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A engenharia de segurança do trabalho no Brasil e seus aspectos normativos

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<p>DESCRIÇÃO</p><p>Alterações e ajustes em normas regulamentadoras da engenharia de segurança do trabalho. Impactos</p><p>no ambiente de trabalho. Propostas de eliminação ou minimização dos riscos para os trabalhadores.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Tendo em vista a dinâmica das legislações no Brasil, sejam as trabalhistas sejam as previdenciárias, é</p><p>fundamental haver um amplo entendimento da importância das normas regulamentadoras (NRs) como</p><p>um elemento essencial no campo da prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho.</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Antes de iniciar a leitura deste conteúdo, tenha em mãos papel ou caneta, ou use a calculadora de seu</p><p>smartphone/computador para a realização das tarefas em aula.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Identificar o processo histórico da engenharia de segurança do trabalho no Brasil e no mundo</p><p>MÓDULO 2</p><p>Reconhecer a importância das normas regulamentadoras na melhoria dos ambientes de trabalho</p><p>MÓDULO 3</p><p>Identificar os principais objetivos da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO</p><p>TRABALHO NO BRASIL E SEUS ASPECTOS</p><p>NORMATIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p> Identificar o processo histórico da engenharia de segurança do trabalho no Brasil e no mundo</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Muitas empresas ainda não conhecem ou nunca ouviram falar das NRs ou de outras legislações</p><p>trabalhistas que visam à proteção dos trabalhadores. Com isso, frequentemente, verifica-se a ocorrência</p><p>de acidentes de trabalho em função da ausência de medidas preventivas que venham a garantir um</p><p>ambiente seguro para os trabalhadores.</p><p>Observe o cenário histórico a seguir:</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>O Brasil passou, especialmente a partir da década de 1930, por um significativo processo de</p><p>industrialização: com a mudança considerável de suas atividades econômicas, ele deixava de depender</p><p>apenas das agropecuárias. Com esse novo cenário econômico, a força de trabalho no país mudou</p><p>completamente. O homem do campo, de um momento para o outro, passou a atuar nas indústrias</p><p>nacionais sem um processo de transição – e, especialmente, de ambientação.</p><p>Obviamente, muitos acidentes ocorreram, inclusive com óbitos, em função de atividades e operações</p><p>com máquinas e equipamentos em seus novos postos de trabalho. Um exemplo muito significativo no</p><p>Brasil ocorreu na então Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no estado do Rio de</p><p>Janeiro, já que o número de acidentes ocorridos na época chamava a atenção de todo o mercado</p><p>internacional.</p><p>Em função desse triste cenário, a legislação brasileira incorporou à própria Constituição Federal alguns</p><p>mecanismos de proteção para os trabalhadores com o objetivo de reverter esse lamentável quadro</p><p>acidentário.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. APÓS O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL, ESPECIALMENTE</p><p>EM FINS DA DÉCADA DE 1920 E CONSOLIDADA NOS ANOS 1930, HOUVE A</p><p>PUBLICAÇÃO DE UM IMPORTANTE DECRETO QUE ALTEROU</p><p>PROFUNDAMENTE OS DIREITOS DOS TRABALHADORES, TRAZENDO À SUA</p><p>BASE AS QUESTÕES DE PROTEÇÃO E INTEGRIDADE EM SEUS POSTOS DE</p><p>TRABALHO. ISSO REPRESENTOU UM VERDADEIRO “MARCO HISTÓRICO”</p><p>PARA OS TRABALHADORES BRASILEIROS. TRATA-SE DE:</p><p>A) Decreto-Lei nº 5452, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).</p><p>B) Lei nº 3.724, que trouxe avanços significativos para o setor ferroviário.</p><p>C) Portaria nº 409/1965, que estabeleceu parâmetros mínimos para trabalhos em ambientes insalubres.</p><p>D) Fundação da Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes (ABPA) em 1934.</p><p>E) Portaria nº 39, criada em 1950.</p><p>2. ATUALMENTE, NO BRASIL, AS EMPRESAS SÃO OBRIGADAS A CUMPRIR A</p><p>NORMAS DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE DOS TRABALHADORES. ISSO</p><p>DIZ RESPEITO À QUAL LEGISLAÇÃO?</p><p>A) Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego.</p><p>B) Decreto-Lei nº 3.026, de 11 de agosto de 1962.</p><p>C) Portaria interministerial 2.067, de 9 de agosto de 1921.</p><p>D) Lei nº 11.426, do Ministério da Saúde.</p><p>E) Lei nº 8.437, de 12 de dezembro de 1934, do Ministério da Economia.</p><p>GABARITO</p><p>1. Após o processo de industrialização no Brasil, especialmente em fins da década de 1920 e</p><p>consolidada nos anos 1930, houve a publicação de um importante decreto que alterou</p><p>profundamente os direitos dos trabalhadores, trazendo à sua base as questões de proteção e</p><p>integridade em seus postos de trabalho. Isso representou um verdadeiro “marco histórico” para</p><p>os trabalhadores brasileiros. Trata-se de:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A CLT representa, na verdade, um grande avanço para os trabalhadores brasileiros em relação às</p><p>medidas de proteção nos ambientes de trabalho.</p><p>2. Atualmente, no Brasil, as empresas são obrigadas a cumprir a normas de segurança, higiene e</p><p>saúde dos trabalhadores. Isso diz respeito à qual legislação?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, obriga as empresas públicas e privadas que admitem</p><p>trabalhadores regidos pela CLT a implementar as NRs de segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.</p><p>3. UMA EMPRESA FOI MULTADA PELA AUDITORIA FISCAL</p><p>DO TRABALHO, A QUAL, APÓS UMA INSPEÇÃO</p><p>ALEATÓRIA, CONSTATOU QUE UM TRABALHADOR NÃO</p><p>UTILIZAVA OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.</p><p>AGIRAM CORRETAMENTE OS AUDITORES FISCAIS AO</p><p>AUTUAR A EMPRESA PELO NÃO CUMPRIMENTO DA</p><p>PORTARIA Nº 3.214?</p><p>RESPOSTA</p><p>A legislação trabalhista é bem clara ao determinar que cabe ao empregador “cumprir e fazer cumprir as</p><p>normas de proteção dos trabalhadores”; logo, a empresa possui mecanismos legais para a garantia desse</p><p>termo constitucional. Caso não o cumpra, ela tem de ser autuada, como no caso em questão, com as ações</p><p>corretas por parte da auditoria fiscal do trabalho.</p><p>javascript:void(0)</p><p>A SEGURANÇA DOS TRABALHADORES NO</p><p>BRASIL</p><p>HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO</p><p>NO BRASIL</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A engenharia de segurança do trabalho no país vem passando, ao longo dos anos, por grandes</p><p>alterações normativas, especialmente após a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em</p><p>1943, considerada um “marco histórico” no campo da prevenção.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Tais alterações também estão muito relacionadas à forte presença de empresas multinacionais em</p><p>território brasileiro, que vem se tornando um canal indutor nesse processo por meio de uma cultura de</p><p>segurança e de novas medidas preventivas que vêm sendo adotadas no Brasil.</p><p>Os registros dos acidentes no Brasil vêm sendo decisivos tanto para as alterações das NRs quanto para</p><p>a promulgação de outras leis e decretos. Esse é o caso do fator acidentário de prevenção (FAP), que</p><p>vem pontuando as empresas conforme a quantidade de acidentes e de doenças ocupacionais com</p><p>afastamentos previdenciários que se refletem na tributação das organizações com incidências no próprio</p><p>seguro de acidente de trabalho.</p><p>Quanto mais uma empresa cuidar de seus trabalhadores, portanto, mais segura e competitiva no</p><p>mercado ela será, melhorando sua imagem e os ambientes de trabalho, além de reduzir os</p><p>impostos.</p><p>Mas ainda temos muito a evoluir, pois infelizmente “trabalho” e “previdência” ainda não caminham no</p><p>mesmo sentido no Brasil. Podemos exemplificar as questões de insalubridade (trabalho) com a</p><p>aposentadoria especial (previdência), que requer abordagens distintas sobre o mesmo ambiente do</p><p>trabalho.</p><p>NO MUNDO</p><p>Ao abordarmos as questões relacionadas às doenças do trabalho, precisamos, antes de tudo, entender</p><p>seu contexto a partir de dados e registros históricos. Assim, neste tema, apontaremos as datas</p><p>relevantes no mundo (e no Brasil, obviamente) até os dias de hoje para que você possa compreender os</p><p>avanços na área da medicina ocupacional e na prevenção das doenças relacionadas ao trabalho.</p><p>Regressaremos historicamente a períodos mais remotos:</p><p>Egito Antigo</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Há vários registros de acidentes no Egito Antigo, milhares de anos antes de Cristo (a.C.), em papiros</p><p>que descrevem as condições de trabalho de pedreiros, especialmente em minas de cobre, apresentando</p><p>diversos tipos de dermatites e acidentes de trabalho.</p><p>javascript:void(0)</p><p>c) adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco;</p><p>d) estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador;</p><p>e) promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde nos locais de</p><p>trabalho;</p><p>f) reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho e o estímulo à</p><p>capacitação e à educação continuada de trabalhadores;</p><p>g) promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no trabalho.</p><p>(DECRETO Nº 7.602, 2011, grifos nossos)</p><p>Observe que os principais aspectos e diretrizes estabelecidos pela PNSST estão bem claros neste</p><p>quesito: tal tema precisa ser tratado de maneira ampla, e não limitada às “fronteiras” da própria</p><p>organização. Ele, portanto, deve ser universal sob todos os pontos de vistas, havendo o envolvimento</p><p>claro da sociedade, em relação à qualidade de vida no trabalho, sempre com o objetivo de orientar e</p><p>abordar esse tópico com a abrangência que ele impõe.</p><p>A adoção de medidas preventivas requer, antes de tudo, a conscientização de empregadores e</p><p>trabalhadores em relação a seus respectivos compromissos no trabalho seguro. Isso é, na verdade, “um</p><p>degrau” anterior à própria adoção dos equipamentos coletivos ou individuais.</p><p>A ideia central da PNSST é a garantia da segurança por:</p><p>Conscientização</p><p>Treinamentos</p><p>Divulgação de programas e indicadores</p><p>Adoção das tradicionais medidas preventivas</p><p>INCORPORAÇÃO ÀS AÇÕES COTIDIANAS NOS</p><p>LOCAIS DE TRABALHO</p><p>Como vimos no item anterior, a implantação da PNSST constitui um grande desafio para as empresas,</p><p>exatamente pela ausência, na maioria dos casos, de uma efetiva cultura de segurança – ainda mais uma</p><p>baseada em comportamento e condições seguras.</p><p>Por isso, é importante deixar bem claro que a PNSST não pretende eliminar ou substituir as NRs</p><p>constantes na Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978; ao contrário, ela busca garantir a sua eficácia</p><p>quando traz um conceito de conscientização plana para os envolvidos. Com isso, a simples</p><p>implementação de uma NR não será mais suficiente para a garantia de um ambiente seguro.</p><p>Veja que muitos supervisores ou coordenadores de área – em alguns casos, até mesmos gestores de</p><p>segurança do trabalho – atuam até hoje em um modelo “reativo”, ou seja, com ações punitivas ou</p><p>baseadas em medidas individuais. Várias são as situações em que a falta do uso de um EPI por parte</p><p>do empregado (ou mesmo seu uso incorreto) faz com que seus gestores apliquem, de modo recorrente,</p><p>punições, advertências ou até demissões por justa causa.</p><p>A mensagem central da PNSST é estabelecer um diálogo com os trabalhadores para que eles possam</p><p>se expressar e informar se um EPI está lhe atendendo ou não – ou se seu uso está o incomodando ou</p><p>lhe causando agravos em suas lesões.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>É correto punir um trabalhador que não utiliza seu protetor auricular, o plug de inserção, sem</p><p>escutá-lo? Quando ele informa ao médico do trabalho da empresa que é portador de otite</p><p>crônica, nenhuma medida é tomada?</p><p>Existe, nesse exemplo, um claro processo de agravo da doença do trabalhador. O “sistema” como um</p><p>todo não lhe garante uma voz ativa em suas necessidades; ao contrário, o empregado recebe punições</p><p>sem que sejam realizadas as corretas avaliações dos riscos e os respectivos agravos.</p><p>Nos exemplos apresentados, as seguintes situações estão evidenciadas:</p><p>A NR-6, que trata dos EPIs, garante efetivamente a proteção dos trabalhadores?</p><p>O PPRA avalia os ambientes de trabalho a partir das informações dos trabalhadores e posteriormente</p><p>(ou até mesmo em conjunto) à sua elaboração?</p><p>Os mapas de riscos ambientais, que deveriam ser elaborados pelos trabalhadores (e na realidade não</p><p>são), representam a “incomodidade” nos ambientes que causam os agravos à saúde dos mesmos?</p><p>Obviamente, as respostas para esses e tantos outros questionamentos são o clássico “não” – ou</p><p>seja, apesar de NRs extremamente avançadas e de reconhecimento mundial, sua simples implantação</p><p>não é a garantia de um trabalho seguro.</p><p>A PNSST, portanto, tem a “missão” de mudar o conceito no campo da prevenção dos acidentes e das</p><p>doenças ocupacionais com a plena incorporação de programas de conscientização e a divulgação dos</p><p>indicadores ocupacionais para um amplo debate nas organizações – especialmente entre empregadores</p><p>e empregados. Com certeza, isso é a primeira e grande medida preventiva no ambiente do trabalho.</p><p>AVALIAÇÃO PERIÓDICA DE SUA EFICÁCIA NAS</p><p>ORGANIZAÇÕES</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>As questões de proteção dos trabalhadores, especialmente para evitar agravos à saúde, vão muito além</p><p>das medidas tradicionais implementadas nos ambientes de trabalho. Como temos retratado neste</p><p>conteúdo, uma “política” de segurança passa por diversas ações muito mais amplas que simples</p><p>medidas coletivas ou individuais.</p><p>Avaliações periódicas, porém, são fundamentais para a eficácia da PNSST. Desse modo, é preciso</p><p>estabelecer, nesse momento, alguns itens que vão contribuir em tais avaliações, servindo como um</p><p>verdadeiro modelo de gestão integrada e incorporada à organização, obviamente com a participação</p><p>(declarada) da alta administração.</p><p>Observe o checklist a seguir para a eficácia da PNSST:</p><p>1.</p><p>A alta administração apresentou de maneira clara e objetiva seu compromisso com as</p><p>questões de saúde dos trabalhadores?</p><p>2.</p><p>Os trabalhadores estão comprometidos e cientes de suas ações e de suas obrigações em</p><p>relação à sua segurança e à dos demais colegas de trabalho?</p><p>3.</p><p>A alta administração apresentou de maneira clara e objetiva seu compromisso com as</p><p>questões de saúde dos trabalhadores?</p><p>4.</p><p>Existem, expressamente identificados na política da empresa, seus responsáveis diretos,</p><p>inclusive no caso de uma ausência permanente ou temporária deles?</p><p>5.</p><p>Todas as normas e todos os procedimentos são publicados e amplamente divulgados</p><p>internamente?</p><p>6.</p><p>A CIPA foi consultada sobre a política? Ela pode contribuir de maneira ampla em sua</p><p>elaboração?</p><p>7.</p><p>Todos os colaboradores estão efetivamente conscientes (incluindo terceiros) quanto às</p><p>suas responsabilidades na PNSST para garantir um trabalho seguro e saudável?</p><p>8.</p><p>Quais são as atuações dos SESMT na PNSST da empresa? Membros dos SESMT e da</p><p>CIPA fazem parte de um comitê gestor?</p><p>9.</p><p>Na PNSST, estão bem definidas as responsabilidades quanto à apresentação de</p><p>indicadores de acidentes, aos treinamentos preventivos, aos diálogos diários de</p><p>segurança, à APR e aos simulados contra incêndios e explosões com evacuações de</p><p>área, entre outras medidas?</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Observe que os dados acima são relevantes para a apresentação de indicadores e os respectivos</p><p>tratamentos por parte da PNSST.</p><p>Os indicadores devem conter:</p><p>Quantos treinamentos foram realizados em determinado período (um ano, um semestre</p><p>etc.)?</p><p>Quantos acidentes foram registrados por cada 1.000 horas trabalhadas?</p><p>Quais são os níveis de severidade dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho?</p><p>Houve redução de acidentes e de doenças ocupacionais após os treinamentos e programas</p><p>de conscientização?</p><p>Os desvios são tratados conforme a severidade das não conformidades?</p><p>Qual é a relação entre os desvios, os incidentes, os acidentes com perdas materiais e os</p><p>acidentes/doenças relacionados ao trabalho?</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Tais informações serão decisivas para uma constatação se a PNSST for corretamente implementada e</p><p>se os resultados obtidos estiverem plenamente relacionados aos objetivos preventivos estabelecidos</p><p>pela alta administração em seu compromisso interno e externo.</p><p>PRINCIPAIS TEMAS A SE ABRANGER PARA</p><p>GARANTIR UM AMBIENTE SAUDÁVEL</p><p>A PNSST, como já destacamos, tem o objetivo de garantir um trabalho seguro. A própria redação do</p><p>Decreto nº 7.602 de 2011 estabelece, para o cumprimento de tal objetivo, seis responsabilidades:</p><p>1.</p><p>Elaborar estudos e pesquisas pertinentes aos problemas que</p><p>afetam a segurança e saúde</p><p>do trabalhador.</p><p>2.</p><p>Produzir análises, avaliações e testes de medidas e métodos que visem à eliminação ou</p><p>redução de riscos no trabalho, incluindo equipamentos de proteção coletiva e individual.</p><p>3.</p><p>Desenvolver e executar ações educativas sobre temas relacionados com a melhoria das</p><p>condições de trabalho nos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente do trabalho.</p><p>4.</p><p>Difundir informações que contribuam para a proteção e promoção da saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>5.</p><p>Contribuir com órgãos públicos e entidades civis para a proteção e promoção da saúde do</p><p>trabalhador, incluindo a revisão e formulação de regulamentos, o planejamento e</p><p>desenvolvimento de ações interinstitucionais; a realização de levantamentos para a</p><p>identificação das causas de acidentes e doenças nos ambientes de trabalho.</p><p>6.</p><p>Estabelecer parcerias e intercâmbios técnicos com organismos e instituições afins,</p><p>nacionais e internacionais, para fortalecer a atuação institucional, capacitar os</p><p>colaboradores e contribuir com a implementação de ações globais de organismos</p><p>internacionais.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> ATENÇÃO</p><p>Como já pontuamos, as NRs e a PNSST são convergentes e complementares quanto à proteção dos</p><p>trabalhadores e à garantia de um trabalho seguro e saudável para eles.</p><p>Comparemos o texto do decreto da PNSST e o que estabelece a Portaria nº 3.214 sobre</p><p>segurança, higiene e saúde do trabalho.</p><p>Estabelece a NR-1:</p><p>CABE AO EMPREGADOR [...] INFORMAR AOS</p><p>TRABALHADORES:</p><p>I) OS RISCOS OCUPACIONAIS EXISTENTES NOS LOCAIS DE</p><p>TRABALHO;</p><p>II) AS MEDIDAS DE CONTROLE ADOTADAS PELA EMPRESA</p><p>PARA REDUZIR OU ELIMINAR TAIS RISCOS;</p><p>III) OS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS</p><p>REALIZADAS NOS LOCAIS DE TRABALHO.</p><p>Já a NR-6 destaca:</p><p>[CABE] AO EMPREGADOR QUANTO AO EPI: [...] ORIENTAR</p><p>E TREINAR O TRABALHADOR SOBRE O USO ADEQUADO,</p><p>GUARDA E CONSERVAÇÃO.</p><p>Por fim, a NR-9 dispõe o seguinte:</p><p>IDENTIFICAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AOS</p><p>AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS DEVERÁ</p><p>CONSIDERAR:</p><p>A) DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES;</p><p>B) IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE E FORMAS DE</p><p>EXPOSIÇÃO;</p><p>C) POSSÍVEIS LESÕES OU AGRAVOS À SAÚDE</p><p>RELACIONADOS ÀS EXPOSIÇÕES IDENTIFICADAS;</p><p>D) FATORES DETERMINANTES DA EXPOSIÇÃO;</p><p>E) MEDIDAS DE PREVENÇÃO JÁ EXISTENTES; E</p><p>F) IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHADORES</p><p>EXPOSTOS.</p><p>Observe que as NRs podem e devem ser implementadas em conformidade com a PNSST, já que são</p><p>convergentes, como dissemos, em seus diversos aspectos essenciais para a garantia da qualidade de</p><p>vida dos trabalhadores. Empresa segura, afinal, é produtiva por natureza.</p><p>Para que possamos contribuir com o texto do decreto que estabeleceu a PNSST, iremos sugerir agora</p><p>seis temas a serem tratados na organização, especialmente na capacitação dos trabalhadores ou na</p><p>divulgação das ações em prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais:</p><p>ERGONOMIA</p><p>Abordar os temas de ergonomia é sempre importante devido a doenças que afastam os trabalhadores,</p><p>como, por exemplo, as LER/DORT e as lombalgias por posturas incorretas, entre outras. A ergonomia</p><p>pode contribuir inclusive com os demais riscos e seus respectivos agentes, evitando os desvios que</p><p>tornam o ambiente inseguro.</p><p>EPIS</p><p>Os EPIs são fundamentais em um programa de conscientização para os trabalhadores; logo, constituem</p><p>um tema sempre importante de se abordar nos treinamentos e nas palestras para os colaboradores.</p><p>PRIMEIROS SOCORROS</p><p>Muitos acidentes com os trabalhadores ocorrem em função da falta de orientações relativa aos</p><p>atendimentos emergenciais, como, por exemplo, os primeiros socorros. Trabalhadores acidentados</p><p>poderão ter seu quadro clínico agravado se os colegas de trabalho não souberem realizar as</p><p>intervenções primárias, ou seja, se não conseguirem fazer um primeiro procedimento até a chegada de</p><p>um especialista.</p><p>AÇÕES INTEGRADAS</p><p>A gestão de segurança de uma organização pode melhorar a qualidade de vida no trabalho com ações</p><p>integradas, por exemplo, com outros departamentos, como o de RH ou de produção, orientando-os</p><p>quanto aos hábitos saudáveis e podendo contribuir com a redução do estresse, que causa doenças e</p><p>agravos no trabalho.</p><p>CONSCIENTIZAÇÃO</p><p>Temas, como, por exemplo, o ruído, devem ser amplamente abordados, já que, em muitas vezes, as</p><p>perdas auditivas que o trabalhador pode adquirir são resultantes de suas atividades sociais, e não</p><p>somente relacionadas ao trabalho. Essas orientações são realmente importantes para a conscientização</p><p>dos trabalhadores e a adoção das melhores práticas de proteção tanto dentro quanto fora dos ambientes</p><p>do trabalho.</p><p>DEPRESSÃO NO TRABALHO</p><p>A depressão é sempre um tabu entre os trabalhadores e na empresa de modo geral, mas tal tópico deve</p><p>ser abordado para a conscientização de todos os funcionários e em todos os níveis da organização. A</p><p>sociedade moderna vem sofrendo cada vez mais com transtornos mentais relacionados ao trabalho – e</p><p>um deles é a depressão.</p><p>Poderíamos apresentar ainda uma relação imensa de temas sugeridos a serem abordados pela</p><p>empresa com seus trabalhadores em todos os níveis, porém ilustramos, com os exemplos acima,</p><p>tópicos fundamentais com uma temática diversificada, como ruído, depressão, primeiros socorros,</p><p>hábitos saudáveis e EPIs.</p><p> ATENÇÃO</p><p>As melhores políticas são específicas de um local de trabalho. Elas não são redigidas ou elaboradas por</p><p>pessoas externas. Um empregador pode delegar a elaboração de uma política a um funcionário. No</p><p>entanto, a PPST é uma obrigação para os trabalhadores; por conseguinte, o empregador é o principal</p><p>responsável pelo seu conteúdo.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (PNSST)</p><p>ESTABELECE UMA SÉRIE DE RESPONSABILIDADES POR PARTE DOS</p><p>EMPREGADORES PARA A IMPLEMENTAÇÃO E A GARANTIA DE UM AMBIENTE</p><p>SEGURO E COM MAIS QUALIDADE DE VIDA. NESSE SENTIDO, MARQUE A</p><p>ÚNICA ALTERNATIVA QUE NÃO ESTÁ ALINHADA COM A PNSST.</p><p>A) Elaborar estudos e pesquisas pertinentes aos problemas que afetam a segurança e a saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>B) Produzir análises, avaliações e testes de medidas e métodos que visem à eliminação ou à redução</p><p>de riscos no trabalho, incluindo equipamentos de proteção coletiva e individual.</p><p>C) Desenvolver e executar ações educativas sobre temas relacionados à melhoria das condições de</p><p>trabalho nos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente do trabalho.</p><p>D) Garantir que os trabalhadores com comportamentos inseguros sejam devidamente punidos.</p><p>E) Contribuir com órgãos públicos e entidades civis para a proteção e a promoção da saúde do</p><p>trabalhador, incluindo a revisão e a formulação de regulamentos; o planejamento e o desenvolvimento</p><p>de ações interinstitucionais; e, por fim, a realização de levantamentos para a identificação das causas de</p><p>acidentes e de doenças nos ambientes de trabalho.</p><p>2. A POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (PNSST)</p><p>TEM DIVERSOS PRINCÍPIOS, EXCETO A(O):</p><p>A) Universalidade.</p><p>B) Prevenção.</p><p>C) Gratificação.</p><p>D) Diálogo social.</p><p>E) Integralidade.</p><p>GABARITO</p><p>1. A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) estabelece uma série de</p><p>responsabilidades por parte dos empregadores para a implementação e a garantia de um</p><p>ambiente seguro e com mais qualidade de vida. Nesse sentido, marque a única alternativa que</p><p>não está alinhada com a PNSST.</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>A PNSST não aborda punições para os trabalhadores como medidas prevencionistas. Ao contrário, ela</p><p>trata do tema “ambiente seguro” por meio da correta conscientização dos envolvidos em cada processo</p><p>operacional, treinando os trabalhadores e capacitando-os corretamente.</p><p>2. A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) tem diversos princípios, exceto</p><p>a(o):</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Não compete à PNSST estabelecer metodologias de gratificações extremamente questionáveis, por</p><p>exemplo, para os trabalhadores que não se afastam do trabalho por acidentes ou doenças ocupacionais.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Vimos neste conteúdo que</p><p>a engenharia de segurança do trabalho no Brasil vem assumindo um</p><p>importante papel na sociedade a partir da implementação de procedimentos seguros para os</p><p>trabalhadores.</p><p>Tendo isso em vista, estudamos a existência, em nosso país, de um conjunto de procedimentos legais</p><p>reconhecido mundialmente. Destacamos, nesse contexto, dois exemplos paradigmáticos: as normas</p><p>regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalho, a Política Nacional de Segurança e</p><p>Saúde no Trabalho.</p><p>Pontuamos, por fim, a necessidade de se promover o avanço da cultura de segurança nos ambientes de</p><p>trabalho. Afinal, ela é fundamental para a garantia da eficácia de nossa legislação em segurança.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANUÁRIO brasileiro de proteção 2020: saúde e segurança. São Paulo: Proteção Publicações e</p><p>Eventos, 2020.</p><p>BRASIL. Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança</p><p>e Saúde no Trabalho - PNSST.</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora nº 1 - disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais.</p><p>(Redação dada pela Portaria SEPRT nº 6.730, de 09/3/2020).</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora nº 6 - equipamento de proteção individual - EPI. (Alterado pela</p><p>Portaria SIT nº 194, de 7 de dezembro de 2010).</p><p>BRASIL. Norma regulamentadora nº 9 - avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes</p><p>físicos, químicos e biológicos. (Redação dada pela Portaria SEPRT nº 6.735, de 10 de março de 2020).</p><p>BRASIL. Normas regulamentadoras - segurança e saúde do trabalho. Guia trabalhista. Disponível na</p><p>internet em: 17 ago. 2021.</p><p>BRASIL. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras – NR do</p><p>capítulo V, título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a segurança e medicina do trabalho.</p><p>CÂMARA, V.; GALVÃO, L. A. A patologia do trabalho numa perspectiva ambiental. In: MENDES, R.</p><p>(Ed.). Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p. 609-630.</p><p>DEMBE, E. Occupation and disease: how social factors affect the conception of work-related disorders.</p><p>New Haven: Yale University, 1996.</p><p>DESOILLE, H.; SCHERRER, J.; TRUHAUT, R. Précis de médecine du travail. Paris: Masson, 1975, p.</p><p>290-303.</p><p>INTERNATIONAL LABOUR OFFICE. Encyclopaedia of occupational health and safety. 4. ed.</p><p>Geneva: ILO, 1998.</p><p>LAST, J. M. Dictionary of epidemiology. 3. ed. Oxford: Oxford University, 1995.</p><p>MENDES, R. Aspectos conceituais da patologia do trabalho. In: MENDES. R. (Ed.). Patologia do</p><p>trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p. 33-47.</p><p>MENDES, R. et al. Máquinas e acidentes de trabalho. Brasília: MTE/SIT; MPAS, 2001.</p><p>MORAES, G. A. Normas regulamentadoras comentadas. 6. ed. Rio de Janeiro, 207.</p><p>ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Diretrizes sobre sistemas de gestão de</p><p>segurança e saúde no trabalho. São Paulo: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e</p><p>Medicina do Trabalho, 2005.</p><p>SALIBA, T. M. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e controle dos riscos</p><p>ambientais. São Paulo: LTr, 2005.</p><p>SPINELLI, R.; BREVIGLIERO, E.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: agentes biológicos, químicos e</p><p>físicos. 2. ed. São Paulo: Senac SP, 2008.</p><p>EXPLORE+</p><p>Pesquise no YouTube o vídeo a seguir para conhecer a nova redação da NR-1 que trata da GRO e de</p><p>seus impactos nas demais NRs:</p><p>SSTONLINE. Ao vivo: a nova NR-1 e o gerenciamento de riscos ocupacionais - GRO e PGR. Publicado</p><p>em: 16 mar. 2020. Consultado na internet em: 13 ago. 2021.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Marcio Jorge Gomes Vicente</p><p>Existem ainda outros tantos textos judaicos</p><p>estabelecendo as normas de trabalho e as avaliações de trabalho e doença, além de conceitos de</p><p>readaptação laboral.</p><p>Império Greco-Romano</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Na Grécia, no período do Império Greco-Romano, Hipócrates (460-370 a.C.) descreveu diversas</p><p>doenças relacionadas às funções desempenhadas por metalúrgicos, montadores a cavalo, mineiros e</p><p>tintureiros, entre tantos outros trabalhadores. É bom ressaltar o fundamental papel do pai da medicina</p><p>nesse contexto doença versus trabalho, pois ele foi um dos primeiros prevencionistas de que tivemos</p><p>notícias.</p><p>Outras figuras fundamentais do Império Greco-romano trataram dessa questão. Na Grécia, Platão (427-</p><p>347 a.C.) abordou as doenças dos atletas profissionais, enquanto Aristóteles (384-322 a.C.) ampliou os</p><p>registros das doenças dos mineiros e dos montadores a cavalo. Na Roma Antiga, outros tantos</p><p>pensadores deixaram importantes registros das doenças relacionadas ao trabalho.</p><p>Plínio (23-79 d.C.), com sua História naturalis sobre o saturnismo, em função das exposições ao</p><p>mercúrio e às poeiras, trouxe informações sobre o uso de máscaras, ou seja, ele realizou a primeira</p><p>descrição de equipamentos de proteção individual (EPIs). Pela primeira vez, houve o tratamento de</p><p>temas referentes à segurança do trabalho.</p><p>Revolução Industrial</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>A Revolução Industrial, a partir do século XVIII, trouxe importantes avanços no campo da segurança do</p><p>trabalho e até nas observações das doenças presentes nos ambientes laborais. No período, ainda foram</p><p>identificadas diversas condições laborais precárias associadas às reivindicações em função da perda da</p><p>força de trabalho.</p><p>É muito importante entender algumas datas e alguns processos históricos da segurança do trabalho no</p><p>mundo. Tal medida se faz necessária a fim de apontar o quanto os países industrializados, considerados</p><p>de Primeiro Mundo, já tratavam da segurança enquanto o Brasil ainda se arrastava em um processo</p><p>rudimentar e escravagista.</p><p>Tendo isso em vista, observaremos a seguir alguns dados interessantes de quatro países em um</p><p>intervalo de 136 anos:</p><p></p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>1802 (INGLATERRA)</p><p>Lei de preservação da saúde e da moral de aprendizes e de outros empregados na indústria.</p><p>1844 (INGLATERRA)</p><p>Cláusulas adicionais estabelecem a obrigatoriedade de prover máquinas com proteção e de comunicar</p><p>acidentes.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p></p><p></p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>1841 (FRANÇA)</p><p>Primeira lei industrial a tratar do trabalho infantil.</p><p>1867 (FRANÇA)</p><p>Surge a primeira associação para prevenção de acidentes (criada por Engels Dollfuss).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p></p><p></p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>1877 (EUA)</p><p>Lei em Massachussetts sobre a proteção de correias de transmissão giradas sobre eixos e de</p><p>engrenagens, além da proibição de maquinário em movimento.</p><p>1913 (EUA)</p><p>Fundação do National Safety Council na cidade de Chicago.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p></p><p></p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>1935 (CUBA)</p><p>Primeiro país a constituir uma associação: o Consejo Nacional para la Prevención de Accidentes.</p><p>1938 (EUA)</p><p>Criação em Nova York do Consejo Interamericano de Seguridad (CIAS).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p></p><p>ASPECTOS HISTÓRICOS DA SEGURANÇA DO</p><p>TRABALHO NO BRASIL</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Apontados acima, os registros históricos no mundo propiciam a seguinte reflexão: enquanto muitos</p><p>países, especialmente no período pós-Revolução Industrial, começaram a tratar do tema “segurança dos</p><p>trabalhadores” com um bom nível de importância (o que é bem diferente de “prioridade”), o Brasil,</p><p>conforme frisamos, ainda estava com um regime de trabalho bem diferente do que se considera um</p><p>emprego.</p><p>O trabalho escravo (ainda existente no Brasil) sempre foi – e será – degradante, condicionando o ser</p><p>humano a um regime de deterioração quanto à sua dignidade. Desse modo, o país ainda está em um</p><p>processo de transição, mesmo que demorado, para um melhor patamar prevencionista.</p><p>Elencadas por conta de sua importância, as datas históricas reunidas a seguir abrangem seis décadas:</p><p></p><p></p><p>1919</p><p>Lei nº 3.724 (primeira lei contra acidentes, impondo ao setor ferroviário regulamentos prevencionistas).</p><p></p><p></p><p>1934</p><p>Decreto-Lei nº 24.637 (lei trabalhista institui regulamento sobre a prevenção de acidentes).</p><p></p><p></p><p>1941</p><p>Fundação da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA).</p><p></p><p></p><p>1943</p><p>Decreto-Lei nº 5.452 (aprovação da CLT).</p><p></p><p></p><p>1944</p><p>Decreto-Lei nº 7.036 (Lei de Acidentes do Trabalho).</p><p></p><p></p><p>1950</p><p>Portaria nº 39 (normas de higiene e segurança do trabalho nas minas).</p><p></p><p></p><p>1965</p><p>Portaria nº 491 (quadro de atividades e operações insalubres).</p><p>Portaria nº 608 (normas de trabalho em condições de periculosidade e relação das atividades perigosas</p><p>com inflamáveis).</p><p></p><p></p><p>1977</p><p>Alteração do Capítulo V do Título II da CLT relativo à Segurança e Medicina do Trabalho.</p><p></p><p></p><p>1978</p><p>Portaria nº 3.214 (Aprovação das NRs).</p><p>Como podemos observar, diversos decretos, leis e normas foram se modificando conforme as</p><p>características dos postos de trabalho e as mudanças das atividades econômicas no Brasil iam se</p><p>alterando. Esse cenário está bem claro com a publicação do Decreto-Lei nº 5.452, que trata da</p><p>aprovação da CLT, muito em função do processo de industrialização brasileira. O homem do campo,</p><p>afinal, se via diante de um novo cenário de riscos, com máquinas e equipamentos para operar, sem um</p><p>real processo de transição entre um modelo e outro.</p><p>A chegada das primeiras indústrias de grande porte ao país, especialmente a CSN, em Volta Redonda,</p><p>no Rio de Janeiro, ou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), em Paulo Afonso, na Bahia,</p><p>é bastante emblemática desse contexto de novos riscos e acidentes. Essas duas indústrias, portanto,</p><p>refletiram todo um processo histórico.</p><p>Na CSN, os trabalhadores recém-saídos de suas atividades do campo, no meio rural, sofriam com os</p><p>acidentes, enquanto os demais funcionários, de maneira voluntária, se reuniam para retratar os</p><p>acidentes, descrevendo-os e reportando-os a seus superiores. Nem sempre, contudo, tais informações</p><p>eram bem recebidas; em outros casos, elas eram interpretadas sob um contexto político, o que gerou</p><p>perseguições e prisões para trabalhadores em Volta Redonda.</p><p>No entanto, um grande legado ficou dessa época: a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes</p><p>(CIPA). Voluntariamente criada por esses trabalhadores e implementada em outras indústrias da época,</p><p>a CIPA foi incluída na (então) recém-criada CLT, de 1943. Isso foi, sem dúvida, um grande avanço no</p><p>campo da prevenção no país.</p><p>Os afastamentos dos trabalhadores no Brasil por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho ocorriam</p><p>de forma crescente. A imagem do país interna e externamente ficou, assim, marcada como a de uma</p><p>nação “campeã” de acidentes de trabalho, trazendo preocupações a todos, fossem eles trabalhadores,</p><p>empresas e até mesmo o governo, na época.</p><p> Gráfico: Nível de acidentalidade entre o período de 1970 a 2017.</p><p>Extraído de: Anuário Brasileiro de Proteção, 2020, p. 105.</p><p>O gráfico apresentado pelo Anuário Estatístico da Previdência Social demonstra claramente a redução</p><p>dos acidentes de trabalho no Brasil após a promulgação das NRs e de outros programas ocupacionais</p><p>estabelecidos por decretos e leis prevencionistas.</p><p>Com esse lamentável cenário acidentário – e com a péssima imagem no mercado internacional, o que</p><p>de fato reduziu os investimentos das empresas no Brasil –, o governo, após uma reunião tripartite em</p><p>1972, decidiu implementar medidas preventivas de forma experimental em algumas indústrias</p><p>voluntárias.</p><p>Finalmente, no dia 8 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego, que compõe atualmente o</p><p>Ministério da Economia como uma secretaria especial, promulgou as chamadas normas</p><p>regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalhador (as populares NRs) com o seguinte</p><p>texto normativo:</p><p>AS NORMAS REGULAMENTADORAS – NRS RELATIVAS À</p><p>SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO SÃO DE</p><p>OBSERVÂNCIA</p><p>OBRIGATÓRIA PELAS EMPRESAS</p><p>PRIVADAS [...] QUE POSSUAM EMPREGADOS REGIDOS</p><p>PELA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT).</p><p>(NORMAS REGULAMENTADORAS - SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO, 2021)</p><p>Infelizmente, os trabalhadores estatutários, funcionários públicos não regidos pela CLT, foram excluídos</p><p>dessa portaria, permanecendo de tal forma até os dias de hoje.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Consulte na internet a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V do Título II da</p><p>CLT relativo à segurança e medicina do trabalho, e a Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, que</p><p>aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V do Título II da CLT, relativas à segurança e à</p><p>medicina do trabalho.</p><p>Assim como a publicação da CLT em 1943, as NRs representam atualmente uma mudança de</p><p>paradigma para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, pois sua missão é melhorar as</p><p>condições dos ambientes de trabalho e livrar os trabalhadores das nocividades que tanto os</p><p>acompanham.</p><p>Outras portarias, leis e outros decretos surgiram após a publicação das chamadas NRs em 1978. Até</p><p>hoje, esses documentos contribuem significativamente para a percepção e a consequente redução dos</p><p>riscos nos ambientes de trabalho.</p><p> EXEMPLO</p><p>O FAP relaciona os encargos tributários de uma empresa a seus resultados de afastamentos dos</p><p>trabalhadores em regime previdenciário, ou seja, é uma forma de criar uma cultura de segurança nos</p><p>ambientes de trabalho, em que, quanto maiores os investimentos por parte das organizações, melhores</p><p>são as condições seguras e salubres e menores os afastamentos dos trabalhadores. A empresa, além</p><p>disso, garante reduções do seguro de acidente de trabalho em sua folha de pagamento.</p><p>Por fim, podemos verificar que as leis atuais no Brasil representam avanços preventivos, mas ainda</p><p>estamos longe da obtenção de resultados para a redução das doenças dos trabalhadores que tanto os</p><p>afastam de suas jornadas laborais.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. NO BRASIL, OS AFASTAMENTOS DOS TRABALHADORES POR ACIDENTES</p><p>DE TRABALHO, INCLUINDO OS ÓBITOS DECORRENTES DELES, TIVERAM UMA</p><p>CONSIDERÁVEL REDUÇÃO, PORÉM ELES AINDA ESTÃO LONGE DE ATINGIR</p><p>UM BOM PATAMAR NO CAMPO DA PREVENÇÃO. PODE-SE AFIRMAR QUE TAIS</p><p>REDUÇÕES ESTÃO ASSOCIADAS À PROMULGAÇÃO DA SEGUINTE</p><p>LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR:</p><p>A) Portaria nº 491/1965.</p><p>B) Lei nº 3.724/1919.</p><p>C) Decreto nº 24.637/1934.</p><p>D) Decreto nº 7.036/1944.</p><p>E) Portaria nº 3.214/1978.</p><p>2. COM O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL, ESPECIALMENTE</p><p>NAS DÉCADAS DE 1930 E 1940, MUITOS ACIDENTES COM OS</p><p>TRABALHADORES OCORRERAM EM FUNÇÃO DA FALTA DE ORIENTAÇÕES E</p><p>DE TREINAMENTOS PARA ELES. DIANTE DESSE CENÁRIO, PODE-SE DIZER</p><p>QUE, EM 1943, O GOVERNO PROMULGOU UM IMPORTANTE DECRETO,</p><p>INCLUINDO A PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES EM SEU CAPÍTULO</p><p>RELACIONADO AO CONTEXTO SOCIAL, QUE TAMBÉM É CONSIDERADO UM</p><p>DOS “MARCOS” HISTÓRICOS NESSE CONTEXTO. ESTAMOS TRATANDO DE</p><p>QUAL DECRETO FEDERAL?</p><p>A) Das normas regulamentadoras.</p><p>B) Da Política Nacional de Segurança e Saúde dos Trabalhadores.</p><p>C) A importante lei geral de prevenção de acidentes ferroviários.</p><p>D) Do fator acidentário de prevenção.</p><p>E) Da Consolidação das Leis do Trabalho.</p><p>GABARITO</p><p>1. No Brasil, os afastamentos dos trabalhadores por acidentes de trabalho, incluindo os óbitos</p><p>decorrentes deles, tiveram uma considerável redução, porém eles ainda estão longe de atingir</p><p>um bom patamar no campo da prevenção. Pode-se afirmar que tais reduções estão associadas à</p><p>promulgação da seguinte legislação de segurança e saúde do trabalhador:</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>No Brasil, as NRs consoantes à Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e</p><p>Emprego, são responsáveis pela redução dos níveis de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais,</p><p>pois estabelecem procedimentos preventivos obrigatórios nos ambientes de trabalho.</p><p>2. Com o processo de industrialização do Brasil, especialmente nas décadas de 1930 e 1940,</p><p>muitos acidentes com os trabalhadores ocorreram em função da falta de orientações e de</p><p>treinamentos para eles. Diante desse cenário, pode-se dizer que, em 1943, o governo promulgou</p><p>um importante decreto, incluindo a proteção dos trabalhadores em seu capítulo relacionado ao</p><p>contexto social, que também é considerado um dos “marcos” históricos nesse contexto.</p><p>Estamos tratando de qual decreto federal?</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>Promulgada em 1943, a CLT é considerada até hoje um marco histórico por incluir, no contexto dos</p><p>avanços sociais, a obrigação dos empregadores de proteger seus trabalhadores.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Reconhecer a importância das normas regulamentadoras na melhoria dos ambientes de</p><p>trabalho</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>As NRs de segurança, higiene e saúde do trabalho devem ser implementadas em todas as empresas</p><p>que admitam trabalhadores em regime de CLT, inclusive nas organizações terceirizadas no Brasil. Tal</p><p>caso, porém, ainda não constitui um cenário constatável do ponto de vista histórico.</p><p>Analisaremos um case real a seguir:</p><p>A indústria da terceirização de mão de obra no segmento de petróleo e gás, que cresce e aparece com</p><p>as bênçãos das empresas do setor, especialmente das contratantes, tem deixado vítimas pelo caminho.</p><p>Por falta de qualificação e devido a acidentes de trabalho, os próprios trabalhadores são descartados</p><p>pelo sistema – em muitos casos, sem a garantia de quaisquer direitos e a perspectiva de um novo</p><p>emprego.</p><p>Em relatos reservados e denúncias enviadas ao Sindicato dos Petroleiros e ao Ministério Público do</p><p>Trabalho (MPT), os trabalhadores detalham como a maior estatal brasileira faz vista grossa para as</p><p>condições de trabalho dos terceirizados, contrariando um acordo fechado entre ela e o MPT.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Pelo acordo, a empresa estatal, que é a principal contratante do seguimento, deve comunicar qualquer</p><p>acidente em suas instalações. Se ele ocorrer com um trabalhador terceirizado, o comunicado terá de ser</p><p>feito ao Sindicato dos Petroleiros. Contudo, o que acontece no dia a dia é a ocultação desses acidentes,</p><p>descobertos muito tempo depois por meio de denúncia do próprio acidentado ao sindicato ou à Justiça.</p><p>Certa vez, um trabalhador terceirizado que estava na P-38, uma das plataformas da Bacia de Campos,</p><p>escorregou, bateu com o joelho e fraturou a rótula. Ele foi mantido embarcado por três dias e só depois</p><p>levado a Macaé, no Rio de Janeiro, para atendimento. A permanência na plataforma seria uma tentativa</p><p>da empresa de não caracterizar a queda como acidente de trabalho segundo relato de outros</p><p>trabalhadores que desejaram não se identificar.</p><p>Um placar colocado nas plataformas para contabilizar o número de acidentes de trabalho, em vez de</p><p>reforçar as boas práticas na segurança do trabalho, acaba tendo um efeito inverso. As chefias fazem de</p><p>tudo para não registrar os acidentes nem prejudicar o placar. A contratante ainda nega a existência de</p><p>um bônus vinculado aos acidentes de trabalho, mas as informações repassadas ao MPT indicam que o</p><p>número de acidentes interfere na avaliação das chefias.</p><p>Augusto, de 44 anos, é o retrato da discriminação sofrida por esses trabalhadores terceirizados que se</p><p>acidentam nas dependências da empresa. Em 2007, Augusto foi contratado por uma empresa</p><p>terceirizada como soldador alpinista, que trabalha pendurado por cabos.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Essa empresa presta serviços para outra contratada, havendo, no caso, uma quarteirização de serviços.</p><p>Em novembro do mesmo ano, Augusto, que trabalhava em um dos tanques de um navio na P-35,</p><p>passou mal por conta da falta de ventilação no local, caiu e ficou desacordado. Ainda assim, ele foi</p><p>mantido por mais quatro dias embarcado.</p><p>“O gerente da plataforma informou ao médico da minha empresa em terra que eu estava bem para não</p><p>comunicar o acidente”, informa Augusto. A comunicação só foi feita mais tarde, quando o funcionário</p><p>procurou o sindicato. Ele ficou com sequelas e dores fortes no braço direito e perdeu movimento pleno</p><p>de um dedo. Nessas condições, não</p><p>quis mais embarcar.</p><p>Augusto foi ameaçado de demissão por justa causa e entrou na Justiça para reclamar seus direitos.</p><p>Demitido, ele não conseguiu mais trabalho em outras terceirizadas, a não ser por um período na</p><p>empresa de um conhecido. Hoje, está desempregado e sem perspectivas.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. NA INCIDÊNCIA DE UM ACIDENTE DE TRABALHO COM UM TRABALHADOR</p><p>DE DETERMINADA EMPRESA TERCEIRIZADA EM UMA PLATAFORMA DE</p><p>PETRÓLEO, CABE À CONTRATANTE:</p><p>A) Proceder com as medidas de atendimento imediato para o trabalhador acidentado, seguindo os</p><p>mesmos protocolos voltados para os próprios trabalhadores.</p><p>B) Não tomar medida alguma para não se comprometer e evitar um vínculo trabalhista com o</p><p>colaborador acidentado.</p><p>C) Punir o trabalhador acidentado por ter comunicado o acidente.</p><p>D) Encerrar o contrato com a contratada pelo ocorrido com o trabalhador.</p><p>E) Oferecer um bônus financeiro ao trabalhador para não comunicar o acidente.</p><p>2. POR QUAL MOTIVO AS EMPRESAS CONTRATANTES NO SETOR DE ÓLEO E</p><p>GÁS POSSUEM MENORES INDICADORES ACIDENTÁRIOS QUE AS</p><p>CONTRATADAS, AS TERCEIRIZADAS E ATÉ MESMO AS QUARTEIRIZADAS?</p><p>A) Por considerar em seus registros apenas os acidentes com trabalhadores com vínculos diretos em</p><p>seu CNPJ.</p><p>B) Pelos trabalhadores de empresas terceirizadas possuírem excelentes medidas de prevenção de</p><p>acidentes.</p><p>C) Pelo fato de que esse seguimento econômico possui poucos acidentes em seu dia a dia.</p><p>D) Pelo rigor no cumprimento das normas regulamentadoras para as empresas quarteirizadas.</p><p>E) Pelos baixos indicadores acidentários por parte das contratantes, os quais, nesse caso, estão</p><p>relacionados a um excelente programa de bônus aos trabalhadores que não sofrem acidentes de</p><p>trabalho.</p><p>GABARITO</p><p>1. Na incidência de um acidente de trabalho com um trabalhador de determinada empresa</p><p>terceirizada em uma plataforma de petróleo, cabe à contratante:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Não importa o tipo de vínculo trabalhista; na verdade, contratantes e contratadas são responsáveis</p><p>solidárias pela proteção dos trabalhadores e pelas ações de atendimentos a eles na ocorrência de um</p><p>acidente de trabalho.</p><p>2. Por qual motivo as empresas contratantes no setor de óleo e gás possuem menores</p><p>indicadores acidentários que as contratadas, as terceirizadas e até mesmo as quarteirizadas?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Os baixos registros de acidentes nesse seguimento por parte das empresas contratantes estão</p><p>relacionados ao fato de que elas consideram apenas aqueles ocorridos com os próprios funcionários, e</p><p>não com os demais terceirizados e quarteirizados.</p><p>3. QUANTO AO PROCEDIMENTO DO GERENTE DA</p><p>PLATAFORMA EM INFORMAR AO MÉDICO DA EMPRESA</p><p>QUE O TRABALHADOR ACIDENTADO ESTAVA BEM E QUE</p><p>NÃO DEVERIA FORNECER AS INFORMAÇÕES CORRETAS,</p><p>QUAL É SEU ENTENDIMENTO? JUSTIFIQUE SUA</p><p>RESPOSTA.</p><p>RESPOSTA</p><p>javascript:void(0)</p><p>O gerente da plataforma decidiu por esse tipo de ação para que os indicadores acidentários não</p><p>aumentassem e para que, de alguma forma, isso dificultasse a relação do estado de saúde do trabalhador</p><p>acidentado com o ambiente de trabalho dele, evitando-se, assim, o nexo causal em uma possível reclamação</p><p>trabalhista.</p><p>A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS</p><p>REGULAMENTADORAS</p><p>NORMAS REGULAMENTADO RAS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>É muito comum haver as seguintes indagações tanto por parte dos trabalhadores quanto (e</p><p>especialmente) por parte dos empregadores:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>POR QUE AS NRS MUDAM FREQUENTEMENTE?</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>É REALMENTE NECESSÁRIO IMPLANTAR AS NRS?</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>AS NRS SÃO OBRIGATÓRIAS?</p><p>As respostas estão em nosso dia a dia. O ambiente de trabalho é muito dinâmico, requerendo, por</p><p>isso, intervenções constantes. Sem uma padronização dos processos e a obrigatoriedade de seu</p><p>cumprimento, o número de acidentes no Brasil seria ainda mais elevado.</p><p>Os avanços tecnológicos denotam a necessidade de novas técnicas preventivas. Cada atividade</p><p>econômica, incluindo aquelas que sempre surgem, implicam novas e necessárias NRs.</p><p>Retornemos agora ao tempo da publicação, pelo então Ministério do Trabalho e Emprego, da Portaria nº</p><p>3.214 com as primeiras NRs. Estamos falando do ano de 1978; portanto, depois de mais de quatro</p><p>décadas, as relações de trabalho, os maquinários e os processos operacionais mudaram bastante. Além</p><p>disso, os riscos acentuaram-se.</p><p>Logicamente, as NRs tiveram de ser revistas e ampliadas. Vejamos, por exemplo, o seguimento da</p><p>construção civil e o de produção de petróleo e gás natural.</p><p>Ambos constituem dois seguimentos econômicos extremamente fundamentais para a economia</p><p>nacional, apresentando ainda um número considerável de acidentes de trabalho e de adoecimento dos</p><p>trabalhadores. As NRs vêm sendo ajustadas periodicamente devido aos avanços tecnológicos desses</p><p>seguimentos, implementando procedimentos preventivos com bons resultados no meio ambiente do</p><p>trabalho.</p><p>DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS</p><p>Apresentaremos agora as NRs brasileiras e suas características fundamentais para que possamos</p><p>avaliar seus objetivos na prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Atualmente,</p><p>existem 37 NRs, embora algumas delas já tenham sido revogadas. Veremos a seguir mais informações</p><p>sobre cada uma:</p><p>NR-1 – DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE</p><p>RISCOS OCUPACIONAIS (GRO)</p><p>A nova redação da NR-1 tornou-se a principal mudança no campo da prevenção de acidentes e de</p><p>doenças ocupacionais para os profissionais de segurança do trabalho. Desse modo, esta NR toma uma</p><p>grande dimensão de gestão ao tratar diretamente do ambiente do trabalho por meio de um inventário</p><p>dos dados tanto das medidas preventivas quanto de natureza médica.</p><p>Os programas de prevenção de riscos ambientais e de controle médico e saúde ocupacional, portanto,</p><p>são inseridos em seu contexto. Isso dá a garantia de que a aplicação de procedimentos de</p><p>gerenciamento de riscos será priorizada antes da operação propriamente dita.</p><p>As análises preliminares de riscos (APR) precisam fazer parte das atividades laborais dos trabalhadores,</p><p>além de todos os dados relativos a treinamentos, afastamentos e demais informações.</p><p>O ambiente de trabalho precisa ser monitorado constantemente com as emissões de ordens de serviços</p><p>(não apenas para atividades especiais), enquanto os riscos devem apurados em sua origem. Com isso,</p><p>obtém-se uma norma tanto de gestão quanto operacional.</p><p> ATENÇÃO</p><p>De todas as alterações normativas, a NR-1, com certeza, é a mais consistente de todas, pois integra</p><p>diversos programas em uma única norma regulamentadora (NR).</p><p>NR-2 – INSPEÇÃO PRÉVIA</p><p>Esta NR estabelecia as situações em que as empresas deveriam solicitar ao Ministério do Trabalho a</p><p>realização de uma inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização.</p><p>Ela, porém, foi revogada e não está mais em vigor; logo, as empresas não necessitam mais solicitar o</p><p>certificado de inspeção prévia à superintendência do trabalho de sua região para iniciar suas operações.</p><p>NR-3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO</p><p>Aborda a paralisação de serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem</p><p>observados pela fiscalização trabalhista na adoção de tais medidas punitivas no tocante à segurança e à</p><p>medicina do trabalho.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A última alteração da NR-3 foi feita em 23 de setembro de 2019. Caso haja uma interdição ou um</p><p>embargo em determinado setor, seus empregados receberão os salários como se estivessem</p><p>trabalhando.</p><p>NR-4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE</p><p>SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO</p><p>Esta importante NR estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas de possuir</p><p>empregados regidos pela CLT. A fundamentação legal, ordinária e específica que dá embasamento</p><p>jurídico à existência da NR-4 é o artigo 162 da CLT.</p><p>A implantação dos serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho</p><p>(SESMT) depende da gradação do risco da atividade principal da empresa</p><p>conforme os dados da</p><p>Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e do número total de empregados do</p><p>estabelecimento.</p><p>Dependendo dos elementos apontados, os SESMT terão de ser compostos por:</p><p>Engenheiro de segurança do trabalho.</p><p>Médico do trabalho.</p><p>Enfermeiro do trabalho.</p><p>Técnico de enfermagem do trabalho.</p><p>Técnico de segurança do trabalho.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> ATENÇÃO</p><p>Todos devem ser empregados da empresa.</p><p>NR-5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE</p><p>ACIDENTES (CIPA)</p><p>Estabelece a obrigatoriedade das empresas de organizar e manter em funcionamento uma comissão</p><p>constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, eliminando</p><p>as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Os artigos 163 a 165 da CLT são</p><p>a fundamentação legal da NR-5, dando-lhe embasamento jurídico.</p><p>Os trabalhos desenvolvidos pela CIPA são da maior importância para a segurança dos trabalhadores. O</p><p>objetivo dela é a prevenção de acidentes e de doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar</p><p>permanentemente o trabalho compatível com a preservação da vida e a promoção da saúde do</p><p>trabalhador.</p><p>A CIPA será composta de representantes do empregador (indicados) e dos empregados (eleitos).</p><p>Titulares e suplementares, os membros eleitos dessa comissão terão estabilidade empregatícia desde</p><p>sua candidatura até um ano após o encerramento da gestão deles.</p><p>NR-6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL</p><p>Estabelece os modelos e tipos de EPIs para os trabalhadores conforme os respectivos riscos envolvidos</p><p>nos ambientes de trabalho. Ocorre que, ao contrário do que pode parecer, a implementação dos EPIs</p><p>não pode ser o verdadeiro projeto preventivo. Na verdade, devem-se priorizar sempre as medidas</p><p>coletivas em primeiro plano.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Por conta disso, as empresas serão obrigadas a fornecer gratuitamente a seus empregados EPIs</p><p>adequados aos riscos e em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes</p><p>circunstâncias:</p><p>Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa</p><p>proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.</p><p>Enquanto as medidas de proteção coletivas estiverem sendo implantadas.</p><p>Para atender às situações de emergência.</p><p>NR-7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE</p><p>OCUPACIONAL (PCMSO)</p><p>Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e da implementação do PCMSO, por parte de todos os</p><p>empregadores e das instituições que admitem trabalhadores como empregados, com o objetivo de</p><p>promover e preservar a saúde do conjunto de seus funcionários.</p><p>O PCMSO trata dos seguintes exames médicos obrigatórios para as empresas:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Exame admissional</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Exame periódico</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Exame de retorno ao trabalho</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Exame de mudança de função</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Exame demissional</p><p>A depender do grau de risco da empresa ou das empresas que trabalham com agentes químicos,</p><p>ruídos, radiações ionizantes e benzeno, além de outros compostos, haverá, a critério do médico do</p><p>trabalho e dependendo dos quadros na própria NR-7, bem como na NR-15, exames específicos para</p><p>cada risco que o trabalho puder gerar.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Após ter passado por uma profunda revisão normativa em 9 de março de 2020, o PCMSO se tornará um</p><p>programa fundamental para integrar a NR-1; logo, todas as ações de segurança e as ocupacionais serão</p><p>inseridas em um único programa.</p><p>NR-8 – EDIFICAÇÕES</p><p>Estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir a</p><p>segurança e o conforto aos que nelas trabalham. Esta norma define os parâmetros para as edificações,</p><p>observando-se a proteção contra a chuva, a insolação excessiva ou a falta de insolação. Devem-se</p><p>observar também as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A NR-8 não pode ser confundida com a NR-18, que trata da construção civil, pois ambas possuem</p><p>alguns requisitos semelhantes.</p><p>NR-9 – AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES</p><p>OCUPACIONAIS AOS AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E</p><p>BIOLÓGICOS</p><p>Nesta importante norma, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) recebeu uma revisão</p><p>normativa em 10 de março de 2020, ampliando suas abordagens de duas formas:</p><p>QUANTO A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS</p><p>Segue critérios técnicos para as avaliações quantitativas conforme os limites de tolerância.</p><p>QUANTO A AVALIAÇÕES QUALITATIVAS SEGUNDO A</p><p>CARACTERIZAÇÃO DOS RISCOS</p><p>Segue os parâmetros da relação entre efeito e frequência.</p><p>Com a alteração da NR-1, o PPRA passa a ser um dos programas que vão compor NR-9 por meio de</p><p>um inventário bem amplo dos riscos ocupacionais. Desse modo, essa norma é de fundamental</p><p>importância para o programa de gerenciamento de riscos (PGR) em âmbito geral.</p><p>NR-10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM</p><p>ELETRICIDADE</p><p>Esta NR trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles, incluindo terceiros e usuários,</p><p>que trabalham nas instalações elétricas em suas diversas etapas.</p><p>Entre tais etapas, incluem-se as seguintes:</p><p>Projeto</p><p>Execução</p><p>Operação</p><p>Manutenção</p><p>Reforma</p><p>Ampliação</p><p> ATENÇÃO</p><p>É importante considerar os riscos acentuados a sistemas elétricos para garantir a efetiva proteção dos</p><p>trabalhadores que atuam com esse tipo de operação.</p><p>NR-11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E</p><p>MANUSEIO DE MATERIAIS</p><p>Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho no que se refere ao</p><p>transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica</p><p>quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais.</p><p>A NR-11 destina-se à operação de:</p><p>Elevadores.</p><p>Guindastes.</p><p>Transportadores industriais.</p><p>Máquinas transportadoras.</p><p>NR-12 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS</p><p>Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas</p><p>empresas em relação à instalação, à operação e à manutenção de máquinas e equipamentos visando à</p><p>prevenção de acidentes do trabalho.</p><p>A NR-12 ainda determina:</p><p>Instalações e áreas de trabalho.</p><p>Distâncias mínimas entre máquinas e equipamentos.</p><p>Dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos.</p><p>NR-13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO</p><p>Estabelece todos os requisitos técnico-legais relativos à instalação, à operação e à manutenção de</p><p>caldeiras e vasos de pressão para se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho. Tanto o</p><p>acompanhamento de operação e manutenção quanto a inspeção e a supervisão de inspeção periódica</p><p>das caldeiras e dos vasos de pressão são de competência do engenheiro especializado nas atividades</p><p>referentes ao projeto de construção.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A NR-13 exige um treinamento específico para seus operadores, contendo várias classificações e</p><p>categorias nas especialidades devido principalmente a seu elevado grau de risco.</p><p>NR-14 – FORNOS</p><p>Estabelece as recomendações técnico-legais pertinentes à construção, à operação e à manutenção de</p><p>fornos industriais nos ambientes de trabalho, além de definir os parâmetros para a instalação de fornos.</p><p> ATENÇÃO</p><p>É importante observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal. Além disso, é</p><p>preciso considerar que as fontes de aquecimento dos fornos podem ser obtidas pela queima de</p><p>combustíveis, pela eletricidade ou pela recuperação de gases quentes, devendo, portanto, haver todos</p><p>os cuidados e ser seguidas as recomendações a respeito.</p><p>NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES</p><p>Trata de atividades, operações e agentes insalubres, assim como das situações que, quando são</p><p>vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos colaboradores, ensejam a caracterização do exercício</p><p>insalubre e dos meios de protegê-los de tais exposições nocivas à sua saúde.</p><p>Uma atividade é considerada insalubre quando se dá além dos limites de tolerância, isto é, da</p><p>intensidade, da natureza e do tempo de exposição ao agente, não causando danos à</p><p>saúde do</p><p>trabalhador durante sua vida laboral.</p><p>Contidas nos anexos da norma, as atividades insalubres levam em consideração os seguintes agentes:</p><p>Ruído contínuo ou permanente.</p><p>Ruído de impacto.</p><p>Tolerância para exposição ao calor.</p><p>Radiações ionizantes.</p><p>Agentes químicos e poeiras minerais.</p><p>Incidentes sobre o salário-mínimo nacional, os adicionais de insalubridade estão na ordem de 10%, 20%</p><p>ou 40%. Os artigos 189 e 192 da CLT constituem a fundamentação legal, ordinária e específica a</p><p>conferir um embasamento jurídico à sua existência.</p><p>NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS</p><p>Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas. A fundamentação legal</p><p>que dá embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como o 3° agente periculoso é a Lei</p><p>n° 7.369, de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da</p><p>área de eletricidade.</p><p>Por decreto, duas categorias profissionais possuem direito a esse adicional: os vigilantes armados e os</p><p>motoboys. São consideradas atividades perigosas aquelas ligadas a explosivos, inflamáveis e à energia</p><p>elétrica.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>A incidência do adicional de periculosidade se dá em percentual único de 30% incidentes sobre o</p><p>salário-base do trabalhador. Devem ser desconsiderados desse cálculo os adicionais noturnos, as horas</p><p>extras e os demais valores agregados nas respectivas remunerações.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Se estiver exposto aos adicionais de insalubridade e periculosidade ao mesmo tempo, um trabalhador</p><p>terá direito a receber o maior valor remuneratório que lhe for devido, ou seja, na incidência de dois</p><p>valores, ele receberá apenas um, sem nenhum prejuízo.</p><p>NR-17 – ERGONOMIA</p><p>Visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às psicofisiológicas</p><p>dos trabalhadores para lhes proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A</p><p>fundamentação legal que lhe dá embasamento jurídico são os artigos 198 e 199 da CLT.</p><p>A NR-17 estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho a (à):</p><p>Características psicofisiológicas.</p><p>Máquinas.</p><p>Ambiente.</p><p>Comunicações dos elementos do sistema.</p><p>Informações.</p><p>Processamento.</p><p>Tomada de decisões.</p><p>Organização.</p><p>Consequências do trabalho.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Observe que as lesões por esforços repetitivos (LER), hoje denominadas doença osteomuscular</p><p>relacionada ao trabalho (DORT), constituem o principal grupo de problemas à saúde reconhecidos pela</p><p>sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o LER, constante hoje nas relações de</p><p>doenças profissionais da Previdência.</p><p>Esta NR também fará parte da GRO com as caracterizações das atividades com agentes ergonômicos.</p><p>NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA</p><p>INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO</p><p>Estabelece diretrizes de ordem administrativa e de planejamento de organização que objetivam a</p><p>implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas</p><p>condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil.</p><p>A NR-18 também passou por diversas alterações – entre elas, a obrigação do desenvolvimento das</p><p>estratégias de segurança, que passa a ser exclusivamente das construtoras, e não mais de</p><p>fornecedores. Seu texto ainda modernizou o conceito das plataformas de trabalho em altura (PTA),</p><p>tornando-o mais abrangente; com isso, elas passaram a ser denominadas plataformas elevatórias</p><p>móveis de trabalho (PEMTs).</p><p> ATENÇÃO</p><p>Outras NRs foram retiradas do texto da NR-18 para evitar duplicidade. O trecho sobre as áreas de</p><p>vivência, por exemplo, foi transferido para a NR-24 (condições sanitárias e de conforto nos locais de</p><p>trabalho).</p><p>As questões relacionadas ao trabalho em espaços confinados ficaram restritas à NR-33 (segurança e</p><p>saúde nos trabalhos em espaços confinados); todavia, como previsto pela NR-1, será necessário haver</p><p>a elaboração de um PGR próprio em obras se a edificação tiver mais de sete metros de altura e/ou dez</p><p>trabalhadores envolvidos em determinado ambiente laboral. Em projetos menores, cujas edificações</p><p>possuem altura inferior a sete metros de altura, ou existem menos de dez trabalhadores em um mesmo</p><p>ambiente laboral, o desenvolvimento do programa pode ficar a cargo do técnico de segurança do</p><p>trabalho.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Agora é obrigatória a climatização em máquinas que possuem movimento próprio (autopropelidas) ou</p><p>com mais de 4,5 mil quilos.</p><p>NR-19 – EXPLOSIVOS</p><p>Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, do manuseio e do transporte de</p><p>explosivos para a proteção da saúde e da integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de</p><p>trabalho.</p><p>A NR-19 determina parâmetros para o depósito, o manuseio e a armazenagem de explosivos. A</p><p>fundamentação legal, ordinária e específica a dar embasamento jurídico à existência de tal NR é o artigo</p><p>200, inciso II, da CLT.</p><p>NR-20 - LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Estabelece as disposições regulamentares sobre o armazenamento, o manuseio e o transporte de</p><p>líquidos combustíveis e inflamáveis para promover a proteção da saúde e a integridade física dos</p><p>trabalhadores em seus ambientes de trabalho.</p><p>A NR-20 define os parâmetros para o armazenamento de combustíveis e inflamáveis. Sua</p><p>fundamentação legal, dando-lhe embasamento jurídico, é o artigo 200, inciso II, da CLT.</p><p>NR-21 - TRABALHO A CÉU ABERTO</p><p>Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas à prevenção de acidentes nas atividades</p><p>desenvolvidas a céu aberto, como, por exemplo, em minas ao ar livre e pedreiras. A fundamentação</p><p>legal, ordinária e específica que dá embasamento jurídico à existência desta NR é o artigo 200, inciso IV,</p><p>da CLT.</p><p>NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA</p><p>MINERAÇÃO</p><p>Foto: Jose Luis Stephens / Shutterstock.com</p><p>Estabelece os métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvem trabalhos</p><p>subterrâneos, de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de segurança e</p><p>medicina do trabalho.</p><p>A NR-22 destina-se aos trabalhos em:</p><p>Minerações subterrâneas ou a céu aberto.</p><p>Garimpos.</p><p>Beneficiamento de minerais.</p><p>Pesquisa mineral.</p><p>Nesses trabalhos, é necessário ter um médico especialista em condições hiperbáricas. Essa atividade</p><p>possui várias outras legislações complementares.</p><p>NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS</p><p>Estabelece as medidas de proteção contra incêndios nos locais de trabalho para a prevenção da saúde</p><p>e da integridade física dos trabalhadores.</p><p>Todas as empresas, assim, devem possuir:</p><p>Proteção contra incêndio.</p><p>Saídas para retirada de pessoal em serviço e/ou público.</p><p>Pessoal treinado e equipamentos. As normas do corpo de bombeiros sobre o assunto devem</p><p>ser observadas.</p><p>NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS</p><p>LOCAIS DE TRABALHO</p><p>Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos ambientes de trabalho visando</p><p>à higiene desses locais e à proteção à saúde dos trabalhadores, especialmente no que se refere a (à):</p><p>Banheiros.</p><p>Vestiários.</p><p>Refeitórios.</p><p>Cozinhas.</p><p>Alojamentos.</p><p>Água potável.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Todo estabelecimento tem de atender às denominações contempladas pelo próprio nome da NR-24.</p><p>Cabe à CIPA e/ou aos SESMT, se houver, a observância dessa norma. Deve-se observar também, nas</p><p>convenções coletivas de trabalho de sua categoria, se existe algum item sobre o assunto.</p><p>NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS</p><p>Estabelece as medidas preventivas a serem observadas pelas empresas no destino final a ser dado aos</p><p>resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho a fim de proteger a saúde e a integridade</p><p>física dos trabalhadores.</p><p>A NR-25 remete às disposições contidas na NR-15 e em legislações pertinentes nos níveis federal,</p><p>estadual e municipal. Ela ainda trata da eliminação de:</p><p>Resíduos gasosos.</p><p>Resíduos sólidos.</p><p>Líquidos de alta toxidade.</p><p>Periculosidade.</p><p>Risco biológico.</p><p>Risco radioativo.</p><p>NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA</p><p>Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança</p><p>nos ambientes</p><p>de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A NR-26 ainda</p><p>determina as cores na segurança do trabalho como forma de prevenção, evitando a distração, a</p><p>confusão e a fadiga do trabalhador, além de oferecer cuidados especiais quanto a produtos e locais</p><p>perigosos.</p><p>NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE</p><p>SEGURANÇA DO TRABALHO NO MINISTÉRIO DO</p><p>TRABALHO</p><p>Estabelece os requisitos a serem satisfeitos no Ministério do Trabalho pelo profissional que desejar</p><p>exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz respeito a seu registro</p><p>profissional como tal.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Esta norma se encontra revogada.</p><p>NR-28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES</p><p>Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de segurança e medicina</p><p>do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica tem sua existência jurídica assegurada, em</p><p>nível de legislação ordinária, por meio do artigo 201 da CLT.</p><p>Toda NR possui uma gradação de multas para cada item das normas. Essas gradações são divididas</p><p>por:</p><p>Número de empregados.</p><p>Risco na segurança.</p><p>Risco em medicina do trabalho.</p><p>Baseado em critérios técnicos, o agente da fiscalização autua o estabelecimento, faz a notificação e</p><p>concede prazo para a regularização e/ou a defesa. Quando constatar situações graves e/ou iminentes</p><p>ao risco à saúde e à integridade física do trabalhador, ele vai propor à autoridade regional a imediata</p><p>interdição do estabelecimento.</p><p>NR-29 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Seu objetivo é regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os</p><p>primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e de saúde</p><p>aos trabalhadores portuários.</p><p>Quanto à legislação ordinária, a existência jurídica desta NR está assegurada por:</p><p>Medida Provisória n° 1.575-6, de 27/11/1997.</p><p></p><p>Artigo 200 da CLT.</p><p></p><p>Decreto n° 99.534/1990, que promulga a Convenção n° 152, da Organização Internacional do Trabalho</p><p>(OIT).</p><p>NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO</p><p>AQUAVIÁRIO</p><p>Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada em:</p><p>Transporte de mercadorias ou de passageiros.</p><p>Navegação marítima de longo curso.</p><p>Cabotagem.</p><p>Navegação interior.</p><p>Serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em</p><p>deslocamento.</p><p>Embarcações de apoio marítimo e portuário.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A observância da NR-30 não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições legais em</p><p>relação à matéria em questão e a outras oriundas de convenções, acordos e contratos coletivos de</p><p>trabalho.</p><p>NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA</p><p>AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO</p><p>FLORESTAL E AQUICULTURA</p><p>Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de modo a</p><p>tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária,</p><p>silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança, a saúde e o ambiente do trabalho.</p><p>A NR-31 aplica-se a quaisquer atividades de agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e</p><p>aquicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e emprego e o local das atividades, bem</p><p>como àquelas de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários.</p><p>SILVICULTURA</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os</p><p>povoamentos florestais a fim de satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, a</p><p>aplicação desse estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.</p><p>AQUICULTURA</p><p>Ciência que estuda e aplica os meios de promover o povoamento dos animais aquáticos; criação</p><p>de animais aquícolas orientada por meios científicos.</p><p>NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM</p><p>SERVIÇOS DE SAÚDE</p><p>Estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde</p><p>dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e</p><p>assistência à saúde em geral.</p><p>SERVIÇOS DE SAÚDE</p><p>Entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à</p><p>saúde da população, assim como todas as ações de promoção, recuperação, assistência,</p><p>pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.</p><p>NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM</p><p>ESPAÇOS CONFINADOS</p><p>Estabelece os requisitos mínimos para a identificação de espaços confinados, assim como o</p><p>reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle dos riscos existentes, de modo a garantir</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>permanentemente a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente</p><p>nesses espaços.</p><p>ESPAÇOS CONFINADOS</p><p>Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua</p><p>que possua meios limitados de entrada e saída e cuja ventilação existente seja insuficiente para</p><p>remover contaminantes, ou onde possa existir a deficiência ou o enriquecimento de oxigênio.</p><p>NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA</p><p>INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL</p><p>Esta NR estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio</p><p>ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.</p><p>ATIVIDADES DA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO E</p><p>REPARAÇÃO NAVAL</p><p>Consideram-se atividades da indústria da construção e reparação naval todas aquelas</p><p>desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para tal fim ou nas próprias embarcações e</p><p>estruturas, tais como navios, barcos, lanchas e plataformas fixas ou flutuantes, entre outras.</p><p>NR-35 – TRABALHO EM ALTURA</p><p>Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o</p><p>planejamento, a organização e a execução para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores</p><p>envolvidos direta ou indiretamente com tal atividade.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>TRABALHO EM ALTURA</p><p>Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de dois metros do nível inferior</p><p>em que haja risco de queda.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>A NR-35 complementa as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na</p><p>ausência ou na omissão delas, as normas internacionais aplicáveis.</p><p>NR-36 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM</p><p>EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E</p><p>DERIVADOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Relativamente nova, esta NR foi fundamental para estabelecer os critérios de trabalho padronizados</p><p>para tal seguimento econômico brasileiro, garantindo os processos de qualidade para a avaliação, o</p><p>controle e o monitoramento dos riscos existentes nas atividades de abate e processamento de carnes e</p><p>derivados destinados ao consumo humano.</p><p>Os riscos, como, por exemplo, de baixas temperaturas nos frigoríficos, além de posturas rígidas e</p><p>movimentos repetitivos, mereceram uma especial atenção da NR-36. Com o objetivo de garantir mais</p><p>segurança, saúde e qualidade de vida para os colaboradores desse setor, foram estabelecidos requisitos</p><p>mínimos para a realização de suas atividades, priorizando a proteção dos trabalhadores.</p><p>NR-37 – SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE</p><p>PETRÓLEO</p><p>Mais recente de todas as normas, a NR-37 foi estabelecida em função dos riscos acentuados para os</p><p>trabalhadores que operam em plataformas de petróleo e gás natural. Com isso, tal NR define os</p><p>parâmetros mais importantes para garantir as operações seguras nesse ambiente de trabalho.</p><p>Além disso, a NR-37 estabelece que os trabalhadores façam rodízios, passando 15 dias ou mais a bordo</p><p>da plataforma, o que poderá ocasionar riscos à saúde dos trabalhadores caso as condições do local não</p><p>sejam adequadas. Por se tratar de uma atividade realizada em alto-mar, qualquer acidente pode trazer</p><p>danos graves aos trabalhadores e ao meio ambiente.</p><p>PALAVRAS FINAIS</p><p>Como apontamos, existem atualmente 37 normas publicadas no Brasil, mas duas delas já foram</p><p>revogadas: a de</p><p>nº 2 e a nº 27.</p><p>Ao verificar cada uma das normas apresentadas acima, o importante é entender que, no campo da</p><p>prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais, a implementação delas não significa a existência</p><p>de um ambiente isento de riscos.</p><p>Tais normas configuram, na verdade, requisitos mínimos a serem implementados pela empresa para</p><p>garantir um ambiente seguro. No entanto, é fundamental registrar que os trabalhadores também são</p><p>responsáveis pela própria segurança, devendo cumprir tais normas e procedimentos de segurança.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. OS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E</p><p>MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) ESTÃO, SEGUNDO A PORTARIA Nº 3.214, DO</p><p>MINISTÉRIO DO TRABALHO, ESTABELECIDOS PELA NR-4. MARQUE A</p><p>ALTERNATIVA QUE CONTÉM APENAS OS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS</p><p>EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ESTABELECIDOS POR ESSA NR.</p><p>A) Engenheiro de segurança, médico do trabalho e psicólogo do trabalho.</p><p>B) Técnico em segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho e fisioterapeuta ocupacional.</p><p>C) Engenheiro de segurança do trabalho, engenheiro civil e advogado trabalhista.</p><p>D) Psicólogo do trabalho, educador físico e médico do trabalho.</p><p>E) Engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho e enfermeiro do trabalho.</p><p>2. FREQUENTEMENTE, AS NORMAS REGULAMENTADORAS (NRS) SÃO</p><p>ALTERADAS EM FUNÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA PRODUTIVO</p><p>NO BRASIL E DOS NOVOS RISCOS PRESENTES NOS AMBIENTES DE</p><p>TRABALHO. MARQUE A NR QUE ESTABELECE UM INVENTÁRIO DE</p><p>SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL PARA TODAS AS EMPRESAS DO PAÍS</p><p>POR INTERMÉDIO DO GERENCIAMENTO DOS RISCOS OCUPACIONAIS.</p><p>A) NR-7, com o Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional.</p><p>B) NR-6, com os equipamentos de proteção individual como a principal metodologia de prevenção.</p><p>C) NR-9, com a emissão do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais.</p><p>D) NR-2, com a emissão do certificado de aprovação de instalações.</p><p>E) NR-1, com o inventário dos diversos riscos ocupacionais presentes nos ambientes de trabalho.</p><p>GABARITO</p><p>1. Os serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho (SESMT)</p><p>estão, segundo a Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho, estabelecidos pela NR-4. Marque a</p><p>alternativa que contém apenas os profissionais especializados em segurança e medicina do</p><p>trabalho estabelecidos por essa NR.</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>De acordo com a NR-4, os únicos profissionais que se pode considerar como especializados são os</p><p>seguintes: engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico em</p><p>enfermagem do trabalho e técnico em segurança do trabalho. Outras importantes profissões, como</p><p>psicólogos, fisioterapeutas e educadores físicos, por exemplo, podem e devem agregar valor aos</p><p>SESMT, porém sua contratação, segundo o Quadro II da NR-4, não é obrigatória.</p><p>2. Frequentemente, as normas regulamentadoras (NRs) são alteradas em função das</p><p>características do sistema produtivo no Brasil e dos novos riscos presentes nos ambientes de</p><p>trabalho. Marque a NR que estabelece um inventário de segurança e saúde ocupacional para</p><p>todas as empresas do país por intermédio do gerenciamento dos riscos ocupacionais.</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A NR-1 toma uma grande dimensão de gestão ao tratar diretamente do ambiente do trabalho por meio</p><p>de um inventário dos dados tanto das medidas preventivas quanto de natureza médica, ou seja, os</p><p>programas de prevenção de riscos ambientais e de controle médico e saúde ocupacional serão inseridos</p><p>no contexto deles.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Identificar os principais objetivos da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Sua empresa já implementou a PNSST? Afinal, que sigla é essa?</p><p>Criada em 7 de novembro de 2011 pelo Decreto nº 7.062, a PNSST tem o objetivo de garantir as</p><p>melhorias no meio ambiente de trabalho tanto com as avaliações e a identificação dos riscos presentes</p><p>quanto com as medidas preventivas e corretivas para que acidentes e o adoecimento dos trabalhadores</p><p>sejam evitados.</p><p>Observe o caso a seguir:</p><p>Luis Cláudio Pereira sofreu perda parcial de quatro dedos da mão e, pouco mais de um ano após o</p><p>acidente, retornou ao trabalho. No ambiente laboral, os trabalhadores devem estar protegidos contra</p><p>possíveis acidentes e riscos à sua saúde. Essa é a premissa da segurança do trabalho, que prevê um</p><p>conjunto de tecnologias e ciências no sentido de garantir tal proteção aos colaboradores de qualquer</p><p>empresa.</p><p>Entre 2012 e 2018, dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho apontam que, no</p><p>Brasil, foram registradas 16.455 mortes e 4,5 milhões de acidentes de trabalho. A maioria das empresas,</p><p>entretanto, considera que, ao implementar “algumas” NRs, não é necessário implementar a PNSST.</p><p>As NRs não são divergentes da PNSST – ao contrário, ambas são complementares.</p><p>Líder de produção, Luis Cláudio, de 43 anos, entrou para essa estatística em fevereiro de 2018. Como</p><p>coordenador das atividades de uma empresa de beneficiamento de carne, ele sofreu um grave acidente</p><p>de trabalho que o levou à perda parcial de quatro dedos da mão direita.</p><p>“Eu estava na fábrica. Houve um problema na máquina, o operador me procurou e eu entrei em contato</p><p>com o pessoal da manutenção. A máquina tem um botão de acionamento para desligar e não se corre o</p><p>risco de funcionar a máquina”, explica o coordenador.</p><p>Porém, segundo ele, enquanto acompanhava o trabalho de manutenção do equipamento, o botão foi</p><p>acionado acidentalmente, puxando sua mão. “Não deu tempo. Fui para o lado de fora da empresa, onde</p><p>estava o responsável pela manutenção, e pedi socorro. Ele me levou até o hospital, onde foram feitos os</p><p>primeiros procedimentos”, relembra.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Após a avaliação de especialistas, foi constatado que não haveria como fazer a reconstituição dos</p><p>quatro dedos comprometidos no acidente. Com isso, foi confirmada a perda parcial: Luis Cláudio</p><p>precisou passar por uma recuperação difícil e uma completa mudança em sua rotina.</p><p>“Depois da cirurgia, eu tinha muita sensibilidade na mão. Não conseguia pegar um copo d’água, a chave</p><p>do carro, não conseguia fazer nada. Tudo que eu pegava parecia que dava um choque, porque a</p><p>sensibilidade era muito grande”, conta.</p><p>As atividades do dia a dia se tornaram muito mais difíceis de serem realizadas; além disso, ele ainda</p><p>precisou lidar com o estranhamento das pessoas devido à aparência da mão. “Logo que eu tirei a faixa</p><p>da mão, as pessoas ficavam olhando muito e eu me sentia incomodado. Foi complicado esse período”,</p><p>completa. Quatro meses depois do acidente de trabalho, ele deu início ao tratamento em um hospital de</p><p>sua cidade, o que ele considera ter sido um passo de extrema importância para o início de sua</p><p>recuperação.</p><p>“A partir do momento em que eu iniciei a fisioterapia ocupacional, comecei a realizar as atividades</p><p>normalmente. Conseguia pegar um copo e ligar o carro. Foi melhorando, comecei a digitar e hoje está</p><p>quase normal. Algumas coisas ainda não consigo, porque é uma mudança grande”, justifica o</p><p>trabalhador, que quinzenalmente retorna ao hospital para dar continuidade ao tratamento.</p><p>Ele conta que, logo após a cirurgia, foi muito difícil lidar com a situação. “A retirada da primeira faixa,</p><p>duas semanas após a cirurgia, foi muito dolorosa para mim. Foi assim [por] praticamente dois meses:</p><p>todo dia indo ao hospital e tomando medicação na veia para fazer o curativo. Doía muito só de tirar a</p><p>faixa, era terrível”, desabafa.</p><p>No processo de recuperação, Luis Cláudio faz questão de destacar o atendimento recebido. “Tive uma</p><p>equipe muito boa no hospital que me ajudou naquele momento de dor. A minha família também me deu</p><p>suporte para que eu conseguisse superar – e, graças a Deus, estou bem hoje”, afirma.</p><p>O líder de produção alerta as empresas e os trabalhadores para que estejam atentos às normas de</p><p>segurança do trabalho. “No meu caso, acho que foi inexperiência na parte da manutenção. Se a</p><p>máquina tivesse sido desativada corretamente e o</p><p>problema tivesse sido resolvido, sem precisar me</p><p>chamar de volta para acompanhar, não teria acontecido”, lamenta.</p><p>O trabalhador ficou afastado de suas funções pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), direito</p><p>concedido pelo órgão às vítimas de acidente ocorrido pelo exercício do trabalho. Entre outras garantias,</p><p>o acidentado dispõe de estabilidade no emprego após esse tipo de incidente. Assim, pouco mais de um</p><p>ano depois do episódio, o líder de produção voltou ao trabalho.</p><p>“Em fevereiro, pedi liberação do INSS e já voltei às atividades normais. Desde então estou de novo à</p><p>frente da indústria na mesma função”, relata, empolgado. Segundo ele, seu retorno tem sido muito</p><p>satisfatório tanto para ele como para a empresa.</p><p>“Eu voltei com um pouco de receio por conta do acidente, mas voltei com tudo. Na primeira semana,</p><p>colocamos em dia as entregas, organizamos a equipe e demos o suporte [de] que estava precisando”,</p><p>relata. A história desse trabalhador mostra que é possível superar situações extremamente delicadas.</p><p>Entretanto, é essencial ressaltar que a prevenção e a conscientização de empregadores e empregados</p><p>são a principal forma de se evitar que acidentes de trabalho aconteçam. O importante, nesse contexto, é</p><p>divulgar os diversos itens estabelecidos pela PNSST por meio de programas de cultura de segurança,</p><p>da conscientização de todos os envolvidos e da efetiva participação da empresa e dos empregados.</p><p>Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. NO CASO ACIMA, NO QUAL O TRABALHADOR SOFREU UM GRAVE</p><p>ACIDENTE DE TRABALHO, PODE-SE AFIRMAR QUE, SE A POLÍTICA NACIONAL</p><p>DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (PNSST) TIVESSE SIDO IMPLANTADA</p><p>PELA EMPRESA DE FORMA CORRETA, ELE NÃO TERIA OCORRIDO?</p><p>A) Se for bem implementada e divulgada, a PNSST certamente poderá reduzir ou mesmo eliminar os</p><p>acidentes.</p><p>B) Os acidentes de trabalho sempre ocorrerão com ou sem a implementação da PNSST.</p><p>C) Somente a correta implementação das normas regulamentadoras pode evitar acidentes de trabalho.</p><p>D) Sempre que ocorrer um acidente de trabalho, deve-se investigar a negligência do trabalhador</p><p>acidentado.</p><p>E) A PNSST é um documento administrativo e em nada contribui na redução dos acidentes.</p><p>2. A POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (PNSST)</p><p>FOI FUNDAMENTAL PARA QUE LUIS CLÁUDIO, O TRABALHADOR</p><p>ACIDENTADO, PUDESSE FICAR AFASTADO EM REGIME PREVIDENCIÁRIO?</p><p>A) Não existe nenhuma relação entre as diretrizes da PNSST e os afastamentos previdenciários.</p><p>B) A PNSST é fundamental para a garantia desse afastamento previdenciário.</p><p>C) A PNSST, além de garantir os afastamentos previdenciários, exime a empresa de suas</p><p>responsabilizações.</p><p>D) Após o retorno ao trabalho, a PNSST garante à empresa a demissão desse trabalhador por justa</p><p>causa.</p><p>E) A PNSST garante à empresa a redução das alíquotas previdenciárias.</p><p>GABARITO</p><p>1. No caso acima, no qual o trabalhador sofreu um grave acidente de trabalho, pode-se afirmar</p><p>que, se a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) tivesse sido implantada</p><p>pela empresa de forma correta, ele não teria ocorrido?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Quando corretamente implementada e divulgada, tendo a efetiva participação da alta administração e</p><p>dos trabalhadores, a PNSST (com as NRs) poderá, com certeza, minimizar ou até mesmo eliminar a</p><p>ocorrência de acidentes de trabalho, especialmente os de natureza grave, como no caso relatado neste</p><p>case.</p><p>2. A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) foi fundamental para que Luis</p><p>Cláudio, o trabalhador acidentado, pudesse ficar afastado em regime previdenciário?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A PNSST tem como objetivo principal a garantia do trabalho seguro para que os trabalhadores tenham a</p><p>melhoria nos seus respectivos ambientes laborais; logo, não existe, nesse sentido, nenhuma relação</p><p>entre ela e os afastamentos previdenciários.</p><p>3. NO CASO DO LAMENTÁVEL ACIDENTE COM O</p><p>TRABALHADOR LUIS CLÁUDIO, COMO A PNSST, SE FOSSE</p><p>CORRETAMENTE IMPLEMENTADA PELA EMPRESA,</p><p>PODERIA TER CONTRIBUÍDO POSITIVAMENTE PARA QUE</p><p>ISSO FOSSE EVITADO?</p><p>RESPOSTA</p><p>A PNSST deve ser implementada a partir da articulação entre a empresa e os empregados, em um</p><p>consistente programa de divulgação e de conscientização de todos os envolvidos. Ela ainda precisa estar</p><p>articulada com as próprias NRs de segurança, higiene e saúde do trabalhador.</p><p>javascript:void(0)</p><p>A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE E</p><p>SEGURANÇA DO TRABALHADOR</p><p>POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE</p><p>DO TRABALHADOR</p><p>PRINCIPAIS OBJETIVOS</p><p>Criada em 7 de novembro de 2011 pelo Decreto nº 7.062, a PNSST amplia as ações e medidas</p><p>preventivas por parte dos empregadores, dos trabalhadores e do próprio governo a fim de:</p><p>Garantir um trabalho seguro.</p><p>Reduzir cada vez mais os níveis de acidentes e adoecimentos no trabalho que afastam</p><p>significativamente os trabalhadores brasileiros de suas atividades laborais.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Esse afastamento causa a tais trabalhadores extremos prejuízos, bem como para a sociedade e o</p><p>governo, de modo geral. Os custos dos afastamentos previdenciários, afinal, são relevantes e ainda</p><p>retratam uma total falta de cultura de segurança por parte da maioria dos empresários brasileiros, seja</p><p>por falta de conhecimento seja pela ausência de uma estrutura fiscalizatória permanente e objetiva por</p><p>parte do governo.</p><p>Estamos diante de um cenário muito desconfortável, no qual os acidentes de trabalho são</p><p>responsáveis por mais mortes que a maior parte das guerras pelo mundo.</p><p>Um trabalho seguro vai muito além do cumprimento de normas e regras de segurança. Trata-se, na</p><p>verdade, de uma cultura de segurança total que deve ser implementada em toda a empresa com o pleno</p><p>envolvimento de todos.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>A própria Convenção 155, da OIT, sempre orientou aos governos que fizessem a plena divulgação em</p><p>seus respectivos países da adoção de medidas preventivas para se evitar o adoecimento no trabalho ou</p><p>os acidentes, que são os causadores de afastamentos e mortes dos trabalhadores.</p><p>Esse alinhamento sempre está relacionado à adoção de medidas coletivas, administrativas ou</p><p>individuais, sendo seguido criteriosamente cada tipo de exposição e de risco nos ambientes do trabalho.</p><p>Vejamos o texto do referido decreto de criação da PNSST:</p><p>DECRETO DE CRIAÇÃO DA PNSST</p><p>A presidenta da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”,</p><p>da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 4 da Convenção nº 155, da Organização</p><p>Internacional do Trabalho, promulgada pelo Decreto nº 1.254, de 29 de setembro de 1994, decreta:</p><p>Art. 1º - Este Decreto dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST.</p><p>Art. 2º - Este decreto entra em vigor na data da sua publicação.</p><p>I - A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST tem por objetivos a promoção da</p><p>saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde</p><p>advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por meio da eliminação ou redução</p><p>dos riscos nos ambientes de trabalho;</p><p>II - A PNSST tem por princípios:</p><p>a) universalidade;</p><p>b) prevenção;</p><p>c) precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, reabilitação e</p><p>reparação;</p><p>d) diálogo social; e</p><p>e) integralidade.</p><p>III - Para o alcance de seu objetivo a PNSST deverá ser implementada por meio da articulação</p><p>continuada das ações de governo no campo das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e</p><p>saúde, com a participação voluntária</p><p>IV - As ações no âmbito da PNSST devem constar do Plano Nacional de Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho e desenvolver-se de acordo com as seguintes diretrizes:</p><p>a) inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no Sistema Nacional de Promoção e Proteção da</p><p>Saúde;</p><p>b) harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção, proteção, prevenção,</p><p>assistência, reabilitação e reparação da saúde do trabalhador;</p>

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