Prova Online - Direito Tributário

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Prova Finalizada em 28/08/2020 16:47:21
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Disciplina: 101337 - DIREITO TRIBUTÁRIO
Abaixo estão as questões e as alternativas que você selecionou:
QUESTÃO 1
A respeito das garantias do crédito tributário e de acordo com o Código Tributário Nacional, assinale a
alternativa correta.
a )
Responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens do sujeito passivo, exceto os gravados
por ônus real ou cláusula de inalienabilidade.
b )
É vedado estabelecer outras garantias ao crédito tributário além das já previstas no Código Tributário
Nacional.
c )
A venda de todos os bens pelo devedor só caracteriza fraude à execução se efetuada após a data do
ajuizamento da ação.
d )
A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera à sua natureza e a natureza da obrigação
tributária a que corresponda.
e )
A presunção de fraude não ocorrerá se o contribuinte reservar bens suficientes para a garantia da execução de
seus débitos.
Ver justificativa da resposta
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Justificativa
A totalidade dos bens, das rendas e dos direitos do devedor serve como garantia, desde que não seja
absolutamente impenhorável, mesmo que já esteja gravada por ônus real ou cláusula de inalienabilidade
(Código Tributário Nacional - CTN, art. 184). Outras garantias além das previstas no CTN podem ser
previstas por intermédio de lei ordinária, não sendo necessária lei complementar (CTN, art. 183). A
presunção de fraude ocorre quando o devedor aliena ou tenta alienar ou onerar seus bens após a inscrição em
dívida ativa, independentemente de haver ou não execução fiscal (CTN, art. 185). A natureza das garantias
atribuídas ao crédito tributário não altera à sua natureza nem a natureza da obrigação tributária a que
corresponda (CTN, art. 183, parágrafo único).
QUESTÃO 2
Uma empresa pretende participar de uma licitação pública. Contudo, foi exigido que ela apresentasse
certidão de regularidade fiscal. Essa empresa possui débitos tributários que impedem a expedição da
certidão. Por essa razão, ela pediu parcelamento de seus débitos abrangendo todas as dívidas, o que foi
acatado pelo fisco. A empresa pediu, então, a expedição de certidão de regularidade fiscal. A respeito do
pedido de certidão de regularidade para participar da licitação, o fisco deverá
a )
deferir o pedido, já que o parcelamento é uma causa de exclusão do crédito tributário.
b )
deferir o pedido, já que o parcelamento é uma causa de extinção do crédito tributário.
c )
condicionar o deferimento à prestação de caução idônea da integralidade do crédito, independentemente de
previsão legal.
d )
deferir o pedido, já que o parcelamento é uma causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
e )
indeferir o pedido, pois a certidão somente poderá ser emitida após o pagamento integral do tributo em
atraso.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
O parcelamento é uma causa de suspensão, e não extinção ou exclusão, do crédito tributário (Código
Tributário Nacional, art. 151, inciso VI). Assim, o contribuinte tem direito à expedição de certidão positiva
com efeitos de negativa, independentemente de prévia caução, ou outra garantia não prevista em lei.
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QUESTÃO 3
No curso de processo de falência, o juiz dispõe à venda um supermercado, pertencente à massa falida, que
ainda tem clientela, estoque e condições de operação. Uma empresa concorrente da falida compra o
supermercado e continua sua operação. Quanto aos débitos tributários pendentes e pertinentes ao
supermercado, assinale a alternativa correta considerando as normas sobre responsabilidade tributária.
a )
A empresa que adquirir o supermercado ficará responsável pelas dívidas tributárias anteriores de maneira
subsidiária com a massa falida.
b )
As dívidas tributárias anteriores à venda do supermercado permanecem sob responsabilidade da massa
falida, não sendo transferidas ao adquirente.
c )
A empresa que adquirir o supermercado ficará responsável pelas dívidas tributárias anteriores de maneira
solidária com a massa falida.
d )
A empresa que adquirir o supermercado ficará responsável pelas dívidas tributárias anteriores pessoalmente,
excluindo-se a responsabilidade da massa falida.
e )
Para que a transferência do supermercado possa ser deferida pelo juízo, é necessário que as dívidas
tributárias sejam quitadas previamente.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
De acordo com o parágrafo 1º do artigo 133 do Código Tributário Nacional, em caso de alienação judicial
em processo de falência, não há transferência de responsabilidade tributária, pessoal, solidária e subsidiária.
As exceções previstas no parágrafo 2º do mesmo artigo não se aplicam ao caso, pois o adquirente é uma
empresa concorrente, o que faz presumir que ele não tinha proximidade com a massa falida ou seus antigos
sócios, não incidindo, portanto, nos casos excepcionais.
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QUESTÃO 4
Levando em conta as normas previstas no Código Tributário Nacional, escolha a alternativa em que se
admite o lançamento de ofício.
a )
Quando se tenha situação de infração, mas sem autoria identificada.
b )
Quando há suspeita de erro, omissão ou falsidade sobre qualquer elemento definido na legislação tributária
que consta como declaração obrigatória.
c )
Quando há suspeita de ação ou omissão fraudulenta ou dolosa do contribuinte.
d )
Quando, no lançamento por declaração, o sujeito obrigado não a apresenta no prazo previsto.
e )
Quando deve ser apreciado o fato conhecido ou já provado por ocasião do lançamento anterior.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
Segundo o artigo 149 do Código Tributário Nacional, pode ocorrer o lançamento de ofício quando não houve
entrega de declaração por quem fosse obrigado, na hipótese de lançamentos por declaração. Contudo, não é
suficiente que se tenha apenas suspeita de falsidade, erro, omissão, infração, ação ou omissão com dolo.
Nesses últimos casos, é necessário que haja comprovação, dessas ocorrências, no processo que apura o fato.
Por fim, se o fato já é conhecido e provado, não há razão para rever o lançamento. Somente diante de fatos
não conhecidos anteriormente, ou não comprovados na época, é possível rever o lançamento de ofício.
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QUESTÃO 5
Quanto aos princípios constitucionais tributários, assinale a alternativa correta.
a )
O princípio da uniformidade geográfica impõe absoluta igualdade de tributos em todo o país, sem que haja
qualquer espaço para exceções.
b )
O princípio da proibição de tributos interlocais preceitua que nenhum ente federativo pode impor limitações
ao tráfego de pessoas ou bens dentro do território nacional, valendo-se de tributos interestaduais e
intermunicipais.
c )
O princípio da liberdade de tráfego proíbe a cobrança de pedágios em vias conservadas pelo Poder Público.
d )
Segundoo princípio da legalidade tributária, não é possível alterar alíquotas do IPI por decreto.
e )
De acordo com o princípio da anterioridade anual, o aumento veiculado por lei nas contribuições para a
previdência só pode ser cobrado no ano seguinte à publicação da referida norma.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
O princípio da proibição de tributos interlocais, também conhecido como princípio da liberdade de tráfego,
proíbe a limitação de tráfego de bens e pessoas dentro do território nacional por intermédio de tributos
interestaduais e intermunicipais. O pedágio, contudo, é expressamente permitido pela Constituição (art. 150,
inciso V). Já o princípio da uniformidade geográfica admite, como exceção, incentivos para promover o
equilíbrio socioeconômico entre as regiões do país. Com relação ao princípio da anterioridade anual, ele não
é observado pelas contribuições para a previdência, de modo que, em caso de eventual aumento, basta
aguardar 90 dias desde a publicação. Quanto ao princípio da legalidade tributária, o parágrafo primeiro do
artigo 153 da Constituição admite que as alíquotas do IPI podem ser alteradas por ato do Poder Executivo -
por decreto, por exemplo.
QUESTÃO 6
Acerca das espécies tributárias previstas no Sistema Tributário Nacional, assinale a alternativa correta.
a )
Segundo o Código Tributário Nacional, imposto é o tributo cuja obrigação deriva da fruição de serviços
prestados pelo Estado por parte do cidadão.
b )
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Os empréstimos compulsórios não são reconhecidos como espécies tributárias.
c )
O Sistema Tributário Nacional adota, atualmente, a divisão tripartida de tributos.
d )
A classificação e identificação das espécies tributárias é definida, atualmente, pela combinação da base de
cálculo e da hipótese de incidência.
e )
Atualmente, o Sistema Tributário Nacional prevê apenas taxas de poder de polícia, não sendo mais adotadas
taxas de serviços públicos.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
O Sistema Tributário Nacional (STN) adota a teoria quinquipartida, que identifica cinco espécies de tributos:
impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. O critério
de classificação, para identificar cada espécie, combina características da hipótese de incidência combinadas
com a base de cálculo. O tributo, que tem como fato gerador a fruição de serviços, é a taxa; os impostos não
podem ter fato gerador ligado a serviços ou obras prestados pelo Estado ao cidadão. Por fim, o STN permite
taxas de serviços, por exemplo, a taxa de coleta de lixo e de poder de polícia.
QUESTÃO 7
De acordo com o disposto no Código Tributário Nacional sobre dívida ativa, assinale a alternativa correta.
a )
A certidão negativa é devida ao contribuinte quando não houver pendências a ele relativas e será fornecida
em até dez dias a contar da data de entrada do requerimento na repartição.
b )
Um contribuinte que responde à execução fiscal em que foram penhorados bens suficientes à total garantia
de seus débitos não faz jus à certidão de regularidade fiscal
c )
Mesmo que o contribuinte comprove que seu direito indisponível sofrerá decadência, a certidão de
regularidade fiscal não poderá ser dispensada se a lei a exige para certo ato ou negócio.
d )
A certidão de regularidade fiscal constitui um favor legal ao contribuinte, de modo que não é obrigatório seu
fornecimento.
e )
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A certidão negativa expedida por erro de sistema eletrônico responsabiliza o servidor que a expedir pela
totalidade do crédito, sem prejuízo de demais sanções.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
A certidão negativa é direito do contribuinte, desde que não haja nenhum débito pendente, e deve ser
expedida em até dez dias a contar de seu requerimento na forma que o contribuinte a requereu (Código
Tributário Nacional - CTN, art. 205, § único). Ela não constitui favor legal, e sim obrigação da
Administração. Se houver penhora que garanta integralmente os créditos em execução fiscal, o contribuinte
faz jus à certidão positiva com efeitos de negativa, que é uma espécie de certidão de regularidade fiscal
(CTN, art. 206). Mesmo que a lei exija a certidão, o contribuinte pode praticar o ato ou negócio se provar
que está sob risco de decadência, respeitadas as condições do artigo 207 do CTN. A certidão emitida com
erro, por falha do sistema, não revela dolo ou fraude do servidor e, portanto, não o responsabiliza
pessoalmente pelo crédito (CTN, art. 208).
QUESTÃO 8
Acerca da solidariedade tributária, conforme as normas do Código Tributário Nacional (CTN), assinale a
alternativa correta.
a )
É vedado que seja lavrado auto de infração contra mais de um devedor, mesmo que existam provas de
solidariedade.
b )
Em caso de solidariedade passiva, cada devedor é obrigado a pagar sua quota ideal quanto ao total da dívida.
c )
A solidariedade tributária passiva pode ser constituída em face do interesse comum dos sujeitos ou por
determinação da lei.
d )
Em um caso de solidariedade tributária, se o devedor principal não pagar a dívida, será necessário exaurir as
opções de execução contra ele para depois redirecionar a execução fiscal contra o devedor solidário.
e )
Como efeito da solidariedade, a interrupção da decadência favorece ou prejudica a todos os devedores
solidários.
Ver justificativa da resposta
Justificativa
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 Voltar
A solidariedade passiva tributária pode surgir em face do interesse comum dos solidários quanto à situação
que configure o fato gerador, mas também pode advir de imposição da lei. Na solidariedade tributária, em
regra, inexiste benefício de ordem, de modo que o fisco pode cobrar a totalidade da dívida de apenas um
solidário, sem respeitar quotas-partes ou ordem de cobrança. Havendo provas da solidariedade, é lícito
constituir o crédito por auto de infração, inscrever os solidários em dívida ativa e promover execução fiscal
contra todos. Na solidariedade, a interrupção da prescrição (e não da decadência) produz efeitos sobre todos.
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