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Resenha Comparação Judaísmo e Cristianismo

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Sociedade Espírita Albergue de São Lázaro
Faculdade de Filosofia e Teologia Espírita
1° semestre /2020
RESENHA DOS CAPÍTULÓS I AO V 
Aluno: Wagner Eustáquio Braz 
1. CAPÍTULO I – O Conceito de Deus para Judeus e Cristãos 
No capítulo I a autora traz os conceitos de Deus para o Judaísmo e Cristianismo, afirmando que o Judaísmo está comprometido com o monoteísmo e o Cristianismo é partidário da crença na trindade, alegando que essa é a forma de adulteração da idéia de um Deus único, concordo com a autora no que diz respeito ao monoteísmo do Judaísmo, mas, discordo ao dizer que o Cristianismo não é monoteísta.
A autora relata que o Judaísmo é a única religião genuinamente monoteísta na face da terra, o que discordo completamente, existem muitas outras religiões monoteísta, cito como exemplo o Espiritismo. 
Em um outros pontos no capítulo, a autora relata que o Judaísmo não reconhece Satã como força criativa do mal em posição a força Criativa de Deus, que Deus é incognoscível, concordo com a autora nos dois pontos apresentados.
Por fim a autora refuta a ideia da trindade, relatando que que a Unidade de Deus é sagrada para o Judaísmo e que é completamente incompatível com a ideia cristã da Triunidade de Deus, mais uma vez, concordo com a autora no que se refere a triunidade de Deus.
2. CAPÍTULO II – Milagres
No que se refere aos milagres, a autora traz que eles são irrelevantes para o Judaísmo e que nas escrituras rabínicas dos primórdios relatam que os milagres bíblicos não foram ocorrências sobrenaturais contrárias a lei da natureza e que Deus e no que se referem como milagres, na verdade são contratos feitos com Deus. E que os milagres são rejeitados como prova de verdade e especialmente como confirmação da veracidade de uma determinada interpretação da Tora. 
Quanto ao Cristianismo ela informa que os milagres desempenham um papel excessivamente importante e que os evangelhos são um longo registro dos milagres realizados por Jesus.
Em minha opinião, não existe exceção e privilégios na maneira de agir de Deus, não havendo assim uma exclusão ou derrogação das suas leis. E quanto aos milagres, eles vão desaparecendo na medida em que há um avanço nos conhecimentos científicos, conhecimentos esses, que vem revelando novas leis para explicar esses fenômenos que são compreendidos nas alçadas dessas leis. Acredito que esses fenômenos se prendem a existência dos Espíritos e à intervenção deles no mundo material. 
3. CAPÍTULO III – livre arbítrio x pecado original
No capítulo III a autora relata que a ética judaica está baseada na liberdade do homem em escolher entre o bem e o mal, portando, todos os seres humanos são dotados de liberdade na esfera ética e não são coagidos a seguir um certo caminho, em resumo, Deus determina e guia a sorte do homem mas ele não influencia ou interfere na sua conduta ética, permitindo assim o homem praticar o seu livre arbítrio. Já o Cristianismo é baseado na doutrina do pecado original, a qual implica na crença de predestinação ética, que o ser humano é contaminado pela culpa de Adão e carrega o pecado original.
Concordo com a autora no que tange o livre arbítrio, em minha opinião, Deus a causa primária de todas as coisas, com sua infinita sabedoria criou as leis divinas, ponto inicial para a nossa caminhada na evolução.  Com isso, o livre arbítrio nos dá a liberdade para escrevermos nossa própria história, não existe destino, predestinação, sorte ou azar. Cada um de nós constrói o próprio futuro através de ações e pensamentos. Escolhemos e determinamos nossos caminhos, usando assim o livre arbítrio.
4. CAPÍTULO Iv – pecado e expiação
No capitulo IV a autora traz as diferenças de tratamento entre o pecado e a expiação, O Cristianismo que o arrependimento do pecado não é o suficiente, ele deve atingir a graça para livrar-se do pecado. Para o Judaísmo a ideia de expiação substitutiva é incompatível com sua ética, o Judaísmo afirma que Deus está próximo de todos os homens e que a redenção do pecado está totalmente nas mãos do pecador, tudo o que ele deve fazer para ser perdoado é arrepender-se com sinceridade. 
Concordo em partes com a autora, Deus realmente está ao alcance de todos, diferente do que pensa o Cristianismo, porém, em minha opinião, O uso do livre arbítrio são ações que provocam reações, no tempo e no espaço. As boas escolhas produzem progresso evolutivo, enquanto as escolhas infelizes geram provações  ou  expiações que se configuram como mecanismos evolutivos, moduladores da lei de causa e efeito, claramente consubstanciada no planejamento reencarnatório de cada indivíduo. Então, não basta apenas arrepender dos “pecados”, Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza as dores da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa.
5. CAPÍTULO v – ATITUDES QUANTO AO ACESTISMO 
Segundo a autora, o Judaísmo não condena a “carne” como pervertida, nem tampouco postula uma antítese entre a carne e espírito, aceitando o corpo, suas necessidades e desejos não como relutância e dúvidas mas como uma afirmação alegre e solene, em vez de condenar os instintos animais os Judaísmo esforça-se para avaliá-las de acordo com suas potencialidades éticas. O ideal não é realizado pelo asceta que se purgou de todos os desejos carnais mas, ao contrário, por aquele em que os desejos arderam mais intensamente e que conseguiu domá-los. Não é o instinto animal que conduz à ruína mas a falha em controla-lo e sublima-lo.
Nesse aspecto, concordo com a autora, não basta abstermos de tudo e nos escondermos das “tentações”, devemos com a devida autoridade moral, passar por nossos percalços, tratar de fazer a reforma íntima e sermos luzes.   
A Tentação é uma palavra que traz em si mesma uma ideia temível, quase sempre que esse termo é pronunciado nossos gestos são de repulsa, no entanto, a tentação é o recurso que a sabedoria Divina emprega para nos dar o conhecimento de nós mesmos. A tentação só pode representar perigo em quem encontre pontos de contato. Se já eliminamos de nossa intimidade os possíveis pontos de contato, então não seremos mais tentados, por mais que se apresentem os incentivos.
Fazendo pequenos esforços, deixaremos de tomar os estreitos e tortuosos caminhos das ilusões, que nos levam aos sofrimentos, para seguir pela larga avenida iluminada que nos conduzirá ao Pai, e, por conseguinte, à felicidade suprema que todos almejamos.

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