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Resumão Dir Processual Civil I

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· REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2015, vol. 1.
2) DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Salvador: Juspodvum, 2015, vol.1;
3) WAMBIER, Luiz Rodrigues; Almeida, Flavio Renato Correia de; Talamini, Eduardo. Curso avançado de processo civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, v.1.
4) CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil.
5) MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel; ARENHART, Sérgio Cruz. Novo curso de processo civil.
· INFORMAÇÕES INTRODUTÓRIAS
- Ementa: Sujeitos do processo, Atos processuais. Formação, suspensão e extinção do processo. Procedimento ordinário.
- No CPC: arts. 1º ao 508 (exceto 294 ao 311)
- 
Aula dia: 20/10/15
Parte Geral 
Livro I - Das normas processuais civis
Título Único – Das normas fundamentais e da aplicação das normas processuais
Capítulo I – Das normas fundamentais do processo civil (art. 1º a 12)
- Art. 1º - Aproxima o CPC à CF, adota o constitucionalismo, mas há resquícios do CPC/73. 
-> Esta parte inicial traz para o Código as principais garantias constitucionais que balizam o sistema processual, as quais passam a retratar a principiologia do novo CPC. Trata-se de um modelo constitucional do processo comprometido com a concreção dos direitos fundamentais substanciais. É garantia contra qualquer dispositivo que contrarie a Constituição e é fator de interpretação para aplicação dos dispositivos processuais.
- Art. 2º - Cabe ao juiz conduzir o processo. 
	-> Artigo que trata do princípio dispositivo ou princípio da inércia ou da demanda. O processo não pode ser iniciado de ofício pelo juiz, cabendo às partes, com exclusividade, a iniciativa para movimentar a máquina e delimitar o objeto do litígio. Constitui direito fundamental do cidadão postular em juízo e dever do Estado de só prestar jurisdição quando solicitado. 
- Art. 3º - Princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário. O Judiciário tem que dar uma resposta quando solicitado.
	-> Refere-se ao direito de acesso à justiça ou direito fundamental à jurisdição, em que todo e qualquer cidadão tem o direito de movimentar a máquina judiciária para obter o pronunciamento de um juiz competente e imparcial sobre um direito que entenda ter sido lesado ou ameaçado. Além disso, podemos citar o equivalente necessário a esse direito fundamental, qual seja, a inafastabilidade da jurisdição (o Estado-juiz tem o dever de se pronunciar quando provocado). 
-> §1º, §2º, §3º - Sempre deverá o juiz ou as partes ou o MP estimularem a solução consensual tanto no início como no curso do processo.
-> Passa a ser uma obrigação e uma prioridade do Estado no exercício da função jurisdicional empregar todos os meios necessários para estimular a solução consensual através da conciliação e da mediação.
- Art. 4º - Princípio da razoável duração do processo.
	-> Direito de gozar de uma prestação jurisdicional tempestiva, pois uma prestação jurisdicional tardia mais se aproxima de uma não prestação.
	-> Processo com razoável duração é processo sem dilações indevidas. 
	-> O Código frisa que não basta dizer o direito ao caso concreto em tempo razoável. No modelo constitucional do processo civil deve ser computado também o prazo da atividade satisfativa, ou seja, o prazo para execução da sentença.
- Art. 5º - Boa-fé deve prevalecer em todos que de alguma forma participam do processo: juiz, servidores, partes, advogados.
	->Boa-fé resume-se basicamente no exato cumprimento das normas estabelecidas no CPC e em outras leis e tem duas funções básicas: a) estabelecer comportamentos probos e éticos aos diversos personagens do processo (prestações positivas); b) restringir ou proibir a prática de atos considerados abusivos (prestações negativas). 
- Art. 6º - Princípio da cooperação
->Exige uma divisão justa e efetiva (NOVO)
-> Nos processos jurisdicionais, a cooperação é verificada com a participação das partes e terceiros que devem construir, juntamente com o juiz, a decisão. A cooperação ocorre através da prática dos atos processuais e não inibe a defesa dos interesses das partes pelos seus advogados.
- Art. 7.º - Paridade de tratamento/armas = igualdade
-> Juiz não pode “advogar” para qualquer uma das partes. Postura ativa não pode ser confundida com postura tendenciosa. 
-> Efetivo contraditório: defender a ampla defesa, contraditório. O processo deve ser dialogado.
-> A isonomia anunciada pelo Código significa que o Estado-Juiz deve, necessariamente, tratar de forma igualitária os litigantes, propiciando aos mesmos igualdade de condições de manifestação ao longo do processo. A isonomia/igualdade ganha forma quando se concede paridade de armas para o embate, quando se garante igualdade de oportunidades para as partes de apresentarem suas pretensões, manifestações e provas, sem desvantagens em relação à outra parte.
- Art. 8º - Trouxe os princípios expressos do Direito Administrativo, quais sejam, proporcionalidade, razoabilidade, legalidade, publicidade e eficiência. 
-> Permite que o juiz seja mais ativo no processo. 
-> O processo não representa um fim em si mesmo, mas um meio, tendo um caráter instrumental que permite a justa composição do litígio. 
-> Ao dizer que o juiz deve promover a dignidade da pessoa humana fica clara uma dimensão processual da dignidade, que consiste numa prestação jurisdicional efetiva, adequada, tempestiva e, acima de tudo, comprometida com a resolução material dos conflitos sociais. E essa concepção humanística da ação exige a entrega de uma prestação jurisdicional meritória. 
-> O julgador deve valer de postulados normativos para balizar a condução do processo e a tomada de decisões. 
- Art. 9º - Princípio do contraditório
-> O contraditório é o elemento balizador do processo. Além de pressupor o direito de as partes serem cientificadas de todos os atos do processo, de apresentarem as suas manifestações e provas em igualdade de condições, ele espelha a necessidade do magistrado ouvir o que as partes têm a dizer, de forma a delinear o caminho a ser seguido. É o direito das partes influenciarem a tomada de decisão.
-> As exceções são os casos previstos os incisos I (tutela provisória de urgência), II, III, os quais terão contraditório em outro momento. 
- Art. 10º - Veda as decisões surpresas. As partes têm que ter oportunidade de manifestar.
	-> O contraditório assegura às partes o direito de manifestação sobre todas as questões de fato e/ou de direito postas no processo, incluídas aquelas apreciáveis de ofício pelo juiz.
	-> A consequência da não inobservância deste dispositivo é a nulidade da decisão surpresa. 
- Art. 11 – Serão públicos todos os julgamentos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
-> O Estado-Juiz deve explicar o porquê adota, caso a caso, esta ou aquela decisão, explicitando sempre o raciocínio lógico desenvolvido e a racionalidade das decisões proferidas. Esse dever decorre naturalmente do acesso à justiça e do devido processo legal, servindo de garantia para as partes, como contraponto à liberdade que o magistrado tem para decidir de acordo com seu livre convencimento. Trata-se de uma correlação necessária entre o contraditório e a motivação.
-> Publicidade: garante a transparência da conduta dos agentes públicos em geral, com a possibilidade da fiscalização pelos cidadãos de seus atos. A ampla publicidade dos atos processuais permite o controle das partes e da opinião pública no que se refere ao cumprimento em geral das garantias fundamentais estabelecidas na CF e facilita o acesso à informação das decisões judiciais. 
-> Parágrafo único: Exceção à publicidade -> segredo de justiça: as publicações serão realizadas utilizando apenas as iniciativas das partes. Nestes casos, visa-se a preservação do direito à intimidade.
- Art. 12 – Juiz e tribunais deverão seguir a ordem cronológica de conclusão (sentença ou acórdão) – NOVO
	-> Incidência do princípio da isonomia, em que se confere tratamento igualitário para situações idênticas e tratamento diferenciadonas situações de desigualdade.
-> §1º - A lista de conclusão deverá ser publicada em cartório e na rede mundial de computadores. 
-> §2º - Exceções ao caput: I) sentenças proferidas em audiência, as homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II) julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos; III) julgamento de recursos repetitivos e de incidentes de resolução de demandas repetitivas; IV) as decisões proferidas com base nos arts. 485 (decisões de natureza processual e que podem determinar a extinção do processo sem o julgamento do mérito) e 932; V) o julgamento dos embargos de declaração; VI) o julgamento do agravo interno; VII) as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça; VIII) os processos criminais; IX) a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada. 
-> §3º a 5º: a ordem cronológica das conclusões também será respeitada entre as preferências legais anteriormente estabelecidas. 
->§ 6º - hipóteses que ocuparão o primeiro lugar, ou seja, a ordem cronológica só não será respeitada quando a sentença ou o acórdão forem anulados, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de complementação da instrução.
Aula dia 09/11/15
- O processo tem o fim de solucionar os conflitos de direito material.
Capítulo II – Da aplicação nas normais processuais (art. 13 a 15)
- Art. 13: A competência para legislar a respeito de matéria processual é da União. Os Estados não têm tal competência.
	-> A regra geral é de que o processo deve ser regulado pelas normas e dirigido pelos respectivos órgãos jurisdicionais do país a que pertence. Além disso, é pacífico no âmbito do STF que os tratados, as convenções e os acordos internacionais têm a mesma hierarquia das leis ordinárias. Se houver conflito entre a norma nacional e a norma estrangeira internalizada, dever-se-á recorrer aos critérios tradicionais de resolução de antinomias (especialidade e antiguidade).
- Art. 14: Aplicação da lei processual
->Não retroage e tem aplicação imediata.
-> O novo CPC vai ser aplicado, após entrar em vigor, em todos os processos, mesmo nos que já tramitam antes dele entrar em vigor. 
-> Nos processos que tiverem a contagem do prazo em curso no momento que entrar em vigor, para preservar a segurança jurídica, a contagem será terminada conforme o antigo CPC. Os atos já iniciados terminarão nos termos do CPC/73.
· OBS.: O processo civil (desde CPC/73) passa a ser sincrético, ou seja, o procedimento de cumprimento de sentença corre nos próprios autos de conhecimento e não mais em autos apartados. Essa mudança ocorreu por lei especial no CPC/73. 
- Art. 15: Se aplica em outras áreas do direito, quando há omissão nos demais.
Livro II – Da Função Jurisdicional
Título I – Da Jurisdição e da ação (arts. 16 a 20)
- Jurisdição: função preponderantemente estatal, exercida por um órgão independente e imparcial, que atual a vontade concreta da lei na justa composição da lide ou na proteção de interesses particulares.
- Art. 16: Princípio da territorialidade.
	-> Jurisdição civil: exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional.
- Art. 17: condições da ação:
-> Foi suprimida a possibilidade jurídica do pedido, que será analisada no mérito.
-> Freddie Didier entende que as condições da ação foram incluídas nos pressupostos processuais. Porém, esse ainda não é o entendimento do majoritário.
-> Entende que continuam: interesse de agir e legitimidade. O interesse de agir decorre da necessidade de se recorrer ao exercício da jurisdição para tentar obter a satisfação da pretensão do autor, ou seja, é a existência do litígio sobre determinada pretensão do direito material que fazer surgir, para o autor, o interesse de agir (análise da necessidade e da utilidade da tutela jurisdicional requerida). Já a legitimidade para agir (condiciona o exercício da atividade jurisdicional) exige que as partes na relação jurídica processual sejam os titulares da relação jurídica de direito material levada à apreciação do Poder Judiciário.
· OBS: RE 631.240/MG – Relator Min. Roberto Barroso – 03/09/14 – STF: deve-se atentar para a inafastabilidade do judiciário, de forma que qualquer lesão ou ameaça a direito de ver analisado/julgado pelo Judiciário. No caso do acórdão, entendeu-se que a pessoa deve requerer administrativamente sua aposentadoria no INSS antes de levar a questão ao Judiciário.
-> Isso pode reprimir o acesso ao judiciário. Somente nos casos de negativa do pedido ou demora que poderia requerer o direito ao judiciário. Justifica que faltou o interesse de agir. 
- Art. 18: Hipóteses ressalvadas: sindicato pleiteando direito dos sindicalizados, o MP quando pleiteia direito coletivo. 
	-> A ilegitimidade de qualquer das partes conduz à extinção do processo. 
	-> A legitimidade para exercer ação em juízo em benefício de terceiro é conferida excepcionalmente pelo ordenamento jurídico. Trata-se da legitimidade extraordinária ou substituição processual, que, conforme explicitado anteriormente, depende de expressa autorização do ordenamento jurídico.
	-> Parágrafo único: autorização para que o substituído intervenha no processo em que há substituição processual como assistente litisconsorcial. 
- Art. 19: ações meramente declaratórias, as quais visam a segurança que emerge da coisa julgada e que deve estar ameaçada pela expectativa fundada e atual de que o adversário venha a lesar o direito do autor.
-> Ex.: reconhecimento de união estável, reconhecimento de tempo de serviço para fins previdenciários, etc. 
-> Ação declaratória: apenas consolida o direito. 
- Art. 20: A ação meramente declaratória é possível mesmo que não tenha violação de direito ou mesmo sem condenação.
Aula dia 10/11/15
Título II – Dos limites da jurisdição nacional e da cooperação internacional
Capítulo I – Dos limites da jurisdição nacional (art. 21 a 25)
-> Competência (limite da jurisdição)
1) Internacional
a) concorrente ou cumulativa: pode ser proposta tanto no Brasil quanto no exterior. 
- Arts. 21 e 22
- Art. 21: à autoridade judiciária brasileira cabe processar e julgar ações em que o réu, independente da nacionalidade, tiver domicílio no Brasil; sendo pessoa jurídica estrangeira, se tiver agência, filial ou sucursal; ações cujas obrigações houverem de ser cumpridas no Brasil; bem como aquelas fundadas em fato ocorrido ou ato praticado no país.
- Art. 22: ações de alimentos, quando o credor tiver domicílio ou residência no Brasil ou o réu mantiver vínculos no Brasil; ações decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
- Não gera litispendência se for proposta a mesma ação (mesmas partes, mesma causa de pedir, mesmo pedido) no Brasil e no exterior. É permitido que pendam ações, em um e em outro território, sem que o processo que corre em território nacional tenha andamento obstado, o que só ocorrerá quando nele, ou no processo de homologação da sentença da ação que correu no estrangeiro, sobrevenha o trânsito em julgado da sentença, ocasião em que será extinto o processo da ação que ainda estiver em curso.
- Sentença de outro país tem que ser homologada no Brasil. Atualmente a homologação de sentença estrangeira é competência do STJ.
b) exclusiva ou privativa: somente pode ser proposta no Brasil. Se for proposta em outro país, não será reconhecida em território brasileiro, porque faltarão requisitos necessários à homologação dela. 
- Art. 23: compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I) conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II) em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; III) em divórcio, separação judicialou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
- Não impede a proposição de ação no exterior, mas impede sua homologação no Brasil.
2) Interna
a) absoluta
b) relativa: valor e território
- Sendo o juiz incompetente relativamente, se não houver arguição, o juiz incompetente se torna competente. 
- Atualmente competência relativa não pode ser decretada de ofício. Mas, no novo CPC, o juiz pode decretar de ofício sua incompetência, antes da citação, se julgar abusiva cláusula de eleição de foro.
 
- Art. 24: ação proposta no estrangeiro e no Brasil não induz à litispendência. 
	-> §único: só produzem efeitos sentença estrangeira no Brasil após sua homologação no Brasil. Quando há dois processos em curso (um no Brasil e outro no exterior) não há impedimento para a sentença estrangeira seja homologada no Brasil.
- Art. 25: não compete à autoridade brasileira processar e julgar ação que tiver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, o que deverá ser arguido pelo réu na contestação. Se o réu não arguir nada, a justiça brasileira se torna competente. 
	-> §1º: será inválida para a jurisdição brasileira a cláusula de eleição de foro que de qualquer maneira pretenda afastar da autoridade judiciária nacional o conhecimento de matéria de jurisdição exclusiva (art. 23). 
	-> §2º: proteção à boa-fé. O art. 63, §§1º ao 4º dispõem especificamente sobre a cláusula de eleição de foro e a tutela de uma das partes contra a abusividade na sua elaboração. Se for constatada essa abusividade, a ineficácia da cláusula poderá ser declarada de ofício pelo juiz, antes mesmo da citação, ou deverá, sob pena de preclusão, ser suscitada pelo réu em contestação. 
	JURISDIÇÃO CONCORRENTE OU CUMULATIVA
	JURISDIÇÃO EXCLUSIVA OU PRIVATIVA
	Passível de homologação no Brasil.
Arts. 21 e 22
	Não é passível de homologação no Brasil.
Art. 23.
Capítulo II – Da cooperação internacional (arts. 26 a 41)
- Art. 26: cooperação jurídica internacional: regida por tratado de que o Brasil faz parte. A cooperação pode ser de forma ativa (o Brasil formula um pedido de cooperação jurídica a um Estado estrangeiro) ou passiva (o pedido é apresentado ao Brasil por um outro Estado).
	-> A cooperação internacional observará: I) o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente (condicionamento do atendimento, pelo Brasil, do pedido formulado pelo Estado estrangeiro à observância, neste último Estado, de garantias do devido processo legal); II) a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos; III) a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; IV) a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação (seu intuito consiste em centralizar em determinado órgão ou instituição estatal a transmissão recebimento e tramitação dos pedidos de cooperação jurídica internacional); V) espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras (dever de o Estado brasileiro, quando figurar como Estado requerido em qualquer modalidade passiva de cooperação jurídica internacional já solicitada por Estado estrangeiro, prestar informações a respeito do desenvolvimento do pedido de ofício, informando a respeito de novos andamentos e novas providências, independentemente de sucessivas provocações do Estado requerente).
	-> §1º e 2º: Na ausência de tratados poderá ocorrer por via diplomática. Porém, não é exigida reciprocidade, ou seja, para homologação de sentença estrangeira brasileira não é necessário que haja tratados entre os dois países. 
 	-> §3: Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. 
	-> §4: auxílio direto: em regra, é o Ministério da Justiça. Mas há casos em que outra instituição desempenhará o papel da autoridade central brasileira. 
- Art. 27: objetos da cooperação internacional
	-> I) citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; II) colheita de provas e obtenção de informações; III) homologação e cumprimento de decisão; IV) concessão de medida judicial de urgência; V) assistência jurídica internacional; VI) qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira (demonstra que o rol constante nesse artigo é meramente exemplificativo). 
- Art. 28: auxílio direto (modalidade de cooperação internacional): não representa uma comunicação propriamente direta entre o juiz estrangeiro e o juiz brasileiro e vice-versa. Significa apenas uma modalidade de cooperação jurídica internacional em que se dispensa a fase deliberatória, ou seja, não é necessário passar pelo STJ (juízo de delibação). Em regra, o pedido de cooperação internacional é encaminhado ao Ministério da Justiça, que o passa para a AGU, que o encaminha para o órgão competente. 
	-> O auxílio direto pode envolver ato de natureza administrativa ou de ato de natureza jurisdicional. Os atos de natureza administrativa são sempre passíveis de cumprimento pela via do auxílio direto, enquanto os atos de natureza jurisdicional somente podem ser objeto de auxílio direto quando se tratar de demanda a ser ajuizada no Brasil e integralmente processada e julgada por juiz nacional. 
- Art. 29: autoridade central -> se não estiver estipulado em tratado, será o Ministério da Justiça. 
	-> A regra geral é que a solicitação de auxílio direto passivo deve ser enviada pela autoridade central do país requerente à autoridade central do Brasil. 
- Art. 30: O auxílio-direito poderá ocorrer nos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte e nos seguintes casos (rol exemplificativo dos atos que podem ser objeto do auxílio direto):
	-> I) obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos em curso no Estado requerido (modalidade de auxílio em atividade administrativa); II) colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira (admite-se auxílio direto para colheita de provas, desde que não se trate de caso enquadrado na “competência internacional exclusiva” da autoridade judiciária brasileira); III) qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira. 
- Art. 31: cooperação passiva (recebido) e ativa (encaminhado).
	-> A autoridade central brasileira comunica-se diretamente com a autoridade central do Estado estrangeiro e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução dos pedidos de auxílio direto ativo e passivo. Embora seja emprega a expressão “direta” não significa que não intermediários. Ao contrário, significa que a comunicação independe da fase judicial de deliberação. No Brasil, a comunicação entre autoridades centrais é feita por via diplomática, através do Ministério das Relações Exteriores. 
- Art. 32: o Ministério da Justiça faz os procedimentos.
	-> Artigo que trata apenas do auxílio direto envolvendo atos de natureza administrativa, os quais poderão ser cumpridos pela via do auxílio direto. 
- Art. 33: refere-se ao auxílio direto envolvendo ato de natureza jurisdicional a ser praticado, originariamente, no Brasil (auxílio que serve para viabilizar no Brasil o ajuizamento de demanda judicial em favor do Estado estrangeiro). Trata-se de artigo que menciona as providências da autoridade central no caso de auxílio envolvendo atos de natureza jurisdicional.
	-> É necessário o ajuizamento de demanda judicial perante o Poder Judiciário brasileiro. Assim, após o recebimento de auxilio direto passivo, a autoridade central (Ministério da Justiça) encaminha o pedido à AGU, que requererá em juízo a medida solicitada. 
	-> §único: em algunscasos (conforme previsão específica em alguns tratados internacionais), o Ministério Público Federal exercerá o papel de autoridade central e ele mesmo ajuizará a demanda judicial objeto do pedido de auxílio direto passivo.
- Art. 34: compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar o pedido de auxílio passivo que demande prestação jurisdicional.
	-> Pedido de auxílio direto passivo é competência da Justiça Federal.
- Art. 36: carta rogatória: passa pelo STJ (outra forma de cooperação internacional). 
	-> §1º: A impugnação da parte interessada, de curador especial ou do Ministério Público deverá se limitar à verificação dos requisitos para o que o ato de interesse do processo estrangeiro possa ser praticado no Brasil. 
	-> §2º: vedação à revisão do mérito.
- Art. 37: pedido de cooperação jurídica internacional do Brasil deverá ser encaminhado primeiro para a autoridade central para posterior envio ao Estado requerido. 
- Art. 38: pedido de cooperação brasileiro e documentos: serão encaminhados à autoridade central com a tradução.
- Art. 39: negação a pedido de cooperação: ofensa à ordem pública.
- Art. 40: cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira: carta rogatória ou ação de homologação de sentença estrangeira. 
- Art. 41: Aceita-se a autenticidade dos documentos e a tradução enviada não, precipuamente, pelo fato de serem aqui submetidas à autoridade central brasileira, mas pela presunção de regularidade dos atos de formação praticados pelo órgão responsável do Estado requerente. 
	-> §único: não sendo dispensado idêntico tratamento ao Brasil nos pedidos de cooperação internacional ativa, o código autoriza o emprego de postura mais restritiva pelo Estado brasileiro, por questão de reciprocidade.
Cooperação passiva:
	AUXÍLIO DIRETO
	CARTA ROGATÓRIA
	HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA
	Dispensa fase deliberatória perante o STJ
	Passa pelo STJ
	Passa pelo STJ
Cooperação ativa
	AUXÍLIO DIRETO
	CARTA ROGATÓRIA
	JURISDIÇÃO DE CADA PAÍS
	Passa pelo Ministério da Justiça.
	Passa pelo STJ
	XXXX
Aula 16/11/15
Título III – Da Competência interna (arts. 42 a 66)
- Tema abarcado por normas constitucionais, leis processuais e de organização judiciária.
- Etapas para determinação da competência:
1) Competência de justiça: qual a justiça competente?
2) Competência originária: dentro da justiça competente, o conhecimento da causa cabe ao órgão superior ou inferior? Tribunal ou Juízo monocrático?
3) Competência de foro: se a atribuição é do órgão do primeiro grau, qual a comarca ou seção judiciária competente? Tenho que saber se é competência da Justiça Estadual ou Federal. Para se saber, basta consultar a Constituição. 
- Competência para Justiça Estadual é por exclusão, ou seja, se não for competência da Justiça Federal é competência da Justiça Estadual.
4) Competência de juízo: se há mais de um órgão de primeiro grau com as mesmas atribuições jurisdicionais, qual a vara competente?
5) Competência interna: quando em uma mesma Vara ou Tribunal servem vários juízes, qual ou quais deles serão competentes?
6) Competência recursal: a competência para conhecer do recurso é do próprio órgão que decidiu originariamente ou de um superior?
- Há recursos que serão propostos perante o juiz que proferiu o ato, o qual recebe e julga o recurso.
- Há recursos que serão propostos perante o juiz, mas serão julgados pelo órgão superior.
- Há recursos que serão propostos diretamente no órgão superior, o qual recebe e julga o recurso.
Capítulo I – Da competência interna
Seção I - Disposições Gerais
- Art. 42: As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
	-> Os órgãos julgadores integrantes do Poder Judiciário somente podem exercer a atividade jurisdicional nos limites que lhes forem impostos pelas normas que estabelecem a sua competência. 
	-> As partes, desde que atendidas as exigências legais, têm o direito de se valer da arbitragem para resolver o conflito de interesses em que se envolveram.
-> Limites de sua competência: atuar apenas na comarca.
-> Juízo arbitral: método consensual de conflitos. Mas alguns autores tratam a arbitragem como exercício de função jurisdicional.
- Art. 43: a competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente. A competência será mudada se o órgão judiciário for suprimido ou se houver alteração na competência absoluta.
->Perpetuação da competência -> em regra, quando as partes mudam de comarca, o processo continua a correr na comarca onde foi ajuizado.
-> Exceções: supressão de órgão judiciário ou alteração de competência absoluta. 
COMPETÊNCIA
	ABSOLUTA
	RELATIVA
	Matéria, pessoa e funcional.
	Territorial* e valor da causa**
	Regras para atender interesse público
	Interesses particulares
	Pode ser alegada a qualquer tempo, por qualquer das partes, podendo até ser reconhecida de ofício. Não há preclusão.
	Somente pode ser arguida pelo réu, no prazo de resposta (15 dias), sob pena de preclusão e prorrogação de competência. Não pode ser reconhecida de ofício.
	Não há forma especial.
	Contestação (NCPC) x CPC 1973
	Não pode ser alterada pela vontade das partes.
	Pode ser alterada pela vontade das partes.
*Há hipóteses que trabalhamos que competência territorial, mas que é competência absoluta. 
** Juizados (valor): Estadual ->relativa		Federal ->absoluta
- Prorrogação de competência: o juiz que anteriormente era incompetente agora se torna competente. 
- No Código de 1973, a incompetência relativa era arguida por meio de exceção de incompetência. No NCPC deverá ser arguida na contestação preliminarmente.
Aula dia 17/11/15
- Art. 44: Determinação de competências: Constituição Federal, normas previstas no NCPC, legislação especial, normas de organização judiciária e constituições do Estados. 
- Art. 45: Hipótese de remessa de processos que tramitam na Justiça Estadual para a Justiça Federal: se houver intervenção da União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, etc., com algumas exceções (recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho).
	-> §§1º, 2º e 3º (positivação da Súmula 224 do STJ)
- Art. 46: Regra geral: ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta no foro de domicílio do réu. 
	§1º: mais de um domicílio: qualquer um dos domicílios
	§2: incerto ou desconhecido: citação onde o réu for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
	§3º: réu com domicílio ou residência fora do Brasil: foro do domicílio do autor e, se este residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
	§4º: dois ou mais réus com diferentes domicílios: foro de qualquer deles, à escolha do autor.
	§5º: execução fiscal: foro do domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
- Art. 47: direito real (propriedade, posse) sobre bens imóveis: competência do foro da situação da coisa, ou seja, a demanda deve ser proposta junto ao juízo cujo foro abranger o local em que está situado o imóvel.
	§1º Se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova, o autor poderá optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição. 
	§2º: ação possessória imobiliária: foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. A competência para o processamento e para o julgamento da demanda em que é discutida a posse de bem imóvel é do juízo cujo foro abrange o local que é situado o bem. Embora a competência territorial seja ordinariamente relativa, nesse caso é absoluta.
- Art. 48: Competência territorial para processamento e julgamento do inventário, da partilha judicial, da arrecadação de bens, do cumprimento de disposições de última vontade, da demanda que versa sobreimpugnação ou anulação de partilha extrajudicial e das demais demandas propostas contra o espólio: é competente o juízo em cujo foro estiver situado o domicílio do autor, no Brasil.
	-> Para fins de competência não importa onde ocorreu o óbito.
	-> §1º: Se o autor da herança não possuía domicílio certo: I) a competência é do juízo onde encontram-se situados os bens imóveis deixados pelo morto; II) se houver bens imóveis em locais distintos, a competência é de qualquer juízo em cujo foro estiver situado bem imóvel deixado pelo falecido; III) se o falecido não tiver deixado bem imóvel, a competência será de qualquer juízo em cujo foro houver bem que a ele pertencia. 
- Art. 49: A competência territorial para propositura de demanda contra o ausente é o juízo cujo foro abranger o local do último domicílio do ausente. 
- Art. 50: Ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente. 
	-> Norma que deve ser aplicada tanto nos casos em que o réu é absolutamente incapaz quanto nos casos em que ele é relativamente incapaz. 
- Art. 51: Trata-se de norma que, apesar de basear-se no critério territorial, determina competência absoluta. 
	-> Se a União for a parte autora, é competente o foro de domicílio do réu. Se o réu possuir um só domicílio, a demanda deverá ser proposta junto ao juízo federal cujo foro abrange o lugar do domicílio do réu. Se o réu possuir mais de um domicílio, em foros federais distintos, a demanda deverá ser proposta junto a qualquer dos juízos federais cujo foro englobe local em que o réu tenha domicílio (competência absoluta concorrente). 
	-> Se a demanda for proposta contra a União: a demanda poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no DF.
- Art. 52: Trata-se de competência territorial relativa, pois o tema deste artigo não está previsto constitucionalmente e, no âmbito da legislação ordinária, a competência territorial é relativa. 
	-> Demandas propostas pelo Estado ou pelo DF: devem ser propostas junto ao juízo estadual cujo foro abranger o lugar em que o réu é domiciliado. Se o réu possuir mais de um domicílio, a demanda deverá ser proposta junto a qualquer juízo cujo foro abranja lugar em que o réu tenha domicílio (competência relativa concorrente).
	-> Demandas propostas contra o Estado ou o DF: o juízo competente poderá ser, indistintamente, aquele cujo foro abranger o local de domicílio do autor, o de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, o de situação da coisa ou a capital do respectivo ente federado. 
- Art. 53: competência para (competência absoluta):
a) ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: domicílio do guardião do filho incapaz (o pai ou a mãe que detenha a custódia oficial unilateral; se a guarda for compartilhada, é competente o juízo cujo foro abranger o lugar do último domicílio do casal); do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal. 
b) domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos 
c) lugar: onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu; onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica; onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; da residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto; da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; 
d) do lugar do ato ou fato para a ação: de reparação de dano; em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios.
e) de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. 
Seção II – Da Modificação da Competência
- Modificação da competência: 
	a) prorrogação: órgão que não era e se tornou competente. Pode ocorrer nos seguintes casos: reunião, em um mesmo foro e perante o mesmo juízo, de demandas conexas que tramitavam em foros distintos; ato unilateral do autor (este propõe demanda no foro de domicílio do réu, renunciando a foro especial instituído a seu favor); não alegação da incompetência relativa no prazo legal; eleição de foro pelas partes.
	b) derrogação: órgão que tinha e perdeu a competência. 
- Art. 54: Competência relativa pode modificar-se em razão da conexão ou pela continência.
	-> Competência absoluta não pode ser modificada. 
	CONEXÃO
	CONTINÊNCIA
	Quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir
	Quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. 
- É quase litispendência.
- Elementos da ação: partes, causa de pedir, pedido. 
- Ação com os três elementos idênticos: litispendência. 
- Art. 55: São conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
	->§1º: Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. 
	-> §2º: Aplica-se o disposto no caput: I) à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico: II) às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
	-> §3º: Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. 
- Art. 56: Continência: identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
- Art. 57: Quando houver continência e a ação continente (mais extensa) tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida (menos extensa) será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
-> O critério é a ação que tiver sido proposta anteriormente. 
	 
Aula 30/11/15
- Conexão e continência: hipóteses de modificação de competência.
- Art. 58: Reunião das ações propostas em separado: juízo prevento. Este refere-se ao órgão perante o qual deverão ser reunidas para processamento e julgamento conjunto duas ou mais demandas conexas.
- Art. 59: critério para prevenção: o registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
->Com o NCPC, a arguição da incompetência (tanto relativa quanto absoluta) deverá ocorrer como preliminar da contestação. 
	-> No Código de 1973, a incompetência absoluta era arguida na contestação e a incompetência relativa é arguida por meio de exceção.
- Art. 60: Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.
- Art. 61: A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal.
- Art. 62: Competência em razão da matéria, da pessoa ou da função (competência absoluta): inderrogável por convenção das partes. 
- Art. 63: Competência em razão do território e do valor da causa: pode ser modificada, se a lei não dispor em sentido contrário (competência relativa), elegendo o foro no qual será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. 
	->§1º: eleição de foro deve constar de instrumento escrito e só é válida para a resolução de questões relativas a negócio jurídico determinado e não se aplica a direitos ou situações jurídico-materiais indisponíveis. 
	-> §2º: cláusula de eleição de foro obriga os herdeiros e sucessores das partes. 
	-> §3º: a cláusula de eleição de foro poderá ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, antes da citação.
	-> §4º: Citado, o réu, deverá alegar abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão. 
	
Seção III – Da Incompetência
- Art. 64: Exceção de incompetência não existe mais. A incompetênciaserá alegada como questão preliminar em contestação.
	-> §1º: Incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdição (isso não retira das partes o ônus de alegá-la na primeira oportunidade que lhes couber falar nos autos) e deve ser declarada de ofício pelo juiz. 
	-> §2º e 3º: o juiz sempre ouvirá as partes sobre a existência do vício e decidirá depois, remetendo os autos ao juízo competente, caso reconheça sua incompetência.
	-> §4º: princípio da preservação da validade dos atos processuais praticados perante o Juízo absolutamente incompetente. 
- Art. 65: prorrogação da competência relativa: o juízo que era incompetente tornar-se competente. Se o réu não suscitar a incompetência relativa como preliminar da contestação, prorroga-se a competência. 
	-§1: Ministério Público pode alegar incompetência relativa nas causas em que atuar. 
- Art. 66: Conflito de competência (arts. 951 – 959)
	I – Pode ser positivo (dois juízes ou mais se declaram competentes).
	II – Pode ser negativo (dois ou mais juízes se declaram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência.
	III – Entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. 
	->§único: o juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
· Hipótese de conflito de competência entre juiz federal de Lavras e juiz estadual de Manga exercendo função de juiz federal: a competência para decidir o conflito de competência é o TRF1. Se for de região diferente, a competência é do STJ. O conflito de competência sempre será decidido sobre um órgão superior. 
Capítulo II – Da Cooperação Nacional
- Art. 67: Dever de recíproca cooperação entre os órgãos do Poder Judiciário nacional. É uma decorrência do princípio da unidade da jurisdição e da responsabilidade do Estado brasileiro pela entrega de uma tutela jurisdicional efetiva e em tempo razoável.
- Art. 68: Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para a prática de qualquer ato ao processual.
- Art. 69: Pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente atendido, prescinde de forma específica e pode ser executado como: auxílio direito (prática de um ato não jurisdicional, como por exemplo, o pedido de informações de uma comarca para outra sobre legislação vigente; a reunião ou apensamento de processos; prestação de informações; atos concertados entre os juízes cooperantes. 
Livro III – Dos sujeitos do processo
Título I – Das partes e dos procuradores
Capítulo I - Da capacidade processual
- Art. 70: Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. 
 a) capacidade postulatória: possibilidade de pleitear ou apresentar defesa em juízo. É inerente a advogados, defensores, membros do MP
	 b) capacidade processual: pessoa que se encontra no exercício dos seus direitos. Possibilidade de exercer seus direitos em juízo, de forma direta, sem a necessidade de assistência ou representação. Têm capacidade processual: todo aquele que detém capacidade civil e inúmeros entes despersonalizados (espólio, massa falida, condomínios, ministério público etc.).
	 c) capacidade de ser parte: possibilidade de demandar e ser demandado. 
	-> E o nascituro, tem capacidade? RE 931.556 – RS
	-> A incapacidade pode ser apreciada de ofício, a qual tempo ou grau de jurisdição. Por isso, a não alegação na contestação não gera preclusão.
	-> A ausência de capacidade processual é uma nulidade sanável, inclusive nas instâncias superiores. 
- Art. 71: O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou curador, na forma da lei. 
- Art. 72: Será nomeado um curador especial ao incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade (o curador não precisa possuir capacidade postulatória); e ao réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa (curador de ausente) (o curador deve possuir capacidade postulatória), enquanto não for constituído advogado. 
a) curador especial: apenas para efeitos processuais. O objetivo é viabilizar a ampla defesa, que a pessoa consiga se defender adequadamente. É nomeado para um processo específico. 
	b) curador civil: responsável por outros aspectos da vida da pessoa.
	-> §único: curatela especial será exercida pela Defensoria Pública. 
- Art. 73: integração da capacidade processual (caput e §1º): A capacidade processual das pessoas casadas depende de integração através do consentimento (polo ativo) ou litisconsórcio do cônjuge (polo passivo). 
-> Objeto: direito real imobiliário, o qual está previsto no art. 1.225, CC. Ex.: ação de usucapião, ação reivindicatória, ação de imissão na posse e ação de nunciação de obra nova. 
-> Há exceção quando os cônjuges forem casados sob o regime de separação absoluta de bens. 
	-> Consentimento: na prática, o cônjuge também assina a procuração. Mas pode ser assinada uma declaração do cônjuge dizendo que consente com a propositura da ação. Não é litisconsórcio, mas apenas consentimento comprovado. Se o cônjuge não der o consentimento exigido pela lei, o processo deverá ser extinto pela falta de pressuposto processual.
 	-> Caput: trata do polo ativo da demanda. 
	-> §1º: polo passivo. É imprescindível que haja citação de ambos os cônjuges nos seguintes casos: que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; quando resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles (a decisão que vier a ser proferida causará repercussão na esfera jurídica do casal); fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. 
-> Só há litisconsórcio necessário do cônjuge em relação ao polo passivo da lide. 
	-> §2º: Nas ações possessórias a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse (posse compartilhada) ou de ato por ambos praticado. 
	-> §3º: aplica-se o disposto à união estável, tanto no polo ativo quanto no passivo. 
- Art. 74: O consentimento pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. 
	-> A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo. 
- Art. 75: Hipóteses de representação em juízo, ativa ou passivamente:
	a) União: AGU ou mediante órgão vinculado (Procuradoria Geral da União ou Procuradoria Geral da Fazenda); 
	b) Estado e DF: procuradores;
	c) Município: prefeito ou procurador;
	d) Autarquia e função de direito público: por quem a lei do ente federado designar;
	e) Massa falida (universalidade de bens de uma empresa que faliu): pelo administrador judicial;
	f) Herança jacente (sempre que ocorrer a morte do titular do patrimônio sem que existam herdeiros legítimos conhecidos ou testamento) ou vacante (herança que não foi procurada por ninguém – após a publicação de edital, não se encontrem quaisquer herdeiros): por curador a ser designado pelo juiz;
	g) Espólio: pelo inventariante.
	h) A pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores;
	i) A sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
	j) a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil. 
	k) o condomínio, pelo administrador ou síndico (serve como prova a ata da assembleia em que o mesmo tenha sido eleito. 
	-> §1º: Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte. 
	-> §3º: A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal brasileira.-> §4º: Convênio de acordo recíproco entre os Estados e o Distrito Federal para a prática de atos processuais. 
	-> Representante não é parte no processo. Age apenas em nome da parte. 
- Art. 76: Se for verificada a incapacidade processual ou a irregularidade de representação (pressupostos processuais), o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para o vício seja sanado. 
	-> Incapacidade processual e irregularidade na representação caracterizam a falta de pressuposto processual, podendo o juiz analisar tal situação até mesmo de ofício.
	-> §1º: Descumprida a determinação e estando o processo na instância originária: I) o processo será extinto, se a providência couber ao autor; II) o réu será declarado revel, se a providência lhe couber; III) o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependo do polo em que se encontre. 
	-> §2º: Descumprida a determinação em fase recursal, o relator: I) não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; II) determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
->Interpretação sistemática do Código: suspensão até prazo 30 dias. 
	->Capacidade processual e regularidade da representação: pressupostos processuais de validade. 
Capítulo II – Dos deveres das partes e de seus procuradores
Seção I – Dos deveres
- Art. 77: Não é rol exaustivo. Trata-se do dever de probidade processual, com todas as suas decorrências, que tem por destinatários todos aqueles que, de qualquer modo, participam do processo. São os deveres: I) exposição dos fatos em juízo conforme a verdade (vedação da apresentação dolosa de fatos inexistentes ou omissão de fatos existentes); II) vedação à apresentação de pedidos e defesas destituídas de fundamentos; III) não produzir provas ou praticar atos inúteis ou desnecessários; V) cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais e não criar embaraços a sua efetivação (não se admite que haja resistência injustificada ao cumprimento das decisões judiciais); V) dever de informar o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, bem como de mantê-lo atualizado; VI) não praticar inovação ilegal 
	-> §1º: são hipótese do cometimento de ato atentatório à dignidade da justiça (antigo ato atentatório ao exercício da jurisdição):
a) não cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação.
b) praticar inovação ilegal (criar lei, jurisprudência) no estado de fato de bem ou direito litigioso. Ex.: inventar jurisprudência.
	-> Não precisa ser as duas alternativas concomitantemente. 
	->Primeiramente o juiz deve advertir as partes sobre a possibilidade de cometimento de ato atentatório à dignidade da justiça. Porém, nada impede que o magistrado aplique as sanções se já for constatada a violação.
	-> Sanção: multa de até 20% sobre o valor da causa, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis. Multa fixada de acordo com a gravidade da conduta. 
	-> Não sendo paga a multa: inscrita como dívida ativa da União ou do Estado (a multa não é para a parte contrária). O valor será revertido aos fundos previstos no art. 97 (fundos de modernização do Poder Judiciário).
	-> É possível cumulação com as multas de 10% pelo não pagamento voluntário da sentença e astreintes (§4º), 
	-> Valor da causa irrisório ou inestimável: a multa poderá ser fixada em até 10 vezes o valor do salário mínimo (a lei não determina o que é valor irrisório ou inestimável. Cabe ao juiz definir isso no caso concreto).
	-> §6º: Ato atentatório à dignidade da justiça praticado por advogados, defensores públicos e membros do MP: não é aplicada a multa por ato atentatório à dignidade da justiça. Eventual responsabilidade disciplinar nos casos de improbidade processual será apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria. O intuito é evitar confusão patrimonial.
	-> §7º: prática de inovação: juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até acabar o atentado. 
- Art. 78: proibição de emprego de expressões ofensivas, as quais podem ser de forma oral ou de forma escrita. 
	a) oral: primeiro advertir; depois, se for o caso, cassar a palavra.
	b) escrita: o juiz deverá determinar, de ofício ou a requerimento das partes, que as palavras sejam riscadas; a requerimento do ofendido, determinar a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada. 
Seção II – Da reponsabilidade das partes por dano processual
- Litigante de má-fé pode ser triplamente responsabilizado: aplicação de multa sancionatória/punitiva; indenização à parte adversa, na forma de perdas e danos; condenação ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios. 
- Art. 79: Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé.
- Art. 80: Considera-se litigância de má-fé: deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo, proceder de modo temerário ou interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório; 
- Art. 81: Condenação em multa por litigância de má-fé (entre um e dez por cento ao valor da causa corrigido); indenização à parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu, a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. A condenação poderá ocorrer de ofício ou a requerimento. 
	-> É possível compensação. 
	-> §3º: valor da indenização: em regra, é fixado pelo juiz; se não for possível a mensuração do valor, haverá nomeação de um perito para fazer liquidação por arbitramento; se mesmo assim não for possível seguirá o procedimento comum (outro procedimento para se chegar ao valor).
	-> Indenização:
	Valor fixado pelo juiz -> perícia-> procedimento comum.
	ATO ATENTATÓRIO DA DIGNIDADE DA JUSTIÇA
	LIGITÂNCIA DE MÁ-FÉ
	Multa pode chegar até 20% do valor da causa.
	Multa de 1% a 10% do valor da causa + indenização fixada pelo juiz, liquidada por arbitramento ou pelo procedimento comum.
	Multa vai para o Estado ou União.
	Multa vai para a parte contrária.
	Cabimento: - não cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e criar embaraços à sua efetivação; - praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
	Cabimento: - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; - alterar a verdade dos fatos; -usar do processo para conseguir objetivo ilegal; - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; - provocar incidente manifestamente infundado; interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
Seção III – Das despesas, dos honorários advocatícios e das multas
- Art. 82: Honorários advocatícios referidos pelo Código são os honorários de sucumbência, fixados pelo juiz em virtude da vitória da causa de uma das partes. 
	-> Lei 1060/1950
- Fases do processo (divisão para fins didáticos, pois elas não precisam necessariamente acontecer):
	a) postulatória
	b) saneamento e organização do processo
	c) probatória (perícia, no final da qual será elaborado um parecer técnico). O perito não decide, ele opina, devendo ser imparcial. 
	- O juiz pode facultar às partes a apresentação de assistentes técnicos, os quais podem apresentar quesitos para o perito responder, defendem as partes e fiscalizam os peritos (não precisam ser imparciais). 
	d) decisória
	e) satisfativa
Aula dia 08/12/15
- Multas: são fixadas tendo em vista o valor da causa.
- Honorários de sucumbência: são fixados tendo em vista o valor da condenação.
- Assistência judiciária (mínimo de 10 e máximo de 20% sobre o valor da condenação): o juiz condena, mas a exigibilidade fica suspensa por 5 anos do trânsito em julgado, enquanto durarem os motivos da gratuidade da justiça. Se em 5 anos mudar a situaçãofinanceira a outra parte pode exigir o pagamento. Mas se não mudar, não poderá cobrar mais. 
- Sentença líquida: já se consegue saber o valor da condenação. 
- Sentença ilíquida: não é possível saber o valor da condenação na sentença, o qual só será calculado na fase de liquidação, depois da decisão e antes da fase satisfativa.
- Salário mínimo: considera-se o valor na data da prolação da sentença.
- Honorários: cumuláveis com multas e outras sanções processuais. 
- Honorários de sucumbência: são direito do advogado e têm natureza alimentar.
- Não há compensação de honorários. 
- O pagamento dos honorários pode ser efetuado em favor da sociedade que advogados que integra na qualidade de sócio.
- É cabível ação autônoma para definição e cobrança de honorários quando a sentença for omissa quanto ao seu direito ou ao seu valor.
- Os advogados públicos receberão honorários de sucumbência.
Aulas 14/12/15 e 15/12/15
- Algumas observações importantes: 
1. O processo é uma sequência de atos.
2. Honorários advocatícios: são de sucumbência – aqueles fixados pelo juiz em virtude a vitória da causa de uma das partes. 
3. Honorários Pró-labore: aqueles que independem do resultado, são honorários pelo serviço prestado ao cliente.
4. Em alguns casos o MP atua como fiscal da ordem jurídica, e assim como o juiz, também pode requerer o adiantamento de despesas dos atos processuais.
5. Art. 82: Cabe ao autor adiantar as despesas relativas ao processo, mas a sentença condenará ao vencido a pagar ao vencedor as despesas que adiantou.
6. Art. 83: O brasileiro ou estrangeiro que estiver fora do país enquanto tramita um processo, prestará caução suficiente para as custas processuais e do advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegura o pagamento. No entanto, há exceções em que a caução não será exigida. Uma delas é na reconvenção. Reconvenção é um instituto de direito processual, pelo qual o réu formula uma pretensão contra o autor da ação.
7. O valor depende de uma ESTIMATIVA – depende quantitativamente e qualitativamente dos atos processuais, para fins de se determinar um valor. 
8. No processo existem algumas fases que podem gerar custos para as partes, uma delas é a fase probatória:
	Fase probatória: o juiz pode nomear um perito (de confiança do juízo que 	emitirá um parecer técnico sobre o caso).
	O perito pode ser acompanhado de assistentes técnicos contratados pelas partes. 	Estes, 	por sua vez, não precisam ser imparciais; acompanham a perícia e a fiscaliza. 	Contudo, haverá altos custos.
	Abaixo, alguns artigos que demonstram as afirmações acima:
Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título. 
§ 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica. 
§ 2º A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.
 
Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento. 
§ 1º Não se exigirá a caução de que trata o caput: 
I – quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte;
II – na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença; 
III – na reconvenção. 
§ 2º Verificando-se no trâmite do processo que se desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir reforço da caução, justificando seu pedido com a indicação da depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende obter. 
Art. 84. As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.
	O processo é repleto de valores, alguns como requisitos da petição, outros delimitados ao longo dos atos processuais. Vejamos alguns deles:
	O valor da causa é o valor estimado que é dado a uma causa para juiz de alçada. É um requisito da petição inicial (há critérios para estabelecer o valor da causa. Em um processo de pensão alimentícia, por exemplo, o valor da causa é 12x o valor pleiteado, dessa forma, se pede o valor de R$ 100,00 por mês, o valor da causa será de R$ 1200,00). A finalidade do valor da causa é de calcular as despesas processuais e as eventuais multas.
	O valor da condenação, por sua vez, é o valor que juiz estabelece para ser pago à parte vencedora (fixado pelo judiciário). Não precisa ser necessariamente o mesmo valor estabelecido para a causa, entretanto, o valor da condenação não pode exceder o valor da causa.
	O valor do pedido é aquele em que realmente se pede o desejado.
	Os honorários de sucumbência são fixados entre dez a vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido, ou sobre o valor atualizado da causa. Vejamos: 
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. 
§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente. 
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: 
I – o grau de zelo do profissional; 
II – o lugar de prestação do serviço; 
III – a natureza e a importância da causa; 
IV – o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
	Ao fixar os honorários o juiz deve levar em consideração o zelo do profissional, o tempo de atuação, as condutas do advogado em relação ao cumprimento de prazos e procedimentos, etc.
	Nos casos em que a Fazendo Pública for parte, a fixação respeita alguns dispositivos:
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais: 
I – mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos; 
II – mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos; 
III – mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos; 
IV – mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos; 
V – mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos. 
§ 4º Em qualquer das hipóteses do § 3º: 
I – os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida a sentença; 
II – não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado; 
III – não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa; 
IV – será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada sentença líquida ou o que estiver em vigor na data da decisão de liquidação.
	Obs.: o salário mínimo é fixado com base na época da protelação da sentença.
§ 5º Quando, conforme o caso, a condenação contraa Fazenda Pública ou o benefício econômico obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3º, a fixação do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente, e assim sucessivamente. 
§ 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º aplicam-se independentemente de qual seja o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito. 
§ 7º Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada. 
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2º.
	Obs.: Pode-se ter um recurso versando única e exclusivamente sobre os honorários, proposto pela parte perdedora. 
§ 9º Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários incidirá sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas. 
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo. 
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento. 
§ 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77. 
§ 13. As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou julgados improcedentes e em fase de cumprimento de sentença serão acrescidas no valor do débito principal, para todos os efeitos legais. 
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial. 
§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o disposto no § 14. 
§ 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da data do trânsito em julgado da decisão. 
§ 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria. 
§ 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança. 
§ 19. Os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.
	É possível advogar em causa própria, sem prejuízo dos honorários devidos (NCPC, art. 85, § 17). O advogado que atua em causa própria não fica isento de pagar os honorários à outra parte, caso perca a causa.
Art. 85, §17.  Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.
Obs.: O CPC ao falar de honorários, refere-se ao honorário de sucumbência, não se preocupando, portanto, com os honorários pró-labore.
Obs.: É possível que haja, na prática, sentenças sem a declaração de honorários à parte vencedora. Casso isso aconteça, existe um recurso próprio para sanar vícios dessa natureza, ou seja, vícios por omissão. São os embargos de declaração, com prazo de 5 dias para a propositura. Contudo, o NCPC trata, ainda, de outra possibilidade: da propositura de uma ação autônoma (nova ação para se discutir o valor) para sua definição e cobrança:
§ 18.  Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.
Sucumbência Recíproca: quando autor e réu são vencidos e vencedores ao mesmo tempo. Ex.: A pede danos morais e matérias em face de B, mas a sentença condena B a pagar somente os danos morais, visto que os danos materiais não foram comprovados. Dessa forma, A foi vencedor quanto aos danos morais e B foi vencedor quanto aos danos materiais. Nesses casos, o juiz deve fixar proporcionalmente os honorários dos advogados atuantes na causa. Ambos ganharão proporcionalmente uma quantia, pois as duas partes saíram vencedoras de alguma forma.
Sucumbir em parte mínima do pedido: compete ao juiz perceber se sucumbiu a parte mínima do pedido. Quando a parte vencedora perde tão pouco que não justifica a existência de sucumbência recíproca (é como se a parte tivesse saído totalmente vencedora). Nesse caso, a parte quase totalmente perdedora (visto que a outra parte saiu quase que totalmente vencedora) responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários:
Art. 86.  Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão proporcionalmente distribuídas entre eles as despesas.
Parágrafo único.  Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários.
NO LITISCONSÓRCIO
	O juiz condenará proporcionalmente sobre as despesas e os honorários. Em caso de polo passivo vencedor com mais de uma parte, o valor fixado de honorários a serem pagos pelo vencido (polo ativo) deverá ser distribuído entre os advogados, respeitando os meios de fixação dos honorários (zelo, atuação etc), dessa forma, um advogado pode receber mais ou menos que o(s) outro(s). O mesmo acontece quando o polo ativo é vencedor.
Art. 87.  Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários.
§ 1o A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes, de forma expressa, a responsabilidade proporcional pelo pagamento das verbas previstas no caput.
§ 2o Se a distribuição de que trata o § 1o não for feita, os vencidos responderão solidariamente pelas despesas e pelos honorários.
	De acordo com o §2º, os vencidos pagarão a mesma quantia, de forma a aferir o valor total a ser pago à parte vencedora.
	Na jurisdição voluntária não há honorários de sucumbências, pois as partes querem a mesma coisa.
	Ainda na jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados. 
Art. 88.  Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados.
Art. 89.  Nos juízos divisórios, não havendo litígio, os interessados pagarão as despesas proporcionalmente a seus quinhões.
Dos honorários em relação à desistência, renúncia ou reconhecimento:
Art. 90.  Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu.
§ 1o Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu.
§ 2o Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente.
§ 3o Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.
§ 4o Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente, cumprir integralmente a prestação reconhecida, os honorários serão reduzidos pela metade.
O parágrafo quarto indica certo incentivo para que as partes resolvam de forma mais adequada o litígio, incentivando o réu ao reconhecimento do pedido para que, como consequência, pegue menos honorários de sucumbência em relação ao que pagaria caso levasse a causa em diante e perdesse.
Art. 88.  Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados.
Art. 89.  Nos juízos divisórios, não havendo litígio, os interessados pagarão as despesas proporcionalmente a seus quinhões.
Art. 90.  Proferida sentençacom fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu.
§ 1o Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu.
§ 2o Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente.
§ 3o Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.
 § 4o Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente, cumprir integralmente a prestação reconhecida, os honorários serão reduzidos pela metade.
Art. 91. As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido. 
§ 1º As perícias requeridas pela Fazenda Pública, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública poderão ser realizadas por entidade pública ou, havendo previsão orçamentária, ter os valores adiantados por aquele que requerer a prova. 
§ 2º Não havendo previsão orçamentária no exercício financeiro para adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício seguinte ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do adiantamento a ser feito pelo ente público. 
Art. 92. Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado.
	O art. 92 se refere à SENTENÇA TERMINATIVA, ou seja, aquela proferida sem a resolução do mérito. 
	Cabe ressaltar que temos dois tipos de sentenças: as sentenças terminativas e as sentenças definitivas. A primeira é quando não há resolução do mérito e pode, portanto, ser proposta outra ação com as mesmas partes, objeto e causa de pedir, mas com os vícios sanados. Já nas sentenças definitivas, cabe apenas recurso quando possível, não sendo possível nova propositura da ação em respeito à coisa julgada e a proibição da litispendência. 
Art. 93. As despesas de atos adiados ou cuja repetição for necessária ficarão a cargo da parte, do auxiliar da justiça, do órgão do Ministério Público ou da Defensoria Pública ou do juiz que, sem justo motivo, houver dado causa ao adiamento ou à repetição. 
Art. 94. Se o assistido for vencido, o assistente será condenado ao pagamento das custas em proporção à atividade que houver exercido no processo. 
Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.
	Sobre o assistente técnico, é possível a determinação do depósito em juízo:
§ 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente. 
§ 2º A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º. 
§ 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser: 
I – custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado; 
II – paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça. 
§ 4º Na hipótese do § 3º, o juiz, após o trânsito em julgado da decisão final, oficiará a Fazenda Pública para que promova, contra quem tiver sido condenado ao pagamento das despesas processuais, a execução dos valores gastos com a perícia particular ou com a utilização de servidor público ou da estrutura de órgão público, observando-se, caso o responsável pelo pagamento das despesas seja beneficiário de gratuidade da justiça, o disposto no art. 98, § 2º. 
§ 5º Para fins de aplicação do § 3º, é vedada a utilização de recursos do fundo de custeio da Defensoria Pública.
	Ainda sobre a perícia (assistente técnico), será emitido ao final do trabalho do profissional um parecer que poderá ou não ser seguido pelo juiz.
	Sobre o valor referente às sanções por litigância de má-fé:
Art. 96. O valor das sanções impostas ao litigante de má-fé reverterá em benefício da parte contrária, e o valor das sanções impostas aos serventuários pertencerá ao Estado ou à União. 
Art. 97. A União e os Estados podem criar fundos de modernização do Poder Judiciário, aos quais serão revertidos os valores das sanções pecuniárias processuais destinadas à União e aos Estados, e outras verbas previstas em lei.
Secção IV – Da gratuidade da justiça
	Com relação à gratuidade da justiça, ela pode ser entendida como uma forma de acesso à justiça pelas pessoas (natural ou jurídica) hipossuficientes economicamente, ou seja, que não tenham a condição de arcar com as custas, despesas processuais e honorários advocatícios sem prejudicar sua sobrevivência. Pobre no sentido legal! 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
§ 1º A gratuidade da justiça compreende: 
I – as taxas ou as custas judiciais; 
II – os selos postais; 
III – as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios; 
IV – a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse; 
V – as despesas com a realização de exame de código genético – DNA e de outros exames considerados essenciais; 
VI – os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;
VII – o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução; 
VIII – os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; 
IX – os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido. 
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. 
§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
§ 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas. 
§ 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. 
§ 6º Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. 
§ 7º Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3º a 5º, ao custeio dos emolumentos previstos no § 1º, inciso IX, do presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva. 
§ 8º Na hipótese

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