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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
ELEITORAL
Ministério Público Eleitoral
Livro Eletrônico
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Weslei Machado e Marco Carvalhedo
Ministério Público Eleitoral
DIREITO ELEITORAL
Sumário
Apresentação . .................................................................................................................................................. 3
Ministério Público Eleitoral . ...................................................................................................................... 4
1. Aspectos Gerais do Ministério Público . ............................................................................................ 4
1.1. O que é o Ministério Público . .............................................................................................................. 4
1.2. Funções do Ministério Público .......................................................................................................... 5
1.3. Princípios Constitucionais do Ministério Público . ................................................................... 8
1.4. Prerrogativas dos Membros do Ministério Público . ............................................................. 10
1.5. Estrutura Organizacional do Ministério Público . .................................................................... 11
2. Atuação do Ministério Público no Tribunal Superior Eleitoral – Instância Especial
...13
3. Atuação do Ministério Público no TRE – 2ª Instância ...............................................................16
4. Atuação do Ministério Público nos Juízes e Juntas Eleitorais -1ª Instância . ..................17
5. Vedações às Atividades Político-Partidárias ................................................................................21
6. Conflito de Atribuições entre Membros do Ministério Público . ......................................... 23
Resumo .............................................................................................................................................................. 25
Questões de Concurso ................................................................................................................................30
Gabarito . ........................................................................................................................................................... 47
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................48
Bibliografia . .....................................................................................................................................................84
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Ministério Público Eleitoral
DIREITO ELEITORAL
ApresentAção
Em nossa aula de hoje, vamos estudar detalhadamente a atuação do Ministério Público 
(MP) junto à Justiça Eleitoral. Serão estudados aspectos relacionados ao Ministério Público 
da União (Ministério Público Federal), que atua nos tribunais eleitorais, e ao Ministério Público 
Estadual, responsável pela atuação perante os juízes eleitorais.
Nessa incursão, vamos compreender a estrutura administrativa do Órgão, conhecer suas 
atribuições na seara eleitoral e, ainda, entender o procedimento de escolha de seus membros 
que atuam na Justiça Eleitoral.
Será uma aula objetiva e direta. Trata-se de matéria não muita extensa e que não guarda 
grande complexidade. Também, o tema Ministério Público Eleitoral não é muito abordado em 
questões de concursos públicos, motivo pelo qual teremos menos questões comentadas ao 
fim de nossa aula.
De qualquer forma, para você que está se preparando para as carreiras jurídicas, em espe-
cial, para promotor de justiça e procurador da república, trata-se de tema indispensável, que 
pode ser abordado em questões objetivas e na prova discursiva.
Nesta aula, falaremos sobre aspectos doutrinários sobre o Ministério Público, mas prin-
cipalmente ressaltaremos as disposições legais aplicáveis à espécie (Lei Complementar n. 
75/93 e Código Eleitoral), além de decisões emblemáticas e relevantes tomadas pelo Supremo 
Tribunal Federal e pelo Tribunal Superior Eleitoral, na aplicação dessas normas.
Para facilitar nosso estudo, vamos dividir o texto em três partes. Na primeira, vamos tratar 
dos aspectos gerais do Ministério Público. Na segunda, vamos estudar especificamente do 
Ministério Público da União (Ministério Público Federal), que atua nos tribunais eleitorais, e, na 
terceira, vamos aprender, o que nos interessa, sobre o Ministério Público Estadual.
Não perca nenhum detalhe, pois o conhecimento adquirido acerca dessa matéria poderá 
ser decisivo para a sua classificação dentro do número de vagas.
Está preparado(a)? Vamos lá!
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Ministério Público Eleitoral
DIREITO ELEITORAL
MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
1. Aspectos GerAis do Ministério público
Inicialmente, vamos apresentar a vocês os aspectos gerais acerca do Ministério Pú-
blico, extraídos da Seção I, do título IV da CF/88, que cuida das Funções Essenciais à 
Justiça.
1.1. o que é o Ministério público
Nos termos do art. 127 da CF/88, o Ministério Público – MP -, também conhecido como 
Parquet, não faz parte de nenhum dos três Poderes1, é, em suma, uma instituição permanen-
te, cuja definição constitucional, juntamente com a Advocacia, Advocacia Pública e Defenso-
ria Pública, remete ao exercício de funções essenciais à Justiça.
Embora alguns apontem a instituição como um quarto Poder, a tese dominante o define 
como um órgão do Estado, blindado pela autonomia funcional e administrativa, com orçamen-
to e quadro de pessoal próprios. A CF/88 fez expressa menção a essa autonomia ao dispor, 
nos §§ 2º e 3º do art. 127 que:
Art. 127. Omissis.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado 
o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços 
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remunera-
tória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na 
lei de diretrizes orçamentárias.
1 Nesse sentido, Nathália Masson ensina que:
A Constituição da República de 1988 dispensou ao Ministério Público tratamento especial, colocando-o a salvo dos demais 
Poderes e assegurando à instituição e aos seus membros autonomia e independência na busca da realização dos inte-
resses da sociedade. Fortaleceu-o institucionalmente para oportunizar a efetivação dos elevados fins que caracterizam a 
destinação constitucional dessa importantíssima instituição da República, a quem compete defender a ordem jurídica, pro-
teger o regime democrático e zelar pelos interesses sociais e individuais indisponíveis (Masson, Nathalia. Manual de Direito 
Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1060)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art14
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Acerca dessa autonomia, Maria da Conceição Bandeira do Ó, em irretocável artigo intitula-
do “Atribuições do Ministério Público e o Novo Código de Processo Civil de 2015”, publicado no 
site www.conteúdojurídico.com.br consigna que:
A autonomia funcional, inerente à Instituição como um todo e abrangendo todos os órgãos do Minis-
tério Público, está prevista no art. 127, § 2º, da CF/88, no sentido de que, ao cumprir os seus deveres 
institucionais, o membro do Ministério Público não se submeterá a nenhum outro “poder” (Legislati-
vo, Executivo ou Judiciário), órgão, autoridade pública etc. Deve obediência, apenas, à Constituição, 
às leis e à sua própria consciência.
A autonomia administrativa consiste na capacidade de direção de si próprio, autogestão, autoadmi-
nistração, um governo de si. Assim, o Ministério Público poderá, observado o disposto no art. 169, 
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os 
por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carrei-
ra, enfim, sua organização e funcionamento (CF. art. 127, § 2.”).
Pela garantia institucional da autonomia financeira, ao Ministério Público assegurou-se a capaci-
dade de elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, podendo, autonomamente, administrar os recursos que lhe forem destinados (CF. 
art. 127, § 2º).”
1.2. Funções do Ministério público
No exercício do seu papel constitucional, o Órgão Ministerial dirige seus esforços para a 
defesa:
• da ordem jurídica;
• do regime democrático;
• dos interesses sociais
• dos interesses individuais indisponíveis.
Dentre as importantíssimas funções do MP, destaca-se, para nosso estudo dirigido a ques-
tões eleitorais, a defesa do regime democrático.
A autonomia e independência institucional, bem delineadas no art. 127 da Constituição 
Federal, dão ao Ministério Público a necessária imparcialidade e a liberdade para o exercício de 
suas importantes funções constitucionais, especialmente da defesa do regime democrático, 
que se agiganta no âmbito da Justiça Eleitoral.
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Não é senão por esse motivo que a instituição recebeu o poder/dever de legitimamente atuar em 
todas as fases do processo eleitoral. A esse respeito, veja a lição de Marcos Ramayana (2009, p. 272):
A função constitucional-eleitoral conferida ao órgão do Parquet para dirigir a atividade do setor de 
fiscalização das fases do processo eleitoral (alistamento, votação, apuração e diplomação) obriga-o 
a atuar por dever de ofício e intervir na persecução penal, nas lides decorrentes de propaganda polí-
tica eleitoral, partidária, no registro de candidatos e outras.
Essa necessária atuação do MP se sobressai na análise da Súmula 11 do TSE, que estabelece:
Súmula 11 do TSE: No processo e registro de candidatos, o partido que não o impugnou 
não tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se cuidar de matéria 
constitucional.
Para que não reste dúvidas sobre o conteúdo do enunciado, cumpre esclarecer que após 
publicada a relação dos pedidos de registro de candidatura, abre-se prazo de cinco dias para 
impugnação. Findo esse prazo e não havendo impugnação, o processo pode ir concluso para 
a decisão. Segundo o enunciado, caso o registro seja deferido, os legitimados – partidos polí-
ticos, coligação e candidatos - não poderão recorrer da decisão, salvo se o óbice avistado se 
referir à matéria constitucional.
Em um primeiro momento, o Tribunal Superior Eleitoral entendeu que, do mesmo modo 
que os partidos políticos, o Ministério Público também não poderia recorrer da sentença que 
deferiu o registro de candidatura, quando não o impugnara.
Todavia, no Agravo em Recurso Extraordinário n. 728.188/Rio de Janeiro, o Supremo Tri-
bunal Federal apreciou a matéria, em regime de repercussão geral, e concluiu que o Ministério 
Público estaria autorizado a promover, perante o Poder Judiciário, todas as medidas neces-
sárias à efetivação dos direitos e valores consagrados pelo texto constitucional. Acrescentou 
ainda ser reconhecida a ampla legitimidade recursal nos processos de registro de candidatu-
ra, até porque não há norma ou matéria de direito eleitoral que seja estranha à preservação da 
ordem jurídica ou do regime democrático.
Com esse entendimento, o STF concluiu que o MP é parte legítima para interpor recurso 
de decisão judicial que defere o registro de candidatura, ainda que não o tenha impugnado. 
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Trata-se de uma consequência jurídica decorrente do fato de o Ministério Público ser o defen-
sor do regime democrático.
Outro exemplo extraído da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, em que se eviden-
ciou a inafastável atuação do Ministério Público a fim de, tangenciando a defesa da ordem 
jurídica, defender o regime democrático, ocorreu no julgamento do Recurso Especial Eleitoral 
n. 170-16/BA, no qual o Órgão Ministerial, mesmo sucumbente na esfera estadual não recorreu 
da decisão que deferiu o registro de candidatura. Subindo os autos ao Tribunal Superior Elei-
toral pela interposição de recursos de outros legitimados, a decisão, por decisão monocrática 
do relator, ficou mantida. Na atuação, como custus juris, o Parquet interpôs agravo regimental, 
que foi conhecido, por maioria, pelo Plenário do TSE.
A ratio decidendi do aludido julgado da Suprema Corte, máxime porque amparada no 
art. 127 da Lei Fundamental, deve ser aplicada no caso dos autos a fim de se reconhecer 
a legitimidade do Parquet Eleitoral, na sua função de custos legis, para interpor agravo 
interno perante esta instância superior, mesmo quando não houver recorrido do acórdão 
regional em que foi sucumbente.
(REspe n. 170-16/BA, rel. designado Min. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, DJe de 
4.10.2018)
Para espancar qualquer dúvida sobre o incólume poder/dever do Ministério Público de 
exercer suas prerrogativas constitucionais, faço notar que, mesmo diante da expressa afirma-
ção, contida no art. 105-A da Lei n. 9.504/97 (Lei das Eleições), de que, em matéria eleitoral, 
não são aplicáveis os procedimentos previstos na Lei da Ação Civil Pública – Lei n. 7.347/85, 
o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que se admite, com base no art. 127 da Constituição 
Federal, instauração de inquérito civil pelo Parquet para apurar prática de ilícitos eleitorais. 
Confira:
O art. 105-A da Lei n. 9.504/97 que veda na seara eleitoral adoção de procedimentos 
contidos na Lei n. 7.347/85 deve ser interpretado conforme o art. 127 da CF/88, no qual 
se atribui ao Ministério Público prerrogativa de defesa da ordem jurídica, do regime 
democrático e de interesses sociais individuais indisponíveis, e o art. 129, III, que prevê 
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inquérito civil e ação civil pública para proteger interesses difusos e coletivos. Prece-
dentes.
Consequentemente, admite-se instauração de inquérito civil pelo Parquet para apurar 
prática de ilícitos eleitorais e, com maior razão, Procedimento Preparatório Eleitoral 
(PPE), iniciado no caso dos autos mediante portaria ministerial.
REspe n. 1318-23/PI, rel. Min. Jorge Mussi, DJe de 26.3.2018)
1.3. princípios constitucionAisdo Ministério público
Nos termos do art. 127 da Constituição Federal, o Ministério Público é regido pelos princí-
pios da: unidade, indivisibilidade e da independência funcional.
Pelo princípio da Unidade todos os membros do Ministério Público integram um só órgão, 
sob direção única. Como veremos mais adiante, a CF/88, no seu art. 128, §§ 2º 3 3º, faz refe-
rência ao Ministério Público da União – MPU, cujo chefe é o Procurador-Geral Da República, 
e ao Ministério Público dos Estados e Ministério do Distrito Federal e dos Territórios, chefiado 
pelo Procurador-Geral de Justiça. Esses órgãos não são integrados funcional ou administrati-
vamente. Cada um possui estrutura própria e se vinculam a direções distintas. A unidade a que 
alude o princípio alcança a atuação de cada “Ministério Público” em particular2.
O princípio da Indivisibilidade decorre do princípio da Unidade. Segundo informa os mem-
bros do Ministério Público não se vinculam aos processos em que atuam e podem ser substi-
tuídos por outros membros de acordo com as normas previstas na lei de organização de cada 
Ministério Público, sem qualquer prejuízo à atuação do Órgão. Em suma, a atuação de cada 
2 [...] apesar de acertada a constatação de que o Ministério Público é uno, deve-se atentar para a existência de uma divisão 
orgânica, necessária para atender à estrutura federativa vigente no país, que fraciona a instituição no aspecto estrutural-
-funcional. Assim, não se pode confundir o Ministério Público da União com os Ministério Públicos Estaduais, por exem-
plo. Em conclusão, a unidade que existe é a de cada um dos Ministérios Públicos.
 Nesse contesto, em razão de não haver unidade entre os Ministérios Públicos da União e dos Estados – tampouco há hie-
rarquia entre eles – o Superior Tribunal de Justiça, por sua Corte Especial, em recente decisão reconheceu a legitimidade 
do Ministério Público Estadual para atuar, como parte, diretamente no referido tribunal. Outrossim, o Supremo Tribunal 
Federal, no ano de 2011, já havia proferido decisão no mesmo sentido (por apertada maioria – 6x4), reconhecendo que 
o Ministério Público estadual tem legitimidade autônoma para propor reclamação constitucional perante a Corte Cons-
titucional, sem a necessidade de requerimento ao Procurador-Geral da República” (Masson, Nathalia. Manual de Direito 
Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1062)
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membro do Ministério Público importa o posicionamento jurídico do órgão como um todo. Em 
perfeita consonância com o texto constitucional caminha a jurisprudência do TSE:
Nos termos do art. 127, 1, da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público é insti-
tuição permanente, regida pelos princípios da unidade e da indivisibilidade, segundo os 
quais o Parquet é um só organismo, uma só unidade, e seus membros podem ser substi-
tuídos uns pelos outros, independentemente de fundamentação, sem que haja alteração 
subjetiva na relação jurídica processual.
(HC 227658/SP, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe de 14.5.2012)
Por último, o princípio da Independência Funcional informa que os membros do MP 
somente são vinculados somente à Constituição Federal e às leis. No exercício de 
suas atribuições, não se subordinam aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciá-
rio e nem ao Chefe do Ministério Público. Frise-se que existe uma hierarquia no MP, 
mas somente de natureza administrativa. Na ordem funcional, ou seja, nas mani-
festações dos membros nos processos de sua competência, há total independência 
dos membros3. Nesse sentido:
O Ministério Público, no exercício de suas funções, mantém independência fun-
cional, de sorte que a manifestação de um membro do d. Parquet, em um dado 
momento do processo, não vincula o agir de um outro membro no mesmo processo 
(TSE. AgRg no REspe n. 28.511, de minha relatoria, DJ de 5.6.2008) Precedentes, 
ainda, do c. STF (v.g. RHC 85.656-0/MS, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 9.6.2006; HC n. 
80.315/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 13.10.2000) e do c. STJ (RHC n. 14.098, 
Min. Felix Fischer, DJ 23.6.2003).
Na hipótese, descabe alegar perda de objeto da impugnação ao pedido de registro 
de candidatura, pela circunstância de a d. Procuradoria-Geral Eleitoral ter apresen-
3 “Por fim, temos o princípio da independência funcional, que tanto protege a instituição de constrangimentos indevidos e 
ingerências externas – por meio das garantias institucionais –, como garante independência aos membros do Ministério 
Público, de forma que estes não se subordinem às convicções jurídicas de outrem, podendo atuar livremente, de acordo 
com suas próprias convicções jurídicas, às leis e, sobretudo, à Constituição Federal. Assim, nada obstante estarem, sob o 
aspecto administrativo, submetidos à chefia do Procurador-Geral, não há que se falar em subordinação de índole funcio-
nal, de modo que, processualmente, não estejam vinculados a entendimentos ou orientações de outrem. Segundo a dou-
trina, a independência funcional do Ministério Público é de caráter funcional. O órgão, no exercício específico das funções, 
age em nome do Ministério Público (princípio da unidade). Neste particular, ele não presta obediência as seu superior 
hierárquico (Procurador-Geral).” (Masson, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, 
p. 1063)
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tado, como custos legis, parecer favorável ao deferimento do pedido de registro do 
embargante. Caso se admita que na impugnação a registro de candidatura proposta 
pelos agentes do Ministério Público, seja em primeira ou segunda instância, deva 
haver consulta a d. Procuradoria-Geral Eleitoral, sob pena de iniciar ação totalmente 
inócua, estar-se-ia, inevitavelmente, desconsiderando a autonomia e independên-
cia funcional dos órgãos do Parquet, as quais estão proclamadas na Constituição 
da República de 1988 (art. 127, § 1º, in fine).Tudo isso em ações de inquestionável 
interesse público.
(REspe n. 29730/SP, rel. Min. Felix Fischer, PSESS de 29.9.2008)
1.4. prerroGAtivAs dos MeMbros do Ministério público
Os membros do Parquet gozam de prerrogativas idênticas às da magistratura, quais se-
jam: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios4.
No caso dos membros do Ministério Público que atuam perante a Justiça Eleitoral não são 
aplicáveis a vitaliciedade no cargo, pois esses membros atuam no sistema de rodízio (princí-
pio da periodicidade da investidura das funções eleitorais), como veremos mais adiante.
4 [...] existem as garantias próprias aos membros do Ministério Público. Segundo a Constituição, leis complementares da 
União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, deverão observar para seus mem-
bros as mesmas garantias previstas para os magistrados, a saber, a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de 
subsídio (art. 128, § 5º, I, CF/88). [...]
 (i) vitaliciedade (art. 128, § 5º, II, ‘a’, CF/88), segundo a qual o membro do Ministério Público se torna vitalício após dois 
anos de efetivo exercício, não podendo mais perder o cargo após decisão judicial transitada em julgado.
[...]
 (ii) inamovibilidade (art. 128, §5º, I, ‘b’, CF/88): os membros do Ministério Público, uma vez titulares do cargo, somente 
poderão ser removidos, ou mesmo promovidos, por iniciativa própria. Não podem, portanto, ser removidos ou promovidos 
ex officio e de forma unilateral, sem que haja solicitação ou autorização. Vê-se que essa garantia implica em umasituação 
curiosa em relação às promoções. Como a promoção, em regra, acarreta a remoção do membro do Ministério Público, ele 
somente pode ser promovido caso se inscreva para a vaga, ou seja, manifeste expressamente sua aquiescência.
 Importante destacar que essa garantia é constitucionalmente excepcionada na seguinte situação: por motivo de interesse 
público, mediante decisão, por maioria absoluta de votos, do órgão colegiado competente, assegurada ampla defesa.
[....]
 (iii) irredutibilidade de subsídio (art. 128, § 5º, I, ‘c’, CF/88): subsídio é o modelo de pagamento de diversas categorias de 
agentes públicos, sujas características, cujas características estão no §4º do art. 39, CF/88. Essa garantia da irredutibili-
dade assegura que os membros do Ministério Público não sofram pressões por diminuições remuneratórias indevidas no 
exercício de suas funções e atribuições”.
 (Masson, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4 ed.. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 1069)
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Também não se aplica a irredutibilidade de subsídios, tendo em vista que não recebem 
subsídios pelo o exercício da atividade eleitoral, mas apenas uma gratificação paga na propor-
ção do seu efetivo comparecimento e exercício das funções de Ministério Público perante os 
órgãos da Justiça Eleitoral. Desse modo, no caso de férias, licenças e afastamentos, diante do 
não exercício das atribuições ministeriais inexistirá a percepção da referida gratificação.
De forma diversa, incide o princípio da inamovibilidade, pois uma vez designado o promotor 
eleitoral para atuar em determinada zona eleitoral, ele terá direito a exercer suas funções pelo 
prazo ininterrupto de dois anos, nele incluídos os períodos de férias, licenças e afastamentos, 
não sendo possível, em regra, removê-lo do cargo nesse período.
1.5. estruturA orGAnizAcionAl do Ministério público
Para que haja a perfeita compreensão da atuação do Ministério Público junto à Justiça 
Eleitoral é necessário também compreender sua estrutura organizacional.
Consoante dispõe o art. 128 da CF/88, o Ministério Público abrange o Ministério Público 
da União – MPU e o Ministério Público dos Estados – MPE.
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O Ministério Público da União compreende:
• O Ministério Público Federal (MPF);
• O Ministério Público do Trabalho (MPT);
• O Ministério Público Militar (MPM);
• O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT);
Para fins de concurso na área eleitoral, faz-se necessário compreender a estrutura organi-
zacional do MPF, cujos membros atuam, de forma temporária, nos tribunais eleitorais – TRE 
e TSE, e do MPE, cujos membros são, de forma temporária e no exercício da função federal, 
responsáveis pela atuação perante os juízes eleitorais.
O MPU e o MPF são chefiados pelo Procurador-Geral da República (PGR), nomeado pelo 
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato 
de dois anos, permitida a recondução, nos termos do art. 128, § 1º, da CF/88.
O MPF apresenta a seguinte organização funcional:
• 1ª instância – exercida pelos Procuradores da República na Justiça Federal (JF);
• 2º instância – exercida pelos Procuradores Regionais nos Tribunais Regionais Federais 
(TRF);
• Tribunais Superiores – Exercida pelo Procurador-Geral da República ou pelos Subprocu-
radores-Gerais da República;
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O MPE é chefiado pelo Procurador-Geral de Justiça (PGJ), escolhido pelo Governador da 
lista tríplice de integrantes da carreira, elaborada na forma da lei, para mandato de dois anos 
permitida uma recondução, consoante dispõe o art. 128, § 3º, da CF/88.
Existe um Ministério Público estadual em cada Unidade da Federação, lembrando apenas 
que o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios compõe o Ministério Público da 
União.
O MPE apresenta a seguinte estrutura funcional:
• 1ª instância – exercida pelos promotores de Justiça junto aos juízes de Direito (JC);
• 2º instância – exercida pelos Procuradores de Justiça perante os Tribunais de Justiça (TJ);
A questão relativa à atuação do Ministério Público estadual no Superior Tribunal de Justiça 
e no Supremo Tribunal Federal ficou equacionada no RE n. 985.392, com repercussão geral, 
ficou assim definida:
Os ministérios públicos dos estados e do Distrito Federal têm legitimidade para propor 
e atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em trâmite no STF e 
no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da atuação do Ministério 
Público Federal.
(RE n. 985.392, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 10.11.2017)
2. AtuAção do Ministério público no tribunAl superior eleitorAl – ins-
tânciA especiAl
Nos termos do art. 72 da Lei Complementar n. 75/93, compete ao Ministério Público Fe-
deral – MPF exercer as funções do Ministério Público na seara eleitoral. Confira o dispositivo 
legal:
Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à Justiça Eleitoral, 
as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e instâncias do processo eleitoral.
Nas causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral, o papel do Ministério Público 
é atribuição do Procurador-Geral Eleitoral (PGE) que é o Procurador-Geral da República (PGJ), 
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chefe do Ministério Público Federal e do Ministério Público da União. Trata-se da mesma pes-
soa ocupando, concomitantemente, cargos diversos.
O Procurador-Geral da República - e, por conseguinte, o Procurador-Geral Eleitoral - é no-
meado pelo Presidente da República entre integrantes da carreira, maiores de 35 anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato 
de dois anos, permitida a recondução, conforme preconiza o art. 128, § 1º, da Constituição 
Federal.
Portanto, pode ser reconduzido várias vezes ao cargo, podendo, diferentemente dos 
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral, exercer o cargo por mais de dois biênios conse-
cutivamente.
Conforme preconiza os art. 73, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/93, além de 
exercer as funções do Ministério Público no Tribunal Superior Eleitoral, compete ao Procura-
dor-Geral Eleitoral designar, entre os subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procura-
dor-Geral Eleitoral.
Ademais, nos termos do art. 74 da mencionada Lei, ele pode, ainda, designar, por necessi-
dade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação, 
perante o Tribunal Superior Eleitoral.
O art. 75 da LC n. 75/93 enumera outras competências do Procurador-Geral Eleitoral, 
a saber:
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Art. 75. Incumbe ao Procurador-GeralEleitoral:
I – designar o Procurador Regional Eleitoral em cada Estado e no Distrito Federal;
II – acompanhar os procedimentos do Corregedor-Geral Eleitoral;
III – dirimir conflitos de atribuições;
IV – requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir a necessidade do serviço, 
sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao exercício de seus cargos ou empregos.
Em acréscimo, temos no art. 24 do Código Eleitoral (CE) outras atribuições do Procurador-
-Geral Eleitoral, nos seguintes termos:
Art. 24. Compete ao Procurador-Geral, como Chefe do Ministério Público Eleitoral;
I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;
I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;
II – exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de competência originária do 
Tribunal;
III – oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;
IV – manifestar-se. por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à de- liberação do Tri-
bunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se entender neces-
sário;
V – defender a jurisdição do Tribunal;
VI – representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua 
aplicação uniforme em todo o País;
VII – requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atri-
buições;
VIII – expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais Regionais;
IX – acompanhar, quando solicitado, o Corregedor-Geral, pessoalmente ou por intermédio de Pro-
curador que designe, nas diligências a serem realizadas.
Em suma, podemos afirmar que cabe ao Procurador-Geral Eleitoral a defesa da ordem ju-
rídica e do regime democrático por meio do ajuizamento das ações e da interposição de re-
cursos eleitorais, além da obrigatória manifestação, por escrito ou oralmente, em todos os 
processos do Tribunal Superior Eleitoral.
O fim do mandato do Procurador-Geral Eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral ocorre junta-
mente com término do mandato do Procurador-Geral da República, que é de dois anos. A des-
tituição antecipada do cargo somente é possível por iniciativa do Presidente da República, 
devendo o ato ser precedido de autorização da maioria absoluta do Senado Federal, consoante 
dispõe o art. 128, § 2º, da CF/88.
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3. AtuAção do Ministério público no tre – 2ª instânciA
A atuação do MP nas causas dos tribunais regionais eleitorais é da competência do Pro-
curador Regional Eleitoral (PRE).
Havendo necessidade de serviço, o Procurador-Geral Eleitoral poderá designar membros 
do Ministério Público Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional Eleito-
ral, perante os tribunais regionais eleitorais.
O Procurador Regional Eleitoral e o seu substituto legal são designados pelo Procurador-
-Geral Eleitoral entre os Procuradores Regionais da República (PRR) lotados e em exercício no 
Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, entre os Procuradores da República vitalí-
cios, nos termos do art. 76 da Lei Complementar n. 75/93.
Os Procuradores Regionais da República atuam nos Tribunais Regionais Federais (TRF), 
2ª instância da Justiça Federal nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral.
Atualmente só existem cinco tribunais regionais federais no País, localizados em Brasília e 
nas capitais dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife. Nesses Estados/
DF, o PRE é nomeado dentre os Procuradores Regionais da República que atuam nos TRFs.
Nas demais localidades, a nomeação recai entre os Procuradores da República vitalícios, 
que guardam assento na 1ª instância da Justiça Federal.
Diferentemente do Procurador-Geral Eleitoral, que pode ser reconduzido sucessivas ve-
zes, a recondução do Procuradores Regionais Eleitorais somente pode ocorrer uma única vez.
A destituição dos Procuradores Regionais Eleitorais antes do término do seu mandato 
pode ocorrer por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, mas deve ser aprovada por maioria 
absoluta do Conselho Superior do Ministério Público Federal, conforme orienta o art. 76, § 1º 
e 2º, da LC n. 75/93.
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4. AtuAção do Ministério público nos Juízes e JuntAs eleitorAis -1ª instânciA
Na 1ª instância da Justiça Eleitoral, perante o juiz eleitoral e a junta eleitoral, a função do 
Ministério Público é exercida pelo Promotor Eleitoral.
Note, inicialmente, que a função eleitoral, em todas as esferas, é de natureza federal. Con-
tudo, como bem anotado por José Jairo Gomes (2017, p. 99), pelo princípio da cooperação na 
organização político-eleitoral brasileira, além do art. 78 da LC n. 75/93 estabelecer essa com-
petência ao MPE, o art. 32, III, da Lei n. 8.625/93 também dispõe no mesmo sentido:
Ao estabelecer competir aos Promotores de Justiça “oficiar perante à Justiça Eleitoral de primeira 
instância, com as atribuições do Ministério Público Eleitoral previstas na Lei Orgânica do Ministério Pú-
blico da União que forem pertinentes, além de outras estabelecidas na legislação eleitoral e partidária.
Nessa compreensão, o entendimento do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o 
Promotor de Justiça no exercício das funções eleitorais ficará subordinado hierárquico-adminis-
trativo ao Procurador Regional Eleitoral, e não ao chefe do Ministério Público do Estado - PGJ.
Ademais, a iniciativa de projetos legislativos que versem sobre a organização e as atribui-
ções do Ministério Público Eleitoral, ainda que afetem os Promotores de Justiça, são de com-
petência do Procurador-Geral da República. Confira:
Detém o Procurador-Geral da República, de acordo com o art. 128, § 5º, da Constitui-
ção Federal, a prerrogativa, ao lado daquela já atribuída ao chefe do Poder Executivo 
(art. 61, § 1º, II, d, CF), de iniciativa dos projetos legislativos que versem sobre a organi-
zação e as atribuições do Ministério Público Eleitoral, do qual é chefe, atuando como seu 
Procurador-Geral. Tratando-se de atribuição do Ministério Público Federal (arts. 72 e 
78), nada mais natural que as regras de designação dos membros do Ministério Público 
para desempenhar as funções junto à Justiça Eleitoral sejam disciplinadas na legislação 
que dispõe, exatamente, sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério 
Público da União, no caso, a Lei Complementar 75, de 20 de maio de 1993. O fato de o 
Promotor Eleitoral (membro do Ministério Público Estadual) ser designado pelo Procura-
dor Regional Eleitoral (membro do MPF) não viola a autonomia administrativa do Minis-
tério Público Estadual. Apesar de haver a participação do Ministério Público dos Estados 
na composição do Ministério Público Eleitoral
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– cumulando o membro da instituição as duas funções –, ambas não se confundem, 
haja vista possuírem conjuntos diversos de atribuições, cada qual na esfera delimitada 
pela Constituição Federal e pelos demais atos normativos de regência. A subordinação 
hierárquico-administrativa – não funcional – do Promotor Eleitoral é estabelecida em 
relação ao Procurador Regional Eleitoral, e não em relação ao Procurador-Geral de Jus-
tiça. Ante tal fato, nada mais lógico que o ato formal de “designação” do Promotor Eleito-
ral seja feitopelo superior na função eleitoral, e não pelo superior nas funções comuns.
(ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016)
A designação do Promotor Eleitoral é feita pelo PRE, após indicação do Procurador Geral 
de Justiça (PGJ), chefe do Ministério Público Estadual, nos termos do art. 78 da LC n. 75/93.
Segundo José Jairo Gomes (2017, p. 100-101), ausência de indicação do nome pelo chefe 
do Ministério Público Estadual não impede a designação do Promotor eleitoral pelo Procurador 
Regional Eleitoral. Para ele, a escolha do Promotor Eleitoral é um ato administrativo simples, 
que pode resultar da vontade de um só órgão, no caso, do Procurador Regional Eleitoral. Res-
salto, contudo, que esse entendimento é contrário à jurisprudência do Supremo Tribunal Fede-
ral, segundo o qual essa escolha é um ato de natureza complexa, que resulta da vontade de 
dois órgãos – Procurador Regional Eleitoral e Procurador-Geral de Justiça. Confira:
A designação do promotor eleitoral é ato de natureza complexa, resultando da conju-
gação de vontades tanto do procurador-geral de justiça - que indicará o membro do 
ministério público estadual – quanto do procurador regional eleitoral – a quem compe-
tirá o ato formal de designação. O art. 79, caput e parágrafo único, da Lei Complementar 
n. 75/93 não tem o condão de ofender a autonomia do ministério público estadual, já 
que não incide sobre a esfera de atribuições do parquet local, mas sobre ramo diverso da 
instituição – o Ministério Público Eleitoral, não interferindo, portanto, nas atribuições ou 
na organização do ministério público estadual.
(ADI n. 3.802/DF, rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 14.11.2016)
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A designação deve recair sobre promotor lotado na comarca a que pertence a zona elei-
toral. Não sendo possível, pela inexistência de membro lotado na comarca, impedimento ou 
recusa justificada, pode ser designado Promotor que atue em comarca próxima. Nesse caso, 
segundo o art. 1º, § 2º da Res. – Conselho Nacional do Ministério Público n. 30/2008, que 
cuida do estabelecimento de parâmetros para a nomeação de membros do Ministério Público 
estadual para o exercício da função eleitoral na 1ª instância, terá preferência, sucessivamente, 
aquele que exercer suas funções:
I – na sede da respectiva zona eleitoral;
II – em município que integra a respectiva zona eleitoral;
III – em comarca contígua à sede da zona eleitoral.
A escolha é óbvia quando existe apenas um Promotor lotado na comarca.
Nas comarcas em que houver mais de um, o art. 1º, III da Res. – Conselho Nacional do 
Ministério Público n. 30/2008 determina seja obedecida a ordem decrescente de antiguidade 
na titularidade da função eleitoral, prevalecendo, em caso de empate, a antiguidade na zona 
eleitoral.
Consoante estabelece o art. 1º, § 1º da Res. – Conselho Nacional do Ministério Público 
n. 30/2008, não poderá ser indicado nem designado para a exercer função eleitoral o membro 
do Ministério Público Estadual:
I – lotado em localidade não abrangida pela zona eleitoral perante a qual este deverá oficiar, salvo 
em caso de ausência, impedimento ou recusa justificada, e quando ali não existir outro membro 
desimpedido;
II – que se encontrar afastado do exercício do ofício do qual é titular, inclusive quando estiver exer-
cendo cargo ou função de confiança na administração superior da Instituição, ou
III – que tenha sido punido ou que responda a processo administrativo ou judicial, nos 3 (três) anos 
subsequentes, em razão da prática de ilícito que atente contra: (Redação dada pela Resolução 
n. 182, de 7 de dezembro de 2017)
a) a celeridade da atuação ministerial; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de dezembro de 2017)
b) a isenção das intervenções no processo eleitoral; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de de-
zembro de 2017)
c) a dignidade da função e a probidade administrativa; (Incluído pela Resolução n. 182, de 7 de de-
zembro de 2017)
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Escolhido o Promotor Eleitoral, este deverá exercer a função eleitoral, nos termos do art. 1º, 
IV, da Res. CNMP n. 30/2008, pelo prazo ininterrupto de dois anos, nele incluídos os períodos 
de férias, licenças e afastamentos.
Este prazo pode, excepcionalmente, ir além ou aquém do período de dois anos para fazer 
cumprir a determinação contida no art. 5º da Res. – Conselho Nacional do Ministério Público 
n. 30/2008, que veda a investidura em função eleitoral em prazo inferior a noventa dias da 
data do pleito eleitoral e a cessação em prazo inferior a noventa dias após a eleição, cumprin-
do ao Procurador-Geral Eleitoral fazer as devidas adaptações.
Findo o prazo de exercício da função eleitoral, pelo sistema de rodízio deve haver, em regra, 
a substituição por outro membro da carreira estadual, a não ser que exista somente um mem-
bro do Ministério Público estadual na circunscrição da zona eleitoral, situação que impõe sua 
recondução ao cargo por igual período.
No que concerne à destituição do Promotor Eleitoral, a legislação de regência é silente so-
bre a matéria. No ponto, José Jairo Gomes (2017, p.101) afirma que:
Não há previsão legal para essa hipótese. Tampouco cuidou a Resolução CNMP n. 30/2008. De 
qualquer maneira, atende à lógica do sistema que o PRE possa igualmente destituir, já que detém 
o poder de designar. Mas não poderá fazê-lo ao seu talante, senão no estrito interesse do serviço 
eleitoral. A discricionariedade aí é regrada, vinculada. A destituição deve ser amparada em ato fun-
damentado; as razões devem ser claras e plausíveis. Afinal, ao PRE cumpre dirigir no Estado as 
atividades do setor (LC n. 75/93, art. 77).
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Para finalizar, destaca-se dois aspectos eminentemente administrativos acerca do exercí-
cio das funções eleitorais pelo Promotor Eleitoral, a saber:
i. o exercício da função eleitoral assegura a percepção de gratificação correspondente ao 
terço do subsídio de juiz federal, nos termos do art. 50, VI da Lei n. 8.625/93;
ii. é vedada a fruição de férias ou licença voluntária no período de 90 dias que antecedem 
o pleito até 15 dias depois da diplomação, salvo em situações excepcionais autorizadas pelo 
Chefe do Ministério Público, conforme estabelece o art. 5º, § 2º, da Res. – Conselho Nacional 
do Ministério Público n. 30/2008.
5. vedAções às AtividAdes político-pArtidáriAs
Tendo em vista o disposto no art. 29, § 3º, do Ato das disposições Constitucionais Provisó-
rias da Constituição Federal, foi facultado aos membros do Ministério Público que ingressaram 
antes da promulgação da atual Carta Constitucional optar pelo antigo regime, que permitia o 
exercício de atividade político-partidária. Nesse sentido, a jurisprudência do Tribunal Superior 
Eleitoral sempre foi pacífica:
O art. 29, § 3º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, ao assegurar aos 
membros do Ministério Público, no tocante às vedações que a Constituição lhes impõe, 
a observância da situação jurídica que detinham quando da promulgação da Carta, 
assegura-lhes o direito ao exercício de atividade político-partidária, e tal exercício ante-
cedia a promulgação.
(Cta n. 1508-89/DF, rel. Min. Gilson Dipp, DJe de 25.11.2011)
Para aqueles que não optaram pelo regime antigo, o art. 128, § 5º, II, e, da CF/88, em sua 
redação primitiva, permitia, como exceçãoe nos exatos termos da lei, o exercício da atividade 
político partidária. Confira:
Art. 128. O Ministério Público abrange:
(...)
II – as seguintes vedações:
(...)
e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei.
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Essa situação foi abruptamente modificada, em 2004, com a edição da Emenda à Constitui-
ção n. 45/2004, que excluiu a parte final do citado dispositivo, retirando qualquer possibilida-
de de membros do Ministério Público que não optaram pelo regime constitucional anterior de 
exercerem atividade político-partidária. A redação do dispositivo, que permanece até hoje, é a 
seguinte:
Art. 128. O Ministério Público abrange:
(...)
II – as seguintes vedações:
(...)
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)
Com efeito, atualmente, o exercício da atividade político-partidária de membro do MP exi-
ge a desvinculação definitiva de suas funções.
Entretanto, com a reforma constitucional de 2004, surgiu o questionamento sobre a exis-
tência de direito adquirido para que membros do Ministério Público que tivessem ingressado 
na instituição antes dessa mudança poderem exercer atividade político-partidária.
Além disso, quando da promulgação da Emenda n. 45/2004, alguns membros do Minis-
tério Público eram ocupantes de cargos eletivos e, nas eleições seguintes, sob o argumento 
de que o novo regime jurídico-constitucional não seria a eles aplicável e teriam o direito à 
reeleição, pleitearam o registro de candidatura.
Ao enfrentar essa matéria, esse foi o entendimento externado pelo Supremo Tribunal Fede-
ral:
Não há, efetivamente, direito adquirido do membro do Ministério Público a candidatar-se 
ao exercício de novo mandado político. O que socorre a recorrente é o direito atual – não 
adquirido no passado, mas atual – a concorrer a nova eleição e ser reeleita, afirmado 
pelo art. 14, § 5º, da Constituição do Brasil. Não há contradição entre os preceitos con-
tidos no § 5º do art. 14 e no art. 128, § 5º, II, e, da Constituição do Brasil.
A interpretação do direito e da Constituição não se reduz a singelo exercício de leitura 
dos seus textos, compreendendo processo de contínua adaptação à realidade e a seus 
conflitos. A ausência de regras de transição para disciplinar situações fáticas não abran-
gidas por emenda constitucional demanda a análise de cada caso concreto à luz do 
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direito enquanto totalidade. A exceção é o caso que não cabe no âmbito de normali-
dade abrangido pela norma geral. Ela está no direito, ainda que não se encontre nos 
textos normativos de direito positivo. Ao Judiciário, sempre que necessário, incumbe 
decidir regulando também essas situações de exceção. Ao fazê-lo, não se afasta do 
ordenamento.
[RE 597.994, rel. p/ o ac. min. Eros Grau, j. 4-6-2009, P, DJE de 28-8-2009, Tema 172.]
6. conFlito de Atribuições entre MeMbros do Ministério público
O conflito de atribuições entre os membros do Ministério Público dá-se quando dois 
ou mais membros do MP declaram-se competentes (conflito positivo de atribuições) ou 
incompetentes (conflito negativo de atribuições) em relação a determinado feito.
Segundo os ensinamentos de Marcos Ramayana (2009, p. 277) a solução desses con-
flitos de atribuição no âmbito do Ministério Público obedece a seguinte diretriz:
Os conflitos positivos ou negativos de atribuições que possam surgir entre Procuradores Re-
gionais Eleitorais devem ser dirimidos pelo Procurador-Geral Eleitoral, na forma da lei. Quanto 
aos conflitos entre Promotores Eleitorais, a solução fica com o Procurador Regional Eleitoral, 
e não pelo Procurador-Geral de Justiça.
Na hipótese de conflitos de atribuição entre Promotores Eleitorais de Estados diversos, a so-
lução institucional correta é submeter o parecer final ao Procurador-Geral Eleitoral, pois, não 
podemos olvidar que as funções eleitorais se submetem ao princípio da unidade formal com 
abstração de caráter hierárquico.
O exercício das funções eleitorais na primeira instância da Justiça Eleitoral, como 
visto, dá-se por um promotor de justiça, designado para o exercício para o exercício de 
atribuições do Ministério Público Federal pelo Procurador Regional Eleitoral.
Caso surja um conflito entre um membro do Ministério Público estadual e um membro 
do Ministério Público Federal, a competência para o seu julgamento será do Procurador-Ge-
ral da República, conforme a nova jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, 
não havendo que se falar em conflito federativo.
A esse respeito:
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AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE 
DIFERENTES ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO. AUSÊNCIA DE CONFLITO FEDERATIVO 
QUALIFICADO A ATRAIR A COMPETÊNCIA DA CORTE PREVISTA NO ART. 102, I, F, DA 
CONSTITUIÇÃO. QUESTÃO INTERNA CORPORIS. ATRIBUIÇÃO DO CHEFE DO MINISTÉ-
RIO PÚBLICO DA UNIÃO. 1. A jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal, em 
revisita do tema, a partir do julgamento pelo Plenário das ACO’s 924 e 1394 e reafir-
mada ao julgamento da ACO 1567-QO, é no sentido de que o conflito de atribuições 
entre membros do Ministério Público, ainda que envolva membro de Ministério Público 
estadual, não tem magnitude hábil a configurar o conflito federativo qualificado atra-
tivo da competência originária desta Suprema Corte para o seu julgamento. 2. A resolu-
ção de tais conflitos, ainda segundo o entendimento firmado pela Casa, cabe ao Chefe 
do Ministério Público da União, o Procurador-Geral da República. 3. Agravo Regimental 
conhecido e não provido.
(ACO n. 2601, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.3.2017)
A seu turno, se o conflito de atribuições for instaurado entre membros do Ministério Públi-
co estadual, promotores de justiça, a sua solução dar-se-á por ato do Conselho Superior do 
Ministério Público.
Por sua vez, se o conflito se der entre promotores eleitorais, que são promotores de justi-
ça, a competência para a sua solução será do Procurador-Geral Eleitoral.
Com a finalidade de tornar mais fácil a compreensão, segue um quadro resumo, no qual 
estão dispostos os possíveis conflitos de atribuição entre membros do MP e o órgão compe-
tente para solucioná-los:
CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ÓRGÃO COMPETENTE
Promotor Eleitoral X
Promotor Eleitoral
Se forem do mesmo Estado, competirá ao Procurador Regional Eleitoral
Promotor Eleitoral X
Promotor Eleitoral
Se forem de Estados diferentes, competirá ao Procurador-Geral Eleitoral
Procurador Regional Eleitoral
X – Procurador Regional Eleitoral
Procurador-Geral Eleitoral
Com isso, esgotamos o estudo acerca do MP, espero que tenha gostado da aula e até a 
próxima!
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Ministério Público Eleitoral
DIREITO ELEITORAL
RESUMO
Aspectos Gerais
• O Ministério Público (MP) é, em suma, uma instituição permanente, cuja definição cons-
titucional, juntamente com a Advocacia, Advocacia Pública e Defensoria Pública, remete 
ao exercício de funções essenciais à Justiça.
• O MP não faz parte de nenhum dos três Poderes. A tese dominante o define como um 
órgão do Estado, blindado pela autonomiafuncional e administrativa, com orçamento e 
quadro de pessoal próprios.
• No exercício do seu papel constitucional, o Órgão Ministerial dirige seus esforços para a 
defesa: da ordem jurídica; do regime democrático; dos interesses sociais; dos interesses 
individuais indisponíveis.
• O MP recebeu o poder/dever de legitimamente atuar em todas as fases do processo 
eleitoral.
• A Súmula 11, segunda a qual aquele que não impugnou não tem legitimidade para recor-
rer da sentença que deferiu o registro de candidatura, não se aplica ao MP.
• Em defesa de suas funções constitucionais, o MP ainda que não tenha recorrido na 
esfera estadual em processo que foi sucumbente, pode, caso o processo suba ao TSE 
em razão da atuação de outro legitimado, recorrer da decisão do relator que mantém o 
acórdão regional.
• O TSE decidiu que se admite, com base no art. 127 da CF/88, instauração de inquérito 
civil pelo Parquet para apurar prática de ilícitos eleitorais.
• Nos termos do art. 127 da CF/88, o Ministério Público é regido pelos princípios da: uni-
dade, indivisibilidade e da independência funcional.
• Pelo princípio da Unidade todos os membros do MP integram um só órgão, sob direção única.
• O princípio da Indivisibilidade decorre do princípio da Unidade. Segundo informa os 
membros do Ministério Público não se vinculam aos processos em que atuam e podem 
ser substituídos por outros membros de acordo com as normas previstas na lei de orga-
nização de cada MP, sem qualquer prejuízo à atuação do Órgão,
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Ministério Público Eleitoral
DIREITO ELEITORAL
• O princípio da Independência Funcional informa que os membros do MP somente são 
vinculados somente à Constituição Federal e às leis.
• Não se aplica aos membros do MP no exercício da função eleitoral a vitaliciedade e a 
irredutibilidade de vencimentos, incidindo, exclusivamente, a inamovibilidade.
• o Ministério Público abrange o Ministério Público da União – MPU e o Ministério Público 
dos Estados – MPE.
• O Ministério Público da União compreende: o Ministério Público Federal (MPF); o Minis-
tério Público do Trabalho (MPT); o Ministério Público Militar (MPM); o Ministério Público 
do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
• O MPU e o MPF são chefiados pelo Procurador-Geral da República (PGR).
• O MPE é chefiado pelo Procurador-Geral de Justiça (PGJ).
Atuação do Ministério Público no TSE – Instância Especial
• Nos termos do art. 72 da LC n. 75/93, compete ao MPF exercer as funções do Ministério 
Público na seara eleitoral.
• Nas causas de competência do TSE, o papel do MP é atribuição do Procurador-Geral 
Eleitoral (PGE) que é o Procurador-Geral da República (PGJ), chefe do MPF e do MPU. 
Trata-se da mesma pessoa ocupando, concomitantemente, cargos diversos.
• O Procurador-Geral da República (PGR) é nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome 
pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução, nos termos do art. 128, § 1º, da CF/88.
• O PGE pode ser reconduzido várias vezes ao cargo, podendo, diferentemente dos Minis-
tros do TSE, exercer o cargo por mais de dois biênios consecutivamente.
• Compete ao PGE designar, entre os subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Pro-
curador-Geral Eleitoral. Ademais, nos termos do art. 74 da mencionada Lei, ele pode, 
ainda, designar, por necessidade de serviço, membros do MPF para oficiarem, com sua 
aprovação, perante o TSE.
• A destituição antecipada do cargo somente é possível por iniciativa do Presidente da 
República, devendo o ato ser precedido de autorização da maioria absoluta do Senado 
Federal, consoante dispõe o art. 128, § 2º, da CF/88.
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DIREITO ELEITORAL
Atuação do Ministério Público no TRE – 2ª Instância
• A atuação do MP nas causas dos tribunais regionais eleitorais é da competência do 
Procurador Regional Eleitoral (PRE).
• Havendo necessidade de serviço, o PGE poderá designar membros do MPF para oficiar, 
sob a coordenação do PRE, perante os tribunais regionais eleitorais.
• O PRE e o seu substituto legal são designados pelo PGE entre os Procuradores Regio-
nais da República (PRR) lotados e em exercício no Estado e no Distrito Federal, ou, onde 
não houver, entre os Procuradores da República vitalícios.
• Diferentemente do PGE, que pode ser reconduzido sucessiva vezes, a recondução do 
PRE somente pode ocorrer uma única vez.
• A destituição do PRE antes do término do seu mandato pode ocorrer por iniciativa do 
PGE, mas deve ser aprovada por maioria absoluta da Conselho Superior do Ministério 
Público Federal, conforme orienta o art. 76, § 1º e 2º, da LC n. 75/93.
Atuação do Ministério Público nos Juízes e Juntas Eleitorais
1ª Instância
• Na 1ª instância da Justiça Eleitoral, perante o juiz eleitoral e a junta eleitoral, a função do 
MP é exercida pelo Promotor Eleitoral.
• A função eleitoral, em todas as esferas, é de natureza federal, razão pela qual o STF 
entende que o Promotor de Justiça no exercício das funções eleitorais ficará subordi-
nado hierárquico-administrativo ao PRE, e não ao chefe do Ministério Público do Estado 
– PGJ.
• A designação do Promotor Eleitoral é feita pelo PRE, após indicação do Procurador Ge-
ral de Justiça (PGJ), chefe do Ministério Público Estadual, nos termos do art. 78 da LC 
n. 75/93.
• Para o STF a escolha do Promotor Eleitoral é um ato de natureza complexa, que resulta 
da vontade de dois órgãos – PRE e PGJ.
• A designação deve recair sobre promotor lotado na comarca a que pertence a zona 
eleitoral.
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Ministério Público Eleitoral
DIREITO ELEITORAL
• Não sendo possível a escolher recair sobre o Promotor que atua na Comarca, terá pre-
ferência, sucessivamente, aquele que exercer suas funções: 1) na sede da respectiva 
zona eleitoral; 2) em município que integra a respectiva zona eleitoral; 3) em comarca 
contígua à sede da zona eleitoral.
• Nas comarcas em que houver mais de um, o art. 1º, III da Res. CNMP n. 30/2008 de-
termina seja obedecida a ordem decrescente de antiguidade na titularidade da função 
eleitoral, prevalecendo, em caso de empate, a antiguidade na zona eleitoral.
• não poderá ser indicado nem designado para a exercer função eleitoral o membro do 
Ministério Público Estadual: (i) lotado em localidade não abrangida pela zona eleitoral 
perante a qual este deverá oficiar, salvo em caso de ausência, impedimento ou recusa 
justificada, e quando ali não existir outro membro desimpedido; (ii) que se encontrar 
afastado do exercício do ofício do qual é titular, inclusive quando estiver exercendo car-
go ou função de confiança na administração superior da Instituição, ou (iii) que tenha 
sido punido ou que responda a processo administrativo ou judicial, nos 3 (três) anos 
subsequentes, em razão da prática de ilícito que atente contra: a) a celeridade da atua-
ção ministerial; b) a isenção das intervenções no processo eleitoral; c) a dignidade da 
função e a probidade administrativa.
• o Promotor Eleitoral deverá exercer a função eleitoral pelo prazo ininterrupto de dois 
anos, nele incluídos os períodos de férias, licenças e afastamentos.
• É vedada a investidura em função eleitoral em prazo inferior a noventa dias da data do 
pleito eleitoral e a cessação em prazo inferior a noventa dias após a eleição, cumprindoao PGE fazer as devidas adaptações.
• No que concerne à destituição do Promotor Eleitoral, a legislação de regência é silente 
sobre a matéria. Para José Jairo Gomes a destituição pode ser feita pelo PRE no estrito 
interesse do serviço eleitoral.
Vedações às Atividades Político-Partidárias
• Aos membros do MP é vedado o exercício da atividade político-partidária, nos termos do 
art. 128, II, e, da CF/88, com redação dada pela EC N. 45/2004.
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Ministério Público Eleitoral
DIREITO ELEITORAL
Conflito de Atribuições no MP
• Os conflitos positivos ou negativos de atribuições que possam surgir entre Procurado-
res Regionais Eleitorais devem ser dirimidos pelo Procurador-Geral Eleitoral.
• Os conflitos entre Promotores Eleitorais do mesmo Estado da Federação, a solução fica 
com o Procurador Regional Eleitoral.
• Os conflitos entre Promotores Eleitorais de Estados diferentes da Federação, a solução 
fica com o Procurador-Geral Eleitoral.
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QUESTÕES DE CONCURSO
questão 1 (CESPE/2019/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA) A requisição de instaura-
ção de inquérito policial pelo Ministério Público Eleitoral para apurar condutas de prefeito
a) não demanda autorização judicial, excetuados os atos sujeitos à reserva de jurisdição.
b) demanda autorização judicial e a consequente supervisão pela corte competente.
c) demanda autorização judicial, sob pena de declaração de nulidade relativa da investigação 
criminal.
d) demanda autorização judicial, sob pena de declaração da nulidade absoluta da investigação 
criminal.
e) não demanda autorização judicial, assim como as requisições de investigação contra auto-
ridades com prerrogativa de foro no STF.
questão 2 (CESPE/2019/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR) Com relação ao Ministé-
rio Público Eleitoral, assinale a opção correta.
a) Tal como ocorre com os juízes do TSE e com os procuradores regionais eleitorais, o manda-
to do procurador-geral eleitoral é de dois anos, permitida apenas uma recondução.
b) Compete apenas ao Ministério Público Federal exercer, junto à justiça eleitoral, as funções 
de Ministério Público.
c) O procurador regional eleitoral será designado, juntamente com seu substituto, pelo procura-
dor-geral eleitoral, entre os procuradores regionais da República no estado e no Distrito Federal 
ou entre os procuradores da República vitalícios, a seu critério.
d) Na defesa do regime democrático, cumpre ao Ministério Público Eleitoral a proteção das 
eleições contra influência do poder econômico ou contra abuso do poder político.
questão 3 (CESPE/2019/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-PI) No que diz res-
peito à organização e às competências do Ministério Público Eleitoral e da justiça eleitoral, 
é correto afirmar que
a) compete aos promotores eleitorais, nas eleições gerais, ajuizar ações contra candidatos ao 
cargo de deputado estadual, e, precipuamente, aos tribunais regionais federais apreciá-las.
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b) compete aos promotores eleitorais, nas eleições municipais, fiscalizar o pleito e ajuizar 
ações contra candidatos a prefeito e vereador.
c) os procuradores e promotores eleitorais, nas eleições gerais e municipais, têm a mesma 
competência e atuam nas mesmas instâncias administrativas e judiciais.
d) os partidos políticos, no processo eleitoral geral ou municipal, podem dirigir-se ao Ministério 
Público Eleitoral para obter esclarecimentos, os quais, depois de prestados, vinculam a atua-
ção do órgão.
e) compete aos promotores e procuradores eleitorais, nas eleições gerais, ajuizar ações contra 
candidatos ao cargo de presidente da República, e, originariamente, ao STF apreciá-las.
questão 4 (MP-BA/2018/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) O Ministério Público 
tem atuação obrigatória em atos e fases do processo eleitoral. Sobre a atuação do Ministério 
Público no processo eleitoral, é correto afirmar que
a) pode atuar como substituto processual e fiscal da lei, além de deter a titularidade exclusiva 
da ação penal eleitoral, ressalvada a ação penal privada subsidiária, e provocar a atividade po-
licial de fiscalização e apuração de crimes eleitorais.
b) não sofre qualquer limitação à atuação institucional, nos termos das leis de regência.
c) pode utilizar o inquérito civil público nos processos eleitorais, em virtude de interpretação 
conforme a Constituição Federal.
d) não se aplica, excepcionalmente, o princípio da indivisibilidade, pois não possui composição 
própria, contendo membros dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
e) o Ministério Público está autorizado a propor termos de ajustamento de conduta (TAC) 
como meio de contenção dos excessos dos candidatos, partidos e coligações em campanhas 
eleitorais.
questão 5 (CONSULPLAN/2018/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MG) Avalie as se-
guintes asserções e a relação proposta entre elas.
I – “Em caso de desistência da parte, o Ministério Público deve dar prosseguimento à 
ação, sempre que estiver diante de fatos que possam comprometer a lisura do pleito.”
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PORQUE
II – “Em matéria de Direito Eleitoral, não é possível a utilização do termo de ajustamento de 
conduta, previsto na Lei n. 7.347/85, eis que a Justiça Eleitoral não possui competên-
cia para processar e julgar o TAC.”
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.
c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
questão 6 (CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-TO) O Ministé-
rio Público Eleitoral
a) tem legitimidade concorrente para apurar e punir violação de deveres partidários pelos filia-
dos.
b) não poderá impugnar registro de candidatura que já tenha sido impugnado por partido polí-
tico ou coligação.
c) possui legitimidade exclusiva para representar à justiça eleitoral por abuso do poder econô-
mico ou do poder de autoridade.
d) atua nas esferas criminal e civil da área eleitoral, mas não atua na esfera administrativa.
e) tem legitimidade exclusiva para a propositura de ação penal de natureza eleitoral e, em ca-
ráter excepcional, de ação penal privada subsidiária.
questão 7 (CESPE/2017/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-RR) O MP eleitoral
a) atua em todas as fases do processo eleitoral com observância dos princípios da federaliza-
ção, da delegação e da excepcionalidade.
b) tem atribuição de oficiar à justiça eleitoral — juízes e juntas eleitorais — por intermédio de 
membros do MPF.
c) tem legitimidade para recorrer de decisão que julgue o pedido de registro de candidatura, 
mesmo que não tenha apresentado impugnação anterior.
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d) não tem legitimidade para prosseguir com a ação de impugnação de mandato eleitoral 
quando a parte autora apresenta pedidode desistência da ação.
questão 8 (CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PE) Em relação ao 
Ministério Público Eleitoral (MPE), assinale a opção correta.
a) Em caso de suspeita de infração penal, se o órgão do Ministério Público, em vez de apre-
sentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz será obrigado a atender 
ao pedido.
b) O procurador-geral da República exercerá as funções de procurador-geral junto ao TSE e 
poderá designar outros membros do Ministério Público da União para auxiliá-lo.
c) Em se tratando de crimes na esfera eleitoral, prevê-se ação pública ou pública condiciona-
da, sendo o Ministério Público o titular exclusivo da ação criminal.
d) A carreira autônoma do MPE foi criada pela Constituição Federal de 1988.
e) O MPE atua nas áreas penal e administrativa, mas não na cível.
questão 9 (CESPE/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PE) No que con-
cerne ao Ministério Público Eleitoral (MPE), assinale a opção correta de acordo com o enten-
dimento do STF.
a) O MPE é um ramo do Ministério Público, possui estrutura própria e tem como chefe o pro-
curador regional eleitoral.
b) O MPE só pode investigar suspeita de crime eleitoral após determinação da justiça eleitoral.
c) A designação, por procurador regional eleitoral, que é membro do Ministério Público Fede-
ral, de membro do Ministério Público local para promotor eleitoral não afronta a autonomia 
administrativa do Ministério Público estadual.
d) Enquanto exercer a função de promotor eleitoral, o membro do Ministério Público ficará 
afastado de sua função institucional de promotor de justiça.
e) O procurador-geral da República não detém a prerrogativa de iniciar projetos de lei que 
versem sobre a organização e as atribuições do MPE.
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questão 10 (MPE-PB/2011/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Julgue as seguintes as-
sertivas:
I – O Vice-Procurador-Geral Eleitoral será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral e es-
colhido dentre os Procuradores Regionais Eleitorais.
II – O Procurador-Geral Eleitoral poderá designar membros do Ministério Público Federal 
para oficiarem, com sua aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
III – A designação dos Promotores de Justiça, para exercerem as funções eleitorais, será fei-
ta por ato do Procurador Regional Eleitoral, com base em indicação do Procurador-Geral 
de Justiça.
a) I, II e III estão corretas.
b) Apenas III está correta.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Apenas II está errada.
e) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso).
questão 11 (VUNESP/2016/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/TJ-MG) De 
acordo com a Lei n. 4.737/1965, Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Ministério Pú-
blico oferecerá a denúncia dentro do prazo de
a) 5 (cinco) dias.
b) 10 (dez) dias.
c) 15 (quinze) dias.
d) 30 (trinta) dias.
questão 12 (FMP CONCURSOS/2015/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-AM) So-
bre o Ministério Público Eleitoral, considere as seguintes assertivas:
I – A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do 
Ministério Público, cessando tal impedimento com o cancelamento da filiação.
II – O Procurador-Geral Eleitoral pode designar membros do Ministério Público dos Esta-
dos para oficiar perante os Tribunais Regionais Eleitorais naqueles Estados onde não 
há Procuradores Regionais da República.
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III – O Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para impugnar pedido de registro de 
candidatura e, para tanto, dispõe do mesmo prazo previsto para os candidatos, parti-
dos políticos e coligações.
IV – O Ministério Público Eleitoral não pode requisitar a instauração de inquérito policial por 
infração penal eleitoral; somente a Justiça pode fazê-lo.
Quais das assertivas acima estão corretas?
a) Apenas a III.
b) Apenas a I e III.
c) Apenas a I e II.
d) Apenas a III e IV.
e) Apenas a II, III e IV.
questão 13 (CESPE/2015/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RS) A 
Constituição Federal de 1988 (CF) prevê, em seu art. 127, que “O Ministério Público é institui-
ção permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”. Entretan-
to, no art. seguinte (art. 128, CF), ao se verificar a sua abrangência, nota-se que ele é formado 
pelo: Ministério Público da União, que compreende o Ministério Público Federal (MPF), o Minis-
tério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal 
e Territórios; e pelos Ministérios Públicos dos estados. Não há, portanto, no texto constitucio-
nal, previsão expressa do Ministério Público Eleitoral (MPE).
Com referência a essas informações e à atuação do MPE, assinale a opção correta.
a) As infrações penais resultantes de crimes verificados durante o processo eleitoral são de 
ação pública e podem ser propostas pelo MPE.
b) O processo eleitoral, por tratar questões relacionadas apenas a atos administrativos so-
lucionados pela justiça eleitoral, não demanda uma instituição exclusiva para atuação em 
relação a causas eleitorais; por isso, o MPE foi dele dispensado pela CF.
c) O MPE compõe a estrutura do MPF e sua atuação está adstrita a feitos judiciais que exijam 
capacidade postulatória.
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d) O MPE compõe a estrutura do MPF e sua atuação está adstrita ao âmbito administrativo, 
atuando no alistamento eleitoral, em requerimentos de transferências e em cancelamentos de 
inscrições.
e) O TSE tem reforçado a tese de que a atuação do parquet perante a justiça eleitoral é dispen-
sável, pois a legitimidade recursal das suas decisões é deferida aos primeiros interessados, 
que são os partidos ou os candidatos adversários.
questão 14 (FCC/2015/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-SE) Ao Procurador-Geral eleito-
ral, como chefe do Ministério Público Eleitoral, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral, compete
a) substituir os Ministros do Tribunal em suas ausências ocasionais.
b) assistir as sessões do Tribunal, sem tomar parte nas discussões.
c) oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal.
d) exercer a ação penal pública, exceto nos feitos de competência originária do Tribunal.
e) expedir instruções aos Juízes Eleitorais dos Tribunais Regionais Eleitorais.
questão 15 (FAPEC/2015/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MS) Dispõe o artigo 
219, caput, do Código Eleitoral que: “Na aplicação da lei eleitoral, o Juiz atenderá sempre aos 
fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidade sem demonstração 
de prejuízo”. Assim, em determinado pleito eletivo municipal, o Ministério Público Eleitoral, não 
foi intimado pessoalmente para intervir em procedimento de recontagem de votos julgado e 
homologado pelo juízo eleitoral. Qual a solução correta, em caso de recurso?
a) Enviam-se os autos para a comarca de origem, intimando-se o Ministério Público Eleitoral 
“a posteriori”, sanando-se a irregularidade, eis que não houve prejuízo à recontagem dos votos, 
tendo o pleito eleitoral atingido plenamente a sua finalidade.
b) Por se tratar de órgão eleitoral, a não intervenção do Ministério Público, torna anulável a 
decisão da primeira instância, pela qual se deu a recontagem

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