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<p>FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO</p><p>Existem dois mecanismos básicos de comunicação celular: Sinais elétricos (mudança no potencial da membrana) e</p><p>Sinais químicos (moléculas secretadas pelas células no líquido extracelular)</p><p>O sistema nervoso e o sistema endócrino atuam juntos para que as funções corporais ocorram de forma certa.</p><p>Sistema nervoso: controle de atividades rápidas e de curta duração</p><p>• Neurônio - Neurotransmissor - Células alvo</p><p>Sistema endócrino: controle de atividades lentas e prolongadas</p><p>• Célula/glândula - Corrente sanguínea - Célula alvo</p><p>Sistema Endócrino: consiste em glândulas e células específicas, que produzem mensageiros químicos (hormônios)</p><p>que irão atuar em um receptor de célula.</p><p>Hormônios são substâncias produzidas por glândulas ou células endócrinas e liberadas na corrente sanguínea. Atuam</p><p>sobre células alvo (proteínas receptoras), ligando-se a receptores específicos, e desempenham diversas funções no</p><p>organismo, desde o crescimento até a regulação do metabolismo e do comportamento. Todos os hormônios são</p><p>degradados por enzimas. Geralmente essas enzimas estão presentes no fígado e os produtos da degradação hormonal</p><p>podem ser reutilizados para fabricar novos hormônios, ou eliminados na urina e/ou nas fezes.</p><p>Coordenação das funções corporais por mensageiros químicos:</p><p>• Junções comunicantes formam conexões citoplasmáticas diretas entre células adjacentes.</p><p>• Sinais dependentes de contato: algumas moléculas se ligam aos receptores nas superfícies das células-</p><p>alvo que estão mais próximas, estabelecendo um contato direto membrana-membrana para a transmissão</p><p>do sinal. Esse tipo de interação é essencial para processos, como a resposta imune.</p><p>• Sinalizadores autócrinos são secretados pelas células no líquido extracelular e afetam a função das</p><p>mesmas células que os produziram. Em muitos casos, um sinal pode ter tanto efeitos autócrinos quanto</p><p>parácrinos, ligando-se à célula que envia o sinal bem como a outras células semelhantes na região (células</p><p>do sistema imunitário e cancerígenas).</p><p>• Sinalizadores parácrinos são secretados pelas células no líquido extracelular e afetam as células-alvo</p><p>vizinhas de tipo diferente.</p><p>• Neurotransmissores são liberados por terminais de axônios de neurônios e agem localmente para controlar</p><p>as funções das células nervosas nas junções sinápticas ou células nervosas e outras células do corpo.</p><p>• Hormônios neuroendócrinos são secretados por neurônios no sangue circulante e influenciam a função das</p><p>células-alvo em outro local do corpo.</p><p>• Hormônios endócrinos são liberados por glândulas ou células especializadas no sangue circulante e</p><p>influenciam a função das células-alvo</p><p>GLÂNDULAS:</p><p>Principais glândulas: hipófise, tireoide, suprarrenal, paratireóide e, gônadas.</p><p>As glândulas são classificadas em:</p><p>• Exócrina: Possuem ductos secretores que carregam a substância diretamente para um compartimento</p><p>específico ou superfície.</p><p>• Endócrina: Não possuem ductos e secretam substâncias que se difundem para o sangue, a fim de serem</p><p>transportadas através de todo o organismo.</p><p>• Mista: Possui tanto uma porção exócrina quanto uma porção endócrina.</p><p>As glândulas exócrinas não fazem parte do sistema endócrino.</p><p>Nas glândulas mistas temos:</p><p>• O pâncreas, libera suco pancreático no intestino delgado e os hormônios insulina glucagon na corrente</p><p>sanguínea.</p><p>• Testículo e o ovário, glândulas sexuais que produzem respectivamente os hormônios testosterona e a</p><p>progesterona, além de espermatozoides e óvulos.</p><p>• Fígado, produz e secreta angiotensinogênio e IGF-1 e também proteínas e a bile.</p><p>Os órgãos como coração e fígado agem como células endócrinas, secretam hormônios como Peptídeo atrial natriurético</p><p>e o Angiotensinogênio que atuam no controle da pressão arterial. Fazendo parte do sistema endócrino difuso.</p><p>Classificação dos hormônios de acordo com suas propriedades químicas</p><p>Existem três tipos de hormônios:</p><p>• Hormônios peptídicos/proteicos. Ex.: prolactina e hormônio da paratireoide.</p><p>• Hormônios esteroides. Ex.: aldosterona, cortisol e androgênios.</p><p>• Hormônios amínicos (derivados de aminoácidos). Ex.: melatonina e tiroxina.</p><p>1.Proteicos, incluindo hormônios secretados pela: adeno-hipófise, neuro-hipófise, pâncreas e glândulas paratireoides.</p><p>• Derivados de proteínas, polipéptidos ou derivados de aminoácidos.</p><p>• Hidrossolúvel: como toda proteína</p><p>• Solúveis no plasma</p><p>• Encontram receptores na membrana citoplasmática</p><p>• Mecanismo de ação: segundo mensageiro, sistema em que um sinal intracelular é gerado em resposta a</p><p>um mensageiro primário intercelular, como um hormônio ou neurotransmissor.</p><p>• Produzido no RER</p><p>A maioria dos hormônios no corpo são polipeptídios e proteínas. Podem ser de tamanhos variados como, pequenos</p><p>peptídios com apenas três aminoácidos até proteínas com quase 200 aminoácidos. Em geral, os polipeptídios com 100</p><p>ou mais aminoácidos são chamados de proteínas, e aqueles com menos de 100 aminoácidos são referidos como</p><p>peptídios.</p><p>1) O peptídeo inicial proveniente do ribossomo, é uma proteína grande e inativa – chamada de pré-pro-hormônio (PPH).</p><p>O pré-pro-hormônio, contém cópia de um hormônio peptídeo, uma sequência sinal, que direciona a proteína ao lúmen</p><p>do RER e fragmento peptídico.</p><p>2) A medida que o PPH inativo se move através do RER, a sequência sinal é removida, gerando uma molécula menor</p><p>(mas ainda inativa), chamada de pró-hormônio. O Pró-hormônio passa para o complexo de golgi.</p><p>3) No aparelho de Golgi, o Pró-hormônio é empacotado em vesículas secretoras, junto com enzimas proteolíticas.</p><p>4) Que clivam o pró-hormônio em hormônio ativo e outros fragmentos. Esse processo é chamado de modificação pós-</p><p>traducional.</p><p>Os hormônios peptídeos são sempre produzidos a partir de pré-pro-hormônios grandes e inativos, que possuem: uma</p><p>sequência sinal, Uma cópia do hormônio, fragmentos adicionais.</p><p>As vesículas contendo os peptídeos são armazenadas no citoplasma da célula, até que a célula receba um sinal para</p><p>que ocorra a secreção. Nesse momento as vesículas se movem para a membrana celular e liberam o seu conteúdo.</p><p>A secreção ocorre quando as vesículas secretoras se fundem com a membrana celular. O conteúdo granular é expelido</p><p>para o líquido intersticial ou diretamente na corrente sanguínea por exocitose.</p><p>O que causa o estímulo para a exocitose:</p><p>- O aumento da concentração citosólica de cálcio causada pela despolarização da membrana plasmática.</p><p>- A estimulação de um receptor endócrino na superfície celular causa o aumento do monofosfato de adenosina cíclico</p><p>(AMPc) e, subsequentemente, a ativação de proteinoquinases que iniciam a secreção do hormônio.</p><p>- Em alguns tipos de células endócrinas, como as do pâncreas, o sinal é elétrico, a secreção ocorre quando a membrana</p><p>da célula é despolarizada.</p><p>- Em outras células endócrinas, o sinal necessário para estimular a secreção hormonal pode ser um outro hormônio. Por</p><p>exemplo, em algumas células da glândula hipófise, a secreção do hormônio do crescimento (GH) é estimulada pelo</p><p>hormônio liberador do GH (ou GHRH). O GHRH age via receptores de membrana e provoca a ativação de várias</p><p>proteínas intracelulares que irão desencadear a exocitose dos grânulos que contém o GH</p><p>Mecanismos de ação celular dos hormônios peptídeos: Como os hormônios peptídeos são lipofílicos, eles não</p><p>conseguem entrar na célula alvo. Ao invés disso, eles se ligam a receptores que estão na superfície das membranas</p><p>celular. O complexo hormônio-receptor, inicia a resposta celular por meio de um sistema de transdução de sinal. Muitos</p><p>hormônios peptídeos, utilizam o sistema de segundo mensageiro de AMPc.</p><p>2 e 3: Hormônios esteroides e amínicos</p><p>O aminoácido ou colesterol precursor desses tipos de hormônios, passam por várias reações enzimáticas até serem</p><p>convertidos nos hormônios específicos. Assim, para sintetizar hormônios amínicos ou esteróides, são necessários um</p><p>conjunto muito específico de enzimas para catalisar todas as reações bioquímicas necessárias.</p><p>2.Esteroides</p><p>ou inibir a transcrição de genes alvo.</p><p>Os efeitos do cortisol:</p><p>Proteólise: degradação de proteínas em aminoácidos, no fígado, serão convertidos em glicose via gliconeogênese</p><p>Altas concentrações de cortisol no sangue por</p><p>longos períodos elevam a glicemia e</p><p>provocam a perda de massa muscular. O alto</p><p>nível de glicose no sangue potencializa a</p><p>produção da energia que é necessária para o</p><p>combate ao estresse, a traumas, a infecções,</p><p>entre outros.</p><p>Lipólise: o cortisol promove a lipólise, quebra</p><p>dos lipídeos armazenados no tecido adiposo</p><p>em moléculas menores (ácido graxo e glicerol)</p><p>Pelo efeito antagônico ao da insulina, o cortisol</p><p>inibe o transporte de glicose para os músculos e adipócitos, podendo causar diabete pelo excesso do hormônio (diabete</p><p>supra-renal).</p><p>Ação anti-inflamatória: O cortisol reduz a ação de células do sistema imunológico no sangue, como linfócitos e</p><p>eosinófilos. Células do sistema imunológico também expressam receptores do glicorticoide, sendo portanto, alvo do</p><p>cortisol. Além disso, impede a vasodilatação e a diapedese (passagem de células do sistema imunológico, por meio dos</p><p>vasos sanguíneos, para tecidos adjacentes).</p><p>Medicamentos:</p><p>Alguns exemplos de glicocorticoides incluem a cortisona, a hidrocortisona e a prednisona. Esses medicamentos são</p><p>frequentemente prescritos para tratar uma variedade de condições, como inflamações, alergias, doenças autoimunes e</p><p>algumas condições respiratórias. Eles funcionam suprimindo a resposta do sistema imunológico e reduzindo a</p><p>inflamação.</p><p>Ação no coração:</p><p>No coração, estimula a transcrição de genes que estimulam receptores adrenérgicos. Consequentemente, aumenta o</p><p>número de receptores nas fibras cardíacas que aumenta a sensibilidade do coração aos efeitos da noradrenalina e</p><p>adrenalina que aumenta a frequência cardíaca e o debito cardíaco.</p><p>Ação nos ossos:</p><p>Agem nos osteoblastos, estimulando essas células a secretarem fatores parácrinos, que ativam os osteoclastos, células</p><p>que fazem a reabsorção óssea, ou seja, secretam ácidos e enzimas que hidrolisam a matriz óssea, liberando cálcio e</p><p>fosfato na corrente sanguínea. Pode causar osteoporose.</p><p>A produção de cortisol pode ser atrelada ao ritmo circadiano. Há intensa liberação de cortisol no início do dia, com pico</p><p>entre 6h e 8h da manhã. Nesse momento, o cortisol atua como um despertador natural. A taxa de cortisol vai diminuindo</p><p>durante o dia e reduz bastante à noite.</p><p>Os picos de cortisol ao longo do dia, podem ser explicados pelo estresse diários que podem estimular a secreção.</p><p>Tipos de estresse:</p><p>Sistêmico (ex. hipoglicemia, inflamação e hipotensão)</p><p>Neurogênicos ou psicológicos (ex. emoções, medo e ansiedade)</p><p>Ações do Cortisol: Aumento da glicemia, proteólise no tecido muscular, lipólise no tecido adiposo, aumento da ações da</p><p>noradrenalina e adrenalina no coração, inibição do sistema imunológico, aumento da reabsorção óssea, também é</p><p>necessário para o desenvolvimento normal de vários tecidos.</p><p>SINDROME DE CUSHING: causada por altos níveis de cortisol no sangue. Gera aumento de peso com acumulo de</p><p>gordura no tronco e pescoço, rosto de “lua cheia”.</p><p>-Andrógenos adrenais:</p><p>Andrógenos – a dehidroepiandrosterona (DHEA) e a androstenediona são precursores de hormônios masculinos.</p><p>Esses precursores vão ser convertidos em outros locais em testosterona e estrógeno.</p><p>São produzidos pela camada mais interna do córtex, a reticular.</p><p>Androstenediona, Dihidroepiandrosterona (DHEA) e DHEAS entram na célula, atravessam a membrana celular e no</p><p>interior da célula são convertidos em outros androgênios.</p><p>O que determina se os androgênios da adrenal (DHEA, DHEAS e androstenediona) vão ser convertidos em testosterona,</p><p>DHT ou Estradiol, é o conjunto de enzimas que a célula alvo apresenta.</p><p>Por exemplo: se a célula não tiver as essas enzimas 5α-redutase e aromatase, haverá conversão para a testosterona;</p><p>Se a célula tiver a enzima 5α-redutase, haverá a conversão para DHT; Se a célula tiver a enzima aromatase, haverá a</p><p>conversão para estradiol.</p><p>Dessa forma em alguns tecidos as ações dos hormônios da adrenal, vão ser mediadas pela ação da testosterona, em</p><p>outros pelo DHT e em outros pelo Estradiol. Exemplo: TESTOSTERONA (SNC, hipófise e Músculo); DHT (Próstata,</p><p>vesícula seminal, Epidídimo e pele) e; ESTRADIOL (hipófise, ossos, mamas e placenta)</p><p>Nos homens há aumento de testosterona na puberdade porque os testículos passam a produzir DHEA também.</p><p>MEDULA DA ADRENAL</p><p>As catecolaminas são um grupo de hormônios e neurotransmissores que controlam o sistema nervoso central e</p><p>autónomo.</p><p>As principais catecolaminas são a dopamina, a epinefrina (adrenalina) e a norepinefrina.</p><p>A medula adrenal tem sua origem de um gânglio simpático, são neurônios pós-ganglionares simpáticas modificados</p><p>(sem axônios).</p><p>Quando o SNA simpático é estimulado, células da medula secretam adrenalina e noradrenalina, diretamente na corrente</p><p>sanguínea.</p><p>A medula adrenal funciona, como uma glândula neuroendócrina, tornando a ação simpática mais espalhada no corpo e</p><p>prolongada.</p><p>A adrenalina se liga a receptores α e β nos tecidos- alvo e seus efeitos são equipotentes ao da noradrenalina.</p><p>-Catecolaminas:</p><p>As catecolaminas são neurotransmissores e hormônios produzidos na medula das glândulas adrenais.</p><p>Desempenham um papel fundamental no sistema nervoso e no sistema endócrino, auxiliando o corpo a lidar com</p><p>situações de estresse e emergência.</p><p>As principais catecolaminas produzidas pelas adrenais são a epinefrina (também conhecida como adrenalina), a</p><p>norepinefrina (noradrenalina) e a dopamina.</p><p>A síntese das catecolaminas, como a Adrenalina, Noradrenalina e Dopamina ocorre nas glândulas suprarrenais e em</p><p>neurônios no sistema nervoso central. A síntese começa com a tirosina, um aminoácido não essencial (síntese no</p><p>organismo e alimentação). A tirosina é produzida a partir de fenilalanina em um processo chamado hidroxilação, que</p><p>ocorre principalmente no fígado.</p><p>A tirosina é convertida em DOPA (também conhecida como di-hidroxifenilalanina) por meio da ação da enzima tirosina</p><p>hidroxilase. Essa etapa ocorre nas células das glândulas suprarrenais e nos neurônios do sistema nervoso central. A</p><p>dopa é posteriormente convertida em dopamina pela ação da enzima dopa descarboxilase. A dopamina é convertida em</p><p>Norepinefrina (noradrenalina) por meio da ação da enzima dopamina- beta-hidroxilase. Em algumas células da medula</p><p>adrenal, a norepinefrina é convertida em epinefrina (adrenalina) pela enzima feniletanolamina-N-metiltransferase.</p><p>A Adrenalina (Epinefrina) e a Noradrenalina (Norepinefrina) são dois neurotransmissores que também servem como</p><p>hormônios e pertencem a uma classe de compostos conhecidos como catecolaminas.</p><p>Liberação: Quando o corpo percebe uma situação de estresse ou perigo, um sinal nervoso é enviado para a medula</p><p>adrenal para liberar as catecolaminas na corrente sanguínea. Isso leva à resposta de "luta ou fuga", aumentando a</p><p>frequência cardíaca, dilatando os brônquios e preparando o corpo para a ação.</p><p>Consequências importantes à secreção desses hormônios:</p><p>Glicogenólise hepática e muscular: corresponde à quebra de glicogênio armazenado no fígado e nos músculos, a fim de</p><p>liberar glicose para o sangue, o que aumenta a disponibilidade energética.</p><p>Aumento da frequência cardíaca: gera maior rapidez na distribuição de nutrientes e gás oxigênio pelo corpo.</p><p>Broncodilatação: é o aumento do diâmetro dos brônquios, que torna maior o fluxo de ar para os pulmões (relacionado à</p><p>elevação da frequência respiratória), aumentando, por consequência, a disponibilidade de gás oxigênio nas células.</p><p>FUNÇÕES REPRODUTORAS E HORMONAIS MASCULINAS</p><p>As funções dos hormônios na fisiologia reprodutora masculina têm como objetivos</p><p>principais: Formação de espermatozoides (espermatogênese); Desenvolvimento de</p><p>caracteres sexuais; Realização do ato sexual masculino. Associados a essas funções</p><p>reprodutoras, os efeitos dos hormônios sexuais masculinos estão em órgãos e glândulas</p><p>sexuais, no metabolismo celular,</p><p>no crescimento e em outras funções do organismo.</p><p>O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos enrolados, cada um com média</p><p>de mais de meio metro de comprimento, nos quais os espermatozoides são formados.</p><p>Os espermatozoides, então, são lançados no epidídimo, que é outro tubo em espiral, de</p><p>cerca de 6 metros de comprimento. O epidídimo conduz ao ducto deferente</p><p>Duas vesículas seminais, localizadas uma em cada lado da próstata, desembocam na</p><p>terminação prostática da ampola. Os conteúdos da ampola e o das vesículas seminais</p><p>passam para o ducto ejaculatório e são conduzidos através do corpo da próstata e, em</p><p>seguida, deságuam na uretra prostática. Os ductos prostáticos recebem o conteúdo da próstata e o conduzem para o</p><p>ducto ejaculatório e daí para a uretra prostática.</p><p>A uretra é o último elo de conexão dos testículos com o exterior. A uretra contém muco derivado de um grande número</p><p>de minúsculas glândulas uretrais, localizadas ao longo de toda a sua extensão, e, em maior quantidade, das glândulas</p><p>bulbouretrais (glândulas de Cowper) localizadas próximas à origem da uretra.</p><p>Espermatogênese</p><p>DURANTE A FORMAÇÃO DO EMBRIÃO: As células germinativas primordiais migram para os testículos e tornam-se</p><p>células germinativas imaturas, chamadas de espermatogônias, que se encontram em duas ou três camadas das</p><p>superfícies internas dos túbulos seminíferos.</p><p>NA PUBERDADE: As espermatogônias começam a sofrer divisões mitóticas, proliferando e diferenciando-se</p><p>constantemente por meio de estágios definidos de desenvolvimento para formar o espermatozoide.</p><p>-A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos, durante a vida sexual ativa (começa aos 13 anos e vai até o</p><p>restante da vida), como resultado da estimulação pelos hormônios gonadotróficos da adeno-hipófise.</p><p>Durante o desenvolvimento embrionário, as células germinativas primordiais migram para os testículos, onde se tornam</p><p>espermatogônias. Na puberdade (geralmente entre 12 e 14 anos), as espermatogônias proliferam rapidamente por</p><p>mitose. Algumas começam a meiose, tornam-se espermatócitos primários e continuam, por meio da divisão meiótica I.</p><p>Posteriormente se tornam espermatócitos secundários. Após a conclusão da divisão meiótica II, os espermatócitos</p><p>secundários produzem espermátides, que se diferenciam para formar espermatozoides.</p><p>Funções da testosterona:</p><p>Em geral, a testosterona é responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino.</p><p>Durante a vida fetal os testículos são estimulados pela gonadotrofina coriônica, proveniente da placenta, a produzir</p><p>quantidades moderadas de testosterona por todo o período de desenvolvimento fetal e por 10 semanas ou mais após o</p><p>nascimento; Depois disso, praticamente nenhuma testosterona é produzida durante a infância, até cerca de 10 a 13</p><p>anos. No início da puberdade, a produção de testosterona aumenta</p><p>rapidamente sob o estímulo dos hormônios gonadotróficos da adeno-</p><p>hipófise, permanecendo assim pela maior parte do resto da vida,</p><p>diminuindo rapidamente após os 50 a 60 anos.</p><p>Secreção, metabolismo e estrutura química dos hormônios sexuais</p><p>masculinos</p><p>As células de Leydig:</p><p>No recém-nascido do sexo masculino nos primeiros meses de vida são</p><p>numerosas. Durante a infância são praticamente inexistentes nos</p><p>testículos, época em que os testículos quase não secretam testosterona.</p><p>No homem adulto após a puberdade; em ambas as épocas, os testículos</p><p>secretam uma grande quantidade de testosterona.</p><p>O hormônio luteinizante (LH), secretado pela adeno-hipófise, estimula as</p><p>células de Leydig a secretarem testosterona.</p><p>A testosterona, secretada pelas células de Leydig (células intersticiais),</p><p>é essencial para o crescimento e para a divisão das células germinativas</p><p>testiculares, primeiro estágio da formação do espermatozoide.</p><p>O hormônio foliculoestimulante (FSH), também secretado pela adeno-</p><p>hipófise, estimula as células de Sertoli que irão formar estrogênios a</p><p>partir da testosterona.</p><p>FSH: Regula a função das Células de Sertoli, garantem suporte, nutrição</p><p>e proteção aos espermatozóides. sem esse estímulo, a conversão das</p><p>espermátides em espermatozoides (o processo de espermatogênese)</p><p>não ocorre.</p><p>Estrogênios: Conversão das espermátides em espermatozoides</p><p>O hormônio de crescimento (GH) também controla as funções</p><p>metabólicas basais dos testículos. Especificamente promove a divisão</p><p>precoce das espermatogônias. Em sua ausência, como no caso dos</p><p>anões hipofisários, a espermatogênese é gravemente deficiente ou</p><p>ausente, causando, portanto, infertilidade.</p><p>A causa do efeito de feedback negativo:</p><p>Testosterona tem efeito sobre o hipotálamo e a adeno- hipófise,</p><p>controlando a secreção de LH e FSH.</p><p>Inibina produzido pelas células de Sertoli, tem um forte efeito direto na</p><p>adeno-hipófise para inibir a secreção de FSH.</p><p>Os mecanismos</p><p>hormonais envolvendo o</p><p>sistema reprodutivo masculino envolvem o hipotálamo, a hipófise e os</p><p>testículos.</p><p>1, 2 e 3: O Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) => Sistema</p><p>porta-hipofisário => Porção anterior da hipófise => Hormônios de</p><p>gonadotrofinas => Células de Leydig e de Sertoli</p><p>3 e 4: O FSH se liga às células de sustentação dos túbulos seminíferos</p><p>(Células de Sertoli), promove o desenvolvimento dos espermatozoides</p><p>ao auxiliar a conversão de testosterona em estrogênio.</p><p>5: A testosterona também retroalimenta negativamente a produção de</p><p>LH, seja na forma de testosterona seja na forma de seus metabólitos,</p><p>Dihidroxitestosterona (DHT) e 17β-estradiol. Esses três hormônios,</p><p>além de inibir a expressão do receptor de LH nas células de Leydig,</p><p>também suprimem a produção de GnRH no hipotálamo e do receptor de</p><p>GnRH na hipófise.</p><p>6: Além disso, a testosterona, ao se ligar na célula de Sertoli, estimula a</p><p>síntese do hormônio Inibina, que retroalimenta negativamente a</p><p>produção de FSH.</p><p>O aumento excessivo de testosterona pode causar infertilidade</p><p>masculina devido a vários fatores:</p><p>Redução da Produção de Espermatozoides: Quando os níveis de</p><p>testosterona estão muito altos, o corpo pode reduzir a produção de</p><p>espermatozoides. Isso ocorre porque a testosterona em excesso pode</p><p>inibir a produção de hormônios como o FSH (hormônio folículo-estimulante), que é crucial para a espermatogênese.</p><p>Uso de Anabolizantes: O uso de esteroides anabolizantes, que são derivados sintéticos da testosterona, pode levar a</p><p>uma redução na produção natural de testosterona pelos testículos, resultando em menor produção de espermatozoides</p><p>e, consequentemente, infertilidade.</p><p>Feedback Negativo: O corpo regula a produção de hormônios através de um mecanismo de feedback negativo. Quando</p><p>há excesso de testosterona, o corpo pode reduzir a produção de hormônios que estimulam a produção de</p><p>espermatozoides, como o LH (hormônio luteinizante).</p><p>Fisiologia do espermatozoide maduro.</p><p>Os espermatozoides normais, móveis e férteis são capazes de apresentar movimentos flagelares em meio líquido, com</p><p>velocidade de 1 a 4 mm/min.</p><p>A atividade do espermatozoide é bastante aumentada em um meio neutro ou ligeiramente alcalino, como o existente no</p><p>sêmen ejaculado. A atividade do espermatozoide aumenta muito com a elevação da temperatura, mas isso também</p><p>aumenta sua atividade metabólica, fazendo com que a sua vida seja consideravelmente encurtada.</p><p>A atividade do espermatozoide é muito diminuída em um meio ligeiramente ácido. Um meio fortemente ácido pode</p><p>causar a morte rápida do espermatozoide.</p><p>Embora o espermatozoide possa viver por muitas semanas no estado reprimido nos ductos genitais dos testículos, a</p><p>expectativa de vida do espermatozoide ejaculado, no trato genital feminino, é aproximado de 1 a 2 dias.</p><p>SÊMEN</p><p>O sêmen, que é ejaculado pelo homem durante o ato sexual, é composto por:</p><p>-Líquido do ducto deferente e pelos espermatozoides, também saídos dele (cerca de 10% do total)</p><p>-Líquido das vesículas seminais (quase 60%)</p><p>-Líquido da próstata (cerca de 30%)</p><p>-Pequenas quantidades de líquido das glândulas mucosas, especialmente das glândulas bulbouretrais.</p><p>Assim, a maior parte</p><p>do sêmen é composta pelo líquido da vesícula seminal, que é o último a ser ejaculado e serve para</p><p>arrastar os espermatozoides pelo ducto ejaculatório e pela uretra.</p><p>Secreção de androgênios em outras partes do corpo.</p><p>O termo androgênio significa qualquer hormônio esteroide que tenha efeitos masculinizantes, incluindo a testosterona;</p><p>também inclui hormônios sexuais masculinos produzidos em outros locais do corpo, além dos testículos. Por exemplo,</p><p>as glândulas adrenais secretam, pelo menos, cinco androgênios, embora a masculinização total desses androgênios</p><p>seja normalmente tão baixa (< 5% do total no homem adulto) que mesmo na mulher eles não geram características</p><p>masculinas significativas, exceto a indução do crescimento de pelos pubianos e das axilas.</p><p>A testosterona que não se fixa nos tecidos é rapidamente convertida (principalmente pelo fígado) em androsterona e</p><p>deidroepiandrosterona (DHEA) e, simultaneamente, conjugada como glicuronídeos ou sulfatos. Essas substâncias são</p><p>excretadas no intestino, por meio da bile, ou na urina, pelos rins.</p><p>Metabolismo da testosterona:</p><p>Após a secreção pelos testículos cerca de 97% da testosterona ligam-se fracamente à albumina plasmática ou mais</p><p>fortemente a uma betaglobulina chamada de globulina de ligação a hormônios sexuais e, assim, circula no sangue por</p><p>30 minutos a vários horas</p><p>Nesse momento, a testosterona é transferida aos tecidos ou é degradada em produtos inativos que são posteriormente</p><p>excretados.</p><p>Além da testosterona, pequenas quantidades de estrogênios são formados no homem (cerca de um quinto da quantidade</p><p>encontrada na mulher não grávida), e uma quantidade razoável de estrogênios pode ser recuperada da urina do homem.</p><p>A fonte exata de estrogênios no homem ainda não está clara, mas as seguintes informações são conhecidas:</p><p>1.A concentração de estrogênios no líquido dos túbulos seminíferos é bastante alta e, provavelmente, desempenha um</p><p>importante papel na espermatogênese. Acredita-se que esse estrogênio seja formado pelas células de Sertoli por meio</p><p>da conversão de testosterona em estradiol.</p><p>2.Quantidades muito maiores de estrogênio são formadas a partir de testosterona e da androstenediona em outros</p><p>tecidos do corpo, especialmente no fígado, provavelmente respondendo por mais de 80% da produção total de</p><p>estrogênio no homem.</p><p>Funções da testosterona durante o desenvolvimento fetal</p><p>Uma das principais diferenças funcionais entre os cromossomos sexuais masculinos e femininos é que o cromossomo</p><p>masculino tem o gene da região determinante do sexo no Y (gene SRY) que codifica uma proteína chamada de fator</p><p>determinante testicular (também chamada de proteína TDF). A TDF inicia uma cascata de ativações genéticas que faz</p><p>com que as células do tubérculo (crista) genital se diferenciem em células que secretam testosterona e, eventualmente,</p><p>formam os testículos. Enquanto o cromossomo feminino faz com que essa crista se diferencie em células que secretam</p><p>estrogênios. A testosterona começa a ser elaborada pelos testículos fetais masculinos por volta da sétima semana de</p><p>vida embrionária (estimulado pela gonadotrofina coriônica humana - hCG)</p><p>Efeito da testosterona no desenvolvimento dos caracteres sexuais primários e secundários</p><p>Após a puberdade, quantidades crescentes de secreção de testosterona fazem com que o pênis, o saco escrotal e os</p><p>testículos aumentem cerca de oito vezes antes dos 20 anos.</p><p>Desenvolvimento das características sexuais secundárias, começando na puberdade e terminando na maturidade, além</p><p>de diferenciar os próprios órgãos sexuais, distinguem o sexo masculino do sexo feminino, da seguinte forma:</p><p>-Efeito da testosterona na distribuição dos pelos corporais.</p><p>-Calvície masculina. A testosterona reduz o crescimento de cabelo no topo da cabeça; um homem que não tem testículos</p><p>funcionais não fica calvo. Contudo, muitos homens viris nunca ficam calvos porque a calvície é resultado de herança</p><p>genética e hormonais.</p><p>-Efeito da testosterona na voz.</p><p>-A testosterona aumenta a espessura da pele e pode contribuir para o desenvolvimento da acne.</p><p>-Aumenta também a secreção de algumas, ou talvez de todas as glândulas sebáceas do corpo.</p><p>-A testosterona aumenta a síntese proteica e o desenvolvimento muscular.</p><p>-A testosterona aumenta a matriz óssea e causa a retenção de cálcio.</p><p>-A testosterona tem um efeito específico na pelve para:</p><p>(1) estreitar a passagem pélvica</p><p>(2) alongá-la</p><p>(3) dar-lhe uma forma afunilada, em vez da forma larga e ovoide da pelve feminina</p><p>(4) aumentar muito a força de toda a pelve para suportar pesos.</p><p>Na ausência da testosterona, a pelve masculina se desenvolve de forma semelhante à feminina.</p><p>-Por causa do grande efeito da testosterona e de outros androgênios na musculatura do corpo, androgênios sintéticos</p><p>têm sido amplamente utilizados por atletas para melhorar seu desempenho muscular. Essa prática tem sido severamente</p><p>desaprovada, por causa dos efeitos prejudiciais prolongados do excesso de androgênios, em relação à fisiologia do</p><p>esporte. A testosterona ou os androgênios sintéticos também são, ocasionalmente, usados na velhice como um</p><p>“hormônio da juventude” para aumentar a força e o vigor muscular, mas com resultados questionáveis. Alguns estudos</p><p>sugerem que a terapia de reposição da testosterona em homens idosos possa aumentar o risco de eventos</p><p>cardiovasculares adversos.</p><p>-Quando grandes quantidades de testosterona (ou de qualquer outro androgênio) são secretadas de forma anormal na</p><p>criança em desenvolvimento, o crescimento ósseo aumenta acentuadamente, provocando um aumento abrupto na altura</p><p>total do corpo. No entanto, a testosterona também faz com que as epífises dos ossos longos se unam às hastes dos</p><p>ossos em uma idade precoce. Portanto, apesar da rapidez do crescimento, essa união inicial das epífises impede a</p><p>pessoa de crescer até a altura que teria caso a testosterona não tivesse sido secretada. Mesmo em homens normais, a</p><p>altura final do adulto é ligeiramente menor do que a que ocorre em homens castrados antes da puberdade.</p><p>-A testosterona aumenta a taxa metabólica basal. A injeção de grandes quantidades de testosterona pode aumentar o</p><p>metabolismo basal em até 15%. O metabolismo elevado é, possivelmente, resultado indireto do efeito da testosterona</p><p>no anabolismo proteico, aumentando a quantidade de proteínas – especialmente as enzimas –, incrementando, assim,</p><p>as atividades de todas as células.</p><p>-A testosterona aumenta a produção de hemácias. Quando quantidades normais de testosterona são injetadas em um</p><p>adulto castrado, o número de hemácias por milímetro cúbico de sangue aumenta de 15 a 20%. Além disso, o homem</p><p>médio tem cerca de 700 mil hemácias por milímetro cúbico a mais do que a mulher média.</p><p>-A testosterona estimula a produção de proteínas praticamente em todo o corpo. Embora, mais especificamente, afete</p><p>as proteínas nos órgãos ou tecidos-alvo, responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais masculinas</p><p>primárias e secundárias.</p><p>-Efeito da testosterona no equilíbrio eletrolítico e hídrico. Muitos hormônios esteroides aumentam a reabsorção de sódio</p><p>nos túbulos distais renais. A testosterona também tem esse efeito, mas apenas em menor grau, quando comparada aos</p><p>mineralocorticoides adrenais. No entanto, após a puberdade, os volumes de sangue e de líquido extracelular do homem</p><p>aumentam de 5 a 10% em relação ao peso corporal.</p><p>FISIOLOGIA FEMININA E OS HORMONIOS FEMININOS</p><p>As funções reprodutivas femininas podem ser divididas em duas fases principais:</p><p>(1) preparação do corpo da mulher para a concepção e a gravidez, com a formação dos ovócitos, desenvolvimento de</p><p>caracteres sexuais e realização do ato sexual feminino.</p><p>(2) o período de gravidez em si.</p><p>O sistema hormonal feminino, assim como o masculino, consiste em três hierarquias de hormônios, do seguinte modo:</p><p>1.Um hormônio de liberação hipotalâmica (LHRH ou GnRH).</p><p>2.Os hormônios sexuais da adeno-hipófise, o hormônio foliculoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH).</p><p>3.Os hormônios</p><p>ovarianos – estrogênio e progesterona – que são secretados pelos ovários em resposta ao LH e FSH</p><p>Hormônios gonadotróficos e seus efeitos nos ovários.</p><p>As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem completamente dos hormônios gonadotróficos</p><p>FSH e LH, que são secretados pela adeno-hipófise.</p><p>Na ausência desses hormônios, os ovários permanecem inativos, como ocorre durante toda a infância, quando quase</p><p>nenhum hormônio gonadotrófico é secretado. Entre os 9 e os 12 anos, a hipófise começa a secretar progressivamente</p><p>mais FSH e LH, levando ao início de ciclos sexuais mensais normais, que começam entre 11 e 15 anos.</p><p>Esse período de mudança é chamado de puberdade, e o primeiro ciclo menstrual é chamado de menarca.</p><p>Durante cada mês do ciclo sexual feminino, ocorre aumento e diminuição cíclicos de FSH e LH. Essas variações cíclicas</p><p>causam alterações ovarianas cíclicas.</p><p>FSH: Estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos</p><p>LH: Responsável pelo rompimento do folículo maduro (ovulação) e pela formação do corpo lúteo ou corpo amarelo.</p><p>Ciclo menstrual: Ciclo irregulares com aproximadamente 28 dias. Os fenômenos que acontecem nos ciclos são sempre</p><p>os mesmos por mais que a ocorrência seja temporalmente diferentes. O primeiro dia do ciclo menstrual equivale ao</p><p>primeiro dia de menstruação. Que nada mais é do que a descamação do endométrio que se espessou durante o ciclo</p><p>anterior, caracterizado pelo sangramento.</p><p>Os hormônios gonadotróficos e ovarianos são secretados em intensidades drasticamente distintas durante as diferentes</p><p>partes do ciclo sexual feminino mensal. O estradiol é um tipo de estrógeno cujas concentrações no corpo variam</p><p>conforme o período menstrual em mulheres</p><p>A partir do primeiro dia do ciclo menstrual os hormônios gonadotróficos são liberados da Adeno – hipófise.</p><p>O FSH que é chamado de hormônio folículo estimulante e como o próprio nome já diz tem a função de estimular o</p><p>desenvolvimento dos folículos do ovário O folículo se desenvolve pelo aumento do número de células foliculares, que</p><p>são as células que ficam em volta do ovócito que vai ser liberado durante a ovulação. Também estimula a migração</p><p>desse folículo para a periferia do ovário, preparando esse folículo para liberar o ovócito que está dentro dele.</p><p>A medida que o folículo se desenvolve acontece a liberação pelo ovário de estrogênio. O estrogênio é responsável por</p><p>iniciar o espessamento do endométrio pela proliferação de glândulas e capilares sanguíneos</p><p>O estrogênio faz um “feedback” negativo com o FSH. A medida que o folículo se desenvolve mais, mais estrogênio são</p><p>liberados e o aumento de estrogênio impede a liberação de FSH.</p><p>Quando o folículo está muito maduro acontece um pico de estrogênio. E esse pico induz a um pico LH. O pico de LH,</p><p>induz ao processo de ovulação (libera o ovócito).</p><p>Até então o que aconteceu foi a meiose I que passa o ovócito primário para ovócito secundário. Esse ovulo só vai ser</p><p>formado se ocorrer a fecundação, então a segunda divisão meiótica vai ser estimulada.</p><p>O pico do LH e de FSH é contrário à produção do Estrogênio que no momento da ovulação está em baixa concentração</p><p>O Pico de LH que é acompanhado de um pico de FSH induziu a ovulação. O ovócito secundário é liberado, formando</p><p>um corpo cicatricial, ou um corpo lúteo, corpo amarelo.</p><p>O corpo lúteo vai secretar Progesterona e</p><p>Estrogênio que irão induzir o continuo</p><p>espessamento do endométrio, também</p><p>pela proliferação de glândulas e capilares,</p><p>mais associado principalmente pela ação da</p><p>progesterona, que permite uma possível</p><p>fixação do embrião caso haja fecundação.</p><p>Enquanto o corpo lúteo se mantiver vivo,</p><p>Estrogênio e Progesterona serão liberados,</p><p>e o espessamento do endométrio se</p><p>mantém. Caso não haja fecundação não</p><p>existe nenhum estímulo que mantém o corpo</p><p>lúteo ativo. E a tendência natural é que</p><p>essas células foliculares do corpo lúteo</p><p>morram. E a medida que o corpo lúteo</p><p>degenera as taxas de Estrogênio e</p><p>Progesterona diminuem. E ao fim do ciclo</p><p>com a baixa desses hormônios é iniciado um</p><p>novo ciclo com a descamação do endométrio</p><p>já que não existe hormônio para mantê-lo</p><p>espesso.</p><p>Se o ovócito é fecundado, o corpo lúteo</p><p>aumenta de tamanho e forma o corpo lúteo</p><p>gravídico, aumentando sua produção</p><p>hormonal. A degeneração do corpo lúteo é</p><p>impedida pela gonadotrofina coriônica</p><p>humana (hCG).</p><p>Gonadotrofina coriônica humana é um</p><p>hormônio conhecido por seu papel durante a gravidez. O HCG é produzido pela placenta logo após a concepção e</p><p>desempenha um papel fundamental na manutenção da gravidez. Ele é detectado em testes de gravidez e é usado como</p><p>indicador de uma gravidez em curso.</p><p>Resumo do ciclo</p><p>Aproximadamente a cada 28 dias um folículo torna-se completamente maduro e ovula no 14o dia do ciclo. Durante o</p><p>crescimento dos folículos, é secretado, principalmente, o estrogênio. Após a ovulação, as células secretoras dos</p><p>folículos residuais se desenvolvem em um corpo-lúteo que secreta os hormônios femininos: estrogênio e progesterona.</p><p>Depois de outras 2 semanas, o corpo-lúteo degenera-se, quando, então, os hormônios ovarianos, estrogênio e</p><p>progesterona, diminuem bastante, iniciando a menstruação.</p><p>No ovário o ciclo menstrual é dividido em duas fases:</p><p>-Fase estrogênica é quando o folículo está liberando estrogênio</p><p>-Fase progesterônica depois da ovulação quando o corpo lúteo está liberando progesterona e estrogênio</p><p>No útero o ciclo menstrual é dividido em três fases:</p><p>-Fase menstrual: Hormônios em baixa e aumento de FSH. Dura em torno de 5 dias</p><p>-Fase proliferativa, acontece a proliferação de glândulas e capilares sanguíneos por estímulo do estrogênio. Dura em</p><p>torno de 9 dias -Fase proliferativa</p><p>-Fase lútea, a proliferação continua mas acontece a secreção de progesterona. Dura em torno de 14 dias</p><p>Pode-se dizer que com duração média de 5 dias, a menstruação ocorre quando a taxa de todos os hormônios sexuais</p><p>torna-se baixa no sangue da mulher.</p><p>Apenas um folículo amadurece totalmente a cada mês, e o restante sofre atresia. Após 1 semana ou mais de</p><p>crescimento, mas antes de ocorrer a ovulação, um dos folículos começa a crescer mais do que os outros, e os outros 5</p><p>a 11 folículos em desenvolvimento involuem (processo denominado atresia). A causa da atresia não é clara, mas foi</p><p>sugerido o seguinte:</p><p>-as grandes quantidades de estrogênio do folículo em crescimento mais rápido agem no hipotálamo, deprimindo a</p><p>secreção mais intensa de FSH pela adeno- hipófise, bloqueando, dessa forma, o maior crescimento dos folículos menos</p><p>desenvolvidos.</p><p>-Portanto, o folículo maior continua a crescer por causa de seus efeitos de feedback positivo intrínsecos, enquanto todos</p><p>os outros folículos param de crescer, e, efetivamente, involuem.</p><p>Efeitos de feedback negativo do estrogênio e da progesterona na diminuição da secreção de lh e fsh</p><p>Em pequenas quantidades, o estrogênio tem forte efeito de inibir a produção de LH e FSH. Além disso, quando existe</p><p>progesterona disponível, o efeito inibidor do estrogênio é multiplicado, mesmo que a progesterona, por si só, tenha pouco</p><p>efeito.</p><p>Esses efeitos de feedback parecem operar principalmente na adeno-hipófise de modo direto, mas também operam em</p><p>menor extensão no hipotálamo, diminuindo a secreção de LHRH, especialmente alterando a frequência dos pulsos de</p><p>LHRH.</p><p>A inibina do corpo-lúteo inibe a secreção de FSH e LH. Além dos efeitos de feedback do estrogênio e da progesterona,</p><p>outros hormônios estão envolvidos, especialmente a inibina, que é secretada em conjunto com os hormônios esteroides</p><p>sexuais pelas células da granulosa do corpo-lúteo ovariano, da mesma forma que as células de Sertoli secretam inibina</p><p>nos testículos. Esse hormônio tem o mesmo efeito na mulher e no homem – isto é, inibe a secreção de FSH e, em menor</p><p>grau, de LH pela adeno-hipófise.</p><p>FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS OVARIANOS | ESTRADIOL E PROGESTERONA</p><p>ESTROGÊNIOS: Os estrogênios promovem, principalmente, a proliferação e o crescimento de células específicas no</p><p>corpo, responsáveis</p><p>pelo desenvolvimento da maioria das atividades sexuais secundárias das mulheres. O mais</p><p>importante é o estradiol.</p><p>Na mulher não grávida normal, os estrogênios são secretados em quantidades significativas apenas pelos ovários,</p><p>embora pequenas quantidades também sejam secretadas pelos córtices adrenais.</p><p>Apenas três estrogênios estão presentes, em quantidades significativas, no plasma feminino: β-estradiol (E2), Estrona</p><p>(E1) e Estriol (E3).</p><p>O principal estrogênio secretado pelos ovários é o β-estradiol. Pequenas quantidades de estrona também são</p><p>secretadas, mas grande parte é formada nos tecidos periféricos de androgênios secretados pelos córtices adrenais e</p><p>pelas células ovarianas.</p><p>O estriol é um estrogênio fraco; é um produto oxidativo, derivado do estradiol e da estrona, e sua conversão se dá,</p><p>principalmente, no fígado.</p><p>A potência estrogênica do β-estradiol é 12 vezes maior que a da estrona e 80 vezes maior que a do estriol. Considerando</p><p>essas potências relativas, pode-se ver que o efeito estrogênico total do β-estradiol é, geralmente, muitas vezes maior</p><p>do que o dos outros dois juntos. Por esse motivo, o β-estradiol é considerado o estrogênio principal, embora os efeitos</p><p>estrogênicos da estrona não sejam desprezíveis.</p><p>Durante a infância, os estrogênios são secretados apenas em quantidades mínimas, mas, na puberdade, a quantidade</p><p>secretada na mulher sob a influência dos hormônios gonadotróficos hipofisários aumenta em 20 vezes ou mais.</p><p>Nesse momento, os órgãos sexuais femininos mudam dos de uma criança para os de adulto. Os ovários, as tubas</p><p>uterinas, o útero e a vagina aumentam várias vezes de tamanho. Além disso, a genitália externa aumenta, com deposição</p><p>de gordura no monte pubiano e nos grandes lábios, além do aumento dos pequenos lábios.</p><p>Além disso, os estrogênios alteram o epitélio vaginal do tipo cuboide para o tipo estratificado, considerado mais resistente</p><p>a traumatismos e infecções do que o epitélio das células cuboidais pré-púberes. Infecções vaginais em crianças quase</p><p>sempre podem ser curadas pela administração de estrogênios, simplesmente por causa da maior resistência do epitélio</p><p>vaginal resultante.</p><p>Durante os primeiros anos da puberdade, o tamanho do útero aumenta de duas a três vezes, porém, mais importantes</p><p>do que o aumento no tamanho do útero são as alterações que ocorrem no endométrio uterino, sob a influência de</p><p>estrogênios. Eles causam proliferação acentuada do estroma endometrial e grande desenvolvimento das glândulas</p><p>endometriais, que mais tarde ajudarão no fornecimento de nutrição ao óvulo implantado.</p><p>Os efeitos dos estrogênios no revestimento da mucosa das tubas uterinas são semelhantes aos seus efeitos no</p><p>endométrio uterino. Os estrogênios fazem com que os tecidos glandulares desse revestimento proliferem e,</p><p>especialmente importante, aumentam o número de células epiteliais ciliadas que revestem as tubas uterinas. Além disso,</p><p>a atividade dos cílios é consideravelmente aumentada. Esses cílios sempre batem na direção do útero, ajudando a</p><p>impulsionar o óvulo fertilizado nessa direção.</p><p>Efeito dos estrogênios nas mamas. As mamas primordiais de mulheres e homens são exatamente iguais. De fato, sob</p><p>a influência de hormônios apropriados, a mama masculina, durante as primeiras 2 décadas de vida, pode se desenvolver</p><p>suficientemente para produzir leite da mesma maneira que a feminina.</p><p>Os estrogênios causam (1) desenvolvimento dos tecidos do estroma mamário, (2) crescimento de um extenso sistema</p><p>de ductos e (3) depósito de gordura nas mamas. Os lóbulos e alvéolos das mamas se desenvolvem até certo ponto sob</p><p>a influência apenas dos estrogênios, mas é a progesterona e a prolactina que, em última análise, determinam o</p><p>crescimento e a função final dessas estruturas.</p><p>Em resumo, os estrogênios iniciam o crescimento das mamas e do aparato produtor de leite. Eles são também</p><p>responsáveis pelo crescimento e pela aparência externa característica da mama feminina adulta. No entanto, não</p><p>completam a tarefa de converter a mama em órgãos produtores de leite. Efeito dos estrogênios no esqueleto. Os</p><p>estrogênios inibem a atividade osteoclástica nos ossos e, portanto, estimulam o crescimento ósseo.</p><p>Na puberdade, quando a mulher entra em seus anos reprodutivos, seu crescimento em altura torna-se rápido por vários</p><p>anos. No entanto, os estrogênios também causam a união das epífises com as hastes dos ossos longos. Esse efeito do</p><p>estrogênio na mulher é muito mais forte do que o efeito semelhante da testosterona no homem. Como resultado, o</p><p>crescimento da mulher geralmente cessa vários anos antes do crescimento do homem. Uma mulher eunucoide, que é</p><p>desprovida da produção de estrogênio, geralmente cresce vários centímetros a mais do que a mulher normal madura,</p><p>porque suas epífises não se uniram no tempo normal.</p><p>Funções do Estrogênio:</p><p>• Provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam</p><p>• O púbis se cobrir de pelos</p><p>• Os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovoide</p><p>• Concentração de tecido adiposo, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo.</p><p>• Desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos glandulares.</p><p>• Estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea.</p><p>• Efeitos importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual.</p><p>PROGESTÁGENOS: Os progestágenos atuam, basicamente, preparando o útero para a gravidez e as mamas para a</p><p>lactação. O mais importante é a progesterona</p><p>Sem duvidas, o progestágeno mais importante é a progesterona. No entanto, pequenas quantidades de outro</p><p>progestágeno, a 17α-hidroxiprogesterona, são secretadas junto com a progesterona e têm, essencialmente, os mesmos</p><p>efeitos. Contudo, para fins práticos, a progesterona é geralmente considerada como o progestágeno mais importante.</p><p>Em mulheres não grávidas, a progesterona é geralmente secretada em quantidades significativas apenas durante a</p><p>última metade de cada ciclo ovariano, pelo corpo-lúteo.</p><p>A progesterona promove alterações secretórias no útero. Uma das principais funções da progesterona é promover</p><p>mudanças secretoras no endométrio uterino durante a última metade do ciclo sexual feminino mensal, preparando o</p><p>útero para a implantação do óvulo fertilizado.</p><p>Além desse efeito no endométrio, a progesterona diminui a frequência e a intensidade das contrações uterinas, ajudando,</p><p>assim, a impedir a expulsão do óvulo implantado.</p><p>A progesterona promove a secreção pelas tubas uterinas. A progesterona também promove o aumento da secreção</p><p>pelo revestimento da mucosa das tubas uterinas. Essas secreções são necessárias para a nutrição do óvulo fertilizado,</p><p>em divisão, à medida que atravessa a tuba uterina antes da implantação.</p><p>A progesterona promove o desenvolvimento das mamas. A progesterona promove o desenvolvimento dos lóbulos e</p><p>alvéolos das mamas, fazendo com que as células alveolares proliferem, aumentem e adquiram natureza secretora.</p><p>Entretanto, a progesterona não faz com que os alvéolos secretem leite; o leite só é secretado depois que a mama</p><p>preparada é adicionalmente estimulada pela prolactina da adeno-hipófise.</p><p>A progesterona também faz com que as mamas inchem. Parte desse inchaço deve-se ao desenvolvimento secretor nos</p><p>lóbulos e alvéolos, mas, em parte, resulta também do aumento de líquido no tecido.</p><p>Funções da Progesterona:</p><p>Principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a</p><p>secreção láctea (pró - gestação).</p><p>Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células que</p><p>revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente</p><p>invadido por vasos sanguíneos. Inibe as contrações do útero e impede a expulsão do embrião que se está implantando</p><p>ou do feto em desenvolvimento.</p><p>MENOPAUSA</p><p>Entre 40 e 50 anos de idade, o ciclo sexual geralmente</p><p>torna-se irregular, e a ovulação frequentemente não ocorre.</p><p>Depois de alguns meses a alguns anos, o ciclo cessa completamente, como mostrado na Figura 82.13. O período</p><p>durante o qual o ciclo cessa e os hormônios sexuais femininos caem para quase zero é denominado menopausa.</p><p>A causa da menopausa é o “esgotamento” dos ovários. Ao longo da vida reprodutiva da mulher, cerca de 400 dos</p><p>folículos primordiais crescem em folículos maduros e ovulam, e centenas de milhares de óvulos se degeneram.</p><p>Por volta dos 45 anos, apenas alguns folículos primordiais permanecem estimulados por FSH e LH, e, a produção de</p><p>estrogênios pelos ovários diminui à medida que o número de folículos primordiais se aproxima de zero. Quando a</p><p>produção de estrogênio cai abaixo de um valor crítico, os estrogênios não conseguem mais inibir a produção de FSH e</p><p>LH. Em vez disso, as gonadotrofinas FSH e LH (principalmente FSH) são produzidas após a menopausa em quantidades</p><p>elevadas e contínuas, mas, como os folículos primordiais remanescentes tornam-se atrésicos, a produção de</p><p>estrogênios pelos ovários cai quase a zero. Na época da menopausa (período denominado climatério), a mulher precisa</p><p>reajustar sua vida de uma pessoa que era fisiologicamente estimulada pela produção de estrogênio e progesterona para</p><p>uma pessoa sem esses hormônios. A perda de estrogênios costuma causar mudanças fisiológicas marcantes no corpo,</p><p>incluindo: “fogachos”, caracterizados por rubor extremo da pele, sensações psíquicas de dispneia, irritabilidade, fadiga,</p><p>ansiedade, diminuição da resistência e da calcificação dos ossos por todo o corpo. Esses sintomas são de magnitude</p><p>considerável em apenas 15% das mulheres para justificar o tratamento. A administração diária de estrogênio, em</p><p>pequenas quantidades, geralmente reverte os sintomas, e, diminuindo-se gradualmente a dose, é provável que as</p><p>mulheres na pós-menopausa evitem sintomas graves.</p><p>O QUE DIZEM OS ESTUDOS SOBRE O TRATAMENTO DA MENOPAUSA</p><p>Grandes ensaios clínicos têm fornecido evidências de que a administração de estrogênio após a menopausa, embora</p><p>melhore muitos dos sintomas da menopausa, aumenta o risco de doença cardiovascular.</p><p>Como resultado, a terapia de reposição hormonal com estrogênio já não é prescrita de forma rotineira para mulheres na</p><p>pós-menopausa.</p><p>Alguns estudos, no entanto, sugerem que a terapia com estrogênio possa realmente reduzir o risco de doença</p><p>cardiovascular se ela for iniciada precocemente, nos primeiros anos após a menopausa.</p><p>Portanto, atualmente é recomendado que as mulheres na pós-menopausa que desejam receber terapia de reposição</p><p>hormonal discutam com seus médicos se os benefícios superam os riscos.</p><p>ATO SEXUAL FEMININO</p><p>Estimulação do ato sexual feminino. Assim como ocorre no ato sexual masculino, o desempenho bem-sucedido do ato</p><p>sexual feminino depende tanto de estimulação psíquica e da concentração de hormônios.</p><p>O libido é alterado durante o ciclo sexual mensal, atingindo seu pico próximo ao momento da ovulação, provavelmente</p><p>por causa dos níveis elevados de secreção de estrogênio durante o período pré-ovulatório.</p><p>Exemplos: Testosterona, Estrogênios, Progesterona, Cortisol</p><p>Os hormônios esteroides têm estrutura química muito semelhante à do colesterol e, na maioria dos casos, são</p><p>sintetizados a partir do próprio colesterol.</p><p>Hormônios esteroides consistem em três aneis de ciclo-hexila e um anel ciclopentila combinados em uma única estrutura.</p><p>Há pouco armazenamento de hormônio nas células endócrinas produtoras de esteroides. Porém grandes depósitos de</p><p>ésteres de colesterol em vacúolos no citoplasma podem ser rapidamente mobilizados para a síntese de esteroides após</p><p>o estímulo.</p><p>Nas células produtoras de esteroides uma parte do colesterol vem do plasma e a outra vem da síntese de novo do</p><p>colesterol.</p><p>Como os esteroides são altamente lipossolúveis, uma vez sintetizados, eles simplesmente podem: se difundir através</p><p>da membrana celular, entrar no líquido intersticial e, depois no sangue. Eles não ficam armazenados em grânulos</p><p>secretórios.</p><p>Os hormônios esteroides atuam principalmente em receptores intracelulares. Eles não são muito solúveis no plasma,</p><p>por isso suas moléculas estão ligadas a proteínas carreadoras (globulina e albumina). O complexo carreador esteroide</p><p>permanece fora da célula porque as proteínas carreadoras são lipofóbicas, ou seja, não podem se difundir através da</p><p>membrana. Apenas as moléculas de hormônios que não estão ligadas a proteínas carreadoras, podem se difundir para</p><p>o interior da célula-alvo.</p><p>A medida que hormônios não ligados deixa o sangue e entram na célula, mais carreadores liberam hormônios esteroides</p><p>de modo que sempre haverá uma quantidade de hormônios não ligantes prontos para entrar nas células.</p><p>O complexo hormônio-receptor, chega no núcleo, onde age como um fator de transcrição e se liga ao DNA ativando ou</p><p>reprimindo um ou mais genes. Os genes ativados geram um novo RNAm que determina a síntese de novas proteínas.</p><p>-Secretados:Pelo córtex adrenal (cortisol e aldosterona)</p><p>Pelos ovários (estrogênio e progesterona)</p><p>Pela placenta (estrogênio e progesterona)</p><p>Pelos testículos (testosterona)</p><p>3. Amínicos</p><p>São derivados de um único aminoácido: TIROSINA. Secretados pela tireoide e pela medula adrenal. Hidrofílicas ou</p><p>lipossolúveis.</p><p>Catecolamina: são mais semelhantes ao peptídicos e são solúveis em água.</p><p>Adrenalina, Noradrenalina e Dopamina</p><p>Hormônios da tireóide: são mais semelhantes aos esteroides e são solúveis em lipídeos.</p><p>T3 (tri-iodotirosina) e T4 (tiroxina)</p><p>Apesar de terem o mesmo precursor, são bem diferentes entre si.</p><p>A síntese, armazenamento ou mecanismo de ação desses hormônios são bem parecidos com os hormônios peptídeos</p><p>ou esteroides. As catecolaminas são absorvidas em vesículas pré-formadas e armazenadas até serem secretadas por</p><p>exocitose. Uma vez que as catecolaminas entrem na circulação, elas podem existir no plasma na forma livre ou em</p><p>conjugação com outras substâncias.</p><p>Transporte de Hormônios no Sangue</p><p>- Hormônios hidrossolúveis:</p><p>Os hormônios hidrossolúveis se solubilizam no plasma e são transportados de forma livre, ou seja, sem se associar a</p><p>nenhuma proteína plasmática transportadora. Há exceções. Exemplo: alguns hormônios hidrossolúveis como o GH</p><p>podem se ligar a proteínas transportadora especificas presentes na circulação sanguínea.</p><p>- Hormônios lipossolúveis:</p><p>A maioria dos hormônios lipossolúveis se ligam a proteínas plasmáticas transportadoras específicas, pois são bastante</p><p>solúveis nas membras celulares, que é um meio lipídico, mas não muito solúveis no plasma que é um meio aquoso.</p><p>Secreção hormonal após um estímulo</p><p>Alguns hormônios são secretados em segundos após a glândula ser estimulada, e podem desenvolver uma ação</p><p>completa dentro de alguns segundos a minutos. Ex. noradrenalina e adrenalina</p><p>As ações de outros hormônios, podem exigir meses para seu efeito completo. Ex. tiroxina e hormônio do crescimento</p><p>Cada um dos diferentes hormônios tem suas próprias características para início e duração de ação, cada um feito sob</p><p>medida para executar sua função de controle específica.</p><p>Concentração de hormônios no sangue circulante e taxas de secreção hormonal</p><p>As concentrações de hormônios no sangue são muito pequenas, normalmente são dadas em pictogramas ou</p><p>microgramas por mililitro de sangue por dia. Existem mecanismos altamente especializados nos tecidos-alvo, permitindo</p><p>até que pequenas quantidades de hormônios exerçam um potente controle sobre os sistemas fisiológicos.</p><p>Controle por feedback da secreção hormonal</p><p>O feedback negativo impede a hiperatividade dos sistemas hormonais.</p><p>Todos os hormônios são estritamente controlados. Na maioria dos casos, esse controle é exercido por meio de</p><p>mecanismos de feedback negativo e garante um nível adequado da atividade hormonal no tecido-alvo. A variável</p><p>controlada não costuma ser a secreção do hormônio, mas o grau de atividade no tecido-alvo. Portanto, somente quando</p><p>a atividade no tecido-alvo aumenta para um nível apropriado, os sinais de feedback para a glândula endócrina tornam-</p><p>se potentes o suficiente para retardar a síntese e a secreção do hormônio.</p><p>- Picos de secreção hormonal por feedback positivo</p><p>Em alguns casos, ocorre um feedback positivo quando a ação biológica do hormônio causa sua secreção adicional.</p><p>Um exemplo de feedback positivo é o aumento do hormônio luteinizante (LH). O LH secretado, então, age nos ovários</p><p>para estimular a secreção adicional de estrogênio, que, por sua vez, causa mais secreção de LH. Eventualmente, o LH</p><p>atinge a concentração adequada e é, assim, exercido o controle típico por feedback negativo da secreção do hormônio.</p><p>Clearance (eliminação) dos hormônios do sangue</p><p>Dois fatores podem aumentar ou diminuir a concentração de um hormônio no sangue:</p><p>(1) a velocidade de secreção do hormônio no sangue;</p><p>(2) a velocidade de remoção do hormônio do sangue, que é chamada de clearance metabólico e é geralmente expressa</p><p>em termos do número de mililitros de plasma depurado do hormônio por minuto.</p><p>Os hormônios podem ser “destruídos” por diferentes formas, incluindo:</p><p>(1) a destruição metabólica pelos tecidos (por enzimas)</p><p>(2) a excreção na bile pelo fígado</p><p>(3) a excreção na urina pelos rins</p><p>(4) destruição por enzimas do sangue</p><p>A maioria dos hormônios peptídicos e das catecolaminas são geralmente degradados por enzimas no sangue e nos</p><p>tecidos, e rapidamente excretados pelos rins e pelo fígado, permanecendo no sangue por apenas um curto período.</p><p>Os hormônios que se ligam às proteínas plasmáticas são eliminados do sangue com uma intensidade muito mais lenta</p><p>e podem permanecer na circulação por várias horas ou mesmo dias.</p><p>MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMONIOS</p><p>Receptores hormonais e sua ativação</p><p>Os receptores hormonais são proteínas grandes, e cada célula estimulada geralmente tem cerca de 2 mil a 100 mil</p><p>receptores. Cada receptor é geralmente altamente específico para um único hormônio isso determina o tipo de hormônio</p><p>que atuará em um determinado tecido.</p><p>Os diferentes tipos de receptores hormonais estão geralmente localizados:</p><p>1.Na membrana celular. Os receptores de membrana são específicos, principalmente para os hormônios peptídios e as</p><p>catecolaminas.</p><p>2.No citoplasma celular. Os receptores primários para os diferentes hormônios esteroides são encontrados</p><p>principalmente no citoplasma.</p><p>3.No núcleo da célula. Os receptores para os hormônios tireoidianos são encontrados no núcleo e acredita-se que sua</p><p>localização esteja em associação direta com um ou mais dos cromossomos.</p><p>Os receptores para os hormônios lipossolúveis, podem estar presentes no interior das células, seja no citoplasma ou no</p><p>núcleo, pois ele pode atravessar as membranas lipídicas. É um processo mais lento porque precisa alterar processos</p><p>como a transcrição e a tradução.</p><p>Mecanismos de segundo mensageiro para mediar funções hormonais intracelulares</p><p>Uma vez que o AMPc é formado dentro da célula, ele geralmente ativa uma cascata de enzimas, ou seja, a primeira</p><p>enzima é ativada, esta ativa uma 2ª enzima, esta 2ª ativa uma 3ª enzima e assim por diante.</p><p>A importância</p><p>desse mecanismo é que apenas algumas moléculas de adenilciclase ativadas na face interna da</p><p>membrana celular podem fazer com que muito mais moléculas da enzima seguinte sejam ativadas, fazendo com que</p><p>ainda mais moléculas da terceira enzima sejam ativadas, e assim por diante. Desta forma, até a quantidade mais discreta</p><p>de hormônio atuando sobre a superfície celular pode iniciar uma poderosa cascata de ativação para toda a célula.</p><p>Hormônios que usam o mecanismo adenilciclase-AMPc para estimular seus tecidos-alvo: Calcitocina, Catetecolaminas,</p><p>Glucagon, Gonadotrofina coriônica humana, Hormônio adenocorticotrófico, Hormônio foliculoestimulante, Hormônio</p><p>liberador de corticotrofina, Hormônio liberador do hormônio do crescimento, Hormônio luteinizante, Hormônio</p><p>tireoestimulante, Paratormônio, Secretina, Somatostatina e Vasopressina.</p><p>O número e a sensibilidade dos receptores hormonais são regulados.</p><p>As proteínas do receptor costumam ser inativadas ou destruídas durante o curso de sua função, e, outras vezes, são</p><p>reativadas ou fabricadas novas proteínas.</p><p>A regulação negativa dos receptores pode ocorrer como resultado de:</p><p>(1) inativação de algumas das moléculas de receptores;</p><p>(2) inativação de algumas das moléculas de sinalização das proteínas intracelulares;</p><p>(3) sequestro temporário do receptor para o interior da célula, longe do local da ação dos hormônios que interagem com</p><p>os receptores de membrana;</p><p>(4) destruição dos receptores por lisossomos após serem internalizados;</p><p>(5) diminuição da produção dos receptores.</p><p>Em cada caso, a regulação negativa do receptor diminui a capacidade de resposta do tecido-alvo ao hormônio.</p><p>HIPOTÁLAMO E AS GLANDULAS HORMONAIS</p><p>HIPOTÁLAMO</p><p>O hipotálamo é uma estrutura do sistema nervoso localizada na base do</p><p>encéfalo logo abaixo do tálamo. Encontra-se fisicamente associada a</p><p>hipófise, o qual regula a secreção dos hormônios da glândula hipófise</p><p>(modula a atividade endócrina conforme as necessidades do</p><p>organismo). Ele atua como um centro integrador da homeostase,</p><p>regulando processos fisiológicos.</p><p>É dividido em muitos núcleos e conexões, suas conexões incluem o</p><p>sistema límbico, a área pré-frontal, o tronco encefálico, a medula e a</p><p>hipófise.</p><p>Funções do hipotálamo</p><p>1.Controle do Sistema Nervoso Autônomo</p><p>2. Regulação da temperatura corporal.</p><p>3. Regulação do comportamento emocional. É umas das principais áreas do controle da agressividade.</p><p>4 . Regulação do sono e da vigília (regula a produção de melatonina)</p><p>5 . Geração e regulação de ritmos circadianos regido por um relógio-mestre localizado no núcleo supraquiasmático</p><p>(NSQ), dentro do hipotálamo.</p><p>6 . Regulação da ingestão de alimentos. A ingestão alimentar e o gasto energético são regulados também pela região</p><p>do Núcleo Arqueado do hipotálamo que recebe estímulos cerebrais e sanguíneos, e pelo seu grupo de neuropeptídeos</p><p>que interagem com sinais periféricos, como a insulina, leptina e grelina.</p><p>7 . Regulação de ingestão de água. O centro da sede está localizado na região lateral do hipotálamo, onde existem</p><p>neurônios sensíveis a variações locais de pressão osmótica que determinam o aumento ou a diminuição da sede de</p><p>acordo com as necessidades de água do indivíduo.</p><p>8 . Regulação da diurese através da vasopressina, produzida pelos</p><p>núcleos paraventricular e supra-óptico.</p><p>9 . Regulação do sistema endócrino por meio de hormônios liberadores</p><p>GLÂNDULA HIPÓFISE E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO</p><p>Hipotálamo em um corte mediano</p><p>Os núcleos do hipotálamo podem ser divididos em três regiões: anterior,</p><p>tuberal/medial e posterior. Esses núcleos recebem sinais de diversos</p><p>tipos, vindo de distintas áreas do corpo:</p><p>✓ Sinais neurais: Chegam via transmissão sináptica e trazem informações</p><p>sobre o meio externo e interno, além de informações emocionais vindo de</p><p>estruturas neurais responsáveis pela geração de emoções como a</p><p>amigdala. Ex.: Sinais sensoriais e emocionais</p><p>✓ Sinais hormonais: Sinais hormonais que chegam através da sinalização</p><p>de alguns hormônios, como por exemplo a insulina. Ex.: Sinalização</p><p>hormonal</p><p>✓ Sinais metabólicos: Que chegam através da sinalização de alguns</p><p>nutrientes, como a glicose e alguns aminoácidos. Ex.: Concentração de</p><p>nutrientes</p><p>Os sinais neurais, hormonais e metabólicos podem alterar a atividade dos neurônios localizados nos diversos núcleos</p><p>hipotalâmicos. Muitos desses neurônios podem projetar os seus axônios para o tronco encefálico, para o córtex cerebral</p><p>e para a hipófise</p><p>TRONCO ENCEFÁLICO: Estão localizados os neurônios do SNA (Regulação da função visceral)</p><p>GLÂNDULA HIPÓFISE: Regulação da secreção hormonal</p><p>CÓRTEX CEREBRAL: Importante para o controle do comportamento.</p><p>De acordo com os sinais recebidos, o hipotálamo pode ativar vários sistemas efetores, como o sistema visceral, o</p><p>sistema motor e o sistema endócrino, estes estão relacionados respectivamente, a homeostase, a reprodução e ao</p><p>crescimento.</p><p>O HIPOTÁLAMO CONTROLA A SECREÇÃO HIPOFISÁRIA</p><p>Hormônios liberadores (excitatório sobre a hipófise): LHRH, TRH, CRH, GHRH,</p><p>Hormônios inibidores (inibitório sobre a hipófise): SM, PIH</p><p>O hipotálamo coordena a maior parte das funções endócrinas, exercendo: Ação direta sobre a hipófise; Ação indireta</p><p>sobre outras glândulas como adrenais, gônadas sexuais, tireoide e mamárias; Ação sobre a regulação da temperatura,</p><p>apetite, sede, ciclo do sono e sistema nervoso autônomo.</p><p>GHIH ou SM: Somatostatina; Hormônio inibidor da secreção de GH</p><p>GHRH: Hormônio liberador do GH.</p><p>TRH: Hormônio liberador de tireotrofina, que provoca a liberação do TSH (Hormônio tireoestimulante; estimulador da</p><p>tireóide).Também provoca liberação de prolactina.</p><p>CRH: Hormônio liberador de Corticotrofina, que provoca a liberação de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico, ou</p><p>corticotrofina)</p><p>GnRH ou LHRH: Hormônio liberador de gonadotrofina, que causa a liberação dos dois hormônios gonadotróficos: o LH</p><p>e o FSH</p><p>PIH/Dopamina: Hormônio inibidor da prolactina.</p><p>GLANDULAS E SEUS HORMONIOS</p><p>1.Glândula pineal: Melatonina</p><p>2.Hipotálamo: Hormônios excitatório sobre a hipófise: GHRH, TRH, CRH, LHRH</p><p>Hormônios inibidores sobre a hipófise: SM, PIH/DOPAMINA</p><p>3.Hipófise: Anterior ou Adeno-hipófise (GH, TSH, ACTH, LH, FSH, PIH)</p><p>Posterior ou Neuro-hipófise (Ocitocina e ADH/vasopressina)</p><p>4.Tireóide: Tiroxina (T4) e Triiodotironina (T3) (metabolismo)</p><p>Calcitonina (calcemia)</p><p>5.Paratireóide: Paratormônio – PTH (calcemia)</p><p>6.Timo: Timosina (imunidade)</p><p>7.Adrenal ou suprarrenal: Cortisol, Andrógenos, Corticosterona e Aldosterona (Córtex)</p><p>Adrenalina e Noradrenalina (medula)</p><p>8.Pâncreas (glândula mista): Ilhotas de Langerhans (ilhas de células endócrinas)</p><p>Células α – secretar Glucagon</p><p>Células β – secretar Insulina</p><p>Células D – secretar Somatostatina</p><p>9.Testículos: Células de Leydig produzem Testosterona</p><p>10.Ovários: Folículos ovarianos e o Corpo Lúteo produzem Estrogênio e Progesterona</p><p>11.Sistema endócrino difuso: Orgãos que pertecem a outro sistema, mas possuem células que produzem hormônios</p><p>-Coração - Peptídeo Atrial Natriurético(PAN)</p><p>-Fígado - Angiotensinogênio</p><p>-Rins - Renina</p><p>-Estômago - Gastrina</p><p>-Intestino delgado – Colecistoquinina, secretina</p><p>-Células adipócitos - Leptina</p><p>A glândula pineal ou epífise (não confundir com hipófise )</p><p>Produz o hormônio melatonina durante a noite, devido à ausência de luz.</p><p>Pode liberar substâncias para o Líquor e para o sangue hipofisário</p><p>Interfere na hipófise tanto na síntese de GH como de GnRH. (Hormônio liberador do hormônio de crescimento, GH)</p><p>A glândula tem seu ponto alto de desenvolvimento durante a puberdade, quando há máxima a produção de melatonina.</p><p>A partir daí, a glândula sofre um processo de calcificação progressiva fazendo com que as concreções (produtos sólidos)</p><p>recebam o nome de areia cerebral ou acérvula.</p><p>Com essa diminuição de atividade, e consequentemente da produção hormonal, parece que ocorre uma “liberação” do</p><p>hipotálamo que passa a secretar e liberar o GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofina) que estimula os gonadotróficos</p><p>(FSH/LH). Assim, o início de declínio da pineal está associado ao processo de desencadeamento da puberdade.</p><p>-Melatonina</p><p>Sua principal função é a regulação do ciclo circadiano, promovendo o bom funcionamento do organismo, além de</p><p>poderosa ação antioxidante. O hormônio é produzido pela glândula pineal somente na ausência de estímulos luminosos.</p><p>Com o passar dos anos, a melatonina tem sua produção naturalmente diminuída. É por isso que adultos e idosos</p><p>apresentam mais distúrbios relacionados ao sono.</p><p>Outros efeitos da melatonina podem ser:</p><p>➢ indução do sono, aparecimento do “sono REM”</p><p>➢ melhoria do desconforto produzido pela alteração do fuso horário (geralmente causado por longas viagens de avião).</p><p>Tal alteração é denominada de “jet-lag”.</p><p>NEURO-HIPÓFISE E ADENO-HIPÓFISE</p><p>Glândula hipófise e sua relação com o hipotálamo</p><p>O hipotálamo secreta o primeiro hormônio do eixo que pode regular a secreção de um</p><p>segundo hormônio do eixo, um hormônio da adeno-hipófise. Uma vez secretado, esse</p><p>hormônio da adeno-hipófise pode regular a secreção de um terceiro hormônio do eixo,</p><p>hormônio de uma outra glândula endócrina.</p><p>A hipófise é dividida em duas porções:</p><p>Porção Anterior: adeno hipófise, formada por tecido epitelial.</p><p>Porção Posterior: neuro-hipófise, formada por tecido nervoso.</p><p>Quase toda a secreção hipofisária é controlada por sinais hormonais ou nervosos saídos</p><p>do hipotálamo.</p><p>Hormônios hipotalâmicos regulam a secreção dos seis hormônios da adeno-hipófise:</p><p>Prolactina, GH, TSH, ACTH, LH e FSH. Com exceção da prolactina, todos os hormônios</p><p>da adeno-hipófise, tem como principal alvo outras glândulas endócrinas.</p><p>ADENO-HIPÓFISE</p><p>A adeno-hipófise é uma glândula muito vascularizada.</p><p>O sistema porta e a conexão do hipotálamo à adeno-hipófise:</p><p>1) Os neurônios sintetizam neuro-hormônios tróficos, que são liberados nos capilares do</p><p>sistema porta</p><p>2) As veias porta carregam os neuro-hormônios tróficos diretamente a adeno-hipófise, onde atuam sobre as células</p><p>endócrinas.</p><p>3) As células endócrinas liberam seus hormônios peptídicos em um segundo grupo de capilares para que sejam</p><p>distribuídos ao resto do corpo.</p><p>Todos os hormônios secretados pela adeno-hipófise são de origem proteica. São hormônios hidrossolúveis.</p><p>Transportados em sua grande maioria na sua forma livre pela corrente sanguínea. Ao chegar em suas célula-alvo, se</p><p>ligam aos receptores de membrana específicos, alterando o funcionamento dessas células.</p><p>-HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH):</p><p>A secreção do GH está sobre o controle de dois hormônios do hipotálamo: o GHRH (hormônio liberador do GH) e o</p><p>GHIH (hormônio inibidor também chamado de somatostatina).</p><p>O GH é produzido e secretado pelos somatotrofos da adeno-hipófise, célula endócrina que compõem essa glândula.</p><p>Essas células tem esse nome pois o GH também pode ser chamado de somatotrofina.</p><p>Funções fisiológicas:</p><p>- Promove o crescimento linear de quase todos os tecidos do organismo;</p><p>- Estimula a síntese de proteínas, a proliferação celular, o aumento do volume celular e o crescimento dos ossos.</p><p>O GH pode ficar estocado em vesículas ou grânulos secretórios até que um sinal de secreção ocorra. Nesse caso, um</p><p>sinal de um hormônio hipotalâmico.</p><p>Ele é transportado no plasma do sangue pois é hidrossolúvel. No entanto, 40% do GH circulante pode se ligar a uma</p><p>proteína de transporte (GHBP). A ligação do GH a essa proteína de transporte, dificulta a sua eliminação, e aumenta o</p><p>tempo de meia vida desse hormônio, que fica em torno de 20 minutos.</p><p>O GHR é o receptor específico do GH. Esse receptor é associado a enzimas, então, quando o GH se liga, o receptor</p><p>ativa enzimas intracelulares, que vai promover a ativação de uma série de proteínas que podem alterar o funcionamento</p><p>das células-alvo. São essas alterações a nível celular que irão promover os efeitos fisiológicos desse hormônio.</p><p>O GHR está presente em praticamente todas as células do organismo e apresenta uma ação geral promovendo o</p><p>crescimento.</p><p>Efeitos do GH sobre o crescimento:</p><p>Hipertrofia: aumento do tamanho das células</p><p>Hiperplasia: aumento do número de células</p><p>O GH pode também agir de forma indireta nas células, estimulando a síntese e secreção do IGF-1. O IGF-1 é estimulado</p><p>pelo GH em vários tecidos, o tecido hepático é o que mais contribui para a síntese. O IGF-1 é também um hormônio</p><p>proteico hidrossoluvel, portanto sua síntese segue a via da síntese de proteína.</p><p>O GH exerce sua ação sobre o crescimento mediante regulação do sistema IGF. Os IGFs (IGF-1 e IGF-2...) são fatores</p><p>de crescimento produzidos na maioria dos órgãos e tecidos do organismo, possuindo ações autócrinas, parácrinas e</p><p>endócrinas sobre o metabolismo intermediário, proliferação, crescimento e diferenciação celular.</p><p>Na infância, o GH ao chegar nas placas hipofisárias, ou epífises dos ossos longos, estimula a produção local de IGF-1.</p><p>O IGF-1 age em seus receptores de membranas, presentes em células específicas do osso, estimulando formação de</p><p>cartilagem e a conversão dessa cartilagem em ossos. Depois da puberdade, o IGF-1 pode contribuir para crescimento</p><p>ósseo em espessura.</p><p>Ações especificas do GH no tecido adiposo, fígado e músculo esquelético:</p><p>O GH estimula a quebra de lipídios (liprólise). Quebra do triacilglicerol, promovendo a liberação de ácido graxo e glicerol</p><p>na circulação. O ácido graxo pode ser usado como substrato energético como fonte de energia no musculo esquelético.</p><p>O GH é um importe estimulador de gliconeogênese no fígado (efeito contrário a insulina), contribui para o aumento da</p><p>glicose no sangue (glicemia) fornecendo outras fontes de energia para o musculo, como os ácidos graxos, para eles</p><p>pouparem a glicose, e promovendo a produção de glicose no fígado.</p><p>O GH diminui a captação de glicose no musculo e tecido adiposo contribuindo para a disponibilidade de glicose na</p><p>circulação.</p><p>O GH poupa carboidratos e gasta gorduras (Quebra do triacilglicerol, promovendo a liberação de ácido graxo e glicerol</p><p>na circulação), além de promover a síntese de proteínas causando o crescimento das células.</p><p>Quando a concentração de GH aumenta na circulação, o próprio GH, pode regular a sua própria secreção através de</p><p>feedback negativo de alça curta. Quando a concentração de GH ultrapassa os valores considerados normais “set point”,</p><p>essa alta concentração pode inibir a concentração de GHRH pelos neurônios hipotalâmicos, inibindo a sua secreção.</p><p>A secreção do hormônio liberador GHRH, assim como dos demais hormônios liberadores do hipotálamo é pulsátil.</p><p>Apresenta picos de liberação com períodos de alta e baixa secreção, gerando um padrão pulsátil na secreção de GH</p><p>também. E esse padrão pulsátil, segue o ciclo circadiano, que acompanhar o ciclo sono vigília, com um pico de maior</p><p>secreção durante o sono, principalmente durante o sono de ondas lentas que ocorrem durante o sono não rem. Por isso</p><p>criança que não dorme, não cresce.</p><p>-PROLACTINA:</p><p>A prolactina promove o desenvolvimento da glândula mamária e a produção do leite</p><p>PRH = Hormônio Liberador de Prolactina</p><p>A dopamina é o principal inibidor da liberação da prolactina.</p><p>Muitos fatores estão envolvidos na produção da prolactina. Dentre os principais, estão a concentração de:</p><p>Estrogênio: A produção de prolactina é aumentada pela presença de altos níveis de estrogênio no corpo, como durante</p><p>a gravidez.</p><p>Amamentação: A sucção do bebê durante a amamentação estimula a liberação de prolactina, o que ajuda a manter a</p><p>produção de leite.</p><p>Glicocorticóides/Estresse: Podem inibir a produção de prolactina. Em condições de estresse emocional ou físico os</p><p>níveis de glicocorticóides são aumentados.</p><p>Sono: A qualidade do sono pode afetar a produção de prolactina. O sono adequado e a regulação dos ritmos circadianos</p><p>são importantes para manter os níveis equilibrados.</p><p>Alimentação: A ingestão de alimentos ricos em aminoácidos, como a fenilalanina, pode influenciar diminuindo os níveis</p><p>de prolactina devido ao seu envolvimento na produção de dopamina.</p><p>Progesterona: Pode ter um efeito</p><p>inibitório leve.</p><p>Hormônios tireoidianos: Níveis reduzidos de T3 e T4, pode levar a um aumento nos níveis de prolactina.</p><p>Noradrenalina, somatostatina, histamina, óxido nítrico, ácido gama-aminobutírico, dentre outros, atuam realizando a</p><p>homeostasia da prolactina e mantendo o equilíbrio da secreção desse hormônio.</p><p>Regulação da prolactina:</p><p>Na mulher: Enquanto a mulher não precisar amamentar, neurônios do hipotálamo secretam dopamina na circulação</p><p>porta-hipotalâmico-hipofisário, que ao se ligarem em seus receptores nos lactotrofos, inibem a secreção de prolactina.</p><p>No homem: Provoca relaxamento do corpo após o orgasmo, e auxilia no período de recuperação, em que é</p><p>fisiologicamente impossível obter outro orgasmo sequencial. Também auxilia no processo inflamatório do organismo.</p><p>Quando se encontra em nível maior do que deveria, pode estimular a produção de leite nos homens.</p><p>Tanto no homem, quanto na mulher, a hiperprolactinemia provoca a queda da libido, ou seja, do desejo sexual do</p><p>indivíduo. Ambos os sexos também costumam perceber o aumento das mamas, muitas vezes com o escape de</p><p>quantidades de leite.</p><p>-TSH - HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE; ESTIMULADOR DA TIREÓIDE</p><p>O TSH, ou Hormônio Tireoestimulante desempenha um papel importante na regulação da glândula tireoide. É</p><p>responsável pela produção de hormônios tireoidianos, como o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina). Sua função é garantir</p><p>que esses hormônios não sejam insuficientes nem excessivos. Na prática, o TSH não deixa o metabolismo corporal</p><p>desacelerar.</p><p>O TSH estimula a tireoide a produzir mais hormônios quando os níveis de hormônios tireoidianos no sangue estão</p><p>baixos. Os níveis de TSH no sangue podem ser medidos para avaliar a função da tireoide. Se os níveis de TSH estiverem</p><p>elevados, isso pode indicar uma tireoide subativa, ou seja, o hipotireoidismo, onde a tireoide não produz hormônios</p><p>suficientes. Se os níveis de TSH estiverem baixos, pode indicar uma tireoide hiperativa, também conhecida como</p><p>hipertireoidismo, onde a tireoide produz excesso de hormônios.</p><p>-ACTH - HORMÔNIO ADRENOCORTICOTRÓFICO, OU CORTICOTROFINA</p><p>Desempenha um papel crucial no controle da produção de hormônios produzidos pelas glândulas adrenais (ou supra-</p><p>renais).</p><p>Produzido pela hipófise anterior, é o principal responsável pelo controle da produção de esteroides pelo córtex adrenal</p><p>O hipotálamo atua, sobretudo na via de produção do hormônio liberador de corticotrofina (CRH), cuja secreção está</p><p>sujeita a uma série de estímulos, tais como estresse (físico ou emocional), ritmo circadiano e hipoglicemia</p><p>Controle:</p><p>A atuação do ACTH no córtex adrenal ocorre de uma maneira abrangente, de modo que todas as três camadas sejam</p><p>estimuladas, aumentando a geração de aldosterona, de cortisol e de andrógenos adrenais.</p><p>As catecolaminas são hormônios derivados do aminoácido tirosina e são sintetizadas a partir da estimulação nervosa</p><p>simpática da medula suprarrenal</p><p>O principal controlador da produção de ACTH, na forma de um feedback negativo, é o cortisol. Dessa maneira, em</p><p>condições normais, um excesso de cortisol ou de um glicocorticoide sintético causa supressão na produção do ACTH.</p><p>O ACTH apresenta um ritmo de secreção circadiano, com valores mais elevados no início da manhã e mais baixos à</p><p>tarde, sendo responsável pelo ritmo de secreção característico do cortisol.</p><p>-LH E FSH</p><p>Hormônio luteinizante e o foliculoestimulante. Dois hormônios gonadotróficos distintos controlam o crescimento dos</p><p>ovários e dos testículos, bem como suas atividades hormonais e reprodutivas.</p><p>Os hormônios LH e FSH agem tanto no corpo feminino quanto no masculino.</p><p>LH na mulher:</p><p>A função do LH no corpo feminino é promover: o amadurecimento final do folículo ovariano, a ruptura folicular, a ovulação</p><p>e a formação do corpo-lúteo. Nas mulheres em idade fértil, os níveis de LH variam ao longo do ciclo menstrual, atingindo</p><p>seu pico na fase ovulatória e ficando mais baixos na fase lútea (pós-ovulação). Na menopausa, a concentração de LH</p><p>se mantém elevada, uma vez que a interrupção das funções ovarianas reduz drasticamente a produção de estrógenos</p><p>e progesterona, os quais inibem a secreção dos hormônios hipofisários devido ao mecanismo de feedback negativo.</p><p>FSH na mulher:</p><p>A função do FSH, hormônio folículo-estimulante no corpo feminino é estimular o crescimento dos folículos ovarianos</p><p>para que um deles chegue à ovulação. É essencial para o desenvolvimento reprodutivo e a função dos ovários. Ele</p><p>estimula o crescimento dos folículos ovarianos, que são estruturas que contêm os ovócitos. Além disso, o FSH promove</p><p>a produção de estrógeno pelas células dos folículos. Assim como acontece com o LH, os níveis de FSH apresentam</p><p>variações durante o ciclo menstrual, sendo mais altos alguns dias após a menstruação (fase folicular) e na ovulação e</p><p>mais baixos após a ovulação.</p><p>LH no homem::</p><p>A função do hormônio luteinizante (LH) no corpo masculino está relacionado a produção de testosterona pelas células</p><p>de Leydig nos testísculos.</p><p>FSH no homem:</p><p>A função do hormônio folículo-estimulante (FSH) no corpo masculino: atua durante a espermatogênese, estimulando e</p><p>regulando a produção de espermatozoides e hormônios. É fundamental para a formação dos espermatozoides pelas</p><p>células de Sertoli nos túbulos seminíferos. Juntamente com a testosterona, o FSH desempenha um papel essencial em</p><p>todas as fases da espermatogênese.</p><p>NEURO-HIPÓFISE</p><p>Formada por tecido nervoso, apenas axônios de neurônios, cujo os corpos celulares ficam localizados no hipotálamo,</p><p>em dois núcleos hipotalâmicos (Núcleo supraóptico e Núcleo paraventricular).</p><p>A neuro hipófise é formada basicamente por projeções axonar, que ao invés de liberar seus neurotransmissores nas</p><p>fendas sinápticas, liberam nos espaços intersticiais próximos a capilares sanguíneos que irrigam a neuro-hipófise.</p><p>Não são liberados neurotransmissores, mas sim neuro-hormônios, ou simplesmente hormônios.</p><p>Hormônios secretados pela neuro-hipófise:</p><p>■Ocitocina: Auxilia na ejeção de leite pelas glândulas mamárias para o mamilo, durante a sucção. Ajuda no parto do</p><p>bebê, no final da gestação.</p><p>■Vasopressina ou Antidiurético (ADH): Controla a excreção da água na urina, ajudando, assim, a controlar a quantidade</p><p>de água nos líquidos corporais. Provoca vasoconstrição no tecido liso.</p><p>A produção de ambos os hormônios acontece no corpo celular dos neurônios que ficam localizados no hipotálamo.</p><p>Os grânulos secretórios cheios de hormônios são transportados até os terminais axonais localizados na neuro-hipófise.</p><p>Nesses terminais, os grânulos secretórios ficam estocados, até que estímulos neurais, isto é, sinapses excitatórias</p><p>provocam a despolarização desses neurônios e o disparo de potenciais de ação que chegam até os terminais e iniciam</p><p>a exocitose dos grânulos secretórios.</p><p>Como qualquer hormônio peptídico, a Ocitocina e Vasopressina são hormônios hidrossolúveis.</p><p>E por isso podem entrar na corrente sanguínea e circular livremente. O que implica em um tempo de meia vida</p><p>relativamente curto (no máximo 20 minutos). Ao chegar nas células-alvo esses hormônios se ligam em seus receptores</p><p>específicos para desencadear as suas ações.</p><p>Síntese: são sintetizados da mesma forma que qualquer proteína, ou seja, o gene deve ser transcrito, o RNAm deve ser</p><p>traduzido em uma sequência de aminoácidos que será processada e empacotada em vesículas ou grânulos secretórios</p><p>no complexo de golgi.</p><p>Excreção: por exocitose em resposta a um estímulo celular</p><p>-OCITOCINA:</p><p>Os receptores da ocitocina estão presentes principalmente no musculo liso da parede uterina (miométrio). Quando a</p><p>ocitocina se liga nesses receptores, ela promove a contração uterina.</p><p>Os receptores de ocitocina nas células das glândulas mamárias, mais precisamente nas células contrateis presentes</p><p>nos alvéolos dessas glândulas, chamadas de células mioepteliais. Quando a ocitocina se ligam aos seus receptores,</p><p>essas células se contraem promovendo a ejeção do leite presente nos alvéolos dessa glândula.</p><p>Fisiologia do</p><p>parto</p><p>O início do trabalho de parto, que ocorre entre a 38a e a 40a semana gestacional, é caracterizado pela presença de</p><p>contrações uterinas rítmicas, que envolvem com a diminuição dos seus intervalos e aumento de sua intensidade. Os</p><p>sinais que desencadeiam o trabalho departo podem ser provenientes da mãe e/ou do feto.</p><p>Os receptores uterinos para a ocitocina aumentam no final da gestação, apesar de sua secreção não aumentar antes</p><p>do trabalho de parto. Por isso, apesar de estar envolvida com o início do mecanismo do parto, ela não tem sido</p><p>considerada como o seu único estímulo deflagrador. Não obstante, o uso de ocitocina sintética para induzir o trabalho</p><p>de parto é um procedimento frequente na clínica médica.</p><p>A sinalização realizada pelo feto completamente desenvolvido também tem sido considerada um importante deflagrador</p><p>para o início do trabalho de parto. Aparentemente, a glândula adrenal do feto secreta níveis altos de precursores</p><p>estrogênicos, possibilitando a sua conversão em estrógeno pela placenta, o que contribuiria para a deflagração do</p><p>trabalho de parto.</p><p>O estiramento do colo uterino ativa receptores locais – associados a vias sensoriais ascendentes – que estimulam a</p><p>liberação de ocitocina pela neuro-hipófise. A secreção de ocitocina causa contrações uterinas, que levam ao</p><p>deslocamento do feto em direção ao colo do útero, gerando mais estímulos para a secreção de ocitocina, estabelecendo,</p><p>assim, um mecanismo de retroalimentação positiva: as contrações uterinas provocam o deslocamento do feto e o</p><p>estiramento do colo do útero, o que leva à liberação de ocitocina e a mais contrações uterinas. Além disso, essas</p><p>contrações estimulam a produção de prostaglandinas, que também causam potentes contrações uterinas,</p><p>estabelecendo outro mecanismo de retroalimentação positiva ao trabalho de parto.</p><p>As contrações uterinas permanecem por algum tempo após a expulsão do feto, embora não sejam percebidas pela mãe.</p><p>Essas contrações são importantes para expelir a placenta e diminuir o sangramento uterino após o parto, comprimindo</p><p>os vasos sanguíneos.</p><p>Lactação</p><p>As glândulas mamárias são formadas por aproximadamente 20 lóbulos, contendo alvéolos compostos por células</p><p>secretoras de leite, envolvidas por células mioepiteliais.</p><p>A lactação envolve a produção e ejeção de leite pelas glândulas mamárias, sendo uma importante fonte de nutrientes e</p><p>anticorpos para o recém-nascido.</p><p>Durante a gestação, os altos níveis de estrógenos e progesterona estimulam o completo desenvolvimento das glândulas</p><p>mamárias, iniciado na puberdade.</p><p>Quando o bebê mama:</p><p>1º) Mecanorreceptores presentes nos mamilos são ativados pela sucção.</p><p>2º) Potenciais de ação vão ser conduzidos até chegar os neurônios secretores de ocitocina do hipotálamo, estimulando</p><p>a secreção de ocitocina.</p><p>3º) Uma vez na circulação, a ocitocina podem chegar até as células contráteis das glândulas mamarias, causando ejeção</p><p>do leite.</p><p>A produção e secreção de leite pelas células epiteliais alveolares é estimulada pelo hormônio prolactina, secretado pela</p><p>adeno-hipófise.</p><p>A ejeção depende da contração de células mioepiteliais, estimuladas pela ocitocina. Os níveis de prolactina aumentam</p><p>nas fases finais da gestação.</p><p>Entretanto, a secreção de leite é inibida pelos altos níveis de estrógeno e progesterona, que diminuem após o parto,</p><p>dando início à lactação.</p><p>Além do estimulo físico, outras influencias do meio externo também podem estimular a secreção da Ocitocina: o choro</p><p>da criança e o pensamento no bebê lactante aumentam a secreção, já estresses físicos e estresses psicológicos</p><p>diminuem.</p><p>Outros efeitos da ocitocina</p><p>1.Vínculos Sociais: A ocitocina está relacionada ao desenvolvimento de laços emocionais e sociais. Pode aumentar a</p><p>confiança, empatia e cooperação entre as pessoas.</p><p>2.Relações Românticas: Associada a sentimentos de apego e amor romântico. Em estudos, foi observado que níveis</p><p>mais altos de ocitocina estão correlacionados com maior proximidade emocional em relacionamentos amorosos.</p><p>3.Comportamento Paternal: Nos homens, a ocitocina também pode desempenhar um papel no comportamento paternal,</p><p>promovendo o cuidado e o envolvimento com os filhos. Alguns estudos sugerem que níveis mais altos de ocitocina estão</p><p>relacionados a um maior envolvimento paterno.</p><p>4.Comportamento Social: A ocitocina também está ligada ao comportamento social e à comunicação não verbal. Ela</p><p>pode influenciar a expressão facial, a linguagem corporal e até mesmo o reconhecimento de emoções em outras</p><p>pessoas.</p><p>6.Resposta Sexual: A ocitocina também está envolvida na resposta sexual masculina e feminina, incluindo a ereção e a</p><p>ejaculação.</p><p>7.Pode aumentar a sensibilidade do pênis durante o contato sexual e aumenta a frequência das ereções.</p><p>8.Melhora a ejaculação pela contração estimulante das vesículas seminais, túbulos seminíferos, epidídimo e da próstata.</p><p>-HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO OU VASOPRESSINA (ADH):</p><p>Os receptores de vasopressina estão presentes no músculo liso dos vasos sanguíneos.</p><p>Quando a vasopressina se liga nesses receptores, ela faz pressão nos vasos sanguíneos, e estimula a contração do</p><p>musculo liso da parede vascular que se contrai causando vasoconstrição o que contribui para o aumento da pressão</p><p>sanguínea.</p><p>Também há receptores de vasopressina nas células dos ductos coletores dos túbulos renais. Quando a vasopressina</p><p>se liga nos receptores dessas células, ele promove o aumento da reabsorção de água, ou seja, ela diminui a eliminação</p><p>de água na urina.</p><p>Vasopressina estimula a inserção de um tipo específico de canais, as aquaporinas2, aumentando a reabsorção de agua.</p><p>Funções fisiológicas:</p><p>- Rins: ↑ retenção de água no organismo</p><p>- Vasos sanguíneos: vasoconstrição</p><p>Regulação da vasopressina:</p><p>Um dos seus efeitos é promover o aumento da pressão sanguínea, por promover vasoconstrição. Então vasopressina</p><p>precisa ser secretada quando a pressão arterial diminuir.</p><p>1º) A pressão sanguínea diminui: receptores de pressão, ou barorreceptores, presentes nas paredes das grandes</p><p>artérias, detectam essa diminuição e enviam a informação até o hipotálamo.</p><p>2º) Os neurônios secretores de vasopressina são excitados, liberando seus hormônios na neuro-hipófise.</p><p>3º) A vasopressina secretada faz vasoconstrição e aumenta a retenção de água nos rins, elevando a pressão arterial.</p><p>4º) Esse aumento da pressão faz um feedeback negativo e a secreção da vasopressina é inibida.</p><p>Embora a queda da pressão arterial pode estimular a secreção da vasopressina, o principal estimulo para a sua secreção</p><p>é a diminuição da quantidade de água corporal. Quando a quantidade de água corporal diminui, a osmolaridade dos</p><p>líquidos corporais aumenta. Ou seja, o líquido fica mais concentrado em solutos. Isso ativa os osmorreceptores, cujo os</p><p>axônios se projetam para o hipotálamo, onde eles excitam os neurônios secretores de vasopressina, causando a sua</p><p>liberação na circulação.</p><p>A vasopressina ao chegar nos rins, promove a reabsorção de água produzindo uma urina mais concentrada e com</p><p>volume reduzido, poupando água que está em falta. Ao contrário, quando a quantidade de água corporal aumenta,</p><p>secreção de vasopressina é inibida e a reabsorção de água nos rins diminui, produzindo uma urina mais diluída e com</p><p>volume mais elevado, eliminando água que está em excesso.</p><p>Diabetes insipidus: se relaciona com o hormônio antidiurético, o qual está sendo produzido em quantidade insuficiente</p><p>ou está apresentando problemas em sua ação. A sede exagerada é um dos sintomas da diabetes insipidus.</p><p>TIREOIDE E SEUS HORMONIOS</p><p>Tem o maior fluxo sanguíneo do corpo, só perde para o córtex adrenal.</p><p>Tem uma secreção pulsátil que acompanha o ritmo circadiano, com pulsos entre 22 e 04 h</p><p>A principal função dos hormônios da tireoide é o metabolismo. A falta total pode diminuir a taxa metabólica basal em até</p><p>40% a 60%. O excesso pode aumentar a taxa metabólica basal de 60 a 100%</p><p>É responsável por produzir: Tri-iodotironina (T3) e Tiroxina (T4). Que são responsáveis por aumentar o metabolismo</p><p>do</p><p>organismo.</p><p>A secreção acontece nas células epiteliais cuboides que formam o folículo</p><p>Folículos tireoidianos: estruturas esféricas formadas por uma camada de células foliculares. Secreção dos hormônios</p><p>T3 e T4</p><p>Células células C ou parafoliculares: células espalhadas entre os folículos. Secreção do hormônio calcitonina</p><p>É composta por grande número de folículos (unidade funcional), formados por células epiteliais cuboides, que secretam</p><p>seus produtos para o interior do folículo formando o coloide, constituído em grande parte pela tireoglobulina (contém os</p><p>hormônios tireoidianos)</p><p>Folículo = células epiteliais + coloide com tireoglobulina</p><p>TRIIODOTIRONINA (T3) E TIROXINA (T4) OU TETRAIODOTIRONINA</p><p>Ambos coordenam o metabolismo, estimulando:</p><p>-A respiração celular</p><p>-A frequência cardíaca</p><p>-A frequência respiratória</p><p>Folículos tireoidianos: Estruturas esféricas formadas por uma camada de células foliculares as quais sintetizam os</p><p>hormônios tireoidianos que podem ficar armazenados no interior dos folículos ligados a proteínas específicas</p><p>T3 e T4 O que tem na glândula:</p><p>CAPTAÇÃO DE IODETO</p><p>Para formar quantidades normais dos hormônios: Cerca de 50 miligramas de iodo ingeridos na forma de iodetos são</p><p>necessários a cada ano, ou cerca de 1 mg/semana.</p><p>Para prevenir a deficiência de iodo, o sal comum de cozinha é suplementado com cerca de uma parte de iodeto de sódio</p><p>para cada 100 mil partes de cloreto de sódio.</p><p>O primeiro estágio é o transporte de iodeto do sangue para as células e folículos da tireoide. Acontece por meio de 2</p><p>tipos de transporte: Um para entrar na célula e outro para sair para ser transformado em iodo e ser disponibilizado no</p><p>coloide.</p><p>Os iodetos ingeridos por via oral são absorvidos pelo trato gastrointestinal e vão para o sangue. Normalmente, a maior</p><p>parte dos iodetos é rapidamente excretada pelos rins, mas cerca de um quinto é seletivamente removido da circulação</p><p>sanguínea pelas células da glândula tireoide, e usado para a síntese dos hormônios tireoidianos.</p><p>Devido a capacidade de armazenamento, a tireoide é capaz de secretar quantidades suficientes de hormônios</p><p>tireoidianos por cerca de 2 meses.</p><p>A captação de iodeto pelas células foliculares ocorre através de um Transporte ativo secundário. O iodeto cotransporta</p><p>com o com sódio, entra na célula contra o seu gradiente de concentração (através de uma proteína transportadora NIS).</p><p>O iodeto permanece na célula e o sódio é bombeado de volta pra fora pela bomba de sódio potássio que mantém o</p><p>gradiente de concentração do sódio.</p><p>Dentro da célula o iodeto fica bastante concentrado no citoplasma é contra-transporta com o Cloreto através de uma</p><p>proteína transportadora (pendrina: cloreto-iodeto) específica que fica presente na membrana da célula folicular que está</p><p>voltada pro colóide dos folículos tireoidianos.</p><p>Co-transportador sódio-iodeto (NIS, Na+/I- Symporter) é uma proteína transportadora de membrana que transporta</p><p>iodeto e sódio através da membrana basolateral das células epiteliais da tireoide.</p><p>COMO O AMINOÁCIDO TIROSINA É OBTIDO PARA SINTETIZAR OS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS</p><p>O constituinte principal do coloide é a glicoproteína tireoglobulina, que contém os hormônios da tireoide. A tireoglobulina</p><p>é sintetizada no retículo endoplasmático rugoso e é transportada por meio de vesículas em direção ao coloide dos</p><p>folículos tireoidianos.</p><p>Ionização das tirosinas pela tireoperoxidase (TPO).</p><p>*No coloide da Glândula de Tireóide tem: Iodeto, Tirosinas e a enxima tireoperoxidase(TPO) que oxida iodeto formando</p><p>iodo na forma orgânica.</p><p>A tireoglobulina é depositada no coloide, então o iodo formado pela TPO é adicionado nas tirosinas da tiroglobulina.</p><p>Formando um complexo chamado de iodinação das tirosinas. Cada molécula de tireoglobulina contém cerca de 70</p><p>aminoácidos de tirosina, que são os principais substratos que se combinam com o iodo para formar os hormônios da</p><p>tireoide.</p><p>Em algumas tirosinas é adicicionado apenas um iodo formando uma monoiodotirosina ou “Mit”. Em outras pode adicionar</p><p>dois iodos formando uma Diiodotirosina ou “Dit”.</p><p>T3: é formado por duas Tirosinas ligadas a três átomos de iodo.</p><p>T4: é formado por duas tirosinas ligadas a quatro átomos de iodo</p><p>O T3 reverso é uma forma inativa de hormônio tireoidiano. Tem um iodo e uma posição diferente No sangue circula T3</p><p>reverso, mas em quantidade mínima comparada a T3 e T4. Também existe uma pequena quantidade de T2 circulando</p><p>um outro hormônio sem função biológica conhecida formado pela junção de duas MITs.</p><p>No coloide, tem: Tiroglobulina com MITs, DITs, T3 e T4 ainda fazendo parte dessa estrutura de proteína. Que ficará</p><p>armazenado até que as células foliculares recebam o sinal da adenohipofise pelo TSH que estimula o processo de</p><p>síntese como também o processo de secreção dos hormônios T3 e T4.</p><p>TSH se liga ao seu receptor de membrana específico das células foliculares, onde vai ocorrer a ativação de várias</p><p>proteínas efetoras. Inicia então a internalização ou endocitose das tireoglubulinas contendo T3 e T4. Tireoglobulinas são</p><p>englobadas em vesícula, as vesículas se fundem com lisossomos os quais contêm enzimas que degradam os</p><p>tireoglobulinas liberando as MITs, DITs T3 e T4. MITs e DITs podem ser dissociadas liberando tirosinas e iodo que</p><p>podem ser reutilizados na célula.</p><p>Pontos importantes sobre a síntese dos hormônios tireoidianos:</p><p>O retículo endoplasmático e o complexo de Golgi sintetizam e secretam tireoglobulina (uma grande glicoproteína). Assim,</p><p>os hormônios tireoidianos se formam (são montados) ao longo da molécula de tireoglobulina.</p><p>Tireoglobulina => Tirosina => Tirosina + Iodo => Hormônios da Tireóide</p><p>T3 e T4 são lipossolúveis, por isso podem atravessar a bicamada de lipídeos que forma a membrana da célula. Mas</p><p>também podem deixar a célula, através de proteínas transportadoras específicas. Uma vez fora das células, esses</p><p>hormônios se difundem para os capilares sanguíneos mais próximos para assim alcançar a circulação.</p><p>CALCITONINA</p><p>Células parafoliculares ou células C estão espalhadas entre os folículos, estas secretam o hormônio calcitonina que atua</p><p>na regulação da concentração plasmática dos íons cálcio no organismo</p><p>Sintetizado de forma diferentes dos hormônios T3 e T4.</p><p>Formado por 32 aminoácidos, a Calcitonina é um hormônio proteico.</p><p>A calcitonina tem transporte livre no plasma (hidrossolúvel), tempo de meia vida curto (média de 12 minutos).</p><p>O aumento da calcemia (concentração de cálcio no sangue) estimula a liberação de calcitonina pela tireoide e reduz</p><p>níveis de cálcio no sangue. Isso ocorre porque vai inibir a desmineralização óssea, aumentar a excreção de íons cálcio</p><p>pelos rins e diminuir a absorção de cálcio pelos intestinos</p><p>Principais células-alvo da Calcitonina:</p><p>Células localizadas nos ossos – receptores nas membranas dos osteoclastos. Ao se ligar e ativar esses receptores, inibe</p><p>a atividade dessas células, diminuindo a retirada de cálcio e fosfato da matriz óssea e aumentando o processo de</p><p>reabsorção óssea, diminuindo a concentração de cálcio no sangue.</p><p>Principais células-alvo do Paratormônio:</p><p>Estimula a reabsorção dos ossos, por atuar em receptores da membrana dos osteoblastos, estimulando as células a</p><p>secretarem fatores parácrinos que estimulam o amadurecimento e formação dos osteoclastos (células que secretam</p><p>ácidos e enzimas que fazem a digestão da matriz óssea, liberando cálcio e fosfato que ficam depositados nessa matriz</p><p>na forma de sais ou cristais.</p><p>Glândulas paratireódes</p><p>Glândulas paratireóides secretam o paratormônio. Sua secreção é estimulada pela diminuição da concentração de cálcio</p><p>no plasma sanguíneo.</p><p>Tireoide e paratireoide são antagônicos no controle do Cálcio.</p><p>Transporte de tiroxina e de tri-iodotironina para os tecidos</p><p>A tiroxina e a tri-iodotironina estão ligadas a proteínas plasmáticas. Ao serem liberadas no sangue, mais de 99% da</p><p>tiroxina e da tri-iodotironina se ligam imediatamente às diversas proteínas plasmáticas sintetizadas pelo fígado.</p><p>Elas se combinam principalmente</p><p>com a globulina transportadora de tiroxina (TBG) e muito menos com a pré-albumina</p><p>de ligação de tiroxina e albumina.</p><p>Armazenamento de tireoglobulina:</p><p>A Globulina de ligação a tiroxina (TBG) atua como um importante reservatório de T3 e T4 na circulação sanguínea.</p><p>Conforme os hormônios livres vão sendo retirados da circulação os hormônios ligados a TBG se desligam pra repor a</p><p>quantidade de hormônio livre.</p><p>A glândula tireoide tem a capacidade incomum entre as glândulas endócrinas de armazenar uma grande quantidade de</p><p>hormônios.</p><p>Os hormônios da tireoide são armazenados nos folículos em quantidade suficiente para suprir as necessidades normais</p><p>do corpo por 2 a 3 meses.</p><p>Portanto, quando a síntese de hormônios da tireoide cessa, os efeitos fisiológicos da deficiência não são observados</p><p>por vários meses.</p><p>T3 e T4 apresentam tempo de meia vida relativamente longo: 24 horas para o T3 e de 6 a 7 dias para T4.</p><p>Por causa da alta afinidade das proteínas plasmáticas de ligação a tiroxina, os hormônios T3 e T4 são liberadas</p><p>lentamente para as células teciduais.</p><p>Percentual dos hormônios T3 e T4 secretados na tireóide:</p><p>T4 representa cerca de 93%</p><p>T3 representa cerca de 07%</p><p>T3 é o hormônio mais potente, ou seja, a maior parte dos hormônios que se ligam ao receptor dos hormônios tireoidianos</p><p>é O T3, sendo portanto, o principal responsável pelas ações desses hormônios nas células alvo. No entanto, quase toda</p><p>a tiroxina é eventualmente convertida em tri-iodotironina nos tecidos, então, ambos são funcionalmente importantes.</p><p>As funções desses dois hormônios são qualitativamente iguais, mas diferem na rapidez e na intensidade de ação.</p><p>A tri-iodotironina (T3) é cerca de quatro vezes mais potente do que a tiroxina (T4), ela está presente no sangue em</p><p>quantidades muito menores e persistindo por um período de tempo muito mais curto em comparação com a tiroxina (T4).</p><p>Na maioria das vezes, quando T4 entra em uma célula alvo uma enzima do tipo desiodase retira o iodo do T4 pra formar</p><p>o hormônio mais potente, o T3.</p><p>T3 se difunde até o núcleo, se liga ao seu receptor nuclear o TR, ativa TR para atingir regiões específicas do DNA e</p><p>altera a transcrição de determinados genes alterando a síntese de determinadas proteínas modificando assim o</p><p>funcionamento da célula alvo.</p><p>O efeito geral dos hormônios tireoidianos consiste em ativar a transcrição nuclear de muitos genes. Em praticamente</p><p>todas as células do corpo, muitas enzimas, proteínas estruturais, proteínas de transporte e outras substâncias são</p><p>sintetizadas. O resultado é o aumento generalizado da atividade funcional em todo o organismo.</p><p>Os hormônios tireoidianos apresentam mecanismo de ação mais rápido que não dependem da modulação da transcrição</p><p>gênica. Esse mecanismo envolve ativação de receptores de membrana presente na célula alvo, desencadeando a</p><p>ativação de várias proteínas intracelulares que podem mediar os efeitos rápidos desses hormônios. Os receptores</p><p>desses hormônios estão presentes em diversos tipos celulares, por isso os efeitos fisiológico são diversos mas de modo</p><p>geral os hormônios agem sobre o metabolismo, crescimento e desenvolvimento do sistema nervoso</p><p>As ações metabólicas no músculo esquelético</p><p>Estimula a transcrição de genes relacionados tanto a síntese quanto a degradação de proteínas. O estímulo sobre a</p><p>degradação acaba sendo maior quando a concentração circulante dos hormônios tireoidianos aumenta. O resultado final</p><p>é a perda de massa muscular</p><p>Aumenta a síntese de proteínas</p><p>Aumenta a degradação de proteínas</p><p>As ações metabólicas no tecido adiposo</p><p>T3 e T4 estimulam a transcrição de genes relacionados a síntese e degradação de lipídeos. O aumento da degradação</p><p>é maior e o resultado é a perda de gordura corporal. Estimular a síntese e a degradação ao mesmo tempo aumentam o</p><p>metabolismo, aumentam o gasto de energia aumentando assim o consumo de oxigênio para produção de mais ATP nas</p><p>mitocôndrias.</p><p>Aumenta a síntese de lipídios</p><p>Aumenta a degradação de lipídios</p><p>A quantidade elevada de hormônio tireoidiano quase sempre diminui o peso corporal, já uma quantidade muito reduzida</p><p>aumenta o peso corporal. Esses efeitos podem ser minimizados, porque o hormônio da tireoide também aumenta o</p><p>apetite, o que pode compensar a variação do metabolismo.</p><p>Produção de calor</p><p>Hormônios tireoidianos agem em seus receptores nucleares, localizados em adipócitos do tecido adiposo marrom. As</p><p>termogeninas são ativadas, estas são proteínas acopladoras. Essas proteínas servem como canais de hidrogênio ou</p><p>prótons na membrana interna da mitocôndria. Assim a energia do gradiente de prótons que seria usada para a síntese</p><p>de ATP é liberada na forma de calor.</p><p>Uma das principais funções de T3 e T4 é aumentar o número e a atividade das mitocôndrias, o que, por sua vez, aumenta</p><p>a taxa de formação de ATP para fornecer energia para as funções celulares.</p><p>Os hormônios da tireoide aumentam o transporte ativo de íons através das membranas celulares.</p><p>Na+/K+ATPase é uma das enzimas, cuja atividade aumenta em resposta ao hormônio tireoidiano. Esse aumento da</p><p>atividade, por sua vez aumenta a taxa de transporte de íons sódio e potássio através das membranas celulares de alguns</p><p>tecidos. Como esse processo utiliza energia e aumenta a quantidade de calor produzido pelo organismo vai ocorrer um</p><p>aumento da taxa metabólica do corpo.</p><p>O hormônio tireoidiano também faz com que as membranas celulares da maioria das células tornem-se mais permeáveis</p><p>para íons sódio, o que ativa ainda mais a bomba de sódio e a produção de calor.</p><p>Contratilidade do coração</p><p>Os hormônios tireoidianos aumentam o número de receptores adrenérgicos nas fibras cardíacas, potencializam os</p><p>efeitos da noradrenalina e adrenalina sobre o coração, aumentam a frequência cardíaca e aumentam a força de</p><p>contração do coração</p><p>A frequência cardíaca aumenta consideravelmente mais sob a influência do hormônio tireoidiano. Esse efeito é</p><p>especialmente importante porque a frequência cardíaca é um dos sinais físicos que o médico utiliza para determinar se</p><p>um paciente apresenta aumento ou diminuição da produção de hormônio tireoidiano</p><p>O aumento do metabolismo nos tecidos provoca utilização mais rápida de oxigênio do que o normal e aumento da</p><p>liberação de produtos metabólicos. Esses efeitos causam vasodilatação na maioria dos tecidos do corpo, aumentando</p><p>o fluxo sanguíneo. Como consequência do aumento do fluxo sanguíneo, o débito cardíaco também aumenta, às vezes</p><p>subindo para 60% ou mais acima do normal, e caindo para apenas 50% do normal no hipotireoidismo grave.</p><p>Hormônio tireoidiano para o crescimento e desenvolvimento do cérebro</p><p>Em criança com hipotireoidismo o crescimento é muito retardado, já em criança com hipertireoidismo o crescimento</p><p>excessivo do esqueleto</p><p>No entanto, os ossos também amadurecem mais rapidamente, e as epífises se fecham em uma idade precoce, então a</p><p>duração do crescimento e a altura final do adulto, na verdade, podem ser reduzidas.</p><p>Um efeito importante do hormônio tireoidiano é a promoção do crescimento e o desenvolvimento do cérebro durante a</p><p>vida fetal e durante os primeiros anos de vida pós-natal. Se o feto não secretar quantidades suficientes de hormônio</p><p>tireoidiano, o crescimento e a maturação do cérebro, antes e após o nascimento, são muito retardados, e o cérebro</p><p>permanece menor do que o normal. Sem tratamento específico dentro de dias ou semanas após o nascimento, a criança</p><p>que não tem a glândula tireoide permanecerá mentalmente deficiente ao longo da vida.</p><p>Estimulação do metabolismo de carboidratos</p><p>O hormônio tireoidiano estimula quase todos os aspectos do metabolismo de carboidratos</p><p>Atua na captação rápida de glicose pelas células, aumentando a glicólise e a gliconeogênese, a absorção pelo trato</p><p>gastrointestinal e a secreção de insulina, com seus efeitos secundários no metabolismo dos carboidratos. Todos esses</p><p>efeitos resultam do aumento geral das enzimas metabólicas celulares</p><p>Efeito nas gorduras plasmáticas e hepáticas.</p><p>O aumento do hormônio</p><p>tireoidiano: diminui as concentrações no plasma de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos,</p><p>aumenta a de ácidos graxos livres.</p><p>A redução do hormônio tireoidiano: aumenta consideravelmente as concentrações no plasma de colesterol, fosfolipídios</p><p>e triglicerídeos, e quase sempre, também provoca a deposição excessiva de gordura no fígado.</p><p>Um dos mecanismos pelos quais o hormônio tireoidiano diminui a concentração de colesterol no plasma é o aumento</p><p>significativo da secreção de colesterol na bile e sua consequente perda nas fezes.</p><p>Aumento do hormônio tireoidiano requer maior necessidade de vitaminas.</p><p>Como o hormônio tireoidiano aumenta a quantidade de muitas enzimas corporais, e como as vitaminas são partes</p><p>essenciais de algumas das enzimas ou coenzimas, o hormônio tireoidiano aumenta a necessidade de vitaminas.</p><p>Portanto, uma deficiência relativa de vitamina pode ocorrer quando um excesso de hormônio tireoidiano é secretado, a</p><p>menos que, ao mesmo tempo, maiores quantidades de vitaminas sejam disponibilizadas</p><p>Aumento da taxa metabólica basal.</p><p>Como o hormônio tireoidiano aumenta o metabolismo em quase todas as células do corpo, quantidades excessivas do</p><p>hormônio podem ocasionalmente aumentar a taxa metabólica basal em 60 a 100% acima do normal.</p><p>Por outro lado, quando nenhum hormônio da tireoide é produzido, a taxa metabólica basal cai para quase a metade do</p><p>normal.</p><p>Aumenta também:</p><p>-Aumento da força de contração cardíaca.</p><p>-Pressão arterial.</p><p>-Aumento da respiração.</p><p>-Aumento da motilidade gastrointestinal.</p><p>-Efeitos excitatórios no sistema nervoso central.</p><p>-Efeito na função dos músculos.</p><p>-Tremor muscular.</p><p>-Efeito no sono.</p><p>-Efeito em outras glândulas endócrinas (pâncreas e paratormônio)</p><p>-Efeito na função sexual (perda de libido e impotência no homem).</p><p>-Nas mulheres sangramento menstrual excessivo e frequente.</p><p>DOENÇAS DA TIREOIDE</p><p>O Hipertireoidismo presença no sangue de quantidades excessivas de hormônio da tireoide. Causa diminuição do peso,</p><p>taquicardia, aumento no apetite, ansiedade, irritabilidade e nervosismo, tremor nas mãos e nos dedos, suor excessivo</p><p>(sudorese), mudanças na menstruação, intolerância ao calor, mudanças no funcionamento do intestino, bócio (glândula</p><p>tireoide visivelmente aumentada), dificuldade para dormir, inquietação, desenvolvimento da mama em homens, pele fria</p><p>e úmida, pressão alta, coceira geral, náusea e vômitos, olhos saltados (exoftalmia).</p><p>O hipotireoidismo é um problema no qual a glândula da tireoide não produz hormônios suficientes para a necessidade</p><p>do organismo. Causa aumento de peso pois desacelera o metabolismo, aumenta a retenção de líquidos e causa</p><p>depressão e ansiedade.</p><p>As doenças autoimunes da tireoide podem acontecer quando há estímulo ou bloqueio da secreção dos hormônios</p><p>tireoidianos por ação dos autoanticorpos de receptores do TSH (Anticorpos produzidos pelo sistema imunológico atacam</p><p>a glândula tireoide)</p><p>Doença de Hashimoto: Sistema imunológico ataca a tireoide, levando à inflamação e, eventualmente, à redução da</p><p>função da glândula tireoide. Isso pode resultar em hipotireoidismo</p><p>Doença de Graves: Sistema imunológico produz autoanticorpos que estimulam em excesso a tireoide, levando à</p><p>produção excessiva de hormônios tireoidianos. Isso resulta em hipertireoidismo</p><p>GLANDULAS ADRENAIS</p><p>Córtex adrenal</p><p>está sob o</p><p>controle do eixo</p><p>hipotálamo-</p><p>adenohipófise</p><p>Medula adrenal</p><p>está sob o</p><p>controle do</p><p>sistema nervoso</p><p>simpático</p><p>Essas glândulas estão localizadas sobre a parte superior dos rins e possuem duas porções distintas com diferentes</p><p>funções, o córtex e a medula.</p><p>Córtex – região mais externa: Sintetiza e secreta hormônios</p><p>esteroides, ou seja, derivados do colesterol, como Cortisol,</p><p>Andrógenos, Corticosterona e Aldosterona.</p><p>Medula – região mais interna: Sintetiza e secreta hormônios</p><p>anímicos, derivados do aminoácido Tirosina. Catecolaminas:</p><p>adrenalina e noradrenalina</p><p>CÓRTEX DA ADRENAL</p><p>Hormônios Esteroides</p><p>A primeira etapa da síntese desses hormônios é comum entre eles</p><p>A maior parte do colesterol vem da circulação sanguínea</p><p>transportado pelas lipoproteínas HDL, LDL e VLDL. Parte é</p><p>sintetizada na própria célula a partir de Acetil-coa.</p><p>Na célula o colesterol é degradado e armazenado em vesículas.</p><p>Então inicia-se a síntese de cada hormônio nas mitocôndrias,</p><p>formando a Pregnenolona. A pregnenolona se difunde da</p><p>mitocôndria para o citosol e para o retículo endoplasmático liso.</p><p>Podendo sofrer diferentes reações enzimáticas e dar origem a</p><p>diferentes hormônios como DHEA, progesterona, estrogênio,</p><p>testosterona e cortisol.</p><p>Uma vez sintetizados, os hormônios atravessam a membrana celular e são lançados na corrente sanguínea. Estes são</p><p>transportados em sua grande maioria através de proteínas transportadoras, como albumina, globulina</p><p>- Mineralocorticoides</p><p>Mineralo: porque participa da regulação da concentração dos minerais, o sódio e o potássio.</p><p>Corticoide: sintetizado e secretado pelo córtex das adrenais</p><p>São hormônios esteroides envolvidos na regulação de sódio e água corporal através da regulação do transporte de sódio</p><p>em tecidos epiteliais. Esse mecanismo é explicado pela ação da Na+/K+ ATPase (bomba de sódio e potássio) e pela</p><p>ação de canais de sódio e canais de potássio.</p><p>A função principal dos mineralocorticoides, como a aldosterona, é regular o equilíbrio de eletrólitos no corpo,</p><p>particularmente o sódio e o potássio. Eles desempenham um papel importante na regulação da pressão arterial e na</p><p>manutenção do volume de sangue adequado no corpo.</p><p>Aldosterona</p><p>A aldosterona o mais abundante, o principal deles.</p><p>A aldosterona entra nas células principais nos túbulos distais e nos ductos coletores e se liga ao receptor de</p><p>mineralocorticoide localizado no citoplasma. O receptor ativado, pode seguir para o núcleo e ativar genes específicos</p><p>relacionados ao transporte de íons sódio e potássio, como a bomba de sódio e potássio e canais iônicos para esses</p><p>íons.</p><p>O resultado final da ação da aldosterona é: aumentar a excreção de potássio</p><p>na urina, o que acaba reduzindo a concentração de íon no organismo, e</p><p>aumentar a reabsorção de sódio ocasionando também o aumento da</p><p>reabsorção de água. Tudo isso resulta em um aumento do volume sanguíneo</p><p>e consequentemente da pressão arterial.</p><p>Os principais fatores de estimulação de aldosterona são: Alta concentração de</p><p>potássio no plasma sanguíneo e diminuição da pressão arterial, que</p><p>consequentemente induz os rins a produção da enzima renina (sistema renina-</p><p>angiotensina-aldosterona).</p><p>Falta de aldosterona:</p><p>DOENÇA DE ADDISON: causada por lesão no córtex da adrenal ou por uma</p><p>doença autoimune que ataca as células do córtex da adrenal, o que vai causar</p><p>uma diminuição da aldosterona e do cortisol. Como consequência terá</p><p>diminuição da reabsorção do Na+, da reabsorção da H2O, do volume</p><p>sanguíneo, da pressão arterial, da excreção renal de potássio</p><p>Excesso de aldosterona:</p><p>SINDROME DE CONN: causada pela síntese excessiva de aldosterona. Como consequência terá o aumento da</p><p>reabsorção do Na+, da reabsorção da H2O, do volume sanguíneo, da pressão arterial, da excreção renal de potássio</p><p>- Glicocorticoides</p><p>GLICO – porque participada da regulação da glicose no sangue. Regula a glicemia.</p><p>CORTICOIDE – porque é sintetizado e secretado pelo córtex da adrenal</p><p>São hormônios esteroides que afetam o metabolismo dos carboidratos e reduzem a resposta inflamatória.</p><p>O grupo dos glicocorticoides inclui hormônios como o cortisol. Tais hormônios são liberados em situação de estresse e</p><p>estimulam o aumento da concentração de glicose no sangue.</p><p>A secreção de cortisol é estimulada pelo hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), em resposta ao estresse e à</p><p>hipoglicemia.</p><p>Cortisol pode agir em vários tecidos e em todos os tecidos ele vai atravessar a membrana celular e se ligar em um</p><p>receptor de glicocorticoide localizado no citoplasma. Uma vez ativado, esse receptor pode seguir para o núcleo e interagir</p><p>com regiões específicas do DNA. Consequentemente ativar</p>