido aos transdutores e geradores usados na filtragem.
Atenuação interaural:
É a perda de energia na passagem de um estímulo sonoro de uma
orelha para outra.
É o declínio na intensidade (dB) de um sinal acústico do transdutor
audiométrico no percurso da OT para a ONT.
É a redução de energia sonora entre as orelhas. É baseada na
atenuação interaural que verificamos a necessidade de mascarar. O som
atravessa, principalmente, por via óssea do crânio para a melhor orelha. A
atenuação interaural (AI) mínima varia de acordo com a freqüência e de alguns
fatores (características individuais, fone empregado, ruído utilizado e
freqüência testada).
Curva sombra:
É a curva audiométrica obtida em uma orelha com a mesma
configuração da melhor, mas com uma diferença de 40 a 80 dB entre elas,de
acordo com a AI. Portanto, é uma falsa curva audiométrica obtida quando o
sinal é apresentado à OT num nível de intensidade suficientemente forte para
passar pelo crânio e ser percebido pela orelha oposta, ocorrendo a audição
cruzada.
Atenuação Interaural de Via Aérea – valores mínimos e máximos:
250 500 1.000 2.000 4.000 8.000 (Hz)
44-58 54-65 57-66 53-72 61-85 51-690 (dB)
Chaickin, 1967 
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250 500 1.000 2.000 4.000 8.000 (Hz)
50-80 45-80 40-80 45-75 50-85 - (dB)
Coles e Priede, 1968 
Atenuação Interaural de Via Aérea – valores médios:
250 500 1.000 2.000 4.000 8.000 (Hz)
40 40 40 45 50 50 (dB)
Studebacker, 1979 
250 500 1.000 2.000 3.000 4.000 6.000 8.000 (Hz)
40 40 40 45 50 50 50 50 (dB)*
Goldstein e Newman, 1994 
* (ou 40 dB para todas as freqüências)
Atenuação Interaural de Via Óssea – valores mínimos e máximos:
500 1.000 2.000 4.000 (Hz)
0-20 0-10 0-10 5-15 (dB)
Santa Casa SP, 1990 
Atenuação Interaural: V.A. = 40 dB
V.O. = zero
Logoaudiometria = 45 dB
Atenuação interaural x Cruzamento:
Verdadeira transmissão do som vindo da orelha testada e chegando a
cóclea da orelha não testada:
OT ONT
(via translabiríntica)
É o resultado da diferença entre o valor de reserva coclear e da
atenuação interaural.
Ex.: OT (OD) 1000 Hz ONT (OE)
VA 50 dB 5 dB
VO 10 dB 5 dB
(Fator de transmissão = 5 dB)
Atenuação Interaural – VA / VO:
Békèsy acreditava que ocorria em primeiro lugar o mecanismo de
cruzamento de via aérea.
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
5
É importante reconhecer que sinais de vida aérea (tom puro e fala) são
transmitidos para o lado oposto do crânio primariamente por via óssea
(Chaicklin, 1967).
Quando mascarar na pesquisa da Via Aérea?
Quando o limiar tonal aéreo da OT e o limar tonal ósseo da ONT
diferirem pela atenuação interaural em 40 dB ou mais em cada freqüência.
Ex.:
(OD) 1.000 Hz (OE)
VA 50 dB 50 dB
VO 10 dB 05 dB
Nesse exemplo, o limiar tonal aéreo da OT (OD) é de 50 dB e o limiar
tonal ósseo da ONT (OE) é de 05 dB; 50 dB OD menos 40 de AI = 10 dB. 10 –
5 (VO OE) = 5 dB (fator de transmissão = FT). Quando o resultado é igual ou
maior que 0, mascara.
Quando mascarar na pesquisa da Via Óssea?
Quando os valores da via óssea da OT e da ONT de uma mesma
freqüência tiverem uma diferença igual ou maior que 0 dB.
Ex.:
(OD) 1.000 Hz (OE)
VA 50 dB 05 dB
VO 10 dB  ________  05 dB
Nesse exemplo, a diferença na VO, na freqüência de 1.000Hz de ambas
as orelhas é de 05 dB (10 dB OD – 05 dB OE), logo, é maior que 0 dB, o que
significa que deve ser mascarada.
Quando mascarar na pesquisa do SRT?
Quando ocorrer uma diferença igual ou maior que 45 dB entre o valor de
SRT da OT e a média de 500, 1000 e 2000 Hz da VO da ONT. Em alguns
casos é importante levar em consideração a freqüência de 250 Hz.
Ex.:
(OD) (OE)
VO VA
Freqüências
VA VO
5 40 500 60 10
5 40 1000 50 10
5 40 2000 55 10
45 SRT 60
Nesse exemplo, o SRT da OD é 45 dB e a média tritonal da VA da OE é
de 10 dB e, no entanto, sua diferença é de 35 dB. Porém, o SRT da OE é 60
dB e a média tritonal da VO da OD é 5, resultando uma diferença de 55 dB.
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
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Então, apenas a orelha esquerda será mascarada, por apresentar uma
diferença superior a 45 dB.
Quando mascarar na pesquisa do IRF?
Quando ocorrer uma diferença igual ou maior que 45 dB entre o valor de
IRF da OT e a média de 500, 1000 e 2000 Hz da VO da ONT.
Fatores que indicam a quantidade de mascaramento:
Limiar aéreo da orelha mascarada
Valor de tom puro transmitido (fator de transmissão)
Efetividade
Ruído (5 dB)
Exemplo da quantidade de mascaramento da via aérea:
(OD) 1.000 Hz (OE)
VA 50 dB 05 dB
VO 10 dB 05 dB
FT + LA OP + E + 5 = ____ dB NB
FT = fator de transmissão
LA OP = limiar auditivo da orelha oposta
E = efetividade (sempre usa 10 para narrow band)
VA OT – 40 = x
x = VO ONT = y
y = FT
50– 40 = 10
10 – 5 = 5
5 = FT
5 (FT) + 5 (LA OP) + 10 (E) + 5 = 25 dB NB
Exemplo da quantidade de mascaramento da via óssea:
(OD) 1.000 Hz (OE)
VA 50 dB 05 dB
VO 10 dB  ________  05 dB
FT + LA VA OP + E + 5 = ____ dB NB
FT = fator de transmissão
LA VA OP = limiar auditivo da via aérea da orelha oposta
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
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E = efetividade (sempre usa 10 para narrow band)
VO OT – VO ONT = x
x = FT
10 – 5 = 5
5 = FT
5 (FT) + 5 (LA VA OP) + 10 (E) + 5 = 25 dB NB
Exemplo da quantidade de mascaramento da logoaudiometria (SRT):
(OD) (OE)
VO VA
Freqüências
VA VO
5 5 500 60 10
5 5 1000 50 10
5 5 2000 55 10
5 SRT 60
FT + MT VA OP + E + 5 = ____ dB SN
FT = fator de transmissão
MT VA OP = média tritonal da via aérea da orelha oposta
E = efetividade (sempre usa 0 para logoaudiometria)
OT – MT VO ONT= x
x - 45 = y
y = FT
60 – 5 = 55
55 – 45 = 10
10 = FT
10 (FT) + 5 (MT VA OP) + 0 (E) + 5 = 20 dB SN
Supermascaramento:
Ocorre quando o nível do som mascarador introduzido na ONT é forte o
suficiente para superar os valores de atenuação interaural e mascarar a cóclea
testada. A AI é de 40 dB.
Ex.:
VA VO VA VO
40 5 1000 60 10
Via Aérea: 60 (VA OE) – 40 (AI) = 20 – 5 (VO OP) = 15 (FT)
15 (FT) + 40 (LA VA OP) + 10 (E) + 5 = 70 dB NB
Supermascaramento: 70 – 40 (AI) – 10 (VO OE) = 20 dN NB
(supermascarou em 20 dB)
Via Óssea: 10 (VO OE) – 5 (VO OD) = 5 (FT)
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
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5 + 40 (LA VA OP) + 10 (E) + 5 = 60 dBNB
10 (VO OE) + 40 (AI) = 50 < 60
Se for igual ou menor que o total da VO, supermascarou
Resumindo, passo a passo para aplicar o mascaramento:
Via Aérea: FT + LA VA OP + E + 5 = _____ dB NB (narrow band)
FT = VA OT – 40 (AI) = x – VO OP = FT
LA VA OP = limiar auditivo da via aérea da orelha oposta
E = efetividade (NB = 10 sempre)
Via Óssea: FT + LA VA OP + E + 5 = _____ dB NB (narrow band)
FT = VO OT – VO OP = FT
LA VA OP = limiar auditivo da via aerea da orelha oposta
E = efetividade (NB = 10 sempre)
SRT / LDV: FT + MT VA OP + E + 5 = _____ dB SN (speech noise)
FT = OT – MT VO OP = x – 45 (AI) = FT
MT VA OP = média tritonal (500 + 1.000 + 2.000 / 3) da via
aérea da orelha oposta
E = efetividade (SN = 0 sempre)
IRF: FT + MT VA OP + E + f = _____ dB SN (speech noise)
FT = OT – 45 (AI) = x – MT VO OP = FT
MT VA OP = média tritonal (500 + 1.000 + 2.000 / 3) da via
aérea da orelha oposta
E = efetividade (SN = 0 sempre)
Supermasc.: VA: total da VA (em dB NB) – 40 (AI) – VO OT = x (x é o
valor que está supermascarando)
VO: VO + 40 = x (se x é menor ou igual ao total da VO em
dBNB, supermascarou).
(na página 10 há 2 exemplos da aplicação dessas fórmulas)
Mascaramento Central:
É o desvio ou piora no limiar da OT devido a introdução de
mascaramento na ONT em intensidades insuficientes para atravessar o crânio
para a OT (abaixo do nível de cruzamento).
Efeito de oclusão:
É aumento do NPS em direção a cóclea quando o meato acústico
externo é ocluído ou tampado.
Esse efeito só ocorre em orelhas com ausência de gap, ou seja, perdas
neurossensoriais ou audição normal.
Valores do efeito de oclusão
500 1.000 2.000 4.000 (Hz)
15 15 10 0 (dB)
Studebaker, 1979 
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
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Métodos psicoacústicos - Técnica de Hood:
Também conhecida como método de Platô, método da mudança do
limiar ou método do sombreamento.
O conceito desse método é que pela introdução de um ruído mascarante
na ONT produzirá uma alteração do limiar para o sinal de teste, apenas se a
ONT estiver contribuindo para a resposta observada.
Nesse procedimento, um limiar obtido sem mascaramento é confirmado
com mascaramento na ONT com o nível mínimo de mascaramento efetivo. Se
a resposta desaparecer, o nível de mascaramento é aumentado de 10 em 10
dB, pesquisando novamente o limiar até que um platô de resposta liminar seja
alcançado.
Será considerado um platô um nível de intensidade na qual a resposta
do indivíduo não muda após alterações de pelo menos 20 a 30 dB no ruído.
Os limites inferior (quantidade mínima de mascaramento) esuperior
(supermascaramento) do platô representam os níveis minimos e maximos de
ruído mascarante. Nessa técnica, o nível mínimo de ruído é definido com ao
quantidade mínima necessária para estabelecer os limiares verdadeiros da OT.
Por outro lado, o nível máximo de mascaramento é a quantidade de ruído que
pode ser usada sem supermascarar.
Nos casos em que existe possibilidade de realizar os platôs, aumentos
de 10 em 10 dB, ao retestar o limiar da VA, são mais indicados enquanto que
na VO, os aumentos não devem exceder 5 dB, pois existe maior risco de
supermascarar.
Em casos de condutivas bilaterais, onde a largura do platô é menor
(valor compreendido entre o mínimo e o máximo), o uso de passos de 10 dB é
inadequada. Nesses casos, recomenda-se passos de 5 dB, mesmo para a
área. Existem casos onde o mínimo de mascaramento já supermascara.
Métodos psicoacústicos – Teste SAL:
É conhecido como teste de nível de acuidade sensorial.
Baseia-se na premissa de que, quando um nível fixo de ruído de banda
larga é apresentado através do vibrador ósseo, colocado na fronte do paciente,
este provoca uma mudança nos níveis de sensibilidade de ambas as cócleas.
Técnica: limiares de VA (500 a 4.000 Hz) com mascaramento; limiares
de VO com vibrador ósseo colocado na fronte; apresentar ruído branco por via
óssea com vibrador colocado na fronte, com intensidade de saída máxima;
determinar os limiares de VA sob mascaramento da VO nas mesmas
freqüências; observar se houve alterações desses limiares.
A alteração da VO será menor em perdas neurossensoriais e maior em
condutivas e em normais. Quanto mais lesada a cóclea estiver, menor será o
efeito do mascaramento.
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
10
EXEMPLO 1
OD VA OE
55 250 60
55 500 50
50 1.000 40
45 2.000 40
30 4.000 30
30 8.000 35
VO
10 500 15
10 1.000 10
5 2.000 10
5 4.000 10
50 SRT 50
90 dB 100% IRF 90 dB 100%
50 Média tritonal VA 45
10 Média tritonal VO 10
VIA AÉREA
Freqüências O.D. O.E.
250 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
8.000 Hz
250 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
8.000 Hz
FT = VA OD – 40 = x – VO OE
FT = 55 – 40 = 15 – 15 = 0 dBNB
FT = 55 – 40 = 15 – 15 = 0 dBNB
FT = 50 – 40 = 10 – 10 = 0 dBNB
FT = 45 – 40 = 5 – 10 = -5 dBNB (não)
FT = 30 – 40 = -10 – 10 = - 20 dBNB (não)
FT = 30 – 40 = -10 – 10 = -20 dBNB (não)
FT + LA VA OE + E + 5 = total de masc. da OD
0 + 60 + 10 + 5 = 75 dBNB
0 + 50 + 10 + 5 = 65 dBNB
0 + 40 + 10 + 5 = 55 dBNB
(não)
(não)
(não)
FT = VA OE – 40 = x – VO OD
FT = 60 – 40 = 20 – 10 = 10 dBNB
FT = 50 – 40 = 10 – 10 = 0 dBNB
FT = 40 – 40 = 0 – 10 = -10 dBNB (não)
FT = 40 – 40 = 0 – 5 = -5 dBNB (não)
FT = 30 – 40 = -10 – 5 = -15 dBNB (não)
FT = 35 – 40 = -5 – 5 = -10 dBNB (não)
FT + LA VA OD + E + 5 = total de masc. da OE
10 + 55 + 10 + 5 = 80 dBNB
0 + 55 + 10 + 5 = 70 dBNB
(não)
(não)
(não)
(não)
VIA ÓSSEA
Freqüências O.D. O.E.
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
FT = VO OD – VO OE
FT = 10 – 15 = -5 dBNB (não)
FT = 10 – 10 = 0 dBNB
FT = 5 – 10 = -5 dBNB (não)
FT = 5 – 10 = -5 dBNB (não)
FT + LA VA OE + E + 5 = total de masc. da OD
(não)
0 + 40 + 10 + 5 = 55 dBNB
(não)
(não)
FT = VO OE – VO OD
FT = 15 – 10 = 5 dBNB
FT = 10 – 10 = 0 dBNB
FT = 10 – 5 = 5 dBNB
FT = 10 – 5 = 5 dBNB
FT + LA VA OD + E + 5 = total de masc. da OE
5 + 55 + 10 + 5 = 75 dBNB
0 + 50 + 10 + 5 = 65 dBNB
5 + 45 + 10 + 5 = 65 dBNB
5 + 30 + 10 + 5 = 50 dBNB
SRT
O.D. O.E.
FT = OD – MT VO OE = x – 45
FT = 50 – 10 = 40 – 45 = -5 dBSN (não)
FT + MT VA OE + E + 5 = total de masc. da OD
(não)
FT = OE – MT VO OD = x – 45
FT = 50 – 10 = 40 – 45 = -5 dBSN (não)
FT + MT VA OD + E + 5 = total de masc. da OE
(não)
IRF
O.D. O.E.
FT = OD – 45 = x – MT VO OE
FT = 90 – 45 = 45 – 10 = 35 dBSN
FT + MT VA OE + E + 5 = total de masc. da OD
35 + 45 + 0 + 5 = 85 dBSN
FT = OE – 45 = x – MT VO OD
FT = 90 – 45 = 45 – 10 = 35 dBSN
FT + MT VA OD + E + 5 = total de masc. da OE
35 + 50 + 0 + 5 = 90 dBSN
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SUPERMASCARAMENTO
Freqüências O.D. O.E.
250 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
8.000 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
VA: total do masc. da VA OD – 40 – VO OD = x
75 – 40 – 10 = 25 dB (supermasc. em 25 dB)
65 – 40 – 10 = 15 dB (supermasc. em 15 dB)
55 – 40 – 10 = 5 dB (supermasc. em 5 dB)
(não)
(não)
(não)
VO: LA VO + 40 = x (≤ total de masc. da VO =SM)
(não)
10 + 40 = 50 dB < 55 = SM (supermascarou)
(não)
(não)
VA: total do masc. da VA OE – 40 – VO OE = x
80 – 40 – 15 = 25 dB (supermasc. em 25 dB)
70 – 40 – 15 = 15 dB (supermasc. em 15 dB)
(não)
(não)
(não)
(não)
VO: LA VO + 40 = x (≤ total de masc. da VO =SM)
15 + 40 = 55 dB < 75 = SM
10 + 40 = 50 dB < 65 = SM
10 + 40 = 50 dB < 65 = SM
10 + 40 = 50 dB = 50 = SM
Então: 
A via aérea da OD precisa ser mascarada nas freqüências de 250, 500 e 1.000 Hz,
com 75, 65 e 55 dB NB (narrow band) respectivamente.
A via aérea da OE precisa ser mascarada nas freqüências de 250 e 500 Hz, com 80 e
70 dB NB respectivamente.
A via óssea da OD precisa ser mascarada na freqüência de 1.000 Hz, com 55 dBNB.
A via óssea da OE precisa ser mascarada nas freqüências de 500, 1.000, 2.000 e
4.000 Hz, com 75, 65, 65 e 50 dB NB respectivamente.
O SRT de ambas orelhas não precisa ser mascarado.
O IRF da OD precisa ser mascarado com 85 dB SN (speech noise).
O IRF da OE precisa ser mascarado com 90 dB SN (speech noise).
As freqüências de 250, 500 e 1.000 Hz da via aérea da OD supermascaram 25, 15 e 5
dB respectivamente.
As freqüências de 250 e 500 Hz da via aérea da OE supermascaram 25 e 15 dB
respectivamente.
A freqüência de 1.000Hz da via óssea da OD supermascarou.
As freqüências de 500, 1.000. 2.000 e 4.000 Hz da via óssea da OE supermascarou.
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EXEMPLO 2
OD VA OE
70 250 10
65 500 10
55 1.000 15
50 2.000 20
55 4.000 20
45 8.000 20
VO
10 500 10
10 1.000 15
15 2.000 20
20 4.000 20
60 SRT 15
100 dB 100% IRF 50 dB 100%
55 Média tritonal VA 15
10 Média tritonal VO 15
Obs.: a OE está normal, por isso, não vamos calcular nada.
VIA AÉREA
Freqüências O.D. O.E.
250 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
8.000 Hz
250 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
8.000 Hz
FT = VA OD – 40 = x – VO OE
FT = 70 – 40 = 30 – 10 = 20 dBNB
FT = 65 – 40 = 25 – 10 = 15 dBNB
FT = 55 – 40 = 15 – 15 = 0 dBNB
FT = 50 – 40 = 10 – 20 = -10 dBNB (não)
FT = 55 – 40 = 15 – 20 = -5 dBNB (não)
FT = 45 – 40 = 5 – 20 = -15 dBNB (não)
FT + LA VA OE + E + 5 = total de masc. da OD
20 + 10 + 10 + 5 = 45 dBNB
15 + 10 + 10 + 5 = 40 dBNB
0 + 15 + 10 + 5 = 30 dBNB
(não)
(não)
(não)
FT = VA OE – 40 = x – VO OD
FT = (não)
FT = (não)
FT = (não)
FT = (não)
FT = (não)
FT = (não)
FT + LA VA OD + E + 5 = total de masc. da OE
(não)
(não)
(não)
(não)
(não)
(não)
VIA ÓSSEA
Freqüências O.D. O.E.
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
FT = VO OD – VO OE
FT = 10 – 10 = 0 dBNB
FT = 10 – 15 = -5 dBNB (não)
FT = 15 – 20 = -5 dBNB (não)
FT = 20 – 20 = 0 dBNB
FT + LA VA OE + E + 5 = total de masc. da OD
0 + 10 + 10 + 5 = 25 dBNB
(não)
(não)
0 + 20 + 10 + 5 = 35 dBNB
FT = VO OE – VO OD
FT = (não)
FT = (não)
FT = (não)
FT = (não)
FT + LA VA OD + E + 5 = total de masc. da OE
(não)
(não)
(não)
(não)
SRT
O.D. O.E.
FT = OD – MT VO OE = x – 45
FT = 60 – 15 = 45 – 45 = 0 dBSN
FT + MT VA OE + E + 5 = total de masc. da OD
0 + 15 + 0 + 5 = 20 dB SN
FT = OE – MT VO OD = x – 45
FT = (não)
FT + MT VA OD + E + 5 = total de masc. da OE
(não)
IRF
O.D. O.E.
FT = OD – 45 = x – MT VO OE
FT = 100 – 45 = 55 – 15 = 40 dB SN
FT + MT VA OE + E + 5 = total de masc. da OD
40 + 15 + 0 + 5 = 60 dB SN
FT = OE – 45 = x – MT VO OD
FT = (não)
FT + MT VA OD + E + 5 = total de masc. da OE
(não)
Universidade Castelo Branco Silvana Frota - 2006
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SUPERMASCARAMENTO
Freqüências O.D. O.E.
250 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
8.000 Hz
500 Hz
1.000 Hz
2.000 Hz
4.000 Hz
VA: total do masc. da VA OD – 40 – VO OD = x
45 – 40 – 10 = -5 (não)
40 – 40 – 10 = -10 (não)
30 – 40 – 15 = -25 (não)
(não)
(não)
(não)VO: LA VO + 40 = x (≤ total de masc. da VO =SM)
10 + 40 = 50 > 25 (não)
(não)
(não)
20 + 40 = 60 > 35 (não)
VA: total do masc. da VA OE – 40 – VO OE = x
VO: LA VO + 40 = x (≤ total de masc. da VO =SM)
Então: 
A via aérea da OD precisa ser mascarada nas freqüências de 250, 500 e 1.000 Hz,
com 45, 40 e 30 dB NB (narrow band) respectivamente.
A via aérea da OE não precisa ser mascarada.
A via óssea da OD precisa ser mascarada nas freqüências de 500 e 4.000 Hz, com 25
e 35 dBNB respectivamente.
A via óssea da OE não precisa ser mascarada.
O SRT da OD precisa ser mascarado com 20 dB SN (speech noise).
O IRF da OD precisa ser mascarado com 60 dB SN (speech noise).
Nenhuma freqüência da via aérea e da via óssea da OD supermascarou.

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