Módulo 4 - Barroco e Arcadismo - Manuel Maria Du Bocage

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Barroco em Portugal
(1580-1756)
 Texto 1- Contexto histórico e social
 
Em 1578, o rei de Portugal, D. Sebastião desapareceu na batalha de Alcácer-
Quibir na África não deixando herdeiros diretos. O seu tio, o Cardeal D. Henrique,
assumiu o poder por dois anos, mas , em 1580 , o rei da Espanha Filipe II,
herdeiro mais próximo da coroa portuguesa, anexou Portugal a seu país. Foi um
dos períodos mais negros para a História de Portugal e culturalmente um período
de grande estagnação. O grande império perdeu seu líder e caiu sob o domínio
espanhol até 1756, momento denominado de Restauração.
O desaparecimento de D. Sebastião incitou o imaginário popular, dando origem a
um posicionamento místico denominado Sebastianismo, no qual muitos
acreditavam no retorno de D. Sebastião, como um salvador, um messias.
Após a Reforma Protestante, a Contra-Reforma da Igreja Católica acirra a
perseguição aos “infiéis”, procurando recuperar a sua posição de destaque perdida
com o Renascimento. A Inquisição torna-se uma das instituições mais
fortalecidas que, além de comandar a censura, condenava à morte os traidores da
fé católica. A Companhia de Jesus toma frente no processo de catequização e
reforça os ideais religiosos, principalmente nas colônias, como o Brasil.
 Nessa época, há uma constante tensão entre o Antropocentrismo e o
Teocentrismo. O homem se vê dividido entre as novas concepções renascentistas
e os valores medievais abandonados. Assim, o Barroco surge como expressão
desse conflito entre o humanismo renascentista e a tentativa de restauração de
uma religiosidade intensa, vivida na Idade Média; entre a razão e a fé; entre o
material e o espiritual.
 
Questão 1- Que aspectos históricos e sociais levaram o Barroco a ser uma
expressão dos conflitos humanos?
Resposta: Foi durante o Barroco que a sociedade europeia vivencia uma forte
tensão entre os valores medievais e os valores modernos. Após viver o
Renascimento e sua visão antropocêntrica, o homem do século XVII começa a
questionar esses novos valores, colocando-se em uma situação tensa e
conflituosa. Isso se deve principalmente à Contra-Reforma que cobrava o retorno
à moral cristã medieval. Como o artista barroco poderia conciliar a razão e a fé,
o mundo material e o mundo espiritual ? O Antropocentrismo não seria uma
heresia? Portugal ainda vive uma situação bem particular, passou para o Domínio
Espanhol, uma situação humilhante e conflituosa.
 
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Texto 2- Características do Barroco
 
A produção literária
 
As raízes do Barroco se encontram no Renascimento. Como no Classicismo, os
artistas também buscavam a perfeição formal, mas de forma exagerada. A
literatura barroca é marcada pelo rebuscamento da linguagem,
sobrecarregada de figuras de estilo como a metáfora, a alegoria , a hipérbole
e a antítese.
 Referências à cultura grega ainda aparecem, mas a ideia do pecado e do
perdão tornam-se uma obsessão. O tema Carpe Diem (aproveite a vida, o
momento), por exemplo, tão explorado pelos gregos, volta à tona. Como já
dissemos, toda essa tensão e esse conflito acabam por ser expressos por meio
da arte barroca, na qual muitos tentavam conciliar as tendências opostas.
 
Na literatura, há duas correntes na arte barroca:
 
Conceptismo- mais comum na prosa, essa corrente segue as orientações do
poeta espanhol Quevedo. Valoriza o raciocínio lógico, os silogismos, pelo uso de
jogos de ideias.
 
Cultismo- mais comum na poesia, essa corrente segue as orientações de
Gôngora, poeta espanhol, por isso é também chamada de Gongorismo. Nela são
valorizados os jogos de palavras, a linguagem rebuscada, com trocadilhos e
sentidos ambíguos.
 
Podemos destacar ainda o dualismo entre a razão e a emoção, entre o
medievalismo e o renascimento.
 
Temas mais frequentes da literatura barroca :
 
· Fugacidade da vida e das coisas, tudo é efêmero
· Carpe diem- aproveitar a vida, o que implica em pecar e buscar o perdão.
Arrependimento e busca do perdão
· A morte, expressão máxima da efemeridade
· Castigo , como decorrência do pecado
· Narração de cenas trágicas
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· Erotismo
· Sbrenatural
· Misticismo
 
Apesar dessa disciplina tratar especificamente da poesia portuguesa, não
podemos deixar de destacar um dos mais importantes escritores barrocos: 
Padre Antônio Vieira. Nasceu em 1608 em Lisboa e faleceu em 1697 na Bahia,
vivendo entre Brasil e Portugal. Pertencia à congregação Companhia de Jesus e
desde cedo foi um brilhante orador, famoso por seus sermões, exemplos da
estética barroca. Observe que os textos de Vieira, apesar de serem religiosos,
estão impregnados do discurso literário, por isso são estudados em Literatura.
Escreveu 200 sermões e mais de 500 cartas de cunho político e diplomático.
A poesia barroca corresponde muito mais ao culto da forma do que o do conteúdo,
ou mesmo do sentimento lírico. Com pouca representatividade, os poetas
portugueses sofrem grande influência espanhola. Podemos citar Francisco
Rodrigues Lobo (1579-1621), um dos mais importantes discípulos de Camões.
Influenciado por Gôngora, é considerado o iniciador do Barroco em Portugal.
 
 
Questão 2- Quanto ao Barroco em Portugal, leia as afirmações a seguir e
assinale a alternativa correta.
I- O Barroco não possui qualquer relação como Classicismo, opondo-se a
esse movimento, principalmente por não buscar a perfeição formal.
II- O conceptismo valoriza o raciocínio lógico, os silogismos, pelo uso 
de jogos de ideias.
III- Alguns dos temas mais frequentes é o carpe diem, pois o artista
barroco queria aproveitar a vida de qualquer jeito, sem preocupações
religiosas ou de consciência moral.
 
A) Todas estão corretas
B) Apenas a I está correta
C) Apenas a I e II estão corretas
D) Apenas a II e III estão corretas
E) Apenas a II está correta
 
Resposta: E
A única correta é a afirmação II. O Barroco tem suas origens no Classicismo e
como ele busca a perfeição formal, contudo de forma exagerada. O tema carpe
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diem é comum no Barroco , mas é visto de forma angustiada. Como aproveitar a
vida e não pecar?
 
 
Arcadismo em Portugal
 (1756 -1825)
 
Texto 3- Contexto histórico e social do Arcadismo
 
 O século XVIII foi marcado por mudanças bastante significativas, tanto do
âmbito da política como no âmbito científico e cultural. É dessa época o
movimento intelectual denominado Iluminismo que se iniciou na Inglaterra, mas
teve seu apogeu na Revolução Francesa. O lema “ Liberdade, Igualdade e
Fraternidade” ficariam marcados para sempre na história da humanidade.
 Os filósofos dessa época , como Diderot, Voltaire e Rousseau,
acreditavam que a razão era a única fonte de conhecimento da natureza e da
sociedade. A igreja e a religião eram vistas como instrumentos de ignorância.
 O iluminismo respondia às ideologias da burguesia em ascensão que
criticava o Absolutismo do Estado.
 Portugal se encontrava muito aquém do desenvolvimento político,
econômico e cultural do restante da Europa. Há no país um despotismo, com o rei
interpretando as leis conforme seus interesses. O rei da época era D. José I ( pai
do futuro D.João VI) , mas o grande articulador político foi o Marquês de Pombal (
Sebastião José de Carvalho), primeiro ministro do rei, que organizou a
intervenção do Estadona Educação, proibindo o ensino dos jesuítas e os
expulsando do país e das colônias. Efetuou diversas reformas políticas e culturais,
imbuído dos ideias iluministas, contudo, defendia o despotismo esclarecido. Foi
responsável pela instituição da Real Casa Censória, que fortaleceu a Inquisição.
Ou seja, o iluminismo em Portugal assumiu uma feição distorcida, repleta de
censura e valorização das elites.
 Em 1755, Lisboa sofreu um grande terremoto, sendo metade da cidade
reconstruída por Pombal com uma visão mais racionalista e neoclássica. 
 
 A produção literária
 
 Didaticamente, considera-se que o Arcadismo em Portugal se inicia em
1756 quando foi fundada a Arcádia Lusitana, uma sociedade literária na qual
vários poetas se reuniam para recitar poemas e discutir sobre a estética árcade.
 Por resgatar a imitação dos clássicos gregos e romanos, esse movimento
é também denominado de Neoclassicismo. Juntamente com o Classicismo e o
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Barroco, o Arcadismo compõe o período que denominamos de Clássico.
A literatura árcade representa uma crítica da burguesia letrada e culta ao estilo
de vida da nobreza e do clero.
 
Características
 
· Segue-se o conceito aristotélico de arte ( A arte como imitação da
Natureza)
· Racionalismo
· Busca do equilíbrio e da perfeição
· Temas bucólicos, ligados à natureza e a tranquilidade rural
· Temas clássicos, considerados clichês árcades:
§  Fugere urbem- “fuga da cidade”: Só existe felicidade no campo.
§  Aurea medioritas- “equilíbrio do ouro”:: Espera-se uma vida simples
§  Locus amoenus-“ lugar tranqüilo: Onde os namorados se encontram
§  Inutilia truncat “corte do inútil”: Fora todos os excessos barrocos da
linguagem.
· Pastoralismo- os poetas fingem-se de pastores . Suas amadas são
pastoras, para isso usam pseudônimos latinos: Marília, Elmano...
 
Podemos citar alguns poetas árcades relevantes como Nicolau Tolentino de
Almeida, poeta satírico e Filinto Elísio. Contudo, o que mais se destacou foi o
grande sonetista Manuel Maria Barbosa du Bocage.
 
Questão 3- O Arcadismo também é conhecido por Neoclassicismo. Em que
esse movimento se assemelha ao Classicismo ?
Resposta: O Arcadismo surge em oposição ao Barroco e resgata características
clássicas, como o Racionalismo, o uso da razão e valoriza a cultura greco-romana.
São contrários aos excessos barrocos e cultuam uma vida simples no campo,
resgatando o mito da Árcadia, uma cidade grega repleta de pastores e pastoras
que se amam junto à natureza. Vale lembrar que Classicismo, Barroco e
Arcadismo possuem suas diferenças, mas todos seguem as rígidas regras
clássicas.
 
Texto 4- Manuel Maria Barbosa de Bocage (1765-1805)
 
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Bocage nasceu em Setúbal, Portugal. Teve uma vida cheia de aventuras e boêmia,
entre bares e recitais poéticos. Pertenceu à Nova Arcádia na qual era conhecido
pelo pseudônimo de Elmano Sadino. Contudo, era um rebelde e logo abandonou 
a Árcadia, cujo estilo atacou. Escreveu poemas satíricos que chegaram a levá-lo
preso. Faleceu pobre e doente.
As suas obras tiveram várias edições ainda em vida : Rimas, tomo I (1791),
Rimas, tomo II (1799) e Rimas, tomo III (1804). Em 1811 foram publicadas as
Obras Completas no Rio de Janeiro. Ficaram famosos os seus Sonetos, os seus
Epigramas e os seus Apólogos.
 
Sua obra pode ser dividida da seguinte maneira:
 
· Poesia erótico- satírica: linguagem obscena e agressiva
 
· Poesia lírica:
 
· 1ª fase: obediência aos clichês árcades
· 2ª fase: dissidência com o Arcadismo e aproximação do Romantismo
 
Entre os temas mais explorados podemos destacar: o amor, a morte, o destino, 
a natureza e o conflito entre a razão e o sentimento.
É considerado um pré-romântico.
 
Questão 4- Leia as afirmações a seguir sobre a obra de Bocage e assinale
a alternativa correta:
I- Sua obra poética é divida em poemas satíricos e
líricos.
II- O soneto foi o estilo em que menos se destacou,
preferindo compor redondilhas e cantigas.
III- Seu estilo seguiu inicialmente as normas árcades,
contudo, sua individualidade o aproxima dos poetas
românticos.
 
A ) Apenas a afirmação I está correta.
B) Apenas a afirmação II está correta
C) Apenas a I e a II estão corretas.
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D ) Apenas a I e a III estão corretas
E) Todas estão corretas
 
Resposta: D
A obra de Bocage é dividida em poemas satíricos e líricos, sendo o soneto o
gênero mais cultivado pelo poeta que, devido a individualidade e subjetividade, é
considerado um pré-romântico
 
 
 
 
Poemas de Bocage
Poema satírico
 
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
 
Incapaz de assistir* num só terreno, 
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
 
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
 
Eis Bocage em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
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assistir- no sentido de morar
pachorrento- cheio de pachorra, sem pressa, calmo.
 
 
Poema lírico- 1a fase
 
Ó tranças, de que Amor prisão me tece, 
Ó mãos de neve, que regeis meu fado! 
Ó Tesouro! ó mistério! ó par sagrado, 
Onde o menino alígero adormece!
 
Ó ledos olhos, cuja luz parece 
Tênue raio do sol! Ó gesto amado, 
De rosas e açucenas semeado 
Por quem morrera esta alma, se pudesse!
 
Ó lábios, cujo riso a paz me tira, 
E por cujos dulcíssimos favores 
Talvez o próprio Júpiter suspira!
 
Ó perfeições! Ó dons encantadores! 
De quem sois?... Sois de Vênus? - 
É mentira; Sóis de Marília, sois de meus amores. 
 
Alígero- que tem asas, é veloz
Ledo- que revela ou sente felicidade, alegre
Açucenas- flores
 
Poema lírico- 2a fase- Pré-romântico
 
Meu ser evaporei na lida insana 
Do tropel de paixões, que me arrastava; 
Ah!, cego eu cria, ah!, mísero eu sonhava 
Em mim quase imortal a essência humana. 
De que inúmeros sóis a mente ufana 
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Existência falaz me não doirava! 
Mas eis sucumbe a Natureza escrava 
Ao mal que a vida em sua origem dana. 
Prazeres, sócios meus e meus tiranos! 
Esta alma, que sedenta em si não coube, 
No abismo vos sumiu dos desenganos. 
Deus, ó Deus!... Quando a morte à luz me roube, 
Ganhe um momento o que perderam anos. 
Saiba morrer o que viver não soube.
 
Lida: labuta, trabalho, no sentido de vida
Falaz: que ilude
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 1:
"Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?"
Nesse fragmento de poema de Bocage, podemos observar:
A)
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O estilo neoclássico, pela presença do bucolismo e da cultura greco-latina (ex.
"Zéfiros")
B)
O estilo romântico,pela predominância do subjetivismo
 
C)
 O estilo barroco, pela forma rebuscada.
D)
O estilo árcade, pelo rompimento com os clássicos
E)
O estilo pré-romântico, pela presença da mitologia greco-romana.
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Exercício 2:
A estofe abaixo constitui um exemplo da época:
 "Ornemos nossas testas com as flores
 E façamos de feno um brando leito
 Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
 Gozemos do prazer de sãos Amores.
 Sobre as nossas cabeças,
 Sem que o possam deter, o tempo corre;
 E para nós o tempo, que passa,
 Também, Marília, morre."
A)
Barroca, pela oposição entre os apelos da vida material e os aspectos espirituais
do sentimento humano;
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B)
Arcáde, pelo ideal de vida simples e consciência da transitoriedade da vida,
valorizando o momento presente;
C)
Romântica, pela extrema subjetividade, com a valorização do sentimento amoroso
por meio da idealização da mulher.
D)
Simbolista, pela fuga à realidade e tentativa de construção de um mundo próprio,
de paixão e sonho;
E)
Realista, pela visão objetiva dos problemas cotidianos, como o envelhecimento e a
morte, que destroem o relacionamento humano.
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Exercício 3:
A característica do carpe diem (gozar a vida) está presente nos seguintes
versos:
A)
"Vai, mísero cavalo lazarento, 
Pastar longas Campinas livremente;"
B)
"Quero a vossa medonha sociedade, 
Quero fartar meu coração de horrores."
C)
"Razão feroz, o coração me indagas, 
De meus erros a sombra esclarecendo;"
D)
"Façamos, sim, façamos, doce amada, 
Os nossos breves dias mais ditosos"
E)
"O retrato da morte, ó Noite amiga 
Por cuja escuridão suspiro há tanto!"
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Exercício 4:
Os versos de Bocage “Já se afastou de nós o Inverno agreste, / Envolto nos seus
úmidos vapores; / A fértil Primavera, a mãe das flores, / O prado ameno de
boninas veste. ” refletem características do Arcadismo. Dentro desta proposta,
entretanto, uma das alternativas abaixo está incorreta:
A)
Há preferência por uma Natureza amena.
 
 
B)
É frequente o eu-lírico fugir do ambiente urbano.
 
C)
O sujeito poético se anima com a chegada do inverno.
 
D)
Os poetas fingem-se de pastores.
 
E)
Os namorados se encontram no campo.
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Exercício 5:
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Leia as afirmações a seguir sobre a obra de Bocage e assinale a alternativa
correta:
I- Sua obra poética é dividida em poemas satíricos e líricos.
II- Sua obra pode ser dividida em duas fases: árcade e pré-romântica.
III- Seu estilo racionalista não apresenta traços de individualidade.
A)
 Apenas a I está correta.
B)
Apenas a II está correta
C)
 Apenas a I e II estão corretas.
D)
Apenas a II e a III estão corretas
E)
Todas as afirmações estão corretas.
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Exercício 6:
Assinale a alternativa em que todos os itens se referem ao Barroco em Portugal:
A)
Os poemas barrocos refletem o materialismo herdado da Antiguidade clássica.
B)
Seus temas mais comuns são a fugacidade da vida e o bucolismo
C)
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O conflito entre o mundo material e o mundo material é bastante evidente
D)
Surge , em Portugal , no reinado de D. Sebastião.
 
E)
Como é clássico, busca o equilíbrio e valoriza somente a razão
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Exercício 7:
A obra de Bocage pode ser dividida em estilos e fases diferentes. Leia os versos a seguir e
assinale a alternativa correta:
"Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel de paixões, que me arrastava;
Ah!, cego eu cria, ah!, mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana.
 
De que inúmeros sóis a mente ufana
Existência falaz me não doirava!
Mas eis sucumbe a Natureza escrava
Ao mal que a vida em sua origem dana."
 
 
A)
Nesses versos redondilhos, podemos identificar a primeira fase da poesia de Bocage, voltada
para o resgate da tradição medieval.
B)
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Nos versos desse soneto, observamos a última fase da poesia de Bocage, na qual , devido
ao seu subjetivismo e emoção, o poeta se aproxima do Romantismo.
C)
É evidente o teor satírico, que caracterizaram a primeira fase do poeta.
D)
Nesses versos, a estética árcade torna-se evidente, pois muitos clichês são
empregados.
E)
Esses versos fazem parte de um soneto de Bocage, gênero, infelizmente, que ele
pouco cultivou.
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Exercício 8:
Os temas a seguir são clichês árcades, resgatados da tradição greco-latina e utilizados em
excesso durante o Neoclassicismo. Há contudo, uma alternativa que não se refere a esses
clichês, assinale-a:
A)
Fugere urbem- “fuga da cidade”: Só existe felicidade no campo.
B)
Aurea medioritas- “equilíbrio do ouro”:: Espera-se uma vida simples.
C)
Locus amoenus-“ lugar tranquilo: Onde os namorados se encontram.
D)
Ridendo mores- "Riso e moral": O humor funciona como crítica dos costumes.
E)
Inutilia truncat “corte do inútil”: Fora todos os excessos barrocos da linguagem
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