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Criolipólise: Tratamento para Redução de Gordura

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CRIOLIPÓLISE
	A criolipólise é um tratamento inovador para redução de gordura localizada, no qual as células de gordura são submetidas ao congelamento controlado, sendo uma técnica que promove a lipólise. A transformação na conformação celular dos adipócitos induz uma resposta inflamatória e promove a morte celular por apoptose através do frio, sem causar danos aos tecidos adjacentes. Tratamento com tecnologia avançada, com método não invasivo, sem anestesias ou substância injetável. Desenvolvida por estudiosos da Universidade de Harvard (USA) e é a primeira tecnologia aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration) para redução de gordura localizada sem cirurgia.
	A técnica está há pouco tempo no mercado. Aqui no Brasil começou em 2011. Mas desde antes vinha sendo estudada. Em 2008, os médicos Dieter Manstein e Rox Anderson, pesquisadores de Harvard, nos Estados Unidos, fizeram um estudo da eficácia da criolipólise em animais (porcos). O objetivo do estudo foi avaliar se danos seletivos a gordura subcutânea poderiam ser obtidos por aplicação de frio sobre a pele. Eles utilizaram temperaturas de -5o C e -8o C durante 10 minutos.
	Como resultado, perceberam que o frio resultou em inflamação, morte adipocitária por apoptose, redução de 40% (em média) da camada de gordura e, por fim, a fagocitose do adipócito. Este trabalho norteou os trabalhos seguintes para pilotos com células adiposas e depois com humanos. Tendo em vista dados publicados comprovando a eficácia e segurança da criolipólise, em 2010 o uso deste técnica teve autorização do FDS (Food and Drug Administration), para ser utilizada em flancos.
	A partir daí surgiram protocolos de aplicação em outras regiões e em 2012, teve liberação para abdômen e, em 2014, para tratar gordura na região de coxas. No artigo de revisão bibliográfica, Fundamentos de Criolipólise, Fábio dos Santos Borges e Flávia Acedo Scorza, entendem a criolipólise “como o ‘resfriamento’ localizado do tecido adiposo subcutâneo de forma não invasiva, com temperaturas em torno de -5o C a -15oC (medida externamente), causando paniculite fria localizada, morte adipocitária por apoptose e, consequentemente, diminuição do contigente adiposo localizado”.
	Vamos à explicação: o sistema de congelamento à vácuo, utilizado na criolipólise, age no tecido adiposo, que é seletivo para as baixas temperaturas. O resfriamento causa cristalizações dos lipídeos do citoplasma das células, resultando em uma inviabilidade destas.
	Como consequência, depois de 24 a 72 horas da aplicação da criolipólise, o tecido adiposo sofre uma paniculite, uma inflamação, e a apoptose (morte) das células e posterior fagocitose pelos macrófagos, responsáveis pela digestão e remoção das células lesadas. Ou seja, estas células são excretadas pelo metabolismo. O processo de apoptose começa dentro de 3 dias após a criolipólise, com pico em torno de 14 a 30 dias.
	Dentro deste tempo, de 14 a 30 dias, o processo inflamatório reduz e a atividade dos macrófagos é intensificada. Os resultados clínicos ficam mais evidentes em torno de 60 dias após a aplicação da criolipólise. Análises de literatura mostram a redução de 20 a 26% da camada de gordura no local.
A PRÁTICA
	As áreas que podem ser tratadas são: Abdômen inferior, abdômen superior, flancos, braços, gordura infraescapular (dorso), subaxilar, face interna das coxas e culotes.
	Na hora da aplicação, a área a ser tratada recebe uma manta protetora, uma membrana anticongelante, que tem substâncias específicas para pele não congelar. Esta manta funciona como uma “capa protetora” no local. O ideal é que se escolha uma manta pela qualidade e não pelo preço. Infelizmente, como em tudo, há mantas falsas no mercado. E mais, a manta não é reutilizável. Uma vez usada, deve ser jogada fora. Devemos procurar aquelas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
	Em seguida, é aplicado no local uma manopla da máquina, que vai fazer uma sucção à vácuo da região a ser tratada. Esta manopla é formada por duas placas de resfriamento. O ideal é que esta manopla, que tem formato de um “copo”, esteja cheia da metade até o topo. Claro que tem a técnica ideal para fazer isso. Mas é importante observar que a quantidade máxima de tecido adiposo está dentro do “copo”.
	Muitas pessoas podem perguntar se a criolipólise pode gerar flacidez, por conta deste “puxão” no tecido. Se for feita de maneira errada, sem técnica, claro que sim. Por isso, é necessário que a pessoa que for aplicar a criolipólise saiba exatamente a técnica. Logo após o acoplamento da região, a máquina vai aquecer a uma temperatura de 42o C e logo em seguida resfriar e pode chegar até -10o C. O resfriamento é gradativo e cada sessão pode durar de 45 a 60 minutos.
PASSO A PASSO
1. Para não errar, o ideal é que a área a ser tratada seja demarcada. É preciso que seja realizada a adipometria. A criolipólise é recomendada em áreas que possuem mais de 2 centímetros de adiposidade. Importante fotografar o/a cliente para ver o antes e depois. Em seguida, acomode o/a cliente de maneira confortável, pois ele (a) permanecerá neste posição por pelo menos 45 minutos.
2. Proteja a região com a manta protetora.
3. Programe a máquina.
4. Posicione a manopla na região a ser tratada.
5. Após o término, a região deve ficar avermelhada e deve ser massageada.
6. Reavaliação deve ser feita em 30, 60 e 90 dias.
PÓS CRIOLIPÓLISE
	O pós da criolipólise também é muito questionado. A grande maioria quer saber se é necessária a continuação do tratamento. Pelo que tenho lido e visto, sim. Não existe uma fórmula ideal para a continuação, cada caso é um caso. Mas para melhores resultados, com certeza a criolipólise deve ter um tratamento continuado. Mas é claro, que devemos usar o bom senso. Muitos profissionais, desesperados pelo resultado, acabam aliando muitas técnicas do pós crio, para estimular ou assegurar uma resposta. E algumas dessas combinações podem gerar problemas sérios.
	Por isso, é preciso conhecimento científico, baseado na fisiologia, hipotermia e possíveis consequências para poder elaborar o melhor protocolo. Devemos ter em mente e falar para o/a cliente que os resultados não são imediatos, podem demorar de 2 a 6 meses!!
	O ideal é que o profissional avalie o que é adequado e possível em cada caso e pensar em um protocolo ideal para cada um. Mas algo que acredito que vale muito a pena é recomendar acompanhamento nutricional e a realização de exercícios físicos. E o uso de cinta pode ajudar a modelar.
	Em uma única sessão, é possível eliminar de 20 a 26% da gordura. Importante que a pessoa siga uma rotina saudável após o tratamento, que certamente ajudará no resultado final. De uma sessão para outra, o ideal é reaplicar com intervalo de 3 a 6 meses. Em um ano, é possível fazer de 3 a 4 vezes.Vale lembrar que o resultado final é a longo prazo e não imediato. Trata-se de uma técnica segura. Porém, se mal aplicada, pode causar problemas sérios, como queimaduras.  Algumas pessoas com mais sensibilidade ao frio podem sentir a região adormecida e dolorida após a sessão. Outras podem ter reações transitórias, como hiperemia, desconforto, dor local – mas devem desaparecer, em média, após uma semana.
	Para melhores resultados deve-se fazer a associação com prática de hábitos saudáveis: atividade física aeróbica, ingestão de água em intervalos curtos durante 24h e alimentação balanceada. Importante ressaltar que a criolipólise não é uma técnica para emagrecimento, mas para tratamento de gordura localizada.
CONTRA-INDICAÇÕES
 Gravidez;
 Lactação com período menor que 07 meses;
 Cicatriz na região;
 Hérnia na região;
 Dermatites;
 Prurido na região;
 Feridas;
 Infecções;
 Doenças autoimunes;
 Imunodeficiência adquirida (AIDS);
 Neuralgia pós herpética;
 Hipersensibilidade ao frio;
 Hemoglobinúria paroxística ao frio;
 Crioglobulinemia;
 Diabetes;
 Neoplasia ou tumor;
 Doença de Raynaud;
 Obesidade;
 Excesso de gordura visceral;
 Esteatose hepática.
Segue as principais orientações pós tratamento de criolipólise: O paciente não poderá realizar exercícios de impacto ou atividades com peso,
por um período de 24h;
 A região tratada poderá ficar sensível e dormente por até 02 semanas;
 Pode causar hematomas;
 O paciente não poderá se expor ao sol por 24h ou enquanto perdurar os hematomas;
 Intervalo de 07 dias para a realização de outro protocolo de tratamento estético no local de aplicação da criolipólise;
 Intervalo de 30 dias para a realização do protocolo de tratamento com radiofrequencia no local de aplicação da criolipólise;
 Uso de cinta modeladora;
 Não utilizar antiinflamatórios.
Referências Bibliográficas:
– BORGES, F. dos S.; SCORZA, F. de A. Fundamentos de Criolipólise. Fisioterapia Ser. vol. 9 – no 4. 2014
- ROCHA, L.de O.; URZEDO, A. P da S.; LIPPI, J. B;. Criolipólise: Tecnologia não invasiva para redução de medidas. South American Journal Of Aesthetic Medicine. Pág 8-12, março 2013.

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