Buscar

PORTFÓLIO Saúde do Idoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 110 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 110 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 110 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 2 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
SUMÁRIO 
1– Noções básicas de geriatria e gerontologia...........................................................2 
2– A bioética, o envelhecimento humano e o idoso....................................................6 
3– O envelhecimento fisiológico e sua importância para a prática assistencial................9 
4–Semiologia do idoso e suas correlações clínicas....................................................19 
5- Avaliação Geriátrica Ampla...............................................................................29 
6– Incontinência Urinária no idoso.........................................................................40 
7– Imobilidade no idoso.......................................................................................51 
8– Demência no idoso..........................................................................................58 
9– Depressão no idoso.........................................................................................72 
10– Idoso frágil...................................................................................................85 
11– Delirium no idoso..........................................................................................92 
12- Terminalidade e Cuidados Paliativos................................................................100 
13– Referências.................................................................................................109 
 
 3 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
HISTÓRIA 
 1903 – Elie Metchnikoff criou a Gerontologia; (estudo do envelhecimento) 
 1909 – Dr Ignatz Leo Nascher criou a Geriatria. Considerado o Pai da Geriatria; 
 1961 – Fundação da Sociedade Brasileira de Geriatria (SBG); 
 1968 – A SBG incorporou a Gerontologia e passou a ser chamada de Sociedade Brasi-
leira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Aceitou a inclusão de profissionais não médi-
cos. Gerontólogo pode ser qualquer profissional de saúde, não exclusivos a médicos 
 2003 – Criação do Estatuto do Idoso em 01/10/2003 sob a lei nº 10.741. 
 
Gerontologia: Estuda o processo de envelhecimento / Foco em todas as dimensões 
Geriatria: Especialidade Médica / Foco somente na parte biológica (patologia, físico) 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Expectativa de vida 
(sempre em crescimento) 
1900: mulheres 44 anos* 
2021: mulheres 77 anos* 
2025: acima de 80 anos* 
O que fazer? importância da 
prevenção primária (promoção da 
saúde) Consulta de orientação/ 
aconselhamento (hábitos de vida, 
relações sociais) 
 
Maiores gastos* 
 
 4 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE 
 
 
1°: neoplasia em ambos os sexos 
 
Homens morrem mais de causas 
externa do que mulheres 
 
Ambas as causas são as que per-
manecem acentuadas. 
 
 
 
FEMINIZAÇÃO DA VELHICE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dificuldade em lidar com a morte: depressão 
 autonomia, independência: qualidade de vida (perda da funcionalidade) 
Casa de idosos/ Asilo/ Instituições de longa permanência 
 
TERMOS BÁSICOS 
IDOSO: É toda pessoa com 65 anos ou mais nos países desenvolvidos e 60 anos ou mais 
nos países em desenvolvimento (Organização Mundial de Saúde). Expectativa de vida é 
maior nos países desenvolvidos***** 
 
ENVELHECIMENTO: Processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, 
não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros 
de uma espécie, de maneira que o tempo o torna menos capaz de fazer frente ao estres-
se do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte (Organização Pan-
Americana de Saúde). 
 5 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
2 marcos de envelhecimento: 40 e 60 anos = aumento da velocidade da 
degeneração da cartilagem / perda de massa óssea... 
Necessidade da pratica de atividade física regular!!!! 
 
SENESCÊNCIA OU SENECTUDE: Envelhecimento natural / idoso autônomo, indepen-
dente, com boa qualidade de vida (Prevenção primária!!) 
 
SENILIDADE: Envelhecimento patológico / idoso doente, dependente, com uma maior 
degeneração e de forma acelerada. 
 
INDEPENDÊNCIA/AUTONOMIA: realiza atividades básicas diária (banho, comida..) ati-
vidades instrumentais (ir ao banco, sair de casa, andar sozinho) *SEMPRE PERGUNTAR 
AS ATIVIDADES QUE O IDOSO FAZ!!!!! Para saber se há condições do idoso morar sozi-
nho ou não. *sempre pensar em plano terapêutico singular (SOAP) para encaixar a con-
duta ideal! 
 
TIPOS DE IDADE 
 
Cronológica 
Funcional: necessidade de saber sobre a independên-
cia/autonomia 
Psicológica: saber como está a sanidade mental (Depressão 
é a + comum) 
Biológica: aparência da pessoa 
Social: representa a capacidade social da pessoa (trabalho vo-
luntário—sempre incentivar—reduz chances de se sentir ‘’inútil’’, 
auxilia na depressão) 
 
 
 
IDOSO VULNERÁVEL 
 
 Fratura por stress 
 Sequelas osteomuscular 
 Acamado!!!! 
 *ulcera de pressão.. 
 Emocional 
 Atender as vontades do 
idoso 
(como lidar com a morte) 
 6 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Em resumo: 
 
A avaliação global de saúde da pessoa idosa deve contemplar as dimensões social, clíni-
ca, mental e funcional, e contribuir na identificação do conjunto das necessidades do ido-
so, possibilitando a otimização da alocação de recursos e estratégias de cuidado. Ao mes-
mo tempo, deve ampliar a compreensão do processo de envelhecimento permitindo a 
identificação e classificação de riscos e finalmente a elaboração de Projeto Terapêutico 
Singular. 
 
O declínio funcional do idoso ocorre frequentemente em um contexto de múltiplos e com-
plexos problemas de saúde, que se traduzem em síndromes geriátricas, tais como: insta-
bilidade postural, insuficiência cognitiva, imobilidade, incontinência e iatrogenia, que re-
querem conhecimentos à luz dos fundamentos da gerontologia, habilidades e atitudes dos 
profissionais da saúde, bem como ações específicas não contempladas pelas redes exis-
tentes. 
 
O perfil epidemiológico da população idosa é caracterizado pela tripla carga de doenças 
com forte predomínio das condições crônicas, prevalência de elevada mortalidade e mor-
bidade por condições agudas decorrentes de causas externas e agudizações de condições 
crônicas. A maioria dos idosos é portadora de doenças ou disfunções orgânicas, mas cabe 
destacar que esse quadro não significa necessariamente limitação de suas atividades, 
restrição da participação social ou do desempenho do seu papel social. 
 
À precária condição socioeconômica exposta associam-se as múltiplas afecções concomi-
tantes, as perdas não raras de autonomia e independência, a dificuldade de adaptação do 
idoso às exigências do mundo moderno, que levam o velho ao isolamento social, e o im-
pacto para a sociedade, que tem que enfrentar esse desafio dentro de curto período. A 
sociedade moderna encontra-se diante de uma situação contraditória: de um lado, de-
fronta-se com o crescimento massivo da população de idosos, e, de outro, se omite pe-
rante a velhice ou adota atitudes preconceituosas contra a pessoa idosa, retardando des-
tarte a implementação de ações que visam minorar o pesado fardo dos que ingressaram 
na terceira idade 
 
No entanto, é importante sinalizar que o envelhecimento não é sinônimo de incapacida-
des e dependência, mas de maior vulnerabilidade, requerendo cuidados que considerem 
as especificidades da população que envelhece. O processo de envelhecimento é natural, 
irreversível e individual, marcado pela heterogeneidade entre os idosos, em função de 
suas características sociais, pessoais, econômicas e culturais que foram estruturando ao 
longo da vida. 
 
Nessa perspectiva, a OMS considera como determinantes do envelhecimento ativo a situ-
ação econômica e social, as condições de saúde, o comportamento em saúde, o ambiente 
físico e a provisão de serviçosde saúde. 
 7 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 
ÉTICA MÉDICA: É o conjunto de normas e valores respeitados 
e aplicados por todos os médicos no exercício da profissão. 
 
BIOÉTICA: É o ramo da ética caracterizado pelo conjunto de 
normas e valores que justificam os atos humanos capazes de 
provocar efeitos irreversíveis sobre alguns aspectos da vida. 
 
Áreas de aplicação: valores na área da saúde, pesquisas com 
seres humanos / animais e meio ambiente, intervenções sociais 
História: 
 1970 - Van Rensselaer Potter criou o termo Bioética; 
 Enciclopédia de Bioética: quatro edições (1970, 1978, 1995 
e 2003) 
 
TEMAS DISCUTIDOS NA GERIATRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 Saúde mental: tratamento 
 Nutrição: alimentação/sonda 
 Oncologia: quimioterapia/radioterapia 
 Demência: leve a grave tem suas particularidades 
 Morte 
 Ortotanásia 
 
 
CUIDAR DE UM IDOSO 
 
Idoso pode estar em: 
• Sofrimento físico 
• Sofrimento emocional 
• Sofrimento social 
Segregação: afastamento 
Desolação: ‘’arruinado’’ 
Rejeição: ‘’perda do eu’’ 
 8 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Em resumo: 
 
O envelhecimento (processo), a velhice (fase da vida) e o velho ou idoso (resultado final) 
constituem um conjunto cujos componentes estão intimamente relacionados. 
 
A reflexão bioética na sua essência é um grito pelo resgate da dignidade de vida humana, 
ao nascer, crescer, desenvolver-se, atingir a maturidade, envelhecer gracio-
sa/elegantemente após muito viver e, quando chegado o momento, dignamente dizer 
adeus. Isso sem esquecer o contexto maior em que a vida humana está inserida, ou seja, 
o contexto socio político-econômico, meio ambiente e biosfera (Pessini e Barchifontaine, 
2006). 
 
Em síntese, o exercício da medicina, nos obriga a dominar em profundidade os aspectos 
clínico-patológicos das diferentes enfermidades que afetam as pessoas idosas, atitude, 
entretanto, insuficiente, se deixarmos de considerar outras áreas do conhecimento, como 
as oriundas das ciências humanas. Lain Entralgo afirmava que para ser médico não bas-
taria apenas saber medicina, mas seria imprescindível ser fluente em humanidades médi-
cas, o que deve ser compreendido como a capacidade para tomar decisões clínicas utili-
zando o método dialógico, considerando válidas as diferentes percepções morais dos pa-
cientes idosos e acolhê-los como pessoas na dimensão proposta pelo imperativo categóri-
co kantiano, ou seja, reconhecê-los como seres autônomos e dotados de dignidade. 
 
A bioética, portanto, considerada uma ciência relacionada à sobrevivência humana, volta-
da a defender a melhoria das condições de vida, vislumbra reflexões sobre o agir huma-
no, buscando assegurar o bem-estar e a sobrevivência da humanidade com base em seus 
princípios fundamentais: autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Nessa pers-
pectiva, a bioética admite que todo avanço no campo das ciências biomédicas deve estar 
a serviço da humanidade e apresenta-se como uma nova consciência ética, na busca de 
respostas equilibradas diante dos conflitos éticos atuais (FREITAS; SCHRAMM, 2013). 
 
A rotina imposta aos médicos será sempre a de reconhecer e perseguir múltiplos objeti-
vos, que podem ser complementares ou excludentes. Curar a enfermidade quando possí-
vel for, cuidar da insuficiência orgânica, compensar a perda, aliviar os sofrimentos, con-
fortar pacientes e familiares, acompanhar ativamente e com serenidade os últimos mo-
mentos da vida do idoso. Tarefa nem sempre fácil e isenta de frustrações, pois obriga os 
profissionais a considerar, caso a caso, o justo equilíbrio nas tomadas de decisões clíni-
cas, evitando a obstinação terapêutica em situação de terminalidade da vida, reconhe-
cendo a finitude humana e as limitações da ciência médica. 
 
É papel do estudioso em bioética, diante dessa realidade social inevitável, identificar os 
dilemas e conflitos que surgem a cada dia nos modos de vida, hábitos, habilidades e per-
da de autonomia das pessoas que avançam para a terceira idade. Afinal, “o sonho da 
eterna juventude pode parecer mais interessante que a discussão dos problemas relacio-
nados ao envelhecimento” (GUIMARÃES & CUNHA, 2005). 
 9 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
ENVELHECIMENTO: Processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, 
não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros 
de uma espécie, de maneira que o tempo o torna menos capaz de fazer frente ao estres-
se do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte (Organização Pan-
Americana de Saúde). 
 
FATORES ASSOCIADOS: 
Internos: genética 
Externos: estilo de vida (alimentação balanceada, controle do stress, atividade física re-
gular, uso consciente de álcool, não fumar, atividade física regular), exposição ambiental 
 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA CUTÂNEO 
 
Anatomia-Pele e Anexos (CEC, CBC 2 CA + comum no idoso) 
Diminuição da barreira, espessura, fibras nervosas, colágeno 
 
SENESCÊNCIA—PELE 
Seca 
Fina 
Pálida e fria 
Sensível 
Rugas 
Manchas 
SENESCÊNCIA—ANEXOS 
Cabelos brancos (diminui a 
quantidade de melanócitos) 
Queda de cabelo (bulbo ca-
pilar) 
 10 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Anatomia—Unha 
 
SISTEMA VISUAL 
Aparelho lacrimal: 
 
 
 
SISTEMA OSTEOMUSCULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estriado esquelético: contração voluntaria (lenta) 
Estriado cardíaco: contração involuntária (rápida) 
Músculo liso: contração involuntária (rápida) 
Idosos: sarcopenia (diminuição de fibras e força muscular) 
-> aumento da chance de quedas e risco de fraturas 
SENESCÊNCIA—ANEXOS 
Unhas com menor crescimento 
Unhas frágeis 
Unhas sem brilho 
Unhas com linhas verticais 
 
Unhas do pé—onicomicose** 
SENESCÊNCIA—OLHOS 
Dificuldade na visão lateral 
Lacrimejamento persistente 
Ptose senil *Músculo levanta-
dor da pálpebra superior* 
Bolsa infraorbitária 
SENESCÊNCIA—MÚSCULO 
ESQUELÉTICO 
Diminuição da massa muscular 
Diminuição da força muscular 
 11 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Anatomia—Ossos 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
Anatomia—vasos sanguíneos 
 
 
*doppler de carótida vertebrais: investigar placas de 
ateroma 
 
 
Anatomia—coração 
 
 
 
SENESCÊNCIA—OSSOS 
Perda de massa óssea (a partir de 45/50 
anos) Principalmente após a menopausa 
e andropausa. 
SENESCÊNCIA—VASOS SANGUÍNEOS 
Aumento da rigidez da parede arterial 
Diminuição do fluxo sanguíneos 
Aumento da pressão arterial sistólica 
SENESCÊNCIA—CORAÇÃO 
Aumento da rigidez do endocárdio, miocárdio e 
das valvas 
Contração prolongada 
Menor enchimento ventricular esquerdo 
Hipertrofia do ventrículo esquerdo 
Câmaras cardíacas aumentadas 
**fibrilação atrial—muito comum 
 
 12 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
SISTEMA NERVOSO 
Anatomia—encéfalo 
SENESCÊNCIA—encéfalo 
Diminuição do volume cerebral, principalmente do 
lobo frontal e temporal 
Diminuição das sinapses 
Diminuição da síntese de proteínas e lipídios 
Diminuição da condução nervosa 
Redução do fluxo sanguíneo cerebral 
Barreira hematoencefálica está enfraquecida 
Alteração do sono 
 
 
2 lobos mais afetados: 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Anatomia—árvore respiratória 
SENESCÊNCIA-pulmões 
Perda do tecido septal 
Dilatação dos alvéolos 
Aumento dos espaços aerados 
Diminuição da superfície de troca gasosa 
Diminuição do surfactante pulmonar 
Perda da elasticidade pulmonar 
 
SENESCÊNCIA-vias aéreas e tórax 
Função mucociliar é lenta 
Enfraquecimento da musculatura respiratória 
Diminuição da elasticidade da parede torácica 
 
 
 
LOBO FRONTAL LOBO TEMPORAL 
Motricidade contralateral 
Atenção 
Comportamento 
Linguagem 
Memoria 
Audição 
Linguagem 
Memoria 
Emoção 
 13 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
SISTEMA HEMATOPOIÉTICO 
Anatomia—medula óssea 
 
SENESCÊNCIA-medula óssea 
Diminuiçãodo numero de hemácias 
Diminuição de hemoglobina 
Diminuição do hematócrito 
Demora no inicio da eritropoiese após sangramento 
importante 
Não altera o numero de plaquetas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEMATOPOISE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA URINÁRIO 
Anatomia-rim 
 
SENESCÊNCIA—rim 
Perda do tecido renal com diminuição do volume 
(após os 50 anos) 
Diminuição da função renal (50% menor aos 85 anos) 
Diminuição da filtração glomerular 
Diminuição da produção de renina 
Diminuição da capacidade funcional dos receptores do 
hormônio antidiurético (ADH) 
Diminuição da capacidade funcional dos receptores de 
Peptídeo natriurético atrial (ANP) 
 14 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
SISTEMA ENDÓCRINO 
 
Anatomia e fisiologia—tireoide 
 
SENESCÊNCIA—tireoide 
Diminuição da produção dos hormonos tireoidianos 
Diminuição do metabolismo celular 
Diminuição do efeito calorigênico 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e fisiologia—pâncreas 
 
SENESCÊNCIA—pâncreas 
 
Intolerância a glicose: 
Perda de tecido pancreático 
Diminuição da produção de insulina 
Aumento do tecido adiposo corporal 
Aumento da resistência a insulina 
Aumento da gliconeogênese hepática 
Aumento dos níveis de glucagon 
 
 
 
SISTEMA DIGESTIVO 
Anatomia 
 
 
 
 
 
BOCA 
 
 15 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
SENESCÊNCIA - boca 
Retração gengival + exposição de raízes dentárias = CÁRIE 
Perda de massa do osso maxilar e mandibular = PERDA DENTÁRIA 
Maior atrito dos dentes = LESÃO DO ESMALTE 
Perda de massa do músculo masseter e pterigoide = DIFICULDADE DE MASTIGAÇÃO 
Perda das papilas gustativas = LÍNGUA LISA 
Diminuição da produção de saliva = BOCA SECA (xerostomia) 
 
ESÔFAGO 
 
 
SENESCÊNCIA—esôfago 
Aumento da espessura da camada muscular 
Diminuição das células ganglionares mioentéricas 
Diminuição da contração muscular 
Diminuição do peristaltismo 
Incompetência esfincteriana distal do esôfago 
 
 
 
ESTÔMAGO 
 
SENESCÊNCIA—estômago 
Diminuição das células parietais (diminuição da produção de aci-
do clorídrico e fator intrínseco) 
Diminuição da produção de prostaglandina (diminuição da pro-
dução de bicabornato) 
Aumento da espessura da camada muscular (diminuição do pe-
ristaltismo, lentificação do esvaziamento gástrico) 
Maior exposição a lesões 
 
 
INTESTINO DELGADO 
 
SENESCÊNCIA—intestino delgado 
Diminuição das vilosidades (redução da absorção de nutrien-
tes) 
Diminuição dos receptores de vitamina D (redução da absor-
ção de cálcio) 
Diminuição da sensibilidade e dos neurônios mioentéricos 
(lesões indolores) 
Motilidade preservada 
 16 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
INTESTINO GROSSO 
SENESCÊNCIA—intestino grosso 
Aumento da espessura da camada muscular: redução do 
peristaltismo 
Perda dos neurônios sensoriais: lesoes indolores 
Diminuição do tônus e da força do esfíncter anal: inconti-
nência 
Fragilidade e herniação da mucosa intestinal: divertículos 
(30-40% das pessoas acima de 50 anos) 
 
 
 
 
FÍGADO E VESÍCULA BILIAR 
 
 
SENESCÊNCIA– fígado 
Perda de tecido hepático: 
Deficiência na metabolização das substancias exó-
genas 
Diminuição da produção de colesterol 
 
SENESCENCIA– vesícula biliar 
Lentificação do esvaziamento biliar: 
Formação de cálculos 
 17 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Em resumo: 
O envelhecimento fisiológico atinge todos os seres humanos. É Caracterizado como um 
processo dinâmico, progressivo e irreversível. Além disso,é um processo altamente indi-
vidualizado, que apresenta muitas diferenças entre os sujeitos e entre as funções associ-
adas, tanto em nível biológico, como psicológico e sócio cultural. 
O conhecimento da fisiologia do envelhecimento tem contribuído para o desenvolvimento 
de novas estratégias na área da saúde que visam cuidados específicos e a orientação em 
saúde voltada para a população idosa. Tal orientação tem compromisso para a melhora 
da qualidade de vida desse grupo de indivíduos já bastante representativo, em termos 
quantitativos, na nossa população. 
Algumas alterações biológicas do organismo resultam naturalmente do envelhecimento 
normal. É considerado um envelhecimento universal e também chamado de “alteração 
orgânica”. Entre essas alterações podemos citar o sistema cardíaco e o respiratório. 
 
No sistema cardíaco, há um aumento da massa cardíaca de 1 a 1,5 g/ano, entre 30 e 90 
anos de idade. É um órgão que, com o envelhecimento, não apenas se atrofia, mas se 
hipertrofia. Resultado este, do aumento da pós-carga associada ao envelhecimento, que 
é decorrente do enrijecimento arterial 
 
O miocárdio sofre degeneração muscular com substituição de células miocárdicas por te-
cido fibroso. Também se observa acúmulo de gordura nos átrios e septo interventricular. 
Tanto no pericárdio como no endocárdio, ocorre aumento do colágeno. Modificações que 
são decorrentes do desgaste progressivo e da perda de elasticidade nas paredes arteriais 
(e sua maior rigidez). Isso provoca aumento da calcificação das artérias e propicia o de-
senvolvimento de arteriosclerose. 
 
Quando não acometido por doenças, o coração de um idoso funciona tão bem quanto de 
um jovem. Porém, o idoso não atingirá frequência cardíaca máxima, dos tempos de ju-
ventude. Ou seja, esse coração por estar envelhecido, vai estar menos sensível a estimu-
lações beta-adrenérgica. 
 
Com o envelhecimento, há diminuição da função pulmonar. Sendo assim, algumas altera-
ções estruturais no aparelho respiratório são evidentes com o envelhecimento. 
 
O envelhecimento é um processo evolucionário, no qual se destacam o metabolismo, 
seus danos nas células e sistemas e as patologias decorrentes. O metabolismo, processo 
de sustentação da vida, gera toxinas, principalmente em células permanentes em está-
gios pós-mitóticos, como os neurônios tão necessários para memória de longa duração, e 
os cardiomiócitos, que facilitam a hipertrofia compensatória do coração. Paradoxalmente, 
os danos nas células são causados por produtos biológicos tóxicos. 
 18 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Esses fatos constituem-se na ponta do iceberg que permeia as incapacidades do indivíduo 
idoso em todos os sistemas orgânicos. Dentre essas incapacidades, a perda da integração 
ósteo-muscular-cerebral é a maior responsável pelas quedas e suas deletérias conse-
quências. 
 
A caixa torácica fica enrijecida, com diminuição da elasticidade pulmonar, pois 
o envelhecimento acarreta diminuição da ventilação pulmonar, redução da elasticidade 
dos alvéolos e subtração da capacidade vital. 
 
Nesse texto você teve acesso a algumas das principais alterações no envelhecimento que 
ocorrem em todos os sistemas do nosso organismo. Ele serve especialmente como um 
panorama, pois os processos metabólicos são muito complexos e merecem ser estudados 
a fundo. 
 
É importante ressaltar que a alteração de um sistema pode estar diretamente relacionada 
a alteração de outros sistemas. Por isso, deve-se sempre olhar o indivíduo idoso como 
um todo, levando em conta que a intervenção a ser feita poderá causar estímulos em sis-
temas diferentes. 
 
A partir daí, percebe-se que a atenção ao indivíduo idoso deve ser feita de forma multi-
profissional, ou seja, incluindo diferentes áreas da medicina voltadas a atender suas ne-
cessidades. 
 19 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 
 
EXAME DA CABEÇA 
FÁSCIES, OLHOS, NARIZ, CAVIDADE ORAL, OUVIDOS 
 
FÁSCIES 
 
Discinesias orofaciais ou bucolinguais 
 Movimentos involuntários 
 Condições: incapacidade cognitiva, falta de dentes, medicamentos; 
 
OLHOS—pálpebras 
HIPOTIREOIDISMO 
Rosto arredondado 
Olhos pequenos 
Cabelos secos 
Apatia 
 
PARKINSON 
Fixa 
Inexpressiva 
Fronte enrugada 
Pouca mobilidade palpebral 
Tendência a babar 
 
DEPRESSÃO 
Fronte enrugada 
Olhar sem brilho 
Apatia 
 
DEMÊNCIA 
Mímica pobre 
Lábios entreabertos 
Olhar vago para o infinito 
 
PTOSE PALPEBRAL 
Unilateral ou bilateral 
Condições: 
Ptosesenil 
Lesão do 3° par craniano 
 
 20 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
OLHOS-conjuntiva 
OLHOS-córnea 
 
CAVIDADE ORAL 
LÁBIOS, DENTES, LÍNGUA, PALATO 
 
CAVIDADE ORAL 
XANTELASMA 
Placa amarelada na região supraorbitária 
e/ou infraorbitária 
Condição: hiperlipidemia 
 
ICTERÍCIA 
Olhos amarelados 
Condições: coledocolitíase, neoplasias. 
 
ANEMIA 
Palidez de conjuntiva 
Condições: deficiência de ferro, deficiência 
de vitamina B12, doença crônica. 
 
ARCO SENIL 
Anel esbranquiçado no perímetro da córnea 
Condição: hiperlipidemia 
 
ÚLCERAS 
Traumáticas 
Câncer 
 
ESTOMATITE 
Inflamação da mucosa oral 
Hiperemia e edema 
Úlceras eventualmente 
Condições: infecção, alergia 
 
 21 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
NARIZ— 
 
OUVIDOS — 
 
EXAME DOS MEMBROS SUPERIORES 
MÃOS, OMBROS 
MÃOS 
CANDIDÍASE 
Placa branca ou amarelada com fundo erite-
matoso, ulcerado ou erosivo 
Fatores predisponentes: uso inadequado de 
prótese, falta de higiene 
 
 
CARIE E DOENÇA PERIODONTAL 
 
PÓLIPO 
Tumor benigno 
Fator predisponente: inflamação crônica das 
vias aéreas 
 
 
CERUME 
 
CÂNCER 
 
PELE Cianose 
DEDOS Baqueteamento, artrite, nódulos 
UNHAS Onicomicose 
DEFORMIDADE Pescoço de Cisne 
TREMOR Essencial, parkinson 
 22 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Alterações na pele 
Alterações nos dedos 
Alterações nas unhas 
 
SENESCÊNCIA 
 
CIANOSE 
Coloração azul-arroxeada da pele 
Condições: DPOC, cardiopatia avançada, fe-
nômeno de Raynaud. 
 
BAQUETEAMENTO DIGITAL 
Arredondamento da ponta do dedo e alarga-
mento da unha 
Condições: respiratórias (câncer e DPOC); 
cardíacas (endocardite bacteriana) 
 
ARTRITE 
Dor, calor e edema nas metacarpofalangea-
nas e interfalangeanas proximais 
Condições: artrite reumatoide; artrite psori-
ática 
 
NÓDULOS—OSTEOARTROSE 
Nódulos interfalangeanos distais (Heberden) 
Nódulos interfalangeanos proximais 
(Bouchard) 
Gota (tofos subcutâneos) 
 
 
SENESCÊNCIA 
 
 
ONICOMICOSE 
 
 23 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Deformidade 
Tremor 
 
OMBRO 
 
EXAME DO TÓRAX 
INSPEÇÃO, AUSCULTA 
INSPEÇÃO 
PESCOÇO DE CISNE 
Hiperextensão da articulação interfalangica 
proximal e da flexão, com incapacidade de 
extensão, da interfalângica distal 
Condição: artrite reumatoide. 
 
ESSENCIAL 
• Tremor fino e com frequência maior 
• Tremor de movimento 
• Piora com ansiedade, anormalidades metabólicas (tireotoxicose e abstinência alcoólica) 
e uso de certos medicamentos e substâncias (beta-adrenérgicos agonista, corticoides, 
inibidores da fosfodiesterase e cafeína) 
• Melhora com o repouso e uso de álcool 
• História familiar frequente 
PARKINSON 
• Tremor mais grosseiro e com frequência menor 
• Tremor de repouso 
• Inicia geralmente nas mãos de forma unilateral (contar dinheiro) 
• Piora com ansiedade 
• Melhora com os movimentos 
SÍNDROME DO MANGUITO ROTADOR 
JOBE 
PATTE 
GERBER 
 
TÓRAX EM TONEL 
Aumento do diâmetro anteroposterior do 
tórax 
Condição: DPOC 
 
 24 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
AUSCULTA RESPIRATÓRIA 
Torna-se mais difícil porque nem sempre os idosos conseguem realizar 
inspirações profundas. 
 
Nos casos de pneumonias, os sinais identificados a ausculta como: crepitações 
pode aparecer 72 horas antes da alteração radiológica 
 
 
 
 
 
AUSCULTA CARDÍACA 
Segunda bulha cardíaca: até a quarta década é mais inten-
sa no segundo espaço intercostal esquerdo do que no direi-
to. Em idade mais avançada, esta relação se inverte prova-
velmente devido a modificações na posição da aorta e da 
artéria pulmonar devido ao envelhecimento; 
Terceira bulha cardíaca: no idoso é sempre patológica e 
um indicador confiável de insuficiência ventricular 
esquerda; 
Quarta bulha cardíaca: pode ser detectada em 94% dos 
idosos, independente ou não de haver cardiopatia. 
SOPRO CARDÍACO 
Prevalência de sopros sistólicos na população idosa é de aproximadamente 60%; 
A causa mais comum é a doença valvar calcificada, sendo as valvas aórticas e mitral 
as mais comumente afetadas; 
Podem ser causados por uma estenose que restringe a abertura de uma valva cardíaca 
ou uma insuficiência da valva que permite o fluxo inverso do sangue quando a valva in-
competente deveria estar fechada. 
TÓRAX CIFÓTICO 
Aumento da curvatura dorsal da coluna ver-
tebral 
Condições: senescência, artrose, osteoporo-
se avançada 
 
focos da ausculta 
 25 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
EXAME DA COLUNA 
 
EXAME DO ABDOME 
INSPEÇÃO, AUSCULTA, PERCUSSÃO, PALPAÇÃO 
INSPEÇÃO 
 
 
 
 
AUSCULTA 
Redução ou abolição do peristaltismo: fase avançada da 
obstrução intestinal; peritonite 
Aumento do peristaltismo: fase inicial da obstrução intestinal; 
hemorragia digestiva alta; gastroenterite 
 
PERCUSSAO 
TIMPANISMO X MACICEZ 
MANOBRA DE VALSALVA 
• Possível compressão radicular: 
Se houver acentuada exacerbação da dor ou irradiação da dor completa (até o pé) 
MANOBRA DE LASEGUE 
• Compressão radicular: 
Se ocorre dor lombar ou esta se exacerba no trajeto do dermátomo de L4-L5 ou L5-S1 
entre 30° e 60° 
Prova inequívoca se teste positivo em 60° 
ABDOME PLANO 
Condições: peritonite 
ABDOME ESCAVADO 
Condições: desnutrição 
ABDOME ASSIMÉTRICO 
Condições: tumores, 
visceromegalias 
PROTUSÃO UMBILICAL 
Condições: hérnia umbilical, 
ascite 
CICATRIZES 
Indicativos de cirurgias anteriores 
Suspeita: diástase abdominal, aderências, 
hérnias de parede abdominal. 
 26 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
PALPAÇÃO 
 
EXAME PROCTOLÓGICO 
INSPEÇÃO, TOQUE RETAL 
INSPEÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
TOQUE RETAL 
Condições: tônus anal, fecaloma, tumor 
Idosa: retocele 
Idoso: exame de próstata 
 
 
EXAME DE PRÓSTATA 
 
Condição fisiológica: hiperplasia protática benigna: próstata aumen-
tada de tamanho, assimétrica e de consistência fibrosa. 
 
Condição patológica: Câncer: próstata assimétrica, com nodulação e 
de consistência pétrea 
FECALOMA 
Massa palpável em fossa ilíaca esquerda 
HEPATOMEGALIA 
Tumor benigno, câncer e cirrose: fígado 
muito endurecido e irregular 
Hepatite e ICC: fígado doloroso 
FISSURA HEMORROIDA 
PLICOMA FÍSTULA 
TUMOR 
 27 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
EXAME DOS MEMBROS INFERIORES 
PELE (ECZEMA, ÚLCERA) 
ECZEMA 
 
ÚLCERA 
ECZEMA XERÓTICO 
Geralmente após os 60 anos de idade 
Pele seca, descamativa e eritematosa 
Prurido 
 
ÚLCERA VENOSA 
Localiza-se no terço médio das pernas e frequente acima e abaixo do maléolo medial; 
Margem irregular e elevada; 
Superficial, não acometendo os tecidos profundos; 
Aspecto de fundo avermelhado; 
Geralmente não dolorosa; 
Evolução lenta; 
Pele quente; 
Presença de veias reticulares, varicosas, varizes, edema e hiperpigmentação. 
ÚLCERA ARTERIAL 
Localiza-se na face lateral dos pés, calcanhar, dedos e leito ungueal; 
Margem regular; 
Profunda, podendo acometer músculos e tendões; 
Muito dolorosa; 
Evolução rápida; 
Pele fria; 
Ausência de edema; 
Pulsos periféricos ausentes ou diminuídos. 
ÚLCERA DE PRESSÃO 
Ulcera de decúbito; 
Deficiência prolongada na irrigação de sangue e na oferta de 
nutrientes em determinada área do corpo por motivo de pressão 
externa; 
Manchas eritematosas, bolhas, necrose e ulceração. 
 28 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Em resumo: 
 
Um dos aspectos fundamentais para o entendimento do processo de envelhecimento é a 
perda de função. Ao longo da vida colecionamos perdas em todos os sistemas orgânicos, 
em uns mais, em outros menos. Os sinais encontrados podem ser mais tênues ou atípi-
cos, mesmo quando há patologia instalada e em progressão de gravidade. 
Avaliação funcional do idoso: Tudo começa pela anamnese, sendo que muitas vezes um 
cuidador ou familiar deve ser solicitado a fornecer informações ou completar as do paci-
ente.É fundamental o reconhecimento de que existe uma enorme heterogeneidade entre os 
idosos, sem se esquecer de que a idade cronológica não guarda relação com o prognósti-
co do paciente. Na verdade, os principais determinantes de melhor evolução na história 
natural das doenças dos idosos são o seu estado funcional e o contexto social em que vi-
vem. 
Os objetivos da avaliação funcional são: 
- Melhorar a precisão diagnóstica; Determinar o grau e a extensão da incapacidade; Ser-
vir de guia para a escolha de medidas que visam restaurar e preservar a saúde; Identifi-
car fatores que predispõem à iatrogenia e estabelecer medidas para sua prevenção; Esta-
belecer critérios para a indicação de internação e institucionalização. 
Parâmetros da avaliação funcional do idoso 
- Força muscular; Função cognitiva; Condições emocionais; Disponibilidade e adequação 
de suporte familiar e social; Condições ambientais; Capacidade para executar as ativida-
des da vida diária; Capacidade para executar as atividades instrumentais da vida diária. 
Assim, o desenvolvimento de um olhar diferenciado para problemas que têm maior rele-
vância no paciente idoso, seja pela sua alta prevalência, seja pelo seu significado clínico 
distinto, assim como a observação da capacidade funcional desse paciente, são aspectos 
que devem nortear o exame clínico. 
Reconhecer o processo patológico, isolar seus agentes e interferir para mudar o ritmo de 
declínio é papel do profissional que estiver envolvido no atendimento do idoso. 
 29 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 
Avaliação geriátrica multidimensional x Avaliação geriátrica global 
 
É um processo diagnostico multidimensional, geralmente interdisciplinar, para determinar 
as deficiências, incapacidades e desvantagens do idoso e planejar o seu cuidado e assis-
tência a médio e longo prazo, tanto do ponto de vista médico, como psicossocial e funcio-
nal (Costa e Monego, 2003) 
 
Avaliação Padrão-ouro 
Cenários diversos 
Instrumentos de avaliação 
Equipe multidisciplinar 
 
 
Objetivos: 
Diagnóstico global 
Plano terapêutico 
Reabilitação 
 
Evidencias: 
Complementa a avaliação clinica tradicional 
Melhora a precisão diagnostica 
Identifica o risco de declínio funcional 
Identifica os riscos nutricionais 
Identifica os riscos de iatrogenia 
Estima desfechos desfavoráveis 
Define critérios para hospitalização e institucionalização 
 
As evidências tem demonstrado que a AGA só é eficaz se existir processo de identificação 
dos idosos que realmente possam se beneficiar de sua aplicação; a avaliação resultar em 
um plano de cuidado e o plano de cuidado for implementado, preferencialmente, por 
equipe interdisciplinar (Wieland e Hirth, 2003; Ellis e Langhorne, 2005). 
 
Benefícios: 
Redução da mortalidade 
Diminuição da internação hospitalar 
Diminuição a institucionalização 
Redução do uso da medicação 
Redução da iatrogenia 
Diminuição do uso e dos custos do sistema de saúde 
Aumento da satisfação com o atendimento 
 
 
 30 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Parâmetros: 
Equilíbrio e mobilidade 
Funções cognitivas 
Estado emocional 
Capacidade funcional 
Estado nutricional 
Estado social 
Polifarmácia 
 
EQUILIBRIO E MOBILIDADE 
 
 
Sistema vestibular 
Orienta a posição da cabeça em relação ao meio externo 
 
 
 
 
 
 
Sistema proprioceptivo 
Orienta a posição do corpo e os movimentos no espaço 
 
 
 
 
 
 
Sistema visual 
Coleta e processa várias informações sobre o ambiente 
 
 
 
 
Instrumentos: 
 
1. 
Get up and Go 
 
2. 
Timed Get up and Go 
 
 31 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
3. Índice de Tinneti (por mary Tinetti em 1986 e adaptada para o brasil em 2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Avaliação muscular 
Função muscular = desempenho, força, velocidade de marcha, preensão palmar 
Massa muscular = circunferência da panturrilha 
 
Circunferência da panturrilha 
Maior ou igual a 31cm: NORMAL 
Menor a 31cm: DIMINUIÇÃO DA MASSA MUSCULAR 
 
 
Velocidade de marcha 
O cálculo é feito pela média de três tentativas 
Calculo: velocidade = distancia (m)/ tempo (s) 
 Velocidade maior ou igual a 1,0 m/s (andar 4 metros em 
4 segundos ou menos): BAIXO RISCO DE QUEDAS; 
 Velocidade entre 0,7 m/s e 1,0 m/s (andar 4 metros en-
tre 5 e 6 segundos): MODERADO RISCO DE QUEDAS; 
 Velocidade menor a 0,7 m/s (andar 4 metros em 7 ou 
mais segundos): ALTO RISCO DE QUEDAS. 
 
 
Força de preensão palmar 
O calculo é feito pela media de três medidas realizadas no 
membro dominante com intervalo de 60 segundos entre as 
medidas 
Resultado: 
Mulheres >= 20kg e Homens >= 30kg : NORMAL 
 32 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O 
I D O S O 
FUNÇÕES COGNITIVAS 
Cognição: 
Processo de aquisição de conhecimento que se dá através de alguns processos como 
atenção, raciocínio, pensamento, memoria, juízo, abstração, linguagem... 
 
Alterações cognitivas podem levar a perda de autonomia e progressiva dependência. 
 
Instrumentos: 
 
1. Teste do desenho do relógio 
Memória, imaginação, compreensão, pensamento 
 
 
Resultado: 
3 ou mais pontos: NORMAL 
0 a 2 pontos: PERDA COGNITIVA 
 
 
 
 
 
2. Miniexame do estado mental 
Proposto em 75 por Folstein; No BR foi modificado por Bertolluci em 94 e Brucki em 2003. 
 
Divide-se em 2 fases: 
A primeira soma o total de 21 pontos e avalia: orientação, memória e atenção 
A segunda soma o total de 9 pontos e avalia: nomeação e compreensão 
 
 
 
Resultado: 
Normal: Analfabeto >= 20 pontos; 
1 a 4 anos de estudo >= 25 pontos; 
5 a 8 anos de estudo >=26 pontos; 
9 a 11 anos de estudo >=28 pontos; 
> 11 anos de estudo >= 29 pontos. 
 33 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
3. Teste de fluência verbal 
Pede-se para o paciente dizer o maior número possível de animais (podem ser outros 
grupos de palavras ou palavras que comecem com a mesma letra) no intervalo de um 
minuto; 
Não pontuar novamente quando há apenas flexão de gênero ou discriminação de animais 
de classe já citada (por exemplo, passarinho, canarinho e beija-flor – pontuar apenas 
passarinho); 
 
Resultado, quando normal: 
8 anos ou menos de escolaridade: mínimo 9 animais; 
9 anos ou mais de escolaridade: mínimo 13 animais. 
 
ESTADO EMOCIONAL 
 
Instrumentos: escala de yesavage (1983) 
1. Escala de depressão geriátrica 
Instrumento de fácil aplicação, em que a pessoa precisa responder questões com respos-
tas dicotômicas (sim ou não) 
Incialmente a escala possuía 30 questões, foram desenvolvidas versões mais curtas, com 
15-10 questões; a versão com 15 questões é a mais utilizada no brasil. 
 
 
 
 
 
Resultado 
Menor ou igual a 5 pontos: NORMAL 
Maior do que 5 pontos: POSSIVEL DEPRESSÃO 
Maior ou igual a 11 pontos: POSSIVEL DEPRESSÃO 
GRAVE 
 34 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
CAPACIDADE FUNCIONAL 
 
É definida como a aptidão do idoso para realizar determinada tarefa que lhe permita cui-
dar de si mesmo e ter uma vida independente em seu meio. 
 
É determinada pelo grau de autonomia e independência. 
 
As atividades de vida diária são classificadas em: 
 
1. Atividades básicas de vida diária (ABVD) 
São as atividades fundamentais necessárias para o individuo realizar o autocuidado; ex: 
 
Cuidados pessoais: comer, tomar banho, se vestir e ir ao banheiro 
Mobilidade: andar com ou sem ajuda, transferir-se da cama para a cadeira e vice-versa e 
mover-se da cama 
Continência: urinária e fecal 
 
Escalas: 
 
Índice de Barthel (1985) 
Avaliação de 10 funções 
Alimentar-se, banhar-se, vestir-se e promover higiene 
Transferir da cama para cadeira e vice-versa, deambular e descer escadas 
Usar o vaso sanitário, manter continências fecal e urinaria 
 
 
 
 
 
 
Resultado (máximo: 100 pontos) 
 
100 pontos: INDEPENDENCIA 
60 a 99 pontos: DEPENDÊNCIA LEVE 
40 a 59 pontos: DEPENDENCIA MODERADA 
20 a 39 pontos: DEPENDENCIA GRAVE 
< 20 pontos: DEPENDENCIA TOTAL 
 35 
V A N E S S A L U D WI G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Escala de Katz (1963) 
Avaliação de 6 funções: banhar-se, vestir-se, usar o vaso sanitário, transferir da cama 
para cadeira e vice-versa, manter continências e alimentar-se 
Grande limitação é de não avaliar a capacidade de deambular 
 
 
 
 
6 pontos: INDEPENDENCIA 
4 pontos: DEPENDENCIA PARCIAL 
2 pontos: DEPENDENCIA IMPORTANTE 
 
 
 
 
 
 
2. Atividades instrumentais de vida diária (AIVD) 
São as atividades que dao suporte as atividades de vida diária em casa ou na comunida-
de, exigindo interações mais complexas do que as ABVD; ex: 
 
Dentro de casa: preparar a comida, fazer as tarefas domesticas, lavar e cuidar do vestuá-
rio, executar trabalhos manuais, manusear medicação, usar o telefone e manusear o di-
nheiro; 
Fora de casa: fazer compras, usar os meios de transporte e deslocar-se (compromissos 
sociais, religioso e ir ao medico) 
 
Escalas: 
Questionário de Pfeffer (1982) 
***não é validado no BR (+ muito usado para avaliação funcional) 
 
 
Respostas: 
0 – sim, é capaz; 
0 – nunca o fez, mas poderia fazer agora; 
1 – com alguma dificuldade, mas faz; 
1 – nunca fez e teria dificuldade agora; 
2 – necessita de ajuda; 
3 – não é capaz. 
 
Resultado: 
Menor do que 6 pontos: INDEPENDÊNCIA; 
Maior ou igual a 6 pontos: DEPENDÊNCIA. 
 36 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 
 
 
 
Escala de Lawton 
 
 
 
 
 
3. Atividades avançadas de vida diária (AAVD) 
São as atividades mais complexas, cotidianas, voluntarias, especificas para cada indivi-
duo e influenciadas por fatores socioculturais, educacionais e motivacionais; 
 
Não são fundamentais para uma vida independente; ex: 
Dirigir automóvel, praticar esportes, pintar, tocar instrumento musical, participar de ser-
viços comunitários e de atividades politicas.. 
 
 
ESTADO NUTRICIONAL 
A heterogeneidade do idoso dificulta a avaliação do estado nutricional 
Desnutrição: viver sozinho, restrição funcional, condição social adversa, sexo masculino 
 
Miniavaliação nutricional (MAN) - proposto por Guigoz em 1994 
Avalia 18 itens: 
Dados antropométricos: IMC; circunferência do braço e da panturrilha; 
Informações dietéticas: consumo alimentar e alimentação; 
Informações do estilo de vida: mobilidade e onde vive; 
Medicação: uso de mais de 3 medicamentos por dia; 
Autopercepção: avaliação da própria saúde; 
Condição clínica: perda de peso; estresse psicológico ou doença aguda; problemas neu-
ropsicológicos; IMC e presença de úlcera de pressão. 
 
Resultado: 
Maior ou igual a 24 pontos: NORMAL 
Entre 17 e 23 pontos: RISCO DE DESNUTRIÇÃO 
Menor do que 17 pontos: DESNUTRIÇÃO 
 37 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
ESTADO SOCIAL 
Dimensão mais complexa e difícil de ser quantificada 
Avaliação das relações sociais, das atividades sociais, dos recursos disponíveis de suporte 
(social, familiar e financeiro), da residência e do cuidador; 
 
Sistema de suporte social: Informal: entre membros de uma familia, amigos e vizinhos; 
Formal: hospital, ILPI e atendimento domiciliar 
Cuidador: Formal ou informal, capacitado ou não, treinado ou não e estressado ou não. 
 
Apgar da família e dos amigos 
Resultado 
Maior do que 6 pontos: DISFUNÇÃO LEVE OU AUSENTE 
Entre 4 a 6 pontos: DISFUNÇÃO MODERADA 
Menor do que 4 pontos: DISFUNÇÃO ACENTUADA 
 
POLIFARMÁCIA 
Teste de sacola de remédios (ou ‘’inventário medicamentoso’’) 
Levantamento da lista de medicamentos; 
 Solicitar no agendamento da consulta que o paciente ou acompanhante traga uma sa-
cola com todos os medicamentos em uso pelo paciente 
 Mostrar cada medicamento e perguntar a posologia, há quanto tempo usa e para que 
foi indicado 
 Perguntar sobre outros medicamentos utilizados recentemente (ultimo mês) e sobre a 
suspensão ou mudança de dosagem de algum medicamento 
 Perguntar sobre o uso de medicação injetável, tópica ou aerossóis, de remédios natu-
rias, fitoterápicos, vitaminas e sobre automedicação 
 Insistir sobre o uso de analgésicos, anti-nflamatórios, sedativos e hipnóticos, antiver-
tiginosos, antigripais e antialérgicos 
 Perguntar sobre a relação entre introdução, aumento ou redução de dose e suspensão 
de algum medicamento com: declínio funcional, confusão mental, quedas, incontinên-
cia. 
Desprescrição: Processo sistemático de identificação e descontinuação de medicamentos 
nas situações nas quais os danos existentes ou potenciais suplantam os benefícios exis-
tentes ou potenciais, dentro do contexto dos objetivos de cuidados individual de cada pa-
ciente, do seu estado funcional, expectativa de vida, valores e preferências (Scott 2015). 
 38 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Em resumo: 
O avançar da idade aumenta de forma significativa a multimorbidade e a incapacidade 
dos indivíduos. Cerca de 65% dos indivíduos entre 65 e 84 anos e 82% dos idosos com 
85 anos ou mais são portadores de multimorbidade (possuem duas ou mais doenças crô-
nicas). 
Esses idosos apresentam muita vulnerabilidade, seja por problemas cognitivos, funcionais 
ou psicossociais; suas doenças ou complicações se apresentam de forma atípica, o que 
dificulta e retarda o diagnóstico muitas vezes. Com isso, estão sujeitos a mais frequência 
de iatrogenia, fragilização, internações e institucionalização. 
As bases para o desenvolvimento da avaliação geriátrica ampla (AGA) surgiram a partir 
do modelo de cuidado da médica Marjory Warren, no final da década de 1930. Considera-
da a mãe da medicina geriátrica, Dr. Warren conseguiu modificar os cuidados oferecidos 
a um grupo de pacientes crônicos e acamados em um hospital de Londres. Utilizando 
uma avaliação clínica detalhada e uma abordagem multidisciplinar, ela conseguiu ampliar 
a detecção de problemas e elaborar planos individualizados de tratamento para esses pa-
cientes, com foco na avaliação sistemática e na reabilitação. 
A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) surgiu como forma de avaliar esses pacientes, inclu-
indo diversos aspectos da sua vida, como o físico (médico), o mental, o social, o funcional 
e o ambiental. Para isso, são utilizados instrumentos capazes de identificar sinais de de-
mência, delirium, depressão, fragilidade, déficits visuais e auditivos, assim como perda 
do equilíbrio e capacidade funcional. 
Apesar disso, sua utilização não exclui a avaliação clínica tradicional, que é capaz de 
identificar distúrbios ou doenças que sejam responsáveis pela diminuição da capacidade 
ou limitação das suas atividades. 
Como instrumento de diagnóstico multidimensional, a AGA é estruturada para que possa 
haver um acompanhamento da evolução do paciente e para avaliar prognóstico. Avalia as 
4 principais dimensões (capacidade funcional, condições médicas, funcionamento 
social e saúde mental) 
A presença de declínio funcional capaz de restringir a autonomia e a independência do 
indivíduo não pode ser atribuída ao envelhecimento normal, mas sim à presença de inca-
pacidade funcional, resultante das grandes síndromes geriátricas, de forma isolada ou as-
sociada (Moraes, 2010). Este declínio funcional não deve ser considerado “normal da ida-
de”, pois representa o principal determinante de desfechos negativos, como o desenvolvi-
mento de outras incapacidades e piora funcional. 
 39 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Ações que envolvem uma avaliação funcional prévia em níveis preventivos na incidência 
de complicações agudas e crônicas, reabilitação de doenças e agravos, atividades educa-
tivas, promoção e orientação à saúde em geral, apresentaram em aproximadamente oito 
anos de atuação do grupo, progressos na adesão dos pacientes, com melhora e/ou esta-
bilização do seu quadro clínico, social e psicológico. Os esforços também são direcionados 
para uma maior integração da equipe multiprofissional, em benefício do paciente porta-
dor de diabetes, com o fim de identificar estratégias que motivem os idosos, cuidadores e 
familiares no processo de autocuidado.Um dos maiores benefícios da Avaliação Geriátrica Ampla é que ela melhora a relação en-
tre envelhecimento e saúde do idoso. Primeiramente, porque oferece uma visão comple-
ta, que combina aspectos físicos, mentais e psicológicos da pessoa idosa. A partir disso, é 
possível desenvolver um plano de cuidado totalmente personalizado. No caso de pacien-
tes que exigem atenção especial, é algo que aumenta a qualidade de vida e pode até pro-
longar a expectativa de vida. Não menos importante, pode ajudar na desospitalização. 
Afinal, o reconhecimento de todas as condições e necessidades favorece a continuidade 
do tratamento mesmo fora de instituições de saúde. Assim, a Avaliação Geriátrica Ampla 
serve ao propósito de trazer uma visão completa da saúde do idoso. Graças a ela, é pos-
sível definir as características de atendimento e tratamento de forma personalizada, o 
que aumenta as chances de sucesso no cuidado. 
 
https://geridades.com.br/2020/09/18/o-que-e-a-desospitalizacao-saiba-mais-sobre-ela/
 40 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 
Perda involuntária da urina 
Aspectos gerais: 
Alta prevalência na população idosa 
Condição subdiagnosticada e subtratada 
Compromete a qualidade de vida dos idosos/família/cuidador 
Resulta em institucionalização precoce 
 
Epidemiologia: 
Sexo feminino é o mais acometido (30-60%) 
Homens (10-35%) 
Institucionalizados (até 80%) 
 
APARELHO URINÁRIO INFERIOR 
Anatomia da bexiga urinária 
 
 
 Bexiga 
 Uretra 
 Esfíncteres (interno e externo—voluntário) 
 
 
Função: 
Armazenamento da urina através do enchimento vesical 
Eliminação da urina através do esvaziamento vesical 
 
MICÇÃO 
Fisiologia: 
Sistema aferente (bexiga, vias aferentes) 
SNC (córtex cerebral—giro frontal e cingulado) 
Ponte (centro pontinho da micção) 
Medula (T11 a L2 e S2 a S4) 
Sistema aferente (vias eferentes (nervo pélvico/hipogástrico/pudento) 
Músculos (detrusor, liso uretral, estriado esfíncter uretral) 
 
 
 
 
 41 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 42 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
SENESCÊNCIA 
Série de alterações que tornam o idoso mais suscetível a incontinência urinaria 
 
Alterações: 
 Aumento da fibrose do músculo detrusor; 
 Estimulação dos receptores de pressão; 
 Aumento da fibrose do músculo da uretra; 
 Fragilização do períneo; 
 Aumento da pressão sobre a fáscia muscular; 
 Atrofia e ressecamento da mucosa uretral; 
 Hipertrofia benigna da próstata. 
 
Classificação: incontinência urinária TRANSITÓRIA x ESTABELECIDA 
 
 
 43 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
INCONTINENCIA URINÁRIA TRANSITÓRIA 
Causas: 
 Infecções do trato urinário; 
 Uretrite e vaginite atrófica; 
 Restrição da mobilidade; 
 Aumento do débito urinário; 
 Medicamentos; 
 Impactação fecal; 
 Transtornos mentais; 
 Transtornos neurológicos. 
 
 
MEDICAMENTOS EFEITO SOBRE A CONTINÊNCIA 
AGONISTAS ALFA-ADRENÉRGICOS Obstrução uretral (homem) 
AINES Edema de MsIs, noctúria 
ÁLCOOL Urgência, sedação 
ANTICOLINÉRGICOS Retenção urinária, sedação, impactação fecal 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Efeitos anticolinérgicos, sedação 
ANTIPSICÓTICOS Efeitos anticolinérgicos, rigidez e imobilidade 
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO Retenção urinária, edema de MsIs, noctúria, 
constipação 
BLOQUEADORES ALFA-ADRENÉRGICOS Diminuição da resistência uretral 
DIURÉTICOS DE ALÇA Poliúria, urgência miccional 
HIPNÓTICOS Sedação, delirium, imobilidade 
IECA Tosse 
GABAérgicos (PREGABALINA) Edema de MsIs, noctúria 
ANTAGONISTAS H2 Confusão mental 
ANTIPARKINSONIANOS Confusão mental, hipotensão postural 
OPIOIDES Confusão mental, constipação 
ANESTÉSICOS, RAQUIANESTESIA Paralisia detrusora 
 44 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
INCONTINENCIA URINÁRIA ESTABELECIDA 
 Estresse 
 Hiperfluxo 
 Urgência 
 Mista 
 
INCONTINÊNCIA URINARIA DE ESTRESSE (ESFORÇO) 
Perda involuntária de urina que ocorre com o aumento da pressão intra-abdominal 
(tosse, espirro, atividade física) 
 
Principal causa em mulheres jovens 
Incomum em homens 
 
Mulheres: hipermobilidade uretral; deficiência esfincteriana intrínseca. 
Homens: deficiência esfincteriana intrínseca 
 
Perda de urina precedida ou acompanhada de um desejo imperioso de urinar (urgência) 
Hiperatividade do musculo detrusor 
 
BEXIGA HIPERATIVA: síndrome que inclui urgência urinaria com ou sem incontinência 
urinaria, frequência elevada (oito ou mais micções em 24 horas) e noctúria (dois ou mais 
despertares noturnos) 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR HIPERFLUXO (TRANSBORDAMENTO) 
Inabilidade de esvaziamento vesical devido a hipocontratilidade do músculo detrusor, 
obstruções uretrais ou ambos; 
 
Homens: principal causa em homens idosos; causa mais frequente é a obstrução uretral 
Mulheres: incomum em mulheres idosas 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA 
Presença de mais de um tipo de incontinência no mesmo paciente 
 
Principal causa em mulheres idosas 
 45 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
DIAGNÓSTICO 
ANAMNESE 
Características da perda urinaria e sintomas associados 
Comorbidades clinicas 
Condições previas 
Lista de medicamentos 
 
EXAME FÍSICO 
Exame neurológico 
Exame proctológico 
Exame ginecológico 
Avaliação cognitiva, da mobilidade e funcionalidade do individuo. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Laboratorial: 
Medida do volume residual pós-miccional: 
 
Estudo urodinâmico: 
Avaliar a qualidade das contrações vesicais e dos esfíncteres uretrais 
Cistometria, medida da pressão de perda sob esforço e urofluxometria 
 
Cistoscopia: suspeita de fístulas 
 
TRATAMENTO: 
Objetivo geral: melhora da qualidade de vida 
Objetivos específicos: diminuição de sintomas; diminuição do uso de fraldas e absorven-
tes; reinserção social; retardo em institucionalização. 
 
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
Mudança de estilo de vida 
Fisioterapia pélvica: fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico 
Treinamento vesical 
Perda de peso 
Evitar liquido de forma abundante 
Evitar cafeína e álcool 
 
 
Exercícios de Kegel 
 46 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
TREINAMENTO VESICAL 
Consiste em ensinar ao paciente a urinar em períodos fixos 
Princípios: 
Realizar micções frequentes voluntárias para manter um baixo volume de urina 
Treinamento para inibir as contrações do detrusor, quando se apresenta urgência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
 
MEDICAMENTOS ANTIMUSCARÍNICOS 
OXIBUTININA 
Mecanismo de ação: potente ação antimuscarínica e não seletiva para os receptores mus-
carínicos vesicais; propriedade anti-histamínicas 
Efeitos colaterais: boca seca, constipação, tontura, sonolência e náuseas 
Apresentação: VO comprimido de 5-10mg (RETEMIC UD liberação prolongada) e xarope 
1mg/ml; Dose terapêutica: 10-15mg/dia 
Posologia: 
• Iniciar com 2,5 mg (meio comprimido) ou 2,5 ml 2x ao dia e, após 4 semanas, au-
mentar para 5 mg ou 5 ml 2x ao dia, podendo chegar até 5 mg ou 5 ml 3x ao dia; OU 
• Iniciar com 5 mg (meio comprimido de liberação prolongada) e, após 4 semanas, au-
mentar para 10 mg 1x ao dia, podendo chegar até 10 mg um comprimido e meio 
1x/dia. 
 
SOLIFENACINA 
Mecanismo de ação: ação antimuscarínica seletiva para os receptores muscarínicos vesi-
cais 
Efeitos colaterais: incomuns 
Apresentação: VO comprimido de 5-10mg; Dose terapêutica: 5-10 mg/dia 
Posologia: iniciar com 5mg 1x ao dia e se for necessário após 4 semanas aumentar para 
10mg 1x ao dia. 
 47 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
AGONISTAS DOS BETA-ADRENORRECEPTORES 
MIRABEGRON 
Mecanismo de ação: ativa os beta-3-adrenorreceptores 
Contra-indicação: doença renal terminal; doença hepática grave 
Efeitos colaterais: incomuns 
Apresentação: VO myrbetric comprimido 25-50mg; Dose terapêutica: 25-50mg/dia 
Posologia: iniciarcom 25mg 1x ao dia e se for necessário após 4 semanas aumentar para 
50mg 1x ao dia. 
 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS 
Imipramina é a mais utilizada (ação antimuscarínica discreta sobre o músculo detrusor) 
 
ESTRÓGENOS 
A eficácia não está bem estabelecida 
 
FLUXOGRAMA DE TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
TRANSITÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA ESTABELECIDA 
 48 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 
 
 
 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA 
 
 
 
 
 
 
 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR HIPERFLUXO 
Corrigir ou tratar a condição causal; 
Medicamentos: suspender o fármaco; 
Neuropatia: estabilizar a condição; 
Hiperplasia prostática benigna: uso de medicamentos ou procedimento cirúrgico. 
 49 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Em resumo: 
 
A incontinência urinária é erroneamente vista como um processo natural do envelheci-
mento. As melhorias dos indicadores de saúde, como o aumento da expectativa de vida, 
assim como o avanço da medicina fazem com que observemos o fenômeno do envelheci-
mento da população. 
Entre idosos é um achado comum, implicando problemas psicológicos e sociais para os 
pacientes e familiares, com perda da autoestima e isolamento social. 
Já nos idosos residentes em instituições (asilos e casas de repouso), a incontinência uri-
nária afeta no mínimo metade de todos os residentes, impondo significativos problemas 
físicos e psicossociais. Infelizmente, menos da metade destas pessoas procuram assistên-
cia médica e a grande maioria permanece sem tratamento 
Embora ocorram alterações do sistema genito-urinário com a idade como, por exemplo, 
diminuição da capacidade vesical, diminuição do fluxo urinário máximo, aumento da fre-
quência e do resíduo pós-miccional e instabilidade do detrusor, a perda de urina não deve 
ser considerada como um processo inerente ao envelhecimento. Ao contrário, deve ser 
investigada e tratada corretamente, haja vista o alto grau de insatisfação com esta condi-
ção (em torno de 65%) e as complicações que ela pode acarretar 
É muito importante na anamnese do paciente saber sobre as características da perda uri-
nária, a quantidade, a gravidade e os sintomas associados, como frequência, noctúria, 
esforço, urgência e hesitação. Informações adicionais devem ser investigadas, como dor, 
hematúria, infecções recorrentes, prolapsos pélvicos, cirurgias prévias, radiações pélvicas 
e suspeita de fístulas. Uma atenção especial deve ser dada às comorbidades clínicas e 
aos medicamentos utilizados pelo idoso, visto que podem desencadear ou contribuir para 
o quadro clínico. 
Ao exame físico é importante realizar 1) avaliação cognitiva, da mobilidade e funcionali-
dade do paciente; 2) exame neurológico detalhado que inclua avaliação de reflexos, sen-
sibilidade e integridade das vias sacrais; 3) toque retal para avaliar o tônus esfincteriano, 
presença de massas, fecalomas e avaliação da próstata, no caso de pacientes homens; 4) 
exame pélvico, inspeção de prolapsos e atrofia genitais em mulheres; 5) teste de estres-
se com paciente na posição supina, com bexiga cheia e tossir vigorosamente para avaliar 
a IU por estresse. 
 50 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Para o diagnóstico, sabe-se que é basicamente clínico, a partir dos achados na anamnese 
e exame físico, mas há a importância de realizar alguns outros exames. Dentre esses, 
encontram-se exames laboratoriais, como sumário de urina para investigação de infec-
ção, hematúria e glicosúria, medida do volume residual pós-miccional (VRPM) por método 
não invasivo, estudo urodinâmico e citoscopia. As últimas diretrizes recomendam avalia-
ção urodinâmica antes de qualquer procedimento invasivo ou cirúrgico. 
Por ser frequente em idosos e causar grande impacto negativo na qualidade de vida dos 
indivíduos afetados, torna-se primordial que o geriatra do paciente idoso acometido ou 
médico de saúde da família da UBS que o paciente frequenta, por exemplo, trabalhem 
com aquele adulto ou idoso a respeito da identificação e do manejo da incontinência uri-
nária, alertando-o antes do início dos primeiros sintomas. Embora não tenha impacto di-
reto na mortalidade, a incontinência urinária é associada a aumento no risco de quedas e 
fraturas, infecções do trato urinário recorrentes, celulites, úlceras de pressão, disfunções 
sexuais, distúrbios do sono, além de contribuir para isolamento social, depressão, estres-
se do cuidador e institucionalização precoce, alterando significativamente a vida e rotina 
do paciente. 
Independentemente de sua origem, a incontinência urinária sempre tem tratamento. Seu 
correto diagnóstico e abordagem terapêutica resultam em melhora significativa da quali-
dade de vida, além de prevenir complicações como infecções e quedas entre seus porta-
dores. 
 51 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 
SÍNDROME DE IMOBILIDADE 
Denominação: imobilidade, repouso prolongado no leito, síndrome do desuso 
 
Conceito: complexo de alterações que repercutem negativamente sobre o organismo, 
tendo origem na imobilidade 
 
Epidemiologia: 20-50% dos idosos após tratamento hospitalar prolongado; 
Taxa de mortalidade de 50% 
 
Causas: 
Diagnóstico: define-se um paciente com SI quando ele apresenta todos os critérios mai-
ores e pelo menos dois critérios menores 
• Déficit cognitivo moderado a grave 
• Múltiplas contraturas musculares 
• Lesões cutâneas até uma úlcera de decúbito 
• Disfagia 
 CONDIÇÕES 
NEUROLÓGICAS AVE, Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica e Demência 
PSICOLÓGICAS Depressão 
CARDIOVASCULARES Insuficiência Cardíaca Congestiva, Cardiopatia Isquêmica, Oclu-
são Arterial Periférica e Sequelas de Trombose Venosa Profunda 
METABÓLICAS Desnutrição proteico-calórica 
RESPIRATÓRIAS Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 
OSTEOMUSCULARES Osteoartrose, Sequelas de Fraturas, Osteoporose e Metástases 
REUMÁTICAS Artrite Reumatoide 
TEGUMENTARES Calosidades nos pés, Úlcera Plantar e Deformidade Plantar 
SENSORIAL Cegueira e Surdez 
IATROGENIA Medicamentos (Ansiolíticos, Hipnóticos e Antidepressivos) 
 52 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
• Incontinência urinária e anal 
• Afasia 
 
Manifestações: 
SISTEMA TEGUMENTAR 
 
Micoses 
CUIDADOS: higiene, bom estado nutricional, exposição ao sol, uso de 
roupa de material poroso, temperatura agradável, controle glicêmico 
normal, evitar o uso de colchão com superfície plástica, uso de antifúngi-
cos. 
 
Xerose 
CUIDADOS: ingestão de bastante líquidos, uso de hidratantes, evitar o 
uso de sabões, evitar o banho quente e prolongado. 
 
 
Laceração 
CUIDADOS: evitar a mobilização do idoso pelo braço, antebraço, punho, 
tornozelo e pela perna. Evitar a contenção do idoso com faixas de crepe 
diretamente nos punhos. 
 
 
Dermatite amoniacal 
CUIDADOS: uso de coletor de urina nos homens, trocas regulares das fral-
das, banhos a cada troca de fraldas. 
 
 
 
Úlcera de decúbito 
• critério menor 
CUIDADOS: higiene, bom estado nutricional, ingestão de bastante liquido, 
proteção para as proeminências ósseas, mobilização no leito de 2 em 2 ho-
ras, assentar o idoso o maior tempo possível, uso de colchão pneumático 
com insuflação intermitente. 
 53 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
• Incontinência urinária e anal 
• Afasia 
 
Manifestações: 
 
SISTEMA OSTEOMUSCULAR 
 
Artrose 
-> contraturas musculares (CRITÉRIO MAIOR) 
CUIDADOS: mobilização frequente das articulações, posicionamento no 
leito com coxins, almofadas, pranchas ou órteses para alongamento. 
 
Osteoporose 
-> Perda de massa óssea intensa e rápida (até 1% do total por semana) 
CUIDADOS: exposição ao sol, aumento da ingestão de cálcio, colocar o 
paciente em ortostatismo 3horas por dia (usar a mesa de ortostatis-
mo se for necessário) 
 
Atrofia muscular 
-> atrofia muscular importante já nos primeiros 10 dias de confinamento no leito 
-> com 6 semanas de inatividade, a força muscular dos membros inferiores declina 20% 
e dos membros superiores 10% 
 
CUIDADOS: mobilização frequente no leito, posicionamento no leito com 
coxins, almofadas, pranchas ou órteses para alongamento. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
Oclusão arterial dos membros inferiores 
CUIDADOS: evitar que o paciente fique o leito com o quadril 
e joelho fletido em ângulo menor do que 20° 
 
Trombose venosa profunda 
-> incidência de 15% em idosos acamados 
-> 60-80% dos casos de TVP passam despercebidos, evoluindo silenciosamente 
 
 54 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
-> A principal complicação é a EMBOLIA PULMONAR, responsável por 20% de todas as 
causas de morte em paciente acamado 
 
CUIDADOS: mobilização frequente dos membros inferiores, uso de 
heparina de baixo peso molecular (enoxaparina) 
Enoxaparina: 20-60mg 1x/dia. Usual: 40mg 1 ampola subcutânea 
1x/dia. 
 
SISTEMA URINÁRIO 
 
Incontinência urinária 
-> praticamente todos os pacientes são incontinentes (Critério menor) 
CUIDADOS: uso de coletor de urina nos homens e fraldas geriátricas nas 
mulheres, uso de sonda vesical nas mulheres com ulcera de decúbito. 
Tratamento medicamento é pouco eficaz. 
 
Infecção urinária 
-> prevalência de até 40% nos idosos 
-> infecção mais comum no paciente institucionalizado 
-> septicemia 
CUIDADOS: antibioticoterapia 
 
SISTEMA DIGESTIVO 
 
Disfagia 
-> característica presente em quase todos os pacientes (critério menor) 
Complicações: desnutrição proteico-calórica, pneumonia aspirativa. 
 
CUIDADOS: uso de alimentação enteral (sondas ou gastrostomia); fonoterapia é pouco 
eficaz. 
 
Constipação 
-> frequentemente encontrada em pacientes imóveis 
Complicações: obstrução intestinal, volvo de sigmoide, retenção urinária, bexigona 
CUIDADOS: dietas com resíduos ou fibras, ingestão de bastante líquidos, posicionamento 
do idoso na cadeira higiênica ou vaso sanitário, evitar o uso de medicamentos anticolinér-
gicos, enema glicerinado a 20% (250ml ou 500ml) e toque retal em caso de fecaloma. 
 55 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
Insuficiência respiratória 
-> funções pulmonares estão comprometidas em 50% dos idosos imóveis 
CUIDADOS: fisioterapia respiratória, melhora do funcionamento intestinal, 
oxigenioterapia 
 
Pneumonia 
-> principal causa de morte em idosos acamados 
Taxa de mortalidade de até 25% para maiores de 70 anos. 
CUIDADOS: fisioterapia respiratória, oxigenioterapia, antibioticoterapia. 
 
 
SISTEMA METABÓLICO 
 
Desnutrição 
-> presente em 90% dos idosos imóveis com mais de 80 anos 
Resulta em alto índice de mortalidade 
CUIDADOS: uso de sonda nasogástrica/nasoentérica, gastrostomia 
 
 
 
 56 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Em resumo: 
 
A capacidade funcional representa a independência de o indivíduo viver e realizar suas 
atividades físicas e mentais necessárias para manutenção de suas atividades básicas e 
instrumentais, ou seja: tomar banho, vestir-se, realizar higiene pessoal, transferirse, ali-
mentar-se, manter a continência, preparar refeições, controlar as finanças, tomar medi-
camentos, arrumar a casa, fazer compras, usar transporte coletivo, usar telefone e cami-
nhar certa distância (RAMOS, 2003; SOUZA e IGLESIAS, 2002). 
A diminuição da capacidade funcional do idoso e o grau de fragilidade são resultantes da 
idade avançada associada às Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). A dependên-
cia não é um estado permanente, mas um processo dinâmico cuja evolução pode ser mo-
dificada, prevenida e/ou reduzida (CALDAS, 2003). Esse declínio funcional ocorre na po-
pulação idosa, com sintomas inespecíficos, apresentação atípica, curso insidioso, e englo-
ba manifestações físicas, psicológicas, sociais e funcionais. 
O declínio funcional é identificado progressivamente pela perda da capacidade de execu-
tar as Atividades Básicas de Vida Diária (ABVDs) e as atividades instrumentais de vida 
diária (AIVDs). Fisicamente, o idoso pode referir fadiga, fraqueza, perda de apetite, 
adipsia, perda de peso, quedas e incontinências. Já os sintomas psicológicos relatados 
são perda de atenção, interesse, iniciativa e motivação. 
Algumas vezes, pode se notar declínio cognitivo. Além disso, socialmente, o idoso se 
afasta de atividades usuais e fica mais isolado. A negligência com os cuidados da casa e 
com os cuidados pessoais podem ser observados (TRELLHA, et al, 2005 apud HEBERTI 
1997). 
As AIVDs podem ser utilizadas como marcadores para detectar o declínio da capacidade 
funcional. Entretanto, na medida em que apresenta incapacidade para AIVDs as demais 
ABVDs também poderão ser comprometidas (AIRES; PAZ, 2008). A condição de depen-
dência severa para as AIVDS foi identificada em 50,0% dos idosos em condições de alta 
hospitalar (PAZINATTO, 2003). 
O desenvolvimento dessas doenças crônicas é decorrente da perda contínua da função de 
órgãos e sistemas biológicos. Essa perda de função pode levar a limitações funcionais, e, 
por sua vez, pode gerar incapacidade, conduzindo à dependência de pessoas ou de equi-
pamentos específicos para a realização de tarefas essenciais à sobrevivência no dia a dia 
(PARANÁ, 2003) 
 57 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Os principais fatores predisponentes e de risco para a síndrome de imobilidade envolvem 
a poli patogenia, aspectos econômicos, ambientais, psicológicos e sociais. Entre esses fa-
tores, destacam-se o repouso prolongado no leito, doenças neurológicas que se acompa-
nham de contraturas, limitação da marcha e do equilíbrio; depressão e demência; cardio-
patias e pneumopatias crônicas, que restringem as atividades. Doenças reumáticas po-
dem provocar um quadro doloroso e deformidades, levando o idoso a permanecer no leito 
e desencadeando a síndrome. Ha ainda os idosos com estado nutricional precário, uso ex-
cessivo de medicamentos ou problemas decorrentes de iatrogênica evidenciados por fra-
queza muscular, tonteira e insegurança na locomoção. Idosos com história de quedas 
tem medo de cair e tendem a permanecer no leito. 
Para um corpo envelhecido, o movimento limitado pode criar uma espiral negativa. Sem 
mover os membros e acelerar o ritmo cardíaco, torna-se cada vez mais difícil para al-
guém manter uma mente e um corpo saudáveis. 
Quanto menos se move, mais difícil se torna mover, e assim o ciclo é perpetuado. 
Embora as deficiências não possam ser apagadas ou revertidas, é importante garantir 
que o idoso mantém algum tipo de regime de exercício diário, mesmo que seja apenas 
um passeio no jardim mais próximo. Este pequeno fator pode ajudar significativamente a 
assegurar que nenhum dano adicional é feito física ou psicologicamente. 
Sem um movimento adequado, diferentes áreas do corpo são afetadas de muitas formas 
diferentes. A musculatura, problemas articulares e esqueléticos como artrite, osteoporo-
se, doenças crónicas, e fraturas da anca e do fémur tornam-se muito mais prevalentes. 
É importante garantir que o cuidador fornece algum tipo de ajuda ambulatória e de ferra-
mentas de apoio que ajudam a fornecer mobilidade ao idoso como andarilhos, cadeiras 
de rodas, bengalas ou apoios de tornozelo e que estes estão disponíveis de imediato. 
É também aconselhável instalar corrimões de mão ou elevadores de escadas, quando 
possível, para ajudar o idoso a deslocar-se por toda a casa. Por último, desenvolver uma 
rotina diária, mesmo que seja apenas um passeio breve que inclui um mínimo de exercí-
cio ou movimento ajudará a evitar que o corpo se deteriore ainda mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.maisquecuidar.com/loja/mais-mobilidade/andarilhos
https://www.maisquecuidar.com/loja/mais-mobilidade/cadeiras-de-rodashttps://www.maisquecuidar.com/loja/mais-mobilidade/cadeiras-de-rodas
https://www.maisquecuidar.com/loja/mais-mobilidade/auxiliares-marcha/bengala-inteligente
https://www.maisquecuidar.com/loja/mais-mobilidade/elevadores-escadas
 58 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
 
Definição: Síndrome caracterizada pelo comprometimento de múltiplas funções cognitivas 
 
Epidemiologia: 
Países desenvolvidos: 54% não detecção 
Países não desenvolvidos: 90% não detecção 
Brasil: 900 mil pessoas com demência sem diagnóstico 
 
 
Prevalência está aumentando 
pelo aumento da expectativa 
de vida, diagnóstico tardio 
(subdiagnóstico) 
 
Vascular: múltiplos infartos 
 
 
 
Fatores de risco: 
 
-> hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, obesidade, hipercolesterolemia e diabetes 
 
 
 
 
 IDADE HISTÓRIA 
FAMILIAR 
MUTAÇÕES 
GENÉTICAS 
OUTROS * 
Doença de 
Alzheimer 
Sim Sim ApoE4, PSEN 
1, PSEN 2 e 
APP 
Sim 
Demência 
Vascular 
Sim Sim ApoE4 ?, 
NOTCH3 
Sim 
Demência com 
corpos de 
Lewy 
Sim Sim ? Não 
Demência 
frontotemporal 
Sim Sim MAPT, GRN e 
C90RF72 
Não 
 59 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Classificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEMÊNCIAS POTENCIALMENTE REVERSÍVEIS 
Aproximadamente 10% das demências 
Causas: 
• Demências com comprometimento estrutural do SNC: 
Hidrocefalia de pressão normal, lesões expansivas (neoplasias e hematoma subdural) 
• Transtornos mentais: depressão 
• Outras: medicamentos, carências nutricionais, distúrbios hidroeletrolítico, transtornos 
endócrinos e doenças infecciosas e intoxicação por metais pesados 
 
DEMÊNCIAS RAPIDAMENTE PROGRESSIVAS 
Intervalo menor do que 2 anos entre a instalação dos sintomas e o diagnostico de 
demência ou morte 
 
Frequente acometimento de indivíduos com idade inferior a 65 anos 
Possibilidades diagnósticas mais amplas do que nas demências de início tardio. 
CONDIÇÕES 
NEUROVEGETATIVAS Doenças de Alzheimer, Demência frontotemporal, 
Demência com corpos de Lewy... 
 60 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
Diagnóstico 
• História clínica: Padrão do acometimento neuropsicológico, Velocidade de instalação 
Fatores de risco, Uso de medicamentos 
• Exame neurológico 
 
• Avaliação geriátrica ampla: Funções cognitivas, Capacidade funcional 
• Exames complementares 
Laboratorial: hemograma, sódio, potássio, cálcio, glicose, ureia, creatinina, TGO, TGP, 
GGT, vitaminas (B1), TSH, T4 livre, VDRL e sorologia HIV 
Neuroimagem: estrutural (TC, RM) funcional (PET—tomografia com emissão de pósitrons) 
ENDÓCRINAS Disfunção Adrenal, Hipo/Hipertireoidismo, Hi-
po/Hiperparatireoidismo. 
INFECCIOSAS Sífilis, HIV, Meningites, Encefalites... 
TÓXICO-
METABÓLICAS 
Álcool, Metais Pesados, Deficiência de Vitaminas (B1, B12 e B3), 
Encefalopatia Hepática/Renal 
NEOPLÁSICAS Linfoma de 1º grau do SNC, Metástases Cerebrais e Síndromes 
Paraneoplásicas. 
 Disfunção 
autonômica 
Distúrbios 
piramidais 
Parkinsonis-
mo 
Distúrbios 
da marcha 
Mioclonias 
Doença de 
Alzheimer 
Não Não Sim 
(fase inter-
mediária) 
Não Sim (fase 
intermediá-
ria) 
Demência 
Vascular 
Não Não Não Sim Não 
Demência 
com 
corpos de 
Lewis 
Sim Não Não Sim Não 
Demência 
frontotem-
poral 
Não Sim Sim Não Não 
 61 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O 
I D O S O 
Diagnóstico etiológico 
 
DOENÇA DE ALZHEIMER 
História: Alois Alzheimer (1906) comunicou o primeiro caso da doença, que foi posterior 
denominado por Kraepelin (1910) como Doença de Alzheimer 
 
Definição: Doença neurovegetativa, progressiva, heterogênea nos seus aspectos etiológi-
cos, clínicos e neuropatológicos com deterioração das funções cognitivas e da capacidade 
funcional. 
 
Epidemiologia: estima-se que 46,8 milhões estejam acometidos pela enfermidade em to-
do o mundo em 2015; com aumento previsto para 74,7 milhões em 2030; e para 131,5 
milhões, em 2050 (Ferri, 2005) 
 
Fatores de risco: 
 História familiar positiva (risco de desenvolver é 3,5x maior em indivíduos que tem 
pelo menos um parente de primeiro grau com demência 
 Gene de suscetibilidade (gene da apolipoproteina E (ApoE4) 
 Idade avançada 
 Síndrome de Down 
 Sexo feminino 
ETIOLOGIA 
DEGENERATIVAS Doença de Alzheimer, Demência na Doença de Parkinson... 
VASCULARES Isquemias cerebrais... 
INFECCIOSAS HIV, Tuberculose, Neurossífilis... 
NEOPLÁSICAS Tumores primários, Metástases e síndromes paraneoplásicas 
AUTOIMUNES Vasculites, esclerose múltipla, Sarcoidose... 
ENDOCRINOPATIAS Hipo/Hipertireoidismo, Insuficiência adrenal... 
METABÓLICAS Nefropatias, Hepatopatias, Deficiência de vitamina B12... 
TRAUMÁTICAS Demência Pugilística... 
TÓXICAS Alcoolismo, drogas, medicamentos e metais pesados 
 62 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
Neuropatologia 
 
Diminuição da massa encefálica, 
Diminuição dos ventrículos 
(destrói o tecido nervoso) 
 
Formação das placas senis 
(amiloides) -> inflamação -> 
destruição do tecido nervoso 
 
Avaliação: 
ANAMNESE DETALHADA + CONFIRMAÇÃO FAMILIAR + AVALIAÇÃO GERIÁTRIA AMPLA = 
90% precisão diagnóstica 
 
Diagnóstico (Diagnóstico sindrômico x Diagnóstico etiológico) 
Vários critérios de diagnóstico; 
• Mais utilizados: 
Instituto Nacional de Neurologia e da Associação da Doença de Alzheimer dos EUA (1984) 
Organização Mundial de Saúde (1993) 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (NINCDS—ADRDA) 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO CRITÉRIOS 
 
 
 
 
 
PROVÁVEL 
 Demência comprovada por meio de exame clínico e documen-
tada pelo MEEM; 
 Déficits cognitivos evidentes em 2 ou mais áreas da cognição; 
 Piora progressiva dos déficits de memória e demais funções 
cognitivas; 
 Ausência de rebaixamento da consciência; 
 Início dos sintomas entre as idades de 40 e 90 anos, mais 
frequentemente após os 65 anos de idade; 
 Ausência de doenças sistêmicas ou cerebrais que possam 
explicar os déficits observados. 
 63 
V A N E S S A L U D W I G 
S A Ú D E D O I D O S O 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (OMS) 
 
 
 
O diagnóstico de 
provável é 
REFORÇADO por 
• Deterioração progressiva de funções cognitivas específicas 
(afasia, apraxia e agnosia); 
• Comprometimento das atividades cotidianas, alteração do 
padrão comportamental; 
• História familiar de doenças semelhantes na família; 
• Exame de LCR normal; 
• EEG com alterações inespecíficas; 
• Tomografia com evidência de atrofia cortical progressiva. 
Consistentes com o 
diagnóstico de 
provável 
• Sintomas depressivos, insônia, incontinência, delírios, aluci-
nações, reações catastróficas, transtornos sexuais, perda de 
peso e outras anormalidades neurológicas (aumento do 
tônus muscular, mioclonias ou transtorno de marcha). 
DIAGNÓSTICO 
PROVÁVEL 
INCERTO 
• Instalação dos sintomas cognitivos é rápida ou súbita; 
• Sinais neurológicos focais estão presentes; 
• Convulsões ocorrem na instalação ou prematuramente du-
rante o curso da doença. 
DIAGNÓSTICO CRITÉRIOS 
 
DEMÊNCIA NA 
DOENÇA DE 
ALZHEIMER DE 
INÍCIO PRECOCE 
Sintomas típicos de demência e a idade de início deve estar 
abaixo de 65 anos; 
Em adição, pelo menos um dos seguintes requisitos: 
Evidência de início e progressão relativamente rápidos; 
Em adição ao comprometimento de memória, deve haver afa-
sia, agrafia, alexia, acalculia ou apraxia. 
 
DEMÊNCIA NA 
DOENÇA DE 
ALZHEIMER DE 
INÍCIO TARDIO 
 
Sintomas típicos de demência e a idade de início deve ser su-
perior a 65 anos; 
Em adição, pelo menos um dos seguintes requisitos: 
Evidência de início e progressão muito lentos; 
Predominância do comprometimento de memória. 
 
DEMÊNCIA NA 
DOENÇA DE 
ALZHEIMER, TIPO 
MISTO OU ATÍPICA 
Sintomas atípicos de demência , ou que preenchem critérios 
para ambos os tipos de Doença de Alzheimer de início preco-
ce como tardio; 
Demência mista do tipo Alzheimer e Vascular. 
 64 
V A N E S S A L U D W I G

Continue navegando