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ORIENTAÇÃO AO TCC (TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO) Luci Carlos de Andrade AULA - 4 Unidade 4. TCC: O TRABALHO MONOGRÁFICO Unidade 4 O TRABALHO MONOGRÁFICO 4 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UMA MONOGRAFIA 5 AS NORMAS DA ABNT 7 SOBRE A FORMATAÇÃO DA MONOGRAFIA 9 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 12 ELEMENTOS TEXTUAIS 13 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 13 Exercícios Propostos 14 Sumário 2 Nesta unidade, estudaremos itens relevantes para a ela- boração de uma monografia. Complementando com considerações sobre as normas da ABNT e informa- ções sobre a formatação do trabalho monográfico. BOM ESTUDO! Caro(a) aluno(a), 3 4.01. O TRABALHO MONOGRÁFICO Um trabalho científico requer disponibilidade do pes- quisador em buscar todo aparato para que torne pos- sível a realização da pesquisa. Demanda tempo, dedi- cação e organização, para que na medida do possível e mediante a clareza e objetividade da investigação, o pesquisador obtenha êxito na sua produção científica, seja ela qual for. Em princípio, realizar leituras de revistas especiali- zadas da área a ser estudada e a participação em cursos de especialização, extensão e aperfeiçoamento, em seminá- rios e congressos científicos muito contribuem, no mo- mento, em que se busca investigar um determinado tema. Outra questão importante em um projeto de pes- quisa é o interesse por algo , por uma questão que se queira investigar. Certamente, que só se conhece, só se é levado a investigar à medida que se precisa encontrar solução ou respostas a questionamentos ou dificuldades na área específica da temática. 4 4.02. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE UMA MONOGRAFIA Além disso, alguns outros pontos merecem atenção, quando se propõe uma investigação. São critérios que servem para reflexão do pesquisador. Pensar na pesqui- sa a ser realizada nos seguintes aspectos: originalidade, importância, viabilidade e conhecimento do assunto. É necessário pensar na originalidade do trabalho para evitar que se pesquise sobre um assunto já conhe- cido e, portanto, não se acrescente nada com o traba- lho de investigação. Mesmo uma pesquisa bibliográfica, quando se utiliza de outros autores, dispensando a pes- quisa de campo, é possível somar grande contribuição para a ciência no preenchimento de lacunas deixadas pelas pesquisas publicadas sobre o assunto. (INÁCIO FILHO, 2007) Um tema deve levar em conta também a sua im- portância. Refletir sober a relevância do trabalho para a comunidade científica e mesmo para a sociedade. A viabilidade é outro item que não se pode desconsiderar, pois o pesquisador pode correr o risco de perder tempo e recurso. O pesquisador deve atentar para realizar uma pesquisa sobre um determinado assunto, que ainda não foi objeto de estudos e publicações. Essa reflexão com 5 base em estudos requer também muita observação so- bre as produções já realizadas. Essa observação feita com base em leituras irá auxiliar o pesquisador para que tenha o conhecimento do assunto a ser estudado. Desse modo, terá condições de propor problemas relevantes no seu projeto de pesquisa. A Fundamentação teórica é outra questão impor- tante em qualquer elaboração científica, pois consiste em explicitar e embasar os conceitos fundamentais na utilização de procedimentos para as análises, assim como as categorias e os pressupostos teóricos, que sus- tentarão todo o desenvolvimento da pesquisa. Para Inácio Filho (2007), todo esse conjunto de categorias, conceitos e pressupostos deve constituir-se num todo articulado dentro do trabalho científico. O conhecimento sobre a estrutura da pesquisa também deve fazer parte do interesse do pesquisador, no senti- do de estruturar o trabalho dentro dos padrões exigidos para elaboração de um trabalho científico. Além de buscar um conhecimento sobre o assunto a ser pesquisado, fazendo um levantamento das obras já apresentadas sobre a temática, é necessário também que o pesquisador tenha acesso à estrutura do trabalho e à questão da normatização das elaborações científicas. Toda pesquisa deve atender as exigências da normas, para que seja aceito pela comunidade científica. Logo abaixo, seguem algumas considerações sobre as normas da ABNT, para que você pesquisador, possa 6 inteirar-se de forma breve de normas que regulam a ela- boração científica, sem contudo deixar de pesquisá-las e estudá-las de maneira mais criteriosa, para o êxito do seu trabalho, no caso a monografia. AS NORMAS DA ABNT Todo trabalho científico exige uma formatação com base nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. É um padrão nacional de normas, que vale para todos as produções científicas. É interessante ter acesso a estas normas para formatar de forma prática e objetiva seus próprios trabalhos e, principalmente, a monografia. Nesse sentido, Habermann (2009) traz colabora- ções, que esclarecem questões importante relacionadas às normas, e que são na maioria das vezes, motivo de dificuldades na elaboração de trabalhos, por parte de pesquisadores. A ABNT foi fundada no ano de 1940. Trata-se de uma entidade privada de políticas públicas, sem fins lu- crativos, reconhecida por Lei, como órgão de utilidade pública dirigida por membros de um conselho delibe- rativo, conselho fiscal, conselho técnico e a diretoria executiva. 4.03. 7 Pode-se dizer que é o único órgão responsável de normalização técnica no Brasil, e é a única e exclusi- va representante no país de entidades internacionais, como: a ISO - International Oganization For Standar- dization, da qual é membro fundadora, bem como da COPANT - Comissão Pan-Americana de Normas Téc- nicas e da AMN - Associação MERCOSUL de Norma- lização. Também é representante da IEC - International Eletrotechnical Commission. Quando se refere aos trabalhos acadêmicos o co- mitê responsável pela elaboração e alteração é o da in- formação e documentação - ABNT/CB-14. A ABNT tem como finalidade promover o desenvolvimento tec- nológico nacional e, neste caso, padronizar a forma de apresentação dos trabalhos acadêmicos, para que todos os trabalhos apresentados pelos alunos sigam o mesmo padrão. (HABERMANN, 2009) A ABNT apresenta várias normas que são referen- dadas com números chamados de NBR, que significa Normas Brasileiras, as quais estão sujeitas a revisões pe- riodicamente. O acadêmico precisa estar atento às mu- danças das normas por ocasião da elaboração do seu trabalho, considerando as constantes adequações que a ABNT processa. Abaixo, apresentamos as normas mais utilizadas em trabalhos acadêmicos: - ABNT NBR 6023:2002, que referencia sobre a elaboração das referências; 8 - ABNT NBR 6024:2003, que referencia sobre a numera- ção progressiva das seções de um documento escrito; - ABNT NBR 6027:2003, que referencia sobre o sumário; - ABNT NBR 6028:2003, que referencia sofre o resumo de trabalho; - ABNT NBR 6034:1989, que referencia sobre o índice de publicações; - ABNT NBR 10520:2002, que referencia sobre as citações em documentos; - ABNT NBR 12225:2004, que referencia sofre a lombada e; - ABNT NBR 14724:2005, que referencia sobre a forma- tação dos trabalhos acadêmicos como: a capa, página de rosto, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, dentre outros itens. A formatação básica para elaborar um tra- balho acadêmico deve ser baseada nos princípios gerais da NBR 14724:2005. 4.04. SOBRE A FORMATAÇÃO DA MONOGRAFIA Ainda, em Habermann (2009), apresentamos basica- mente os padrões aserem seguidos na formatação de uma monografia, devendo-se considerar que a forma- tação básica para elaborar um trabalho acadêmico deve ser baseada nos princípios gerais da NBR 14724:2005: 9 • PAPEL: deve ser branco, formato A4 e o texto deve ser digitado no anverso da folha, ou seja, na frente, exceto para a folha de rosto que deverá conter a ficha catalo- gráfica, impressos na cor preta, podendo utilizar outras cores apenas para ilustrações; • MARGENS: a margem deverá obedecer 3 cm de borda superior e esquerda e 2 cm de borda inferior e direita; • ESPACEJAMENTO ENTRELINHAS: deve ser de 1,5 cm em todo o trabalho, exceto para as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, nome da instituição e área de formação, que devem ser redigidos em espaçamento simples; • PARÁGRAFO: 1,25 cm em todo o trabalho, exceto para as citações; • TEXTO: deve ser justificado em todo o trabalho, exceto para as referências no final do trabalho e notas de ro- dapé, as quais deverão estar alinhadas à esquerda. Se no decorrer do texto utilizar termos de origem estrangeira, recomenda-se o uso de itálico; • FONTE E TAMANHO: é facultado ao acadêmico utilizar- se de qualquer tipo de fonte, porém as mais indicadas são a Arial ou Times New Roman, até mesmo a Courier New, pois o formato da letra contribui para que a leitura seja menos cansativa. O tamanho exigido é 12, exceto para citações com mais de 3 linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e tabelas, devendo ser redigidas em tamanho menor e uniforme. Nestes 10 casos, o tamanho indicado é 10; • PAGINAÇÃO: deve ser contada a partir da folha de rosto continuamente, mas não numeradas, só deve aparecer o número de páginas a partir da primeira folha da parte textual, ou seja, da introdução, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha a 2cm da borda supe- rior. Se por ventura, o trabalho for em dois volumes, o número de páginas continua de onde parou o primeiro volume. Se houver apêndices e anexos, estes deverão ser numerados sequencialmente após a conclusão; • TÍTULOS DAS SEÇÕES E SUBSEÇÕES: trata-se dos elemen- tos textuais, que devem seguir o indicativo numérico, alinhado à esquerda separado por um espaço de carac- teres, destacados em letras maiúsculas, negrito, itálico ou sublinhado, devendo o texto iniciar após dois espa- ços de 1,5 cm entrelinhas; • TÍTULOS DAS SUBSEÇÕES: segue a mesma formatação dos títulos das seções, porém é opcional redigir em le- tras maiúsculas ou minúsculas, desde que seja padrão em todo o trabalho. (HABERMANN, 2009, p. 22) Vale ressaltar que nos elementos pré-textuais e pós-textuais, não se utiliza a indicação numérica de- vendo ser redigidos em letras maiúsculas, centraliza- das, em negrito, itálico ou sublinhado, com exceção da dedicatória e epígrafe, as quais não deverão conter os títulos e indicativo numérico conforme dispõe a NBR 6024:2003. 11 Além da formatação básica do trabalho acadêmico, é necessário compreender a divisão da estrutura desse trabalho. Ou seja, os elementos pré- textuais, textuais e pós-textuais descritos abaixo. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS Nos elementos pré-textuais devem constar: - Capa; - Folha de rosto; - Folha de aprovação; - Dedicatória(s); - Agradecimento(s); - Epígrafe; - Resumo na língua vernácula; - Resumo em língua estrangeira; - Lista de ilustrações; - Lista de tabelas; - Lista de abreviaturas e siglas; - Lista de símbolos; - Sumário. Nestes elementos, estão os de caráter obrigatório e os de caráter opcional, que poderão ser melhor identifica- dos na unidade 5. 4.05. 12 ELEMENTOS TEXTUAIS Nos elementos textuais, configura-se o corpo do traba- lho, e deve constar: - Introdução; - Objetivo Geral; - Objetivo Específico; - Método; - Resultado; - Discussão; - Conclusão. 4.06. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS Esta é a última parte da estrutura do trabalho e deve constar: - Referências (obrigatório); - Apêndice (opcional); - Anexo (opcional); - Glossário (opcional). 4.07. 13 Exercícios Propostos 1. Comente os critérios a serem pensados para a elabo- ração de uma monografia. 2. O que deve constar nos elementos pré-textuais de uma monografia? 3. No corpo da monografia existe o item - Títulos das seções e subseções. Esclareça. 4. Todo trabalho científico exige uma formatação com base nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Justifique esta afirmação. 5. Comente o pensamento de Inácio Filho (2007): “todo esse conjunto de categorias, conceitos e pressu- postos deve constituir-se num todo articulado dentro do trabalho científico. O conhecimento sobre a estrutu- ra da pesquisa também deve fazer parte do interesse do pesquisador, no sentido de estruturar o trabalho dentro dos padrões exigidos para elaboração de um trabalho científico”. 14 15
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