CASO CONCRETO 4 DIR INTERNACIONAL

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CASO 5 - DIREITO INTERNACIONAL
1 – Diante dos fatos expostos no caso em apreço, pode-se observar que o Tratado é referente a propriedade da Usina de Itaipu, portanto não há do que se falar em propriedade territorial do Brasil sobre o Paraguai ou vice versa, conforme pode ser constatado também no Decreto Legislativo 23/1973. Imerso nessa lógica, a existência da empresa binacional não significa que um país poderá exercer poder de jurisdição sobre outro, não havendo indícios de uma relação de exploração a favor do Brasil em submeter o Paraguai a uma condição inferior. O Tratado contempla responsabilidades iguais, sendo ainda que as decisões são tomadas de comum acordo e a energia produzida será dividida em partes iguais. O que se pode constatar de fato é que o Tratado prevê que a energia não utilizada por uma das partes será vendida preferencialmente a outra parte, o que pode estar fazendo que com o maior poder econômico do Brasil, haja essa sobreposição referente ao Paraguai.
DOUTRINHA
Tratado de Itaipu.
Embora a revisão do tratado esteja prevista para 2023, os governos do Brasil e do Paraguai já começam a discutir suas propostas para o acordo. Em fevereiro deste ano, o Ministério de Minas e Energia do Brasil formalizou a organização de um grupo de trabalho formado pela pasta junto com o Ministério de Relações Exteriores o "com o objetivo de coordenar o desenvolvimento de estudos, para subsidiar o processo de revisão do Anexo C ao Tratado de Itaipu", como publicado no Diário Oficial da União.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez já se reuniram em duas ocasiões em 2019. Na primeira delas, em fevereiro, durante cerimônia de posse do diretor-geral da Itaipu Binacional, Bolsonaro homenageou o ditador Alfredo Stroessner, um dos responsáveis pelo acordo, gerando constrangimento para o presidente paraguaio -- seu aliado, também de direita -- que tenta afastar-se da memória da ditadura, embora seu pai tenha sido funcionário de Stroessner.
Na segunda ocasião, Benítez visitou Brasília em março deste ano para uma reunião bilateral com o presidente brasileiro. Um dos pontos tratados foi a revisão do Anexo C do Tratado, no entanto, nenhum acordo sobre a contratação de energia de Itaipu foi sinalizado pelos governos.
Edição: Luiza Mançano
Rio de janeiro, RJ, 08 de maio de 2020, 08:41 - https://www.brasildefato.com.br/2019/07/19/paraguaios-lancam-campanha-para-anular-tratado-de-itaipu-e-garantir-soberania