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Principais orientações para gestantes e agendamento de consultas Após a descoberta da gravidez a mulher deve iniciar o mais precocemente as consultas de pré-natal (se possível iniciando até 12ª semana). No pré-natal a mulher deve ser acolhida de acordo com suas necessidades e classificação de risco, para que assim sejam passadas as orientações. No pré-natal de baixo risco, realizado pelo enfermeiro, a mulher deve participar de ações educativas que visam passar orientações para a mulher, sanando suas dúvidas e incentivando a sua adesão aos procedimentos propostos. As orientações podem ser passadas em cada consulta de acordo com a necessidade da gestante ou em grupo e rodas de conversas. As principais orientações/ações de educação que devem ser passadas são: • Orientar a mulher para que sempre carregue consigo o cartão da gestante e o resultado dos exames complementares; • A importância do pré-natal; • Realizar atividades físicas (realizar uma avaliação médica antes de iniciar quaisquer atividades física, caso não haja contraindicações a gestante deve dar preferência para atividades regulares que sejam de intensidade leve a moderada e que evitem a posição supina e que não facilitem o trauma abdominal); • Promoção ao aleitamento materno e incentivo a aquelas que não podem amamentar; • Orientar a gestante a usar o cinto de segurança de três pontas sempre que estiver em veículo (orientando-a que o útero deve estar completamento incluído no cinto e que a parte inferior deve passar acima das cristas ilíacas e que a parte superior deve passar pela linha intermamária); • Promoção a alimentação saudável com foco na prevenção de distúrbios nutricionais; • Explicar as principais modificações corporais e emocionais; Principais orientações para gestantes e agendamento de consultas • Falar sobre a atividade sexual da gestante de forma aberta, incluindo prevenção de IST’s e incentivar a realização do teste anti-HIV e para pesquisa de sífilis; • Orientação quanto ao direito do acompanhante na sala de parto; • Orientação e incentivo ao parto normal e humanizado; • Apoiar as mulheres que não podem realizar o parto normal; • Sinais e sintomas do parto • Importância do planejamento familiar; • Preparo para o parto: planejamento individual considerando local, transporte, recursos necessários para o parto e recém-nascido, apoio familiar e social; • Desenvolvimento da gestação; • Sinais de alerta e o que fazer nessas situações (sangramento vaginal, dor de cabeça, transtornos visuais, dor abdominal, perdas vaginais, dificuldade respiratória e cansaço) • Sintomas comuns da gravidez e orientações para as queixas mais frequentes. Exemplos: Mal-estar matinal – deve-se fracionar as refeições e ingerir pequenas refeições de preferência com alimentos sólidos ou líquidos frios. Náuseas e vomito: deve-se fracionar a alimentação, ingerindo sólidos e líquidos separadamente e caso necessário utilizar antieméticos sob prescrição. Constipação: deve-se adequar a dieta e adicionar fibras Alterações nas mamas: deve-se explicar a razão das alterações nas mamas, orienta-la a usar sutiã de sustentação e tomar banho de sol nas mamas. Aumento da frequência urinaria: orienta-la para que não segura a sensação de esvaziamento da bexiga e sempre faça higiene adequada da região. Fadiga: orienta-la a realizar repousos e ter o tempo de sono adequado. Alterações de tegumento: orientar para evitar banhos quentes e longos e sempre hidratar a pele e usar filtro solar. Principais orientações para gestantes e agendamento de consultas Hemorroidas: recomendar fazer dieta a fim de evitar obstipação, se necessário usar supositório de glicerina, não usar papel higiênico colorido ou áspero e realizar higiene perianal com sabão neutro. Pirose: deve-se recomendar uma dieta fracionada, evitando chás preto, mates, doces, álcool... Sialorreia: deve-se fazer recomendações semelhantes às de náuseas e vomito e orientar a gestante e engolir a saliva e ingerir bastante liquido. Dor abdominal, flatulência, cólica e obstipação: recomendar a mulher de se certificar que não sejam contrações uterinas, recomendar uma dieta rica em fibras e em resíduos (frutas cítricas, verduras...), evitar alimentos que causem fermentação e recomendar caminhadas e movimentação Leucorréia: recomendar não usar cremes vaginais e agendar consulta médica se fluxo de cor amarela, verde ou pruído. • Importância das consultar puerperais; • Cuidados com o recém-nascido; • Importância da realização da triagem neonatal na 1ª semana de vida do recém-nascido; • Importância do acompanhamento do desenvolvimento da criança. Como deve proceder o agendamento das consultas até a semana do parto. As consultas devem ser agendadas o mais precocemente possível de preferência do 1º trimestre, e serem regulares e completas atendendo as necessidades de cada gestante. O número mínimo de consultas preconizadas pelo Ministério da Saúde para todas as gestantes é de seis consultas, sendo assim distribuídas: • Uma no 1º trimestre (até a 12ª semana), duas no 2º trimestre e três no 3º trimestre. Principais orientações para gestantes e agendamento de consultas • Sempre que possível realizadas no seguinte cronograma: até a 28ª semana mensalmente, 28ª a 35ª quinzenalmente e 36ª até o parto semanalmente Apesar dessa distribuição é importante lembrar que a gestante deve ser atendida sempre que houver intercorrência, independente do calendário, da mesma forma retornos para avaliações de resultados de exames ou outras ações devem ser consideradas fora do calendário, e para as gestantes de alto risco o cronograma de consultas deve ser adequado a cada caso. É de grande importância o controle do comparecimento das gestantes, sendo interessante a realização de visita domiciliar para gestantes faltosas.