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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
ADMINISTRATIVO
Entidades Paraestatais e Terceiro Setor
Livro Eletrônico
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Gustavo Scatolino
Entidades Paraestatais e Terceiro Setor
DIREITO ADMINISTRATIVO
Sumário
Terceiro Setor/Paraestatais . ...................................................................................................3
1. Introdução . .............................................................................................................................3
2. Serviços Sociais Autônomos – Entidades do Sistema “S” . ..............................................4
3. Organizações Sociais (OSs) . ................................................................................................5
3.1. Procedimento Licitatório . ..................................................................................................6
4. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) . ....................................8
5. Fundações ou Entidades de Apoio .................................................................................... 10
6. Organizações Da Sociedade Civil – OSC . .......................................................................... 10
Lei n. 13.019, de 01 de agosto de 2014 . ................................................................................ 10
Questões de Concurso . ...........................................................................................................25
Gabarito ....................................................................................................................................36
Gabarito Comentado ................................................................................................................37
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https://www.facebook.com/groups/2095402907430691
C
U
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SO
S 
PA
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A
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C
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SO
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divisão
de custos
ClIqUe PaRa InTeRaGiR
Facebook
Gmail
Whatsapp
https://bit.ly/2YPHtuM
https://bit.ly/2Bn5D7P
mailto:materialconcursosone@gmail.com?subject=Oi.%20Desejo%20informa%C3%A7%C3%B5es%20sobre
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Gustavo Scatolino
Entidades Paraestatais e Terceiro Setor
DIREITO ADMINISTRATIVO
TERCEIRO SETOR/PARAESTATAIS
1. Introdução
No terceiro setor, ou nas paraestatais, estão todas as pessoas que realizam atividade de 
interesse público, sem finalidade lucrativa.
O primeiro setor é o Estado, composto pela Administração direta e indireta. O segundo setor 
é o mercado: são pessoas de direito privado que atuam no mercado, visando ao lucro. E o ter-
ceiro setor são pessoas privadas incentivadas pelo Estado para exercerem atividade privada de 
interesse público, sendo estimuladas por meio do fomento. Atualmente, fala-se em um quarto 
setor: o mercado informal1.
A expressão paraestatal é atualmente utilizada para se referir ao terceiro setor do Estado. 
No entanto, a expressão já foi utilizada pela doutrina para se referir a toda a Administração 
indireta ou, também, às empresas públicas e as sociedades de economia mista. Assim foi a 
previsão no Código Penal, art. 327, bem como na Lei n. 8.666/1993.
Atualmente, as entidades incluídas no terceiro setor (paraestatais) são:
• Serviços Sociais Autônomos (Sistema “S”);
• Organizações Sociais – OSs;
• Organizações Sociais Civis de Interesse Público – OSCIPs;
• Fundações ou entidades de apoio.
Em todas essas entidades estão presentes as mesmas características: são entidades 
privadas, no sentido de que são instituídas por particulares (salvo o caso do Sistema “S”); 
desempenham serviços não exclusivos do Estado, porém em colaboração com ele, recebem 
algum tipo de incentivo do Poder Público, por essa razão, sujeitam-se a controle pela Admi-
nistração Pública e pelo Tribunal de Contas.
Vamos ver cada uma dessas entidades. Venha comigo! Força, guerreiro(a)! A persistência 
leva à perfeição!
1 Interessante! O Quarto Setor da economia (também chamado de 2,5) é formado por organizações com e sem fins lucrativos 
que tem propósitos maiores e que buscam gerar impacto positivo na sociedade. São companhias que não estão centra-
das apenas no lucro, mas também em um propósito e uma missão, criando impactos positivos nas pessoas e no planeta.
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Entidades Paraestatais e Terceiro Setor
DIREITO ADMINISTRATIVO
2. ServIçoS SocIaIS autônomoS – entIdadeS do SIStema “S”
São pessoas jurídicas de direito privado, criadas mediante autorização legal, sem fins 
lucrativos, para prestar apoio a determinadas categorias profissionais. São chamados de Sis-
tema “S” porque geralmente começam com a letra “S”: Sesc, Senai, Senat, Sebrae. Cada uma 
presta apoio a um determinado setor: comerciários, indústria, transporte, micro e pequenas 
empresas, exportação.
Dissemos que tais entidades prestam apoio a categorias profissionais. Contudo, atual-
mente, o Estado vem utilizando os Serviços Sociais Autônomos – SSA para prestação das 
mais diversas atividades como, por exemplo, o Instituto Hospital de Base de Brasília. Antiga-
mente, o Hospital de Base de Brasília era órgão público do DF. Contudo, a lei o transformou 
em SSA, acrescentando o nome de Instituto e, consequentemente, mudando sua natureza 
jurídica, sendo, agora, pessoa jurídica de direito privado. Veremos que essas entidades não 
precisam seguir a lei de licitações e, também, não precisam fazer concurso e os empregados 
são contratados pelo regime da CLT.
Ainda, apenas a título de conhecimentos gerais, isso provavelmente não cairá em concur-
sos, após incêndio em setembro de 2018, que destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro, 
foi editada a MP 850/2018, que pretendeu extinguir o Instituto Brasileiro de Museus – Ibram 
(autarquia), criando a Agência Brasileira de Museus (Abram) para gerir os museus e atuar 
como SSA. Contudo a referida MP foi rejeitada pelo Congresso.
Resolvemos falar sobre o caso da Abram e do Instituto Hospital de Base apenas para 
mostrar para você que os SSA estão passando por um processo de transformação de suas 
atividades. Então, apenas fique ligado nessas notícias!
Bem, voltemos ao assunto que interessa para nossa prova!
As entidades paraestatais são, via de regra, criadas pelos particulares, com exceção dos 
Serviços Sociais Autônomos, que são criados pelo Poder Público. Os recursos financeiros 
para a manutenção dessas entidades provêm de contribuições sociais (tributos) que são co-
brados das empresas do setor.
Essas entidades estão vinculadas à supervisão do Ministério em cuja área de com-
petência estejam enquadradas. Também devem prestar contas aos Tribunais de Contas.
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A questão sobre as licitações é o que mais cai em prova.
Assim, a posição atual do TCU é no sentido de que esses entes não precisam realizar licita-
ção, mas devem estabelecer atos normativos próprios, a fim de estabelecer um mínimo de 
competição antes de suas contratações, obedecendo aos princípios que orientam a Lei de 
Licitações.
Portanto, se a questão de concurso afirmar: “as entidades do Sistema “S” devem fazer lici-
tação”, marque errado. Mas se afirmar que “as entidades do sistema “S” devem observar os 
princípios da licitação”, então marque certo.
Essas entidades não precisam fazer licitação, mas devem observar seus princípios, como, 
por exemplo, legalidade, julgamento objetivo, vinculação ao edital etc. Possuem a imunidade 
tributária do art. 150, VI, da CF/1988 (“atendidos os requisitos da lei”), pois se dedicam às ati-
vidades de assistência social e de educação para o trabalho.Suas ações são processadas e 
julgadas na Justiça Estadual, uma vez que são pessoas jurídicas de direito privado.
Súmula n. 516 do STF
O Serviço Social da Indústria – SESI – está sujeito à jurisdição da Justiça Estadual.
O STF entendeu que, por possuírem natureza jurídica de direito privado e não integra-
rem a Administração Pública, não estão sujeitos à observância da regra de concurso público 
(art. 37, II, CF) para contratação de seu pessoal. Contudo, deve ser feito um processo seletivo 
de caráter objetivo antes das contratações.
3. organIzaçõeS SocIaIS (oSS)
São entidades privadas que recebem a qualificação de Organização Social. Existem diver-
sas entidades criadas por particulares, na forma de associação ou fundação, que executam 
atividades de interesse público sem fins lucrativos. Algumas existem e se mantêm sem ne-
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nhuma ligação com o Estado. Outras desejam se aproximar um pouco mais do Estado, a fim 
de receber verbas públicas ou bens públicos com o intuito de continuarem a realizar sua ati-
vidade social.
Conforme a Lei n. 9.637/1998, oPoder Executivo Federal poderá qualificar como Organizações 
Sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas 
ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do 
meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos os requisitos da lei. As entidades privadas que 
atuem nessas áreas poderão receber a qualificação de OSs.
A Lei n. 9.637/1998 teve por objetivo transferir os serviços não exclusivos do Estado para 
o setor privado, por meio da “absorção” de órgãos públicos, com a sua consequente substi-
tuição por entidades privadas. Esse fenômeno é conhecido como publicização. Com a publi-
cização, um órgão público é extinto e outra entidade de direito privado o substitui no serviço 
antes prestado.
O vínculo com o Poder Público para qualificação da entidade como organização social é 
estabelecido mediante a celebração de contrato de gestão. As Organizações Sociais podem 
receber recursos orçamentários, utilização de bens públicos e servidores públicos. Nas OSs, 
deve haver um Conselho de Administração com representantes do Poder Público.
3.1. ProcedImento LIcItatórIo
Esse tema foi um dos mais polêmicos sobre as OSs. Toda a confusão decorreu de uma 
sucessão de leis e decisões jurisprudenciais, mas agora o assunto parece estar pacificado. 
É importante conhecer as seguintes conclusões do julgamento proferido no STF pela ADI 
n. 1923.
• O procedimento de qualificação das entidades como Organizações Sociais deveria ser 
conduzido de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do 
caput do art. 37 da CF, e de acordo com parâmetros fixados segundo o disposto no 
art. 20 da Lei n. 9.637/1998;
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• A entidade qualificada como OS não precisa fazer licitação quando for contratar com ter-
ceiros. Porém, o processo de contratação deve ser conduzido de forma pública, objetiva 
e impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da CF;
• São válidas as outorgas de permissão de uso de bem público para as entidades qualifi-
cadas como OS. Porém, o procedimento deve ser conduzido de forma pública, objetiva 
e impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da CF;
• As entidades qualificadas como OS não precisam fazer concurso. Porém, a seleção de 
pessoal pelas Organizações Sociais deve ser conduzida de forma pública, objetiva e 
impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da CF, e nos termos do 
regulamento próprio a ser editado por cada entidade;
• As entidades qualificadas como OS estão sujeitas à fiscalização do MP e do TCU. Para 
o STF, qualquer interpretação que restringisse o controle, pelo Ministério Público e pelo 
Tribunal de Contas da União, da aplicação de verbas públicas deveria ser afastada.
Uma vez classificada como OS, a entidade pode ser contratada por qualquer órgão ou 
entidade pública sem que precise ser feita licitação, já que o inciso XXIV do art. 24 da Lei n. 
8.666/1993 assim permite.
[...] celebração de contratos de prestação de serviços com as Organizações Sociais, qualificadas, 
no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de ges-
tão.
Como exemplo de OS, podemos citar a Cebraspe, entidade privada que recebeu a qualifi-
cação de OS.
Em alguns Estados, muito se fala em prestar o serviço de educação e saúde por meio de 
OS. Esse tema gera muita polêmica. Nesse caso, uma entidade privada, sem fins lucrativos, 
criada para atuar nessa área, recebe a qualificação e substitui o órgão público que antes reali-
zava a atividade. O Estado, por sua vez, fará o repasse de verbas públicas, bens públicos e até 
de servidores públicos.
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4. organIzaçõeS da SocIedade cIvIL de IntereSSe PúbLIco (oScIPS)
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, em que os respectivos ob-
jetivos sociais e normas estatutárias devem atender aos requisitos instituídos pela Lei n. 
9.790/1999. A qualificação é de competência do Ministério da Justiça. Seu campo de atuação 
é semelhante ao da OS, entretanto, é mais amplo:
Art. 3º A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio da universa-
lização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida 
às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo 
menos uma das seguintes finalidades:
– promoção da assistência social;
– promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
– promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das or-
ganizações de que trata esta Lei;
– promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organi-
zações de que trata esta Lei;
– promoção da segurança alimentar e nutricional;
– defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento susten-
tável;
– promoção do voluntariado;
– promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
– experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos de 
produção, comércio, emprego e crédito;
– promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita 
de interesse suplementar;
– promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valo-
res universais;
– estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de 
informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas 
neste artigo.
A lei das OSCIPs apresenta uma lista de entidades que não podem receber a qualificação:
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, 
ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
I – as sociedades comerciais;
II – os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
III – as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões de-
vocionais e confessionais;
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Gustavo Scatolino
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IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
V – as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito 
de associados ou sócios;
VI – as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados;
VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas e sua mantenedoras;
VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
IX – as organizações sociais;
X – as cooperativas;
XI – as fundações públicas;
XII – as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por 
fundações públicas;
XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro 
nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.
O vínculo que une a entidade ao Estado é o chamado termo de parceria.
Para a qualificação de entidade como OSCIP, exige-se que tenha sido constituída e se encon-
tre em funcionamento regular há, no mínimo, três anos (art. 1º, com redação dada pela Lei n. 
13.019/2014).
O TCU tem entendido que o vínculo firmado pelo termo de parceria por órgãos ou entidades da 
Administração Pública com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público não demanda 
licitação. Conforme o art. 23 do Decreto n. 3.100/1999, haverá a realização de concurso de 
projetos pelo órgão estatal interessado em construir parceria com OSCIPs para obtenção de 
bens e serviços e para a realização de atividades, eventos, consultorias, cooperação técnica 
e assessoria.
Mas, professor, se a OS exerce atividade de interesse público e não tem fim lucrativo e a 
OSCIP tem essas mesmas características, qual a diferença entre as duas entidades?
Realmente, a função das duas é bem similar. As OSs vieram para substituir órgãos e enti-
dades públicas, visando a diminuição do tamanho do Estado. Como dissemos, o órgão públi-
co é extinto e uma entidade privada recebe a qualificação e executa a atividade em seu lugar. Já 
as OSCIPs visam auxiliar o Estado no exercício de atividades de interesse público.
Resumindo:
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Gustavo Scatolino
Entidades Paraestatais e Terceiro Setor
DIREITO ADMINISTRATIVO
OS OSCIP
Regida pela Lei n. 9.637/1998. Regida pela Lei n. 9.790/1999.
Qualificação pelo Poder Executivo Federal. Qualificação pelo Ministério da Justiça.
A qualificação é ato discricionário. A qualificação é ato vinculado.
Celebra contrato de gestão. Celebra termo de parceria.
A lei não dispõe sobre quem pode se qualifi-
car (art. 1º).
A lei dispõe sobre quem não pode se qua-
lificar (art. 2º).
A área de atuação é mais restrita. (art. 1º). A área de atuação é mais ampla (art. 3º).
Podem receber bens públicos e servidores. Na lei não há essa previsão.
Visa a substituição de órgãos e entidades 
públicas.
Visa auxiliar o Estado em atividade de 
interesse público.
5. FundaçõeS ou entIdadeS de aPoIo
Essas entidades quase não aparecem em provas de concurso.
As fundações de apoio são criadas por fundações governamentais, que fazem parte da 
Administração indireta, diferentemente da sua fundação de apoio. Como exemplo, podemos 
citar a Finatec, entidade de apoio vinculada à Fundação Universidade de Brasília – FUB.
Para concursos, basta saber que as fundações de apoio fazem parte do terceiro setor do 
Estado.
6. organIzaçõeS da SocIedade cIvIL – oSc
LeI n. 13.019, de 01 de agoSto de 2014
A Lei n. 13.019, de 01 de agosto de 2014, estabeleceu o regime jurídico das parcerias vo-
luntárias, envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre a Administração 
Pública e as organizações da sociedade civil – OSC, em regime de mútua cooperação, para a 
consecução de finalidades de interesse público. A lei, ainda, define diretrizes para a política 
de fomento e de colaboração com organizações da sociedade civil, institui o termo de cola-
boração e o termo de fomento, instrumentos para firmar parcerias com entidades privadas.
É, também, chamado de “Marco Regulatório do 3º Setor”.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Segundo o art. 1º da Lei, tratam-se de normas gerais para as parcerias entre a adminis-
tração pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a 
consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de ativida-
des ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de 
colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
O regime de parcerias instituído pela Lei n. 13.019/2014 não afasta os regimes da Lei n. 
9.637/1998, que se refere à qualificação de Organizações Sociais – OS, e da Lei n. 9.790/1999, 
que trata das Organizações Sociais Civis de Interesse Público – OSCIP. Esses dois diplomas 
legais são normas que só se aplicam à União. De todo modo, em nível federal, haverá entida-
des privadas vinculadas ao Estado pelo regime novo da Lei n. 13.019/2014 e outras por meio 
de contratos de gestão, no caso de OS, ou termo de parcerias, no caso de OSCIP.
Inclusive, a Lei n. 13.019/2014 não se aplica no caso em que há normativos específicos 
sobre transferências de recursos públicos:
Art. 3º Não se aplicam as exigências desta Lei:
I – às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas pelo Se-
nado Federal naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e convenções inter-
nacionais conflitarem com esta Lei; (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
II – (revogado); (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
III – aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos os requi-
sitos previstos na Lei n. 9.637, de 15 de maio de 1998: (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
IV – aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos nos 
termos do § 1º do art. 199 da Constituição Federal; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
V – aos termos de compromisso cultural referidos no § 1º do art. 9º da Lei n. 13.018, de 22 de julho 
de 2014; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
VI – aos termos de parceria celebrados com organizações da sociedade civil de interesse público, 
desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999; (Incluído pela 
Lei n. 13.204, de 2015)
VII – às transferências referidas no art. 2º da Lei n. 10.845, de 5 de março de 2004, e nos arts. 5º e 
22 da Lei n. 11.947, de 16 de junho de 2009; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
VIII – (VETADO); (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
IX – aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em 
favor de organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por: 
(Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
a) membros de Poder ou do Ministério Público; (Incluída pela Lei n. 13.204, de 2015)
b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública; (Incluída pela Lei n. 13.204, de 2015)
c) pessoas jurídicas de direito público interno; (Incluída pela Lei n. 13.204, de 2015)
d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública; (Incluída pela Lei n. 13.204, de 2015)
X – às parcerias entre a administração pública e os serviços sociais autônomos. (Incluído pela Lei 
n. 13.204, de 2015)
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Entidades Paraestataise Terceiro Setor
DIREITO ADMINISTRATIVO
QueStão 1 (2016/MPE-PR/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Assinale a alternativa in-
correta:
Não se aplicam as exigências da Lei n. 13.019/2014 (dispõe sobre Organização da Sociedade 
Civil e Marco Regulatório do Terceiro Setor):
a) Às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas pelo 
Senado Federal naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e conven-
ções internacionais conflitarem com a Lei n. 13.019/2014;
b) Aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos os 
requisitos previstos na lei específica das organizações sociais;
c) Aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em 
favor de organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas 
por membros de Poder ou do Ministério Público;
d) Aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em 
favor de organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas 
por: dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública e/ou pessoas jurídicas de 
direito público e de direito privado interno;
e) Às parcerias entre a administração pública e os serviços sociais autônomos.
Letra d.
Alternativa incorreta, conforme o artigo 3º.
Art. 3º Não se aplicam as exigências desta Lei:
(...)
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IX – aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em fa-
vor de organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por:
a) membros de Poder ou do Ministério Público;
b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública;
c) pessoas jurídicas de direito público interno;
d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública;
Comentando as demais alternativas:
a) Correta. Conforme o artigo 3º, I:
I – às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas pelo Se-
nado Federal naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e convenções inter-
nacionais conflitarem com esta Lei;
b) Correta. Conforme o artigo 3º, III.
III – aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos os requi-
sitos previstos na Lei n. 9.637, de 15 de maio de 1998;
c) Correta. Conforme o artigo 3º, IX.
IX – aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em 
favor de organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por: 
(Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
a) membros de Poder ou do Ministério Público; (Incluída pela Lei n. 13.204, de 2015)
b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública; (Incluída pela Lei n. 13.204, de 2015)
c) pessoas jurídicas de direito público interno; (Incluída pela Lei n. 13.204, de 2015)
d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública; (Incluída pela Lei n. 13.204, de 2015)
e) Correta. Conforme o artigo 3º, X.
X – às parcerias entre a administração pública e os serviços sociais autônomos.
O regime jurídico de que trata essa lei tem como fundamentos a gestão pública democrá-
tica, a participação social, o fortalecimento da sociedade civil, a transparência na aplicação 
dos recursos públicos, os princípios da legalidade, da legitimidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da publicidade, da economicidade, da eficiência e da eficácia, destinando-se a 
assegurar:
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I – o reconhecimento da participação social como direito do cidadão;
II – a solidariedade, a cooperação e o respeito à diversidade para a construção de valores de cida-
dania e de inclusão social e produtiva;
III – a promoção do desenvolvimento local, regional e nacional, inclusivo e sustentável;
IV – o direito à informação, à transparência e ao controle social das ações públicas;
V – a integração e a transversalidade dos procedimentos, mecanismos e instâncias de participa-
ção social;
VI – a valorização da diversidade cultural e da educação para a cidadania ativa;
VII – a promoção e a defesa dos direitos humanos;
VIII – a preservação, a conservação e a proteção dos recursos hídricos e do meio ambiente;
IX – a valorização dos direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais;
X – a preservação e a valorização do patrimônio cultural brasileiro, em suas dimensões material e 
imaterial.
São diretrizes fundamentais do regime jurídico de parceria (art. 6º):
I – a promoção, o fortalecimento institucional, a capacitação e o incentivo à organização da socie-
dade civil para a cooperação com o poder público;
II – a priorização do controle de resultados;
III – o incentivo ao uso de recursos atualizados de tecnologias de informação e comunicação;
IV – o fortalecimento das ações de cooperação institucional entre os entes federados nas relações 
com as organizações da sociedade civil;
V – o estabelecimento de mecanismos que ampliem a gestão de informação, transparência e pu-
blicidade;
VI – a ação integrada, complementar e descentralizada, de recursos e ações, entre os entes da 
Federação, evitando sobreposição de iniciativas e fragmentação de recursos;
VII – a sensibilização, a capacitação, o aprofundamento e o aperfeiçoamento do trabalho de ges-
tores públicos, na implementação de atividades e projetos de interesse público e relevância social 
com organizações da sociedade civil;
VIII – a adoção de práticas de gestão administrativa necessárias e suficientes para coibir a obten-
ção, individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens indevidos; (Redação dada pela Lei n. 13.204, 
de 2015)
IX – a promoção de soluções derivadas da aplicação de conhecimentos, da ciência e tecnologia e 
da inovação para atender necessidades e demandas de maior qualidade de vida da população em 
situação de desigualdade social.
Em seu artigo 2º, com a redação da Lei n. 13.204/2015, a lei traz conceitos importantes 
para a sua aplicação, dentre os quais destacamos:
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Organização da Sociedade Civil – OSC a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua 
entre os seus sócios ou associados, conselheiros, direto-
res, empregados, doadores ou terceiros eventuais resulta-
dos, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, 
dividendos, isenções de qualquer natureza, participações 
ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exer-
cício de suas atividades, e que os aplique integralmente 
na consecução do respectivo objeto social, de forma ime-
diata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou 
fundo de reserva; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
b) as sociedades cooperativas previstas na Lei n. 9.867, 
de 10 de novembro de 1999; as integradas por pessoas 
em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; 
as alcançadas por programas e ações de combate à 
pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas 
para fomento, educação e capacitação de trabalhadores 
rurais ou capacitação de agentes de assistência técnica 
e extensão rural; e as capacitadas para execução de ati-
vidades ou de projetos de interesse público e de cunho 
social. (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
c) as organizações religiosas que se dediquem a ati-
vidades ou a projetos de interesse público e de cunho 
social distintas das destinadas a finsexclusivamente 
religiosos; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
Termo de colaboração instrumento por meio do qual são formalizadas as parce-
rias estabelecidas pela administração pública com orga-
nizações da sociedade civil para a consecução de finali-
dades de interesse público e recíproco PROPOSTAS PELA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA que envolvam a transferência 
de recursos financeiros;
Termo de fomento instrumento por meio do qual são formalizadas as par-
cerias estabelecidas pela administração pública com 
organizações da sociedade civil para a consecução de 
finalidades de interesse público e recíproco PROPOSTAS 
PELAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL, que envol-
vam a transferência de recursos financeiros;
Chamamento público procedimento destinado a selecionar organização da 
sociedade civil para firmar parceria por meio de termo de 
colaboração ou de fomento, no qual se garanta a obser-
vância dos princípios da isonomia, da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publici-
dade, da probidade administrativa, da vinculação ao ins-
trumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que 
lhes são correlatos
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Acordo de cooperação instrumento por meio do qual são formalizadas as parce-
rias estabelecidas pela administração pública com organi-
zações da sociedade civil para a consecução de finalidades 
de interesse público e recíproco que não envolvam a trans-
ferência de recursos financeiros
QueStão 2 (VUNESP/PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A 
Lei Federal n. 13.019/2014 institui um instrumento por meio do qual são formalizadas as par-
cerias estabelecidas pela Administração Pública com organizações da sociedade civil para 
a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, sendo que tais parcerias de-
correm de planos de trabalho propostos pelas organizações da sociedade civil e envolvem a 
transferência de recursos financeiros.
A referida lei define esse instrumento como termo de2
a) fomento.
b) colaboração.
c) parceria.
d) chamamento público.
e) gestão.
As parcerias serão formalizadas mediante a celebração de termo de colaboração ou de ter-
mo de fomento. A principal diferença entre os dois instrumentos se encontra na iniciativa da 
proposta das atividades de interesse público a serem desenvolvidas.
No termo de colaboração, a proposta é feita pela Administração Pública e, a partir daí, ha-
verá a escolha da entidade privada. No termo de fomento, as organizações da sociedade civil 
é que fazem a proposta e, então, haverá a escolha pela Administração Pública. Em qualquer 
dos casos, a escolha será feita por meio de chamamento público.
2 Letra a.
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Termo de colaboração = proposta feita pela Administração Pública.
Termo de fomento = proposta feita pela entidade privada.
Exemplificando: um Estado pretende firmar parceria com uma instituição que se dedica à 
recuperação social do preso. Assim, publica chamamento público e escolhe a melhor pro-
posta entre aquelas apresentadas pelas entidades ‘candidatas’. Nesse caso será termo de 
fomento, pois a Administração escolheu uma das propostas apresentadas pelas entidades 
privadas.
Para poderem celebrar as parcerias previstas na Lei n. 13.019/2014, as OSC deverão ser 
regidas por estatutos cujas normas disponham sobre os requisitos exigidos no art. 33 da lei, 
bem como as exigências do art. 34.
A celebração e a formalização do termo de colaboração e do termo de fomento dependerão 
da adoção das seguintes providências pela administração pública (art. 35):
I – realização de chamamento público, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei;
II – indicação expressa da existência de prévia dotação orçamentária para execução da parce-
ria;
III – demonstração de que os objetivos e finalidades institucionais e a capacidade técnica e opera-
cional da organização da sociedade civil foram avaliados e são compatíveis com o objeto;
IV – aprovação do plano de trabalho, a ser apresentado nos termos desta Lei;
V – emissão de parecer de órgão técnico da administração pública, que deverá pronunciar-se, de 
forma expressa, a respeito:
a) do mérito da proposta, em conformidade com a modalidade de parceria adotada;
b) da identidade e da reciprocidade de interesse das partes na realização, em mútua cooperação, 
da parceria prevista nesta Lei;
c) da viabilidade de sua execução; (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
d) da verificação do cronograma de desembolso; (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
e) da descrição de quais serão os meios disponíveis a serem utilizados para a fiscalização da exe-
cução da parceria, assim como dos procedimentos que deverão ser adotados para avaliação da 
execução física e financeira, no cumprimento das metas e objetivos;
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f) da descrição de elementos mínimos de convicção e de meios de prova que serão aceitos pela 
administração pública na prestação de contas;
f) (Revogada); (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
g) da designação do gestor da parceria;
h) da designação da comissão de monitoramento e avaliação da parceria;
i) (Revogada); (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
VI – emissão de parecer jurídico do órgão de assessoria ou consultoria jurídica da administra-
ção pública acerca da possibilidade de celebração da parceria. (Redação dada pela Lei n. 13.204, 
de 2015)
§ 1º Não será exigida contrapartida financeira como requisito para celebração de parceria, faculta-
da a exigência de contrapartida em bens e serviços cuja expressão monetária será obrigatoriamen-
te identificada no termo de colaboração ou de fomento. (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 2º Caso o parecer técnico ou o parecer jurídico de que tratam, respectivamente, os incisos V e 
VI concluam pela possibilidade de celebração da parceria com ressalvas, deverá o administrador 
público sanar os aspectos ressalvados ou, mediante ato formal, justificar a preservação desses 
aspectos ou sua exclusão. (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 3º Na hipótese de o gestor da parceria deixar de ser agente público ou ser lotado em outro órgão 
ou entidade, o administrador público deverá designar novo gestor, assumindo, enquanto isso não 
ocorrer, todas as obrigações do gestor, com as respectivas responsabilidades.
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 5º Caso a organização da sociedade civil adquira equipamentos e materiais permanentes com 
recursos provenientes da celebração da parceria, o bem será gravado com cláusula de inalienabi-
lidade, e ela deverá formalizar promessa de transferência da propriedade à administração pública, 
na hipótese de sua extinção.
§ 6º Será impedida de participar como gestor da parceria ou como membro da comissão de moni-
toramento e avaliação pessoa que, nos últimos 5 (cinco) anos, tenha mantido relação jurídica com, 
ao menos, 1 (uma) das organizações da sociedade civil partícipes.
§ 7º Configurado o impedimento do § 6º, deverá ser designado gestor ou membro substituto que 
possua qualificação técnica equivalente à do substituído.
Art. 35-A. É permitida a atuação em rede, por duas ou mais organizações da sociedade civil, manti-
da a integral responsabilidade da organização celebrante do termo de fomento ou de colaboração, 
desde que a organização da sociedade civil signatária do termo defomento ou de colaboração 
possua: (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
I – mais de cinco anos de inscrição no CNPJ; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
II – capacidade técnica e operacional para supervisionar e orientar diretamente a atuação da 
organização que com ela estiver atuando em rede. (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
Parágrafo único. A organização da sociedade civil que assinar o termo de colaboração ou de fo-
mento deverá celebrar termo de atuação em rede para repasse de recursos às não celebrantes, 
ficando obrigada a, no ato da respectiva formalização: (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
I – verificar, nos termos do regulamento, a regularidade jurídica e fiscal da organização executante 
e não celebrante do termo de colaboração ou do termo de fomento, devendo comprovar tal verifi-
cação na prestação de contas; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
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II – comunicar à administração pública em até sessenta dias a assinatura do termo de atuação em 
rede. (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
Art. 36. Será obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens remanescentes da parceria.
Parágrafo único. Os bens remanescentes adquiridos com recursos transferidos poderão, a critério 
do administrador público, ser doados quando, após a consecução do objeto, não forem necessá-
rios para assegurar a continuidade do objeto pactuado, observado o disposto no respectivo termo 
e na legislação vigente.
Art. 38. O termo de fomento, o termo de colaboração e o acordo de cooperação somente produzi-
rão efeitos jurídicos após a publicação dos respectivos extratos no meio oficial de publicidade da 
administração pública. (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
Termo de Colaboração e Fomento Como Espécie de Convênios
O convênio é um acordo de vontades no qual a vontade dos convenentes vai na mesma 
direção, o que o difere dos contratos, pois as vontades são opostas.
No convênio tanto o poder público quanto o particular buscam satisfazer interesse públi-
co e, para tanto, ajustam suas vontades. De outro lado, no contrato administrativo, o Estado 
busca a realização de uma obra ou serviço de interesse público, visando o bem-estar da co-
letividade e o particular contratado almeja obter um valor do Estado, mediante a realização de 
sua contraprestação.
O termo de colaboração e o termo de fomento são espécies de convênios, pois haverá 
um acordo de entidades administrativas com particulares para a consecução de assunto de 
interesse público.
Do Chamamento Público
Devido à sua natureza de convênio, não se exige licitação para celebração do termo de co-
laboração e fomento, na medida em que só se exige o procedimento licitatório para a celebra-
ção de contratos. Contudo, em atenção ao art. 116, da Lei n. 8.666/1993 (Lei de Licitações), 
aplica-se no que couber aos convênios as disposições sobre as licitações.
Justamente por isso, a lei fez a previsão de Chamamento Público para selecionar as organi-
zações da sociedade civil. O Chamamento Público é procedimento competitivo para seleção das 
futuras OSC, mas não se confunde com a licitação, por ser menos complexo e mais célere do 
que o procedimento licitatório.
O art. 24 estabelece as especificações mínimas que devem conter no chamamento público.
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Somente depois de encerrada a etapa competitiva e ordenadas as propostas, a adminis-
tração pública procederá à verificação dos documentos que comprovem o atendimento pela 
organização da sociedade civil selecionada dos requisitos exigidos no art. 24. Atente-se que 
ocorre primeiro o julgamento das propostas e depois se procede à habilitação (exame dos 
documentos).
Apesar de não ser uma licitação, a Lei n. 13.019/2014 traz casos de dispensa e inexigibi-
lidade do procedimento de chamamento público.
Assim, a administração pública poderá dispensar a realização do chamamento público 
(art. 30):
I – no caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de atividades de re-
levante interesse público, pelo prazo de até cento e oitenta dias; (Redação dada pela Lei n. 13.204, 
de 2015);
II – nos casos de guerra, calamidade pública, grave perturbação da ordem pública ou ameaça à paz 
social; (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015);
III – quando se tratar da realização de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação 
que possa comprometer a sua segurança;
IV – (VETADO).
V – (VETADO); (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
VI – no caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação, saúde e assistência social, 
desde que executadas por organizações da sociedade civil previamente credenciadas pelo órgão ges-
tor da respectiva política. (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
Alertamos que, assim como ocorre nos casos de dispensa da Lei n. 8.666/1993, essas hipó-
teses de dispensa são taxativas, vale dizer, e não podem ser ampliadas pela própria Administra-
ção Pública. Porém, nada impede de a lei criar novas situações.
Será considerado inexigível o chamamento público na hipótese de inviabilidade de compe-
tição entre as OSC, em razão da natureza singular do objeto do plano de trabalho ou quando as 
metas somente puderem ser atingidas por uma entidade específica.
OSC Impedidas de Firmar Parcerias
Ficará impedida de celebrar qualquer modalidade de parceria prevista nesta Lei a organi-
zação da sociedade civil que (art. 39):
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I – não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não esteja autorizada a funcionar no 
território nacional;
II – esteja omissa no dever de prestar contas de parceria anteriormente celebrada;
III – tenha como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou enti-
dade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o termo de 
colaboração ou de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou companheiros, 
bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau; (Redação dada 
pela Lei n. 13.204, de 2015)
IV – tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos, exceto se: 
(Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
a) for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente imputa-
dos; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
c) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com efeito suspensivo; (In-
cluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
V – tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a penalidade:
a) suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração;
b) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública;
c) a prevista no inciso II do art. 73 desta Lei;
d) a prevista no inciso III do art. 73 desta Lei;
VI – tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de 
Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos;
VII – tenha entre seus dirigentes pessoa:
a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal 
ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos8 
(oito) anos;
b) julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão ou fun-
ção de confiança, enquanto durar a inabilitação;
c) considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos estabelecidos 
nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992.
É vedada a celebração de parcerias que tenham por objeto, envolvam ou incluam, direta 
ou indiretamente, delegação das funções de regulação, de fiscalização, de exercício do poder 
de polícia ou de outras atividades exclusivas de Estado
As funções de regulação, fiscalização e demais funções que envolvem o poder de polícia 
não podem ser delegadas para particulares. São atividades exclusivas do Estado e, portanto, 
somente pessoas de Direito Público podem vir a exercê-las.
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Das Sanções Administrativas à Entidade – art. 73
Pela execução da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas da Lei 
e da legislação específica, a administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar à orga-
nização da sociedade civil parceira as seguintes sanções:
I – advertência;
II – suspensão temporária da participação em chamamento público e impedimento de celebrar 
parceria ou contrato com órgãos e entidades da esfera de governo da administração pública san-
cionadora, por prazo não superior a dois anos; (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
III – declaração de inidoneidade para participar de chamamento público ou celebrar parceria ou 
contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os motivos 
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade 
que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade civil ressar-
cir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplica-
da com base no inciso II. (Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 1º As sanções estabelecidas nos incisos II e III são de competência exclusiva de Ministro de 
Estado ou de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do 
interessado no respectivo processo, no prazo de dez dias da abertura de vista, podendo a reabili-
tação ser requerida após dois anos de aplicação da penalidade. (Redação dada pela Lei n. 13.204, 
de 2015)
§ 2º Prescreve em cinco anos, contados a partir da data da apresentação da prestação de contas, 
a aplicação de penalidade decorrente de infração relacionada à execução da parceria. (Incluído 
pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 3º A prescrição será interrompida com a edição de ato administrativo voltado à apuração da 
infração.
Das Vedações
Ficará impedida de celebrar qualquer modalidade de parceria prevista nesta Lei a organi-
zação da sociedade civil que: (art. 39)
I – não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não esteja autorizada a funcionar no 
território nacional;
II – esteja omissa no dever de prestar contas de parceria anteriormente celebrada;
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III – tenha como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou enti-
dade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o termo de 
colaboração ou de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou companheiros, 
bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau; (Redação dada 
pela Lei n. 13.204, de 2015)
IV – tenha tido as contas rejeitadas pela administração pública nos últimos cinco anos, exceto se: 
(Redação dada pela Lei n. 13.204, de 2015)
a) for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os débitos eventualmente imputa-
dos; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
b) for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição; (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
c) a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso com efeito suspensivo; (In-
cluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
V – tenha sido punida com uma das seguintes sanções, pelo período que durar a penalidade:
a) suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração;
b) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública;
c) a prevista no inciso II do art. 73 desta Lei;
d) a prevista no inciso III do art. 73 desta Lei;
VI – tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de 
Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 (oito) anos;
VII – tenha entre seus dirigentes pessoa:
a) cujas contas relativas a parcerias tenham sido julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal 
ou Conselho de Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 
(oito) anos;
b) julgada responsável por falta grave e inabilitada para o exercício de cargo em comissão ou fun-
ção de confiança, enquanto durar a inabilitação;
c) considerada responsável por ato de improbidade, enquanto durarem os prazos estabelecidos 
nos incisos I, II e III do art. 12 da Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992.
§ 1º Nas hipóteses deste artigo, é igualmente vedada a transferência de novos recursos no âmbito 
de parcerias em execução, excetuando-se os casos de serviços essenciais que não podem ser 
adiados sob pena de prejuízo ao erário ou à população, desde que precedida de expressa e fun-
damentada autorização do dirigente máximo do órgão ou entidade da administração pública, sob 
pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Em qualquer das hipóteses previstas no caput, persiste o impedimento para celebrar parceria 
enquanto não houver o ressarcimento do dano ao erário, pelo qual seja responsável a organização 
da sociedade civil ou seu dirigente.
§ 4º Para os fins do disposto na alínea a do inciso IV e no § 2º, não serão considerados débitos 
que decorram de atrasos na liberação de repasses pela administração pública ou que tenham sido 
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objeto de parcelamento, se a organização da sociedade civil estiver em situação regular no parce-
lamento. (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
§ 5º A vedação prevista no inciso III não se aplica à celebração de parcerias com entidades que, 
pela sua própria natureza, sejam constituídas pelas autoridades referidas naquele inciso, sendo 
vedado que a mesma pessoa figure no termo de colaboração, no termo de fomento ou no acordo de 
cooperação simultaneamente como dirigente e administrador público. (Incluído pela Lei n. 13.204, 
de 2015)
§ 6º Não são considerados membros de Poder os integrantes de conselhos de direitos e de políti-
cas públicas. (Incluído pela Lei n. 13.204, de 2015)
Traçamos aqui as linhas gerais e mais importantes da Lei das OSC. Porém, para provas de 
concurso, deve ser feita uma leitura atenta, artigo por artigo, da lei.
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QUESTÕES DE CONCURSO
QueStão 1 (2019/VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR) Às organizações so-
ciais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cum-
primento do contrato de gestão. Assim,é correto concluir que
a) os processos de qualificação, celebração do contrato de gestão, dispensa de licitação e 
outorga de permissão de uso de bem público não precisam ser necessariamente conduzidos 
de forma pública, objetiva e impessoal; não devem observância aos princípios constitucionais 
expressos aplicáveis à Administração Pública.
b) os contratos a serem firmados pelas organizações sociais com terceiros, com a utilização 
de recursos públicos – ou seja, as situações em que a Organização Social figura como con-
tratante de bens, serviços e compras de fornecedores do mercado – seguem necessariamen-
te a Lei n. 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos).
c) a aplicação de recursos públicos pelas Organizações Sociais não se submete ao poder de 
fiscalização do Tribunal de Contas.
d) a seleção de pessoal pelas organizações sociais deve ser conduzida de forma pública, 
objetiva e impessoal, em observância aos princípios constitucionais expressos, na forma dis-
ciplinada em regulamento próprio editado por cada entidade.
e) a aplicação de recursos públicos pelas Organizações Sociais não se submete ao controle 
do Ministério Público.
QueStão 2 (2019/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS – SP/INSPETOR FISCAL DE REN-
DAS) Sobre as entidades que integram os Serviços Sociais Autônomos (Sistema S), assinale 
a alternativa que está de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal.
a) As entidades do “Sistema S” integram a Administração Direta, não possuindo autonomia 
administrativa.
b) As entidades do “Sistema S” estão submetidas à exigência de concurso público para a 
contratação de pessoal.
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c) As entidades do “Sistema S” ostentam natureza de pessoa jurídica de direito público e in-
tegram a Administração Pública.
d) As contratações feitas pelas entidades integrantes do “Sistema S” se submetem ao pro-
cesso licitatório disciplinado pela Lei n. 8.666/1993.
e) As entidades do Sistema “S” têm natureza privada e possuem autonomia administrativa, 
motivo pelo qual não se submetem ao processo licitatório disciplinado pela Lei n. 8.666/1993.
QueStão 3 (2019/VUNESP/PREFEITURA DE ARUJÁ – SP/ADVOGADO) Considere a seguin-
te hipótese: um Advogado é instado a se manifestar sobre a possibilidade de uma parceria 
entre a Administração Pública e um serviço social autônomo, alicerçada na Lei Federal n. 
13.019/2014.
O Advogado estará correto ao afirmar que
a) é possível a parceira com os serviços sociais autônomos, porém não é um caso de termo 
de parceria, pois a legislação exige a elaboração de termo de colaboração.
b) a parceria com os serviços sociais autônomos poderá ser formalizada por meio de termo 
de parceria que, de acordo com a legislação, deverá conter o relatório anual de execução de 
atividades.
c) é possível a parceira com os serviços sociais autônomos, porém não é um caso de termo 
de parceria, pois a legislação exige a elaboração de termo de fomento.
d) a parceria com os serviços sociais autônomos poderá ser formalizada por meio de termo 
de parceria que, de acordo com a legislação, deverá conter o extrato da execução física e fi-
nanceira.
e) não se aplicam as exigências desta legislação às parcerias entre a Administração Pública 
e os serviços sociais autônomos.
QueStão 4 (2019/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚ-
BLICAS) Até recentemente, havia o entendimento dos especialistas de que a sociedade pode-
ria ser classificada em dois setores, o primeiro sendo o Poder Público e o segundo o Mercado.
Com o crescente número de demandas sociais não atendidas pelo Estado, um terceiro setor 
começa se consolidar e ganhar importância no atendimento das demandas da sociedade.
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Assinale a opção que indica uma organização do terceiro setor.
a) Agência Executiva.
b) Sociedade Anônima.
c) Fundação Autárquica.
d) Associação Pública.
e) Entidade de Apoio.
QueStão 5 (2019/CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Parcerias entre a administração 
pública e organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse pú-
blico e recíproco, celebradas por meio de execução de atividades ou de projetos previamente 
estabelecidos em planos de trabalhos, podem ocorrer mediante termos de colaboração, ter-
mos de fomento ou acordos de cooperação.
QueStão 6 (2019/VUNESP/CÂMARA DE SERRANA-SP/PROCURADOR) A Lei n. 9.790/1999, 
que dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, 
como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, instituiu uma das principais ino-
vações no Terceiro Setor.
É correto afirmar que o enunciado se refere a um novo instrumento jurídico, denominado
a) protocolo de intenções.
b) acordo de leniência.
c) termo de parceria.
d) desapropriação indireta.
e) contrato de consórcio.
QueStão 7 (2019/VUNESP/CÂMARA DE SERRANA-SP/PROCURADOR) Determinado muni-
cípio pretende formalizar parceria com uma organização da sociedade civil para a conse-
cução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de 
recurso financeiro.
Nessa situação, o instrumento a ser firmado entre as partes deverá ser o
a) contrato de gestão.
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b) termo de parceria.
c) termo de colaboração.
d) acordo de cooperação.
e) chamamento público.
QueStão 8 (2019/CESPE/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) A respeito de organizações sociais, 
assinale a opção correta considerando o entendimento do STF em sede de controle concen-
trado.
a) É inconstitucional a previsão legal de cessão de servidor público a organização social: essa 
hipótese configura desvio de função.
b) O contrato de gestão não configura hipótese de convênio, uma vez que prevê negócio jurí-
dico de natureza comutativa e se submete ao mesmo regime jurídico dos contratos adminis-
trativos.
c) As organizações sociais, por integrarem o terceiro setor, integram a administração pública, 
razão pela qual devem submeter-se, em suas contratações com terceiros, ao dever de licitar.
d) O indeferimento do requerimento de qualificação da organização social deve ser pautado 
pela publicidade, transparência e motivação, mas não precisa observar critérios objetivos, 
devendo ser respeitada a ampla margem de discricionariedade do Poder Público.
e) A qualificação da entidade como organização social configura hipótese de simples creden-
ciamento, o qual não exige licitação em razão da ausência de competição.
QueStão 9 (2019/VUNESP/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP/PROCURADOR) A organização 
social “ABC” é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, foi constituída e 
se encontra em funcionamento regular há 3 (três) anos, e pretende qualificar-se como uma 
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) para atuar na área de estu-
dos, pesquisas e desenvolvimento de tecnologias alternativas. Conforme estabelece a Lei n. 
9.790/1999, é correto afirmar, nessa situação, que a organização social “ABC”
a) não poderá qualificar-se como OSCIP, em razão de ser uma organização social.
b) poderá qualificar-se como OSCIP na área pretendida, tendo em vista que ela atende a todos 
os requisitos legais.
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c) não poderá qualificar-se como OSCIP, uma vez que, na área pretendida, não é permitida a 
atuação desse tipo de organização.
d) poderá qualificar-se como OSCIP na área pretendida, assim que completar 5 (cinco) anos 
de atuação como organização social.
e) não poderá qualificar-se como OSCIP, uma vez que é pessoa jurídica, sem fins lucrativos.
QueStão 10 (2018/FCC/TRT 6ª REGIÃO-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) De 
acordo com a Lei n. 13.019/2014,
a) qualquer organização da sociedade civil pode celebrar parceria com a Administração públi-
ca, podendo se materializar mediante convênio ou contrato.
b) as entidades da sociedade civil devem ser qualificadas como organizações sociais para 
celebrarem parcerias regidas por esse diploma legal com os entes públicos quando envolve-
rem o repasse de recursos financeiros.
c) as parcerias firmadas entre poder público e entidades da sociedade civil regidas por esse 
diploma legal dependem da previsão de repasse de recursos financeiros para realização das 
atividades.
d) os instrumentos de parceria previstos nesse diploma legal se destinam a disciplinar a rea-
lização de atividades de interesse público e recíproco, nem todos envolvendo o repasse de 
recursos financeiros em favor da organização da sociedade civil.
e) a celebração de acordos ou termos de cooperação com entidades da sociedade civil con-
figura hipótese expressa de dispensa de licitação, diferentemente do termo de fomento, que 
exige a realização de um chamamento para escolha da organização que melhor desempe-
nhará as atividades de interesse público.
QueStão 11 (2018/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/PROCURA-
DOR) A interação da Administração Pública com o terceiro setor tem se mostrado importante 
para a prestação de políticas públicas, especialmente em áreas como saúde, educação e as-
sistência social. A respeito dessa interação, é correto afirmar que
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a) as organizações do terceiro setor, ao contratarem com a Administração Pública, passam a 
integrar a Administração indireta, sujeitando-se à fiscalização dos tribunais de contas e do con-
trole interno da União, Estados ou Municípios, conforme o caso.
b) as organizações do terceiro setor que recebam recursos do orçamento público passam a se 
submeter ao regime de direito público próprio das entidades da Administração no que se refere à 
compra de bens e serviços ou à contratação de colaboradores.
c) as organizações sociais interagem com a Administração Pública por meio do chamado 
“convênio de fomento”, o qual deve prever os direitos e obrigações da entidade em vista dos 
objetivos públicos da parceria.
d) o chamamento público é o procedimento destinado a selecionar organização da socie-
dade civil para firmar parceria por meio de termo de colaboração ou de fomento, devendo 
respeitar os princípios da isonomia, da publicidade e da probidade administrativa.
e) a chamada Manifestação de Interesse Privado (MIP) é o instrumento por meio do qual as or-
ganizações da sociedade civil poderão apresentar propostas de parcerias ao poder público para 
que este avalie a possibilidade de realização de um chamamento.
QueStão 12 (2018/VUNESP/CÂMARA DE ITAQUAQUECETUBA-SP/PROCURADOR) Segundo 
a Lei n. 9.790/1999 (Lei das OSCIPS), é passível de qualificação como Organização da So-
ciedade Civil de Interesse Público, desde que atendam aos demais requisitos legais, dentre 
outras, as
a) sociedades civis criadas por órgão público para atuação na área hospitalar.
b) cooperativas de trabalhadores na área rural.
c) organizações sociais que tenham por finalidade a promoção da cultura.
d) pessoas de direito privado, sem fins lucrativos, de promoção da assistência social.
e) as sociedades comerciais nas áreas da saúde e da educação.
QueStão 13 (2018/VUNESP/CÂMARA DE ITAQUAQUECETUBA-SP/PROCURADOR) O Poder 
Executivo Municipal qualificou como organização social uma entidade de direito privado, sem 
fins lucrativos, que atua na área de pesquisa científica, e elaborou o respectivo contrato de 
gestão, estabelecendo a competente parceria, nos termos da Lei n. 9.637/1998, ficando esta-
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belecido que o prazo de execução do contrato será de dois anos e que o Município cederá um 
servidor para a organização social, com ônus para a origem. Considerando essa hipótese e os 
elementos abordados, é correto afirmar a respeito desse contrato de gestão que
a) não poderia ser assinado com entidade de direito privado, sem fins lucrativos.
b) a entidade a ser contratada não poderia atuar na área de pesquisa científica, por falta de 
expressa previsão legal.
c) não poderia ser estipulado o prazo de execução de dois anos para o contrato de gestão.
d) está dentro do que permite a legislação, não apresentando qualquer irregularidade nos 
aspectos mencionados.
e) o Município, nesse tipo de contrato, não poderia autorizar a cessão de servidor, com ônus 
para a origem.
QueStão 14 (2018/VUNESP/PREFEITURA DE SOROCABA/PROCURADOR) Se o Município de 
Sorocaba visasse ampliar o número de leitos hospitalares oferecidos à população, para aten-
dimento pelo Sistema Único de Saúde, por meio de repasse de recursos financeiros a uma 
instituição privada sem fins lucrativos, o instrumento jurídico adequado para formalizar essa 
avença seria
a) o termo de colaboração.
b) o termo de fomento.
c) o convênio.
d) o acordo de cooperação.
e) a parceria.
QueStão 15 (2018/VUNESP/CÂMARA DE CAMPO LIMPO PAULISTA-SP/PROCURADOR) Em 
relação às Organizações Sociais, assinale a alternativa correta.
a) O vínculo com o Poder Público se dá por meio de um termo de parceria, precedido de con-
sulta aos Conselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação.
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b) O vínculo com o Poder Público é efetivado mediante a celebração de contrato de gestão, 
não se confundindo com os contratos de concessão ou permissão de serviços públicos.
c) O controle financeiro e contábil não se submete ao Tribunal de Contas, ficando a cargo do 
Ministério supervisor.
d) As organizações sociais são obrigadas a licitar nos mesmos termos das demais entidades 
do Poder Público, seguindo as normas da legislação federal pertinentes ao assunto.
e) É vedado ao Poder Executivo a cessão especial de servidores para as organizações só-
cias.
QueStão 16 (2018/VUNESP/PGM – MANAUS/PROCURADOR) Acerca dos instrumentos ju-
rídicos que podem ser celebrados pela administração pública para a realização de serviços 
públicos, julgue o item a seguir.
O termo de fomento é o instrumento jurídico adequado para concretizar parceria proposta 
pela administração pública com organização da sociedade civil para o alcance de finalidades 
de interesse público e recíproco que envolvam a transferência de recursos financeiros.
QueStão 17 (2018/FCC/PGE – TOCANTINS/PROCURADOR) Após promover a construção de 
linha de Veículo Leve sobre Trilhos − VLT para integração da malha metropolitana de trans-
porte, o Governo do Estado pretende que a operação da linha seja gerida de forma descentra-
lizada. Considerando-se a natureza do serviço e o fato de que haverá cobrança de tarifa dos 
usuários, NÃO é solução adequada a
a) outorga do serviço a entidade especializada da Administração Indireta.b) celebração de contrato de gestão com organização social.
c) constituição de parceria público-privada.
d) outorga do serviço a consórcio público, constituído para esse fim específico.
e) delegação mediante concessão de serviço público.
QueStão 18 (2018/CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) Considerando-se as novas formas 
de desestatização da prestação de serviços públicos de caráter social, as pessoas jurídicas 
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de direito privado sem fins lucrativos que, atendidos os requisitos previstos em lei, firmam 
parceria com o poder público, por instrumento de contrato de gestão, para a execução de ati-
vidades de interesse público — especialmente ensino, pesquisa científica, desenvolvimento 
tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde — recebem a qualifi-
cação de
a) agência executiva.
b) fundação pública.
c) organização social.
d) organização da sociedade civil de interesse público.
e) serviço social autônomo.
QueStão 19 (2017/CESPE/DPE-AL/DEFENSOR PÚBLICO) Os serviços sociais autônomos
a) são beneficiados pelos privilégios processuais de dilação de prazo recursal.
b) devem ser criados mediante autorização por lei.
c) são alcançados pelos sistemas de precatórios.
d) possuem personalidade jurídica de direito público.
e) estão obrigados a realizar procedimentos licitatórios.
QueStão 20 (2017/CESPE/DPE-AC/DEFENSOR PÚBLICO) Acerca dos serviços sociais autô-
nomos, julgue os itens a seguir.
I – As entidades de cooperação governamental, às quais são destinados recursos oriun-
dos de contribuições parafiscais, têm por finalidade desenvolver atividade social que 
represente a prestação de serviço de utilidade pública em benefício de certos grupa-
mentos sociais ou profissionais.
II – As entidades de cooperação governamental não integram a estrutura da administra-
ção pública indireta, e, dada a natureza jurídica de direito privado que ostentam, não se 
submetem ao controle do tribunal de contas.
III – Conforme entendimento do STF, as entidades de serviços sociais autônomos integran-
tes do sistema “S” não se submetem à exigência do concurso público para a contra-
tação de pessoal.
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IV – As entidades de serviços sociais autônomos submetem-se a licitações para a realiza-
ção de contratações, em cumprimento aos estritos termos da Lei n. 8.666/1993.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
QueStão 21 (2017/CESPE/MPE-RR/PROMOTOR) Determinado estado da Federação pre-
tende propor a celebração de parceria com uma organização da sociedade civil na área de 
preservação do meio ambiente, visando à consecução de interesse público e recíproco. Tal 
parceria envolverá o repasse de recursos financeiros do estado para a organização.
Nessa situação, deverá ser firmado o instrumento denominado
a) termo de parceria, realizado mediante prévio chamamento público.
b) termo de colaboração, realizado mediante prévio chamamento público.
c) convênio, que dependerá de prévia licitação.
d) acordo de cooperação, que prescinde de licitação.
QueStão 22 (2017/CESPE/PREFEITURA E FORTALEZA-CE/PROCURADOR) No caso de par-
ceria a ser firmada entre a administração pública e organização da sociedade civil, se não 
houver transferências voluntárias de recursos, deverá ser utilizado o instrumento jurídico es-
tabelecido em lei denominado acordo de cooperação.
QueStão 23 (2017/CESPE/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) Acerca das entidades paraestatais e 
do terceiro setor, assinale a opção correta.
a) Segundo o STF, o procedimento de qualificação pelo poder público de entidades privadas 
como OS prescinde de licitação.
b) Segundo o STF, as atividades de saúde, ensino e cultura devem ser viabilizadas por inter-
venção direta do Estado, não podendo a execução desses serviços essenciais ser realizada 
por meio de convênios com organizações sociais.
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c) Cumpridos os requisitos legais, caso uma OS requeira a qualificação como OSCIP, o poder 
público deverá outorgar-lhe o referido título, pois se trata de decisão vinculada do ministro da 
Justiça.
d) Caso uma OSCIP ajuíze ação cível comum de rito ordinário, o foro competente para o julga-
mento da causa será a vara da fazenda pública, se existente na respectiva comarca, já que se 
trata de uma entidade que integra a administração pública
QueStão 24 (2017/CESPE/PREFEITURA DE ANDRADINA-SP/PROCURADOR) Determinada Pre-
feitura Municipal pretende transferir a administração de um Hospital Público do Município para 
uma empresa privada. Nessa hipótese, considerando a legislação que rege a matéria referente ao 
Terceiro Setor, é correto afirmar que a pretendida transferência
a) não pode ser concretizada, uma vez que a área da saúde pública não admite ser adminis-
trada por terceiros.
b) pode ser efetivada por meio de contrato de gestão com uma Organização Social.
c) pode ser efetivada por meio de contrato de gestão com uma Organização da Sociedade 
Civil de Interesse Público.
d) pode ser efetivada por meio de Termo de Parceria com uma Organização Social.
e) não pode ser efetivada com entidades privadas, podendo ser concretizada apenas por meio 
de parcerias com entes públicos.
QueStão 25 (2016/VUNESP/PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR) A Lei 
Federal n. 13.019/2014 institui um instrumento por meio do qual são formalizadas as par-
cerias estabelecidas pela Administração Pública com organizações da sociedade civil para 
a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, sendo que tais parcerias de-
correm de planos de trabalho propostos pelas organizações da sociedade civil e envolvem a 
transferência de recursos financeiros. A referida lei define esse instrumento como termo de
a) fomento.
b) colaboração.
c) parceria.
d) chamamento público.
e) gestão.
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3. e
4. e
5. C
6. c
7. d
8. e
9. a
10. d
11. d
12. d
13. d
14. c
15. b
16. E
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18. c
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Gustavo Scatolino
Entidades Paraestatais e Terceiro Setor
DIREITO ADMINISTRATIVO
GABARITO COMENTADO
QueStão 1 (2019/VUNESP/PREFEITURA DE POÁ-SP/PROCURADOR) Às organizações so-
ciais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cum-
primento do contrato de gestão. Assim, é correto concluir que
a) os processos de qualificação, celebração do contrato de gestão, dispensa de licitação e 
outorga de permissão de uso de bem público não precisam ser necessariamente conduzidos 
de forma pública, objetiva e impessoal; não devem observância aos princípios constitucionais 
expressos aplicáveis à Administração Pública.
b) os contratos a serem firmados pelas organizações sociais com terceiros, com a utilização 
de recursos públicos – ou seja, as situações em que a Organização Social figura como con-
tratante de bens, serviços e compras de fornecedores do mercado – seguem

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