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1 ATIVO IMOBILIZADO O subgrupo imobilizado são bens corpóreos (palpáveis) destinados à manutenção da atividade principal da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à empresa os benefícios, riscos e controle desses bens. Esses bens que auxiliam a empresa na consecução de sua atividade são: • Máquinas (tornos, prensas, empilhadeiras...). • Equipamentos de processamentos de dados (computadores, impressoras...). • Imóveis (prédio administrativo, produção, lojas, filiais, depósitos...). • Móveis e utensílios (mesas, cadeiras, máquinas de calcular, arquivos de aço, balcões...). • Instalações (implantações de instalação hidráulicas, elétricas, sanitárias, de vapor, de ar comprimido, frigoríficas, contra incêndios, de comunicações...). • Veículos. • Terrenos (utilizados realmente em suas operações). DEPRECIAÇÃO é o desgaste ou a perda da capacidade de utilização (vida útil), resultante do desgaste pelo uso, da ação da natureza ou de obsolescência normal (provocada pela evolução tecnológica). O tempo de vida útil de um bem será determinado de acordo com o prazo durante o qual é possível a sua utilização nas operações da empresa (e a produção de seus rendimentos). VALOR DEPRECIÁVEL será o valor de aquisição do bem (Custo Inicial). Os prazos usualmente admitidos e as respectivas taxas de depreciação são: DESCRIÇÃO VIDA ÚTIL TAXA ANUAL Móveis e utensílios 10 anos 10% Edifícios e benfeitorias 25 anos 4% Máquinas e equipamentos 10 anos 10% Computadores e periféricos 5 anos 20% Veículos 5 anos 20% Tratores 4 anos 25% Caminhões fora-de-estrada 4 anos 25% Motociclos 4 anos 25% Terrenos Não sofrem depreciação, pois pela sua natureza, não se desvaloriza ao longo do tempo, exceto em alguns casos especiais. MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO Método Linear (ou Quotas Constantes) É o método que contabiliza, como despesa ou custo, uma parcela constante do valor do bem em cada período. É o sistema de depreciação que é aceito pela Receita Federal, ou seja, aquele que o bem é depreciado em partes iguais durante a vida útil. Fórmula: Depreciação Valor ou custo inicial do bem Vida útil do bem CONTABILIZAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO D Despesa de Depreciação (nome do item depreciado) Conta de Resultado C Depreciação Acumulada (nome do item depreciado) Redutora do Ativo Essa conta auxiliar (Depreciação Acumulada) terá sempre saldo credor e dedutivo da conta do Ativo Imobilizado. Portanto, cada item do Ativo Imobilizado deverá ter sua conta auxiliar de depreciação e, por meio desse processo, o leitor do Balanço Patrimonial poderá identificar, em cada item do ativo imobilizado, qual a sua porcentagem de depreciação. Exemplo 01: Qual será a depreciação anual e mensal de um Veículo que foi adquirido por R$ 220.000,00 que terá uma vida útil de cinco anos. CALCULO: R$ 220.000,00 / 5 anos = R$ 44.000,00 p/ano R$ 44.000,00 / 12 meses = R$ 3.666,67 p/mês D Despesa de Depreciação de veículo CR 3.666,67 C Depreciação Acumulada de veículo Red. Atv 3.666,67 Observação: No Balanço Patrimonial a conta Depreciação Acumulada fica embaixo da conta Veículo como conta redutora. http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/depreciacao 2 EXERCÍCIOS 1) Uma empresa adquiriu um Computador em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado contabilmente por R$ 15.000,00. A vida útil do ativo foi estimada em cinco anos. Utilizando-se o método linear para cálculo da depreciação ao final do ano de 2010, o valor contábil do ativo líquido será de: __________. Contabilize o valor final (acumulado). CALCULO: CONTABILIZAÇÃO D C 2) Determinada empresa adquiriu uma máquina em 1º de janeiro de 2009, o qual foi registrado contabilmente por R$18.000,00. Calcular e contabilizar a depreciação mensal pelo método linear. CALCULO: CONTABILIZAÇÃO D C 3) Determinada empresa adquiriu alguns Computadores por R$ 38.000,00. Calcular e contabilizar a depreciação mensal pelo método linear. CALCULO: CONTABILIZAÇÃO D C 4) Qual será a depreciação anual de um Edifício que foi adquirida por R$ 240.000,00. Calcular e contabilizar a depreciação mensal pelo método linear. CALCULO: CONTABILIZAÇÃO D C 5) Determinada empresa adquiriu Moveis e Utensílios, por R$ 27.000,00. Calcular e contabilizar a depreciação mensal pelo método linear. CALCULO: CONTABILIZAÇÃO D C 6) Em Outubro de 2009, a empresa adquiriu um caminhão por R$ 50.000,00. O procedimento usual de depreciação utilizou o método linear. Calcular e contabilizar a depreciação mensal. CALCULO: CONTABILIZAÇÃO D C http://profmariojorge.com.br/questoes-resolvidas/exame-de-suficiencia-%E2%80%93-cfc-%E2%80%93-0111-%E2%80%93-solucao-da-questao-08/ 3 PERDAS ESTIMADAS EM CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA – PECLD O termo Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) como é conhecida partir da publicação da Lei 6.404/76, já foi no passado, denominada de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), termos até hoje, ainda utilizados nos meios profissionais. A partir da aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade o termo usado é Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD). PECLD – São perdas estimadas na cobrança das contas a receber. OBJETIVO DA CONSTITUIÇÃO DA PECLD É cobrir perdas estimadas na cobrança de duplicatas a receber. Isto, porque, o recebimento dessas duplicatas nem sempre é líquido e certo, uma vez que a empresa está sujeita aos riscos de crédito e, portanto, ao grau de inadimplência provocado pelos clientes incobráveis. Os valores estimados com perdas incobráveis geralmente são decorrentes de créditos com empresas: • Que faliram ou estão em concordata. • Cujo atraso no pagamento é de médio ou longo prazo e as cobranças estão sendo realizadas em fase amigável (administrativa) ou judicial. Contabilização da Constituição da PECLD • Na conta redutora do Ativo denominada Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD). • Em contrapartida com a conta de resultado Despesas de Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) D - Despesas de PECLD (DRE) C - PECLD (Redutora do ativo) No encerramento do exercício seguinte. A conta Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) pode apresentar saldo devedor ou saldo credor. O saldo devedor significa que as perdas com clientes incobráveis foram superiores a provisão constituída. O saldo credor significa que as perdas com clientes incobráveis foram inferiores a provisão constituída. Dessa forma, encerramos a conta, transferindo o saldo devedor ou credor para a conta de despesas. Exemplos 01: Se que uma empresa iniciou e terminou seu exercício social com um total de valores a receber relativos a vendas operacionais de R$ 100.000,00 e que a taxa média de inadimplência dos últimos 3 exercícios seja de 3%, neste caso fará o seguinte lançamento exercício. Valor a receber R$ 100.000,00 PECLD = 100.000,00 x 3% = R$ 3.000,00 D/C Nome Conta Natureza Valor R$ D Despesas de PECLD DRE 3.000,00 C PECLD Red. At. 3.000,00 Despesas de PECLD PECLD 3.000,00 3.000,00 Exemplos 02: A empresa Alfa S/A, é uma sociedade que opera no ramo de venda a prazo de mercadorias. O contador utiliza o procedimento de constituir a Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa com base em 2% sobre o saldo de duplicatas a receber. Sabendo que o Saldo de duplicatas a receber é de R$ 200.000,00. Calcule e contabilize a PECLD. Valor a receber ___________________________ PECLD = _____________ x ___________ = R$ _____________ D/C Nome Conta Natureza Valor D C4 EXERCÍCIO 1- Percentual médio de perdas ocorridas nos três últimos exercícios, em relação ao saldo da conta Duplicatas a receber na data do balanço de encerramento: 3%, a empresa possui R$ 5.000.000,00 em Duplicatas a receber, calcular e contabilizar a Perda Estimada em Crédito de Liquidação Duvidosa: Valor a receber ___________________________ PECLD = _____________ x ___________ = R$ _____________ D/C Nome Conta Natureza Valor D C 2- Supondo que no final do exercício x2 o saldo da conta Duplicatas a Receber seja igual a R$ 100.000,00 considerando que o percentual médio de perdas do último 3 anos seja de 1,5%: Valor a receber ___________________________ PECLD = _____________ x ___________ = R$ _____________ D/C Nome Conta Natureza Valor D C 3- Sabendo-se que o saldo da conta Duplicatas a Receber em 31/12/x1, é de R$ 300.000,00 calcular e contabilizar a Perda Estimada em Crédito de Liquidação Duvidosa, pela taxa de 5%. Valor a receber ___________________________ PECLD = _____________ x ___________ = R$ _____________ D/C Nome Conta Natureza Valor D C 4- Sabendo-se que o saldo da conta Duplicatas a Receber, em 31/12/x2 é de $ 500.000,00 calcular e contabilizar a Perda Estimada em Créditos de Liquidação Duvidosa, pela taxa de 4,5%. Valor a receber ___________________________ PECLD = _____________ x ___________ = R$ _____________ D/C Nome Conta Natureza Valor D C 5- Constituir PECLD, pela taxa de 6% sobre Duplicatas a Receber R$ 800.000,00. Valor a receber ___________________________ PECLD = _____________ x ___________ = R$ _____________ D/C Nome Conta Natureza Valor D C 5 INVENTÁRIOS INVENTÁRIO é controlar as mercadorias em estoque, na qual é processada pela movimentação nas compras e vendas, podendo ser acompanhada pelos sistemas: • Inventário Periódico; • Inventário Permanente. INVENTÁRIO PERIÓDICO Neste sistema, a Entidade NÃO mantém um controle do seu custo em cada venda efetuada. No final do período, calcula-se o seu custo das mercadorias vendidas mediante a apuração do seu estoque final por meio da contagem física. CMV = EI + C - EF CMV = custo das mercadorias vendidas • EI = estoque inicial • C = compras • EF = estoque final Exemplo: • Saldo em Estoque: R$ 3.000,00 - 10 unidades • Compra de estoque no valor de R$ 7.780,00 - 25 unidades • Estoque final R$ 6.468,00 – 17 unidades • Venda de 18 unidades por R$ 7.200,00 a vista CMV = EI + C - EF CMV= 3000,00 + 7780,00 – 6468,00 CMV= 4312,00 INVENTÁRIO PERMANENTE No inventário Permanente, a cada operação de compra e venda de mercadoria, o estoque é atualizado de uma forma constante e permanente, podendo ser: MPM - Média Ponderada Móvel ou Custo Médio. PEPS - Primeiro que entra é o primeiro que sai. UEPS - Último que entra é o primeiro que sai (A atual legislação do Imposto de Renda, proíbe o uso da avaliação de estoque pelo UEPS, portanto, ele só é usado para fins gerenciais.). MODELO DE FICHA DE ESTOQUE Para essa e qualquer outra ficha de estoque, somente é permitido o lançamento de valores, tanto na entrada quanto na saída, pelo valor de compra, subtraído aos valores dos tributos e NUNCA pelo valor de VENDA. Ficha de Controle de Estoque Operação Data Entrada Saída Saldo Estoque Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total CMV ou CPV 6 EXEMPLO DE PEPS / UEPS / MPM Dados para desenvolver os métodos: • No dia 10 de fevereiro, houve a compra de 10 mercadorias no valor unitário de R$ 1,00. • No dia 20 de março, houve outra compra de 2 mercadorias no valor unitário de R$ 2,00. • No dia 10 de abril, houve a venda de 2 mercadorias no valor unitário de R$ 4,00. PRIMEIRA MERCADORIA QUE ENTRA É A PRIMEIRA QUE SAI - PEPS Ficha de Controle de Estoque - PEPS Operação Data Entrada Saída Saldo Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Compra 10/02 10 1,00 10,00 10 1,00 10,00 Compra 20/03 02 2,00 4,00 10 1,00 10,00 02 2,00 4,00 Venda 10/04 02 1,00 2,00 08 1,00 8,00 02 2,00 4,00 CMV Independentemente da movimentação, as mercadorias que saem devem sempre sair com o valor das primeiras mercadorias compradas ÚLTIMA MERCADORIA QUE ENTRA É A PRIMEIRA QUE SAI - UEPS Com os mesmos dados, elaborar outra ficha de estoque pelo método UEPS. Ficha de Controle de Estoque - UEPS Operação Data Entrada Saída Saldo Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Compra 10/02 10 1,00 10,00 10 1,00 10,00 Compra 20/03 02 2,00 4,00 10 1,00 10,00 02 2,00 4,00 Venda 10/04 02 2,00 4,00 10 1,00 10,00 CMV Nesse caso, as mercadorias que saem devem sempre ser com o valor das últimas mercadorias compradas. A atual legislação do RIR (Regulamento do Imposto de Renda), proíbe o uso da avaliação de estoque pelo UEPS. MÉDIA PONDERADA MÓVEL – MPM Dados para desenvolver os métodos: • No dia 10 de fevereiro, houve a compra de 10 mercadorias no valor unitário de R$ 1,00. • No dia 20 de março, houve outra compra de 2 mercadorias no valor unitário de R$ 2,00. • No dia 10 de abril, houve a venda de 2 mercadorias no valor unitário de R$ 4,00. Com os mesmos dados, elaborar a ficha de estoque pelo método da Média Ponderada. Ficha de Controle de Estoque - MPM Operação Data Entrada Saída Saldo Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Compra 10/02 10 1,00 10,00 10 1,00 10,00 Compra 20/03 02 2,00 4,00 12 1,17 14,00 Venda 10/04 02 1,17 2,34 10 1,17 11,66 CMV Nesse caso, percebe-se que há a necessidade de somar as quantidades e os valores totais para assim tirarmos o valor médio unitário. Esse valor é que será mantido para as novas vendas de mercadorias e sempre será alterado quando houver uma compra de valor diferenciado ao da ficha de estoque. IMPORTANTE: O valor do estoque é sempre líquido, ou seja, sem os impostos! EXERCÍCIO - 01 Determinada empresa, em 31/03/X1, possuía 70 unidades em seu estoque, do estoque R$ 91.665,00. Durante o trimestre seguinte, ocorreram os seguintes fatos: 05.04.X1 – Compra à vista 180 TV´s por R$ 330.000,00. Incidência de ICMS, PIS e COFINS. 10.04.X1 – Venda à vista 100 TV´s por R$ 2.500,00 cada. Incidência de ICMS, PIS e COFINS. 7 05.05.X1 – Compra à vista 50 TV´s por R$ 92.500,00. Incidência de ICMS, PIS e COFINS. 15.05.X1 – Venda à prazo de 80 TV´s por R$ 2.550,00 cada. Incidência de ICMS, PIS e COFINS. Pede-se: Desenvolver as fichas de Controle de Estoques MPM, PEPS e UEPS. Lembrem-se que no estoque não entram os impostos a recuperar. FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MPM Operação Data Entrada Saída Saldo Estoque Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Saldo Inicial 70 1.309,50 91.665,00 Compra 05.04.X1 25.05.X1 VALOR NF 18% (- ) ICMS 1,65% (-) PIS 7,60% (-) Cofins Estoque FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - PEPS Operação Data Entrada Saída Saldo Estoque Quant Vr. Unit. Total QuantVr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - UEPS Operação Data Entrada Saída Saldo Estoque Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total Quant Vr. Unit. Total
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