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RESUMO FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

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Bruna Medina 
Respiratória 
Propedêutica do Sistema Respiratório 
04/02/2020 
➩ ANAMNESE 
→ Identificação do paciente (sexo, idade) 
→ Queixa principal (dispneia, tosse, chiado, hipersecreção, dispneia nos esforços) 
→ Histórias pregressa e atual (há quanto tempo, até atualmente– não colocar o nome da doença e 
sim os sinais e sintomas do suposto diagnóstico 
→Descrição dos sinais e sintomas sintomas 
 Apresenta = sinal 
 Refere/fala = sintoma 
→ Antecedentes (relacionado a aspectos familiares) 
→ Hábitos de vida 
 Ambiente de trabalho (poeira, produtos químicos); 
 Moradia (madeira, alvenaria, carpete, cortina) 
→ Aspectos sócio econômicos e sociais 
 
➩ SINTOMAS COMUNS 
→ DISPNEIA 
 “Canseira”; 
 Falta de ar; 
 Pode ter origem desconhecida, que geralmente é psicogênica (origem psicológica); 
 
Bruna Medina 
 Pode ocorrer em crises (período noturno/madrugada e pela manhã (circo circadiano) 
 Em crise vinculada com asma brônquica; 
 Pode ser no repouso; 
 Qualquer pneumopatia crônica do sistema respiratório com grave acometimento de 
função pulmonar podem levar a dispneia no repouso. 
 Pode ser desencadeada pelo esforço. 
 Perguntar em quais situações ele sente falta de ar 
 Precisa-se delimitar 
 Teste de caminhada de 6 minutos 
 
→ DOR TORÁCICA 
 TAQUEOBRONQUITE – área central, atrás do esterno 
 
 PLEURÍTICA – normalmente ao inspirar 
 
 
Bruna Medina 
 PAREDE – vinculada a comprometimentos de músculos, articulações e ossos da parede 
torácica; comum em pacientes que tossem muito 
 
 CARDIOPATIAS – dor torácica de esforço dependente; normalmente a dor é irradiada 
 
 
→ TOSSE 
 
PRESENTE: 
 Sim 
 Não 
 Eficaz – tem força para tossir 
 Ineficaz 
EXPECTORAÇÃO 
 Sim 
 Não 
SECREÇÃO Pequena 
 Quantidade Média 
 Grande 
 
 
Bruna Medina 
 Mucóide – secreção clara (asmático) 
Aspecto Purulenta – secreção amarelada (infeccioso) 
 Ferruginosa – secreção amarronzada (🡑 infecção) 
 Hemoptóico – secreção com sangue 
 Rósea espumosa – secreção do edema agudo de pulmão cardioênico 
 
 Fluida 
Viscosidade Semi-espessa 
 Espessa 
 
 
11/02/2020 
➩ INSPEÇÃO ESTÁTICA 
→ COLORAÇÃO 
 - Corado – normal; 
 - Palidez - ↓ PA, síncope; 
 - Rubor – crises hipertensas, febre; 
 - Cianose – ↓ significativa da PaO2, ↓ O2 nos tecidos (insuficiência respiratória aguda ou crônica) 
⤷ Central (comprometimento de função cardíaca) 
⤷ Periférica (vasculopatia periférica) 
 
 
 
Podem desenvolver tamponamento 
 
Bruna Medina 
→ SUDORESE 
- Insuficiência respiratória aguda; 
- Sobrecarga respiratória; 
- Paciente febril 
 
→ EDEMA 
- Insuficiência cardíaca congestiva; 
- Difuso - anasarca – choque séptico 
- Periférico – MI (insuficiência cardíaca direita – por hipertensão pulmonar primária devido uma 
pneumopatia crônica ex: DPOC) 
 
→ DRENOS 
- Tórax, mediastino, abdominal 
 
→ SONDAS 
Nasogástrica, vesical, nasointeral, aspiração, cateter venoso central (introdução de 
medicamentos) 
 
→ CICATRIZES 
 - Descrever e localizar 
 - Nível torácico – posterolateral, esternotomia mediana, minitoracotomia; 
 - Abdominal – laparotomia exploradora, colecistectomia 
 
→ BAQUETEAMENTO DIGITAL 
 - Causa: hipoxemia crônica; 
 - ↓ Volume falange distal (edema periférico) 
 - Inversão do posicionamento da unha 
 
Bruna Medina 
 
 
 
→ TIPO DE TÓRAX 
 ↓ 90° - longelíeno 
ÂNGULO DE CHARPI = 90° - normolíneo 
 🡑 90° - brevelíneo 
 
 
DPOC – bronquite: brevelíneo; enfisema: longelíneo 
 
→ TIPO DE TÓRAX PATOLÓGICO 
 TÓRAX EM TONEL 
Hiperinsuflado/hipersecreção pulmonar; 
Ex: DPOC – enfisema 
 
 TÓRAX CIFOESCOLIÓTICO 
Hipercifose + escoliose importante 
Ex: doenças neurológicas da infância 
 
 
 
Bruna Medina 
TÓRAX FUNIL 
Depressão do o. esterno 
Geralmente não altera a função pulmonar 
 
QUILHA DE NAVIO 
Porção inferior do tórax fica pontuda 
Geralmente não altera a função pulmonar 
 
 
 
PECTOS CARINATUM 
Deformação da porção superior até inferior 
 
 
➩ INSPEÇÃO DINÂMICA 
→ FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
- Normal 12 – 20 rpm 
- Taquipinéica - ↑ 20 rpm 
 ↑ 28 – taquipneia significativa 
 ↑ 35 – talvez necessite de VMI 
- Bradpnéia - ↓ 20 rpm 
 
 
Bruna Medina 
1 FR = 1 INSP + 1 EXP 
 
 
→ RITMO RESPIRATÓRIO 
 - NORMAL 
 - PATOLÓGICO 
 CHEYNE – STOKES – paciente está taquipneico e reduz a respiração até estar em 
apnéia, depois repete.... 
 Comum em pacientes com distúrbios neurológicos central (centro respiratório) e 
acidose metabólico 
 
 
 BIOT 
 
 
 RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL 
 
Bruna Medina 
 
 
 
 
 RESPIRAÇÃO SUSPIROSA – se não for muito frequente pode ser fisiológico 
 
 
 O tipo respiratório pode alterar a gasometria 
 
→ TIPO DE RESPIRAÇÃO 
 COSTAL (região apical, usa os mm acessórios); 
 ABDOMINAL (usa muito o diafragma – é a mais fisiológica); 
 MISTA (faz as duas) 
 
→ TIRAGEM 
Depressão do tecido subcutâneo por sobrecarga ventilatória 
Podemos ver: espaços intercostais, região supraclavicular, epigástrico e região de fúrcula 
estrernal 
 
Bruna Medina 
 
 
→ RESPIRAÇÃO PARADOXAL 
Inversão do movimento do músculo diafragma (ele sobe devido fadiga muscular) 
Grande redução na ventilação pulmonar/VM/VC 
 
 
→ SINAL DE HOOVER 
Retração das últimas costelas ao inspirar 
Paciente com hiperinsuflação pulmonar 
 
→ BATIMENTO DA ASA DO NARIZ 
Por sobrecarga ventilatória 
 
 
➩ PALPAÇÃO 
→ DOR TORÁCICA 
De parede; 
Problema musculoesquelético 
 
→ EXPANSIBILIDADE PULMONAR 
Colocar as mãos bilateralmente sobre o tórax para avaliar a expansão, observando se uma sobe 
mais que a outra 
 
→ ELASTICIDADE TORÁCICA 
Coloca-se as mãos no tórax e pressiona durante a expiração 
 
Bruna Medina 
É normal quando o tórax sede a pressão 
 
→ PERCUSSÃO 
Percutir o espaço intercostal; 
Posiciona o 3º dedo de uma e percutir com o 
3º dedo de outra; 
Normal – som claro; 
Hipersonoridade/Hipertimpanismo – som alto 
(mais ar, enfisema); 
Hiposonoridade – abafado 
 
➩ EXAME MUSCULAR RESPIRATÓRIO 
 
 
TESTE DO MÚSCULO DIAFRAGMA: faz pressão no diafragma 
TESTES DOS MÚSCULOS INTERCOSTAIS 
TESTES DOS MÚSCULOS ABDOMINAIS: solicita tosse ao paciente 
TESTES DOS MÚSCULOS ACESSÓRIOS: observados ou palpados 
 
 
Bruna Medina 
→ PRESSÃO MUSCULAR RESPIRATÓRIA 
 MANIVACUOMETRIA – teste objetivo de força dos músculos respiratórios para avaliar: 
• Pressão Inspiratória Máxima (PIM) - a partir do VR - a partir da CRF 
• Pressão Expiratória Máxima (PEM) - a partir da CPT 
 
 
 
➩ AUSCUTA PULMONAR 
→ SOM TRAQUEAL 
Esteto na laringe e traqueia 
Ausculta mais superior 
 
→ RESPIRAÇÃO BRÔNQUICA 
 
Bruna Medina 
Esteto no o. esterno 
Ausculta mais inferior 
 
→ MURMÚRIO VENTRICULAR 
Som da passagem de ar através das vias aéreas inferiores (atrito) 
⤷ Presente 
⤷ Diminuído 
⤷ Ausente 
 
 
→ RUÍDOS AVENTÍCIOS 
 Som patológico 
⤷ ESTERTORES ÚMIDOS 
Crepitantes – ruído no final da inspiração; 
Som de descolamento pulmonar alveolar (problema nos alvéolos) 
ex: pneumonia, edema agudo de pulmão 
 
 
Bruna Medina 
Subcrepitantes – ruído em toda a respiração 
Som de bolhas estourando (bolhosos) 
Alteração nos brônquios de médio e fino calibre 
Geralmente possui edema e/ou bronquiectasia 
⤷ ESTERTORES SECOS 
Roncos – presença de secreção em vias aéreas de grande calibre se modificam rapidamente 
pela eliminação 
 
Sibilos por broncoespasmo – aparecem na expiração 
Difusos 
Não se alteram com a tosse 
Tonalidade aguda/fina 
Broncos de pequeno calibre 
Ex: paciente asmático 
Broncoespasmo = contração espasmódica da m lisa brônquica 
 
Sibilos por secreção – na inspiração e na expiração 
Som fino e localizado 
Se altera com a tosse Localizados 
 
⤷ ATRITO PLEURAL/FROTE PLEURAL 
Som seco 
Ocorre quando há fibrotórax 
Ex: derrame pleural exsudativo 
 
⤷ RUÍDO DE TRANSMISSÃOSe ouve no tórax, mas a origem é em outra região 
Pode ter origem no nariz, boca, laringe, orofaringe, traqueia, circuito do ventilador mecânico ou 
no tubo de drenagem 
 
Bruna Medina 
 
 
⤷ SOPRO TUBÁRIO 
 “murmúrio vesicular aumentado” 
 
 
 
 
🞻 PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO 
Peak Flow 
 
 
 
Bruna Medina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espirometria 
➩ CONCEITO 
→ Medida do ato respiratório, quantidade de ar inspirado e expirado 
→ Classifica o risco cirúrgico (obstrução grave dificilmente vai para a cirurgia) e também é usado na 
saúde do trabalhador 
 
➩ APLICAÇÕES 
→ Diagnostico disfuncional respiratório; 
 ⤷ Mostra se o comprometimento é obstrutivo, restritivo ou misto; 
→ Pré-operatório de cirurgia torácica; 
 
Bruna Medina 
→ Investiga dispneia, investiga tosse e faz um diagnostico diferencial que mostrando se a origem da 
dispneia é pulmonar ou cardíaca; 
→ Controle evolutivo da doença pulmonar crônica; 
→ Saúde do trabalhador. 
 
➩ PARÂMETROS (o que o exame mede) 
→ Capacidade Vital Forçada – CVF (L) 
 ⤷ Mede o volume total (em litros) de ar que foi expirado 
→ Volume Expiratório Forçado no 1º segundo – VEF1 
 ⤷ Volume de ar que sai no 1º segundo em uma expiração forçada (a maior parte deve sair no 
1º segundo) 
→ VeF1 /CVF (%) – índice de Tiffeneau 
→ Fluxo Expiratório Forçado Máximo – FEF Max (L/seg) 
 ⤷ Velocidade máxima que o ar atinge nas vias aéreas 
 
 
 - - - - 1 
 
 
 
 
V= fluxo de tempo/fluxo de volume 
1= FEF Max (paciente fez força para expirar – precisa do pico mesmo sendo baixo) 
→ FEF 25-75% 
 ⤷ Fluxo expiratório forçado entre 25 e 75% da expiração 
 ⤷ Avalia vias aéreas de médio calibre 
 
➩ LAUDO ESPIROMÉTRICO 
 
V 
✖ ✓ 
 
Bruna Medina 
A- TIPOS DE DISTÚRBIOS: 
→ Distúrbio Ventilatório Obstrutivo – DVO 
 ⤷ Obstrução – alteração no fluxo aéreo/limitação/comprometimento do fluxo aéreo → há 
dificuldade para o ar passar através das vias aéreas 
 ⤷ Aumento da resistência a passagem do ar através da via aérea 
 ⤷ Hipersecreção, broncoespasmo, edema de mucosa (leva a obstrução) perda de tração 
bronqueolar 
 ⤷ Asma, bronquite, enfisema → levam a obstrução 
 
→ Distúrbio Ventilatório Restritivo – DVR 
 ⤷ Há restrição a expansão toracopulmonar 
 ⤷ Comprometimento na caixa torácica (cifoescoliose), comprometimento de músculos 
respiratórios (distúrbio neuromuscular), comprometimento pleural (pneumotórax, derrame pleural), 
comprometimento das vias aéreas/pulmão (fibrose pulmonar idiopática) 
 
→ Distúrbio Inespecífico – DI 
 ⤷ Observar a correlação clínica 
 ⤷ CVF ↓ 
 ⤷ VEF1 / CVF N 
 
→ Distúrbio Misto – DM 
 ⤷ Ocorre quando o DVO estiver com ↓CVF (no pré BD) e se analisa com a regra da %CVD – 
VEF1 pós BD (aplicar regra ≤ 12) 
 
 DVO DVR DVI MISTO 
CVF N/⭣ ⭣⭣ ⭣ ⭣ 
VeF1 N/⭣⭣ N/⭣ 
VeF1/CVF ⭣ N/⭡⭡ N 
 
 
→ DVO com ⭣CVF (laudo) 
 Aplicar a regra: 
 
% CVF - % VeF1 pré BD 
 
① ≤ 12 → DVR associado (caracteriza misto) 
 
Bruna Medina 
② 13 / 24 → Indefinido 
③ ≥ 25 → Hiperinsuflação pulmonar (CVF – porque o ar ficou preso – colabamento precoce na 
expiração) 
 
B- CLASSIFICAÇÃO DA GARVIDADE 
→ DVO 
 ⤷ Relação VeF1/CVF <0.70 na fase pós BD 
VeF1 ≥ 80 → GOLD 1 – distúrbio leve 
VeF1 50-80 → GOLD II – distúrbio moderado 
VeF1 < 50 e > 30 → GOLD III – distúrbio grave 
VeF1 < 30 → GOLD IV – muito grave 
 
→ DVR 
 ⤷ % CVF na fase pré BD 
< 80 e ≥ 60 – restritivo leve 
51 – 59 – distúrbio restritivo moderado 
≤ 50 – distúrbio restritivo grave 
 
→ PROVA PÓS BD 
 ⤷ 400 mcg B2 agonista (fenoterol, salbutamol, formoterol) 
🞻 Pós efeito – sopra 
 
→ PROVA PÓS BD 
 ⤷ ⭡200ml ou/e 12% (número mínimo para ser +) do VeF1 
 ⤷ ⭡300ml na CVF 
 
Técnicas de Higiene Brônquica 
 
Bruna Medina 
➩ INDICAÇÕES 
→ Secreção que obstrui a passagem do ar 
→ Paciente entubado/traqeostomizado (há perda de função da remoção do muco – como a 
deglutição) 
 
 
 
 
 
 
➩ DEPURAÇÃO DE MUCO DAS VIAS AÉREAS 
→ TRANSPORTE MUCOCILIAR 
 
→ FLOW BIAS (fluxo expiratório maior) 
 
→ TOSSE – mecanismo de eliminação do muco para as vias aéreas centrais, após isso, é deglutido ou 
eliminado via oral. VIAS AÉREAS CENTRAIS 
→ TRANSPORTE MUCOCILIAR 
 A contração dos cílios conduz o muco de via aérea periférica para via aérea central 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conduz o muco nas vias aéreas periféricas (pequeno calibre) 
em direção as vias aéreas centrais (maior calibre) 
VIAS AÉREAS PERIFÉRICAS 
 
Bruna Medina 
 
 
É indicada a higiene brônquica devido: 
🞻 ⭡ AUMENTO DO MUCO 
Devido inflamação de via aérea 
Cílios ficam insuficientes 
 
🞻 HIPERPRODUÇÃO DE SECREÇÃO 
 O transporte mucociliar e o fluxo expiratório maior tornam-se insuficientes para eliminar o muco 
 
→ FLOW BIAS CEFÁLICO 
Aceleração do fluxo expiratório em relação ao inspiratório, em virtude da compressão das vias 
aéreas durante durante a expiração, o que auxilia no deslocamento do muco em direção à traqueia 
 
 
 
 
Movimento contínuo de gás para dentro e para fora dos pulmões 
 
 
O sentido do flow bias será determinado pela diferença entre os valores de fluxos 
aéreos inspiratório e expiratório 
 
 
flow bias central flow bias periférico 
 
fluxo expiratório maior fluxo expiratório menor 
 
 
Condução do muco na direção da via aérea 
periférica 
(ruim, acumula secreção nas vias aéreas 
periféricas de pequeno calibre) 
 
 
Bruna Medina 
 
 
 
➩ TÉCNICAS DE REMOÇÃO DE SECREÇÃO 
MECANISMOS DE AÇÃO 
→ AÇÃO DA GRAVIDADE 
- Muco conduzido por efeito gravitacional 
- Via aérea será posicionada para que o efeito gravitacional auxilie na condução do muco 
 
⤷ DRENAGEM POSTURAL 
Posiciona o segmento broncopulmonar em posição em que a gravidade favoreça a condução do 
muco 
Técnica básica para se associar as outras técnicas 
Quando não indicar? 
 Pós AVE, TCE, ICC, DPOC, dispneia, ventilação mecânica invasiva, taquipneia, alimentação naso-
interal 
 
 
DD semi fower 
Drena região apical superior e inferior 
 
Bruna Medina 
 
Cabeça mais baixa que tronco 
 
→ COMPRESSÃO DO GÁS 
Aumenta o fluxo aéreo expiratório, favorecendo a condução do muco 
 ⤷ TOSSE 
Mecanismo de depuração do muco, atua em vias aéreas centrais de grosso calibre 
 ↳ TOSSE TORÁCICA: faz a inspiração máxima e tosse (com a inspiração máxima vai 
haver um bom volume de ar para conduzir a secreção) 
 ↳ TOSSE FRAGMENTADA: inspiração máxima e 2/3 tosses na mesma expiração 
 
Bruna Medina 
 ↳ TOSSE ASSISTIDA: inspiração máxima seguida de compressão brusca no tórax para 
auxiliar a tosse 
 ↳ TOSSE HUFFING/TEF (técnica de expiração forçada): inspiração máxima seguida de 
expiração forçada sem fechar a glote (boca aberta) 
 
🞻 ALTOS VOLUMES: 
Faz Huffing/TEF com pulmão cheio 
Inspiração máxima 
Eficiente em vias aéreas centrais (grosso calibre) 
 
🞻 BAIXOS VOLUMES: 
Inspira pouquinho e faz Huffing/TEF 
Ação em via área de pequeno calibre 
 
 ⤷ PRESSÃO EXPIRATÓRIA 
Consiste em deprimir o gradil costal com uma pressão manual aplicada durante a expiração, 
mobilizando o tórax além do que o paciente consegue fazer, durante expiração manual ou forçada 
 
⤷ ESTIMULAÇÃO TARQUEAL (TOC TRAQUEAL) 
Estimulação da traqueia a nível da fúrcula estrernal 
 
Bruna Medina 
Consiste em deprimir o gradil costal com uma pressão manual aplicada durante a expiração, 
mobilizando o tórax durante a expiração manual ou forçada 
Pacientes que não atendem ao comando verbal para tossir 
Cuidado com traqueomalácea e menores de 2/3 anos 
 
 ⤷ ACELERAÇÃO DO FLUXO EXPIRATÓRIO 
Expiração ativa ou passiva associada a um movimento toracoabdominal sincronizado gerado pela 
compressão manual do fisioterapeuta 
 
⤷ ELTGOL 
Consiste em fazer uma expiração lenta total com a glote aberta em decúbito homolateral (deita do 
mesmo lado que há secreção) 
 
 ⤷ DRENAGEM AUTÓGENA 
 
 
 
 
 
Fase 1 – descolar secreção (paciente respira dentro do volume de reservaexpiratório) 
Fase 2 – coletar o muco descolado (paciente respira dentro do Volume corrente) 
Fase 3 – eliminar a secreção (paciente respira dentro do volume de reserva inspiratório) – grosso 
calibre 
 
CONTRA INDICADO: paciente com dispneia, que não responde ao comando verbal 
 
Bruna Medina 
 
⤷ HIPERINSUFLAÇÃO MANUAL – BAG SQUEEZING 
Consiste em uma série de respirações profundas com pausa inspiratória de três segundos combinada 
com compressão torácica expiratória e aspiração 
Potencializa as forças de recolhimento elástico pulmonar, aumento do pico de fluxo expiratório, com 
consequente deslocamento de secreção 
- 13 ciclos / minuto 
- 20 minutos 
- Pressão limitada em 20 cmH 2º 
 
 
- Instilação de 1 a 5 ml SF 
- 1 a 5 x com ambú associado a compressão torácica 
- 4 séries de 6 ciclos com ambú 
- FiO 2 100 % e fluxo 15 l/min 
 
 
 ⤷ MANOBRA PEEP – ZEEP 
- PEEP elevada para 15 cmH20 
- Pressão de pico em 40 cmH2O 
- Cinco ciclos respiratórios 
- PEEP reduzida a zero bruscamente 
- PEEP reduzida a zero bruscamente 
- Acompanhada de compressão torácica 
- 5 minutos - Segue-se com aspiração 
 
Bruna Medina 
➩ CHOQUE MECÂNICO 
 → PERCUSSÃO TORÁCICA 
 → VIBRAÇÃO MANUAL 
 
➩ TÉCNICAS DE HIGIENE BRÔNQUICA EM UTI 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
Técnicas de expansão pulmonar 
 
→ Exercícios respiratórios 
→ Exercícios respiratórios com dispositivos 
→ Exercícios respiratórios com pressão positiva inspiratória 
 
➩ CONDIÇÕES FACILITADORAS DE PERDA DE EXPANSÃO 
PULMONAR 
• Paciente pós-operatório 
• Incisão cirúrgica 
• Posição supina 
• Disfunção diagragmática 
• Drenos torácicos 
• Tempo prolongado de ventilação mecânica 
 
CONDIÇÕES FACILITADORAS 
 
 
Áreas hipoventiladas Infiltrados Ácumulo de secreção 
 
 
Atelectasias e infecções pulmonares 
 
 
Alterações na ventilação pulmonar e troca gasosa 
 
 
Insuficiência Respiratória Aguda 
 
Bruna Medina 
 
P transp = P alv – (P pl) 
 
⭡ P transp. ⭡ volume pulmonar 
 
 
P pl mais negativa contração muscular 
 
 
Exercício respiratório Inspirometria de incentivo 
PEEP 
 
 
⭡ P transp. ⭡ volume pulmonar 
 
 
P alv positiva gás que ⭡ P atm 
 
 
RPPI CPAP 
BiPAP 
➩ EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS 
 
⭡ Volume de ar inspirado pelo ⭡ do tempo inspiratório 
 
↑ VC e ↓ FR 
Normalizar movimento toracoabdominal 
Redução do trabalho ventilatório 
Reexpansão do tecido pulmonar colapsado 
 
Bruna Medina 
↑ fluxo expiratório mobilização de secreção 
→ EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO DIAFRAGMÁTICO 
 
 
→ EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO COSTAL BASAL OU APICAL 
 
RESPIRAÇÃO LOCALIZADA 
Consiste em posicionar as mãos e dar leve resistência durante toda a inspiração, feita pelo nariz, sobre 
a região a ser expandida ou, ainda, posicionar a área a ser expandida em postura não dependente 
 
 
RESPIRAÇÃO CONTRARIADA 
 
Consiste em posicionar as mãos e dar resistência até 1/3 final da inspiração, quando a resistência deverá 
ser removida bruscamente; esta ação deixa a Ppl negativa, rapidamente, elevando a Ptp, na região a ser 
reexpandida 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
 
→ EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO - SUSPIRO INSPIRATÓRIO 
 
 
→ EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO - INSPIRAÇÃO COM EXPIRAÇÃO ABREVIADA 
 
 
→ EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO - INSPIRAÇÃO FRACIONADA OU EM TEMPOS 
 
Bruna Medina 
 
→ EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO – SUSTENTAÇÃO MÁXIMA DA INSPIRAÇÃO 
 
 
➩ INSPIROMETRIA DE INCENTIVO 
↑ volume de ar inspirado pelo feedback visual 
 
 
Recuperar volumes e capacidades pulmonares precocemente 
 
→ INDICAÇÕES 
• Complicações que levam a atelectasia 
• Cirurgia abdominal alta e torácica 
• DVR ou alterações diafragmáticas 
• Atelectasias pulmonares 
 
 
Bruna Medina 
→ COMO GRADUAR 
Capacidade Inspiratória Estimada 
Ci = 3 x VC 
 
 
 
 
 
A fluxo 
 
Volume no tempo 
 
 
A volume 
 
Inspiração mais lenta e profunda 
 
 
Bruna Medina 
 
 
→ RISCOS OU CONTRA-INDICAÇÕES 
• Dificuldade quanto ao comando verbal 
• CV < 1/3 do previsto ou < 10 ml/Kg 
• Presença de traqueostomia 
• Trabalho ventilatório aumentado 
• Como único tratamento de grandes consolidações pleuro-pulmonares 
• Exacerbação de hipoxemia 
• Exacerbação de broncoespasmo 
• Fadiga, barotrauma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2° bimestre 
Ventilação Mecânica 
com pressão positiva 
(não-invasiva e invasiva) 
28/04/2020 
Ventilação Mecânica com pressão positiva 
➩ CONCEITO 
 A pressão positiva pode substituir parcialmente ou totalmente a atividade ventilatória 
 
Bruna Medina 
 
 Quando há substituição total da atividade ventilatória, o ventilador mecânico empurra ar para 
dentro dos pulmões. À medida que o paciente vai melhorando e ele já tem uma certa condição de 
iniciar a inspiração, este individuo passa a fazer um pequeno esforço para inspirar e dispara o ventilador 
mecânico, recebendo uma ajuda desse ventilador mecânico. 
 
➩ FORMAS DE APLICAÇÃO 
 ⤷ NÃO INVASIVA: 
Ocorre por meio de máscaras (orofacial, oro nasal, máscara fácil total, entre outros 
modelos nasais) 
 Sistema “capacete” ainda não é aceito pela Anvisa no Brasil 
 
 
 ⤷ INVASIVA 
TUBO OROTRAQUEAL 
Tubo orotraqueal que tem uma porção proximal e uma porção distal. A distal fica cerca de 2 dedos 
acima da karina com um balonete que quando insuflado fica intimamente aderido à traqueia, um cuff 
que é por onde se faz a regulagem da pressão 
A grande maioria das vezes é feita por intubação orotraqueal. Os tubos orotraqueais normalmente 
ficam inseridos nos nossos pacientes até 2 semanas aproximadamente, as vezes um pouco menos, as 
 
Bruna Medina 
vezes um pouco mais e o que vai definir isso é o processo fisiopatológico do nosso paciente, se tem 
condições de ser extubado precocemente ou não. 
Em um período maior que 2 semanas talvez se pense na substituição do tubo orotraqueal por uma 
traqueostomia. 
 
 
 
CRICOTIREOIDOSTOMIA 
Na cricotireoidostomia vemos a laringe, a cartilagem tireóidea, logo abaixo a cartilagem cricóide e onde 
tem um corte é a membrana cricotireóidea. Na membrana cricotireóidea é o ponto onde é inserido 
essa pequena cânula, um procedimento de urgência que só é usado quando não é possível fazer a 
entubação orotraqueal (é bem pouca usada) 
 
TRAQUEOSTOMIA 
 Feia em média após duas semanas de intubação orotraqueal onde se vê que o paciente não 
tem perspectiva de ser extubado. – Procedimento eletivo 
 
➩ FASES DO CICLO VENTILATÓRIO 
 
Bruna Medina 
 
FASE 1: FASE INSPIRATÓRIA (ar entrando e insuflando os pulmões) 
FASE 2: TRANSIÇÃO DA INSPIRAÇÃO PARA A EXPIRAÇÃO - CICLAGEM 
FASE 3: FASE EXPIRATÓRIA (ar saindo do interior dos pulmões) 
FASE 4: TRANSIÇÃO DA EXPIRAÇÃO PARA INSPIRAÇÃO – DISPARO TRIGGER SENSIBILIDADE 
➩PRINCÍPIOS VENTILATÓRIOS 
→ DISPARO DOS VENTILADORES 
 CONCEITO: transição da expiração para a inspiração, ou seja, como se dará o início da 
inspiração. 
⤷ DISPARO FISIOLÓGICO 
Drive respiratório, nosso comando da respiração. 
Determinado pelo grupo de neurônios dorsal do bulbo. 
Fisiologicamente nós respiramos cerca de 12 a 20 vezes por minuto, justamente pelo fato de ocorrer 
um disparo dado pelo grupo de neurônios dorsal do bulbo. 
 
🞻 Paciente sob ventilação mecânica invasiva, sedado, curarizado ou pela presença de algum processo 
patológico, ele perde esse disparo fisiológico, por isso muitas vezes ele precisa receber uma ventilação 
mecânica controlada. 
 
Bruna Medina 
 
DISPAROS USADOS NA VENTILAÇÃO MECÂNICA POR PRESSÕA POSITIVA: 
⤷ DISPARO POR TEMPO 
A distância entre os ciclos disparados pelo ventilador mecânico é igual. Quem determina a distancia 
entre ciclos é a frequência respiratória que nós graduamos no ventilador mecânico. 
Este sistema disparo é usado nos modos controlados de ventilação mecânica 
 
⤷ DISPAROS POR FLUXO E PRESSÃO 
Nestes, é necessário que o paciente faça um pequeno esforçoinspiratório pra que ele receba a ajuda 
do ventilador mecânico. 
Então, ao se esforçar o ventilador mecânico percebe um fluxo de ar ou uma pressão negativa em 
direção as vias aéreas, o que faz com que o ventilador mecânico entre com a pressão positiva e ajude 
o paciente a inspirar. 
🞻 É exatamente a imagem do cara puxando o fusca, o paciente é o cara 
 
Bruna Medina 
 
 
 
⤷ DISPARO “NEURAL” 
“Nova tecnologia” 
Há uma observação da excitação/despolarização do músculo diafragma por meio de um cateter. 
Então, é inserido um cateter no estomago, e esse cateter tem a capacidade de perceber o momento 
em que o diafragma despolariza. À medida que o diafragma despolariza ele vai disparar o ventilador 
mecânico. 
Então encurta-se o caminho., o disparo se torna mais fácil. 
Pode ser usado na ventilação invasiva ou não invasiva 
 
Bruna Medina 
 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
➩ CICLAGEM DOS VENTILADORES 
Os ventiladores mecânicos precisam interromper o ciclo inspiratório 
CONCEITO: como se dará a interrupção da inspiração, é a transição entre a inspiração e a 
expiração 
 
 ⤷ CICLAGEM POR VOLUME: 
Gradua-se um volume corrente no ventilador mecânico, por exemplo 300ml, após o ventilador 
mecânico entregar esse volume corrente ele cicla, encerra a inspiração e o paciente pode enfim 
expirar 
Para orotraqueal é mais indicada, pois gradua-se o volume diretamente 
 
 
 ⤷ CICLAGEM POR TEMPO: 
Gradua-se um tempo de inspiração, normalmente de 0,8 a 1,2 segundos. Ao final desse tempo de ação 
positiva durante a inspiração ocorre encerramento ciclo inspiratório e o paciente pode enfim expirar. 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
 
 ⤷ CICLAGEM POR FLUXO: 
Se atinge um pico de fluxo 100%, esse fluxo inspiratório vai caindo até que ele caia no valor de 25% do 
pico de fluxo. 
Esse valor de 25% usado em grande parte dos ventiladores é um valor fixo, não se altera. Porém, em 
vários ventiladores mecânicos conseguimos graduar esse 25% (gradua-se 30%, 20%, depende do que 
o paciente vai ter e o que você quer modificar nele) 
 
 
 ⤷ CICLAGEM POR PRESSÃO: 
Pouco usada, hoje nem se usa mais. (método não adequado) 
Gradua-se uma pressão, o ar vai entrando no interior dos pulmões, quando se atinge a pressão que 
você graduou o paciente expira. 
 
 
 
Bruna Medina 
Ventilação Mecânica não-invasiva (VNI) 
→ Ocorre por meio da aplicação de máscaras 
→ Começou a ser aplicada na insuficiência respiratória aguda na década de 30. 
 
 
 
 
➩ MODALIDADE DE VNI 
 ⤷ CPAP – Pressão positiva continua nas vias aéreas 
→ Quando o indivíduo inspira ele recebe uma pressão positiva e quando expira ele continua 
recebendo a mesma pressão positiva. 
→ Se eu graduo 8cm de água, ao inspirar o paciente recebe 8cm de água e ao expirar recebe 8cm 
de água. Ou seja, a pressão nunca vai retornar a 0 
 
 
Bruna Medina 
 
VARIAÇÕES DE CPAP: 
⤷ AUTO-CPAP 
→ Aciona-se uma pressão menor (por exemplo 4 ou 5 cm de água) e uma pressão maior (por 
exemplo 12 ou 13 cm de água) 
→ O paciente vai receber uma pressão maior ou menor dependendo da resistência da via aérea 
encontrada ao dormir (o AUTO-CPAP é usado para pacientes com apneia do sono). Então para evitar 
os eventos de obstrução das vias aéreas altas, o ventilador/aparelho de CPAP aumenta e diminui a 
pressão por meio dessa variação de resistência das vias aéreas 
 
 
⤷ PRESSÃO BÍ-NÍVEL – BiPAP 
→ Pressão em dois níveis 
→ Muito usada em pacientes com insuficiência respiratória aguda 
→ Gradua-se uma pressão menor (por exemplo 5 ou 6cm de água) e uma pressão maior (por 
exemplo 15 cm de água). 
→ Ao inspirar, o paciente vence uma pequena resistência dada – sistema de disparo e passa a 
receber uma pressão maior. No final do ciclo, encerra-se o ciclo por fluxo e o paciente vai expirar, 
onde, ao expirar a pressão abaixa para o valor menor graduado. 
→ Em todas as inspirações, aumenta a pressão. Em todas as expirações, abaixa a pressão 
 
Bruna Medina 
 
⤷ RPPI – respiração por pressão positiva intermitente 
→ Gradua-se somente uma pressão, a pressão por inspiração. Na expiração, a pressão retorna a 0. 
(abre uma janela de oportunidades para graduar uma pressão maior na inspiração e fazer um trabalho 
de reexpansão pulmonar mais efetivo) 
→ Não há efeito de PEEP (pressão positiva no final da expiração), pois a pressão na expiração retorna 
a 0. Por isso não usamos RPPI em insuficiência respiratória aguda 
→ Mais indicada nas atelectasias localizadas 
 
 
➩ MODELOS DE APARELHOS GERADORES DE PRESSÃO POSITIVA DE 
FORMA NÃO-INVASIVA 
• Características técnicas 
• Modalidades 
• Parâmetros graduados 
• Vantagens 
• Desvantagens 
 
→ GERADOR DE FLUXO DE CPAP 
 
Bruna Medina 
 →Muito usado na década de 90 
 →Gera CPAP (pressão positiva continua nas vias aéreas) 
 →Composto pelo gerador de fluxo (preto) que vai conectado a um 
fluxômetro de O2 na rede de oxigênio que está disponível 
 → Além do gerador de fluxo há o tubo corrugado: ele é 
conectado em uma máscara de duas portas. Na porta de 
cima o fluxo de ar entra durante a inspiração e na 
expiração o ar sai pela porta de baixo., sendo 
submetida a uma válvula de PEEP (pressão positiva expiratória final). 
→ Então, esse sistema tem uma máscara de duas portas e uma presilha cefálica para fixação. 
→ válvula geradora de fluxo (preto) 
→ 1: gradua o fluxo 
→ 2: fração inspirada de O2 (21 a 100%) 
→ 3: por onde o ar entra durante a inspiração 
→ 4: onde é conectado ao tubo corrugado que 
vai para o paciente 
→ 5: máscara de duas portas 
→ 6: válvula de PEEP (0 a 20cm de água) 
→ 7: presilha cefálica 
 ↳ Uma das vantagens é que ele regula a fração inspirada de 21 a 100%, o que é bom, mas, ele 
é um sistema ruidoso para gerar CPAP. É eficiente para aplicar CPAP, é durável, mas tem custo alto. 
 
→ REANIMADOR DE MULLER 
Custo baixo, usado na modalidade CPAP (onde normalmente não ultrapassamos 15cm 
de água), RPPI (onde é aplicada uma pressão maior já que é aplicada somente na 
inspiração até 30/40cm de água) 
→ Pode gerar CPAP e RPPI (pressão positiva intermitente) 
→ Válvula reguladora de pressão (1) compatível com a rede de 
O2, conectado a um circuito (2), há um sistema de disparo 
manual (3) e o circuito chega à parte terminal do aparelho (4) 
 
1 
2 
3 
4
 3 5 
6 
7 
1 
2 
3 4
 3 
 
Bruna Medina 
 
→ PARTE TERMINAL DO APARELHO QUE VAI ENTRAR MAIS 
EM CONTATO COM O PACIENTE 
→ Uma parte do circuito terminal se conecta ao venturi (1) e a 
outra parte ao nebulizador (2). No nebulizador é onde se 
coloca soro fisiológico que pode estar associado a uma 
medicação prescrita pela equipe médica 
(broncodilatador, mucolitico) 
↳ É usado máscara de uma porta (3) que pode ser 
oronasal/orofacial, nada impede de usar uma máscara nasal ou usar um bocal 
↳ Essas máscaras não podem ter sistema de exalação na própria máscara, já que o ar vai sair pelo 
orifício (4) durante a expiração, ela precisa ser vedada. 
 
→VENTURI – misturador gasoso 
→Mistura 100% de O2 que vem da rede (1) com 
21% de O2 que vem do ar ambiente (2). Essa 
mistura nesse sistema vai ofertar ao paciente (3) 
uma fração inspirada de O2 de 40% 
→ Por esse sistema também ocorre a saída do ar 
(4), o indivíduo expira e o ar é exalado. Isso 
confere proteção e evita barotrauma. 
 
 
 
 
 
 
→ A princípio o reanimador de Miller é usado e compatível com a 
rede de O2 (1), mas é possível adaptar uma PEÇA DE AR 
COMPRIMIDO e conectar. Ligado na rede de ar comprimido (2) 
→ Em uma situação em que o paciente não precise de uma 
fração inspirada de O2 acima de 21%, então é usado na rede de ar 
comprimido. 
 
1 
3 
2 
4
 3 
1 
2 
3 
4
 3 
1 
2 
 
Bruna Medina 
 
 
→ ADAPTAÇÃO FEITA CONECTANDO O REANIMADOR DE MILLER A UMA REDE DE AR 
COMPRIMIDO 
→ Paciente passa a receber uma fração inspirada de O2 de 21% 
 
→ CPAP “eletrônico” 
→ É chamado de CPAP eletrônico porque é um CPAP 
conectadaà rede de energia, onde dentro desse equipamento 
há um sistema interno que gera pressão por meio da entrada 
do ar atmosférico. 
→ É extremamente silencioso 
 
↳ Oferta uma fração inspirada de O2 21% já que o ar vem do ambiente 
↳ É possível graduar as modalidades CPAP, AutoCPAP e até CPAP com alívio na expiração 
↳ Tem sistema de umidificação acoplado 
↳ Os aparelhos são bem interativos, as plataformas podem ser acessadas e fazer acompanhamento e 
resposta ao tratamento online ou por um sistema de cartão 
↳ O custo não é muito elevado 
↳ Pode ser usado em ambiente clínico, hospitalar ou em casa 
 
→ BMC GERAÇÃO 1: Um outro modelo que também usa na 
clínica da faculdade 
→ Também tem CPAP pressão física, AutoCPAP e CPAP com 
alívio na expiração 
→Também tem sistema de umidificação 
→Também grava o seu uso 
 
 
Bruna Medina 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ BiPAP 
 ⤷ Modelo de pressão binvel – sistema eletrônico 
→ Circuito único 
 Esse sistema não deve ser usado nos pacientes com 
insuficiência respiratória aguda por COVID-19. Na COVID-19 
usamos um BiPAP com circuito com ramos inspiratórios e 
expiratórios 
→Tem sistema de umidificação 
→Modelo sincronic Philips respironic 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
→ Grande capacidade de monitorização 
→ Modalidades diferenciadas como espontâneo, 
espontâneo com tempo, modo controlado 
→ Gradua pressão inspiratória – IPAP; gradua pressão 
expiratória – EPAP 
→ Monitora-se pressão, volume corrente 
 
 
 
→ BiPAP sem “módulo NIV” 
Muito usado na década de 90, onde os ventiladores invasivos eram só pra invasivos e não 
invasivos só para não invasivo. Naquela época foi usado muito BiPAP sem “módulo NIV” 
 
→ Anos 90/2000 
→ Usava-se BiPAP na modalidade espontânea usando 
pressão de suporte com CPAP 
→ Não tem módulo NIV 
 
 
 
Bruna Medina 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ INTER-5 
→ Usado até hoje para aplicar BiPAP 
→ Sem módulo NIV 
→ É configurado no modo espontâneo aplicando uma pressão de 
suporte, aplicando uma CPAP – então, dois níveis 
→ Também é graduada a fração inspirada de O2 
 
 
 
 
 
→ MODELO INTERPLUS 
→ Ventilação não invasiva – sem módulo Niv; 
é configurado no modo espontâneo como no Inter-5; 
gradua a pressão de suporte, CPAP – 2 níveis; 
graduamos FiO2, disparo a fluxo ou disparo a pressão 
→ Ventilação invasiva 
 
 
 
 
Bruna Medina 
→ BiPAP com “módulo NIV” 
VANTAGEM MÓDULO NIV: 
- Compensa fuga de fluxo – dá um vazamento de ar pela máscara ou algo assim e o próprio 
ventilador mecânico se auto ajusta para conseguir manter as necessidades da graduação que foi feita; 
- Tem um duplo sistema de ciclagem – normalmente os BiPAP com módulo NIV fazem uma 
ciclagem por fluxo, cicla a 25% do pico de fluxo ou em alguns ventiladores é calculado esse percentual, 
mas quando as BiPAPs aplicada não invasivamente tem o modulo NIV há uma condição de graduar um 
tempo de inspiração limítrofe. Por ex: tempo de inspiração até 1,5s então se por algum vazamento de 
máscara ele não cicla por fluxo, ele cicla por tempo, ele encerra a inspiração pelo tempo de inspiração. 
boa vantagem para dar conforto e manter a ventilação 
 
 
→ MODELO DE VENTILAÇÃO COM CIRCUITO DUPLO 
→ MODELO NÃO INVASIVA BIPAP ADEQUADO PARA 
USAR NA COVID-19, pois ele tem um ramo inspiratório e um 
ramo expiratório com um filtro – EPA (faz a filtragem dos 
microrganismos e evita que eles se espalhem pelo local) 
→ Amplamente usada na VMI 
→Bird Mark 7 
 
Usado na década de 70/80 – RPPI 
Usado na invasiva e não invasiva 
Foi tirado de uso porque o reanimador 
de Miler substituiu 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
➩ VNI NA EXARCEBAÇÃO DA DPOC 
 Paciente com DPOC pode exacerbar e durante essa exacerbação ele geralmente desenvolve 
hipoxemia e se não tiver acidose respiratória ele pode desenvolver, e se tem ela pode piorar. 
Exacerbam por pneumonia, broncoespasmo, infecção pulmonar, fazem hipersecreção (amarelada – 
pelo processo infeccioso), podem ter piora do quadro clínico por insuficiência cardíaca. 
 Então, o foco ao indicar VNI para o DPOC exacerbado é evitar a intubação orotraqueal, já que 
ao ser entubado é uma dificuldade no processo de desmame da ventilação mecânica 
 Usa-se BiPAP pressão binível 
 
✓ Reduz a necessidade de IOT 
✓ Diminuição do tempo de internação 
✓ Redução da mortalidade 
Com isso, conseguimos fazer com que os pacientes tenham uma saída mais precoce do meio 
hospitalar 
 
 
Bruna Medina 
Época que a VNI foi fundamentada na exacerbação do DPOC 
Controle: foi usado cateter de O2 
PSV (pressão suporte): BiPAP 
 
 
Uso da BiPAP (PSV) há redução da necessidade de intubação, complicações e mortalidade 
Controle: DPOC exacerbado submetidos ao cateter de O2 associado ao tratamento medicamentoso 
 
 CPAP não deve ser usado na exacerbação da DPOC, mas pós exacerbação ainda dentro do 
hospital acabamos indicando a CPAP para usar na higiene brônquica do paciente. Há efeitos além da 
higiene brônquica como redução da frequência respiratória, melhora da PaO2 e redução da PaCO2. 
 
Bruna Medina 
Esse estudo foi aplicado com reanimador de Miller 
 
→ EFEITOS FISIOLÓGICOS AO APLICAR BIPAP NA EXARCEBAÇÃO DA DPOC 
 
IMAGEM 3: alvéolo hiper inflado 
Geralmente temos DPOCs exacerbados alvéolo hiper inflado, se esses pacientes têm alvéolo hiper 
inflado eles apresentam redução do volume de ar inspirado, eles têm PEP intrínseca hiperinsuflaçao 
pulmonar. Então um dos efeitos importantes da VNI nesses pacientes é promover uma certa 
desinsuflação pulmonar, que pode reduzir os níveis de pressão arterial de dióxido de carbono e 
melhorar a pressão arterial de O2. Ou seja, corrigir a gasometria arterial do nosso paciente. Além disso, 
o fato de reduzir a insuflação pulmonar com uso da BiPAP reduz também a sobrecarga ventilatória que 
está sendo imposta pelo aumento da resistência das vias aéreas nesses indivíduos com DPOC 
exacerbados. 
 
 
Bruna Medina 
 
→ ALVÉOLOS NORMAIS 
1- Septos alveolares íntegros 
2- Vasos sanguíneos alveolares permitindo 
boa troca gasosa 
 
 
 
 
 
→ CONFLUÊNCIA DOS ALVÉOLOS 
Perda dos septos alveolares 
O aciono ficou hiper inflado – presença de 
PEEP intrínseca (devemos promover a 
desinsuflação para melhorar a ventilação 
alveolar e a troca gasosa) 
 
 
➩ VNI NA CRISE ASMÁTICA 
 O paciente asmático em crise é um paciente que tem BRONCOESPASMO, EDEMA DE 
MUCOSA E HIPER SECREÇÃO – TRÍADE DA ASMA. O que eleva a obstrução ao fluxo aéreo. 
 Quando aplicamos BiPAP nesses pacientes queremos melhorar a obstrução ao fluxo aéreo, 
reduzir esse processo obstrutivo usando a BiPAP e consequentemente reduzindo a sobrecarga 
ventilatória imposta pela obstrução elevada ao fluxo aéreo. 
 O paciente asmático em crise faz muita PEEP intrínseca, a hiperinsuflação pulmonar dele é bem 
amis intensa que em um DPOC e com a BiPAP principalmente pelo efeito da PEEP evitar o colapso 
precoce das vias aéreas e com isso promover a desinsuflação pulmonar, o que reduz os níveis de 
pressão arterial de CO2 e corrige a hipoxemia. 
→ EFEITOS FISIOLÓGICOS 
 ✓ Melhora a obstrução ao fluxo aéreo 
 ✓ Reduz o esforço respiratório 
1 
2 
 
Bruna Medina 
 
 
Há um efeito com uso da 
BiPAP de evitar o colapso 
precoce da via aérea. Há um 
efeito da pressão positiva 
expiratória final evitando o 
fechamento precoce da via 
aérea, o que vai desinsuflar o 
alvéolo. 
Temos que aplicar um valor 
de PEEP que seja menor 
que a PEEP intrínseca para 
que ocorra a maior saída de 
ar do interior dos pulmões. O 
ideal é o valor de PEEP, 
onde eu tenho um maior volume de ar expirado e isso eu faço a monitorização diretamente no 
ventilador mecânico. Quando a PEEP está bem ajustada e produzindo seu efeito de evitar o colapso 
precoce da via aérea, o nosso paciente reduz frequência respiratória, reduz o uso da musculatura 
acessória da inspiração, reduz o usoda musculatura abdominal para expirar. 
 
 
1 
2 
 
Bruna Medina 
Na crise asmática, um dos benefícios da BiPAP é corrigir/evitar esse estado de hiperinsuflação 
pulmonar. O alvéolo hiperinflado (1) comprime os vasos alveolares correspondentes (2) e isso gera 
hipertensão pulmonar. Então, desinsuflando esse alvéolo também evitamos a hipertensão pulmonar. 
Hipertensão pulmonar pode gerar cor pulmonale agudo e óbito. 
 
 
Alvéolo hiperinflado comprimindo os vasos alveolares – gera hipertensão pulmonar 
 
➩ VNI NO EDEMA AGUDO DE PULMÃO CARDIOGÊNICO 
Problema de origem cardíaca, e nesse caso está vinculado a insuficiência cardíaca esquerda 
Podemos usar CPAP e BiPAP no edema agudo de pulmão cardiogênico 
Os estudos do uso da VNI no edema agudo de cardiogênico vão do final da década de 80, 
começo de 90 até hoje. 
 ✓ Reduz necessidade de IOT 
 ✓ Redução de mortalidade hospitalar 
 
Bruna Medina 
 
PERFIL RADIOLÓGICO DO PACIENTE COM EDEMA AGUDO DE PULMÃO CARDIOGÊNICO: infiltração 
alveolar (1), congestão hilar (2) e aumento do índice cardiotorácico (3) que fala em favor de uma 
hipertrofia de natureza excêntrica da insuficiência cárdica. (o ecocardiograma que vai ter mais relevância 
para um diagnóstico específico de insuficiência cardíaca) 
 
→ VNI no EAP 
 
Controle: cateter de O2 
Nenhum paciente foi intubado quando usou CPAP 
Houve redução da mortalidade 
➩ VNI na SARA 
BiPAP 
A indicação plena para VNI na SARA são para SARA leve (PaO2/FiO2 entre 200 e 300) 
1 
2 3 
 
Bruna Medina 
 • Na SARA leve (PaO2/FiO2 entre 200 e 300) 
 • Não usar com PaO2/FiO2 < 140 e SAPS III >35 
Na SARA moderada até acima de PaO2/FiO2 150 vale a tentativa se houver estabilidade hemodinâmica 
e nível de consciência adequado 
 
SARA 
Opacidade bilateral devido edema alveolar difuso. 
Então ao aplicar VNI estamos querendo melhorar a complacência desses pulmões, recrutar esses 
alvéolos pois esses alvéolos estão colabados e geram primariamente um quadro de hipoxemia 
importante e que pode chegar à acidose respiratória 
 
→ EFEITOS FISIOLÓGICOS DA BiPAP NA SARA 
Espessamento da membrana alvéolo capilar 
(1), há um acúmulo de líquido (2) que reduz a 
passagem de O2 nessa membrana e um 
alvéolo que mostra a redistribuição da água 
extravascular (3). É o efeito da PEEP no 
interior do alvéolo que comprime essa região 
da membrana alvéolo capilar, desloca esse 
excesso de líquido para que se abra uma 
maior possibilidade de reabsorção desse 
líquido pelos capilares venoso e linfáticos dos pulmões. Isso reduz a espessura da membrana alvéolo 
capilar (4) e melhora e reabsorção de O2 
 
CORTES TOMOGRÁFICOS PACIENTES COM SARA 
1 
2 
3 
4 
 
Bruna Medina 
 
Conforme vai aumentando o valor da PEEP, vai tendo o recrutamento dos alvéolos para melhorar a 
troca gasosa e complacência pulmonar. 
A complacência pulmonar na SARA está reduzida e melhorando isso reduz a sobrecarga ventilatória do 
paciente 
 
➩ VNI na IRpA hipoxêmica (SARA, pneumonia...) 
 
Redução a necessidade de intubação orotraqueal, dias na UTI e morte hospitalar 
 
Bruna Medina 
 
Comparou a BiPAP com a máscara de venturi. 
Com o uso da BiPAP percebemos redução da necessidade de intubação orotraqueal, choque e 
mortalidade 
 
➩ VNI PÓS-EXTUBAÇÃO 
 • Imediatamente após a extubação nos pacientes de risco de desenvolver insuficiência 
respiratória pós extubação (idosos, obesos, com insuficiência cárdica, doença pulmonar crônica) 
 • Evita a IRpA 
 • Evita reintubação 
O uso da BiPAP deve ser imediatamente pós extubação, ela não funciona em pacientes que 
desenvolvem insuficiência respiratória, o objetivo é preventivo 
 
➩ PACIENTES COM RISCO DE FALHA DE EXTUBAÇÃO 
 
 
Bruna Medina 
 
➩ VNI EM PÓS-OPERATÓRIO 
 • Nas cirurgias abdominais altas e torácicas - o uso da VNI nesses casos corrige a 
oxigenação, geralmente eles dessaturam 
 • O uso melhora a troca gasosa 
 • Reduz atelectasias 
 • Diminui trabalho respiratório 
 • Reduz necessidade de IOT 
Dependendo do caso podemos usar as três modalidades (CPAP, BiPAP e RPPI). Se o paciente 
apresenta sinal de insuficiência respiratória aguda recomenda-se o uso da BiPAP. Se o uso é preventivo 
usa CPAP. Se o paciente já tem atelectasia localizada usa a RPPI (pressão intermitente) 
 
→ Pós operatório abdominal alto – foi realizada uma 
laparotomia exploradora, isso pode reduzir a 
excursão/cinética diafragmática 
→ CPAP preventiva para evitar atelectasias da base 
pulmonar 
 
 
 
→ Pós operatório torácico corte pósterolateral e instalação de 
dreno de tórax devido derrame pleural residual do pós operatório 
→ Tipo que desenvolve atelectasias localizadas, podemos fazer 
uma associação de RPPIA com CPAP e posicionamento com 
respiração localizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
➩ VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA ADJUVANTE 
A HIGIENE BRÔNQUICA 
Muitos pacientes hipersecretivos não atendem ao comando verbal, eles têm volume corrente baixo e 
devamos fazer associação de CPAP com técnicas de higiene brônquica como drenagem postural, 
pressão expiratória e tosse 
 
→ Drenagem postural e CPAP. 
→ A CPAP consegue produzir uma melhora da 
condução do muco por um efeito de PEEP 
 
 
 
 
 
 
➩ INDICAÇÕES DA RPPI 
→ Pós operatório torácico, paciente usando dreno com 
atelectasia localizada. 
→ Com a RPPI conseguimos aumentar os níveis 
pressóricos na inspiração, trabalhar com pressões de 30 
até 40cm de água associa com respiração localizada, o 
que gera um efeito reexpansivo maior 
 
Bruna Medina 
 
 
 
 
Bruna Medina 
 
➩ CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS E ABSOLUTAS 
 
Ventilação Mecânica Invasiva 
➩ MODO CONTROLADO 
Modo onde o ventilador mecânico controla todos os ciclos ventilatórios 
Os ciclos são iniciados somente pelo ventilador mecânico 
HÁ SUBSTITUIÇÃO DO TOTAL DA ATIVIDADE VENTILATÓRIA DO PACIENTE 
É no modo controlado que há o sistema de disparo a tempo. 
 
A distância entre os ciclos é sempre a mesma, e cada um dos ciclos é determinado pela frequência 
respiratória que graduamos no aparelho. 
MODO CONTROLADO 
 
MODALIDADES 
 
VENTILAÇÃO MANDATÓRIA CONTÍNUA – pode ser controlada por: 
 
Bruna Medina 
 
VCV (volume) PVC (pressão) 
→ VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME (VCV) 
Graduamos um volume corrente 
 
 
 
Bruna Medina 
 
 
→ VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO (PCV) 
Graduamos uma pressão que vai gerar um volume corrente 
Não graduamos diretamente o volume corrente. 
Vou saber qual o volume resultante dessa pressão graduada observando o monitor do 
ventilador mecânico, há um local que mensura o chamado volume de ar inspirado ou volume 
corrente expiratório. 
 
 
➩ MODO ASSISTO-CONTROLADO 
FASE CONTROLADA – ciclos do VM ocorrerão de maneira automática por meio de uma 
graduação de uma frequência respiratória 
FASE ASSISTIDO ESPONTÂNEA – é necessário que o paciente inicie a inspiração para que o 
VM envie/oferte uma ajuda pressórica. Nesses momentos que o paciente inicia a inspiração é 
onde ocorre os sistemas de disparo por fluxo ou pressão 
 
1 1 
2 2 
 
Bruna Medina 
1: ciclos controlados 
2: ciclos assistidos espontâneos 
 
MODO ASSISTO-CONTROLADO 
 
MODALIDADE 
 
 SIMV + PSV 
 
 VCV ou PCV PVC 
 
SIMV: Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada que representa a fase controlada do modo, que 
pode ser controlada por volume (VCV) ou pressão (PCV) 
PSV: Pressão de Suporte. Para que ela atue é necessário que paciente inicie a inspiração e receba 
uma ajuda do VM 
 
 
SIMV + PSV 
VCV ou PCV PCV 
 
O modo assisto controlado tem objetivo de dar liberdade ventilatória parao paciente respirar 
ativamente. Sendo assim devemos graduar uma frequência respiratória mandatória menor que 8/10 
respirações por minuto. 
Esse modo de ventilação assisto controlado e cujo a modalidade recebe nome SIMV com pressão de 
suporte é pouco utilizado, pois notou-se que usando SIMV com pressão de suporte se retarda um 
pouco o desmame da ventilação. É preferível tirar o paciente do modo controlado, pular o modo 
assisto controlado e passar direto para o modo assistido espontâneo 
 
 
Bruna Medina 
 
➩ MODO ASSISTIDO PSV/CPAP 
TODOS OS CICLOS RESPIRATÓRIOS SERÃO DISPARADOS PELO ESFORÇO DO PACIENTE (imagem 
do paciente puxando o carro). 
À medida que o paciente inicia a inspiração o VM entra com uma ajuda da pressão de suporte (o VM 
empurra ar para o interior dos pulmões). Essa modalidade do modo assistido espontâneo chamamos de 
pressão de suporte com CPAP, ou seja, uma pressão maior (15cm de água) que o paciente recebera 
durante a inspiração e uma pressão menor chamada de CPAP (5/6cm de água) 
 
MODO ASSISTIDO/ESPONTÂNEO 
 
MODALIDADE 
 
PSV/CPAP 
 
PCV 
 
 
Todos os ciclos do VM serão disparados pelo esforço do paciente nos sistemas de disparo a pressão o 
fluxo 
O encerramento do ciclo inspiratório se dará por fluxo 
 
Bruna Medina 
PSV/CPAP 
 
 
PSV/CsPAP 
 
 
PSV/CPAP 
 
 
Bruna Medina 
PSV/CPAP 
 
➩ VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA 
É responsabilidade do fisio: deixar o VM devidamente montado, os parâmetros ventilatórios iniciais 
graduados e testados 
→ PARÂMETROS INICIAIS 
• FiO 2 para manter SpO 2 entre 93 % e 97 % 
• VC 6 ml/Kg 
• Modo controlado de VM e modalidade VCV (controlada por volume) ou PCV (controlada por 
pressão) 
• FR entre 12 e 16 rpm 
• PEEP 3 a 5 cm H2O 
• Pressão máxima 40 cm H2O 
• Gasometria após 30 minutos 
Alguns VM controlado por volume gradua-se o fluxo 40 a 50 L/min 
Alguns o tempo de inspiração 0,8 a 1.2 s (geralmente 1s) 
SpO = saturação de pulso de oxigênio 
Logo após a entubação já podemos fazer ajustes, modificando parâmetros ventilatórios e já vamos 
entendendo o processo fisiopatológico do paciente e talvez introduzindo toda a VM em situação 
específica (roteiro de respostas) 
 
→ O QUE É DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA? 
Transição da ventilação artificial para a espontânea nos pacientes que permanecem por um tempo 
superior a 24 horas em ventilação mecânica. 
 
Bruna Medina 
Processo que se inicia em pacientes que ficaram mais de 24hrs entubados aí inicia uma retirada 
gradual, evolutiva da participação do VM e permitindo que o paciente participe mais ativamente do 
processo ventilatório. Até o momento que ainda conectado ao VM, esse paciente passe no teste de 
respiração espontânea e é o momento que se encerra o desmame. 
Desmame não é a extubação é o processo. Extubação é a retirada do tubo orotraqueal 
Pacientes que são entubados antes, ficam menos não fazem o processo de desmame. 
 
→ O QUE É SUCESSO DO DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA? 
É o paciente que tem sucesso no teste de respiração espontânea (TER), ainda conectado ao 
ventilador mecânico. 
 
→ TESTE DE RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA (TRE) O QUE É? COMO FAZER? 
Expor o paciente a uma situação que o paciente respire espontaneamente sem ajuda do VM. 7 
Podemos usar uma peça T, ela é conectada ao tubo orotraqueal e se desconecta ao VM e se conecta 
nessa peça T uma fonte de O2. Normalmente usamos uma peça parecida com T, uma máscara 
pequena de nebulização nos pacientes traqueostomizados, é mais comum fazer o TER no formato de 
fonte de O2. 
Quando o paciente está com o tubo orotraqueal, costumamos reduzir a pressão de suporte para um 
nível entre 5 e 7cm de água. Ao fazer isso já estamos fazendo o TER. para saber se o paciente 
passou no teste ele fica por 30 a 120 min sem apresentar descompensação 
O paciente deve ser colocado em Tubo T ou PSV entre 5 e 7 cmH2O, durante 30 a 120 minutos. O 
sucesso no TRE está condicionado a manutenção de parâmetros que atestam estabilidade do padrão 
respiratório, estabilidade hemodinâmica e conforto adequados (ver tabela) 
 
➩ PACIENTES ELEGÍVEIS PARA O TER 
 
 
Bruna Medina 
Nem todos os pacientes podem fazer o TRE, somente os que tem todos os itens “sim” assinalados. O 
que levou ele a intubação orotraqueal deve estar resolvido 
ICO = insuficiência coronariana 
 
➩ CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO PARA O TRE 
 
Reação taquicardia 
Hipotenso/hipertenso 
Taquipneico 
Qualquer um dos sinais deve-se interromper o TRE e retornar a VM com outros parâmetros 
 
➩ FATORES CONSIDERADOS ANTES DA EXTUBAÇÃO (ato de retirar 
o tubo) 
 
Bruna Medina 
 
Todos os “sim” precisam estar assinalados 
➩ TESTE DE PERMEABILIDADE DA TRAQUÉIA – antes de ser feita a 
extubação, após a tabela anterior 
 
Paciente em VM e tem volume de ar inspirado por ex de 400ml e está com balonete insuflado. O fisio 
desensufla o balonete e após isso, o volume corrente expiratório deve ser menor que o volume 
corrente inspiratório programado em mais de 10%, assim conclui o teste de permeabilidade da traqueia. 
Por ex: após retirar balonete volume de ar expirado caiu para 300ml, isso significa eu nem todo volume 
de ar expirado saiu pelo tubo orotraqueal, parte do volume de ar expirado saiu por um espaço entre o 
tubo orotraqueal e a parede da traqueia, ou seja, esse volume de ar que passou por esse espaço o 
VM não registrou, então o volume de ar expirado pelo VM deve cair. 
 
➩ ÍNDICES FISIOLÓGICOS QUE PREDIZEM FRACASSO DO 
DESMAME 
 
Bruna Medina 
 
 
→ O QUE É O SUCESSO DA EXTUBAÇÃO? 
É o paciente que tem a prótese endolaringea retirada, após passar pelo TRE, e não é reintubado nas 
próximas 48 hs. 
Primeiras 48hrs não foi reintubado. Se antes de 48hrs for necessária uma reintubação seria um 
fracasso da extubação do paciente 
Por isso instalamos VNI em vários pacientes na modalidade BiPAP, para evitar essa reintubação 
→ O QUE É VENTILAÇÃO MECÂNICA PROLONGADA? 
Fica mais do que três semanas por um mínimo de 6hrs por dia 
São os pacientes que se tornam dependentes de assistência ventilatória, invasiva ou não-invasiva, por 
mais de 6 horas por dia por tempo superior a três semanas. 
Eles têm processo de desmame difícil e isso se relaciona com DPOC, doenças neuromusculares, 
pacientes que tem redução na força muscular respiratória 
 
➩ DPOC 
 
 
Bruna Medina 
→ PREVALÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
Bruna Medina 
 
• Cânula > 8 mm 
• FiO 2 para SpO 2 entre 92 % e 95 % 
• VC 6 ml/Kg 
• Modo / modalidade 
• FR entre 8 e 12 rpm • PEEP p/ < Platô e > VC 
• PM até 45 cmH 2O e PP até 30 cmH 2 O 
• Fluxo 
 
➩ SARA 
 
 
 
Bruna Medina 
 
 
 
• FiO 2 para SpO 2 > 92 % 
• VC 3 a 6 ml/Kg 
• Modo / modalidade 
• FR 20 rpm até 45 com PaCO 2 < 80 
• Pressão de distensão (Platô – PEEP) ≤ 15 cmH 2 O 
 
→ PEEP baixo x FiO2 
 
 
→ PEEP alto x FiO2 
 
Bruna Medina 
 
 
→ PEEP decremental 
 
 
→ NÍVEL de PEEP 
 
Bruna Medina 
 
 
 
Bruna Medina 
 
 
 
➩ MANOBRA DE RECRUTAMENTO ALVEOLAR 
• Modalidade PCV 
• Pressão de distensão de 15 cmH 2 O 
• Iniciar com PEEP 10 cmH 2 O 
• Aumentar de 5 em 5 a cada 2 minutos até 25 cmH 2 O 
• Incremento de 10 até 45 cmH 2 O 
 
Bruna Medina 
Reabilitação Pulmonar 
19/05/2020 
Se relaciona a um grupo de pacientes que desenvolve alguma pneumopatia que se torna 
crônica, em alguns casos é crônica e evolutiva, ou seja, o paciente tem um declínio patológico da 
função pulmonar com o passar dos anos. 
E por isso, conforme vai se reduzindo a capacidade pulmonar do paciente ele vai ao longo do 
tempo perdendo a capacidade física – vai tendo aumento da sensação de dispneia nos esforços, 
primeiramente em grandes depois passa médio e pequenos esforços e as vezes até no repouso. 
Fazendo com que ele fique inativo, e essa inatividade vai fazê-lo ficar mais tempo sentado, deitado 
(perde a condição de vida normal). 
A reabilitação pulmonar é multiprofissionale atende esses pneumopatas crônicos em todas as 
complexidades, com foco central no restabelecimento/manutenção das suas condições físicas para que 
sua qualidade de vida seja melhorada ou preservada ao longo do tempo. 
 
 
 
➩ CONCEITO 
“A reabilitação pulmonar representa uma série de serviços dirigidos a pessoas com doença pulmonar e 
suas famílias, geralmente por uma equipe interdisciplinar de especialidades, com o objetivo de alcançar 
e manter o nível máximo de independência e funcionamento do indivíduo na comunidade” 
(National Institutes of Health) 
O foco central da reabilitação pulmonar é manter o indivíduo ativo, em seu ambiente de 
trabalho, fazendo suas atividades normais para a idade sem comprometimentos das suas funções do dia 
 
Bruna Medina 
a dia como cotidiano, funções básicas como tomar banho, varrer a casa, andar por 100 metros, subir 
escadas – manter essas funções sem apresentar tanta dispneia, falta de ar e fadiga 
 
 
Spruit et al Am J Respir Crit Care Med, ATS/ERS 2013 
A reabilitação pulmonar consiste na intervenção de pacientes e seus familiares com tratamentos que 
influencia uma melhor tolerância ao exercício físico. É um trabalho educativo com melhora das 
condições físicas e psicológicas dos pacientes com doenças pulmonares crônicas. Para que ao longo do 
tempo tenham melhora da qualidade de vida. 
🞻 ATS: sociedade americana de doenças respiratórias 
🞻 ERS: sociedade europeia 
🞻 Primeira diretriz mundial: 1997 
🞻 Brasil: 1990 – primeiro programa de reabilitação 
🞻 Unoeste: 1995 – processo de reabilitação pulmonar 
🞻 Os convênios precisam oferecer o programa de reabilitação pulmonar 
🞻 O nível de evidência/o grau de recomendação da reabilitação para pneumopatas crônicos ocorre 
desde 1997 
 
 
 
Spruit et al Am J Respir Crit Care Med, ATS/ERS 2013 
Inicio da reabilitação pulmonar precocemente em indivíduos com DPOC que foram submetidos a 
internação hospitalar e a necessidade disso. Quando a reabilitação se inicia com precocidade, se 
consegue efetivamente uma redução da internação e nova admissão hospitalar que ocorre em DPOCS 
que exacerbam. Ela Evita a exacerbação e reduz a necessidade de reinternação hospitalar. 
 
Bruna Medina 
➩ CANDIDATOS 
Pacientes com ALTERAÇÃO RESPIRATÓRIA CRÔNICA (por problema respiratório primário ou 
por problema neuromuscular primário que gerou um declínio da função pulmonar) que, APESAR DA 
MÁXIMA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA, APRESENTAM DISPNÉIA E TÊM BAIXA TOLERÂNCIA 
AO EXERCÍCIO (exercício = atividade do dia a dia). 
Os pacientes também devem ser capazes e estarem dispostos a aprenderem sobre sua 
doença, além de motivado a dedicar tempo e esforço necessários para o seu benefício. – Precisa estar 
motivado. 
 
➩ PACIENTES INDICADOS 
→ DOENÇAS OBSTRUTIVAS 
DPOC (mais comum na reabilitação; representa bronquite crônica e enfisema pulmonar; tem 
alteração crônica); 
Asma (acabam nao indo muito para a reabilitação, porque fora do período da crise a função 
pulmonar volta a normalidade). 
→ DOENÇAS RESTRITIVAS 
 Doenças intersticiais pulmonares (fibrose pulmonar idiopatica, sarcoidose, granulomatose, 
bronquiolite obliterante; 
 Doenças neuromusuclres (distrofia muscular progressiva, esclerose lateral amiotrófica – com o 
passar dos anos da doença eles vão tendo comprometimentos da função pulmonar) 
 Bronquiectasicos (mistos) 
→ OUTRAS CONDIÇÕES 
Obesidade mórbida (IMC acima de 40/45 e que acabam desenvolvolvendo síndrome da 
hipoventilação alveolar do obeso); 
 Doenças de caixa torácica (cifoescoliose ceveras) 
 
Bruna Medina 
 
Porcentagem de indivíduos que 
frequentaram o programa de 
reabilitação pulmonar 2001 
Maior parte - DPOC 
 
 
➩ LIMITAÇÃO 
FISIOLÓGICA AO ESFORÇO – pacientes que tem comprometimento da função 
tóraco pulmonar desenvolvem limitações ao esforço, podendo ter diversas origens: 
→ LIMITAÇÃO VENTILATÓRIA 
 Pacientes que tem redução na ventilação pulmonar principalmente ao fazer esforços físicos, 
não conseguem ventilar adequadamente os pulmões. 
 Fórmula: 
Volume Minuto = Frequência Respiratória X Volume Corrente 
VM: 5-6 L/min (repouso) 
FR: 12/20 rpm (repouso) 
VC: 300-500 ml (repouso) 
Ao realizarmos um esforço, há necessidade de aumentar esse volume minuto, e alguns 
pacientes com comprometimento pulmonar podem não aumentar o volume minuto adequadamente 
no esforço. Isso pode levar a retenção de CO2, menor disponibilidade de O2 nos alvéolos para a troca 
gasosa. Por exemplo: DPOC, doença neuromuscular 
 
→ LIMITAÇÃO DE TROCA GASOSA 
🞻 Troca gasosa = membrana alvéolo capilar – local onde o O2 vai sair do interior do alvéolo e ser 
absorvido pelas hemoglobinas e o local por onde o dióxido de carbono sai do sangue, entra no alvéolo 
e é exalado. 
 Doenças que vão gerar um espessamento/edema da membrana alvéolo capilar. Por exemplo 
nas doenças intersticiais pulmonares, fibroses pulmonares idiopáticas granulomatoses, bronquiolite 
obliquerante. Por conta do espessamento desenvolvem muita hipoxemia. 
 
→ LIMITAÇÃO CARDIOVASCULAR 
 Comprometimentos da função cardíaca gerada por uma doença pulmonar. Por exemplo no 
DPOC – desenvolve uma sobrecarga de pressão no ventrículo direito por conta de uma hipertensão 
 
Bruna Medina 
pulmonar primária, há uma limitação de ejeção de sangue. Pneumopata crônico pode ter em 
associação doenças cardíacas do compartimento esquerdo do coração, como a insuficiência cárdica 
esquerda causada por hipertensão arterial sistêmica. 
 Limitação de ejeção, baixa fração de ejeção, baixo débito cardíaco, o que limita a perfusão 
sanguínea periférica ou pulmonar – reduz a troca gasosa 
 Limitação ao esforço pois não conseguem aumentar o volume de sangue ejetado, débito 
cardíaco quando se esforçam, o que induz a uma dificuldade da troca gasosa por limitação perfusional 
(reduz a passagem de sangue/perfusão pelos vasos sanguíneos alveolares) 
 
 
→ LIMITAÇÃO MUSCULAR PERIFÉRICA 
 O paciente tem um comprometimento da função tóraco pulmonar e como consequência vai 
desenvolver uma limitação muscular periférica 
 Representa, mas condições de absorção de O2 pelos músculos ativos - redução na respiração 
celular.; redução na capacidade dos músculos ativos em absorver O2 e gerar ATP por via aeróbia 
devido a inatividade que os pneumopatas crônicas vão desenvolvendo ao longo do tempo. 
 Consequência: baixa resistência a fadiga 
 
🞻 Um mesmo paciente pode ter várias ou todas as limitações 
Spruit et al Am J Respir Crit Care Med , ATS/ERS 2013 
 
 
 
Bruna Medina 
Pacientes podem ter limitação ventilatória (devido doença obstrutiva, por exemplo), podem ter limitação 
cardiocirculatória (alteração na composição do sangue, alteração cardíaca) e com o passar do tempo 
ele vai ter uma baixa respiração celular nos músculos ativos e não absorve O2 adequadamente, isso 
inibe/reduz a atividade metabólica aeróbia, o que gera uma baixa resistência a fadiga. A consequência é 
dispneia, taquipneia em situações corriqueiras de baixa intensidade do dia a dia, dispneia dos pequenos 
esforços. 
 
 
 
Comprometimento da função do diagrama. 
BM: baixa mobilidade diafragmática. Vai ter consequência muito grande sobre a sobrevida, devido a 
redução da ventilação pulmonar por baixa mobilidade diafragmática 
AM: alta mobilidade diafragmática 
 
 
Bruna Medina 
 
O tempo de vida em meses tem menor sobrevida nos indivíduos com BM ( - -) 
 
 
 
Idosos saudáveis e com DPOC nas atividades do dia a dia 
Com DPOC ficam menor tempo caminhando, em pé, ficam mais tempo sentados e deitados. Isso vai 
gerar as alterações/limitação muscular periférica. 
Um individuo com doença pulmonar crônica vai ficando cada vez mais inativo. Isso leva como 
consequência uma limitação muscular periférica significativa, vai cada vez mais reduzindo a fadiga. 
A reabilitação vem para reverter essa situação. 
 
Histochemical and morphological characteristics of the vastus lateralismuscle in patients with chronic 
obstructive pulmonary disease. Whittom F, Jobin J, Simard PM, Leblanc P, Simard C, Bernard S, Belleau 
R, Maltais F. 
 
Bruna Medina 
 
Med Sci Sports Exerc. 1998;30(10):1467-74 
CONSEQUÊNCIAS DA INATIVIDADE 
O paciente com DPOC ao ficar maior tempo sentado e menos tempo caminhando leva a alterações 
histoquímicas e morfofisiológicas 
Indivíduos com DPOC apresentam menor proporção (35%) de fibras do tipo 1 no vasto lateral quando 
comparados com indivíduos normais (60%) – limitação muscular periférica ao esforço. Isso gera baixa 
resistência a fadiga, altera a respiração celular e diminui o metabolismo aeróbio 
 
 
Bernard et al. Am J Respir Crit Care Med 1998;158:624-29 
Diminuição de força muscular (quadríceps, peitoral maior e grande dorsal) e trofismo muscular em 
DPOC 
 
 
Bruna Medina 
 
 
Barra vertical: % VO2máx 
Barra horizontal: idade 
Linha vermelha: em saudáveis há um declínio fisiológico do VO2máx ao longo dos anos 
Linha azul: DPOC há um declínio patológico do VO2máx até o ponto de ter sintomas, perda de função 
até o óbito por conta do VO2máx cair muito 
Cinza: DPOCs que fazem reabilitação pulmonar retardam a presença dos sintomas e as perdas de 
funções (se for feito no início é melhor), melhorando a qualidade e prolongamento da vida 
 
 
Velloso et al Chest 2003 
Estudo que mostra atividades do cotidiano e quanto essas atividades representam em relação ao 
consumo máximo de O2 
 
Bruna Medina 
Ao varrer a casa, um indivíduo normal com menos de 20% do VO2máx consegue. Já o com DPOC 
atinge em torno de 55% do VO2máx 
 
➩ EFEITOS FISIOLÓGICOS 
🞻 O objetivo da reabilitação pulmonar não é melhorar a função pulmonar, e sim melhorar a função 
muscular periférica/a respiração celular (e não pulmonar). Porque a função pulmonar dos pacientes já 
foi perdida (não há fisio e medicamentos para isso) 
→ COMPOSIÇÃO CORPORAL 
Se ele é um pneumopata obeso temos que tentar fazer com que ele reduza um pouco o seu 
peso corporal, se ele está IMC muito baixa temos que melhorar a massa magra dele para se ter uma 
hipertrofia muscular e colocar ele em uma condição de normalidade. 
→ FIBRAS DOS MÚSCULOS DOS MMII 
 Melhorar as condições das fibras devido os pacientes terem menores proporções de fibras do 
tipo I., quero aumentar essa proporção de fibras do tipo I. Melhora do trofismo, força muscular 
→ CAPILARIZAÇÃO 
 A partir do momento que é prescrito um trabalho de condicionamento físico aeróbico que vise 
melhorar as fibras do tipo I haverá aumento na densidade capilar dos músculos treinados. As fibras do 
tipo I são ricamente capilarizadas 
→ CAPACIDADE METABÓLICA MUSCULAR 
 Vinculada a melhora da absorção de O2 pelos músculos treinados. É uma melhora na absorção 
de O2 que é feito pelas mitocôndrias – aumento de mitocôndrias 
→ ATIVIDADE METABÓLICA DO REPOUSO E APÓS EXERCÍCIO 
 Atividade metabólica potencializada, absorver subprodutos do metabolismo de maneira adequada 
→ ATIVIDADE INFLAMATÓRIA 
 Redução da atividade inflamatória. Proteínas C reativas, interleucina 6 – mediadores químicos do 
processo inflamatório. Há estudos que mostram um vínculo grande de aumento da atividade inflamatória 
nas exacerbações do DPOC, então é importante reduzir a atividade inflamatória para evitar situações de 
exacerbação 
Nici et al Am J Respir Crit Care Med , ATS/ERS 2006 
Spruit et al Am J Respir Crit Care Med , ATS/ERS 2013 
 
➩BENEFÍCIOS DA REABILITAÇÃO PULMONAR 
 
Bruna Medina 
→ EVIDÊNCIA IA 
Melhora na tolerância ao exercício – paciente faz as atividades do dia a dia sem dispneia nos 
esforços 
Redução na sensação de dispneia 
Melhora na qualidade de vida 
 
→ EVIDÊNCIA IB 
Melhora na força muscular periférica e trofismo 
Redução no número de dias no hospital – paciente exacerba menos e vai menos para o hospital 
 
 
Spruit et al Am J Respir Crit Care Med , ATS/ERS 2013 
 
➩ QUEIXAS COMUNS DOS PACIENTES COM DOEÇA 
PULMONAR CRÔNICA 
→ Dispneia / fadiga e sintomas respiratórios crônicos 
 
Bruna Medina 
→ Piora na qualidade de vida 
→ Redução nas funções do dia a dia 
→ Redução na performance ocupacional/laboral 
→ Dificuldades nas AVD’s (se trocar, tomar banho) 
→ Maior frequência na busca por assistência médica 
→ Dificuldade alimentar (tem dispneia quando se alimentam) 
🞻 Muitos chegam com baixo IMC, eles têm mais dispneia, a reserva muscular é muito pequena. É 
difícil trabalhar com esses paciente e produzir um efeito de treinabilidade. É necessário que se tenha 
um acompanhamento bem rigoroso com nutricionista. 
 
➩ AVALIAÇÃO REABILITAÇÃO PULMONAR (para admitir pneumopata 
crônico na RP) 
→ HMP / HMA 
→ Exame físico 
→ Teste de esforço 
→ Manovacuometria 
→ Espirometria 
→ Avaliação da qualidade de vida – por questionários 
 → Avaliação da imagem de tórax 
 
Langer et al Rev Bras Fisioter 2009 
 
Bruna Medina 
➩ RECOMENDAÇÕES BASEADAS EM EVIDÊNCIAS DA 
ACCP / AACVPR 
→ Treinamento da extremidade inferior 
→ Treinamento da extremidade superior 
Duração: um programa de reabilitação pulmonar teoricamente ele deve durar de 8 a 10 semanas de 
treinamento físico para começar a ter sucesso. Porém o pneumopata crônico ele nunca poderá deixar 
de treinar senão toda o efeito do condicionamento físico que ocorreu ele irá perder, a não ser que ele 
seja um paciente que tenha condição de sozinho fazer um exercício físico que é o exercício físico não 
supervisionado, onde se é orientado em como executar na casa dele e o mesmo segue fazendo em 
sua casa, entretanto muitos pneumopatas crônicos não conseguem fazer sozinhos em casa por que 
muitas vezes é um paciente que depende de oxigênio para fazer uma atividade física então muitos 
não conseguem e normalmente o paciente que participar do programa de maneira ininterrupta, pois 
percebe os benefícios. 
Frequência: Ideal de 3 vezes na semana, mas pode fazer 2 vezes. A diferença é o tempo de efeito. 
Tempo de Treinamento: uma sessão é 60 min, com no mínimo 20 minutos e máximo de 30 minutos, 
não se pode passar de 40 minutos, claro se o paciente conseguir evitando a fadiga durante o 
treinamento. 
→ Treinamento dos mm. ventilatórios 
 
➩ TREINAMETO DE MMII/ TREINAMENTO DA 
EXTREMIDADE INFERIOR 
→ NÍVEL DE EVIDÊNCIA 
Melhora o desempenho ao exercício, a sensação de dispneia e a qualidade de vida relacionada 
ao estado da saúde 
Nível de evidencia A: treinar membro inferior de pneumopatas crônicos leva a uma melhora do 
desempenho ao exercício, reduz a sensação de dispneia e melhora a qualidade de vida relacionada ao 
estado da saúde. 
Spruit et al Am J Respir Crit Care Med , ATS/ERS 2013 
 
 
→ DURAÇÃO 
Um programa de reabilitação pulmonar teoricamente ele deve durar de 8 a 10 semanas de 
treinamento físico para começar a ter sucesso. 
 
Bruna Medina 
Porém o pneumopata crônico ele nunca poderá deixar de treinar, se parar todo o efeito do 
condicionamento físico que ocorreu ele irá perder, a não ser que ele seja um paciente que tenha 
condição de sozinho fazer um exercício físico que é o exercício físico não supervisionado, onde se é 
orientado em como executar na casa dele e o mesmo segue fazendo em sua casa. Entretanto muitos 
pneumopatas crônicos não conseguem fazer sozinhos em casa porque muitas vezes é um paciente 
que depende de oxigênio para fazer uma atividade física então muitos não conseguem. 
→ FREQUÊNCIA 
Ideal de 3 vezes na semana, mas pode fazer 2 vezes. A diferença é o tempo de efeito. 
→ TEMPO DE TREINAMENTO 
Uma sessão total é 60 min. Já o treinamento da extremidade MMII é no mínimo 20 minutos e 
máximo de 30 minutos, não se pode passar de 40 minutos, claro se o paciente conseguir evitando a 
fadiga durante o treinamento. 
→ INTENSIDADE DO ESFORÇO 
Pode usar a escala de percepção subjetiva de esforço de Borg (escala de Borg) , devemos 
usar no nível 11 a 13 de Borg. 
Outra forma de se calcular a intensidade de esforço é através da fórmula deKarvonen, que diz 
que a Frequência Cardíaca de Treinamento ela é igual a Frequência Cardíaca Máxima menos a 
Frequência Cardíaca de Repouso vezes a porcentagem mais a Frequência Cardíaca de Repouso 
FC de treinamento = (FC máx – FC de repouso) x % + a FC de 
repouso 
Essa FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA pode ser a prevista que é 220 menos a idade ou a 
submáxima prevista que é 195 menos a idade (que é o que se mais é usado), também pode se colocar 
nessa máxima o valor da frequência cardíaca máxima atingida em teste de esforço. 
A FREQUÊNCIA DE REPOUSO coleta com ele sentado e ainda temos o valor de porcentagem 
que ela pode iniciar de 50 até 80/85%, normalmente se inicia de 50 a 60% e pode ir um pouco mais 
claro dentro das limitações do paciente. 
FREQUÊNCIA DE TREINAMENTO coloca o paciente na esteira e deixa ele por 20 a 30min na 
frequência calculada 
EX: Paciente, 70 anos, FC REP: 65 bpm, 60%, usará FC submáxima prevista (125 - 65 ) . 0,6 + 
65= 101 
Isso significa que nosso paciente fará um exercício físico durante 30 min e ficará com a 
frequência cardíaca de treinamento de 101 BPM, para que todos os efeitos fisiológicos que citamos 
ocorram. Pode ser usado a Escala de BORG, nível 13, que é um nível ligeiramente cansativo, para alguns 
pacientes funciona melhor que o FCT. 
→ TIPO DE EXERCÍCIO 
 
Bruna Medina 
O treino aeróbio usa se muito esteira e bicicleta, então é o tipo de exercício mais usual. 
Exercício resistido pode ser indicado tudo vai depender do perfil do paciente e das 
disponibilidades dos recursos materiais. 
→ EFEITOS 
Aumento do VO2máx 
Aprimoramento dos níveis de lactato 
Redução dos níveis de FC 
Aumento de enzimas oxidativas 
Efeitos psicológicos do exercício 
 
 
→ IDADE = 63,1 / VEF1 = 37,6% 
N DURAÇÃO FREQUÊNCIA EXERCÍCIO INTENSIDADE EFEITOS 
29 04s 03 Est 125  8 Melhora TE 
24 03m 05 Bic Tol pact 🡑 6% TC6, 🡑 23% TE 
34 06s 03 Bic/cam Tol pact 🡑 33% TC12 
13 08s 03 Est Tol pact 🡑 122M TC6 
24 06m 03 Bic 50% 🡑 102% temp end 
89 08s 03 Est Tol pact 🡑 10% TC6 / end 
(Chester 1977, McGavin 1977, Cockcroft 1981, Lake 1990, Weiner 1992, Goldeistein 1994) 
 
N DURAÇÃO FREQUÊNCIA EXERCÍCIO INTENSIDADE EFEITOS 
43 12s 24s Bic 76% 🡑 10% TE, 🡑 VO2 
119 08s 03 Est - 🡑 9% VO2, 🡑 85% end 
33 08s 05 Est Tol pact 🡑 22% TC12 
60 06s 05 Est Borg 🡑 18% TC6 
35 12s 03 Bic 60  23% VO2 🡑 exerc 
(Wijkstra 1994, Ries 1995, Sinclair 1980, O’Donnell 1995, Matails 1997) 
 
➩ TREINAMENTO DE MMSS 
→Treinamento aumenta a capacidade de realizar as atividades com os braços, diminui o VO2 para a 
mesma intensidade de trabalho. Dessensibilização da dispneia, melhor coordenação dos músculos e 
adaptação metabólica 
Spruit et al Am J Respir Crit Care Med , ATS/ERS 2013 
 
Bruna Medina 
 
 
➩ TREINAMENTO DA EXTREMIDADE SUPERIOR 
→ DURAÇÃO 
De 8 a 10 semanas de treinamento físico para começar a ter sucesso. 
🞻 Não faz exercício não supervisionado, pois têm muita dispneia e necessitam de oxigênio para fazer 
o exercício. 
→ FREQUÊNCIA 
Ideal de 3 vezes na semana, mas pode fazer 2 vezes. A diferença é o tempo de efeito. 
→ TEMPO DE TREINAMENTO 
Do total de 60 min trabalha-se de 15 a 20 minutos exercícios voltado para o membro superior 
→ INTENSIDADE DO ESFORÇO 
Deve-se ser aplicado as repetições máximas (RM), 1 RM ou 10R M, ou a tolerância do paciente. 
Pode ser usado o ergômetro de MMSS, mas é usado mais o exercício resistido 
→ TIPO DE EXERCÍCIO 
: Usa-se muito o exercício resistido que pode ser feito de diversas formas, com peso, com faixa 
Vai depender do perfil do seu paciente. 
Também são usadas diagonais de Kabat, da facilitação neuromuscular proprioceptiva, porque 
muitas vezes é trabalhado o conjunto, toda a cintura escapular/todo o MS voltada a funções do dia a 
dia 
Aparelhos da academia conseguem recrutar vários grupos musculares. 
 
→ EFEITOS 
Decréscimo da demanda ventilatória 
Decréscimo da demanda metabólica 
Incremento da resistência 
Melhora da insuflação da CT ? – é interrogada, não dá para ter certeza de que ocorre. É 
possível observar melhora da dispneia 
Facilita a realização das AVD’s 
 
Bruna Medina 
🞻 É importante antes de prescrever, ver a necessidade, perceber quais as dificuldades do dia a dia e a 
partir mapeamento das dificuldades do dia a dia prescrever os exercícios de forma específica para 
aquele indivíduo 
 
➩ TREINAMENTO DOS MM VENTILATÓRIOS 
(idade = 64,8 / VEF1 = 33,6%) 
N DURAÇÃO FREQUÊNCIA % Pimáx EFEITOS 
17 02m 15’ / 2x / 3x 50 🡑 TC12 
22 08s 30’ / 1x / 7x 15 / 30 * 🡑 TC12 
19 08s 15’ / 2x / 7x 30 🡑 🡑 Pimáx ↓ disp 
20 05s 15’ / 2x / 6x 30 🡑 Pimáx ↓ disp 
20 12s 18’ / 1x / 3x 22 / 52 * 🡑 Pimáx * 🡑 TC12 
(Pardy 1981, Larson 1988, Harver 1989, Lisboa 1994, Preusser 1994 ) 
 
 
Langer et al Rev Bras Fisioter 2009 
 
➩ TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO 
→ OBJETIVOS 
Melhora da amplitude e qualidade da extensão e rotação torácica 
Aumento da mobilidade das costelas 
🞻 Pacientes com pneumopatias crônicas muitas das vezes ficam com o tórax bem rígido e nós temos 
que fazer algumas mobilizações (a seguir: imagens de como fazer) 
 
→ PROCEDIMENTOS 
Mobilização da extensão torácica 
 
Bruna Medina 
Mobilização da rotação torácica 
Mobilização das costelas 
* Pacientes sob ventilação mecânica: ombro + coluna 
 
 
 
 
Bruna Medina 
 
 
➩ RTCA 
Reabilitação do Complexo Tóraco Abdominal (RCTA) – Não pertence a diretriz de reabilitação, 
são técnicas adicionais. Deve-se associar com o treinamento de extremidade inferior e superior 
Esses exercícios são feitos em decúbito dorsal, sentado, gato, ajoelhado e em pé. Há série 1 e 
série 2 com 12 exercícios por serie 
→ SÉRIE DE EXERCÍCIOS 
12 exercícios por série 
Decúbito dorsal, sentado, gato, ajoelhado e em pé 
Série 1 – 12 sessões 
Série 2 – 12 sessões 
 
 
Bruna Medina 
 
Paulin et al 2003 
➩ QUANDO UTILIZAR O2 SUPLEMENTAR? 
Não podemos fazer atividade física em um pneumopata crônico que durante esse esforço ele 
tem queda da saturação de pulso de oxigênio. Um paciente que desenvolve queda da saturação de 
pulso de oxigênio no teste de caminhada de 6 minutos ou se não fez o teste, e você já inicia o 
exercício de reabilitação e durante o exercício ocorre uma queda da saturação de pulso com níveis de 
saturação de pulso menores que 90% ai nós pensamos em indicar O2 durante o exercício. 
Um outro critério diz que quando ocorrer queda da saturação de pulso mais do que 3% do 
valor de repouso também poderia se indicar oxigenoterapia suplementar a reabilitação pulmonar ao 
exercício físico. 
Muitos pacientes já são dependentes de oxigênio, outros ainda não são mais devem usar o 
oxigênio durante a atividade física afim de evitar a dessaturação/queda da oxigenação sanguínea 
durante o exercício físico 
 
Bruna Medina 
Nós não podemos ter pneumopata crônico com queda de saturação de pulso durante o 
treinamento físico., isso é resolvido com concentrador de O2 (mais barato), cilindro de O2 ou rede de 
O2. Devemos indicar o O2, pois ao treinar um pneumopata crônico podemos estar predispondo a 
complicações desse paciente durante o exercício pode aumentar a chances de ter um evento 
isquêmico cerebral, cardíaco, e até uma exacerbação da sua doença pulmonar crônica ou seja não é 
adequando fazer atividade física com queda da saturação de pulso sem corrigir esse O2, essa correção 
é feita através de um concentrador de O2 ou cilindro entre outros. 
➩ QUANDO UTILIZAR VNI? 
É usado a CPAP nos fibróticos, DPOC durante o exercício físico (não há diretriz, mas os 
pacientes se sentem bem, melhora a performance)

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