PORTFOLIO - Interdisciplinaridade na Ed Física Escolar

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
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2 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO BRASIL
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2.1 INTERDISCIPLINARIDADE ESCOLAR NO BRASIL
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3 INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR............................5
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO
A Educação Física muda constantemente e essas mudanças nos trazem sempre dúvidas quando queremos inovar no ambiente escolar, pois trazer algo diferente para esse âmbito gera interdisciplinaridade em juntar o velho com o novo, assim, interligando conteúdos e atividades tornando a Educação Física mais competente na escola. A maior dificuldade para a interdisciplinaridade nas escolas são os professores, pois existem vários profissionais que ficam estacionados na mesmice, assim causando desanimo aos alunos e expondo que a Educação Física só poderia ser trabalhada de apenas uma forma, quando na verdade a Educação Física pode ser trabalhada de várias formas e podendo ser inovada sempre, porém esses “profissionais” que não buscam conhecimentos acabam desvalorizando essa disciplina no ambiente escolar.
No Brasil, diversos autores abordam a interdisciplinaridade, destacando-se Japiassu (1976), Fazenda (1991, 1992, 2008, 2010), Pombo (1993), Carlos (2007), José (2008), Paula (2009), Scortegagna e Gilz (2013), Scortegagna e Eckel (2015). Também, os documentos oficiais como os PCNs (1997), os PCNEM (1999), os PCNEM+ (2002), além das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica de julho de 2010, defendem o diálogo entre as disciplinas para que o estudante tenha uma visão global do conhecimento.
A Interdisciplinaridade na Educação Física Escolar significa se abrir para o novo, movimentando sempre o saber dos alunos, envolvendo toda a escola de forma que o aluno possa levar o conhecimento que vai ser usado ao longo de sua vida. A interdisciplinaridade favorece ao estudante reconhecer que os conteúdos estão articulados e, dessa forma pode contribuir para o desenvolvimento de um conhecimento mais integrado, contextualizado, amplo e propulsor de novas inter-relações.
O objetivo deste portfólio é obter conhecimentos substanciais sobre os aspectos fundamentais da área de educação física em licenciatura, compreendendo a educação física como um conteúdo da educação escolar e suas potencialidades e dificuldades na intervenção, refletindo sobre a realidade enfrentada pelos professores de educação física no ambiente escolar, compreendendo como a interdisciplinaridade pode contribuir para uma ação profissional mais completa e efetiva.
Por fim, vale ressaltar que o presente portfólio busca identificar os desafios da prática da interdisciplinaridade na educação física escolar, mostrando as barreiras que o profissional de educação física encontra na prática de suas atividades, tanto com os alunos como na escola de modo geral, assim ressaltando a importância da interdisciplinaridade.
2 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO BRASIL
O histórico da educação física escolar tem uma longa história que poucos conhecem. Até chegar a essa educação física que conhecemos hoje, a disciplina passou por modificações ao longo de toda a história do Brasil. Começando desde à chegada da Família Real Portuguesa (1800), passando pelo período de Getúlio Vargas (1930) até os dias atuais. Dessa maneira, é possível afirmar que houve uma evolução na história da educação física no Brasil. Com o passar dos anos, a importância de ter essa disciplina nas escolas foi se tornando mais clara. Atualmente, essa matéria é obrigatória na maioria dos níveis de ensino e com isso fica evidente todos os benefícios dessa prática na vida dos estudantes. Com o passar dos anos, a educação física ganhou um caráter higienista. Isso significa dizer que naquela época, a prática de exercícios estava relacionada a questões de higiene e saúde. Depois, a disciplina passou a ser utilizada pelos militares. Nesse caso, como forma de contenção e ordem da sociedade, principalmente dos mais jovens.
Então, a partir da segunda metade do século XX a educação física inicia um processo marcante na história. Esse período foi chamado de “esportivização”. Uma tática empregada pelos militares para mostrar um “Brasil Gigante”. Então surgiu o chamado militarismo, em que se passa a ter como objetivos na escola, a formação de indivíduos capazes de suportar o combate, a luta, para atuar na guerra. “O que acontece a partir daí foi uma busca por indivíduos fisicamente ‘perfeitos’, onde os incapacitados eram excluídos da prática.”
Apesar da longa história da educação física no Brasil, a primeira escola destinada exclusivamente a essa área só foi criada em 1910. Institucionalizada pela Polícia Militar, a escola preparava profissionais de educação física.
2.1 INTERDISCIPLINARIDADE ESCOLAR NO BRASIL
A interdisciplinaridade começou a ser abordada no Brasil a partir da Lei Nº 5.692/71. Desde então, sua presença no cenário educacional brasileiro tem se tornado mais presente e, recentemente, mais ainda, com a nova Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394/96 e com os Parâmetros. Além da sua grande influência na legislação e nas propostas curriculares, a interdisciplinaridade tornou-se cada vez mais presente no discurso e na prática de professores.
Segundo Piaget, a interdisciplinaridade seria uma forma de se chegar à transdisciplinaridade, etapa que não ficaria na interação e reciprocidade entre as ciências, mas alcançaria um estágio onde não haveria mais fronteiras entre as disciplinas. 
 
Pois bem, atualmente a interdisciplinaridade tem sido abraçada por grande parte dos professores, visto que tal postura garante a construção do conhecimento de maneira global, rompendo com as fronteiras das disciplinas, pois apenas a integração dos conteúdos não seria satisfatória. A interdisciplinaridade oferece uma nova postura diante do conhecimento, uma mudança de atitude em busca do contexto do conhecimento, em busca do ser como pessoa integral. A interdisciplinaridade visa garantir a construção de um conhecimento globalizante, rompendo com os limites das disciplinas.
3 INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
A interdisciplinaridade na educação física escolar retrata a importância de trabalhar com alunos diversos conteúdos e formas de abordagens no ensino, porém, a uma grande dificuldade por parte dos professores, pois os mesmo se encontram presos a um passado onde “escolas” trabalham com conteúdos limitados, onde sabemos que na educação física não se pode trabalhar de forma limitada, mas sim ilimitada, pois a educação física proporciona diversas formas de se trabalhar o aluno.
Segundo Piccolo (1993):
O principal papel do professor, através de suas propostas, é o de criar condições aos alunos para tornarem-se independentes, participativos e com autonomia de pensamento e ação. Assim, poderá se pensar numa Educação Física comprometida com a formação integral do indivíduo. Dessa forma, pode-se enfatizar o papel relevante que a Educação Física tem no processo educativo. O que, na verdade, ameaça a existência desta disciplina nas Escolas é a sua falta de identidade. Ela sofre consequências por não ter seu corpo teórico próprio, isso é, a informação acumulada é vasta e extremamente desintegrada por tratar-se de uma área multidisciplinar (p. 13).
Ao longo do tempo a educação física escolar afeta de forma positiva a ação do professor, pois permite que o mesmo trabalhe de várias formas o assunto abordado. Dessa forma, uma das principais mudanças é evidenciada pela nova abordagem das atividades esportivas, que tem se transformado em um meio de transformação social para alunos com menos oportunidades.
Segundo De Marco (1995, p.77), “a Educação Física como sendo um espaço educativo privilegiado para promover as relações interpessoais, a autoestima e a autoconfiança valorizando-se aquilo que cada individuo é capaz de fazer em função de suas possibilidades e limitações pessoais”. O processo interdisciplinar visa uma educação transformadora, que contribui para a formação de uma pessoa crítica, que lutem por seus ideaisdentro da sociedade em que vivem. Na educação física, se entende a possiblidade de fugir da valorização exagerada do desempenho e da eficiência, possibilitando que todos os alunos participem das aulas, cada um de sua maneira e com sua contribuição.
Visando um conhecimento mais amplo na educação física escolar, a prática pedagógica nesse âmbito, mostra que matérias como anatomia, ciências moleculares e celulares estão um pouco distante dessa área pedagógica, pois os professores visam mais as aulas práticas sem uma teoria que envolva o conhecimento dos alunos. Como um aluno pode realizar suas atividades na educação física sem um breve conhecimento do seu corpo (anatomia, ciências moleculares e celulares)? Pois bem, quando falamos de células, falamos do corpo humano, pois o homem é composto de células, o sistema nervoso que é o local onde aprendemos as coisas é composto por células, logo para uma melhor aplicação pedagógica é preciso entender de células. Já na anatomia humana os alunos iriam aprender tudo sobre seu corpo, cada parte dele e como o mesmo funciona. Apresentar o corpo humano instigará os alunos a curiosidade sobre o assunto que está sendo ministrado, além de facilitar o estudo e a compreensão da fisiologia.
É válido notar que a educação física escolar possui diversas didáticas integradoras que auxilia o aluno na construção de um conhecimento sobre o movimento corporal. Daolio (1995) nos relata dizendo que o corpo por um lado é mecânico e por outro uma máquina perfeita, portanto ao passo que o corpo torna-se capaz de ações apreendidas, aumenta também progressivamente seu cumprimento de regras sociais.
Podemos fazer isso de diversas maneiras como, por exemplo, movimentos coordenados sequenciados que têm um objetivo específico, como por exemplo, aumento da flexibilidade ou da força, dessa forma, o movimento corporal é posto em prática de maneira lúdica e didática.
As teorias de aprendizagem, como as de Vygotsky ou Piaget, servem para orientar os educadores físicos no sentido de direcionar e facilitar o diagnóstico inicial das crianças e jovens a serem trabalhados, no sentido de se conhecer os potenciais e as suas limitações. Dessa forma, a partir do diagnóstico prévio, torna-se possível alinhar as melhores atividades com a idade cronológica de cada um, explorando as potencialidades e preservando os limites. Essa teoria de aprendizagem proporciona ao professor o conhecimento geral por meio da interação social possibilitando novas experiências e conhecimentos, proporcionando aos alunos atividades colaborativas, potencializando o desenvolvimento cognitivo e interação social.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo nos remete a pesarmos que é inquestionável o valor da educação física escolar. Percebemos o quanto é importante a interdisciplinaridade por meio da Educação Física no âmbito escolar. A prática pedagógica é a base do inicio da inclusão social, pois pode-se adquirir os hábitos saudáveis e formativos da vida, dentre eles a compreensão das diferenças e a adoção da prática de exercícios físicos e esportivos.
O ensino da Educação Física Escolar necessita de uma profunda transformação pedagógica, onde a sua teoria não afaste o educando de sua prática, e ainda que sua prática não se afaste de sua teoria, é dar sentido as ações educacionais por uma postura comprometida com o fazer pedagógico significativo diante disso a Educação Física deve caminhar para além da simples técnica corporal, visto que o trabalho do professor de Educação Física[...] vai muito além da pura e simples transmissão da técnica da ginástica, do esporte, etc. É fundamental que realmente a aula de educação Física se transforme num ambiente critico, onde a riqueza cultural estabeleça um trampolim para a critica (GUIRALDELII JR., 1997, p. 58).
Para finalizar, se todos esses professores de educação física se empenhassem em estudar, ler, especializar-se e o principal se interessasse em fazer uma educação física diferente, fazendo com que a interdisciplinaridade aconteça, inserindo conteúdos de diversas matérias integrando os alunos a compreender plenamente os conteúdos curriculares, assim, garantindo sua aprendizagem e seu desenvolvimento social e profissional futuramente.
REFERÊNCIAS
DE MARCO, Ademir (org.). Pensando a educação motora. São Paulo: Papirus, 1995.
PICCOLO, Vilma L. Nista. Educação física escolar: ser___ ou não ter?. Campinas: Ed. da UNICAMP, 1993. 136 p.
DAÓLIO, Jocimar. Da cultura do corpo. 7 ed. Campinas: Papirus, 2003.
CASTELLANI Filho, Lino. Educação Física no Brasil: A história que não se conta. Campinas, SP Papirus, 1998.
Teoria de Aprendizagem de Vygotsky. Disponível em: <https://www.infoescola.com/pedagogia/teoria-de-aprendizagem-de-vygotsky/> Acessado em 20 de abril de 2019.
História da Ed. Física Escolar no Brasil. Disponível em: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfPekAF/historia-ed-fisica-escolar-no-brasil> Acessado em 20 de abril de 2019.
Como alcançar a interdisciplinaridade na escola?. Disponível em: < https://educacaointegral.org.br/reportagens/como-alcancar-interdisciplinaridade-na-escola/> Acessado em 25 de abril de 2019.
A Interdisciplinaridade na Escola. Disponível em: < https://www.webartigos.com/artigos/a-interdisciplinaridade-na-escola/24165/> Acessado em 25 de abril de 2019.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA
ANA PRISCILA ALMEIDA DE LIMA
ARLESSON d’pAULA NUNES MESSIAS 
FELIPE AFONSO MACIEL DE ALMEIDA MEDEIROS
KEVEN SAULO BERNARDO DA SILVA
MAXWELL SAPUCAIA DA SILVA
SÉRGIO RODRIGO DUARTE DE MORAES
TAÍS KELLY DA SILVA
INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Maceió Alagoas
2019
ANA PRISCILA ALMEIDA DE LIMA
ARLESSON d’pAULA NUNES MESSIAS 
FELIPE AFONSO MACIEL DE ALMEIDA MEDEIROS
KEVEN SAULO BERNARDO DA SILVA
MAXWELL SAPUCAIA DA SILVA
SÉRGIO RODRIGO DUARTE DE MORAES
TAÍS KELLY DA SILVA
INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Portfólio apresentado no curso de Educação Física, da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para conclusão da disciplina de Atividades Interdisciplinares.
Orientador: Jorge de Barros Pires
Maceió Alagoas
2019