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Aula Síndromes Geriátricas 2013

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FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO 
E 
SÍNDROMES GERIÁTRICAS
Santo Antônio de Jesus
Setembro, 2016
Profª Fernanda de Oliveira Souza
OBSERVAÇÃO: Deseja uma imagem diferente neste slide? Selecionea imagem e apague-a. Agora, clique no ícone Imagens no espaço reservado para inserir sua própria imagem.
*
A fisiologia...
Os idosos usam suas reservas fisiológicas para manter a homeostase.
Quando as reservas são necessárias para suprir aumento das demandas de doenças agudas, ocorre falência dos sistemas.
Nossos órgãos e tecidos têm um turnover celular diferente e um padrão de envelhecimento também diferente.
PELE E ANEXOS 
	Derme 
	Redução da espessura 
	Menor celularidade e vascularização 
	Degeneração das fibras de elastina 
	Degeneração das fibras de colágeno 
	Maior mobilidade 
	Rugas 
	Palidez 
	Redução do tamanho e da função de glândulas sudorípara e sebácea 
	Sudorese prejudicada Alteração na regulação da temperatura 
PELE E ANEXOS 
	Palidez devido a menor quantidade de melanócitos 
	Manchas hipercrômicas em áreas expostas ao sol – face e dorso das mãos 
	Melanose senil (púrpura senil pele e subcutâneo menos espessos + trauma) 
Ainda sobre a pele...
Pêlos: 
	Redução geral dos pêlos em todo o corpo, exceto narinas, orelhas e sobrancelhas 
	Perda da pigmentação dos pêlos – cabelos brancos 
	Inativação de células do bulbo capilar – queda de pêlos e calvície 
Unhas: 
	Tornam-se frágeis, sem brilho, com estriações longitudinais e descolamento 
	Grau de crescimento progressivamente menor 
Alteração na audição
Alteração no paladar
Graus de perda do paladar
Perda de olfato...
Água Corporal 
	Redução de 20 a 30% da água corporal total 
	Redução mais importante no conteúdo intracelular 
	“Desidratado crônico” 
	Maior risco de desidratação aguda 
	Alteração no volume de distribuição de drogas hidrossolúveis 
Condição cardíaca
	Retardo no enchimento do ventrículo esquerdo 
	Endurecimento e espessamento da parede ventricular esquerda 
	Menor frequência cardíaca em repouso 
	Menor frequência cardíaca máxima induzida por exercícios 
	Espessamento das válvulas cardíacas (mitral e aórtica) Sopros 
	Aumento progressivo da pressão arterial 
	Aumento da resistência vascular periférica 
Sistema Respiratório
	Perda da retração elástica dos pulmões 
	Perda da capacidade respiratória máxima 
	Menor capacidade de troca de oxigênio e monóxido de carbono ao nível alveolar 
	Reflexos pulmonares como tosse e função ciliar reduzidos 
	Predisposição de indivíduos idosos ao acúmulo de secreções 
Fisiologia da Micção
	A imunossenescência implica no declínio da competência imune que acompanha o envelhecimento. Nesse sistema há o aumento da suscetibilidade a infecções, de autoanticorpos e imunoglobulina monoclonal e tumorigênese.
Sistema Muscular 
	Perda de massa muscular – sarcopenia 
	Diminuição do peso corporal 
	Redução da força muscular, mobilidade, equilíbrio Quedas 
	Menor tolerância a esforço físico 
	Diminuição da sensibilidade à insulina Intolerância à glicose 
Massa óssea 
	Redução do conteúdo mineral ósseo 
	Maior perda de massa óssea após a menopausa 
	Redução dos níveis de hormônio do crescimento 
 
Estatura: 
	Perda de 1 cm por década a partir dos 40 anos de idade 
	Aumento da curvatura da coluna vertebral 
	Diminuição dos arcos dos pés 
	Perda de massa óssea 
	Hipercifose torácica 
	Achatamento dos discos intervertebrais 
Gordura 
	Aumento de 20 a 30% na gordura corporal total (2 a 5%/década, após os 40 anos) 
	Tecido adiposo em menor quantidade nos membros 
	Deposição abdominal e visceral da gordura 
	Aumento da meia-vida das drogas lipossolúveis (benzodiazepínicos) 
Indicadores de fragilização na velhice para o estabelecimento de medidas preventivas
	Alguns profissionais de saúde consideram fragilidade como uma condição intrínseca do envelhecimento, atitude essa que pode ocasionar intervenções tardias, com potencial
mínimo de reversão das conseqüências adversas da síndrome, o que inclui a redução da expectativa de vida saudável ou livre de incapacidades.
	A partir da década de 90 a associação entre incapacidade e fragilidade passou a ser questionada com base em três grandes premissas:
a) nem todas as pessoas com declínio funcional são frágeis;
b) nem todas as pessoas frágeis apresentam declínio funcional;
c) medidas preventivas parecem interferir na instalação dessa síndrome.
Por isso...
O conceito de "ser frágil" foi sendo gradativamente substituído pela condição de
"tornar-se frágil.
Capacidade Funcional ao Longo da Vida
Terceira Idade 
Manter independência e
 prevenir incapacidade
Infância 
Crescimento e desenvolvimento
Vida Adulta 
Manter o maior nível funcional possível
 Mudança de
 condicionamento
Suporte ambiental
Reabilitar e garantir qualidade de vida
Idade
Capacidade funcional
Limiar de incapacidade
	 A saúde do idoso está estritamente relacionada com a sua funcionalidade global, definida como a capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de si mesmo.
	 Essa capacidade de funcionar sozinho é avaliada por meio da análise de: Atividades de vida diária básicas (AVD) - fundamentais para a auto preservação e sobrevivência do individuo e referem-se as tarefas do cotidiano necessárias para o cuidado com corpo (Independência, dependência completa ou completa); Atividades de vida diária instrumentais (AVDI) - mais complexas que as básicas e são indicadoras da capacidade do idoso de viver sozinho na comunidade. Incluem as atividades relacionados ao cuidado intradomiciliar ou domestico; Atividades de vida diária avançadas (AVDA) - atividades relacionadas a integração social, englobando as atividades produtivas, recreativas e sociais.
Considerações…
FUNCIONALIDADE GLOBAL
Atividades Relacionados ao Auto-Cuidado
Referem-se às tarefas necessárias para o cuidado com corpo ou auto-preservação.
Atividades Relacionados ao Domicílio
Referem-se às tarefas necessárias para o cuidado com o domicílio ou atividades domésticas.
Atividades Relacionados à Integração Social
Referem-se às atividades produtivas, recreativas e sociais.
Atividades de Vida Diária 
AVANÇADAS
Atividades de Vida Diária 
INSTRUMENTAIS
Atividades de Vida Diária 
BÁSICAS
ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA
SAÚDE
	 Toda a abordagem geriátrica tem como ponto de partida a avaliação da funcionalidade global, através das atividades de vida diária básicas, instrumentais e avançadas. O principal sintoma a ser investigado e a presença de declínio funcional. 
	 A saúde do idoso é determinada pelo funcionamento harmonioso de quatro domínios funcionais: COGNIÇÃO, HUMOR, MOBILIDADE E COMUNICAÇÃO.
 Cognição: conjunto de capacidades mentais que permitem ao individuo compreender e resolver os problemas do cotidiano (memória, função executiva, linguagem, praxia, gnosia/percepção e função visuoespacial).
Os testes mais utilizados: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Lista de palavras do CERAD, Teste de reconhecimento de figuras, Teste de fluência verbal (BRUCKI, 1997) e Teste do relógio.
Considerações…
 Humor: A presença de sintomas depressivos e frequente entre os idosos. Varia desde a tristeza isolada ate a depressão maior.
A escala de depressão mais utilizada em idosos e a “Escala de Depressão Geriátrica” (Geriatric Depression Scale – GDS) + avaliação dos critérios padronizados do DSM-IV.
	 Mobilidade: capacidade de deslocamento é avaliada através: postura, marcha e transferência + alcance, apreensão e pinça + capacidade aeróbica + continência esfincteriana.
	 Comunicação: importante para participação social, capacidade de execução de tomada de decisões. As habilidades comunicativas envolvem a linguagem, audição, motricidade oral e fala/voz.
Os testes mais aplicados: Visão - Teste de Snellen simplificado; Audição - Teste do sussurro; Fala, voz e motricidade orofacial - Avaliação da voz, fala e deglutição.Considerações…
FUNCIONALIDADE GLOBAL
É a capacidade de funcionar sozinho ou de gerir a própria vida e cuidar de si mesmo
COGNIÇÃO
É a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano
HUMOR
É a motivação necessária para as atividades e/ou participação social
MOBILIDADE
É a capacidade de deslocamento do indivíduo e de manipulação do meio 
COMUNICAÇÃO
SAÚDE
AUTONOMIA
DECISÃO: É a capacidade individual de decisão e comando sobre as ações, estabelecendo e seguindo as próprias regras. 
INDEPENDÊNCIA
EXECUÇÃO: Refere-se à capacidade de realizar algo com os próprios meios
 
Capacidade aeróbica
Continência esfincteriana
Marcha, postura e transferência
Alcance, preensão e pinça
A perda dessas funções resulta nas grandes Síndromes Geriátricas
FALA, VOZ E MOTRICIDADE OROFACIAL
AUDIÇÃO
VISÃO
Instabilidade Postural:
Quedas
 Perda de reflexos de correção e aumento da oscilação do corpo - tendência a queda. 
 A manutenção do equilíbrio corporal em posição bípede representa capacidade fundamental para a manutenção da estabilidade postural. 
 O equilíbrio corporal é mantido pela integração entre informações sensoriais captadas pela visão, sistema vestibular e propriorreceptores. 
 O equilíbrio corporal permite corrigir mudanças de posição o corpo em relação à base de sustentação.
	 Marcador de início de declínio funcional;
	 Sintoma de uma enfermidade nova;
	 Aumenta com a idade - mudanças musculoesqueléticas.
Epidemiologia das quedas em idosos
 
	 Incidência anual de quedas:
- Indivíduos de 65 a 74 anos: 32%
- Indivíduos de 75 a 84 anos: 35%
- Idosos com 85+ anos: 51%
- Idosos brasileiros (60+anos): 30%
- Idosos institucionalizados: 50%
	 Mais freqüente entre mulheres até 75 anos de idade
(Pereira SRM et al. Projeto Diretrizes AMB 2001; Pereira & Mendonça. Tratado de Geriatria e Gerontologia 2ª ed. 2006)
Instabilidade Postural
Fatores de Risco Intrínsecos
Alterações Fisiológicas (envelhecimento)
Enfermidades Específicas
Terapia medicamentosa
 
 
(Pereira SRM et al. Projeto Diretrizes AMB 2001)
Instabilidade Postural
Fatores de Risco Extrínsecos
	 > 70% quedas ocorrem em casa (Maior risco para quem vive só).
	 Fatores ambientais (~50%)
- Iluminação inadequada
- Superfícies escorregadias
- Tapetes soltos ou com dobras
- Degraus altos ou estreitos
- Obstáculos no caminho
- Ausência de corrimão / barras de apoio
- Cadeira sem braço ou encosto
- Cama e assentos muito baixos ou altos
- Calçados e bengalas inadequados
Instabilidade Postural
Consequências da Instabilidade Postural 
SAE na Instabilidade Postural 
	Oferecer um ambiente seguro 
	Orientação sobre: sapatos adequados, avaliação periódica (visão e audição) 
	Orientação postural / avaliação da marcha (Timed up and go <20s)
	Avaliar sobre: medo de queda e isolamento social 
	Racionalização o uso de medicações
	Atentar para as condições nutricionais
	Orientação familiar (cuidador)
Ambiente Seguro 
Sapatos
Imobilidade
Imobilidade
	 Síndrome de degeneração fisiológica decorrente da redução de atividade e descondicionamento físico, sendo caracterizada pela incapacidade de se deslocar sem o auxílio de outros, para atender às necessidades de vida diária;
	 Advém de múltiplas etiologias associadas com múltiplas consequências: “efeito dominó”. Uma imobilização temporária pode desencadear uma sucessão de eventos patológicos e complicações subsequentes, tornando o quadro extremamente complexo.
 Fisiopatologia
	
	Acredita-se que:
	- 7 a 10 dias seja um período de repouso; 
 	- 12 a 15 dias já é considerado imobilização;
- A partir de 15 dias é considerado decúbito de longa duração. 
(KANOBEL, 2004).
Imobilidade: Causas 
Dor e rigidez
Imobilização no leito
Restrição ambiental
Instabilidade e medo de quedas
Fármacos, alteração na marcha, hipotensão ortostática
Causas cardiovascular e pulmonar
Causas neurológicas (AVC, Parkinson ...)
Causas mentais e sensoriais (demências, depressão, delirium, alterações visuais e auditivas) 
	 Redução da imunidade
	 Tegumentares: Atrofia de pele; Escoriações; Dermatites, micoses; Úlceras de pressão.
	 Respiratórias: Redução da VP; hipersecreção brônquica, Pneumonias; TEP, Insuficiência respiratória.
	 Músculo-esqueléticas: Osteoporose, artrose / anquilose, fraturas; Atrofia muscular, encurtamento de tendões, hipertonia e contraturas.
	 Cardiovasculares: Fenômenos tromboembólicos; Vasculopatia arterial; Hipotensão postural, taquicardia, náusea e sudorese.
	 Urinários: Incontinência urinária;ITU; Retenção urinária.
	 SNC: Delirium; Piora do déficit cognitivo; Alterações do sono.
	 Digestivas: Desnutrição; Constipação intestinal; Fecaloma; Disfagia; Gastroparesia.
	 Metabólicas: baixa resposta à insulina; Deficiência da síntese de vit. B12.
Imobilidade: Consequências
Risco de Morte - Atenção !!
Síndrome de Imobilização
No grau máximo de imobilidade, conhecido como síndrome de imobilização ou da imobilidade completa, o idoso é dependente completo: déficit cognitivo avançado, rigidez e contraturas generalizadas e múltiplas, afasia, disfagia, incontinências, úlceras de pressão. 
Necessita de cuidador em tempo integral.
Figura 1 - Sarcopenia. Corte de ressonância magnética da coxa de um adulto de 21 anos, fisicamente ativo (acima) e idoso de 63 anos, sedentário (abaixo). 
massa muscular (cinza) está diminuída no idoso; a gordura (branco) subcutânea e intramuscular está aumentada. 
Imobilidade
Quantificar a funcionalidade (AVD);
Proceder ao Exame Clínico;
Avaliar os exames complementares (conforme suspeitas ao exame clínico):
 Desnutrição: albumina
 Distúrbio metabólico: Na , K,U, C, TSH, T4 livre, Ca, glicemia jejum
 Anemia: hemograma e ferritina
 Artropatia: PCR, Raio X
 Miopatias inflamatórias: CK, transaminases
 Síndromes Infecciosas: hemograma, Urina , Raio X
Higiene cutânea / tratamento das lesões;
Estímulos sensoriais (ambiental / intelectual).
SAE ao idoso com 
Imobilidade
Incontinências
Fisiologia da Micção
 A sua prevalência aumenta com a idade, variando de 12,2 para 20,9% em mulheres entre 60 e 64 anos e com pelo menos 85 anos de idade, respectivamente.
Anger JT, Saigal CS, Litwin MS. The prevalence of urinary incontinence among community dwelling adult women: results from the National Health and Nutrition Examination. Survey J Urol. 2006 Fev; 175(2):601-4.
 Atinge 15 a 30% e pelo menos 50% dos idosos que vivem em domicílio ou em instituições asilares, respectivamente, sendo de aproximadamente 1:3 mulheres e 1:5 homens acima de 60 anos de idade. 
Liu C, Andrews GR. Prevalence and incidence of urinary incontinence in the elderly: a longitudinal study in South Australia. Chin Med J (Engl). 2002 Jan; 115(1):119-22.
Incontinência Urinária 
 Caracteriza-se como perda involuntária de urina, temporárias ou não, eliminando-a de forma indesejável em local e momentos inadequados . 
 Segundo a Sociedade Internacional de Incontinência há 3 tipos de incontinência:
Incontinência Urinária de Estresse (associada ao esforço)
Incontinência Urinária de Urgência (associada ou precedida pela urgência urinária)
Incontinência Urinária Mista (associada a urgência e ao esforço)
Incontinência Urinária 
Causas da Incontinência Urinária 
As causas podem ser alterações vesicais e alterações esfincterianas.
Os principais fatores de risco associados à IU na mulher são:
idade,
trauma do assoalho pélvico,
fatores hereditários,
raça,
menopausa, 
obesidade,
doenças crônicas,
uso de alguns simpaticomiméticos e parasimpaticolíticos, 
constipação, 
tabagismo,
consumo de cafeína 
exercícios intensos na região abdominal
Abordagens terapêuticas da Incontinência urinária 
Abordagem médica
Abordagem fisioterapêutica 
Abordagem de enfermagem ( terapia comportamental)
SAE ao idoso portador de
incontinência urinária 
Terapia Comportamental 
Mudança de Hábitos de Vida 
Diário Miccional 
Exercícios Perineais 
Resultados da TerapiaComportamental
Gráfico 1- Distribuição da frequência sobre perda involuntária de urina das idosas 
ANTES
1º dia - 2 episódios
2º dia - 3 episódios 
3º dia - 3 episódios
DEPOIS
1º dia - 1 episódio
2º dia - zero
3º dia - zero
 Ao final da TC 9 pacientes, isto é , 75% das idosas apresentaram ausência de perda de urina.
Silva, Barbara Martins Corrêa da. Terapia comportamental no controle da incontinência urinária da mulher idosa: uma ação de enfermagem na promoção do autocuidado.2012. 94f. Dissertação ( Mestrado em Enfermagem)- Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
Incontinência: Urinária
 Tratamento
	Medidas Gerais
Condições externas ao trato urinário
Afecções gerais
Distúrbios metabólicos (alteração cognitiva)
Hidratação adequada
Checagem de medicações usadas (diuréticos)
Controle glicêmico
Normalização do hábito intestinal
Tratamento das artroses (melhora da mobilidade)
Incontinentes: micção comandada
Incontinência: Urinária
 Tratamento
	Medidas Específicas
Tratamentos desobstrutivos
Auto-cateterismo / cateterismo assistido
Recuperação da musculatura (assoalho pélvico, cone vaginal)
Tratamentos cirúrgicos (Colpoperíneoplastia)
Tratamento medicamentoso (SNC, Ação periférica):
 
Antidepressivos tricíclicos (Imipramina)
Relaxantes musculotrópicos (Genurin e Bentyn)
Anticolinérgicos (Retemic, Incontinol)
Incontinência: Fecal
	 A incontinência anal é a incapacidade, em graus variados, de reter a matéria fecal e de evacuá-la de forma voluntária. Trata-se de condição incapacitante, constrangedora e com repercussão social e econômica significativa. 
	 A perda de controle sobre a eliminação de fezes sólidas - incontinência anal total; a perda de controle restrito à eliminação de gases ou fezes líquidas - incontinência anal parcial.
	 Em idosos acima de 60 anos, os índices encontrados foram de 10,9% para Incontinência fecal.
Lopes MC, Teixeira MG, Jacob Filho W, Carvalho Filho ET, Habr-Gama A, Pinotti HW. Prevalência da incontinência anal no idoso: estudo epidemiológico com base na população atendida no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em regime ambulatorial. Rev Hosp Clin Fac Med Univ São Paulo. 1997;52(1):1-12
Incontinência Fecal: Causas
	 Trauma;
	 Lesão iatrogênica;
	 Incontinência fecal idiopática ou neurogênica;
	Degeneração do assoalho pélvico;
	 Impactação fecal, algumas doenças orificiais e a encoprese;
	 Abuso de laxantes;
	 Tratamento com radiação. 
Incontinência Fecal: Diagnóstico
	 Conhecer o grau de incontinência fecal
	 Saber grau de comprometimento da qualidade de vida
	 Uso de fralda ou tampão
	 Hábito usual
	 Inspeção anal (envolve o toque digital) 
	 Avaliação fisiológica especializada
SAE de Enfermagem ao Idoso com Incontinência Fecal
Programa de Educação Intestinal 
Controle da Alimentação 
Orientação quanto a higiene íntima 
 Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico cirúrgica. 10ª ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
 
Incontinências: 
Consequências
Econômicas: medicações, fraldas
Físicas: irritação da pele, ITU e úlceras
Psicossociais: isolamento, depressão, vergonha, diminuição da auto-estima, problemas conjugais, familiares, etc.
Iatrogenia
Danos provocados no paciente por tratamento, assistência e intervenção inadequados da ação profissional, através de: iatrofarmagenia, internação hospitalar, iatrogenia da palavra, iatrogenia do silêncio, subdiagnóstico, cascata propedêutica, distanásia, prescrição de intervenções fúteis e/ou sem comprovações científicas, iatrogenia por excesso de intervenções reabilitadoras.
Fatores predisponentes:
Modificações determinadas pelo Envelhecimento				 (menor capacidade de adaptação e maior vulnerabilidade as		 agressões)
Maior incidência de patologias
Associações de afecções	
	 Drogas para tratar efeitos colaterais
	 Sequencias de exames desnecessários
	 Eficácia duvidosa
	 Segurança não comprovada
	 Dose elevada
	 Custo elevado
	 Complacência duvidosa
	 Regime complexo
	 Outros procedimentos
Cascata Iatrogênica
Iatrogenia: perfil do idoso
Pluripatologias x Polifarmácia
Baixa reserva funcional x Vulnerabilidade
Após 80 anos, 25% desenvolvem reações medicamentosas
Transgressão terapêutica (ignorância, déficits visuais, auditivos, de atenção e memória)
*
 Possibilidades Iatrogênicas
 NA CONDUTA TERAPÊUTICA 
	MODIFICAÇÕES FARMACOCINÉTICAS
	MODIFICAÇÕES FARMACODINÂMICAS
	REAÇÕES ADVERSAS ÀS DROGAS
SINAIS e SINTOMAS
	 Confusão mental, queda, perda de memória, depressão, inquietação, rigidez, constipação, lesões cutâneas, tremores.
 
DROGAS QUE APRESENTAM REAÇÕES ADVERSAS
	Digitálicos, anti-hipertensores, anticoagulantes, psicofármacos, Hipoglicêmicos.
Razões para < adesão do idoso ao tratamento
	 Reações Adversas aos Medicamentos;
	 Esquemas Posológicos Incompatíveis com AVD;
	 Apresentações Inflexíveis para Dosagens apropriadas;
	 Desconhecimento da Gravidade da Doença;
	 Custo Elevado dos Medicamentos;
	 Crenças e Mitos;
	 Falta de Convencimento na Relação Equipe-Paciente.
Polifarmácia
Para diagnosticar e tratar a polifarmácia é necessário identificar os medicamentos em uso, a indicação clínica e a resposta individual ao tratamento.
(GERIATRIC’S, 1996)
A partir de 4 medicamentos, aumenta-se 3 vezes o risco de ocorrência de alguma RAM, e essa chance cresce com o nº de medicamentos:
	2 medicamentos: 8% chance de desenvolver RAM
	5 medicamentos: 50% chance de desenvolver RAM
	8 medicamentos: 100% chance de desenvolver RAM 
 (KIKUCHI, 2003)
Qual remédio é agora?
Iatrogenia: prevenção
Mantenha um alto índice de suspeição para reações adversas;
Evite tratamentos desnecessários;
Inicie com doses baixas e aumente devagar;
Interrogue sobre automedicação;
Revisão regular da PM;
Conhecimento das reações adversas potenciais.
Incapacidade Cognitiva
 Comprometimento das funções encefálicas superiores, em particular as do desempenho intelectual, a ponto de prejudicarem a funcionalidade do idoso.
 As principais etiologias da Incapacidade Cognitiva são: Delirium, Demência, Depressão e Doenças Mentais (Esquizofrenia, oligofrenia e parafrenia - 4D’s.
Incapacidade Cognitiva
Incapacidade Cognitiva
 É recomendado o uso de normas padronizadas para detectar as alterações na funcionalidade dos idosos pelo desempenho em suas atividades básicas ou instrumentais de vida diária, por intermédio das escalas de Katz e de Lawton-Brody.
Causas Reversíveis
Causas Irreversíveis
*
Delirium
 O Delirium (estado confusional agudo) é uma síndrome neurocomportamental por desordem transitória do metabolismo cerebral e da neurotransmissão, caracterizada por distúrbios súbito que envolve a consciência, cognição, atenção e a percepção.
 Os critérios indicados para o estabelecimento do diagnóstico de delirium estão descritos no DSM-IV:
	Perturbação da consciência, com redução da capacidade de focalizar, manter ou direcionar a atenção.
Alteração na cognição ou desenvolvimento de perturbação da percepção, que não é mais bem explicada por demência preexistente, estabelecida ou em evolução.
Perturbação desenvolvida em curto período de tempo (geralmente em horas ou dias), com tendência a flutuações no decorrer do dia.
Evidências , a partir do histórico, do exame físico ou de achados laboratoriais, de que a perturbação seja causada por consequências fisiológicas diretas de condição médica geral.
Delirium
Fatores de Risco
Polipatologia		
Obstipações
Infecções		 
Distúrbio metabólico e sensoriais
Fratura			 
Demência		
Múltiplas drogas psicoativas 
Idade > 80 anos
Hospitalização
Delirium x Idoso
Serviços de urgência / emergência …… 40%
Pós-operatório …… 2 a 60%
Diagnóstico incorreto …… 36 a 67%
 
 (FABBRI, 2006)
Delirium: investigação
Listar medicamentos em uso;
Investigar distúrbios metabólicos, hidroeletrolíticos e processo infeccioso;
 Avaliaçãolaboratorial: hemograma, bioquímica, EAS, culturas;
Raios X de tórax;
Funcionamento das eliminações: urinária e fecal.
Delirium: Tratamento / prevenção
Tratamento
Prevenção
Correção da causa básica, tratamento de suporte e sintomático
Intervenção em fatores de risco: ambiente, orientação, restrição, suporte para déficits
Depressão 
“É um distúrbio da área afetiva ou do humor, com forte impacto funcional em qualquer faixa etária, reconhecidamente de natureza multifatorial, envolvendo inúmeros aspectos de ordem biológica, psicológica e social”
 (DMS-IV)
Depressão no Idoso
 Fatores de Risco:
Sexo Feminino
História pessoal / familiar
Doença física crônica
Estar sozinho
Falta de base de apoio social
Idade ???
Depressão
	 A depressão é entidade clínica subdimensionada quanto ao diagnóstico e tratamento nos idosos. Os critérios diagnósticos para depressão (DSM-IV) devem levar em conta a seguinte sintomatologia: 
- Humor deprimido; diminuição do interesse e do prazer na maioria das atividades (anedonia); insônia ou hipersonia; ganho ou perda de peso acima de 5%; redução da capacidade de concentração; agitação ou lentificação psicomotora; fadiga; ideia inapropriada de menos valia ou de culpa; pensamento recorrente de morte ou de ideação suicida.
	 A sintomatologia deve persistir por mais de 2 semanas, com perturbação ou alteração da capacidade funcional e não relacionada ao abuso de alguma substância, condição médica ou luto.
Tratamento não medicamentoso
Abordagem multiprofissional
Medidas que propiciem melhora no suporte social
Combinação de intervenções farmacológicas e técnicas psicoterapêuticas
Religião
Tratamento precoce, doença incapacitante e arriscada
Casos graves, com risco de morte: eletroconvulsoterapia.
Tratamento Farmacológico
IMAO (inibidores da monoaminoxidase): moclobemida; toloxatona; brofaromina; befloxatona.
ADT (antidepressivos tricíclicos): amitriptilina; nortriptilina; clomipramina.
 ** ISRS ** (inibidores seletivos de recaptação de serotonina): setralina; fluoxetina; citalopram.
** IRSN ** (inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina): Venlafaxina; Desvenlafaxina.
IRAS (inibidores da recaptação/antagonista da serotonina): trazodona.
Outros (aumento da neurotransmissão noradrenérgica): Mirtazapina.
Depressão no Idoso
Risco de suicídio
História prévia de tentativa 
Doença física concomitante
Ansiedade e pânico
Agitação
Uso de álcool
Sentimento de inutilidade
Falta de tratamento adequado
	 A demência é uma síndrome clínica, decorrente de doença cerebral, caracterizada por comprometimento de múltiplas funções cognitivas.
	 Frequentemente, o déficit cognitivo é acompanhado por sintomas comportamentais e prejuízo no funcionamento geral, social e ocupacional.
(OMS, 1993).
Demência
Sinais sugestivos: perda de memória que afeta o dia a dia; desorientação temporal e espacial; dificuldades de linguagem, na atenção, com tarefas domiciliares, abstração, de julgamento; perda de iniciativa; mudança de humor, de personalidade; função neurovegetativa (sono, apetite, libido); alterações do comportamento. Não há perda da consciência!
Nos estágios avançados surgem distúrbios motores, disfagia e incontinência urinária. Os quadros terminais caracterizam-se por mutismo e/ou intensa disfagia.
Demência
Fase Amnética: onde predominaria o déficit de memória.
 
Fase Demencial: o paciente já apresenta 
alterações cognitivas + globais.
Estágio Vegetativo: caracterizada por inabilidade de manter cuidados básicos, pela deterioração das funções intelectuais e acometimento da funções motoras.
Demência: evolução
Diagnóstico
 Testes neuropsicológicos - diagnóstico diferencial entre demência e depressão;
 História médica, neurológica, social e comportamental – afastar causas reversíveis de demência: tóxicas, metabólica, infecciosa ou estruturais;
 Teste de rastreamento (MEEM: considera nível de escolaridade);
 Exames complementares (neuroimagem, laboratoriais).
O critério mais utilizado para o diagnóstico da demência encontra-se no Manual Estatístico e Diagnóstico de Desordens Mentais (DSM-IV).
Demência
O diagnóstico de demência, depois de afastadas as causas potencialmente reversíveis, são decorrentes de processos degenerativos primários, entre as quais 50-60% associam-se à demência de alzheimer (DA). Os demais grupos são constituídos, basicamente, pela demência: por corpos de Lewy, fronto-temporal, vascular e mista.
Demência
Principais Causas de Demências
	Etiologia	Sintomatologia
	Doença de Alzheimer	Apatia, agitação, depressão, ansiedade, irritabilidade.
Delusões e alucinações são mais frequentes nas fases moderada a avançada.
	Demência de Corpos
de Lewy
Demência associada à
Doença de Parkinson	Alucinações visuais (80%), delusão, depressão e desordens comportamentais no sono REM (sonhos vívidos, pesadelos, agitação, etc).
	Demência Vascular	Apatia (circuitos frontal-subcortical), depressão, labilidade emocional (incontinência emocional), delusão.
	Demência Fronto-Temporal	Apatia, desinibição, elação, comportamentos repetitivos e ritualísticos (compulsão), hiperoralidade e alterações dietéticas importantes.
	 O tratamento farmacológico baseia-se em drogas ditas antidemenciais, como: inibidores da acetilcolinesterase (donepezil, rivastigmina e galantamina); e nos antagonistas dos receptores do glutamato (memantina).
	 O tratamento farmacológico da demência é constituído também pelo controle das alterações comportamentais, por intermédio da administração de antidepressivos e de antipsicóticos.
	 Tratamento não farmacológico: estimulação cognitiva, atividades em grupo – ludicidade e terapias manuais, apoio ao familiar/cuidador – intervenções interdisciplinares.
Demência
	 A dimensão sociofamiliar é fundamental na avaliação multidimensional do idoso. A família constitui-se na principal instituição cuidadora dos idosos frágeis, devendo ser privilegiada nessa sua função (tríade do atendimento – Serviço Social).
	 As mudanças sociodemográficas e culturais têm repercussões importantes na capacidade familiar de acolhimento às pessoas com incapacidades.
	 A família, por sua vez, é outro elemento fundamental para o bem-estar biopsicossocial e sua ausência é capaz de desencadear ou perpetuar a perda de autonomia e independência do idoso (insuficiência familiar).
Insuficiência Familiar

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