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20/02/2020 1 Nutricionista MSc. Janaina de Arruda Santos Contaminantes alimentares biológicos: MICRORGANISMOS AULA 02 IBMR, Rio de Janeiro/RJ 2020.1 CONTAMINANTES BIOLÓGICOS FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS 20/02/2020 2 CONTAMINANTES BIOLÓGICOS MICRORGANISMOS São seres muito pequenos que não podem ser vistos a olho nu. DESAFIO NA PRÁTICA SENSIBILIZAR AS PESSOAS QUANTO À PRESENÇA DESTES SERES! CONTAMINANTES BIOLÓGICOS MICRORGANISMOS Definição: são seres formados por apenas uma célula e que têm vida própria, exceto o vírus. Existem no mundo diversos tipos de microrganismos, cada espécie com características biológicas diferentes, ou seja, diferentes em formato, tamanho, assim como na capacidade de pôr em risco a saúde do homem em maior ou menor grau. Presença: Pode ser detectada por alterações nos alimentos como odores estranhos, geração de gases em embalagens fechadas (estufamento), alterações de cor e sabor, mas também pode ser imperceptível dependendo do tipo de microrganismo, necessitando de análises químicas e microbiológicas. 20/02/2020 3 CONTAMINANTES BIOLÓGICOS TIPOS DE MICRORGANISMOS FUNGOS VÍRUS BACTÉRIAS VÍRUS • Os vírus são os menores contaminantes microbianos que existem; • Não possuem vida própria, são parasitas intracelulares obrigatórios, necessitam de um hospedeiro vivo para se multiplicar, normalmente encontram-se no trato intestinal das pessoas e animais e em água contaminada; • Não conseguem se multiplicar em alimentos; • A contaminação se dá pela ingestão de água ou alimento contaminado, pelo ar, ou junto a pessoas doentes, por meio do contato direto, ou da manipulação de alimentos • Em geral, contaminam qualquer tipo de alimento devido a práticas inadequadas durante a manipulação de alimentos, especialmente devido à higiene pessoal insatisfatória e utilização de água contaminada. • São causadores de DTA’s como, por exemplo, hepatite A e gastroenterite por rotavírus. 20/02/2020 4 FUNGOS • Possuem vida própria. • São divididos em leveduras e bolores. • Encontrados no meio ambiente e no homem. • Multiplicam-se em alimentos secos, frescos e com maiores quantidades de açúcar. • Alguns fungos também são produtores de toxinas alergênicas ou cancerígenas. • Multiplicação ótima em atividade da água > 0,65 e pH entre 2,5 a 9,5. • Sob condições controladas, são utilizados na fabricação de alimentos e bebidas, como queijos (gorgonzola, brie, roquefort), vinhos, cervejas, dentre outros. FUNGOS • Multiplicam-se nos alimentos e podem ser vistos a olho nu quando estão reunidos em colônias. • Têm aspecto esponjoso e podem aparecer sob várias cores (preto, cinza, verde, branco), sendo frequentemente encontrados em frutas, verduras, pães e queijos. A melhor forma de prevenir doenças causadas por esses microrganismos é descartar alimentos que apresentam bolor indesejado. 20/02/2020 5 FUNGOS DOCE NÃO ESTRAGA, É CHEIO DE AÇÚCAR! FUNGOS - DETERIORANTES BOLORES DE INTERESSE EM ALIMENTOS LEVEDURAS DE INTERESSE EM ALIMENTOS Alternaria Tomates, pimentões, maçãs, frutas cítricas Candida Carne bovina fresca e carnes de aves, frutas, vegetais, laticínios, bebidas alcoólicas e refrigerantes Aureobasidium Camarões, carnes, frutas, vegetais Cryptococcus Frutas, pescados, camarão, carne bovina, refrigerantes, vinhos, grãos de cereaisBotrytis Aspecto cinza em maçãs, peras, morangos e frutas cítricas Cladosporium Vegetais, frutas, manteiga, margarina e carnes Debaromyces Formam película na superfície de alimentos salgados ou mantidos em salmourasClaviceps Grãos de cereais Fusarium Frutas cítricas, abacaxi e figo Pichia Cervejas, vinhos, laticínios e frutas Monilia Frutas Neurospora Pães Rhizopus Vegetais 20/02/2020 6 BACTÉRIAS • Aeróbias: necessitam de gás oxigênio (O2) para sobreviver; • Anaeróbias: não necessitam de O2; • Anaeróbias facultativas: conseguem viver tanto na presença quanto na ausência de O2. • Preferem alimentos ricos em proteínas (carne em geral, ovos, leites, queijos, etc). • São as principais causadoras de DTA’s, suas formas são: bacilos, cocos, espirilos. • Reprodução é por divisão binária com pequeno tempo de geração. • Desenvolvem-se melhor em ambientes úmidos, alimentos ricos em proteínas e pouco ácidos (pH 4,5-8,0). • Algumas bactérias produzem algumas toxinas em decorrência do seu metabolismo. • Podem ser encontradas nos alimentos, intestino, trato genital, boca, nariz, mãos, meio ambiente, etc. 20/02/2020 7 MICRORGANISMOS ONDE ENCONTRAMOS? MICRORGANISMOS ONDE ENCONTRAMOS? 20/02/2020 8 MICRORGANISMOS ONDE ENCONTRAMOS? Descarga de vaso Maçaneta Assento de vaso Telefone celular MICRORGANISMOS ONDE ENCONTRAMOS? 20/02/2020 9 MICRORGANISMOS ONDE ENCONTRAMOS? MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS MICRORGANISMOS É a parte da microbiologia que trata dos processos em que os microrganismos influenciam nas características dos gêneros alimentícios de consumo humano e de outros animais. As atividades microbianas podem ter consequências desejáveis ou indesejáveis e o estudo da microbiologia é necessário no geral para as indústrias de alimentos, serviços de alimentação, universidades, órgãos fiscalizadores, laboratórios, etc. 20/02/2020 10 MICRORGANISMOS TIPOS BENÉFICOS MALÉFICOS Deteriorantes e patogênicos MICRORGANISMOS BENÉFICOS MICRORGANISMOS PRODUTORES Produzem novos produtos de interesse para a indústria alimentícia. Quando colocados em determinados alimentos ou bebidas transformam e modificam sua função sem causar doença: ALIMENTOS LEITE ..................... BACTÉRIAS ............... IOGURTE IOGURTE ............... BACTÉRIAS .................. QUEIJO CARNE ................... BACTÉRIAS ........ MATURAÇÃO MASSA .................. LEVEDURAS ....................... PÃO BEBIDAS UVA/SUCO ............ LEVEDURAS ................... VINHO VINHO ................... BACTÉRIAS ............... VINAGRE ARROZ .................. LEVEDURAS .................. SAQUÊ MALTE ................... LEVEDURAS ................ CERVEJA 20/02/2020 11 MICRORGANISMOS BENÉFICOS MICRORGANISMOS PRODUTORES ALIMENTO MATÉRIA PRIMA PRINCIPAL MICRORGANISMO Picles Pepinos Lactobacillus spp., Pediococcus spp. Leite fermentado Leite L. acidophilus Pão Farinha Saccharomyces cerevisiae Ricota Leite pasteurizado L. bulgaricus Kefir Leite fresco Streptococcus spp., Lactobacillus spp., Leuconostoc, Acetobacter Iogurte Leite pasteurizado L. bulgaricus, S. thermophilus Shoyu Arroz, Soja L. delbrueckii, Aspergillus oryzae, Sacharomyces rouxii Queijos Leite S. lactis, S. cremoris, L. citrovorum, L. dextranicum, outros Cerveja Grãos de cereais Saccharomyces spp. Vinho Suco de uva Saccharomyces cerevisiae, Sacch. champagnii Salames e salsichas curadas Porco/Gado Pediococcus cerevisiae Presunto curado Porco Aspergillus, Penicillium BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS DETERIORANTES São os microrganismos que alteram as características sensoriais dos alimentos, tornando inaceitável para o consumo humano, e causam perdas econômicas importantes. Agentes causadores: bactérias, fungos e leveduras; *Aproximadamente 30% das frutas e dos vegetais coletados são perdidos por deterioração microbiana! 20/02/2020 12 BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS DETERIORANTES A característica da deterioração depende do tipo de alimento, microrganismo envolvido e número de microrganismos presentes. Putrefação: alimentos proteicos + microrganismos proteolíticos. Azedamento e coagulação: leite + bactérias lácticas. Fermentação: alimentos ricos em CHO + microrganismos sacarolíticos. Rancidez: alimentos gordurosos + microrganismos lipolíticos. BACTÉRIAS MALÉFICOS 20/02/2020 13 BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS INDICADORES Avaliam a qualidade sanitária dos alimentos. Presença: Podem indicar contaminação de origem fecal, provável presença de patógeno ou microrganismo deteriorante, além de indicar condições inadequadas dehigiene na produção. Exemplos: Coliformes totais Engloba bactérias pertencentes aos gêneros Escherichia, Enterobacter, Citrobacter e Klebsiella e destes apenas a Escherichia coli tem como habitat primário o trato intestinal do homem e animais, os outros também estão presentes no solo, vegetais e outros ambientes, logo são indicadores de higiene ambiental. BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS INDICADORES Coliformes fecais – termo tolerantes Pertence ao grupo de coliformes totais e apresentam a capacidade de continuar fermentando lactose com produção de gás quando encubadas em temperaturas de 44-45°C. A pesquisa de coliformes termo tolerantes fornece com maior segurança informações sobre condições higiênicas e eventual presença de patógenos oriundos do trato intestinal. Envolve Escherichia coli, Enterobacter e Klebsiella. 20/02/2020 14 BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS INDICADORES Escherichia coli Em alimentos vegetais frescos o único indicador válido de contaminação fecal é a Escherichia coli, pois os outros indicadores são encontrados normalmente neste tipo de alimento. Em alimentos frescos de origem animal a ocorrência de números elevados pode indicar manipulação sem cuidados higiênicos e/ou armazenamento inadequado. BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS INDICADORES E. coli Coliformes termotolerantes Coliformes totais 20/02/2020 15 BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS INDICADORES – OUTROS Enterococos Algumas restrições de uso como indicador pois também são encontrados em ambientes diferentes do trato intestinal. Contagem em placas de bactérias aeróbias mesófilas (20 a 40°C) Indica má qualidade sanitária, significa que em algum momento houve condições para a multiplicação de microrganismos patogênicos. Contagem de bactérias psicrotróficas (= ou < 7°C) e termófilas (alta T°C) Avaliam o grau de deterioração de alimentos refrigerados ou submetidos a tratamento térmico. BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS INDICADORES – OUTROS Contagem de bactérias anaeróbias Indica que houve condições favoráveis para a multiplicação de microrganismos patogênicos anaeróbios, como Clostridium botulinum e Clostridium perfringens. Contagem de bolores e leveduras A presença destes microrganismos pode ser um perigo à saúde pública devido à produção de micotoxinas por bolores. Estafilococos aureus A presença em números elevados é uma indicação de perigo potencial devido à enterotoxina estafilocócica, e revela processos de higiene inadequados quando envolve manipulação de alimentos. 20/02/2020 16 BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS Responsáveis por casos e surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA’s). Certos microrganismos patogênicos são potencialmente transmissíveis através dos alimentos. As doenças podem ter sintomas gastrointestinais, e até darem lugar a quadros mais extensos como sepses. Podem ser casos isolados ou podem estar associadas a surtos epidêmicos. BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS – INTERFEREM NA PATOGENICIDADE Agressividade: Presença de microrganismos suficiente para causar agressão ao epitélio provocando infecção e manifestando sintomas: febre, dor, inflamação, etc. Toxicidade: Capacidade de produção de toxinas em alimentos ou no organismo humano, que causa por consequência a intoxicação alimentar. Hipersensibilidade: Microrganismo ao penetrar em nosso organismo estimula a resposta imunológica e a reação do nosso sistema imunológico está relacionada à patogenicidade do agente. 20/02/2020 17 BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS – INTERFEREM NA PATOGENICIDADE Estado de saúde geral do indivíduo Pessoas debilitadas, em recuperação ou sob medicação Idosos Crianças Gestantes BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS FORMAS DE TRANSMISSÃO PARA ALIMENTOS DIRETA Contaminação direta pelo homem, através de contato ou de material expelido. Mais importantes pontos de transmissão: Fezes; Nariz; Boca; Mãos; Secreções vaginais; Urina; Ferimentos. 20/02/2020 18 BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS FORMAS DE TRANSMISSÃO PARA ALIMENTOS INDIRETA Também através de material humano, porém quando é veiculado por vetores. Pode levar microrganismos até os alimentos, ou, até utensílios, pisos, paredes, etc. Moscas; Baratas; Formigas; Ratos. BACTÉRIAS MALÉFICOS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS FORMAS DE TRANSMISSÃO PARA ALIMENTOS AMBIENTAL Através de material animal que contamina superfícies, equipamentos e utensílios, e desta forma a contaminação ocorre quando o alimento tem contato com estas superfícies. Através de material animal contaminando diretamente o alimento; Quando os microrganismos patogênicos já estão no alimento antes que seja colhido e transportado – em geral os que são presentes no solo e na água. 20/02/2020 19 BACTÉRIAS PRINCIPAIS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS ENCONTRADOS EM ALIMENTOS BACTÉRIAS PREDOMINÂNCIA Coliformes totais Enterobacter sp., Klebsiella sp., Citrobacter sp. Fezes de homem e animais, vegetais, solo e águas residuais. Escherichia. coli Fezes de homens e animais. Enterobactérias | Ex.: Salmonella sp., Shigella sp. Fezes de homens e animais, vegetais e água. Bacilos Ex.: Pseudonomas sp., Aeromonas sp. Vegetais, solo, água, frutas, leite. Streptococcus sp. Fezes de homens e animais, ambientes em geral, região bucal, região faríngea. Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Região nasal. Região da pele e ambiente. Bacillus | Ex.: Bacillus cereus Cereais, grãos, farinhas, ambientes em geral Clostridium perfringens Clostridium botulinum Solo, água, vegetais, fezes do homem e animais Listeria monocytogenes Água, leite, esgotos, fezes do homem e animais. Vibrio parahaemolyticus Peixes, mariscos e animais aquáticos Campylobacter jejuni e outras Aves (carcaças), leite, carne suína. Shigella Fezes humanas BACTÉRIAS PRINCIPAIS MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS ENCONTRADOS EM ALIMENTOS VÍRUS PREDOMINÂNCIA Rotavírus Homem. Hepatite A Homem, mariscos, frutas e verduras cruas. FUNGOS PREDOMINÂNCIA Bolores Penicillium sp Ambiente. Alternaria sp Ambiente. Rhizopus sp Ambiente e pão. Fuzarium sp Vegetais. Aspergillus niger Ambiente. Aspergillus flavus Amendoim, castanhas, nozes Leveduras Candida sp, Rhodoturula sp, Torulopsis sp Micoses da pele e mucosa, e ambiente e geral 20/02/2020 20 BACTÉRIAS INFECÇÃO INTOXICAÇÃO DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS CATEGORIAS DE DOENÇAS • INFECÇÕES Quando há ingestão de alimentos contaminado pelo próprio microrganismo patogênico que possui a capacidade de se desenvolver e multiplicar no trato gastrointestinal. • INTOXICAÇÕES Consequência da ingestão de alimentos contendo toxinas, fatores antinutricionais, metais pesados e substâncias químicas tóxicas. A toxina dos alimentos pode ter sido gerada por bactérias produtoras de toxinas que permaneceram em temperaturas e condições favoráveis à sua produção, como Staphylococcus aureus (enterotoxina) e Clostridium botulinum (toxina M). 20/02/2020 21 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Entre os produtos que mais provocam DTA’s estão: VÍDEO 01 DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Locais de maior ocorrência de DTA’s: 20/02/2020 22 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES SALMONELLA Características Bacilo, anaeróbio facultativo, a maioria é móvel através de flagelos peritríquios. Espécies mais importantes S. Typhimurium (maiores incidências), S. enteritidis e S. Newport Temperatura ideal de multiplicação 35-37 °C Fontes e disseminação Trato intestinal do homem e de animais doentes ou portadores, águas contaminadas, interior de ovos. Origem da infecção Ingestão de alimentos contaminados. Período de incubação Período de incubação de 12 a 36 horas. Duração dos sintomas 1 a 4 dias PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES SALMONELLA Sintomas de infecção Náusea, vômito, dores abdominais com diarreia, podendo haver febre ou não. Alimentos envolvidos Produtos de origem animal,produtos que tenham ovo na composição, creme de ovos, leite, queijos, qualquer alimento manipulado com pouca higiene. Medidas preventivas e controle • Aquecer o alimento a temperaturas acima de 60°C e manter os frios abaixo de 5°C. • Prevenir contaminação cruzada. 20/02/2020 23 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES SHIGELLA Características Cocobacilo. Espécies mais importantes Quatro espécies tem sido relacionadas a disenteria bacilar no homem: S. dysenteriae, S. boydii, S. flexneri e S. sonnei Temperatura ideal de multiplicação 10 a 40°C, com T°C ótima de 37°C. Toleram 5 a 6% de sal e são termosensíveis. Fontes e disseminação Exclusivamente de origem humana. Origem da infecção Ingestão de alimentos contaminados. Período de incubação 24 horas a 7 dias. Duração dos sintomas 3 a 7 dias. PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES SHIGELLA Sintomas de infecção Disenteria (dor abdominal, fezes com muco, pus e sangue). Alimentos envolvidos Leite e água contaminados via mãos, moscas. Medidas preventivas e controle • Higiene pessoal e educação de manipuladores de alimentos. 20/02/2020 24 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES CAMPYLOBACTER Características Bacilos curvos, espiralados, muito finos e compridos, móveis com um único flagelo. Requer pouco oxigênio. Espécies mais importantes C. jejuni, C. coli e C. lari Temperatura ideal de multiplicação 30°C a 47°C, com temperatura ótima de 42°C. Fontes e disseminação Conteúdo intestinal de gado, ovelhas, cachorros e aves. Origem da infecção Ingestão de alimentos contaminados. Período de incubação 2 a 10 dias. Duração dos sintomas 1 semana. PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES CAMPYLOBACTER Sintomas de infecção Diarreia explosiva com dor abdominal intensa. Mais raramente muco e sangue nas fezes, edema e congestão da mucosa intestinal. Pode ocorrer febre. Enterites agudas numa escala comparável a salmoneloses. Alimentos envolvidos Carne de aves (crua ou mal cozida) produtos lácteos, carne de porco. Medidas preventivas e controle • Tratamento térmico (rapidamente destruída pelo calor – 60°C por 10 min); • Pasteurização; 20/02/2020 25 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES LISTERIA MONOCYTOGENES Características Bastonete curto, Gram-positivo, móvel, psicrotrófico, resiste ao aquecimento, sais e nitratos. Espécies mais importantes L. monocytogenes Temperatura de multiplicação 2,5°C a 44°C | Melhor desempenho até 7°C Fontes e disseminação No gado a Listeria causa aborto e mastite, sendo que os animais infectados podem transmiti-la ao leite; ovelhas e galinhas também são reservatórios e podem conter o microrganismo. Solo, água, sedimentos marinhos e vegetais. Origem da infecção Ingestão de alimento contaminado Período de incubação 3 a 21 dias Duração dos sintomas Variado de acordo com os sintomas da infecção. PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES Sintomas de infecção A doença causa desde um leve resfriado, diarréia, febre e mal estar, até quadros mais graves como meningite, aborto e septicemia. Alimentos envolvidos Frutas e vegetais que serão ingeridos crus, leite cru ou mal pasteurizado, queijo principalmente os levemente curados, produtos cárneos, pescados crus, sorvetes, salsichas fermentadas cruas, entre outros Medidas preventivas e controle • Boas práticas de higiene • Tratamento térmico LISTERIA MONOCYTOGENES 20/02/2020 26 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES LISTERIA MONOCYTOGENES • MAIOR REGISTRO DE SURTOS – DÉCADA DE 80. • CANADÁ – SALADA DE REPOLHO. • 1983 – EUA – 49 PESSOAS E 29% DE MORTE – LEITE PASTEURIZADO. • 1985 – EUA – QUEIJO MOLE. • 1987 – SUÍÇA – QUEIJO MOLE – 122 CASOS E 31 MORTES. PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES 20/02/2020 27 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES ESCHERICHIA COLI Características Anaeróbio facultativo, não esporulado. Fontes e disseminação Água e alimentos, mão de manipulador. Origem da infecção Contaminação fecal. Linhagens patogênicas 1) EPEC – E. coli enteropatogênica clássica 2) EIEC – E. coli enteroinvasora 3) ETEC – E. coli enterotoxigênica 4) EHEC – E. coli enterro-hemorrágica 5) EAggEC – E. coli enteroagregativa 20/02/2020 28 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES Sintomas de infecção Diarréia no geral, mas é importante observar os sintomas de cada classe. Alimentos envolvidos Qualquer alimento exposto à contaminação fecal, alimentos mal cozidos. Medidas preventivas e controle • Higiene pessoal e na manipulação dos alimentos; • Prevenção à contaminação cruzada; • Tratamento térmico; • Lavagem das mãos. ESCHERICHIA COLI PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES ESCHERICHIA COLI CLASSES 1) EPEC – E. coli enteropatogênica clássica • Importante microrganismo causador de gastrenterites em crianças; • Recém-nascidos e lactentes são grupos mais sensíveis; • Diarréia acompanhada de dores abdominais, vômitos e febre; • Duração varia de 6 horas à 3 dias, com período de incubação entre 17 e 72 horas. 2) EIEC – E. coli enteroinvasora • Infecção possui sintomas semelhantes à Shigella; • Acomete mais adultos. • Disenteria, cólicas fortes, febre e mal-estar geral, com eliminação de sangue e muco nas fezes. • Período de incubação varia de 8 a 24 horas. 20/02/2020 29 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES ESCHERICHIA COLI CLASSES 3) ETEC – E. coli enterotoxigênica • Capazes de produzir enterotoxinas; • Diarréia aquosa, acompanhada de febre, dores abdominais e náuseas; • Pode durar várias semanas, levando à desidratação grave; • Atinge todas as faixas etárias; • É considerada um dos principais agentes da chamada “diarréia do viajante”. 4) EHEC – E. coli enterro-hemorrágica • Caracterizada por dores abdominais severas e diarréia aguda e sanguinolenta. • O período de incubação varia de 3 a 9 dias; • A duração dos sintomas varia de 2 a 9 dias. PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES ESCHERICHIA COLI CLASSES • O gado é um reservatório natural de EHEC, razão pela qual os alimentos de origem animal, principalmente a carne bovina, é o principal veículo deste patógeno. 5) EAggEC – E. coli enteroagregativa • A adesão desta classe ocorre principalmente no cólon, não sendo observada no íleo ou duodeno; • Está associada à casos crônicos de diarréia; • Não é muito associada à ocorrências em alimentos ou surtos. 20/02/2020 30 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2020/02/05/presenca-de-coliformes-e-confirmada-em- alimentos-apos-surto-de-intoxicacao-em-presidio-de-uberlandia.ghtml PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES STAPHILOCOCCUS AUREUS Características Anaeróbios facultativos, se desenvolvem melhor sob condições aeróbias. Espécies mais importantes Dezenove espécies fazem parte desse gênero, sendo de interesse na microbiologia de alimentos: S. aureus, S. hyicus, S. chromogens e S. intermedius Temperatura ideal de multiplicação 7,0 a 48,7°C – mesófilos. As enterotoxina são produzidas entre 10°C e 46°C. Fontes e disseminação Fossas nasais e garganta se propagando (in)diretamente para pele e feridas. Equipamentos, superfícies e utensílios. Origem da intoxicação Contaminação pelo manipulador, seguida pela multiplicação da bactéria no alimento. Ingestão de alimentos contaminados com toxina estafilocóccica, as mesmas resistem à altas temperaturas, não é afetada pela exposição a uma temperatura de 100°C durante 30 minutos . Período de incubação 2 a 4 horas 20/02/2020 31 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES Duração dos sintomas Variam de acordo com a condição do indivíduo, quantidade de enteroxina e quantidade de alimento consumido. Sintomas de intoxicação Vômitos, sudorese, náuseas, cólicas abdominais muito dolorosas. Alimentos envolvidos Cremes, maionese, alimentos salgados cozidos manipulados (bacalhau, empadão, carnes da feijoada), bolos,salgadinhos, presuntos, etc. Medidas preventivas e controle • Evitar o preparo de alimentos com muita antecedência. • Realizar o resfriamento do alimento de maneira correta. • Manipuladores devem adotar as boas práticas de higiene. STAPHILOCOCCUS AUREUS PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES 20/02/2020 32 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES BACILLUS Características Bacilo Gram-positivo, esporulado, aeróbio. Espécies mais importantes Bacillus cereus Temperatura ideal de multiplicação Multiplica-se bem entre 10 a 48°C apresentando uma temperatura ótima entre 28 a 35°C. Fontes e disseminação Os esporos são encontrados no solo, na água, na superfície de grãos de cereais e dos vegetais. Origem da intoxicação Consumo de vegetais e grãos contaminados pelo bacilo ou pela toxina pré-formada. Período de incubação Síndrome diarréica: 1 a 16 horas Síndrome emética: 1 a 5 horas Duração dos sintomas Cerca de 24 horas PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES Sintomas de intoxicação Emético: vômito intenso, náuseas, raras diarréias, sem febre. Diarréico: fortes diarréias, náuseas, raros vômitos e sem febre. Alimentos envolvidos Arroz cozido ou frito guardado inadequadamente. Pudim, canjica, pratos com milho. Feijão cozido, sopas, molhos, empadão, bolos, cereais, farinhas e verduras. Medidas preventivas e controle • Processamento térmico e controle de temperatura (vapor sob pressão, fritura, T°C acima de 100°C); • Evitar preparar alimentos com muita antecedência. BACILLUS 20/02/2020 33 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES CLOSTRIDIUM BOTULINUM Características Bacilo Gram-positivo, esporulado, anaeróbio. Temperatura ideal de multiplicação 10°C a 50°C em geral. Fontes e disseminação Solo e água. São disseminados através do contato direto ou da poeira onde chegam aos pescados, vegetais e produtos de origem animal. Origem da intoxicação Ingestão de toxina pré-formada no alimento (neurotoxina termolábil). Período de incubação Entre 12 e 36 horas dependendo da quantidade de toxina ingerida. Duração dos sintomas Cerca de 8 horas, se o paciente sobreviver, convalescência lenta. PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES Sintomas de intoxicação A toxina botulínica é muito potente e após ingerida os sintomas são náuseas, vertigens, visão dupla, dificuldade de deglutir, paralisação da respiração e morte. Atinge o SNC. Alimentos envolvidos Conservas caseiras, alimentos enlatados, patês, pescado defumado, ensopados, palmito, mel e azeitona. Medidas preventivas e controle • Tratamento térmico (10 min. a 100°C), as neurotoxinas são termolábeis. CLOSTRIDIUM BOTULINUM 20/02/2020 34 PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES CLOSTRIDIUM BOTULINUM BOTULISMO • Descrito pela primeira vez em 1879, por Ermengen, na Bélgica. • Doença grave, de ocorrência súbita, causada pela neurotoxina do Clostridium botulinum. • Provoca paralisia, podendo levar à morte por parada cardiorrespiratória. A ação neurotóxica bloqueia a liberação do neurotransmissor nas junções neuromusculares. • Principal via de transmissão tem sido a alimentar, relacionada ao consumo de conservas preparadas inadequadamente. PRINCIPAIS INFECÇÕES E INTOXICAÇÕES ALIMENTARES VÍDEO 02 20/02/2020 35 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 Estabelece os Padrões Microbiológicos Sanitários para Alimentos e determina os critérios para a Conclusão e Interpretação dos Resultados das Análises Microbiológicas de Alimentos Destinados ao Consumo Humano. Se aplica aos alimentos destinados ao consumo humano. MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 CRITÉRIOS PARA O ESTABELECIMENTO DE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS SANITÁRIOS EM ALIMENTOS. Os critérios para estabelecimento de padrão microbiológico podem ser considerados isoladamente ou em conjunto conforme a seguir: 2.1. Caracterização dos microrganismos e ou suas toxinas considerados de interesse sanitário. 2.2. Classificação dos alimentos segundo o risco epidemiológico. 2.3. Métodos de análise que permitam a determinação dos microrganismos 2.4. Plano de Amostragem para a determinação do número e tamanho de unidades de amostras a serem analisadas. 2.5. Normas e padrões de organismos internacionalmente reconhecidos, Codex Alimentarius e outros organismos. Outros critérios, quando evidências científicas o justifiquem. 20/02/2020 36 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 5.PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES GERAIS 5.1. As metodologias para amostragem, colheita, acondicionamento, transporte e para análise microbiológica de amostras de produtos alimentícios devem obedecer ao disposto pelo Codex Alimentarius; "International Commission on Microbiological Specifications for Foods“ (I.C.M.S.F.); "Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods" e "Standard Methods for the Examination of Dairy Products" da American Public Health Association (APHA)"; "Bacteriological Analytical Manual" da Food and Drug Administration, editado por Association of Official Analytical Chemists (FDA/AOAC), em suas últimas edições e ou revisões, assim como outras metodologias internacionalmente reconhecidas. MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 5.PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES GERAIS 5.2. Deve-se proceder a colheita de amostras dos alimentos em suas embalagens originais não violadas, observando a quantidade mínima de 200g ou 200mL por unidade amostral. Quando se tratar de produtos a granel, ou de porções não embaladas na origem, deve-se cumprir as Boas Práticas de Colheita constantes nas referências do item 5.1., respeitando-se a quantidade mínima necessária. Aceitam-se exceções para os casos relacionados a elucidação de DTA, e de rastreamento de microrganismos patogênicos. No caso de investigação de DTA devem ser colhidas as sobras dos alimentos efetivamente consumidos pelo(s) afetado(s). 20/02/2020 37 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 5.PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES GERAIS 5.2.1. No caso de alimentos comercialmente estéreis, cada unidade da amostra indicativa deve ser composta de no mínimo 3 (três) unidades do mesmo lote, para fins analíticos. Da mesma forma, quando se tratar da aplicação do plano de amostragem estatística, deve-se efetuar a colheita de, no mínimo, 3 conjuntos de unidades amostrais. 5.3. Dispensa-se a colheita da amostra sempre que o produto estiver alterado e ou deteriorado. Entende-se por produto alterado ou deteriorado o que apresenta alteração(ões) e ou deterioração(ões) físicas, químicas e ou organolépticas, em decorrência da ação de microrganismo e ou por reações químicas e ou físicas. MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 5.PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES GERAIS 5.5. A amostra deve ser enviada ao laboratório devidamente identificada e em condições adequadas para análise, especificando as seguintes informações: a data, a hora da colheita, a temperatura (quando pertinente) no momento da colheita e transporte, o motivo da colheita, a finalidade e o tipo de análise, as condições da mesma no ponto da colheita e outros dados que possam auxiliar as atividades analíticas. 20/02/2020 38 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 ANEXO I - Padrões Microbiológicos Sanitários para Alimentos GUPO DE ALIMENTOS MICRORGANISMO Tolerância para amostra INDICATIVA Tolerância para Amostra Representativa n c m M 1 – FRUTAS, PRODUTOS DE FRUTAS e SIMILARESa) Morangos frescos e similares “in natura”, inteiras, selecionadas ou não. Coliformes a 45ºC/g 2x103 5 2 2x102 2x103 Salmonella sp/25g Aus 5 0 Aus - n: n° de unidades a serem colhidas do mesmo lote c: contagem aceitável de unidades entre os limites m e M m: valor de qualidade intermediária (ou mínimo aceitável) M: valor máximo aceitável MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 ANEXO I - Padrões Microbiológicos Sanitários para Alimentos 1 – FRUTAS, PRODUTOS DE FRUTAS e SIMILARES 2 – HORTALIÇAS, legumes e similares, incluindo COGUMELOS (fungos comestíveis) 3 – RAÍZES, TUBÉRCULOS e similares 4 – OUTROS PRODUTOS VEGETAIS 5 – CARNES E PRODUTOS CÁRNEOS 6 – OVOS e DERIVADOS 7 – PESCADOS E PRODUTOS DE PESCA 8 – LEITE DE BOVINOS E DE OUTROS MAMÍFEROS E DERIVADOS 9 – ALIMENTOS PROCESSADOS EM EMBALAGENS HERMÉTICAS, ESTÁVEIS A TEMPERATURA AMBIENTE, EXCEÇÃO LEITE E DERIVADOS UAT (UHT) 10 – FARINHAS, MASSAS ALIMENTÍCIAS, PRODUTOS PARA E DE PANIFICAÇÃO, (INDUSTRIALIZADOS E EMBALADOS) E SIMILARES 11 – AÇÚCARES, ADOÇANTES E SIMILARES 20/02/2020 39 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 ANEXO I - Padrões Microbiológicos Sanitários para Alimentos 12 – PRODUTOS A SEREM CONSUMIDOS APÓS ADIÇÃO DE LÍQUIDO, COM EMPREGO DE CALOR (min. 75ºC durante 20 segundos), excluindo os de base láctea e de chocolate (cacau e similares) 13 – PRODUTOS A SEREM CONSUMIDOS APÓS ADIÇÃO DE LÍQUIDO, SEM EMPREGO DE CALOR, excluindo os de base láctea 14 – PRODUTOS SÓLIDOS PRONTOS PARA O CONSUMO (PETISCOS E SIMILARES) 15 – ESPECIARIAS, TEMPEROS, CONDIMENTOS E MOLHOS PREPARADOS e similares 16 – MARGARINA, AZEITE VIRGEM, GORDURAS E CREMES VEGETAIS e SIMILARES 17 – SUCOS, REFRESCOS, REFRIGERANTES E OUTRAS BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS, excluindo os de base láctea e de chocolate (cacau e similares) 18 – PRODUTOS DE CONFEITARIA, LANCHONETE, PADARIAS E SIMILARES, doces e salgados - PRONTOS PARA CONSUMO 19 – CHOCOLATES, BALAS, PRODUTOS PARA CONFEITAR, GOMAS DE MASCAR E SIMILARES 20 – ALIMENTOS EMBALADOS E CONGELADOS, EXCEÇÃO DE SOBREMESAS MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 ANEXO I - Padrões Microbiológicos Sanitários para Alimentos 21 – GELADOS COMESTÍVEIS E PRODUTOS PARA O PREPARO DE GELADOS COMESTÍVEIS 22 – PRATOS PRONTOS PARA O CONSUMO (ALIMENTOS PRONTOS DE COZINHAS, RESTAURANTES E SIMILARES) 23 – LEITE DE COCO E COCO RALADO 24 – PRODUTOS À BASE DE SOJA 25 – ALIMENTOS INFANTIS 26 – ALIMENTOS PARA GRUPOS POPULACIONAIS ESPECÍFICOS, incluindo as dietas enterais e excluindo os alimentos infantis 27 – SUPLEMENTOS VITAMÍNICO E MINERAIS E SIMILARES, em forma de pó, cápsulas, drágeas e similares 28 – ADITIVOS Intencionais, coadjuvantes de tecnologia e similares 20/02/2020 40 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 ANEXO II - Conclusão e interpretação dos resultados das análises microbiológicas de alimentos destinados ao consumo humano 1. Interpretação dos resultados: Para interpretação dos resultados, compara-se os valores encontrados nas análises realizadas com os valores estabelecidos no Anexo I. De acordo com essa comparação, temos: 1.1. Produtos em condições sanitárias satisfatórias São aqueles cujos resultados analíticos estão abaixo ou igual aos estabelecidos para amostra indicativa ou amostra representativa, conforme especificado no Anexo I do presente Regulamento. MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 ANEXO II - Conclusão e interpretação dos resultados das análises microbiológicas de alimentos destinados ao consumo humano 1.2. Produtos em condições sanitárias insatisfatórias 1.2.1. São aqueles cujos resultados analíticos estão acima dos limites estabelecidos para amostra indicativa ou amostra representativa, conforme especificado no Anexo I do presente Regulamento. 1.2.2. São aqueles cujos resultados analíticos demonstram a presença ou a quantificação de outros microrganismos patogênicos ou toxinas que representem risco à saúde do consumidor. 20/02/2020 41 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS – RDC 12/2001 ANEXO II - Conclusão e interpretação dos resultados das análises microbiológicas de alimentos destinados ao consumo humano 2. Conclusão 2.1. "PRODUTO OU LOTE (se amostra indicativa ou representativa, respectivamente) DE ACORDO COM OS PADRÕES LEGAIS VIGENTES" para as situações enquadradas no item 1.1 do Anexo II deste Regulamento. 2.2. "PRODUTO OU LOTE (se amostra indicativa ou representativa, respectivamente) IMPRÓPRIO PARA O CONSUMO HUMANO POR APRESENTAR ..." (citar o(s) resultado(s) analítico(s) e o(s) parâmetro(s) não atendido(s) do Anexo I) para as situações enquadradas no item 1.2.1. do Anexo II deste Regulamento. 2.3. "PRODUTO OU LOTE (se amostra indicativa ou representativa, respectivamente) IMPRÓPRIO PARA O CONSUMO HUMANO POR APRESENTAR ....(microrganismo patogênico ou toxina que representa perigo severo a saúde do consumidor). MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS 20/02/2020 42 MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS • Recentemente foi publicada a RDC 331/2019 que dispõe sobre os padrões microbiológicos de alimentos, abrangendo toda a cadeia produtiva, desde a produção e industrialização até a distribuição, importação e comercialização dos alimentos. • Além desta RDC, também foi publicada a NR 60/2019 que é onde encontramos os padrões microbiológicos e os limites que vão determinar a qualidade das amostras analisadas. • Porém, as novas legislações só entrarão em vigor em 26/12/2020, então, por enquanto ainda está vigente e deve ser utilizada como referência a RDC 12/2001. MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS | ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS • IMPORTANTE DURANTE A COLETA DE AMOSTRAS Identificação clara do item; Condições adequadas de transporte da amostra até o local de análise, mantendo a inviolabilidade, conservação e integridade. VÍDEO COLETA DE AMOSTRAS
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