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Trabalho 01 Criminologia

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Resumo referente à primeira atividade avaliativa de Criminologia
Professora: Tereza 
Aluna: Eliane Helena 
 A criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar que estuda o crime, o criminoso, vítima, controle social, buscando compreender as causas que impulsionam a delinquência. 
 Trata-se de uma ciência social e não de uma disciplina, tendo em vista que possui método de estudo próprio, qual seja, o método empírico e possui uma finalidade específica, sendo essa a prevenção delitiva. 
 A criminologia traduz a ciência empírica (baseada na realidade) e interdisciplinar (que congrega ensinamentos de sociologia, psicologia, filosofia, medicina e direito) que possui como objeto de estudo o crime, o criminoso, a vítima e o comportamento social. Como instância superior, não cabe à criminologia se identificar com nenhum dos saberes parciais criminológicos, pois todos têm a mesma importância científica. 
 Adota-se um modelo não piramidal. Logo, criminologia analisa a gênese e dinâmica do crime contemplando-o não como problema meramente individual, mas também social. Estuda a questão criminal sob o ponto de vista biopsicossocial (métodos biológicos e sociológicos), investigando as causas do crime, a personalidade do delinquente, a vitimização e as formas de prevenção e ressocialização no contexto do controle social. 
 A função da criminologia é reunir conhecimentos sobre o crime, o criminoso, a vítima e o controle social para compreender cientificamente o fenômeno criminal, para assim possibilitar que possa ser prevenido e reprimido com eficiência, intervindos no delinquente. 
 A criminologia se presta a fornecer um diagnóstico sobre o delito e permitir a atuação sobre o homem criminoso. Não se cuida de um estudo causalista com leis universais exatas, ou tampouco meras fonte de dados ou estatísticos. Trata-se de ciência prática que tem a missão de resolver problemas concretos. 
 Daí o papel da criminologia de controle e prevenção do fenômeno criminal. Destarte, a criminologia deve orientar a política criminal possibilitando a prevenção de crimes, e influenciar o Direito penal na repressão das condutas indesejadas que não foram evitadas. Em resumo, a criminologia deve compreender e prevenir o delito, intervir na pessoa do delinquente e valorar os diferentes modelos de resposta ao fenômeno criminal.
Método consiste no instrumento por meio do qual o raciocínio entende um fato relativo ao homem, sociedade e natureza. 
 Quanto à criminologia, o método precisa estar fincado em estudos científicos. Baseia-se no empirismo (que não é mero achismo), calcado no tripé análise-observação-indução. O método experimental não se confunde com método empírico. 
 O método experimental traduz um processo científico que consiste em construir uma hipótese com apoio na observação de fatos, pondo-os à prova por meio de um artefato experimental construído para esse fim. Portanto, o método experimental é um método empírico, de observação, mas nem todo método empírico é experimental.
 A criminologia qualifica-se por ser ciência empírica de observação da realidade, que opera no mundo do ser, e emprega o método indutivo. Diferentemente do Direito penal, ciência cultural que atua no plano do dever ser, por meio do método dedutivo. A criminologia pretende primeiro conhecer a realidade para depois explica-la. Além disso, a criminologia se baseia na interdisciplinaridade.
 Busca mais que a multidisciplinaridade (saberes parciais trabalhando lado a lado em distintas visões sobre um determinado problema), por abranger a interdisciplinaridade (saberes parciais se integram e cooperam entre si). Em outras palavras, a visão interdisciplinar é mais profunda que a multidisciplinar.
Os objetos de estudo da moderna criminologia estão divididos em 4 vertentes.
 Delito O crime é estudado pela criminologia sob os seguintes pontos de vista: a) fato reiterado na sociedade; b) incidência aflitiva, pois o delito produz dor à vítima e à sociedade; c) persistência espaço-temporal do fato, que se distribui no território nacional ao longo de certo tempo; d) consenso sobre etiologia e técnicas de intervenção para seu enfrentamento. 
 O crime é um fenômeno humano e cultural, só existe em nosso meio; na natureza não há a figura do delito. É dizer, para a criminologia o crime é um fenômeno social, a exigir ampla observação para ser compreendido em seus diversos prismas.
 Delinquente Com a criminologia moderna, o criminoso deixa de ser figura principal e se desloca para plano secundário, sendo analisado sob o viés biopsicossocial e não mais biopsicopatológico. A visão sobre o delinquente depende do enfoque dado por cada escola da criminologia: a) Escola Clássica: criminoso era ser pecador que escolheu o mal apesar de poder optar pelo bem; b) Escola Positivista: criminoso era reflexo de sua deficiência patológica (caráter biológico – hereditário ou não) ou formação social (caráter social); c) Escola Correcionalista: criminoso era ser inferior e incapaz de se autodeterminar, a merecer do Estado resposta pedagógica e piedosa; d) Escola Marxista: criminoso era vítima da sociedade e das estruturas econômicas (determinismo social e econômico); essa visão se desenvolveu por estudiosos de Marx, e seus conceitos convergiram na chamada criminologia crítica; e) Escola atual: criminoso é homem real e normal que viola a lei penal por razões diversas que merecem ser investigadas e nem sempre são compreendidas. 
 A classificação dos criminosos se dá por diferentes critérios, a depender do estudioso que se tenha em perspectiva. A principal divisão foi proposta por Lombroso, expoente da Escola Positiva, ao desenvolver a teoria do criminoso nato, formulada após a realização de dezenas de autópsias em delinquentes mortos e presos. Foi seguida em grande parte por Ferri. a) criminoso nato: possui influência biológica, estigma e extinto criminoso. É um selvagem na sociedade. Tem características físicas peculiares: cabeça pequena, deformada, sobrancelhas salientes, maçãs afastadas, orelhas malformadas, braços compridos, face enorme. b) criminoso louco: alienado mental, perverso, devendo ser internado em manicômio. c) criminoso de ocasião: tem predisposição hereditária, adotando comportamentos criminosos por influência das circunstâncias. d) criminoso por paixão: irrefletido, exaltado e nervoso, emprega violência para cometer o crime passional. 
 A vítima historicamente foi colocada em segundo plano, tendo em vista que o objetivo principal da persecução penal era a punição do criminoso. Com o avanço dos estudos criminológicos, o ofendido é revalorizado e passa a ter papel de destaque. A vítima desempenha papel importante, pois influencia no fato delituoso, toma atitudes que a colocam como potencial sujeito passivo e possui características pessoais (cor, sexo, condição social) relevantes.
 A função da criminologia é reunir conhecimentos sobre o crime, o criminoso, a vítima e o controle social para compreender cientificamente o fenômeno criminal, para assim possibilitar que possa ser prevenido e reprimido com eficiência, intervindo no delinquente. 
 A criminologia se presta a fornecer um diagnóstico sobre o delito e permitir a atuação sobre o homem criminoso. Não se cuida de um estudo causalista com leis universais exata, ou tampouco mera fonte de dados ou estatísticos. Trata-se de ciência prática que tem a missão de resolver problemas concretos. Daí o papel da criminologia de controle e prevenção do fenômeno criminal. Destarte, a criminologia deve orientar a política criminal possibilitando a prevenção de crimes, e influenciar o Direito penal na repressão das condutas indesejadas que não foram evitadas.
 Em resumo, a criminologia deve compreender e prevenir o delito, intervir na pessoa do delinquente e valorar os diferentes modelos de resposta ao fenômeno criminal.
 Cesare Lombroso, em seu livro “O Homem Delinquente”, considerou o crime como um fenômeno natural,sendo possível determiná-lo por causas biológicas que se originariam, sobretudo, de hereditariedade, criando assim sua teoria do atavismo, que significava a herança genética trazida dos antepassados mais remotos e aflorada através da inclinação para a prática delituosa. 
 Entre as teorias que compuseram o estudo etiológico dado às ciências criminológicas, destaca-se a teoria bioantropológica, que mantinha o foco no estudo individual do criminoso, privilegiando as questões de seu âmbito pessoal, em detrimento das questões que permeiam o ambiente em que vive. 
 Essa teoria atribui ao crime fatores que fazem parte da composição orgânica do criminoso, tentando explicar o crime através de uma predeterminação que não vinha delineada pelo meio ao que o criminoso pertence, mas por fatores biológicos que o impedem de tomar decisão contrária ao delito, demonstrando assim o caráter determinista da criminologia bioantropológica. 
 Para a bioantropologia, o criminoso era um ser diferente e que também seria vitima do crime, uma vez que fugiria ao seu alcance lutar contra sua própria natureza criminosa. Lombroso foi um grande representante dos defensores desta teoria, juntamente com outros frenologistas, fisionomista e alienista. 
 Também pertencente à escola etiológica positivista, as teorias psicodinâmicas passaram a atribuir o delito muito mais aos fatores educacionais do indivíduo do que aos fatores genéticos, como fazia a teoria bioantropológica. 
 O que diferenciaria o criminoso do sujeito normal, não seria mais a árvore genealógica menos ou mais presente nas instituições carcerárias, mas toda a questão psicológica que teria levado esse indivíduo a ser mais ou menos educado para cumprir as normas sociais. As teorias psicodinâmicas do comportamento defendiam que a personalidade de alguém forma-se a partir dos conflitos psicológicos e a forma como são solucionados, o que geralmente ocorrerá durante a infância. 
 Diversas forças internas vão formar os motivos pelos quais alguém age ou deixa de agir de acordo com as normas sociais. Levanta-se a hipótese na qual o questionamento que deve ser feito diante do problema do delito é “por que não delinquimos” ao invés de “por que delinquimos?” A inversão trazida pela criminologia com enfoque psicossociológico se baseia em um retorno aos ensinamentos de Plauto, mais tarde reproduzidos por Hobbes quanto à maldade natural do homem (homo homini lupus). 
 A proposta é compreender o que leva o homem a abandonar sua característica naturalmente delitiva e cumprir as normas sociais. Nessa perspectiva, quem deve ser estudado é o não criminoso, pois ele é o ser que foge a normalidade de sua espécie para se adaptar a uma forma de vida social. 
Referências
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do direito penal: introdução à sociologia do direito penal; tradução Juarez Cirino dos Santos – 3 ed. – Rio de Janeiro: Editora Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002. 
BERISTAIN, Antonio. Derechos humanos y respuestas a la delincuencia – Reflexiones desde uma ética de valores máximos in Revista Brasileira de Ciências Criminais, ano 10 – n. 40 – outubro-dezembro de 2002, IBCCrim. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p. 181/198.
RAUTER, Cristina. Criminologia e subjetividade no Brasil. Rio de janeiro: Revan, 2003.
https://www.editorajuspodivm.com.br/cdn/arquivos/1c6615d4e6ebde2a776440fae4c1466f.df. Acesso em 02 de Outubro 2018.

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