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Dermatologia Edith Carvalho Semiologia dermatológica ANAMNESE Identificação Queixa e duração História da doença atual História patológica pregressa Uso de medicamentos História social, sexual e familiar Somatoscopia Perfil psicológico HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL – PERGUNTAS CHAVE Quando começou? Coça, pinica ou dói? Quando foi o primeiro episódio? Em que região do corpo começou? Como começou a se espalhar? (padrão) Como a lesão individual evoluiu? O que faz piorar? O que já tentou usar? Houve melhora? Algum sintoma associado? A lesão modificou? Verificar presença de tríade clássica → asma + alergias + dermatite atópica Fez alguma viagem recente? Exposição ambiental? EXAME DERMATOLÓGICO Descrição das lesões dermatológicas quanto a: LOCALIZAÇÃO: MORFOLOGIA: • Monomorfas – constituídas por um único elemento eruptivo • Polimorfas – vários tipos de elementos eruptivos NÚMERO: DISTRIBUIÇÃO: • Simétrica ou assimétrica • Regional • Folicular • Segmentar • Localizada • Universal • Generalizada • Em áreas expostas • Confluentes • Seguindo as linhas de Blaschko ORGANIZAÇÃO: • Linear • Zorestiforme - seguindo um dermátomo • Herpetiforme – lesões de conteúdo líquido agrupadas • Agminata – agrupadas • Reticulada – em rede ARRANJO DAS LESÕES DIFERENTES RELEVOS NAS LESÕES SÓLIDAS SUPERFÍCIE DAS LESÕES LESÕES ELEMENTARES PRIMÁRIAS PLANAS MÁCULA OU MANCHA • É toda e qualquer alteração da cor da pele, sem relevo, independentemente de sua natureza • Relacionadas à melanina Dermatologia Edith Carvalho • Pode ser hipercrômica, hipocrômica ou acrômica • Pigmentos endógenos: alacaptona (ocronose), bilirrubina (icterícia) • Pigmentos alimentares: caroteno (xantocromia) • Pigmentos exógenos: clofazimina (ATB), antimalárico (cor amarelada), amiodarona (azul- azinzentada) e tatuagens. MANCHA HIPERCRÔMICA: Figura – Melasma MANCHA ACRÔMICA: Figura- vitiligo MANCHA HIPOCRÔMICA: Figura – hanseníase LESÕES ELEMENTARES PRIMÁRIAS FORMAÇÕES SÓLIDAS: proliferação de células na epiderme ou na derme PÁPULA: Lasão elevada, sólida e palpável com < 1 cm de diâmetro Tem certa elevação e, ao involuir, não deixa cicatriz. Pode ser epidérmica, dérmica ou mista. ➔ Com umbilicação central (mulusco contagioso) PLACA: Lesão circunscrita e palpável > 1cm de diâmetro, sendo a maioria elevada, podem resultar de uma coalescência de pápulas URTICA: Placas pruriginosas, eritematosas, bem circunscritas e migratórias NÓDULO: Lesão elevada, sólida e palpável Maior que 1 cm, de aspecto cupuliforme, localizado na derme média ou profunda ou hipoderme Figura – Nódulos ou cistos Dermatologia Edith Carvalho GOMA: Nódulo ou nodosidade que se liquefaz na porção central, podendo ulcerar e eliminar material necrótico É um tipo peculiar de nódulo por ter evolução dinâmica em quatro fases bem definidas: • Endurecimento • Amolecimento • Esvaziamento • Reparação Figura – Goma (esporotricose) COLEÇÕES LÍQUIDAS: SEROSIDADE, SANGUE OU PUS VESÍCULA: Elevação circunscrita, com conteúdo claro (seroso) que pode se tornar turvo (purulento) ou avermelhado (hemorrágico) < 1 cm de diâmetro, são intraepidérmicas e geralmente agrupadas BOLHA: >1 cm, pode ser intra ou subepidérmica PÚSTULA: Elevação de até 1 cm, com conteúdo purulento ABSCESSO: Possui tamanho variável e é formada por coleção purulenta da pele ou tecidos subjacentes HEMATOMA: Formado por derrame de sangue na pele ou tecidos subjacentes, com alteração de espessura, o hematoma pode infectar e surgirem os sinais flogísticos LESÕES ELEMENTARES SECUNDÁRIAS (CADUCAS) ALTERAÇÕES NA ESPESSURA: decorrente da proliferação exclusiva da camada córnea ESCAMA: Massa furfurácea (aspecto de farelo), micácea ou foliácea (em tiras) que se desprende da superfície cutânea por alteração da queratinização CROSTA: Lesão formada pela concreção de cor amarela, esverdeada ou vermelha escura, que se forma em área da perda tecidual Decorre do ressecamento de exudato, seja seroso, purulento ou hemático, facilmente destacável. VEGETAÇÃO: Dermatologia Edith Carvalho Lesão sólida e pedunculada, com aspecto de couve-flor e superfície friável, consistência mole, agrupada em menores ou maiores quantidades ATROFIA: Lesão por diminuição da espessura da pele LIQUENIFICAÇÃO: Espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor própria, apresentando aspecto quadriculado em rede LESÕES ELEMENTARES POR SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE – PERDAS E REPARAÇÕES EROSÃO: Lesão caracterizada pela perda superficial somente da epiderme, por mecanismo patológico superficial EXULCERAÇÃO: Erosão mais profunda com acometimento da derme papilar ESCORIAÇÃO: Lesão causada pela ruptura da continuidade por mecanismo traumático (corte com objetos, arranhão) FISSURA: Perda linear da epiderme e da derme, no contorno de orifícios ou em áreas de pregas ou dobras ULCERAÇÃO: Perda circunscrita da epiderme e derme CICATRIZ (ATRÓFICA, HIPERTRÓFICA E QUELOIDIANA): Resulta da reparação de processo destrutivo da pele ➔ A diferença de cicatriz hipertrófica e queloide é que no queloide a proliferação ultrapassa os limites do trauma e, portanto, atinge maior dimensão ➔ A cicatriz hipertrófica possui relevo mas segue a linha de incisão, não ultrapassa os limites do trauma. MÉTODOS DIAGNÓSTICOS Além da inspeção e palpação, o dermatologista dispõe de técnicas clássicas de grande valor semiológico como: BIÓPSIA: CURETAGEM METÓDICA DE BROCQ: LUZ DE WOOD: Dermatologia Edith Carvalho DESMATOSCOPIA: FENÔMENOS DERMATOLÓGICOS PESQUISA DO SINAL DE NIKOLSKY: ➔ Quando a pele que parece normal é esfregada ou comprimida, a camada superior se desprende facilmente e ocorrem bolhas. FENÔMENO DE KOEBNER: ➔ As lesões ocorrem por estímulos como fricção ou luz solar na pele normal. ➔ É positivo na psoríase e no líquen plano e na verruga plana. SINAL DE DARIER: A fricção suave de uma lesão causa degranulação de mastócitos, e o local pode tornar-se acentuadamente elevado para formar uma lesão urticariforme. DERMOGRAFISMO: É uma reação produzida na pele após ser esfregada por um objeto contundente, como uma unha de dedo. ➔ Se o local esfregado ficar vermelho e elevado, é chamado de dermografismo vermelho, que é um achado diagnóstico de urticária física. ➔ Se o local ficar branco, é chamado dermografismo branco, que geralmente é visto em pacientes com dermatite atópica REFERÊNCIAS Dermatologia I Rubem David Azulay, David Rubem Azulay, Luna Azulay-Abulafia. - 6. ed., rev. e atual. - [Reimpr.] - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. Dermatologia de Sampaio e Rivitti [recurso eletrônico] /Evandro A. Rivitti – São Paulo : Artes Médicas, 2018. Shimizu’s textbook of dermatology | Dermatology Description: 2nd edition. | Chichester, West Sussex ; Hoboken, NJ : John Wiley and Sons, Inc., 2016. | Includes index. | Preceeded by Shimizu’s textbook of dermatology / Hiroshi Shimizu. Hokkaido University. 2007. WOLFF, K.; JOHNSON, R. A.; SAAVEDRA, A. P.
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