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VIAS ÓPTICAS E OLHO Bancada 6 Alunos: Alex Lima, Breno Lutterbach, Guilherme Bruneli, Hugo Monteiro, Iasmyn Paixão, Jéssica Heim, Luciano Sampaio, Maria Eduarda Machado, Rodrigo Peres, Ubiracy Júnior e Vinícius Santos 1. Introdução O olho é uma esfera de 3 camadas cuja localização é no interior da órbita, cavidade formada pelos ossos frontal, zigomático, maxilar, lacrimal, palatino, esfenóide e etmóide. 1.1 Aparelho Lacrimal Constituído pela glândula lacrimal, responsável pela secreção da lágrima, e por um sistema de drenagem. Possui importância para entender o mecanismo do choro (hiperativação da glândula, excedendo a capacidade do sistema) e da lubrificação do olho, que ocorre constantemente ao piscar. 1.2 Músculos do Olho Músculos reto superior, reto inferior, reto medial, reto lateral, oblíquo superior, oblíquo inferior e levantador da pálpebra superior. Sua inervação é feita pelos nervos cranianos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI). 1.3 Túnicas ● Externa: composta pela córnea anteriormente, uma membrana transparente, e pela esclera, um tecido fibroso branco. ● Média: composta pela coróide, a camada vascular, o corpo ciliar, músculos e processos, e íris, parte colorida do olho. ● Interna: a retina, camada neuroepitelial responsável pela fototransdução. É composta, em suas camadas, por cones e bastonetes, células bipolares e células ganglionares. A fóvea é a região de máxima acuidade visual e o disco óptico é o “ponto cego”. Possui hemirregiões: nasal (medial), temporal (lateral), superior e inferior, a sua identificação é essencial para um diagnóstico clínico mais preciso acerca do local da lesão. Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Anatomia Recife, 29 de junho de 2018 2. Situações Clínicas Comuns Descolamento de Retina: separação entre retina e coróide, gerando perigo à sobrevivência dos fotorreceptores pela ausência de nutrição e oxigenação enquanto o caso persistir; Glaucoma: degeneração do nervo óptico, comumente causada por aumento da pressão intraocular devido à obstrução do canal de comunicação entre as câmaras. 3. Campo Visual A metade esquerda da imagem é processada no hemisfério cerebral direito e vice-versa. Devido à direção dos raios luminosos, o campo visual nasal projeta-se sob a retina temporal e o campo visual temporal projeta-se sob a retina nasal. A visão binocular é a que possui contribuição dos dois olhos, devido à superposição dos campos visuais dos dois olhos. A visão monocular é a que usa apenas um olho, sendo o objeto visto apenas pela retina nasal. Isso ocorre porque o campo visual temporal é maior que o nasal devido à não existência de interferência do nariz no primeiro. 3.1 Teste de Confrontação Útil para detecção de lesões no campo visual, ocorrendo a mensuração desse no paciente. 4. Reflexos Geralmente associados à via retino-pré-tectal, a que envia suas aferências da retina à área pré- tectal do mesencéfalo. 4.1 Reflexo Fotomotor Trato Óptico → Área Pré-Tectal → Núcleo de Edinger-Westphal → Nervo Oculomotor → Gânglio Ciliar → Nervo Terminal (inerva músculo da pupila) 4.2 Reflexo de Convergência/Acomodação Trato Óptico → Área Pré-Tectal → Núcleo de Perlia → Núcleos Acessórios do Oculomotor No de convergência, chega-se ao músculo reto medial, no de acomodação, chega-se ao músculo ciliar. AS VIAS Todas possuem, em comum, a ordem dos três primeiros neurônios da via, localizados na retina. O 1º neurônio é o fotorreceptor, o 2º neurônio é a célula bipolar e o 3º neurônio é a célula ganglionar, cujo axônio forma o nervo óptico. A sinapse com o 4º neurônio é que diferencia essas vias. VIA GENICULADA Projeta-se ao córtex, consiste na visão consciente, compondo a via visual primária. Trafegam pela raiz lateral do trato óptico. Fibras Retino-Geniculadas: são as mais importantes e correspondem a 90% dos axônios de células ganglionares que saem da retina. Ao passarem pelo núcleo geniculado lateral, passam, por meio das radiações ópticas (parte da cápsula interna), ao córtex visual primário, que se localiza ao redor do sulco calcarino no lobo occipital. VIAS NÃO-GENICULADAS Por não serem projetadas ao córtex, são inconscientes. Trafegam pela raiz medial do trato óptico. Fibras Retino-Hipotalâmicas: ao passarem pelo quiasma óptico, destacam-se e chegam ao núcleo supraquiasmático do hipotálamo. Sua função é a de enviar informações acerca da luminosidade para regulação dos ciclos circadianos. Fibras Retino-Pré-Tectais: fazem sinapse na área pré-tectal, no mesencéfalo. Por estarem relacionadas com os reflexos, podem seguir dois caminhos: para o reflexo fotomotor e para o reflexo de convergência. Caso seja o fotomotor, seguirá para o núcleo de Edinger-Westphal, caso seja o de convergência/acomodação, seguirá para o núcleo de Perlia. Fibras Retino-Tectais: fazem sinapse no colículo superior (localizado no teto do mesencéfalo, e por isso, tectal) e estão relacionadas ao movimento da cabeça e dos olhos com o intuito de fixação em um objeto. REFERÊNCIAS MACHADO, Angelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006. PURVES, Dale et al. Neurociências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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