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PORTFÓLIO LETRAS UNOPAR GARDENYA BARBOSA 2020 (1)

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PAGE 
SUMÁRIO
31
INTRODUÇÃO
42
DESENVOLVIMENTO
93
CONCLUSÃO
10REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI) terá como temática “A articulação de teorias do texto no ensino de leitura”. Escolhemos essa temática para possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas deste semestre.
Considerando-se a língua como estrutura, como código, instrumento de comunicação, o sujeito passa a ser compreendido como determinado, assujeitado pelo sistema e perpassado por uma espécie de não consciência. O texto é visto como produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor, tarefa para a qual basta ao leitor o conhecimento do código. Assim, a leitura exige apenas o foco na linearidade do texto, cabendo ao leitor o reconhecimento e a reprodução do “sentido” das palavras e estruturas do texto.
A interação humana pela linguagem está intrinsecamente associada aos gêneros textuais, dado que se fala e se escreve por meio deles (BAKHTIN, 2011). Assim, interpretar um texto adequadamente implica, em muitos casos, perceber a que gênero ele pertence para, a partir de então, fazer previsões acertadas de sentido. Dessa forma, é preciso que o sujeito leitor posicione-se de forma diferenciada diante de um texto científico ou informativo e de um texto humorístico, por exemplo. No entanto, a despeito da necessidade de uma postura orientada nesse viés, percebe-se que, muitas vezes, os sujeitos constroem equivocadamente, ou deixam de construir, os sentidos de um certo texto, além de não identificar/compreender aqueles que suscitam leituras não explicitadas na superfície textual, como ocorre com os textos de caráter humorístico.
O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre A articulação de teorias do texto no ensino de leitura e apresentar uma proposta de proposta de uma Oficina de Formação para professores, tendo como foco o ensino de leitura e interpretação de textos a partir da articulação dos conceitos contemplados nas diferentes teorias do texto (Linguística Textual, Semiótica e Semântica), que vise desenvolver a prática do ensino de leitura na educação básica.
2 DESENVOLVIMENTO
Atualmente, é fato que o ensino de produção de textos é tarefa primordial da disciplina de Língua Portuguesa na educação básica. Rojo e Cordeiro (2004) atestam que o texto – como conjunto dos domínios de aprendizagem – leitura e produção – ou como objeto de ensino – é a base do ensino e aprendizagem de língua materna, princípio que vem sendo afirmado desde a década de 1980.
De todas as competências culturais, ler é, talvez, a mais valorizada entre nós. Em nossa sociedade, a presença da leitura é sempre vista de maneira positiva e sua ausência de maneira negativa. Inúmeros são os programas e as ações destinadas a erradicar o analfabetismo, com este verbo mesmo, pois não saber ler é uma praga e o analfabeto uma espécie que ninguém lamenta a extinção. De um adulto, aceita-se o fato de não saber realizar com os números as quatro operações, afinal na hora do aperto há sempre uma calculadora à mão, mas não a falta da leitura.
A leitura é o alicerce do contexto escolar, abre caminhos, estimula o aluno, conscientiza, aprimora e expandi os conhecimentos. O texto tem um significado especial em nosso meio. O surgimento da linguagem e seu posterior desdobramento em múltiplas formas, entre elas as regras da escrita, marcam uma transição plena de significado para o meio atual. Por meio da palavra escrita, podemos auxiliar na transformação do mundo, podemos educar e influenciar as pessoas, positiva ou negativamente. Ler é fundamental para o ser humano, uma tarefa intrínseca no cotidiano educacional. A atividade da leitura, com o tempo, deve auxiliar na construção da personalidade e na descoberta de horizontes. Para que esse processo se realize, é preciso que alimentemos nossa inteligência com diferenciados gêneros textual, é necessário que ampliemos nosso horizonte cultural, para que possamos atingir a autonomia como sujeitos sociais e históricos.
O ato de ler não é uma questão estritamente cognitiva. Envolve interações, afetos, rejeições, relações sociais e situações de ensino. Nesse processo, o sujeito participa e interage, recriando o texto de acordo com a sua percepção.
A interação humana pela linguagem está intrinsecamente associada aos gêneros textuais, dado que se fala e se escreve por meio deles (BAKHTIN, 2011). Assim, interpretar um texto adequadamente implica, em muitos casos, perceber a que gênero ele pertence para, a partir de então, fazer previsões acertadas de sentido.
Um texto é tudo aquilo que comunica algo, seja ele oral, escrito, visual ou musical. Do ponto de vista oral e escrito, o texto se constrói a partir de mecanismos sintáticos e semânticos, os quais são responsáveis pela produção do sentido. De acordo com Chareaudeau (1992), o texto pode ser concebido como “[...] a manifestação material (verbal e semiológica: oral/gráfica, gestual, icônica, etc.) de um ato de comunicação, numa situação dada, para servir de projeto de fala de um dado locutor” (p. 645). (Tradução livre).
Quanto a isso, vale lembrar que, como comprovam os estudos sobre o trabalho escolar com a língua e a linguagem, compreender o sentido de um texto não é privilégio de poucos indivíduos que tenham nascido com um dom específico para isso. Tampouco é por meio de inúmeras leituras que se alcança uma interpretação adequada. Como explica Fiorin (2013), a sensibilidade para a leitura deve ser desenvolvida e ensinada, uma vez que a compreensão está associada a traços a serem observados no texto, onde se inclui a questão do gênero textual. Também os conhecimentos de mundo do leitor são essenciais nessa tarefa, já que é a partir deles que o leitor faz inferências e tece relações entre o que o texto diz e o que ele conhece/sabe sobre o que está sendo dito, atribuindo, assim, um sentido ao texto.
Podemos entender que a leitura é um processo dinâmico e social, resultado da interação da informação presente no texto e o conhecimento prévio do leitor, possibilitando a construção do sentido, ou, em outras palavras, a compreensão textual. A leitura vai além de um processo de decodificação de símbolos linguísticos, ela é muito mais ampla e complexa.
Na linguística, o estudo do texto, em suas várias ramificações, vem trazendo para o campo teórico diferentes perspectivas que enriquecem a discussão sobre o tema, sugerindo posicionamentos diante do trabalho com a leitura nas escolas. 
De acordo com Bakhtin ([1979] 2003, p.261), “todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem” e, sendo assim, percebe-se que as ações sociais realizadas pela linguagem humana caracterizam o enunciado em um sistema organizacional de práticas de linguagem sócio historicamente situadas e reconhecidas de acordo com a esfera de comunicação e sua intenção comunicativa. 
Partindo dessas premissas, passa-se à compreensão de gêneros textuais como textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sócio comunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas (MARCUSCHI, 2008, p. 64).
	OFICINA DE FORMAÇÃO 
	Objetivos
	Objetivos gerais:
Instrumentalizar os professores para uma readequação de sua prática, com vistas ao aprimoramento das aulas de leitura
Objetivos específicos:
Demonstrar interesse e desenvolvimento dentro das áreas abordadas na oficina. 
Identificar possíveis mudanças a serem feitas em suas aulas. 
Definir metas que estejam dispostos e interessados em cumprir. 
	Público-alvo
	Professores de língua portuguesa do ensino fundamental II e Médio.
	Cronograma
	A oficina será realizada em um sábado, com duração de 6 horas, sendo distribuídas entre 8h e 11h, com pausa para almoço/descanso e retorno às 14h, com término as 17h. 
	Recursos
	Datashow
Quadro branco
Caneta preta para quadro
Apostilasimpressas com o conteúdo abordado
Livros literários diversos
Canetas 
Blocos de anotações
Materiais para estandes
	Percurso metodológico 
	PRIMEIRA PARTE:
· De forma que não seja uma reunião extremamente formal e cansativa, o organizador deverá começar a oficina com uma atividade, onde cada professor deverá citar um título de livro que defina sua vida, explicando para os outros a escolha. 
· Após a dinâmica inicial, e devidas apresentações sobre os objetivos da oficina, o responsável por conduzi-la deverá apresentar aos professores presentes as dificuldades observadas ao decorrer de sua pesquisa, principalmente no que tange as aulas de leitura.
· Os professores poderão participar e contribuir para apontamento de situações negativas que ao longo dos anos, tem gerado desinteresse dos alunos pela leitura. 
· Após os levantamentos, o facilitador utilizará o Datashow para sua apresentação de slides com toda fundamentação teórica, abordando alguns conceitos da Linguística textual, como a coesão e coerência, o conhecimento de mundo; na Semântica seus conceitos de ambiguidade, polissemia, sinonímia, antonímia, implícitos, etc.; e na Semiótica, apontando suas contribuições para o ensino de leitura.
· Após a apresentação de toda parte teórica, os professores em conjunto deverão levantar estratégias e sugestões, baseadas em tudo que foi apresentado, para melhoria de suas próprias aulas, sendo relevantes e traçando metas que estejam dispostos e interessados em cumprir. 
· Todos serão dispensados para período de almoço e descanso, com retorno para segunda parte no horário estipulado.
SEGUNDA PARTE:
· Os professores serão separados em duplas ou pequenos grupos, dependendo da quantidade presente, e terão que escolher um dos gêneros textuais (Disponibilizados pelo preletor da oficina- Terror/Suspense, Romance/Drama, Ficção cientifica, Politica, Religiosos/Autoajuda, e etc.) para defender, argumentando a importância, relevância e destaque para ensino em sala de aula.
· Preparado anteriormente, alguns pequenos estandes estarão montados, abordando um pouco sobre cada gênero disponível para defesa, onde haverá livros literários e pequenos textos referentes ao tema. Cada grupo poderá passar algum tempo consumindo o material exposto e preparando sua defesa, que será apresentada para todos os outros colegas. 
· Cada grupo terá 10 minutos para apresentar sua defesa em prol do gênero escolhido e indicar pontos consideráveis de porque aquele é o melhor gênero para ser trabalhado em aulas de leitura.
· De acordo com critérios de melhor apresentação de argumentos e seguindo como base o gênero que mais gerou interesse momentâneo entre os presentes, os integrantes do grupo vencedor serão premiado com um kit leitor (livro literário a escolha do facilitador, canetas marca textos, marca páginas, post its e eco bag.)
· Concluindo a oficina, um resumo de tudo que foi abordado será feito, finalizando com a sugestão da dinâmica feita entre eles, que é uma excelente oportunidade de se trabalhar em sala com os alunos, deixando-os defenderem seus gêneros preferidos, mas oferecendo a oportunidade de conhecerem outros através dos estandes e da argumentação de seus colegas. 
	Processo de feedback
	Uma análise de cada professor será feita, contendo pontos positivos e negativos, a título de registro do próprio orientador. 
Em reuniões individuais, onde o diálogo possa acontecer de forma clara e sem cobranças, de maneira que o professor se sinta confortável para pontuar possíveis mudanças a serem feitas, o orientador deverá levar o professor a uma reflexão sobre suas aulas e sugerir atitudes práticas para que haja que melhorias, se houver necessidade. Deverá oferecer acompanhamento para os que apresentarem maiores dificuldades. 
	Socialização de resultados 
	O organizador da oficina deverá acompanhar o andamento futuro das aulas dos professores participantes da oficina, analisando o interesse do mesmo em melhorar seus métodos, avaliando a maior participação ou não dos alunos na disciplina; também será feito pesquisas entre os alunos para saber sobre as aulas de leitura. Após isso, os resultados serão apresentados em reuniões pedagógicas. 
3 CONCLUSÃO
Entende-se como processamento textual, os diferentes conceitos que ao longo da Linguística Textual foram formados, esses diferentes conceitos se deram, pela concepção que cada estudioso faz do que é linguagem.
Em um primeiro momento acreditava-se que o texto era um produto acabado, ou seja, ao receptor apenas caberia o papel de receber a mensagem, pois o sentido estava no próprio texto e não caberia a ele participar da construção do mesmo, é o que chamamos de conhecimento linguístico. Em um segundo momento passou-se a considerar o texto, não, mais como um produto, mas como uma atividade em desenvolvimento, passa-se a considerar o conhecimento de mundo, onde pode-se perceber, que para construirmos um sentido adequado ao texto, não basta conhecer seus léxicos e regras gramaticais, mas sim o conhecimento de mundo, que faz com que, palavras que praticamente não tenham ligação alguma possam formar um texto.
A Linguística Textual é o ramo da ciência linguística que tem dado o respaldo necessário à reflexão sobre todas as questões aqui levantadas, o que evidencia as importantes contribuições que seu estudo pode trazer ao aperfeiçoamento do ensino de Língua Portuguesa na educação básica.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In:_____. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. p. 261-306.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação Verbal. Introdução e tradução do russo Paulo Bezerra; prefácio à edição francesa Tzvetan Todorov. 4a ed. 2a tiragem. São Paulo: Martins Fontes, [1979]2003.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. 15. ed. São Paulo: Contexto, 2013.
FIORIN, José Luiz. A noção de texto na Semiótica. Organon, Porto Alegre, v. 9, n. 23, 1995. Disponível em: http://twixar.me/GRDT
 HYPERLINK "http://twixar.me/GRDT" \h . Acesso em: 26 març. 2020. 
KOCH, Ingedore G. Villaça. Contribuições da Linguística Textual para o ensino de língua portuguesa na escola média: a análise de textos. Revista do Gelne, n. 1, 1999. Disponível em: http://twixar.me/KRDT
 HYPERLINK "http://twixar.me/KRDT" \h . Acesso em: 26 març. 2020. 
ROCHA, Claudia Moura da. Subsídios semântico-pragmáticos a serviço da leitura e da produção textual. In: XXII Congresso Nacional de Linguística e Filologia, 2018, Rio de Janeiro. Anais do XXII CNFL - Cadernos do CNFL. Rio de Janeiro: CIFEFIL, 2018. v. XXII. p. 787-801. Disponível em: http://twixar.me/2BDT. Acesso em: 26 març. 2020.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍZIO, Ângela Paiva; MACHADO, Ana Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (orgs) Gêneros textuais & ensino – 4ª. Ed. - rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
Letras - Licenciatura em Língua 
Portuguesa
Nome
“A articulação de teorias do texto no ensino de leitura”.
Cidade
2020
Nome
“A articulação de teorias do texto no ensino de leitura”.
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar Individual apresentado à Universidade Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Linguística Textual, Literaturas de Língua Portuguesa III, Semiótica, Semântica.
Orientador: 
Cidade
2020

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