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Lesões elementares da pele

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Mellyssa Dias de Oliveira
Aula dia 25/08/2020
Semiologia e métodos diagnósticos em dermatologia
A pele, como qualquer órgão, é passível de ser atingida por fenômenos patológicos produzidos pelas mais variadas causas, endógenas ou exógenas, físicas, químicas ou biológicas. A ação desses agentes agressores pode produzir, na pele, todas as alterações anatomopatológicas básicas, isto é, degenerações, alterações metabólicas, proliferações, malformações, disfunções e inflamações. 
Esses processos ocorrem isolada ou combinadamente e determinarão alterações microscópicas nas estruturas cutâneas, as quais se traduzirão, macroscopicamente, por alterações visíveis que constituem as lesões elementares. 
A anamnese é o primeiro contato com o paciente, é muito importante, então, criar um vínculo com o mesmo (uma dica é chamar o paciente sempre pelo nome).
Na identificação do paciente, deve-se levar em conta alguns fatores, como:
· Sexo: o melasma e a rosácea, por exemplo, são mais predominantes no sexo feminino;
· Idade: penfigoide é mais comum em pacientes com mais de 65 anos;
· Raça;
· Profissão: levar em consideração doenças ocupacionais;
· Procedência;
· Comorbidades: pacientes diabéticos demoram mais na cicatrização de lesões;
· Tratamento prévio para aquela determinada patologia.
Alguns aspectos clínicos de importância semiológica podem ser listados:
· Tipos de lesões elementares: monomorfas (1 único tipo de lesão elementar) ou Polimorfas (mais de um tipo de lesão);
· Tipo de evolução da doença: crônica (lesões com mais de 3 meses), subagudas, aguda.
· Época do surgimento: inverno x verão;
· Distribuição das lesões: localizada x disseminada;
1) Lesões elementares
Pápula: lesões superficiais que envolvem apenas a derme, a epiderme ou mista.
Escama: lesões crostosas.
Exantema
Bolha
Pústula
Vesícula
Tubérculo
Mácula.
2) Alterações de cor
São alterações circunscritas da cor da pele sem nenhuma alteração da espessura ou textura e, portanto, sem relevo ou depressão.
a) Manchas pigmentares
Também designadas manchas discrômicas, resultam de diminuição ou aumento da melanina ou do depósito de outras substâncias na derme. Podem ser: 
· Manchas acrômicas: de cor branco-marfim por ausência total de melanina. Ex.: vitiligo.
· Manchas hipocrômicas: resultam de diminuição e não ausência do pigmento melânico. Ex.: hanseníase;
· Manchas hipercrômicas: Apresentam intensificação da cor da pele por aumento de melanina ou outros pigmentos. Ex.: melasma.
OBS.: segundo o professor, manchas e máculas são sinônimos.
b) Púrpuras
Mancha vermelha por extravasamento de hemácias na derme que não desaparece à vitropressão ou digito-pressão. Decorre, portanto, da presença de hemoglobina na derme e das modificações progressivas desse pigmento, e assume, inicialmente, coloração arroxeada, depois, verdeamarelada. 
De acordo com suas características, as púrpuras classificam-se em: 
• Petéquias: lesões purpúricas com até 1 cm de tamanho. 
• Equimoses: púrpuras maiores que 1 cm. 
• Víbices: púrpuras lineares. 
Na primeira imagem, há exemplo de petéquias e víbices. Já na segunda imagem, é uma equimose.
3) Lesões por alterações vasculares
O eritema é a mancha vermelha decorrente de vasodilatação; portanto, desaparece à digitopressão ou vitropressão. É chama de enantema quando observam-se manchas eritematosas nas mucosas.
Cianose consiste no eritema arroxeado, por congestão passiva ou venosa com diminuição de temperatura. É chamado cianema quando ocorre em mucosas.
4) Lesões elementares sólidas
Lesões elementares em que há alteração do relevo cutâneo, surgindo elevações de conteúdo sólido. As formações sólidas podem ser consequentes a alterações epidérmicas, dérmicas ou hipodérmicas.
Pápula: Lesão sólida, elevada, circunscrita, de tamanho inferior a 1 cm (segundo o slide, inferior a 5 mm). Decorre de alterações epidérmicas, dérmicas ou dermoepidérmicas. Ex.: xantoma eruptivo.
Tubérculo: lesão de consistência endurecida, elevada, maior que 5 mm. Ex.: hanseníase.
Nódulo: lesão sólida, circunscrita, saliente ou não, de 1 a 3 cm de diâmetro. É consequente a alterações dérmicas e/ou hipodérmicas. Possui tamanho variável, em legal, localiza-se nas camadas mais profundas da pele.
Nodosidade ou tumoração: Lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de mais de 3 cm de diâmetro. É consequente a alterações dérmicas e/ou hipodérmicas.
Vegetação: Lesão sólida, exofítica, pedunculada ou com aspecto de couve-flor, facilmente sangrante, consequente à papilomatose (aumento das papilas dérmicas) e à acantose (aumento da camada malpighiana da epiderme). Em outras palavras, lesões que crescem para o exterior, em função de hipertrofia de papilas dérmicas. Ex.: infecção por HPV.
5) Lesão por espessamento cutâneo
Decorrem de aumento dos constituintes normais da epiderme ou da derme e também da presença de edema ou infiltrados celulares, inflamatórios ou neoplásicos, na derme. Também há alterações da espessura por diminuição do número e volume dos constituintes normais da pele.
Ceratose: Aumento da espessura superficial da pele, que se torna dura, inelástica, de superfície áspera e cor amarelada. É consequente ao aumento da espessura da camada córnea da epiderme.
Esclerose: Alteração da espessura da pele, que se torna coriácea e não pregueável quando é pinçada com os dedos. Pode acompanhar-se de hipo ou hipercromia, e decorre da presença de fibrose com aumento do colágeno dérmico. Ex.: esclerodermia.
Liquenificação: Espessamento da pele, com acentuação dos sulcos e da cor normal da pele, configurando um aspecto quadriculado da superfície cutânea. Decorre de aumento da espessura da camada malpighiana da epiderme, isto é, acantose. Ocorre devido a coçadura em excesso. Ex.: dermatite atópica.
Infiltração: Aumento da espessura e da consistência da pele devido ao aumento do número de células, de natureza tumoral ou inflamatória.
6) Lesões por conteúdo líquido
São as lesões elementares que se caracterizam por apresentar conteúdo líquido, que pode ser sangue, serosidade ou pus. 
Existem várias lesões elementares de conteúdo líquido: 
· Vesícula: Elevação circunscrita com conteúdo líquido de até 1 cm de tamanho (segundo o professor, menor que 0,5 cm). O conteúdo pode ser líquido claro (serosidade), líquido turvo (purulento) ou líquido hemorrágico (sangue).
· Bolha: Lesão elementar de conteúdo líquido, circunscrita, maior que 1 cm (segundo o professor maior que 0,5 cm). Da mesma forma que as vesículas, pode ter conteúdo seroso, purulento ou sanguinolento. Ex.: pênfigo bolhoso.
· Pústula: Lesão elementar contendo pus, de tamanho variado. Normalmente indica infecção bacteriana. 
7) Lesões por solução de continuidade
Erosão: comprometimento apenas superficial (epiderme). Ex.: síndrome de Steve Johnson.
Exulceração: comprometimento mais profundo (derme). Ex.: pênfigo.
Ulceração: envolve todas as camadas da pele.
8) Métodos diagnósticos complementares
Diferente de algumas especialidades, a dermatologia na maioria das vezes não necessita de diagnósticos complementares, sendo normalmente o diagnóstico feito de forma puramente clínica.
A dermatopatologia consiste na biópsia de pele, talvez seja o recurso diagnóstico mais utilizado pelo dermatologista, sendo um exame extremamente importante.
Há, também, a microbiologia, que são as culturas, um exame direto. Pode-se fazer exames micológicos, bacteriológico, parasitológico e virologia.
Dermatoscopia: essencial para um dermatologista saber realizar. É um método não invasivo de fundamental importância diagnóstica.
Imagem aumentada mais de 50 vezes e representa um nevo. Não é um câncer de pele, e para isso utilizamos os critérios do ABCDE. Lesão bem simétrica e uniforme, foi colocado apenas para observarmos que é uma lesão inocente, sem malignidade.
Nevo, uma lesão inteiramente benigna que não tem necessidade de tratamento cirúrgico. Também é uma lesão bastante simétrica.
Lesão acima apresenta ninhos ovoides, além de estrias angoides, trata-se de um carcinoma basocelular.
As lesões acima apresentam assimetria, coloraçãodiversa, aspecto acinzentado, bordas irregulares, aspecto serrilhado. Trata-se de melanomas.
7) Observações
Alguns fenômenos que ocorrem na dermatologia: 
· De Quebner: em locais de trauma. Ex.: psoríase, vitiligo.
· De Wolf: lesão dermatológica em consequencia ou em cima de outra lesão ou de história de outra doença.
A curetagem metódica de Prok consiste na raspagem da lesão, é um recurso diagnóstico simples, é feito na psoríase, por exemplo, com o sinal da vela e aparecimento de vasos sanguíneos.
Luz de Udi: radiação UV, em que a coloração pode indicar algumas patoloogias. Ex.: dormatoftoses, ptiríase vesicolor.

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