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Casos Concretos Constitucional Avançado

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Aluna: Gabrielle Muniz da Silva 
Turno: Manhã 
Matrícula: 201607086182 
 
 Casos Concretos de Constitucional Avançado 
 
Caso 5, Questão discursiva 2: 
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao 
dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investidura em 
cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e 
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado 
(após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em 
determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do 
servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerando-se que a 
Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a 
propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° 
da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de 
inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: 
 
a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade 
de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça 
(nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo 
Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, 
tendo por objeto esta mesma lei? Explique. 
Resposta: Haveria insegurança jurídica. Deve-se aguardar a decisão do STF para não 
gerar conflito entre as decisões, e o decidido pelo Supremo terá efeito vinculante sobre 
a decisão da ADI estadual. 
 
Se posiciona Gilmar Ferreira Mendes (1999): 
“Trata-se de reconhecer que o controle abstrato de normas do direito estadual e 
municipal em face da Constituição, tal como autorizado no art. 125, § 2º, da Constituição 
Federal e disciplinado em diversas Constituições estaduais, não se compatibiliza com 
fórmulas limitadoras da eficácia da decisão, como a prevista no art. 52, inciso X, da 
Constituição. A decisão proferida em controle abstrato há de ter eficácia erga omnes, 
sob pena de se subverter ou de se descaracterizar por completo o próprio sistema 
judicial de controle de constitucionalidade, subordinando-se a eficácia do 
pronunciamento judicial definitivo a uma decisão tipicamente política de um órgão 
legislativo.” 
 
Jurisprudência: Ação Direta de Inconstitucionalidade. Constitucional. Lei Estadual 
6.844/2016 do estado do Piauí. Instalação de Equipamentos Tecnológicos para 
Bloqueio de Sinal de Telecomunicações e/ou Radiocomunicações nos 
Estabelecimentos Penais. Competência Privativa da União Para Legislar Sobre 
Telecomunicações. Precedentes. Procedência da Ação. 1. A orientação majoritária 
do Supremo Tribunal Federal, ressalvada a posição deste Relator, assentou que a 
determinação, por lei estadual, da instalação de equipamentos tecnológicos para 
bloqueio de sinal de telecomunicações e/ou radiocomunicações nos 
estabelecimentos penais e centros socioeducativos invade a competência privativa 
da União para legislar sobre telecomunicações (arts. 21, XI e 22, IV, CRFB). 
Precedentes: ADI 3.835, rel. Min. Marco Aurélio, ADI 4.861, rel. Min. Gilmar Mendes, 
ADI 5.253, rel. Min. Dias Toffoli, ADI 5.327, rel. Min. Dias Toffoli, ADI 5.356, rel. Min. 
Edson Fachin, redator para o acórdão Min. Marco Aurélio. 2. Ação Direta de 
Inconstitucionalidade julgada procedente. 
(STF - ADI: 5585 PI - PIAUÍ 0054961-40.2016.1.00.0000, Relator: Min. EDSON 
FACHIN, Data de Julgamento: 01/08/2018, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-
163 13-08-2018) 
 
b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade 
junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. 
Resposta: Sim, pois a ADI é cabível para lei estadual e federal e, segundo o art. 130, o 
presidente é legitimado universal não precisando comprovar pertinência temática. 
 
Diz o ministro Celso de Mello: 
Ação direta de inconstitucionalidade. Processo de caráter objetivo. Inclusão de entidade 
privada no polo passivo da relação processual. Inadmissibilidade. (...) Não se discutem 
situações individuais no âmbito do controle abstrato de normas, precisamente em face 
do caráter objetivo de que se reveste o processo de fiscalização concentrada de 
constitucionalidade. O círculo de sujeitos processuais legitimados a intervir na ação 
direta de inconstitucionalidade revela-se extremamente limitado, pois nela só podem 
atuar aqueles agentes ou instituições referidas no art. 103 da Constituição, além dos 
órgãos de que emanaram os atos normativos questionados. A tutela jurisdicional de 
situações individuais – uma vez suscitada controvérsia de índole constitucional – há de 
ser obtida na via do controle difuso de constitucionalidade, que, supondo a existência 
de um caso concreto, revela-se acessível a qualquer pessoa que disponha de legítimo 
interesse (CPC, art. 3º). 
[ADI 1.254 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 14-8-1996, P, DJ de 19-9-1997.] 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL. LEI 
MUNICIPAL Nº 1.836/2017, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2017. CRIAÇÃO DE 
PONTOS COLETORES DE ÓLEO VEGETAL USADO EM SUPERMERCADOS E DÁ 
OUTRAS PROVIDÊNCIAS. AUMENTO DE DESPESAS PÚBLICAS. 
INOCORRÊNCIA. INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL INEXISTENTE. 
AFRONTA AO ARTIGO 2.º DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. VIOLAÇÃO AO 
PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES. PROJETO 
DE INICIATIVA DO LEGISLATIVO. COMPETÊNCIA DO EXECUTIVO MUNICIPAL. 
VÍCIO DE INICIATIVA. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL CARACTERIZADA. 
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=363416
AÇÃO DIRETA PROCEDENTE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA 
LEI MUNICIPAL COM EFEITO RETROATIVO. 
(TJ-RR - ADin: 90007422620188230000 9000742-26.2018.8.23.0000, Relator: Des. , 
Data de Publicação: DJe 02/04/2020, p.) 
 
 
Caso 6, Questão discursiva 1: 
(OAB? XIX Exame Unificado). Durante a tramitação de determinado projeto de lei 
de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a 
constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia 
doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-
se a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de 
ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, 
o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma 
Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos 
itens a seguir. 
a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse 
caso? 
Resposta: Não, pois neste caso é somente uma controvérsia doutrinária e não uma 
controversa judicial relevante. 
 
Explicou o ministro Alexandre de Moraes: 
Somente poderá ser objeto de ação declaratória de constitucionalidade (ADC) a lei ou 
o ato normativo federal sobre o qual haja comprovada controvérsia judicial, 
devidamente demonstrada na petição inicial, que esteja colocando em risco a 
presunção de constitucionalidade do ato normativo. Como não houve a comprovação 
de tal requisito, o ministro Alexandre de Moraes não conheceu (julgou inviável a 
tramitação) da ADC 53, por meio da qual o partido Progressistas pedia a declaração 
de constitucionalidade do artigo 117, inciso IV, do Código Penal, segundo o qual “o 
curso da prescrição interrompe-se pela publicação da sentença ou acórdão 
condenatórios recorríveis”. Não basta a citação de entendimentos doutrinários 
diversos, mas sim a existência de inúmeras ações em andamento em juízos ou 
tribunais, em que a constitucionalidade da lei seja impugnada. “A pretensãodo autor 
[Progressistas] é realizar incabível consulta interpretativa envolvendo hipóteses 
diversas, não tendo a petição inicial comprovado a necessária controvérsia judicial, 
que esteja colocando em risco a presunção de constitucionalidade do ato normativo 
federal, pois não apontou uma única decisão em que juízes ou tribunais, por meio do 
exercício do controle difuso da constitucionalidade, tenham afastado a 
constitucionalidade do artigo 117, inciso IV, do Código Penal” 
 
CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM ARGUIÇÃO DE 
DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. NEGATIVA DE 
SEGUIMENTO À ADPF AJUIZADA CONTRA AS LEIS 9.129/1981 E 10.460/1988 
DO ESTADO DE GOIÁS. CRITÉRIO DE DESEMPATE PARA FINS DE PROMOÇÃO 
E DE REMOÇÃO DE MAGISTRADOS ESTADUAIS. AUSÊNCIA DE 
COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE CONTROVÉRSIA JUDICIAL RELEVANTE. 
INOBSERVÂNCIA DO REQUISITO DA SUBSIDIARIEDADE. DESPROVIMENTO DO 
AGRAVO. 1. A simples menção a um único julgamento no qual teria sido aplicada a 
legislação impugnada não implica o reconhecimento da existência de controvérsia 
judicial relevante, apta a ensejar o conhecimento da Arguição de Descumprimento 
de Preceito Fundamental. 2. O cabimento da ADPF será viável desde que haja a 
observância do princípio da subsidiariedade, que exige o esgotamento de todas as 
vias possíveis para sanar a lesão ou a ameaça de lesão a preceitos fundamentais, 
ou a verificação, ab initio, da inutilidade de tais meios para a preservação do 
preceito. Precedentes desta CORTE. 3. Agravo Regimental a que se nega 
provimento. 
(STF - AgR ADPF: 261 GO - GOIÁS 9964516-39.2012.1.00.0000, Relator: Min. 
ALEXANDRE DE MORAES, Data de Julgamento: 09/02/2018, Tribunal Pleno, Data 
de Publicação: DJe-036 26-02-2018) 
 
b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a 
propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os 
efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? 
Resposta: Sim. A lei servirá para interrupção dos processos em tramitação que 
constem as referidas controvérsias. 
 
Gilmar Mendes observou que, 
[...] A partir do julgamento da Representação 1.391 ficou assentado na Corte que a 
decisão cautelar proferida em ADI teria eficácia “ex nunc”. A Representação é 
uma comunicação feita pelo Presidente do STF ao Ministério 
Público de desobediência à ordem emanada do Tribunal ou de seus Ministros, no 
exercício da função, ou de desacato ao Tribunal ou a seus Ministros para propositura 
de Ação Penal. Trata-se de instituto anterior à Constituição Federal de 1988. O relator 
citou que a Lei nº 9.868/99, que trata sobre o procedimento da ADI no STF, em seu 
artigo 11, parágrafo 2º, dispõe que a concessão de liminar torna aplicável a legislação 
anterior acaso existente, exceto se houver manifestação ao contrário. “Não há dúvida, 
pois, de que a suspensão liminar da eficácia da lei ou ato normativo equivale, portanto, 
à suspensão temporária de sua vigência. Ainda lembrando que a mesma lei confere a 
qualidade de eficácia “erga omnes” à medida cautelar na ADI, o que significa dizer que 
todos estarão sujeitos à lei, igualmente. Em outras palavras, a suspensão cautelar da 
norma afeta sua vigência provisória, o que impede que os tribunais, a Administração e 
outros órgãos estatais apliquem a disposição que restou suspensa”. Sob este 
argumento é que reconhece ser a aplicação da norma suspensa pelo TJ/RN uma 
afronta à decisão do STF, requisito de admissibilidade da Reclamação. Enquanto a 
decisão de concessão da cautelar tem eficácia “erga omnes” e “ex nunc”, a decisão de 
mérito tem eficácia “ex tunc” (retroage), ou seja, vai retroceder àquele período que não 
tinha sido atingido pela cautelar.” 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. 
QUESTÃO DE ORDEM. 2. A DECISÃO QUE CONCEDE MEDIDA CAUTELAR, EM 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, POSSUI EFICACIA, "EX NUNC". 
COM A CONCESSÃO DA LIMINAR, O ATO NORMATIVO IMPUGNADO FICA COM 
SUA EFICACIA SUSPENSA, ATÉ O JULGAMENTO FINAL. 3. EM SE TRATANDO 
DE LEI RELATIVA A VENCIMENTOS E VANTAGENS DE SERVIDORES 
PUBLICOS, O TRIBUNAL ASSENTOU, POR MAIORIA, VENCIDOS TRES 
MINISTROS, INCLUSIVE O RELATOR, QUE, DEFERIDA A LIMINAR, NOVOS 
PAGAMENTOS NÃO SE FAZEM, COM BASE NESSE DIPLOMA, ATÉ O 
JULGAMENTO FINAL, MESMO QUANTO AOS SERVIDORES QUE JA VINHAM 
PERCEBENDO ESTIPENDIOS DE ACORDO COM AS NORMAS SUSPENSAS; A 
CONCESSÃO DA CAUTELAR ALCANCA OS EFEITOS SUPERVENIENTES DO 
ATO ADMINISTRATIVO, PROFERIDO COM BASE NA LEI ATACADA. 4. O 
DEFERIMENTO DA MEDIDA CAUTELAR PRODUZ SEUS EFEITOS A PARTIR DA 
DATA DA PUBLICAÇÃO DA ATA DE JULGAMENTO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA DA 
UNIÃO. PETIÇÃO CONHECIDA COMO QUESTÃO DE ORDEM E DECIDIDA NOS 
TERMOS ACIMA. 
(STF - ADI: 711 AM, Relator: Min. NÉRI DA SILVEIRA, Data de Julgamento: 
05/08/1992, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJ 11-06-1993 PP-11529 EMENT 
VOL-01707-01 PP-00006) 
 
 
Caso 7, Questão discursiva 1: 
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade 
em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e 
respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o 
DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que 
atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes 
penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 
3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, 
pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei 
distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter 
deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? 
Resposta: Neste caso o AGU agiu em exceção à regra para assegurar e defender o 
interesse da União, visto que houve ofensa à CFRB/88, pois no DF a competência de 
matéria policial é da União. Conforme entendimento do STF, em caso de conflito o 
AGU poderá se abster da obrigação de defender a constitucionalidade para proteger o 
interesse da União. 
 
Entendeu o Supremo Tribunal Federal, em Ação Direta de Inconstitucionalidade, da 
relatoria do dileto Ministro Celso de Mello, litteris: “A função processual do Advogado-
Geral da União, nos processos de controle de constitucionalidade por via de ação, é 
eminentemente defensiva. Ocupa, dentro da estrutura formal desse processo objetivo, 
a posição de órgão agente, posto que lhe não compete opinar e nem exercer a função 
fiscalizadora já atribuída ao Procurador-Geral da República. Atuando como verdadeiro 
curador (defensor legis) das normas infraconstitucionais, inclusive daquelas de origem 
estadual, e velando pela preservação de sua presunção de constitucionalidade e de 
sua integridade e validez jurídicas no âmbito do sistema de direito, positivo, não cabe 
ao Advogado-Geral da União, em sede de controle normativo abstrato, ostentar 
posição processual contrária ao ato estatal impugnado, sob pena de frontal 
descumprimento do “munus” indisponível que lhe foi imposto pela própria Constituição 
da República”. É correto dizer que o Advogado-Geral da União é o defensor da 
presunção de constitucionalidade da norma, independentemente da espécie e 
origem, podendo sê-la estadual ou federal. (ADI 1254 MC-AgR / RJ, DJ de 19.09.97) 
 
 
PROCESSO OBJETIVO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – 
ATUAÇÃO DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO. Consoante dispõe a norma 
imperativa do § 3º do artigo 103 do Diploma Maior, incumbe ao Advogado-
Geral da União a defesa do ato ou texto impugnado na ação direta de 
inconstitucionalidade, não lhe cabendo emissão de simples parecer, a ponto 
de vir a concluir pela pecha de inconstitucionalidade. VAQUEJADA – 
MANIFESTAÇÃO CULTURAL – ANIMAIS – CRUELDADE MANIFESTA – 
PRESERVAÇÃO DA FAUNA E DA FLORA – INCONSTITUCIONALIDADE. A 
obrigação de o Estado garantir a todos o pleno exercíciode direitos culturais, 
incentivando a valorização e a difusão das manifestações, não prescinde da 
observância do disposto no inciso VII do artigo 225 da Carta Federal, o qual 
veda prática que acabe por submeter os animais à crueldade. Discrepa da 
norma constitucional a denominada vaquejada. (ADI 4983, Relator (a): Min. 
MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 06/10/2016, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-087 DIVULG 26-04-2017 PUBLIC 27-04-2017) 
(STF - ADI: 4983 CE - CEARÁ 9989386-17.2013.1.00.0000, Relator: Min. 
MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 06/10/2016, Tribunal Pleno, Data de 
Publicação: DJe-087 27-04-2017)

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