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Resenha do livro O Dever do Advogado

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2
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
FACULDADE DE direito
Carlos Roberto Palma dos Santos
RESENHA DO LIVRO: "O DEVER DO ADVOGADO" DE RUI BARBOSA
Salvador
2019
Carlos Roberto Palma dos Santos
RESENHA DO LIVRO: "O DEVER DO ADVOGADO" DE RUI BARBOSA
Trabalho apresentado como atividade extra na disciplina Direito Processual Penal I, turma de quinta, noturno, campus Pituaçu, da Universidade Católica do Salvador.
Orientadora: Profa. Thaize de Carvalho 
Salvador
2019
Resenha do livro: "O dever do advogado” de Rui Barbosa
O livro citado é referente uma troca de cartas entre Evaristo de Morais Filho e o jurista, jornalista, diplomata e político, Rui Barbosa. Evaristo foi procurado pelo Dr. Mendes Tavares, o qual, além de acusado de um crime chocante à época, era adversário político do próprio Evaristo, bem como do Rui Barbosa.
O crime em questão foi um homicídio de uma mulher, mais precisamente, esposa do acusado, o qual era tido como autor e teve como motivo questões passionais (ciúmes devido a um possível adultério). Vale ressaltar que o apelo público pela condenação e a dificuldade do acusado ter em sua defesa profissionais de qualidade já refletia os dias atuais, pois, hoje, é comum a grande mídia condenar acusados sem o devido julgamento, o que mesmo sem validade jurídica acaba influenciando os envolvidos nesse julgamento.
O Evaristo entendia, inicialmente, que defender um opositor político e acusado de um crime chocante ia contra seus princípios morais e interesses partidários. Vale observar que logo após o convite ele tentou repassar a defesa do caso para outro profissional, todavia este recusou. Acuado, sentindo-se cercado, e não sabendo como agir, resolve escrever uma carta ao amigo Rui Barbosa, o qual respondeu-lhe com maestria e transformou um livro simples em um manual de ética e moral para todos envolvidos na área do Direito.
Transcrevo abaixo dois tópicos da carta resposta de Rui Barbosa, que tudo tem a ver com os princípios do contraditório e a ampla defesa, do devido processo legal, da dignidade da pessoa humana, dentre outros.
"Ora, quando quer e como quer que se cometa um atentado, a ordem legal se manifesta necessariamente por duas exigências, a acusação e a defesa, das quais a segunda por mais execrando que seja o delito, não é menos especial à satisfação da moralidade pública do que a primeira. A defesa não quer o panegírico da culpa, ou do culpado. Sua função consiste em ser, ao lado do acusado, inocente ou criminoso, a voz dos seus direitos legais"
"Recuar ante a objeção de que o acusado é 'indigno de defesa', era o que não poderia fazer meu douto colega, sem ignorar as leis do seu ofício, ou traí-las. Tratando-se de um acusado em matéria criminal, não há causa em absoluto indigna de defesa." 
Como bem posto pelo Rui Barbosa, todos tem direito à defesa, independente do crime que está sendo acusado ou que tenha cometido, assim a presença do profissional (Advogado) deve ser essencial para que a lei seja cumprida e dentro das devidas proporções.
Apesar de ser um texto bem antigo, datado de 1911, todo o seu conteúdo tem ligação direta com aquilo que vivemos hoje. Apesar do texto tratar do “Dever do Advogado”, sua ética, moral, ele sempre pontua a importância do relação triangular do Direito e seus princípios.

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