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1 Iana Barbosa Martins – MED 31 Geral Duas glândulas e cada uma localizada em cima de cada rim - espaço retroperitoneal. Formato de pirâmide achatada. Uma em formato triangular e a outra de meia lua. Possui metade do seu tamanho ao nascer. Em adultos: 1cm de comprimento, 3 a 5cm altura, 2 a 3cm largura, 3,5 a 5 gramas. Desenvolvimento Embrionário No desenvolvimento embrionário ocorre a diferenciação em estrutura e função. O córtex da GS está localizado perifericamente e ocupada cerca de 80 a 90% da glândula. No córtex há a produção de hormônios esteroides. Medula da GS Central Revestida por capsula conjuntiva e altamente vascularizada. A perda dos hormônios adrecorticais leva à morte por desidratação e desequilíbrios eletrolíticos em até 1 semana, portanto deve-se começar reposição hormonal pra evitar. Na medula da GS há produção de catecolaminas (norepinefrina), epinefrina e pouca dopamina. Córtex: produz esteroides. Medula: produz norepinefrina e epinefrina. Iana Barbosa Martins Região Interna A medula da glândula suprarrenal é um gânglio simpático da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) modificado. Essa área se desenvolve a partir do mesmo tecido embrionário de todos os outros gânglios simpáticos, porém suas células, que não possuem axônios, formam grupos em torno de grandes vasos sanguíneos. Em vez de liberar um neurotransmissor, as células da medula da glândula suprarrenal secretam hormônios. Os hormônios da medula da glândula suprarrenal intensificam respostas simpáticas que ocorrem em outras partes do corpo. Células cromafins - produtoras de hormônio, inervadas por neurônios pré-ganglionares simpáticos do SNA. Uma vez que o SNA exerce controle direto sobre as células cromafins, a liberação de hormônio pode ocorrer com muita rapidez. Os dois principais hormônios sintetizados pela medula suprarrenal são a epinefrina (adrenalina) e a norepinefrina (noradrenalina). A quantidade secretada desses hormônios são desiguais: Cerca de 80% de epinefrina e 20% de norepinefrina. Controle da secreção de epinefrina e norepinefrina 2 Iana Barbosa Martins – MED 31 1. Em situações de estresse e durante a prática de exercícios, impulsos provenientes do hipotálamo acionam os neurônios pré- ganglionares simpáticos. 2. Os neurônios pré-glanglionares simpáticos estimulam as células cromafins a secretarem epinefrina e norepinefrina. Esses dois hormônios intensificam a resposta de luta ou fuga. 3. Ao aumentar a frequência e a força de contração cardíacas, a epinefrina e a norepinefrina elevam o débito cardíaco e a pressão arterial; aumentam o fluxo de sangue para o coração, o fígado, os músculos esqueléticos e o tecido adiposo; dilatam as vias respiratórias para os pulmões e elevam os níveis sanguíneos de glicose e ácidos graxos. Córtex da GS É subdividida em 3 zonas – com secreção de hormônios diferentes: Zona Glomerulosa: Mais externa. Células distribuídas em grupos esféricos e colunas arqueadas secretam hormônios mineralocorticoides (homeostasia mineral) Zona fasciculada: Mediana e a mais larga. Células distribuídas em colunas longas e retas secretam glicocorticoides, especialmente cortisol (homeostasia da glicose). Zona reticular: Mais interna. Células distribuídas em cordões ramificados sintetizam quantidade de androgênios fracos (hormônios esteroides que exercem efeitos masculinizantes). Hormônios MINERALOCORTICOIDES Aldosterona é o principal dos mineralocorticoides. Regula homeostasia de dois íons minerais – Na e K. Ajuste da PA e volume sanguíneo. Promove a excreção de H na urina. A remoção de ácidos do corpo ajuda a evitar acidose. SRAA – Sistema Regina Angiotensina Aldosterona Via RAA: controle da secreção 1. Desidratação, deficiência de Na e hemorragia – estimula iniciantes da via RAA. Tais condições promovem diminuição do volume sanguíneo. 2. Volume sanguíneo reduzido promove queda da PA, e PA mais baixa estimula certas células renais - justaglomerulares - a secretar a enzina renina. E o nível de renina sobe no sangue. 3. Renina converte angiotensina, em angiotensina I. Angiotensina é uma proteína plasmática produzida pelo fígado. 4. Sangue com níveis altos de angiotensina I circula. 5. Com o sangue circulando, principalmente nos pulmões, a enzima conversora de angiotensina (ECA) converte a angiotensina I em II. E o nível sanguíneo de angiotensina II sobe. 6. Angiotensina II estimula córtex da GS a secretar aldosterona. 7. Sangue com níveis elevados de aldosterona circula pelos rins. 3 Iana Barbosa Martins – MED 31 8. Nos rins, a aldosterona estimula-os a intensificarem a secreção de K e H na ruina, aumentando a reabsorção de Na, o que irá promover a reabsorção de H2O por osmose. Consequentemente, perde-se menos água na urina. 9. Ocorre uma reabsorção mais intensa de água pelos rins, e o volume sanguíneo aumenta. 10. À medida que a volemia aumenta, a PA se eleva ao normal. 11. Angiotensina II estimula contração da musculo liso das paredes das arteríolas. Essa constrição das arteríolas aumenta a PS e ajuda a elevar a PA ao normal. 12. Além da angiotensina II, outro fator estimulante da aldosterona é concentração maior de K no sangue (ou liquido intersticial). A diminuição de K, produz efeito oposto. GLICOCORTICÓIDES EIXO HIPOTALAMICO-HIPOFISARIO São hormônios esteroides, ou seja, tem em sua estrutura um núcleo esteroide formado por quatro anéis com 17 átomos de carbono que remetem ao seu precursor, a molécula de colesterol. Ao contrário da produção dos hormônios proteicos, a síntese dos glicocorticoides independe de transcrição gênica imediata bem como de modificações pós-traducionais. A produção deste hormônio depende da presença de enzimas específicas, responsáveis pela conversão do colesterol nos hormônios esteroides. Os glicocorticoides que regulam o metabolismo e a resistência ao estresse são o cortisol, a corticosterona e a cortisona. Secretados pela zona fasciculada. O cortisol é o mais abundante e é responsável por cerca de 95% da atividade glicocorticoide. Efeitos dos glicocorticoides: Degradação de proteína - intensificam a taxa de degradação de proteína, principalmente nas fibras musculares aumentando a liberação de aminoácidos no sangue. Os minoácidos usados na síntese de proteínas ou produção de ATP. Formação de glicose - hepatócitos estimulados pelos glicorcoticoides convertem determinados aminoácidos ou ácido lático em glicose, a qual será usada por neurônios e outras células pra produzir ATP. A conversão de substâncias, exceto glicogênio ou monossacarídeo, é chamada de gliconeogênese. Lipólise - glicocorticoides estimulam a lipólise - que é a degradação de triglicerídeos e liberação de ácidos graxos do tecido adiposo para o sangue. Resistência ao estresse – trabalham de inúmeras formas nessa resistência. A glicose extra fornecida pelos hepatócitos oferece aos tecidos uma pronta fonte de ATP para combater inúmeros estresses: exercícios, jejum, medo, temperatura extremas, altitudes elevadas, sangramento, infecção, cirurgia, traumatismos e doenças. Além de tornarem os vasos sanguíneos mais sensíveis a outros hormônios vasoconstritores, os glicocorticoides elevam a pressão sanguínea. O efeito é vantajoso no caso de perda de sangue, já que faz com que a PA caia. Efeitos anti-inflamatórios – inibe a participação dos leucócitos nas respostas inflamatórias. Atrasam o reparo tecidual, retardam a cicatrização de feridas. Doses elevadas podem ocasionar transtornos mentais graves, mas são úteis no tratamento de condições inflamatórias crônicas como artrite reumatoide. Depressão das respostas imunes – doses elevadas deprimem as respostas imunes. São prescritos para receptores de órgãos transplantados, para retardamento da rejeição tecidual. Controle da secreção Regulação porfeedback negativo da secreção de glicocorticoide. Hipotálamo aumenta a liberação de CRH em respostas a inúmeros estresses físicos e emocionais. Níveis elevados de CRH estimula secreção de hormônios e níveis baixos de glicocorticoides promovem a liberação de ACTH que estimula produção de cortisol. O cortisol, por sua vez, vai estimular a secreção de glicocorticoides pelo córtex da glândula suprarrenal: 1. Níveis sanguíneos baixos de glicocorticoides, principalmente cortisol, estimulam células neurossecretoras no hipotála mo a secretar hormônio liberador de corticotrofina (CRH). 2. A CRH junto com a concentração baixa de cortisol, promove a liberação de ACTH da adeno-hipofise. 3. A ACTH circula no sangue para o córtex da GS, estimula a secreção de glicocorticoide. Em grau menor, também estimula a secreção de aldosterona. CORTICOTROFINA Também chamada de hormônio adrenocorticotrófico tem como função estimular a secreção de hormônios do córtex supra-renal, principalmente glicocorticoides e manter a integridade da mesma. O hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) é responsável por estimular a produção de cortisol. Por sua vez, o cortisol é um hormônio esteroide importante para a regulação de glucose, proteínas e do 4 Iana Barbosa Martins – MED 31 metabolismo de lipídeos. Ele também atua na supressão da resposta do sistema imunitário e ajuda a manter a pressão sanguínea. ANDROGÊNIOS EIXO HIPOTALAMICO-HIPOFISÁRIO Tanto em homens quanto em mulheres, o córtex da glândula suprarrenal secreta pequenas quantidades de androgênios fracos. O principal androgênio secretado pela glândula suprarrenal é a desidroepiandrosterona (DHEA). Nos homens: depois da puberdade, o androgênio testosterona também é liberado, e em quantidade muito maior, pelos testículos. Dessa forma, a quantidade de androgênios secretada pela glândula suprarrenal masculina é normalmente tão baixa que seus efeitos são insignificantes. Nas mulheres: os androgênios suprarrenais desempenham funções importantes. Promovem a libido e são convertidos em estrogênios (esteroides sexuais feminilizantes) por outros tecidos corporais. Após a menopausa, quando a secreção ovariana de estrogênios cessa, todos os estrogênios femininos são provenientes da conversão dos androgênios suprarrenais. Os androgênios suprarrenais também estimulam o crescimento de pelos axilares e púbicos nos meninos e nas meninas e contribuem para o estirão de crescimento pré-puberal. Embora o controle da secreção suprarrenal de androgênio não seja totalmente compreendido, o principal hormônio que estimula sua secreção é o ACTH. Efeitos adversos do uso de corticoides Para aqueles que utilizam estes medicamentos por longos períodos de tempo, os principais efeitos colaterais são: Cansaço, aumento dos níveis de açúcar no sangue, diminuição das defesas corporais, agitação, insônia, dor de cabeça e sobrepeso. De todos, é o sobrepeso que mais incomoda os pacientes, pois alguns chegam a ganhar 20kg durante o tratamento. Resumo Corticoide ou cortisona são hormônios produzidos pela suprarrenal com ação, principalmente, antiinflamatória. O uso continuo ocasiona acumulo de gordura, bochechas avermelhadas, insuficiência da glândula sudorífera, insônia, deficiência no sistema imune, agitação, dores de cabeça, sobrepeso, entre outros. Possui efeito rebote, pois confunde o sistema imunológico que não saberá o momento de produzir o corticoide. Efeito rebote: nosso corpo pode apresentar, em maior intensidade, todos os sintomas que estava combatendo. Isso pode acontecer com pessoas que utilizam medicamentos em grandes quantidades ou que se esquecem de tomar os remédios de uso controlado.
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