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Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 1 DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS Hiperemia (ativa e passiva) Edema (edema generalizado e edema localizado) A aorta manda sangue oxigenado para as artérias. No tecido o sangue é guiado pelos capilares, ficando a nível microscópico (microcirculação). Neste ponto vai haver tendência do plasma em extravasar, pois mais sangue dentro de pequenos vasos irá fazer com que aumente a pressão hidrostática. É importante salientar que grande parte desse líquido que sai, volta, sendo que o restante segue para a drenagem linfática (líquido intersticial) sendo guiado pelo ducto torácico em direção as veias. Este processo é considerado a condição fisiológica normal. A integridade das células e dos tecidos requer um equilíbrio líquido normal e constante. No entanto, anormalidades na permeabilidade vascular ou na homeostasia pode resultar em lesão mesmo no cenário de um aporte sanguíneo intacto. A homeostase normal do líquido abrange a manutenção da integridade da parede do vaso, bem como a pressão intravascular e osmolaridade dentro de certas variações fisiológicas. As mudanças no volume vascular, pressão ou conteúdo proteico e alterações na função endotelial, afetam o movimento final da água através da parede vascular. Conceitos: 1) Sangue fazendo pressão contra parede muscular (parede do vaso) → pressão hidrostática (pressão de líquido) 2) Pressão relacionada à concentração de proteína → pressão osmótica HIPEREMIA O conceito geral de hiperemia é aumento do volume de sangue intravascular. Podendo ser classificada em hiperemia ativa ou hiperemia passiva (também chamada de congestão) Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 2 Hiperemia Ativa → A hiperemia é um processo ativo resultante do fluxo interno tecidual aumentado devido à dilatação arteriolar (vasodilatação), como no músculo esquelético durante o exercício ou em locais de inflamação. O tecido afetado é avermelhado pelo congestionamento dos vasos com sangue oxigenado. No caso de uma inflamação a vasodilatação é essencial para trazer mais sangue com oxigênio e mais células. Esta condição pode ser patológica ou fisiológica, quando o vaso quer se adaptar a alguma situação. (AUMENTA PRESSÃO HIDROSTÁTICA POR VASODILATAÇÃO) A congestão (hiperemia passiva) → É um processo passivo resultante do efluxo externo deficiente de um tecido. Associada aos distúrbios no retorno de sangue. A parte afetada adquire uma coloração vermelho-azulada devido à desoxigenação dos eritrócitos represados (cianose). Pode ser localizada, como na obstrução venosa, ou sistêmica, como na insuficiência cardíaca. Na insuficiência ventricular esquerda, os pulmões estão principalmente afetados; na insuficiência cardíaca direita, os órgãos sistêmicos são afetados, por exemplo, fígado, baço, com preservação dos pulmões. Ex: obstrução venosa (associada a um trombo) que não será possível fazer a drenagem. (AUMENTA PRESSÃO HIDROSTÁTICA ASSOCIADA A DISTÚRBIOS NO RETORNO VENOSO) A congestão e o edema, em geral, ocorrem juntos, de maneira primária visto que a congestão no leito capilar pode resultar em edema devido à transudação líquida aumentada. EDEMA O termo edema significa acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais (matriz extracelular - plasma) ou nas cavidades corporais (sendo, nestes casos, mais comumente denominado de derrame: derrame pericárdico, pleural, peritoneal ou ascite) gerando um tipo de inchaço ou tumefação (sendo este o sinal clínico mais comum). Importante ressaltar que o edema não é a saída de líquido da matriz, pois este processo é normal, porém o edema é o acúmulo deste líquido que não retornou. Mecanismos básicos: Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 3 1. Aumento da pressão hidrostática intravascular: vai sair mais líquido do que deveria. Ocorre em casos de hiperemia, por exemplo. 2. Diminuição da pressão osmótica intravascular: (água acompanha soluto, se diminuir a quantidade de proteína dentro do vaso o líquido tende a sair) Ex: desnutrição proteica. 3. Aumento da pressão osmótica intersticial: a água sai do vaso porque há proteínas fora; comum em queimaduras extensas com uma grande área de necrose tecidual, onde as proteínas das células saem, aumentando o índice proteico intersticial. 4. Distúrbios da drenagem linfática: paciente com tumores de mama. Dificuldade para fazer o retorno no líquido levando a linfedema no membro superior. 5. Aumento da permeabilidade vascular: ocorre no processo inflamatório. Associado assim a um edema inflamatório com o escape de exsudato rico em proteínas. O edema inflamatório surge como um evento do processo inflamatório agudo, em que as alterações do fluxo geram um aumento da permeabilidade vascular e extravasamento de líquido, proteínas e células (exsudato) para o espaço intersticial (hiperemia ativa). Normalmente, a saída de líquido para o interstício a partir da terminação arteriolar da microcirculação é quase equilibrada pelo fluxo para dentro na terminação venular; um pequeno resíduo do excesso de líquido intersticial é drenado pelos linfáticos. Tanto a pressão capilar elevada ou a pressão osmótica coloidal diminuída pode resultar em líquido intersticial aumentado. Qualquer líquido de edema intersticial em excesso é, tipicamente, removido pela drenagem linfática, retornando, ao final das contas, à corrente sanguínea via ducto linfático; claramente, a obstrução linfática (devido à cicatrização ou tumor) também debilitará a drenagem líquida e resultará em edema. Edema pode ser localizado, como na obstrução do retorno venoso em uma extremidade ou bloqueio de um grupo regional de linfonodos ou vasos linfáticos, ou sistêmico, denominado de anasarca, que é um tipo de edema grave e generalizado com tumefação tecidual subcutânea profunda. Edema generalizado Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 4 Uma das causas mais importantes é a insuficiência cardíaca, uma incapacidade de bombeamento, na qual o músculo não consegue trabalhar na força e na frequência adequada. O edema generalizado geralmente se manifesta do abdome para baixo. 1) Quando a pessoa tem insuficiência cardíaca associada a edema generalizado, sabemos que sua insuficiência é direita, devido ao comprometimento do retorno venoso. Comprometimento severo do retorno venoso tem como resultado hiperemia passiva, levando a aumento da pressão hidrostática e quadros graves de edema. Obs: edema pulmonar → líquido vai para o alvéolo podendo causar morte por asfixia. Pode ser inflamatório ou por insuficiência cardíaca esquerda. O paciente não reclama de inchaço, mas de dispneia e cansaço. O ventrículo não dá conta de bombear. 2) Na desnutrição proteica também ocorre quadros de edema generalizado, alterando a pressão osmótica intravascular. 3) Distúrbios hepáticos são também causas de edemas, pois muitas proteínas são produzidas no fígado o que faz comprometer mecanismos de pressão osmótica vascular. 4) Distúrbios gástricos com má absorção intestinal, gera o mesmo problema com queda de pressão osmótica. Edema Localizado Edema de membro inferior: inchaço em um dos pés. Pode ser causada por aumento de pressão hidrostática ou distúrbios linfáticos. → Quadros de insuficiência venosa por obstrução, insuficiência valvar, varizes (comprometimento do sistema de válvulas e do próprio músculo). → distúrbio na drenagemlinfática, envolvendo aumento de pressão hidrostática. Obs: Quadro de insuficiência cardíaca esquerda leva a hiperemia no pulmão. E problema pulmonar compromete o lado direito Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 5 HEMORRAGIA A hemorragia indica, em geral, extravasamento de sangue devido à ruptura do vaso. O sangramento capilar pode ocorrer sob condições de congestão crônica e uma tendência aumentada à hemorragia de lesão geralmente insignificante é vista numa grande variedade de disfunções coletivamente clínicas denominadas diáteses hemorrágicas. Todavia, a ruptura de uma grande artéria ou veia é quase sempre devido à lesão vascular, incluindo trauma, aterosclerose, ou erosão inflamatória ou neoplásica da parede do vaso. A hemorragia pode ser manifestada em uma variedade de padrões, dependendo do tamanho, da extensão e da localização do sangramento. Vemos a presença de hemácias no meio extracelular. Na grande maioria das vezes se associa à trauma. O vaso faz agregação plaquetária para conter a lesão, formando um tampão. Logo depois ativa a cascata de coagulação, tendo como produto final a fibrina, e a rede de fibrinas forma o coágulo. Logo, 1) Agregação plaquetária 2) Cascata de coagulação (via intrínseca e via extrínseca) 3) Produto final tem-se a fibrina com função de formar o coágulo 4) Homeostasia → formação do coágulo Em condições normais agregação plaquetária somado a coagulação tem-se a homeostasia (que é o processo comum para conter o sangramento) Diátese hemorrágica É um quadro clínico caracterizado pela tendência de sangramento (espontâneo, demorando a coagular, ou sangramento excessivo) 1) O problema se deve a fragilidade vascular podendo ser causado pela deficiência na biossíntese do colágeno, como ocorre, por exemplo, no escorbuto (deficiência de vitamina C) e na osteogênese imperfeita. Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 6 2) Trombocitopenia → alteração na contagem de plaquetas, podendo ser um distúrbio medular de origem medicamentosa ou leucemia; ou pode ser também uma doença chamada de púrpura trombocitopênica, em que o sistema imune produz anticorpos contras plaquetas. 3) Distúrbios na cascata de coagulação como ocorre na hemofilia, que possui deficiência de diversos fatores sendo essa uma herança recessiva ligada ao X. 4) E também problemas na vitamina K, visto que o fígado produz fator de coagulação e necessita de vitamina K. TROMBOSE Coágulo denso de difícil dissolução Etiopatogenia: é a ativação patológica da coagulação, formando um coágulo denso, cheio de fibrinas. Quando se tem uma lesão endotelial à tendência é haver coagulação e ao mesmo tempo fibrinólise para conter o coágulo Agressão endotelial → Coagulação x Fibrinólise Etiopatogenia Lesão endotelial crônica ou persistente Tabagismo → substâncias tóxicas do cigarro e radicais livres ocasionam lesões Diabetes → produção de radicais livres e glicose em excesso leva a glicosar a parede endotelial ocasionado lesões Hipertensão Arterial Diminuição da velocidade de fluxo sanguíneo Paciente acamado → fluxo sanguíneo lento, favorece agregação plaquetária e processos de coagulação. Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 7 Turbulência de fluxo → cisalhamento e atrito. Existe nas bifurcações, na presença de um ateroma, aneurisma. Nestas áreas o atrito é maior, gerando assim uma turbulência onde forma-se uma área de lesão crônica e com grande tendência a coagulação. Obs: situações de trauma e cirurgias extensas são situações onde a lesão endotelial é extensa e favorece a trombose Evolução e consequências 1) Crescimento → o trombo pode aumentar, crescer. Existe uma cascata de coagulação e uma de fibrinólise que atuam juntas, em equilíbrio. Se o trombo cresce, quem está ganhando a briga é a coagulação em detrimento da fibrinólise. 2) Lise - Dissolução do trombo → predomínio da atividade fibrinolítica em relação à coagulação 3) Organização do trombo → trombo não cresce nem é dissolvido. A coagulação e fibrinólise estão em equilíbrio. Vai haver resposta inflamatória induzindo proliferação celular com grande depósito de colágeno. O processo inflamatório induz angiogênese que irá fazer a canalização do trombo. 4) Calcificação → cicatrização do trombo com substituição por tecido conjuntivo fibroso. Depende da localização e volume. Compromete função de dilatação e contração. Afetando assim, elasticidade e levando também em alguns casos ao rompimento do trombo. 5) Embolização → Vira um êmbolo. O trombo pode se fragmentar em pedaços que podem se soltam, ou se soltar totalmente. Nestes casos pode afetar vasos de menor calibre, nos quais o trombo não consegue passar por eles. Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 8 EMBOLIA Tromboembolia: presença de corpo estranho: sólido, líquido ou gasoso (êmbolos) na corrente sanguínea. Tromboembolia venosa (embolia pulmonar) → pode ser assintomática ou não, dependendo da gravidade da lesão. Pode obstruir vasos no pulmão (porque vai diminuindo o calibre). Então a consequência é a embolia pulmonar. Se for arterial, vai depender da artéria afetada. Embolia gordurosa é comum em idosos devido à fratura do fêmur que contém medula amarela com grande quantidade de gordura que pode cair na corrente sanguínea e levar ao quadro de embolia. Embolia gasosa que tem como exemplo a síndrome da descompressão Trombose e Embolia caem na obstrução vascular que leva a isquemia que é a parada ou interrupção do fluxo sanguíneo. ISQUEMIA Redução do suprimento sanguíneo em determinada região. Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 9 Oferta = Demanda (Equilíbrio) Oferta menor que demanda = isquemia Demanda maior que oferta = isquemia (não é a mais comum) Se a demanda subir, preciso aumentar a oferta, pra isso existe hiperemia ativa metabólica, dilatando os vasos. Agora, se eu tenho quadros de embolia ou trombose, vai haver diminuição da oferta levando a isquemia. Consequências (diminuição de oxigênio): Dor: irritação da terminação nervosa Perda de função (baixa de ATP-hipóxia) Necrose (consequência do ponto de não retorno da hipóxia). Pode ser os dois juntos? Coronária de uma pessoa de 55 anos, fumante, obeso, estressado, não sente nada, pois tem uma obstrução pequena e o fluxo passa atingindo a demanda. Ao resolver correr, sente dor forte do lado esquerdo, angina. Angina do miocárdio → Aumentou a demanda e a oferta tentou compensar, porém a obstrução passa a fazer diferença. É chamado de isquemia relativa, vaso parcialmente obstrutivo. É temporário. A dor veio por causa do pH que caiu e irritou a terminação nervosa. Pode chegar a uma perda de função, contudo reversível. Infarto no miocárdio → Isquemia absoluta, sentindo dor, parando de funcionar. Isquemia persistente, área vai ficar necrosada (necrose isquêmica, ou infarto). Foi absoluta. CHOQUE O choque (colapso vascular) consiste em um sério distúrbio hemodinâmico e metabólico devido a uma hipoperfusão disseminada das células e tecidos devido ao volume sanguíneo circulante inadequado. Este fato gera uma incapacidade do sistema circulatório de manter aporte sanguíneo adequado a microcirculação devido à diminuiçãoda perfusão de nutrientes aos órgãos vitais, depuração inadequada de metabólitos e um desvio hipóxico proveniente do metabolismo aeróbico para anaeróbico, às vezes resultando em acidose láctica. As causas do choque estão relacionadas a uma queda do volume sanguíneo circulante efetivo por conta de uma propulsão cardiopulmonar inadequada (problemas em nível do pulmão e coração) ou uma grande vasodilatação periférica (o que pode fazer com que os órgãos não sejam bem perfundidos). Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 10 Falência do sistema circulatório Hipotensão tecidual severa Falência de múltiplos órgãos Tipos: Cardiogênico, hipovolêmico, séptico, anafilático 1) Choque Cardiogênico → insuficiência cardíaca grave. Pressão abaixa severamente e o coração praticamente não bombeia nada. Órgãos começam a entrar em falência e pode provocar morte súbita em até 24 horas. Resulta da falência da bomba miocárdica. Isso pode ser causado por dano miocárdico intrínseco (infarto), arritmias ventriculares, compressão extrínseca (tamponamento cardíaco), obstrução ao fluxo externo (embolia pulmonar), rupturas ventriculares, miocardites, etc. Em suma, qualquer afecção que previna o enchimento cardíaco direito ou esquerdo (embolia pulmonar, tamponamento cardíaco e mixoma atrial) pode causar uma dificuldade de expulsão do sangue do coração em direção aos demais órgãos. Insuficiência cardíaca severa → queda de pressão → hipoperfusão → falência de órgãos 2) Choque Hipovolêmico: é um fenômeno secundário à perda do volume sanguíneo ou plasmático. Isso pode ser causado por hemorragia, perda líquida por queimaduras graves, trauma, diarréria, vômitos, formação excessiva de urina, transpiração excessiva. Hemorragia ou desidratação → volemia → queda de pressão → hipoperfusão → falência de órgãos 3) Choque Séptico: a causa mais comum de morte na UTI. O choque séptico é consequência da resposta do sistema imunológico do hospedeiro à agentes infecciosos. Infecção generalizada → Vasodilatação → queda da pressão → hipoperfusão → falência de órgãos (imunodeprimidos podem responder bem com antibióticos) 4) Choque Anafilático: decorre de uma reação de hipersensibilidade do tipo 1 a injeção de drogas ou soros, picadas de insetos, ingestão de alimentos. Reações alérgicas → histamina → vasodilatação → queda de pressão hipoperfusão → falência de órgãos (tratamento imediato com adrenalina) Obs: O choque séptico e o choque anafilático não causam tantos óbitos. Indivíduo em choque entra em coagulação intravascular disseminada que evolui para coagulopatia onde a consequência é hemorragia. O grau de lesão endotelial no indivíduo em choque é alto e o ph apresenta-se baixo levando a formação de microtrombos. O fígado e a medula não consegue repor o processo que irá continuar com lesão e seguirá para um quadro hemorrágico. Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 11 INFLAMAÇÃO Rede vascular, acontecem em regiões de tecido conjuntivo vascularizado como reação a um agente agressor. Alterações vasculares com extravasamento de fluidos e leucócitos (exsudação plasmática e celular). O objetivo é a cura, mas pode ser que às vezes sua exacerbação faz com que seja necessário o uso de um antiinflamatório. Inflamação aguda (imunidade inata neutrófilos e macrófagos / inespecífica, tende a acontecer primeiro e a resposta é curta.) Inflamação crônica (imunidade adquirida linfócitos e macrófagos / específica e a resposta é longa.) Reação Autoimune: imunidade adaptativa o que faz o processo já ser crônico por natureza. Divide-se as células em dois grupos: Células Residentes Células Circulantes Células Residentes: Mastócitos: liberam histamina de formas mais rápida e está envolvido nas etapas iniciais do processo inflamatório. Macrófagos: realizam fagocitose. Fibroblastos: produzem matriz (colágeno e elastina). Seu papel no processo inflamatório é tentar resolver o problema ou se tornar crônico estimular a deposição de colágeno. Trabalha nas etapas tardias. Células dendríticas: captam e apresentam antígenos. Células Circulantes: Linfócitos B e T: reconhecem antígenos e possuem seus domínios de imunoglobulina. o Linfócito T: CD4+/CD8+ (citotóxico) o Linfócito B: produz anticorpo Linfócito NK: mata outras células (citotóxico), mas não pela expressão de MHC e sim pela resposta inespecífica (inata). Polimorfonucleados: neutrófilos, eosinófilo e basófilo o Neutrófilo: realiza fagocitose o Eosinófilo: degranula (resposta alérgicas, resposta inflamatória e helmintoses). o Basófilos: trabalham intensamente no processo inflamatório e estão em menor quantidade. Sinais Cardinais Calor Rubor (eritematoso, vermelho, se deve à vasodilatação com aumento de fluxo, hiperemia ativa), Tumor (inchaço e edema) Dor (compressão pelo edema e mediadores). Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 12 Pode gerar a perda de função dependendo do grau de destruição. Obs: Isto ocorre mediante ação de mediadores que são substâncias produzidas dentro de um processo inflamatório que são responsáveis por todos os eventos do processo inflamatório. Os mediadores de dividem em dois grupos: celulares e plasmáticos. Mediadores Químicos da Inflamação Celulares: produzidos por células residentes (células inflamatórias). Aminas vasoativas, neuropeptídeos, metabólicos de ácido aracdônico, fator ativador de plaquetas e óxido nítrico. o Aminas vasoativas: histamina, mastócitos (vasodilatação e aumenta a permeabilidade vascular). o Neuropeptídeos: substância P (ativa mastócito e é armazanada nas terminações nervosas aferentes). o Metabólicos de ácido Aracdônico: prostanglandinas (PGE2, PGD2, PG12). Leucotrienos e lipoxinas. A.A Prostanglandina vasodilatadoras e aumenta a permeabilidade vascular. Prostanglandina E é capaz de causar dor. A.A lipoxigenase leucotrieno (quimiotaxia) e lipoxinas (antiinflamatório). o Fator Ativador de Plaquetas: fonte de plaquetas e basófilos o Óxido nítrico: produzido por células endoteliais e macrófagos e são potentes vasodilatadores. o Citocinas: pleiotrópica (diferentes afinidades, atua em células diferentes), multifuncionais, efeitos redundantes . Plasmáticos: estão no plasma, originados principalmente do fígado. Obs: É indicado um antiinflamatório para conter os sintomas do processo inflamatório em si. Diferente dos corticoides que barram o processo. Envolvidos na regulação linfocitária IL-2/ IL-4 IL-10/ TGF-beta Envolvidos com a ativação de macrófagos INF-gama / INF-alfa IL-5 Quimiocinas (trabalham com quimiotaxias) IL-8 (neutrófilo) MCP (monócito) Envolvidos na estimulação da hematopoiese IL-3 / IL-7 / CSF Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 13 Sistema do Complemento (formas de ativação) Via clássica Ag-Ac – Cq1 Via alternativa C3b (superfície microbiana) Via da lectina manose Obs: via alternativa e a via da lectina participam da resposta inata. Todas as vias convergem para C5,convertase (C5b C6 C7 C9) Efeitos biológicos: o MAC o Opsonização (C3b /C4b) o Processo inflamatório (C3a/ C5a – aumenta permeabilidade e quimiotaxia) Sistema de Coagulação Via intrínseca colágeno + FXII o FXII FX FXa protrombina trombina fribrogênio fibrina Via extrínseca tromboplastina + FVII o Tromboplastina (bradicinina e plasmina) sofre degradação em fibrina Sistema Gerador de Cininas Bradicinina: dor, vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular INFLAMAÇÃO AGUDA Eventos vasculares e exsudativos: A inflamação gera uma hiperemia (aumento de fluxo) ativa vasodilatação. O aumento da permeabilidade proporciona a saída de plasma. A migração de células independe da permeabilidade. Dependendo do tamanho do poro, as células não conseguem passar. Consequência edema. Exsudação celular: primeiramente, quem vai é o neutrófilo que participa da resposta inespecífica. São divididos em quatro etapas; o Marginação (aproximação com o endotélio) o Rolamento (adesão fraca) o Adesão (expressão de moléculas de adesão no leucócito e endotélio). o Diapedese / transmigração (expressão de moléculas de adesão no leucócito e endotélio). Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Sticky Note Complexo de ataque à membrana Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 14 Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 15 Quimiotaxia: Movimentação orientada por gradiente de concentração. Quimiotático age num receptor, que induz a um aumento do cálcio dentro da célula, assim vai haver emissão de pseudópodes (reorganização do citoesqueleto por agente quimiotático). A célula vai andando e quando ela chega, ela recebe estímulo quimiotático de todos os lados, emitindo assim pseudópodes de todos os lados fazendo assim a resultante ser 0 e portanto ela não anda, tende a ficar parada e trabalhar. A primeira etapa é o reconhecimento e ligação. Receptores são inespecíficos. INFLAMAÇÃO CRÔNICA Características: infiltrado mononuclear rico em linfócitos e macrófagos. Obs: O infiltrado é de macrófago, mas quem está migrando é o monócito, que é estimulado a vir e se diferenciar. Ele tenta corrigir, depositando colágeno e podendo ocasionar problemas futuros. Inflamação crônica granulomatosa. Vários macrófagos se fundem formando células gigantes multinucleares. Essas células são chamadas de células de Langhans. Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 16 Tentativa de restringir a lesão, porém com muita lesão. Trauma (Pele) Lesão com processo hemorrágico Coágulo Trauma (Pele) Inflamação aguda vasodilatação, aumento da permeabilidade e células inflamatórias (tecido conjuntivo – função: limpar a área, após esta limpeza vai haver proliferação e ativação de fibroblastos) Reação de granulação. Obs: pedaço de vidro (corpo estranho) faz com que haja a reação de granulação, pois o corpo tenta fagocitar o mesmo. No caso da diabetes a área é mal irrigada e mal nutrida o que prejudica a reação de granulação. DISTÚRBIOS DE CRESCIMENTO Crescimento: é o mesmo que multiplicação celular. Este pode se dar por mitose na renovação celular ou cura (tanto regeneração quanto cicatrização). Ou seja, a mitose pode levar tanto para renovação quanto para regeneração. Diferenciação: processo de especialização morfológica e funcional. Obs: quanto maior o grau de diferenciação, menor será a capacidade proliferativa. Exemplo: tumor maligno faz o caminho inverso, se indiferenciado e ganhando capacidade proliferativa. Hipotrofia: caracterizada pela diminuição de volume tecidual, e também da atividade metabólica. É um fenômeno natural com a idade. A imobilização é um fator que contribui, e que é reversível. Isquemia também baixa o metabolismo e gera a mesma coisa. Ex: músculo esquelético relacionado à atividade metabólica Hipertrofia: aumento do volume tecidual e da atividade metabólica. A musculação e a atividade física estimulam esse acontecimento. O hipertenso não controlado pode ter aumento tecidual pelo aumento da atividade. O mesmo acontece com atletas, mas não ocorre perda de função. Existe a concêntrica (hipertenso) e a excêntrica (atletas, que não compromete o volume da cavidade). Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 17 Hipoplasia: diminuição do número de células (quantidade). Indiretamente mexendo no volume. Na senilidade e na AIDS também ocorre hipoplasia. É o que ocorre com o timo no seu desenvolvimento. Hiperplasia: aumento do número de células. Para que isto ocorra é preciso ter capacidade mitótica. Se o órgão está mal irrigado é difícil pensar em hiperplasia. Não é um processo infinito, tem um ponto em que a hiperplasia cessa. O processo inflamatório crônico pode acarretar nisso porque existem fatores de crescimento. Metaplasia: alterações permanentes. Exemplos: Tabagista de 30 anos, onde o epitélio está estratificado pavimentoso, ou seja, já mudou sua morfologia, perdendo cílios e células caliciformes. Criou a resistência, mas é pré-maligno. Então, se ocorre aumento do número de células atípicas, já é uma displasia. Se além do aumento de número e de atipias ocorre uma continuação e disseminação é caracterizado um processo de neoplasia, que invade o tecido subjascente. O problema das displasias é que um dia virarão metaplasias. Resumo: Hiperplasia: aumenta número de células. Comum em processos inflamatórios crônicos Metaplasia: Transformação de um tipo de tecido em outro (mesma origem embrionária). Exemplo: troca de um epitélio que não era queratinizado por um que é queratinizado. Displasia: aumenta número de células com atipias celulares (altera forma e tamanho). Neoplasia: aumenta número de células com atipias celulares, autonomia de crescimento, proliferação descontinuada e perda de diferenciação (pouco diferenciada). Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho AbreuPágina 18 NEOPLASIAS Neoplasia Benigna: baixo índice mitótico, bem diferenciado, não há necrose e matástase é ausente. Neoplasia Maligna: alto índice mitótico, baixa adesividade entre as células (não há inibição por contato, alta capacidade proliferetiva), capacidade de originar metástase e tende a perder função. Metástase Formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira. Fatores de Riscos: o Menarca precoce (estrógeno aumenta janela), menopausa tardia e nuliparidade. o Obs: hoje em dia anticoncepcionais tem um fator protetor em relação ao câncer. o Alguns tumores são relacionados a doses altas de hormônios. Carcinoma in situ proliferação maligna de origem epitelial de revestimento. Localizado, mas se passar a ter um proliferação intensa pode ter a capacidade de invadir e assim deixar de ser in situ (está na origem) e desta forma se tornar um tumor invasivo. Tumor: qualquer lesão que apresente aumento de volume (apenas isto não indica se é maligno ou benigno). Câncer: tumor ou neoplasia de natureza maligna. Boa parte dos tumores apresentam o sufixo OMA. NEOPLASIA BENIGNA NEOPLASIA MALIGNA VELOCIDADE DE CRESCIMENTO LENTO RÁPIDO TAXA DE PROLIFERAÇÃO CELULAR BAIXO ALTO GRAU DE DIFERENCIAÇÃO BEM DIFERENCIADO INDIFERENCIADO ATIPIAS CELULARES MENOS ATIPIAS MAIS ATIPIAS PRESENÇA DE CÁPSULA FIBROSA PRESENTE AUSENTE RECIDIVA POUCO FREQUENTE FREQUENTE METÁSTASE NÃO OCORRE PODE OCORRER Obs: A presença de cápsula fibrosa não impede o tumor de crescer e não impede metástase, é apenas mais fácil retirar cirurgicamente. Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 19 Porque algumas pessoas respondem melhor à quimioterapia? O tumor cresce porque a fração de crescimento está maior. O quimioterápico age nela. Se boa parte das células não estão proliferando, a quimio não vai adiantar. Neoplasias Malignas Características e propriedades das células malignas Propriedades bioquímicas: DNA alterado, acúmulo de mutações (vai captar carboidrato, proteína e lipídeo e possuir um alto gasto energético, metabolismo alto, neste caso de célula tumoral o alto metabolismo é desviado para mitose). Baixa adesividade: o que favorece a disseminação. Tendo alta motilidade fazendo o tumor se espalhar rapidamente. Ganha afinidade com a matriz dos novos tecidos para andar. Propagação e disseminação das neoplasias Invasão local Vias de disseminação: linfática ou sanguínea. Metástase: crescimento secundário Invasão Local Adesão (afinidade) a componentes da MEC Degradação da MEC: interage com a matriz e a destrói por secreção de enzimas proteases, abrindo espaços pela degradação de colágeno. Locomoção Vias de disseminação Via linfática: vai para os linfonodos e começa a proliferar. O linfonodo vai apresentar consistência firme indicando massa tumoral, sendo que ele pode ou não estar fixo, se no caso ele estiver fixo, o quadro é pior. O crescimento do linfonodo pode indicar metástase. Via sanguínea: vai gerar uma metástase a distância Obs: vigilância imunitária é essencial para não ter metástase. Não basta apenas encontrar um órgão, tem também que ter um ambiente favorável. A célula sai de um órgão e causa metástase em outro órgão por diapedese. Por isso órgãos inflamados são mais propensos a ocorrer metástase. Efeitos Locais Obstruções Compressões Ulcerações e hemorragias Dores Obs: estes efeitos ocorrem tanto em tumores benignos quanto malignos. Efeitos sistêmicos Sistemicamente, temos caquexia (cansaço profundo, prostração, perda de peso, alteração da cor da pele, de humor, infecções associadas pacientes em estágio terminal de câncer). Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 20 CICLO CELULAR E BASES MOLECULARES DAS NEOPLASIAS O câncer é o produto final de um processo complexo que se desenvolve em múltiplos estágios, sendo que em cada um deles ocorrem alterações genéticas e epigenéticas (não muda sequência de DNA) em células suscetíveis, as quais acabam adquirindo crescimento seletivo e expansão clonal. Ciclo Celular Passa por fases na interfase (G1, S e G2) que antecedem a mitose. Fase G1 e G2 : realizam síntese proteica Fase S: fase de duplicação do DNA. G0 conhecida como fase estável, que pode ou não entrar em divisão celular. No caso dos hepatócitos, se receber estímulo entra em mitose. Os perenes (neurônio e miocárdio) não se dividem. Existem proteínas que fazem o ciclo rodar e outras que inibem o ciclo. Ciclo Celular Normal Ciclinas (quinases dependentes de ciclinas): ajudam o ciclo a rodar e proliferar (acelerador). Quinases são capazes de fosforilar. Só trabalham associadas à ciclinas. As ciclinas recebem este nome, pois a sua concentração é cíclica, uma hora está alta, outra hora está baixa. Por isso são Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 21 quinases ciclinas dependentes. Aumentam a quantidade (só mexo na concentração de ciclinas e não de CDK) pra formar o complexo ciclina-CDK, responsável pelo ciclo mudar de fase. Checkpoint G1/S: é necessário trabalhar neste ponto, pois é na fase S que ocorrerá duplicação de material genético Checkpoint G2/M: trabalha na checagem antes de entrar no processo de mitose. Checkpoint G1/S G1 -------------------- S (o mais importante) FATOR DE CRESCIMENTO: MITOSE FATOR DE TRANSCRIÇÃO: EXPRESSÃO GÊNICA E2F é uma proteína que é um fator de transcrição para a DNA polimerase O pRb é um freio pra transcrição Ciclo Celular Checkpoint G2/M MITOSE G2 S G1 Checkpoint G1/S P pRb E2F Ciclina G1-CDK Nesta fase vai haver fosforilação e isto vai desligar o pRb da E2F liberando o “freio” e seguindo o ciclo. Quando está ligado (E2F-pRb)não vai haver transcrição Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 22 pRb se liga a ela à E2F e inibe sua atividade. Enquanto há essa ligação, a célula fica presa em G1. Quando entra em G1, ciclina vai subindo e forma complexo ciclina-CDK. Em S, começam a trabalhar as quinases, fosforilando pRb, que libera o E2F. Genes e neoplasias Proto-oncogenes: normal, codificam proteínas que estimulam mitose (proliferação). Ex: ciclina-CDK, E2F. Se o proto-oncogene começar a trabalhar mais que o normal ele se torna um oncogene. Genes supressores de tumor: freios, que se não trabalharem na medida necessária estimula a proliferação exacerbada. Genes reguladores de apoptose: extremamente eficientes na eliminação de células tumorais. Genes de reparo: estão praticamentenos checkpoints. Proto-oncogenes e Oncogenes Sis PDGF Codificam fatores de crescimento Efeito mitogênico Int-2 FGF - C-erb B1/B2/B3 codificam receptor de fator de crescimento (presente no epitélio glandular da mama). Proto-oncogenes: Sis e Int-2 codificam dois produtos importantes: PDGF e FGF, que terão efeito mitogênico. Exemplos: Fibrosarcoma e osteosarcoma são tumores malignos originados em TCPD e ósseo. CCE cabeça e pescoço é o carcinoma de células escamosas. Nesses tumores esses genes estão superexpressos, causando um efeito mitogênico. C- erb B1 B2 ou B3 favorece a mitose, sobretudo no adenocarcinoma de mama e ovário esses estão superexpressos. Efeito mitogênico FC C-erb Adenocarcinoma de mama, Ovário e Pulmão Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 23 Estímulo Ras -GDP Ras- GTP MaPK (induz) Myc (induz produção de ciclinas) Ras: a proteína Ras é sinalizadora, recebe o sinal que vem de vários pontos como de um receptor. Ela permanece ligada a uma molécula de GDP. Logo depois ela é desligada, inativada com há quebra do GTP. Quando recebe um sinal, se desliga do GDP e se liga em uma de GTP, fosforilando e ativando a MaPk, que ativa a Myc. Ao mesmo tempo a Ras volta ao seu estágio inativado. Mutação na Ras: fica só ativada, perde a capacidade de se desligar, isso acontece em vários tumores perdendo a capacidade de quebrar o GTP, assim fica ligada e o estímulo acontecendo. A Ras ativa a MaPk, a map quinase fosforila a Myc que irá trabalhar. Myc Ciclina D O gene c-myc é um fator de transcrição. Estimula a transcrião de ciclina D, que se liga a CDK que continua o ciclo celular. Obs: Linfoma de Burkitt: o gene Myc está no cromossomo 8. As células sofrem translocação (um pedaço do 14 vai pro 8 e do 8 pro 14) então o gene myc fica no cromossomo 14 ficando próximo de genes que são super ativados, que estão sempre expressos, então o myc fica ativado e se torna um oncogene. Desta maneira, vai aumentar a proliferação de anticorpos. Quebra GTP e se inativa Se desliga da GDP e se liga a GTP P Prb E2F Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 24 Gene TP53 – a via do p53 p53 e p21 supressores de tumor Gadd 45: pode reparar e não ativar a p53 e a p21 Bax: induz apoptose P53 muito ativada ativa a p21 que inibe a atividade da ciclina G1-CDK não fosforilando e fazendo a pRb manter o freio sobre o E2F. Genes supressores de tumor: preciso dos dois alelos defeituosos para o gene parar de funcionar. Isso era uma hipótese que de 15 anos pra cá surgiram tentativas de dizer o contrário. Gene TP53: Em torno de 70% dos cânceres tem problema na P53. A p53 percebe o problema e induz o freio, induzindo a transcrição da proteína P21 que inibe a ação do complexo ciclina-CDK. Assim não vai haver fosforilação e o ciclo permanecerá parado. Nesta etapa vai haver reparo. Gadd45 é uma proteína de reparo. Se conseguir reparar a P53 para de trabalhar. Se não houver reparo , P53 continua trabalhando e vem a bax. Regulação da p53 MDM2 Degradação via ubiquitina – proteossomo Ciclo Celular G2 G1 S MITOSE Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 25 Regulação da MDM2: degradação da via ubiquitina - proteassomo. Ela tira a P53 do núcleo, trás para o citoplasma, é ubiquitinada e o proteassoma quebra. Então pode ser que não tenha muita P53, porque há muito MDM2, que é um proto-oncogene. Supressor de tumor P14 (inibe) MDM2 p53 p21 ciclina – CDK (X) Se inibe MDM2 irá aumentar a p53, o que aumentará a p21 e irá inativar ciclina-CDK. Radiação e álcool fazem aumentar os níveis de p14. Em alguns tumores o defeito está no p14. Mas não é o único fator (eventos múltiplos). Já é possível que nasça com um defeito na p53. Mutações tipo missense: exons 4 - 8, proteína p53 mutada. Interação com proteínas virais como o HPV, podem causar mutações nessa p53, além de fatores herdáveis. Cigarro, aldeído, sol, radiações. HPV produz uma proteína E6 que inibe a p53 e também inibe o MDM2. Resumo: Se a P53 enxerga o problema ela induz a transcrição da P21. Assim, eu seguro em G1. Ela inibe a formação do complexo ciclina-CDK. E consequentemente induz a produção das proteínas de reparo, que são capazes de corrigir o problema. Então a P53 para de funcionar, para de induzir P21, seu nível cai, para de inibir o complexo, fosforila e está liberada. Se não conseguir corrigir, estimula a transcrição de Bax, abre os poros da mitocôndria que leva a um processo de apoptose. FC Ras ciclina-CDK MDM2 P53 P21 P14 Apoptose: BAX apoptose BCL2 apoptose Em uma célula tumoral espera-se encontrar Bax inibida e o BCL2 super ativado, o que leva a proliferação descontrolada. O que difere um tumor de benigno e maligno são os graus de mutação, que no caso dos tumores benignos são bem menores. Telômero (relógio biológico da célula) Ponta do DNA que não é capaz de codificar nada. A DNA polimerase na extremidade não é capaz de codificar. A extremidade diminui a cada ciclo fazendo com que chegue ao fim e induza um processo de apoptose A fase embrionária tem altos níveis de telomerase, pois nesta fase é necessário que a célula se prolifere muito. Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Guilherme Highlight Resumo de Patologia (AF) Gabriela Carvalho Abreu Página 26 Em alguns tumores malignos vai haver expressão de telomerases tornando a proliferação descontrolada. A célula caminha para o estágio embrionário, passando a expressar proteínas e enzimas desta fase.
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