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Projeto de Diagnóstico e Interpretação dos Resultados de Doenças Causadas Por Bactérias

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IDENTIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO DISCURSIVA
CURSO: Biomedicina e Farmácia, Matutino e Noturno
AVALIAÇÃO A SER APLICADA NA DATA: 10/05/2020 e 11/05/2020
REFERENTE AO(S) DESAFIO(S) / MÓDULO(S): 
20201-BIOMEC-M- Projeto de Diagnóstico e Interpretação dos Resultados de Doenças Causadas por Bactérias
20201-FARM-M- Projeto de Diagnóstico e Interpretação dos Resultados de Doenças Causadas por Bactérias
20201-BIOMEC-N- Projeto de Diagnóstico e Interpretação dos Resultados de Doenças Causadas por Bactérias
20201-FARM-N- Projeto de Diagnóstico e Interpretação dos Resultados de Doenças Causadas por Bactérias
1. (Valor 2,5) “As superbactérias ou bactérias multirresistentes, são um dos maiores desafios d a ciência dos últimos tempos em todo o mundo. Um estudo governo britânico estima que tais organismos serão responsáveis por mais de 10 milhões de mortes por ano após 2050. Algumas bactérias nocivas já são conhecidas há muito tempo pelo homem, sendo estudadas desde o século XIX. O problema é que com o passar do tempo elas vêm se adaptando e se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos” (Fonte: Bioemfoco).
Supondo que, na Unidade de Saúde onde você atua como profissional, exista a suspeita de uma infecção por uma bactéria multirresistente, da família Enterobacteriaceae, responda as questões a seguir:
a) Como seria realizado o diagnóstico microbiológico dessa infecção?
 Devem-se utilizar os fármacos no antibiograma e se esses fármacos não vão apresentar a formação do halo, porém existem algumas bactérias que no antibiograma elas não demonstram essa resistência, e então a amostra deve ser enviada para a biologia molecular para ser feito a detecção dos genes. E também existem alguns testes novos que podem ajudar na detecção desses mecanismos de resistências, chamados meios cromogênios.
b) Em caso de diagnóstico positivo para presença de enterobactéria portadora do gene de resistência, quais medidas de controle devem ser rigorosamente executadas nessa Unidade de Saúde?
Deve ser notificado dentro do hospital sobre essa resistência, e vai para o controle de infecção hospitalar e conforme a ala que está o paciente, a ala deve ser isolada e monitorada, pois pode aparecer mais paciente naquela ala com a bactéria.
c) Escolha um microrganismo que faz parte desta família (Enterobacteriaceae) que seja multirresistente; explique qual é o mecanismo de resistência desenvolvido; explique os genes envolvidos; cite as principais infecções que esta bactéria multirresistente poderia causar; e por fim, cite os fármacos que podem e não podem ser utilizados no tratamento.
S. Aureus resistente a oxacilina/meticilina (MRSA), produção de uma proteína que faz o fármaco não ser reconhecido, gene: MecA – a bactéria adquiriu o plasmídeo de resistência e agora ele começa a produzir uma nova proteína de ligação á penicilina, e essa proteína não é reconhecida pelo β lactâmicos, pode causar pneumonia, sepse, qualquer tipo de infecção hospitalar, pode-se usar tetraciclina, rifampicina, vancomicina, clindamicina e a linezolida, não deve-se usar oxacilina/meticilina.
2. (Valor 2,5) As intoxicações alimentares bacterianas ocorrem quando um indivíduo consome alimentos contendo toxinas previamente produzidas durante o crescimento de colônias bacterianas nos alimentos. Geralmente essas toxinas não possuem odor nem sabor e a intoxicação pode ocorrer mesmo que as bactérias produtoras não estejam mais presentes no alimento. Recentemente, no RS um surto de infecção alimentar causou a morte de duas crianças, conforme consta na notícia abaixo:
Com relação a este assunto, você foi desafiado a montar um caso clínico em que o agente etiológico seja obrigatoriamente um microorganismo produtor de endósporos e toxinas. O caso clínico deve conter a história clínica, diagnóstico clínico, diagnóstico laboratorial e o seu fechamento. 
História Clínica: Paciente J.M, sexo masculino, 17 anos, chegou ao Hospital apresentando queixas que estava com dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia há 2 dias, o paciente também apresentava turvação visual, pálpebra caída, perda da função/sensibilidade muscular e fraqueza.
Na véspera do início dos sintomas, havia ingerido palmito, picles e mussarela. Os sintomas iniciaram-se, aproximadamente, 12 horas após a ingestão desses alimentos.
Diagnóstico Clínico: De acordo com os sintomas apresentado desconfia-se que ele está com uma intoxicação alimentar.
Diagnóstico Laboratorial: 
Realiza-se o isolamento de Clostridium botulinum através de cultura das amostras, é confirmado se a atividade da toxina é demonstrada no alimento suspeito ou no soro, fezes ou líquido gástrico dos pacientes; 
Pode ser otimizado pelo aquecimento da amostra por 10 minutos a 80 °C, para matar todas as células não clostridiais. A cultura da amostra tratada por calor em meio enriquecido, em condições anaeróbias, permite a germinação dos esporos termorresistentes de C. botulinum;
A demonstração de produção da toxina (geralmente em laboratórios de saúde pública) deve ser feita por bioensaio em camundongo. Esse procedimento consiste na preparação de duas alíquotas do isolado, misturando uma alíquota com antitoxina, seguida da inoculação intraperitoneal das misturas em camundongo. Se o tratamento com antitoxina proteger o camundongo, a atividade da toxina é confirmada.
Fechamento: 
O resultado final dos exames foi: toxina botulínica tipo A e toxina termolábil foram encontradas em amostras do soro e fezes, respectivamente. Os testes foram realizados por bioensaio em camundongos, técnica preconizada pelo CDC de Atlanta (EUA) e pelo Ministério da Saúde do Brasil para diagnóstico de botulismo.
O caso clínico aqui descrito revela a intoxicação alimentar pelo Clostridium botulinum em paciente do sexo masculino, adulto e jovem.
As doenças bacterianas causadas por salmonelas, enterotoxina estafilocócica e enterococus fecais cursam com manifestações gastroentéricas muito agudas, porém sem sintomatologia neurológica. Atenção especial deve ser dada à bactéria Campylobacter e á Clostridium botulinum.
 Clostridium botulinum produz endósporos que contaminam o alimento e sobrevivem e germinam no ambiente anaeróbio, produzindo a neurotoxina, em alimentos enlatados e embalados a vácuo sem esterilização comercial;
3. (Valor 2,5) A KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) normalmente atinge pessoas hospitalizadas com doenças graves. Segundo a Anvisa, o primeiro caso de infecção hospitalar causada por KPC no Brasil foi registrado em 2005. A superbactéria existe em hospitais, porque nesses ambientes há uso frequente de antibióticos. Entre as recomendações para evitá-la estão o isolamento de pacientes infectados e o controle da higiene hospitalar. Especialistas afirmam que o avanço da KPC é preocupante, porque poucos antibióticos conseguem combater a superbactéria, e ela afeta pacientes que já estão em estado grave. As comissões de controle de infecção dos hospitais precisam ficar atentas para evitar o aumento no número de casos. Com relação a KPC responda:
a) Explique porque o consumo de antibiótico sem critérios é um dos principais motivos para o surgimento das superbactérias. 
 Porque não se deve usar antibiótico de amplo espectro em uma infecção que não se caracteriza a sua indicação, só deve ser usado se tiver uma indicação clinica, e isso que começou a acontecer, os médicos começaram a tratar infecções simples com medicamentos de amplo espectro, por exemplo, uma carbapenem, e então as bactérias começaram a adquirir resistência.
 E também se diante de uma doença bacteriana o paciente encerra o tratamento antes do período estipulado pelo médico, as bactérias presentes no organismo e que apresentam alguma característica que lhes confira resistência àquele medicamento podem ainda estar presentes e continuar se reproduzindo.
Assim, com o passar do tempo, pode surgir uma nova cepa resistente ao medicamento. Se o paciente voltar a desenvolver a doença, o que pode acontecer devido ao fato de ainda haver a presença de bactérias no organismo, agora, ainda mais resistentes,um novo antibiótico deverá ser utilizado, pois o anterior não surtirá efeito naquelas bactérias.
b) Cite duas formas profiláticas de combater a transmissão de microorganismos como a KPC.
No caso de pacientes portadores da bactéria KPC, mesmo que assintomáticos, devem ser mantidos em isolamento como forma de prevenção. A higienização e desinfecção das mãos são medidas indispensáveis para evitar a propagação das bactérias. 
c) De que forma a KPC pode ser transferida entre as bactérias e quais são os principais gêneros que se relacionam a transferência com esse fator de virulência.
Como todas as enterobactérias fazem parte da mesma família e possuem características semelhantes e por isso elas conseguem transferir plasmídeos, então a KPC consegue transferir esse gene de resistência a carbapenemase para todas as outras bactérias que fazem parte desse mesmo grupo.
4. (Valor 2,5) Haemophilus influenzae tipo b (HIB) é uma bactéria que atinge principalmente crianças até cinco anos, causando infecções que começam geralmente no nariz e na garganta, mas podem se espalhar para outras partes do corpo, incluindo pele, ouvidos, pulmões, articulações, membranas que revestem o coração, medula espinhal e cérebro. Essa bactéria pode causar diferentes doenças infecciosas com complicações graves, como pneumonia, inflamação na epiglote, dor de ouvido, infecção generalizada na corrente sanguínea, inflamação do pericárdio, inflamação das articulações e sinusite. Uma das piores doenças causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b é a meningite, que geralmente tem um início súbito com febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Sequelas graves ocorrem de 3% a 5% dos sobreviventes de meningite por HIB como déficit auditivo grave e lesões cerebrais permanentes. Diante dessas informações responda as questões a seguir:
a) A figura abaixo traz a evolução dos casos de meningite causadas pelo HIB entre os anos de 1990 a 2014, mostrando a incidência e a cobertura vacinal. Avalia a figura e explique o ocorrido durante esse período de 24 anos representado na mesma.
Em 1990 até 1999 mostra ter uma alta incidência da doença de Meningite constantemente, porém em 1999 mostra a implantação da cobertura de vacinas, chegando até 100% e quando acontece isso a incidência começou baixar, ou seja, a incidência da doença baixou quando ocorreu a maior cobertura vacinal.
b) A denominação tipo B do HIB tem origem das proteínas de membrana externas que são polissacarídeos capsulares e que no microorganismo em questão vão de A a F. Explique que tipo de exame laboratorial é realizado para identificar essas proteínas de membranas.
Deve ser realizada biologia molecular PCR, a técnica usa eletroforese em gel para separar as proteínas nativas pela sua estrutura tridimensional ou desnaturalizadas.
c) Quais são os principais fatores de virulência do gênero Haemophylus?
Haemophilus adere à célula do hospedeiro através dos pili e de estruturas não pilosas.
H. influenzae tipo b é clinicamente mais virulento → cápsula antifagocítica com polirribitol fosfato [PRP].

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