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Estude de caso - Saúde da Mulher

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PRÁTICA CLÍNICA DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER: ASSISTÊNCIA GINECOLÓGICA - ESTUDO DE CASO
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	DESENVOLVIMENTO	3
2.1	Identificação:	3
2.2	Descrição da patologia:	3
2.2.1	Conceito:	3
2.2.2	Etiologia:	4
2.2.3	Incidência:	5
2.2.4	Fisiopatologia:	6
2.2.5	Classificação - tipos:	7
2.2.6	Classificação molecular:	8
2.2.7	Sintomatologia:	9
2.2.8	Diagnóstico:	9
2.2.9	Complicações:	10
2.2.10	Tratamento:	10
2.3	Assistência de enfermagem	12
2.4	Descrição do estudo de caso:	12
2.4.1	Diagnósticos de enfermagem:	13
3.	CONCLUSÃO:	16
4.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:	17
INTRODUÇÃO
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente em todo o mundo, sendo o comum entre as mulheres, mas também acomete homens, porém é raro. A cada ano, aproximadamente 22% dos novos casos de câncer acometem a mama. Nos EUA, o câncer de mama representa a segunda causa de morte por câncer, perdendo apenas para o câncer de pulmão; no entanto, nas mulheres com idade entre 45 e 55 anos, esse câncer assume o primeiro lugar. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, são esperados cerca de 60.000 novos casos de câncer de mama por ano. Em nosso país, a prevalência do câncer de mama varia entre as regiões. No sudeste, o câncer de mama é o mais comum, sendo também nas regiões sul, centro-oeste e nordeste. Já na região norte, ele representa o segundo tumor mais comum nas mulheres. No Brasil, o câncer de mama é o quinto responsável pelo maior número de mortes por câncer. Em todo o mundo, o mês de outubro é nomeado de Outubro Rosa, uma campanha que tem por objetivo alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama, além de disseminar dados preventivos e ressaltar a importância de cuidar da saúde. A campanha também tem o objetivo de lutar pelos diretos das pessoas com câncer de mama, tanto o atendimento médico quanto o suporte emocional.
Por fim, a finalidade deste estudo de caso será explanar sobre esta patologia realizando abordagens em geral sobre o câncer de mama levantando todos aspectos clínicos e fisiológicos, e a partir deles elaborar um plano assistencial de enfermagem.
DESENVOLVIMENTO
 Identificação: 
Exame de Rotina.
 Descrição da patologia: 
Conceito:
O câncer de mama é um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos. A heterogeneidade deste câncer pode ser observada pelas variadas manifestações clínicas e morfológicas, diferentes assinaturas genéticas e consequentes diferenças nas respostas terapêuticas. O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui hiperplasia, hiperplasia atípica, carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Dentre esses últimos, o carcinoma ductal infiltram-te é o tipo histológico mais comum e compreende entre 80 e 90% do total de casos.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). (INCA, 2020) 
Etiologia:
 O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva: principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses fatores incluem: história de menarca precoce, menopausa tardia, primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona). Fatores comportamentais/ambientai: incluem ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade após a menopausa e exposição à radiação ionizante (tipo de radiação presente na radioterapia e em exames de imagem como raios X, mamografia e tomografia computadorizada). O tabagismo é um fator que vem sendo estudado ao longo dos anos, com resultados contraditórios quanto ao aumento do risco de câncer de mama. Atualmente há alguma evidência de que ele aumenta também o risco desse tipo de câncer. O risco devido à radiação ionizante é proporcional à dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como as que ocorrem em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama. E fatores genéticos/hereditários: estão relacionados à presença de mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem; de câncer de ovário ou de câncer de mama em homem, podem ter predisposição genética e são consideradas de risco elevado para a doença. A idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam o risco. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
Incidência:
O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para o ano de 2020 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. A taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada pela população mundial apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com 13,22 óbitos/100.000 mulheres em 2017.As regiões Sul e Sudeste são as que apresentam as maiores taxas, com 14,14 e 14,10 óbitos/100.000 mulheres em 2017, respectivamente. Na mortalidade proporcional por câncer em mulheres, no período 2013-2017, os óbitos por câncer de mama ocupam o primeiro lugar no país, representando 15,9% do total de óbitos. Esse padrão é semelhante para as regiões brasileiras, com exceção da região Norte, onde os óbitos por câncer de mama ocupam o segundo lugar, com 12,9%. Os maiores percentuais na mortalidade proporcional por câncer de mama foram os do Sudeste (16,7%) e Centro-Oeste (16,5%), seguidos pelos Sul (15,3%) e Nordeste (15,13%).A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia. Na população feminina abaixo de 40 anos, ocorrem menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres, enquanto na faixa etária a partir de 60 anos o risco é 10 vezes maior. (INCA,2020)
Fisiopatologia:
O câncer de mama invade localmente e se dissemina através dos linfonodos regionais, da corrente sanguínea, ou de ambos. O câncer de mama metastático pode afetar qualquer órgão do corpo — mais comumente pulmões, fígado, ossos, cérebro e pele. A maior parte das metástases cutâneas ocorre na região da cirurgia mamária; as metástases de couro cabeludo também são comuns. O câncer de mama metastático frequentemente surge anos ou décadas após o diagnóstico e o tratamento inicial. (A. dos SANTOS et al.,2018)
*Receptores hormonais
Os receptores de estrogênio e progesterona, presentes em alguns cânceres de mama, são receptores nucleares de hormônios que promovema replicação do DNA e a divisão celular quando estão ligados aos hormônios apropriados. Assim, os fármacos que bloqueiam esses receptores podem ser úteis no tratamento de tumores que tenham esses receptores positivos. Cerca de dois terços das pacientes na pós-menopausa com câncer apresentam tumor positivo para o receptor de estrogênio (RE+). A incidência de tumores RE+ é mais baixa nas pacientes em pré-menopausa. (A. dos SANTOS et al.,2018)
Outro receptor celular é a proteína do receptor do fator de crescimento epitelial humano 2 (HER2, também chamado HER2/neu ou ErbB2); sua presença está relacionada a um prognóstico reservado em qualquer estágio do câncer. Em cerca de 20% das pacientes com câncer de mama, os receptores de HER2 são superexpressos. Fármacos que bloqueiam esses receptores são parte do tratamento padrão para essas pacientes. (A. dos SANTOS et al.,2018)
 
Classificação - tipos:
O câncer de mama pode se apresentar de diversas maneiras, ele não é igual de um paciente para outro, cada caso é influenciado por uma série de características. Por causa dessas variações, cada paciente com câncer de mama terá uma estratégia de tratamento diferente e adequada para o seu caso. Muitas dessas informações estão no resultado da biópsia, conhecido como laudo anatomopatológico. A classificação do câncer de mama depende, entre outros fatores, de onde ele se originou, de sua extensão, de seu potencial de avanço, da presença ou não de receptores hormonais, que fazem com que determinado hormônio (estrogênio e/ou progesterona) potencialmente estimule o crescimento do tumor, e da expressividade ou não da proteína HER2, que estimula o processo de divisão celular. (FEMAMA,2019)
Tipos histológicos:
*Carcinoma Ductal In Situ: afeta os ductos da mama, que são os canais que levam o leite. Esse tipo de câncer de mama não atinge outros tecidos. Entretanto, pode haver mais de um foco desse câncer dentro da mesma mama. Pode existir a presença de receptores hormonais e tem potencial para se transformar em invasivo. É o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo.
*Carcinoma Ductal Invasivo: caracteriza-se por iniciar-se nos ductos de leite, rompendo esses ductos e se desenvolvendo nos tecidos próximos. Esse câncer pode crescer localmente ou atingir outros órgãos do corpo, sendo conduzido através de veias e/ou vasos linfáticos. Possui pelo menos um receptor hormonal na superfície das suas células. Representa entre 65 a 85% dos casos de câncer de mama invasivo.
*Carcinoma Lobular In Situ: é originário nos lóbulos da mama (glândulas produtoras de leite) e não atinge outros tecidos adjacentes, não rompendo suas paredes. Pode ser multifocal, quando há outros focos dentro da mesma mama. Representa apenas de 2 a 6% dos casos.
*Carcinoma Lobular Invasivo: nasce também nos lóbulos mamários, podendo atingir outros tecidos. Nesse caso, o tumor também pode se desenvolver localmente ou atingir outros órgãos. Possui receptores de estrogênio e progesterona em suas células, mas não expressa a proteína HER2. É o segundo tipo de câncer de mama mais incidente.
*Carcinoma inflamatório: ocorre quando os ductos linfáticos que existem na pele sobre o tecido mamário são bloqueadas pelas células tumorais. O sistema linfático ajuda na defesa do corpo contra infecções e inflamações e, uma vez obstruído, desenvolve uma reação em cadeira ocasionando a inflamação da mama. Pouco frequente, representa apenas de 1 a 3% dos casos.
* Doença de Paget: bastante raros, ocorre entre 0,5% a 4% dos casos de câncer de mama, começando no ducto mamário, atingindo a pele do mamilo e a aréola. Pode ser assintomático ou também apresentar crostas e inflamações
no mamilo.
* Tumor Filoide: muito raro, se desenvolve no tecido conjuntivo da mama (estroma), ao contrário dos demais, que se desenvolvem nos ductos ou lóbulos.
* Angiosarcoma: este começa nas células que revestem os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos, raramente ocorrendo na mama.
Classificação molecular:
Define a presença, nas células do tumor, de proteínas chamadas receptores hormonais (estrogênio e/ou progesterona) e de proteína HER2 em grande quantidade. (FEMAMA,2019)
* Luminal A: tumores que apresentam receptores de estrogênio e progesterona positivos (ou seja, há muitos receptores hormonais presentes), não apresentam a expressão da proteína HER2 (HER2 negativo) e possuem crescimento mais lento das células.
* Luminal B: também possuem receptores estrogênio e/ou progesterona positivos, não expressam a proteína HER2 (HER2 negativo) e apresentam um nível mais acelerado de proliferação celular.
* HER2: não apresentam expressão dos receptores hormonais (receptores hormonais negativos), mas têm a expressão da proteína HER2 (HER2 positivo).
* Triplo Negativo: não possuem nem expressão hormonal, nem a proteína HER2, sendo negativo, portanto, para estrogênio, progesterona e HER2. Ocorrem com mais frequência em mulheres jovens e em mulheres negras.
Sintomatologia:
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas: (INCA,2020)
* Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher.
* Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
* Alterações no bico do peito (mamilo).
* Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
* Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados e avaliado o risco por um médico especialista para que seja proposto o melhor tratamento para o câncer. É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias. Em caso de permanecerem as alterações, elas devem procurar logo os serviços de saúde para avaliação diagnóstica. A melhor prevenção relação à saúde das mamas é de fundamental importância a atenção das mulheres para a detecção precoce desses sinais e sintomas do câncer da mama.
Diagnóstico:
Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico. (INCA,2020)
Complicações:
O câncer de mama, quando diagnosticado cedo, aumenta suas chances de cura e evita que o câncer invada outros tecidos e órgãos. Uma grave complicação do câncer de mama é a sua capacidade de invadir outros órgãos, ocasionando crescimento tumoral em diversas partes do corpo, como pulmões, rins, fígado, cérebro e ossos. A hipercalcemia é a maior complicação metabólica do câncer de mama, estando normalmente relacionada à presença de metástase óssea (cerca de 80% das pacientes evoluem para metástase óssea). No quadro de hipercalcemia, o paciente apresenta fadiga, náusea, vômitos, constipação, cefaleia, poliúria (necessidade de urinar muitas vezes ao dia) e desidratação. Quando não tratada, o paciente pode ainda apresentar confusão mental, sonolência e coma. Metástase cerebral também é uma das complicações do câncer de mama, que atinge de 5,9 a 39% dos casos. Nesse caso, o paciente pode apresentar aumento da pressão intracraniana e cefaleia. A compressão medular também pode ser decorrente da metástase cerebral do câncer de mama. Nesse caso, os principais sintomas são dor, fraqueza, disfunção autônoma e diminuição da sensibilidade. A metástase leptomeníngea (que atinge as meninges) é mais frequente no carcinoma lobular e os pacientes podem reclamar de cefaleia, diplopia(visão dupla), deficiência auditiva, fraqueza de membros etc. Outras complicações das metástases do câncer de mama incluem derrame pleural neoplásico, linfagite carcinomatosa (quando a metástase é torácica) e linfedema de braço (obstrução da circulação linfática que causa tumefação de algum órgão). (ONCOGUIA,2015).
Tratamento:
Para o tratamento de câncer de mama, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. A lei nº 12.732, de 2012, estabelece que o paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) é o órgão do Ministério da Saúde responsável pelo tratamento oncológico por meio do Sistema Único de Saúde. O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida;
O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, as características biológicas do tumor e as condições da paciente (idade, se já passou ou não pela menopausa, doenças preexistentes e preferências).
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
* Tratamento local: cirurgia e radioterapia.
* Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Estádios I e II
A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama é a cirurgia, que pode ser conservadora (retirada apenas do tumor) ou mastectomia (retirada da mama) parcial ou total, seguida ou não de reconstrução mamária. Após a cirurgia, tratamento complementar com radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre considerada nos casos de retirada da mama para minimizar os danos físicos e emocionais do tratamento. O tratamento sistêmico, após o tratamento local, será indicado de acordo com a avaliação de risco de a doença retornar (recorrência ou recidiva) e considera a idade da paciente, o tamanho e o tipo do tumor e se há comprometimento dos linfonodos axilares. A mensuração (medição) dos receptores hormonais (receptor de estrogênio e progesterona) do tumor, por meio do exame de imuno-histoquímica, é fundamental para saber se a hormonioterapia pode ser indicada (tratamento de uso prolongado em forma de comprimidos para diminuir a produção dos hormônios femininos do organismo). A informação sobre a presença do HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2) também é obtida por meio desse exame e poderá indicar a necessidade de terapia biológica anti-HER-2.Para alguns pacientes com tumores medindo entre 2,1cm e 5cm com comprometimento dos linfonodos axilares, embora sejam entendidas como estadiamento II, pode ser considerado iniciar o tratamento por terapias sistêmicas (quimioterapia) dependendo da imuno-histoquímica (o chamado down stage [redução de estágio]. Essa decisão individualizada permite que pacientes que seriam submetidas à retirada da mama e dos linfonodos axilares possam, eventualmente, ter essas áreas preservadas.
Estádio III
Pacientes com tumores maiores que 5cm, porém ainda localizados, enquadram-se no estádio III. Nessa situação, o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com quimioterapia) é a opção inicial. Após a redução do tumor promovida pela quimioterapia, segue-se com o tratamento local (cirurgia e radioterapia).
Estádio IV
Nessa fase, em que já há metástase (o câncer se espalhou para outros órgãos) é fundamental buscar o equilíbrio entre o controle da doença e o possível aumento da sobrevida, levando-se em consideração os potenciais efeitos colaterais do tratamento. A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico.
 Assistência de enfermagem
Preventiva.
 Descrição do estudo de caso:
Paciente T.B.S comparece a UBS do Morro do Algodão para realização do exame de físico das mamas e coleta citopatológico do colo do útero. 22 anos de idade, menarca em 2013, início da atividade sexual em 2013, Gestações 0 e Abortos 0, DUM: 30/01/2020, não faz uso de Método Anticoncepcional e hormônio, relata vida sexual ativa, nega a presença de dor ao ter relação sexual, ausência de sangramento durante ou após a relação sexual. Queixa-se que no momento não apresenta corrimento, porém a 5 meses atrás relatou a presença de prurido e corrimento a mesma referiu ter feito o auto tratamento através de pesquisas na internet. Nega antecedentes patológicos pessoais e familiares, relata nunca ter feito cirurgia ginecológica e mamografia, não faz uso de nenhum medicamento. Alega que sua última coleta de citopatológico foi a 1 ano e não sabe o resultado. Ao exame físico: feito a inspeção estática ou dinâmica, mamas médias, simétricas, aréolas centralizadas, mamilos profusos, ausência de descarga papilar espontânea, pele integra, sem estrias, ausência de retrações ou abaulamentos, movimentos simultâneos das mamas, à palpação clavicular, axilar com ausência de nódulos, palpação mamaria com presença de nódulo, em mama esquerda no QII as 8 horas, aproximadamente 2 cm, redondo, doloroso a palpação, abaixo da aréola. Ao exame especular: vulva e períneo sem anormalidades, colo do útero róseo sem lesões aparentes, leucorreia moderada com aspecto esbranquiçado e espesso de aparência leitosa. Conduta: Orientar quanto ao exame anual das mamas e a periodicidade do exame citopatológico sedo uma vez por ano e, após 2 exames anuais consecutivos negativos, a cada 3 anos; foi solicitado USG Mamária.
Diagnósticos de enfermagem:
1º Conhecimento deficiente relacionado a conhecimento insuficiente sobre recursos, caracterizado por seguimento de instruções inadequado. 
Pág. 255, NANDA 2018-2020 impresso.
Planejamento:
Objetivos - melhora do paciente através do alcance da compreensão transmitida sobre causas, prevenções e detecção precoce do câncer e outras patologias ginecológica através do exame de rotina.
Resultado Esperado - alcance da compreensão transmitida sobre causas, prevenções e detecção precoce do câncer e outras patologias ginecológica através do exame de rotina. (Tempo necessário de 15 minutos)
Prescrição de Enfermagem;
Avaliação da saúde e identificação dos riscos. (enfermagem)
Ensino em saúde sobre o processo da doença/ possíveis tratamentos. (enfermagem)
Orientação quanto o sistema de saúde e a importância da periodicidade dos exames de rotina. (enfermagem)
Aconselhamento nutricional. (enfermagem) 
Promoção de hábitos de práticas de atividades físicas a cada dois dias da semana. (enfermagem)
2º Comportamento de saúde propenso a risco relacionado a ansiedade social, caracterizada por falha em agir de forma a prevenir problemas de saúde. 
Pág. 143, NANDA 2018-2020 impresso.
Planejamento:
Objetivos - A melhora do paciente referente a percepção nas ações pessoais para prevenir, eliminar ou reduzir ameaças à saúde, passíveis de modificações.
Melhora nas ações autoiniciadas para promover bem-estar, recuperação e reabilitação excelentes
Resultado Esperado: O paciência melhorara a percepção nas ações pessoais para prevenir, eliminar ou reduzir ameaças à saúde, passíveis de modificações. Ações autoiniciadas para promover bem-estar, recuperação e reabilitação excelentes. (Tempo necessário 15 minutos)
Prescrição de Enfermagem:
Estabelecimento de metas mútuas - contrato com o paciente; (enfermagem-paciente)
Modificação do comportamento, esclarecendo, aconselhando e apoiando nas decisões para melhorado quadro clínico. (enfermagem-paciente)
Orientação quanto ao sistema de saúde, através dele a identificação do risco. (enfermagem)
Utilização da educação em saúde, através de palestra e cartilhas assim melhorando a disposição para o aprender. (equipe multidisciplinar)
Orientar sobre o exame mamas, procedimentos/ e possíveis tratamentos. (enfermagem)
3º Risco de infecção relacionado ao conhecimento insuficiente para evitar exposição a patógenos, condições associadas a alteração no pH das secreções. 
Pág. 374, NANDA 2018-2020 impresso.
Planejamento:
Objetivos - Melhora do paciente através do alcance da compreensão transmitida sobre infecção seu tratamento e a prevenção de complicações, utilizando os recursos do sistema de saúde. Melhora do estado imunológico.
Resultado Esperado: Alcance da compreensão transmitida sobre infecção seu tratamento e a prevenção de complicações, utilizando os recursos do sistema de saúde. (Tempo necessário 20 minutos) Paciente melhorara seu estado imunológico em 7 dias.
Prescrição de Enfermagem:
Orientar quanto ao sistema de saúde e a importância dos exames de rotina. (enfermagem)
Orientar quanto o perigo da automedicação e orientar os riscos que isso pode trazer. (enfermagem)
Controle da imunização/vacinação. (enfermagem)
Ensino do sexo seguro. (enfermagem)
Promover uma terapia nutricional para aumentar a imunidade. (enfermagem)
Orientar quanto a higiene pessoal e íntima. (enfermagem)
CONCLUSÃO:
O câncer de mama é o tipo de neoplasia que mais causa mortes entre mulheres em nosso país. Entretanto, quando diagnosticado e tratado de forma precoce, suas chances de cura são bastante consideráveis, reduzindo drasticamente os riscos de sequelas, tanto físicas quanto emocionais.
Os profissionais de Enfermagem devem conscientizar da necessidade da educação continuada e aprimoramento científico acerca da assistência ao paciente e a família. Desenvolvendo competências e habilidades para com uma assistência integral e humanizada com o paciente, assim como ações de prevenção, informando e detectando riscos à saúde e integralidade da cliente como ser humano. Sendo assim, é necessário que haja ampliação de conhecimento voltado para informações sobre o câncer de mama e as patologias ginecológicas, desta forma esclarecendo a importância do tratamento e a periodicidade dos exames, oferecendo qualidade de vida, atendimento humanizado, norteando sua assistência ao paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BARROS, L. B. L., et al. Diagnósticos de enfermagem da NANDA. – definições e classificações 2018-2020. 11 ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DE APOIO À SAÚDE DA MAMA – FEMAMA. Tipos de tratamento para câncer de mama. Disponível em: <https://www.femama.org.br/2018/br/noticia/tipos-de-tratamento-para-cancer-de-mama?t=1586647949>. Acesso em: 17 de mar. de 2020.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Câncer de mama. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama>. Acesso em: 10 de Mar. de 2020.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Conceito e magnitude do câncer de mama. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude>. Acesso em: 10 de Mar. de 2020.
INSTITUTO ONCOGUIA. Lidando com os efeitos colaterais do tratamento do câncer de mama. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/lidando-com-os-efeitos-colaterais-do-tratamento-do-cancer-de-mama/8643/69/>. Acesso em: 17 de mar. de 2020.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Câncer de mama: sintomas, tratamentos, causas e prevenção. Disponível em: <https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/cancer-de-mama>. Acesso em: 15 de mar. de 2020.
SANTOS, T. A. Fisiopatologia do câncer de mama e os fatores relacionados. Revista saúde em foco. Ed. 10. 2018. Disponível em <http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/048_FISIOPATOLOGIA-DO-C%C3%82NCER-DE-MAMA-E-OS-FATORES.pdf >. Acesso em: 15 de mar. de 2020.
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