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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA CURSO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DISCIPLINA: TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS PROFESSOR: WALBER LINS PONTES PÓLO DE BOM JESUS DAS SELVAS - MA WENDELL OLIVEIRA SILVA Atividade 16 – O Funcionamento da atividade financeira do Estado no Brasil e o alinhamento entre o sistema fiscal e a tributação brasileira e os meios e impactos do Estado na economia. Bom Jesus das Selvas – MA 2020 WENDELL OLIVEIRA SILVA Atividade 16 – O Funcionamento da atividade financeira do Estado no Brasil e o alinhamento entre o sistema fiscal e a tributação brasileira e os meios e impactos do Estado na economia. Atividade XVI apresentada à disciplina Teoria das Finanças Públicas do Curso de Administração Pública da Universidade Federal do Maranhão como requisito parcial para a obtenção de nota. Bom Jesus das Selvas – MA 2020 O Funcionamento da atividade financeira do Estado no Brasil e o alinhamento entre o sistema fiscal e a tributação brasileira e os meios e impactos do Estado na economia. A intervenção do Estado Brasileiro na economia estende-se desde o século XVIII até os dias atuais. Decorrente da falta de interesse de Portugal pelo Brasil, é importante mencionar que a participação estatal nesse período era mínima. O aumento no interesse de desenvolvimento da colônia com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, deu-se no início do século XIX. Na gama das principais ações estatais destaca- se a criação do Banco do Brasil em 1808, além disso, houve a instituição pelo Estado de algumas ferramentas regulatórias como a fixação de tarifas, a isenção e os incentivos fiscais. Baseado nessas ideias, observa-se que a intervenção do Estado Brasileiro na economia tem o objetivo de buscar o desenvolvimento e explicar o papel desempenhado pelas empresas estatais nesse processo, como consequência dessa intervenção, têm-se também a necessidade de um sistema fiscal e tributário estabelecendo relações entre si. Assim o funcionamento da atividade financeira do Estado torna-se imprescindível para manter o equilíbrio da economia no Brasil. Embora já se tenha o conhecimento da função da intervenção do Estado na economia, é importante conhecer como se dá esse processo. A atividade financeira do Estado é representada pelas ações que o mesmo desempenha, objetivando a obtenção de recursos necessários ao seu sustento e a respectiva realização de gastos voltados a execução das necessidades públicas. Essa atividade financeira do Estado depende de três elementos essenciais: A elaboração do orçamento público (como peça delimitadora das receitas e despesas públicas inerentes à um certo período); as formas, condições e limites de obtenção de receitas para fazer frente às despesas fixadas; as despesas públicas (formas, condições e limites de gastos do dinheiro público). Essa atividade financeira do Estado pode ser em dois períodos específicos: o período clássico e o moderno. No período clássico (séc. XVII-XIX) caracterizou-se pelo PRINCÍPIO DO NÃO INTERVENCIONISMO do Estado no mundo econômico. Neste período observou-se o mínimo possível de intervenção do Estado na economia, esse regime derrubou o Estado Absolutista monarca, sendo influenciado pelo: Iluminismo e Revolução Francesa (séc. XVIII) e pelo Liberalismo econômico. No período clássico a atividade financeira do estado visava somente a obtenção de recursos para custear as despesas públicas, o tributo tinha finalidade fiscal, pois não intervinha nos domínios econômico e social. No período moderno que passou a ser delineado no final do século XIX com a ampliação das funções estatais decorrente de quatro fatores: as oscilações econômicas, as crises no setor econômico-financeiro, as descobertas científicas e a Revolução industrial que modificou as condições de trabalhado e a partir desse marco histórico nota-se a necessidade do estado intervir nas relações trabalhistas. O caráter intervencionista do estado traduz-se na instituição de tributos com finalidade extrafiscal, além da visão de personalização do imposto, levando em conta a capacidade contributiva dos cidadãos. Sendo assim, atividade financeira do Estado não está restrita somente a arrecadar recursos necessários para a prestação dos serviços públicos. Esta atividade consiste em quatro áreas: receita pública, despesa pública, orçamento público e crédito público. Cada uma dessas áreas tem suas particularidades que as definem e diferenciam uma das outras. Como por exemplo, a receita pública que pode receber diferentes classificações que variam de sua periodicidade, quanto à sua origem, com relação a previsão orçamentária e quanto à sua eficácia. Já a tributação refere-se ao conjunto de normas e regras aplicadas sobre o sistema econômico de um país. Ela é necessária para que o Estado consiga exercer suas funções de governo. Entretanto, a existência do tributo provoca conflito entre o governo e os contribuintes. O primeiro conflito chamado de vertical, refere-se à situação que o governo busca manter ou aumentar a carga tributária, por outro lado, o contribuinte deseja a redução dela. Já o chamado conflito horizontal ocorre tanto no nível governamental, quanto no social, em que se discute a participação dos diferentes grupos nessas regiões, segmentos econômicos e etc. Por fim, têm-se a política fiscal, utilizada pelo governo para influenciar na atividade econômica, da mesma forma em que as políticas, monetária e regulatória são vistas como formas de intervenção do estado na economia. A política fiscal é a que está diretamente vinculada à tributação, pois estabelece suas regras, normas, formas e funcionamento. Essa política está associada a carga tributária, que pode ser definida como o total de arrecadação das receitas fiscais do Estado em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país. Com tudo, é possível notar a necessidade do estado de intervir na atividade financeira com o objetivo de manter o equilíbrio entre as despesas públicas e a busca pelo desenvolvimento do país, que é um dos papéis das empresas estatais. Para isso acontecer, o estado necessita usar de ferramentas como isenção de taxas, fixação de tarifas e incentivos fiscais. Sendo assim, para estabelecer o alinhamento entre esses sistemas (tributário e fiscal) é necessário tomar algumas medidas. Como exemplo, podemos citar a adoção da reforma tributária, que está relacionada com o Direito Tributário e todas as normas que vigoram no país com relação às regras de tributação como, pagamento de impostos, taxas, empréstimos, entre outros. Isso significa realizar mudanças nas normas atreladas ao pagamento e processamento de tributos, visando tornar os processos mais eficientes e transparentes. E também a adoção da reforma fiscal, que por sua vez, está relacionada à forma como o estado faz uso dos tributos recolhidos pelos contribuintes. É por isso que essa reforma tem um viés mais político-econômico, já que causa um impacto maior no estado. A reforma fiscal é mais complicada que a tributária, pois ela diz respeito à maneira como o estado supervisiona os recursos recebidos por meio da tributação e como ele utiliza esse dinheiro. Entretanto, a ideia é simplificar o sistema tributário brasileiro e promover mudanças fiscais que são extremamente importantes, pois elas têm o potencial de contribuir para a recuperação econômica do país. Essas reformas seriam de valores imprescindíveis para a reestruturação da economia no país preservando assim o equilíbrio econômico-social do mesmo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Albuquerque, Andrei Aparecido de Teoria das finanças públicas / Andrei Aparecido de Albuquerque. – Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2015.
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