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portugues-instrumental---2020-(revisada)

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SITE: www.institutovaleriavaz.com.br TELEFONES: 2228-4118 / 99581-4585 
1 
 
Instituto Valéria Vaz 
2228-4118 / 99581-4585 
www.institutovaleriavaz.com.br 
 
SUMÁRIO 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ......................................................................................................... 3 
O QUE É LINGUAGEM? ........................................................................................................................... 4 
TIPOS DE LINGUAGENS: ................................................................................................................................................. 4 
FUNÇÃO DA LINGUAGEM ...................................................................................................................... 5 
REFERENCIAL OU INFORMATIVA ............................................................................................................................. 5 
CONATIVA OU APELATIVA ........................................................................................................................................... 5 
FÁTICA ................................................................................................................................................................................... 5 
EMOTIVA OU EXPRESSIVA ............................................................................................................................................ 5 
POÉTICA ................................................................................................................................................................................ 5 
METALINGUÍSTICA .......................................................................................................................................................... 5 
NÍVEIS DA LINGUAGEM .................................................................................................................................................. 6 
1. NÍVEL FORMAL-CULTO OU PADRÃO: ........................................................................................................ 6 
2. NÍVEL COLOQUIAL-POPULAR: ...................................................................................................................... 6 
3. PROFISSIONAL OU TÉCNICO: ........................................................................................................................ 6 
4. ARTÍSTICO OU LITERÁRIO: ............................................................................................................................ 6 
VÍCIOS DA LINGUAGEM ......................................................................................................................... 6 
1. BARBARISMO: ...................................................................................................................................................... 6 
2. SOLECISMO: .......................................................................................................................................................... 7 
3. CACOFONIA: .......................................................................................................................................................... 7 
4. PLEONASMO: ........................................................................................................................................................ 7 
5. AMBIGUIDADE: .................................................................................................................................................... 7 
ORTOGRAFIA .......................................................................................................................................... 7 
REGRA GERAL ..................................................................................................................................................................... 7 
EMPREGO DO “S” E “Z” .................................................................................................................................................... 7 
EMPREGO DO “X” E DO “CH” ................................................................................................................. 8 
EMPREGO DO “G” E DO “J” ..................................................................................................................... 9 
ESCREVEM-SE COM G ...................................................................................................................................................... 9 
ESCREVEM-SE COM J ....................................................................................................................................................... 9 
REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................................... 9 
OXÍTONAS............................................................................................................................................................................. 9 
PAROXÍTONAS .................................................................................................................................................................. 10 
PROPAROXÍTONAS ......................................................................................................................................................... 10 
PRINCIPAIS MUDANÇAS NA ORTOGRAFIA NO BRASIL ................................................................... 10 
ACENTUAÇÃO .................................................................................................................................................................. 11 
CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA ............................................................................................................ 14 
CONCORDÂNCIA NOMINAL ................................................................................................................ 14 
REGÊNCIA VERBAL .............................................................................................................................. 15 
DEFINIÇÃO: ........................................................................................................................................................................ 15 
2 
 
Instituto Valéria Vaz 
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ERROS COMUNS ................................................................................................................................... 16 
ERROS ABSURDOS ............................................................................................................................... 17 
CRASE E PONTUAÇÃO ......................................................................................................................... 17 
CRASE PROIBIDA (casos em que nunca usaremos a crase): ......................................................................... 18 
A CRASE SERÁ OBRIGATÓRIA NAS SEGUINTES SITUAÇÕES: ...................................................................... 18 
CRASE FACULTATIVA.................................................................................................................................................... 19 
PONTUAÇÃO ......................................................................................................................................... 20 
VÍRGULA.............................................................................................................................................................................. 20 
PONTO E VÍRGULA ......................................................................................................................................................... 22 
DOIS-PONTOS ...................................................................................................................................................................22 
RETICÊNCIAS .................................................................................................................................................................... 23 
TRAVESSÃO ....................................................................................................................................................................... 23 
ASPAS 23 
REDAÇÃO OFICIAL ............................................................................................................................... 24 
DEFINIÇÃO ......................................................................................................................................................................... 24 
NORMAS .............................................................................................................................................................................. 24 
CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS ................................................................................................................................ 24 
O PADRÃO OFÍCIO................................................................................................................................ 25 
O OFÍCIO COM SUAS MEDIDAS ........................................................................................................... 26 
FORMATO PARA DIAGRAMAÇÃO DAS CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS EM GERAL ..................... 27 
OS PRONOMES DE TRATAMENTO NA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL ............................................ 28 
CONCORDÂNCIA COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO ............................................................................ 28 
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO ................................................................................................. 28 
EMPREGO DOS VOCATIVOS ........................................................................................................................................ 28 
PREENCHIMENTO DO CAMPO “DESTINATÁRIO” ............................................................................................. 29 
TRATAMENTOS ABOLIDOS E OUTROS RESTRITOS! ....................................................................................... 29 
OUTRAS FORMAS USUAIS DE TRATAMENTO E DE VOCATIVO .................................................................. 30 
DOCUMENTOS OFICIAIS...................................................................................................................... 31 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ....................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
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COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM 
Comunicar é a capacidade que o ser humano tem de se interagir com o outro por 
meio de sinais (verbais ou não verbais), e, para isso, utilizamo-nos desses tipos de 
linguagem para nos fazermos compreendidos. 
EXEMPLOS DE COMUNICAÇÃO A COMUNICAÇÃO SUBENTENDIDA 
 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O QUE É LINGUAGEM? 
Linguagem é o sistema através do qual o homem comunica suas ideias e 
sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais. 
Linguística é o nome da ciência que se dedica ao estudo da linguagem. 
Na linguagem do cotidiano, o homem faz uso da linguagem verbal e não verbal para 
se comunicar. 
TIPOS DE LINGUAGENS: 
 Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação. 
 Linguagem não verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom 
de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de 
comunicação. 
 Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não 
verbal, usando palavras escritas e figuras ao mesmo tempo. 
 
 
EXEMPLOS: 
 
 
 
 
 
 
Soneto de Fidelidade 
"De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento 
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
(Até um dia meu anjo)" 
 
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FUNÇÃO DA LINGUAGEM 
A linguagem, uma eficiente forma de comunicação, é elemento fundamental para 
estabelecermos comunicação com outras pessoas. Por ser múltipla e apresentar 
peculiaridades de acordo com a intenção do falante, divide-se em seis funções: 
 
 
REFERENCIAL OU INFORMATIVA 
Transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, 
não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa 
do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. 
Ex: jornais, revistas, livros etc. 
 
CONATIVA OU APELATIVA 
O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma 
ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos 
costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você 
não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). 
Ex: anúncios publicitários, discursos políticos etc 
 
FÁTICA 
O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para 
verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa. 
Ex: Gibis, textos teatrais etc. 
 
EMOTIVA OU EXPRESSIVA 
O objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida 
sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, 
portanto, apresenta-se na primeira pessoa. 
Ex: cartas, diários, avisos etc. 
 
POÉTICA 
O objetivo do emissor é expressar os sentimentos dos outros através de textos que 
podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade e do ritmo. 
Ex: poemas, cartas, músicas etc. 
 
METALINGUÍSTICA 
Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código 
usando o próprio código. 
Ex: dicionário, atlas etc. 
 
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NÍVEIS DA LINGUAGEM 
 
A linguagem tem normas, princípios que precisam ser obedecidos. Geralmente, 
achamos que essas regras dizem respeito apenas à gramática normativa. Para a grande 
maioria das pessoas, expressar-se corretamente em língua portuguesa significa não 
cometer erros de ortografia, concordância verbal, acentuação etc. Há, no entanto, outro 
erro, mais comprometedor do que o gramatical, que é o de inadequação de linguagem ao 
contexto. 
Em casa ou com amigos, nós empregamos uma linguagem mais informal do que nas 
provas da escola ou em uma entrevista para emprego. Ao conversar com os avós, não 
convém utilizar algumas gírias, pois eles poderiam ter dificuldades em nos 
compreender. Numa dissertação solicitada num vestibular ou um concurso público já 
precisamos empregar um vocabulário mais formal. Esses fatos nos levam a concluir que 
existem níveis de linguagem. 
 
1. NÍVEL FORMAL-CULTO OU PADRÃO: trata-se de uma linguagem mais formal, 
que segue os princípios da gramática normativa. É empregada na escola, no 
trabalho, nos jornais e nos livros em geral. Observe este trecho de jornal: 
 
A polêmica não é nova, nem deve extinguir-se tão cedo. Afinal qual a legitimidade e o 
limite do uso de recursos públicos para salvaguardar a integridade do sistema 
financeiro? (...) 
 
(Folha de São Paulo, 14 de março de 1996, Editorial). 
 
2. NÍVEL COLOQUIAL-POPULAR:é a linguagem empregada no cotidiano. 
Geralmente é informal, incorpora gírias e expressões populares e não obedece às 
regras da gramática normativa. 
 
Veja estes exemplos: 
“Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando muito? Me parece 
que as coisas no fim sempre dão certo”. 
Estou preocupado. (norma culta) 
Tô preocupado. (língua popular) 
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) 
 
3. PROFISSIONAL OU TÉCNICO: é a linguagem que alguns profissionais, como 
advogados, economistas, médicos, dentistas etc. utilizam no exercício de suas 
atividades. 
 
4. ARTÍSTICO OU LITERÁRIO: é a utilização da linguagem com finalidade 
expressiva pelos artistas da palavra (poetas e romancistas, por exemplo). Alguns 
gramáticos já incluem este item na linguagem culta ou padrão. 
VÍCIOS DA LINGUAGEM 
 
Vícios de Linguagem são alterações defeituosas das normas da língua padrão, 
provocadas por ignorância, descuido ou descaso por parte do falante. 
 
1. BARBARISMO: desvio da norma quanto à: 
 
 Grafia: proesa em vez de proeza; 
 Pronúncia: incrustrar em vez de incrustar; 
 Morfologia: cidadões em vez de cidadãos; 
 Semântica: Ele comprimentou o tio (em vez de cumprimentou). 
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 Todas as formas de estrangeirismo são consideradas, por diversos autores, 
barbarismo. 
 Ex: weekend em vez de fim de semana. 
 
2. SOLECISMO: erros de sintaxe contra as normas de concordância, de regência ou 
de colocação. 
 
 Concordância: Sobrou muitas vagas (em vez de sobraram). 
 Regência: Hoje assistiremos o filme (em vez de ao filme). 
 Colocação: Me empresta o carro? (em vez de empresta-me) 
 
3. CACOFONIA: refere-se ao mau som que resulta na união de duas ou mais 
palavras no interior da frase. 
 
Ex: O capataz marca gado o dia inteiro. 
Eu vi ela. 
Eu amo ela. 
 
4. PLEONASMO: redundância desnecessária de informação. 
 
Ex: Está na hora de entrarmos pra dentro. 
Ele morreu de hepatite no fígado. 
Há uma goteira no teto. 
Precisamos encarar o problema de frente. 
 
5. AMBIGUIDADE: ocorre quando uma frase causa duplo sentido de interpretação. 
 
Ex: O ladrão matou o policial dentro de sua casa. 
O rapaz visitou o colega no hospital e depois saiu com sua namorada. 
Mataram o porco do meu tio. 
 
ORTOGRAFIA 
REGRA GERAL 
Palavras derivadas mantêm, na medida do possível, as características de grafia da 
palavra primitiva: 
 
Primitiva Derivadas 
cruz cruzamento, cruzar, cruzeiro 
falso falsidade, falsificar, falsário 
jeito ajeitar, rejeitar, enjeitado 
EMPREGO DO “S” E “Z” 
Na hora de dúvidas entre o emprego de s e z, considere as seguintes regras: 
 Palavra derivada mantém a grafia da primitiva: 
ânSia  anSioso LuíS  LuiSinho 
deZ  deZessete 
 Substantivos abstratos em –EZ, -EZA: 
a sensatez a surdez a polidez 
a beleza a realeza a gentileza 
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Observação: são sempre femininos. 
 
 Adjetivos gentílicos (refere-se a raças e povos) em –ÊS, -ESA: 
o francês  a francesa o montês  a montês (esa) 
o marquês  a marquesa 
Observação: flexionam-se e são masculinos os terminados em –ês. 
 
 Sufixos femininos em –ISA, -ESA, -ESSA: 
Profeta  profetisa duque  duquesa 
Conde  condessa 
 Verbos em –(IS) AR e IZAR: 
-(IS) AR: derivados de primitiva com S. 
liSo  aliSar biS  biSar 
-IZAR: derivados de primitiva sem S. 
desliZe  desliZar concreto  concretiZar 
 
Exceções: 
catequeSe  catequIZAR batiSmo  batiZAR 
cristianiSmo  cristianIZAR traumatiSmo  traumatIZAR 
 
 Formação do Diminutivo: 
-s (na última sílaba do radical) + inho - (sem S) + Zinho 
 
país = paisinho pai = paizinho 
lápis = lapisinho mãe = mãezinha 
EMPREGO DO “X” E DO “CH” 
 
Tome como base o seguinte: deve-se empregar CH como norma geral (termos 
cultos, científicos etc.) e X nos seguintes casos: 
 Após ditongos: 
ameixa caixa peixe paixão 
Exceção: o termo científico “caucho” (planta) 
 
 Após a sílaba inicial “en-”: 
enxada enxofre enxaqueca enxurrada 
Exceções: palavras derivadas de outras que já possuam “ch”: 
Encher (cheio) 
Encharcado 
(charco) 
 
 Após a sílaba “me”: 
mexer mexicano mexilhão 
Exceção: mecha (substantivo) 
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EMPREGO DO “G” E DO “J” 
ESCREVEM-SE COM G 
 Substantivos com final –gem: 
ferrugem vagem vertigem coragem 
Exceção : pajem e lambujem. 
 
 O final –gio: 
colégio estágio refúgio egrégio 
 
 Os verbos em –ger e –gir: 
fugir mugir reger 
 
 Em geral, depois do “r”: 
aspergir divergir urgente 
 
 Palavras que já possuem g no radical: 
viageiro (viagem) rabugice (rabugem) 
ESCREVEM-SE COM J 
 O final “-aje”: 
laje traje ultraje 
 Os verbos em “-jar” e derivadas: 
velejar despejar arranjar sujar 
 
REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
OXÍTONAS 
 
1. São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas que terminam em a, e e o 
abertos, e com acento circunflexo as que terminam em e e o fechados, seguidos ou 
não de s: 
a já, cajá, vatapá 
as ás, ananás, mafuás 
e fé, café, jacaré 
es pés, pajés, pontapés 
o pó, cipó, mocotó 
os nós, sós, retrós 
e crê, dendê, vê 
es freguês, inglês, lês 
o avô, bordô, metrô 
os 
bisavôs, borderôs, propôs 
 
NOTA 
Incluem-se nesta regra os infinitivos seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las: dá-lo, matá-
los, vendê-la, fê-las, compô-lo, pô-los etc. 
 
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OBSERVAÇÃO: Nunca se acentuam: (a) as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes 
- ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor etc.; (b) os infinitivos em i, seguidos 
dos pronomes oblíquos lo, la, los, las - fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las. 
2. Acentuam-se sempre as oxítonas de duas ou mais sílabas terminadas em -em e -
ens: 
alguém, armazém, também, conténs, parabéns, vinténs. 
 
PAROXÍTONAS 
 
Assinalam-se com acento agudo ou circunflexo as paroxítonas terminadas em: 
i dândi, júri, táxi 
is lápis, tênis, Clóvis 
ã/ãs ímã, órfã, ímãs 
ão/ãos bênção, órfão, órgãos 
us bônus, ônus, vírus 
l amável, fácil, imóvel 
um/uns álbum, médium, álbuns 
n albúmen, hífen, Nílton 
ps bíceps, fórceps, tríceps 
r César, mártir, revólver 
x fênix, látex, tórax 
 
NOTAS 
a) O substantivo éden faz o plural edens, sem o acento gráfico. 
b) Os prefixos anti-, inter-, semi- e super-, embora paroxítonos, não são acentuados 
graficamente: anti-rábico, anti-séptico, inter-humano, inter-racial, semi-árido, 
semi-selvagem, super-homem, super-requintado. 
c) Não se acentuam graficamente as paroxítonas apenas porque apresentam vogais 
tônicas abertas ou fechadas: espelho, famosa, medo, ontem, socorro, pires, tela etc. 
 
PROPAROXÍTONAS 
 
Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente. 
Ex: abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, 
têmpora etc. 
 
 
 
PRINCIPAIS MUDANÇAS NA ORTOGRAFIA NO BRASIL 
REFORMA ORTOGRÁFICA (O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO) 
 
O acordo ortográfico entre os países de língua portuguesa teve como objetivo simplificar 
as regras ortográficas, unificar a grafia e aumentar o prestígio social do Português no 
cenário internacional. Entrou em vigor em 2009, no Brasil, e os falantes tiveram até 
2016 para se adaptarem, pois o uso se tornou obrigatório a partir daí. 
 
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PONTOS POSITIVOS: 
 Simplificação de algumas regras; 
 Facilitação para estrangeiros; 
 Redução para adaptações de livros. 
 
PONTOS NEGATIVOS: 
 Readaptação de documentos e publicações; 
 Reaprendizagem das novas regras; 
 Surgimento de dúvidas. 
 
O QUE MUDOU? 
ACENTUAÇÃO 
 
 Mesmo com a perda do acento gráfico de algumas 
palavras, elas continuarão a ser pronunciadas como antes. 
(BECHARA, 2008) 
 
1. ACENTO AGUDO- desapareceu em três casos: 
A) Nos ditongos (encontros de duas vogais em uma sílaba) abertos -EI e -OI das 
palavras paroxítonas (sílaba pronunciada com mais intensidade é a penúltima). 
Exemplo: ideia, geleia, boia, jiboia, heroico, joia, plateia, assembleia. 
Atenção! Continuam sendo acentuadas as oxítonas terminadas em –ÉIS, -ÉU, -ÓI, -ÉUS, 
-ÓIS. Exemplo: papéis, chapéu, dói, troféus, heróis 
B) Nas palavras paroxítonas com –I e –U tônicos formando hiato (sequência de duas 
vogais com sílabas diferentes) após um ditongo. 
Exemplo: feiura, bocaiuva, Taoismo. 
Atenção! Mas permanece o acento em: -I ou –U na oxítona em posição final. Exemplo: 
Piauí. 
C) Nas formas verbais que possuem o U tônico precedido das letras G ou Q e seguido de 
E ou I. Esses casos ocorrem apenas nas formas verbais de arguir e redarguir. Observe: 
Exemplo: arguis, arguem, redarguis, redarguem 
 
2- ACENTO DIFERENCIAL: 
É usado em palavras com a mesma pronúncia (homófonas). Com o acordo ele deixará de 
existir nos seguintes casos: 
Pára Para(verbo parar) / Para (preposição) 
Ex: Ela não para de estudar. 
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Pêlo Pelo(substantivo) / Pelo (contração por + o) 
Ex: Meu gato tem pelo cinza. 
Pólo Polo(substantivo eixo em torno da qual uma coisa gira)/ Polo 
Ex: O Alasca e a Dinamarca circundam o Polo Norte. 
Pêra Pera (fruta) / Pera (arcadismo preposição para) 
Ex: André trouxe uma pera para um lanche. 
 
Atenção! Duas palavras continuam recebendo acento diferencial: pôr (verbo) 
continuará acentuado para se distinguir da preposição por; e pôde (pret. perfeito do 
indicativo) continuará acentuado para se distinguir de pode (presente do indicativo). 
Ex: Você deve pôr o jaleco antes de entrar no laboratório. X Farei de tudo por você. 
Você pôde estudar ontem? X Você pode perguntar sempre que estiver com dúvida. 
 
3. ACENTO CIRCUNFLEXO – NÃO será usado nos seguintes casos: 
A) Em palavras com terminação –ôo. 
Exemplo: enjoo, voo, perdoo, abençoo, coroo. 
 
B) Nas terminações –êem na 3ª pessoa do plural dos verbos LER, DAR, VER, CRER e 
DERIVADOS. 
Exemplo: Eles leem, creem, veem, deem, releem, reveem. 
 
Atenção! Mas os verbos TER e VIR (e seus derivados) continuam sendo acentuados na 
3ª pessoa do plural. 
Exemplo: Eles têm três filhos. Eles detêm o poder. 
Eles vêm para a festa. Eles intervêm na economia. 
 
TREMA: o sinal gráfico usado sobre o –U dos grupos QUE, QUI, GUE, GUI deixa de 
existir na Língua Portuguesa. 
Segundo o acordo, o trema será mantido apenas em nomes próprios de origem 
estrangeira e seus derivados. 
Exemplo: Müller, mülleriano 
Atenção! Mesmo com a perda do trema, as palavras 
continuarão a ser pronunciadas como antes. (BECHARA, 
2008) 
 
Exemplo: Cinquenta, pinguim, linguiça, sequência, tranquilo 
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ALFABETO: 
O alfabeto incorporou K, W e Y, e passou a ter 26 letras. 
 
A B C D E F G H J I K L M N O P Q R S T U V W X Y Z 
Exemplos: 
• K – consoante: Karina, Kafka, kantiano, kardecismo, Kuwait, kuwaitiano, kg, km, K 
(potássio – de kalium), kylobite. 
• W – será vogal ou semivogal pronunciada como /u/ em palavras de origem 
inglesa: watt, whisky, web, show, Wallace. Será consoante como o /v/ em palavras de 
origem alemã: Walter, Wagner. 
• Y – Som vocálico pronunciado como /i/, com função de vogal ou semivogal: yard 
(jarda), yaki-mono (cerâmica japonesa), yin, yang, yen (unidade monetária do Japão), 
Kênya, Paraty. 
 
HÍFEN – deixou de ser empregado nos seguintes casos: 
A) Quando o prefixo terminar em vogal diferente da vogal que iniciar o segundo 
elemento. 
Exemplos: Ela está fazendo autoescola. / Ele gosta de livro de autoajuda. 
Outros exemplos: Extraoficial, autoaprendizagem, contraindicação, semiaberto. 
B) Quando o prefixo da palavra terminar em vogal e o segundo elemento começar com 
as consoantes S- ou R-. Nesse caso, a consoante será duplicada. 
Exemplos: Meu namorado é ultrarromântico. / Comprei um creme antirrugas. 
Outros exemplos: Autorretrato, antissocial, infrassom, ultrarresistente, ultrassonografia 
e extrasseco. 
 
Atenção! Com o novo acordo, o hífen passou a ser usado quando o prefixo terminar em 
vogal e palavra seguinte iniciar pela mesma vogal ou com H. 
Exemplo: Micro-ônibus, micro-ondas, anti-inflamatório, contra-ataque, extra-humano, 
super-homem, anti-higiênico. 
 
* Se o prefixo terminar em consoante, coloca-se o hífen se palavra seguinte começar com 
a mesma consoante. 
Exemplo: Meu namorado é super-romântico. 
Inter-racial, super-resistente. 
 
* Nos demais casos não se usa hífen. 
Exemplo: Hipermercado, intermunicipal, superinteressante e superproteção 
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CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA 
A concordância verbal diz respeito à relação que se estabelece entre o verbo e o 
sujeito da oração. Assim, o verbo assume traços de número (singular ou plural) e pessoa 
(1ª, 2ª ou 3ª) do sujeito. 
Analisemos alguns casos: 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
Que frase está correta? 
• Se houverem dúvidas favor perguntar. 
• Faz cinco anos que não vou a Brasília. 
• Depois das últimas chuvas, podem haver 
centenas de desabrigados. 
• Vendem-se apartamentos. 
• A maioria dos condenados acabou por 
confessar sua culpa. 
• Hoje sou eu que começo a partida. 
• Hoje é dia 31 de julho de 2016. 
• Chove muito lá fora. 
• Mais de um aluno chegou. 
• As estrelas parecia brilharem no céu 
• Eu, tu e ele saímos. 
• Ele tem dois filhos. 
• Ele retêm informação. 
• Ele ve televisão. 
• O menino e seu pai ficaram mudos. 
• Falaram bastante sobre o assunto. 
• Remeto-lhes anexas as certidões. 
• Ele mesmo falou isso. 
• O rapaz disse “muito obrigado”. 
• Os soldados permaneceram alerta. 
 
• Eu e você estamos quites. 
 
• Se houver dúvidas favor perguntar. 
• Fazem cinco anos que não vou a Brasília. 
• Depois das últimas chuvas, pode haver 
centenas de desabrigados. 
• Vende-se apartamentos. 
• A maioria dos condenados acabaram por 
confessar sua culpa. 
• Hoje sou eu quem começa a partida. 
• Hoje são dia 31 de julho de 2016. 
• Choveram papéis. 
• Mais de um aluno chegaram. 
• As estrelas pareciam brilhar no céu. 
 
• Tu e ele saístes. 
• Eles tem dois filhos. 
• Eles retêm informações. 
• Eles vêem televisão. 
• O menino e a menina ficaram mudos. 
• Bastantes pessoas falam. 
• Remeto-lhes em anexo as certidões. 
• Ela mesma falou isso. 
• A moça disse “muito obrigada 
• Os soldados permaneceram alertas. 
• Você está quite com o serviço militar? 
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• Compramos meia melancia. 
• Vencia obstáculos o mais difíceis possível. 
• É proibido entrada de estranhos. 
• Há menos gente. 
 
• Elas estavam meio nervosas. 
• Vencia obstáculos os mais difíceis 
possíveis. 
• É proibida a entrada de estranhos. 
• Há menas gente 
REGÊNCIA VERBAL 
DEFINIÇÃO: 
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou 
um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, 
criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam 
corretas e claras. 
Vejamos os principais casos de regência verbal: 
 ASPIRAR: 
Transitivo direto – cheirar, inalar, inspirar. 
Ex: Aspirei o perfume da flor. 
Transitivo indireto (aspirar a) – almejar, desejar. 
Ex: Aspiro ao cargo de chefe. 
 ASSISTIR: 
Transitivo direto – ajudar, auxiliar. 
Ex: O médico assistiu o paciente. 
Transitivo indireto (assistir a) – ver, presenciar. 
Ex: Ontem, assisti a um filme de terror. 
 QUERER: 
Transitivo direto – ter vontade de, desejar. 
Ex: Eu quero sorvete de chocolate. 
Transitivo indireto (querer a) – amar, estimar. 
Ex: A mãe quer muito aofilho. 
 IMPLICAR: 
Transitivo direto – originar, trazer como consequência. 
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Ex: O desrespeito às leis implica sérias consequências. 
Transitivo indireto (implicar com) – antipatizar, importunar. 
Ex: Ela era uma pessoa que implicava com todo mundo. 
 IR: 
Intransitivo – dirigir-se a um lugar. 
Ex: Você vai ao cinema? 
 NAMORAR: 
Transitivo direto – ser namorado de, paquerar. 
Ex: Maria namorou João durante um ano. 
 OBEDECER/ DESOBEDECER: 
Transitivo indireto (obedecer a/ desobedecer a) – agir de acordo com/ recusar-se a 
acatar ordens. 
Ex: Obedeço aos meus pais./ Ela sempre lhe desobedece. 
 PREFERIR: 
Transitivo direto e indireto (preferir uma coisa a outra) – decidir-se por; gostar mais de. 
Ex: Prefiro suco natural a refrigerante. 
 PAGAR/ PERDOAR: 
Quem paga, paga alguma coisa a alguém; quem perdoa, perdoa alguma coisa a alguém. 
Ex: Ela pagou o salário ao empregado./ Ela perdoou a ofensa ao namorado. 
ERROS COMUNS 
 
 
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ERROS ABSURDOS 
 
 
 
CRASE E PONTUAÇÃO 
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua 
portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande 
importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s). 
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. 
OBSERVE: 
Vou a a igreja. Vou à igreja. 
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a 
algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo 
feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união 
delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos: 
Conheço a aluna. Refiro-me à aluna. 
Podemos classificar a crase em 3 tipos: 
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1. Crase proibida 
2. Crase obrigatória 
3. Crase facultativa 
CRASE PROIBIDA (casos em que nunca usaremos a crase): 
 Diante de nomes masculinos: andar a pé; agradecer a Deus. 
 Diante de verbos: estar a ouvir; ficar a observar. 
 Entre palavras repetidas: gota a gota; cara a cara. 
 Diante de pronomes de tratamento, pessoais e indefinidos em geral: a V. S.ª, a ela, a 
ninguém. 
 A no singular + nome do plural: O advogado só se dedica a causas trabalhistas. 
 Diante dos relativos cuja e quem. 
 Diante dos demonstrativos este/esta/isto/essa... 
A CRASE SERÁ OBRIGATÓRIA NAS SEGUINTES SITUAÇÕES: 
1. Quando se puder trocar o nome feminino por um masculino e ocorrer a 
contração AO: 
Referiu-se a(?) prima. Referiu-se ao primo = Referiu-se à prima. 
2. Diante de nomes geográficos em que se puder substituir o A por PARA A: 
Você já foi a(?) Bahia? Você já foi para a Bahia? = Você já foi à Bahia? 
Mas... Vou a Roma. Vou para Roma. 
3. Diante de numerais que indicam horas determinadas (com a palavra 
“horas” expressa ou não) 
Encontrá-lo-ei às três horas. 
Sairemos às cinco (ou às 5) 
4. Diante de locuções adverbiais, conjuntivas e prepositivas femininas 
 
Exceção: a prestação ( = em prestação) 
O noivo comprou o terno a prestação 
5. Se usarem as expressões “à moda de” ou “à maneira de”, mesmo que elas 
não venham expressas: 
Decorou a casa com móveis à moda Luís XV. 
Aos sábados, não dispensava uma feijoada à carioca. 
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6. Diante de “aquele”, “aquela” e “aquilo”, se puder substituí-los por “a este”; 
“a esta”; “a isto”: 
Jamais fui àquele lugar. (a este lugar) 
Não me referia àquela pessoa que vimos hoje. (a esta) 
7. CASA = MODIFICADA (só admitirá a crase se vier acompanhada de termo 
que a especifique ou precedida de um adjetivo). 
Exemplos: 
Voltou à casa paterna após longa ausência. (para a casa paterna) 
Referia-se à bela casa que se erguia diante de nós. 
8. TERRA = NÃO SIGNIFICAR “TERRA FIRME” 
Partindo-se do princípio de que quem está no mar ou a bordo de um navio continua na 
Terra, no planeta, e que a expressão atribuída a quem não está no mar é de “estar EM 
terra”, não se craseará o “a” que antecede a palavra terra se esta significar oposição a 
bordo, navio etc. 
Exemplos: 
Os marinheiros voltaram a terra, após dias no mar. (agora estão “em terra”) 
Os pescadores voltaram à terra de seus ancestrais. (a uma “terra” em especial) 
Todos voltaremos à terra de onde viemos. (ao barro) 
9. À DISTÂNCIA DE 
Tal expressão só pode ser craseada se vier especificada, ou seguida, necessariamente, da 
preposição DE. 
Veja as situações possíveis: 
O garoto achava-se à distância de dez passos do seu ídolo. 
Viu-o apenas a distância, mas não pôde tocá-lo, como queria. (não está especificada) 
A mãe, com muito esforço, conseguiu levá-lo a uma distância de dois metros. (usou-se o 
artigo uma) 
CRASE FACULTATIVA 
 PRONOMES POSSESSIVOS FEMININOS NO SINGULAR 
Exemplos: 
Nada conte a / à minha mãe. (a meu pai ou ao meu pai) 
Mas: 
Nada conte às suas amigas. (aos seus amigos... obrigatória) 
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Nada conte a suas amigas. (para suas amigas... não há) 
 NOMES PERSONATIVOS FEMININOS 
Usar-se-á quando se quiser denotar intimidade; por isso não se deve usar com nomes 
históricos. 
Exemplos: 
Ofereci um chocolate a/à Maristela. (nada especifica se é íntima ou não. 
Mas ...O professor de História referiu-se a Joana D’Arc, a heroína francesa. (personagem 
histórica) 
PONTUAÇÃO 
Pontuação é um ramo ou recurso da ortografia, que permite expressar 
exclusivamente na língua escrita um espectro de matizes rítmicas e melódicas 
características da língua falada, pelo uso de um conjunto sistematizado de sinais 
sintáticos (sinais gráficos e não gráficos). 
Basicamente, têm como finalidade: 
1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura; 
2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas; 
3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade. 
São eles: 
VÍRGULA ( , ) 
A vírgula indica uma pausa pequena, 
deixando a voz em suspenso à espera da 
continuação do período. Geralmente é usada: 
 Nas datas, para separar o nome da 
localidade. 
Por Exemplo: 
São Paulo, 25 de agosto de 2005. 
 Após os advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase. 
Por Exemplo: 
– Você gostou do vestido? 
– Sim, eu adorei! 
– Pretende usá-lo hoje? 
– Não, no final de semana. 
 Após a saudação em correspondência (social e comercial). 
Exemplos: 
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Com muito amor, 
Respeitosamente, 
 Para separar termos de uma mesma função sintática. 
Por Exemplo: 
A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal. 
Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo. 
 Para destacar elementos intercalados, como: 
a) uma conjunção 
Por Exemplo: 
Estudamos bastante, logo, merecemos férias! 
b) um adjunto adverbial 
Por Exemplo: 
Estas crianças, com certeza, serão aprovadas. 
Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o advérbio e a locução adverbial, 
principalmente quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o exija. 
c) um vocativo 
Por Exemplo: 
Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado. 
d) um aposto 
Por Exemplo: 
Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular. 
e) Uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou 
antes, etc.) 
Por Exemplo: 
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em 
Deus. 
 Para separar termos deslocados de sua posição normal na frase. 
Por Exemplo: 
O documento de identidade, você trouxe? 
 Para separar elementos paralelos de um provérbio. 
Por Exemplo:22 
 
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Tal pai, tal filho. 
PONTO E VÍRGULA ( ; ) 
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. 
Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de 
assinalar que o período não terminou. Emprega-se nos seguintes casos: 
 Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem 
relação entre si. 
Por Exemplo: 
O rio está poluído; os peixes estão mortos. 
 Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui 
elementos separados por vírgula. 
Por Exemplo: 
O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, contra. 
 Para separar itens de uma enumeração. 
Por Exemplo: 
No parque de diversões, as crianças encontram: 
brinquedos; 
balões; 
pipoca. 
DOIS-PONTOS ( : ) 
O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. 
Emprega-se, geralmente: 
 Para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção. 
Por Exemplo: 
"Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz : 
– Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos) 
 Para anunciar uma citação. 
Por Exemplo: 
Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. 
Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: "Tristeza não tem fim, Felicidade sim." 
 Para anunciar uma enumeração. 
Por Exemplo: 
Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos. 
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RETICÊNCIAS ( ... ) 
As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de 
natureza emocional. Empregam-se: 
 Para indicar continuidade de uma ação ou fato. 
Por Exemplo: 
O tempo passa... 
 Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. 
Por Exemplo: 
Vim até aqui achando que... 
 Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. 
Exemplos: 
"Vamos jantar amanhã? 
– Vamos...Não...Pois vamos." 
Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade. 
TRAVESSÃO ( – ) 
O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado: 
 No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de 
interlocutor nos diálogos. 
Por Exemplo: 
– O que é isso, mãe? 
– É o seu presente de aniversário, minha filha. 
 Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas. 
Por Exemplo: 
"E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis) 
 Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes 
para realçar o aposto. 
Por Exemplo: 
"Junto do leito meus poetas dormem 
– O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron – 
Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo) 
ASPAS ( " " ) 
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As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas: 
 Antes e depois de citações ou transcrições textuais. 
Por Exemplo: 
Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale um beijo de moça 
namorada." 
 Para representar nomes de livros ou legendas. 
Por Exemplo: 
Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI. 
 Para realçar uma palavra ou expressão. 
Exemplos: 
Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não". 
Quem foi o "inteligente" que fez isso? 
 
REDAÇÃO OFICIAL 
DEFINIÇÃO 
 
REDAÇÃO OFICIAL é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos 
e comunicações. Trata-se de comunicação entre unidades administrativas dos Três 
Poderes e também destes com empresas e com indivíduos. Não confundir com a redação 
comercial e a bancária, pois estas se dão entre empresas privadas e destas com o Poder 
Público e com indivíduos. A redação oficial segue certas normas legais, enquanto a 
redação comercial e a bancária seguem outras. 
 
NORMAS 
 Manual de Redação da Presidência da República (www.planalto.gov.br), de 2002; 
 Manual de elaboração de textos do Senado Federal; 
 Instrução Normativa nº4, de 1992; 
 Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998. 
 
CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS 
As correspondências oficiais se distinguem mais pela finalidade do que pela forma. 
OFÍCIO tem como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da 
Administração Pública entre si e também com particulares. 
 Observe o quadro ilustrativo na próxima página para entender a estrutura do 
ofício 
http://www.planalto.gov.br/
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O PADRÃO OFÍCIO (quadro ilustrativo) 
 
Veja na próxima página o ofício com suas medidas. As mesmas medidas valem 
para as demais correspondências 
 
 
 
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O OFÍCIO COM SUAS MEDIDAS 
 
 
 
 
 
 
 
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FORMATO PARA DIAGRAMAÇÃO DAS CORRESPONDÊNCIAS 
OFICIAIS EM GERAL 
Os documentos do Padrão Ofício (Ofício, Memorando e Aviso), bem como a 
Exposição de Motivos e a Mensagem, seguem a seguinte forma de apresentação: 
1. Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto geral, 11 nas 
citações, e 10 nas notas de rodapé; 
2. Para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as 
fontes Symbol e Wingdings; 
3. É obrigatório constar a partir da segunda página o número da página; 
4. Os ofícios, memorandos e seus anexos poderão ser impressos em ambas as faces do 
papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas 
páginas pares (“margem espelho”); 
5. O início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem 
esquerda do texto; 
6. O campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura; 
7. O campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 
8. Deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada 
parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar recurso, de uma linha em 
branco; 
9. Não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, 
sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que 
afete a elegância e a sobriedade do documento; 
10. A impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão 
colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações; 
11. O papel deve ser de tamanho A-4, ou seja, 29,7 cm x 21,0 cm; 
12. Deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos 
documentos de texto; 
13. Dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto 
preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos 
análogos; 
14. Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte 
maneira: 
 tipo do documento + número do documento + palavras-chave do conteúdo. 
Exemplo: Of. 123 – relatório produtividade ano 2002 
 
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OS PRONOMES DE TRATAMENTO NA CORRESPONDÊNCIA 
OFICIAL 
CONCORDÂNCIA COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO 
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas 
peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram 
à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a 
comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com 
o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará 
o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”. 
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são 
sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa... 
vosso...”). 
Já quanto aos adjetivos referidos a essespronomes, o gênero gramatical deve 
coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a 
locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está 
atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está 
atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”. 
 
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO 
 
 Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: 
 
DO PODER EXECUTIVO: 
Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado1; 
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais 
das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais 
ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos 
Estaduais; Prefeitos Municipais. 
DO PODER LEGISLATIVO: 
Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; 
Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; 
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. 
DO PODER JUDICIÁRIO: 
Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da 
Justiça Militar. 
 
 Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. 
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento Digníssimo (DD), às 
autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe 
qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. 
 
EMPREGO DOS VOCATIVOS 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é 
Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
 
 
1 Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos 
Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral 
da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União. 
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As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo 
respectivo: 
Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador. 
 
PREENCHIMENTO DO CAMPO “DESTINATÁRIO” 
No envelope e na primeira página do texto, o endereçamento das comunicações 
dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência terá a seguinte forma: 
 
ATENÇÃO! 
Não pode ocorrer crase com pronomes de tratamento. Por isso, seria errado iniciar 
assim um “Destinatário”: 
 
 
(Note o sinal de crase antecedendo o tratamento “Sua 
Excelência”) 
 
No envelope e na primeira página do texto, o endereçamento das comunicações 
dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Senhoria terá a seguinte forma: 
Ao Senhor 
Fulano de Tal 
Rua ABC, no 123 
70.123 – Curitiba. PR 
 
MAIS ATENÇÃO ainda para as exceções quanto ao uso de sinal de crase: 
Existem quatro pronomes de tratamento que aceitam crase antes de si: Senhora, 
Madame, Senhorita e Dona. 
Assim, no endereçamento para uma autoridade feminina: 
 
 
 
 
(Note o sinal de crase precedendo o tratamento “Senhora”.) 
 
 
TRATAMENTOS ABOLIDOS E OUTROS RESTRITOS! 
Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo 
ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para 
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. 
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-
lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações 
dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de 
doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em 
Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada 
formalidade às comunicações. 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Ministro de Estado da Justiça 
70.064-900 – Brasília. DF 
A Sua Excelência o Senhor 
Senador Fulano de Tal 
Senado Federal 
70.165-900 – Brasília. DF 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Juiz de Direito da 10a Vara Cível 
Rua ABC, no 123 
01.010-000 – São Paulo. SP 
À Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
 
 
À Senhora 
Hermengarda 
Fulano 
Vereadora 
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OUTRAS FORMAS USUAIS DE TRATAMENTO E DE VOCATIVO 
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, 
em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo 
Magnífico Reitor, 
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, 
são: 
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente 
é Santíssimo Padre, 
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos 
Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: 
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou 
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, 
(...) 
- Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e 
Bispos; 
- Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e 
superiores religiosos. 
- Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos 
 
MEMORANDO tem como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos 
departamentos/setores de um órgão entre si. 
IMPORTANTE! O memorando precisa da agilidade necessária para a eficiência do 
serviço diário dos órgãos públicos. Por isso, o memorando dispensa (Veja bem que 
DISPENSA, não proíbe!) algumas formalidades: o timbre, o vocativo e a local (basta a 
data). 
Veja na próxima página um exemplo de memorando: 
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DOCUMENTOS OFICIAIS 
 
ATA - um documento em que são registrados, de forma resumida e objetiva, os fatos 
ocorridos durante uma reunião. A ata deve ser redigida, se possível, enquanto ocorre a 
reunião, por isso é usual que o secretário, que a redige, seja uma pessoa não envolvida 
nas discussões e deliberações a serem tomadas pelos participantes. Ou seja, o secretário 
deve ser apenas um observador e narrador fiel dos fatos. FORMA E CONTEÚDO DA 
ATA: No quadro a seguir, estão as partes básicas constituintes de uma ata. 
 
PARTE CONTEÚDO 
INTRODUÇÃO (OU CABEÇALHO) 
Nº.. da ata e especificação da reunião (ex.: Assembléia 
Geral Ordinária) 
ABERTURA 
Data (por extenso), hora, local, tipo de reunião, nome 
completo da entidade, forma de convocação para a 
reunião 
VERIFICAÇÃO DE PRESENÇA 
(QUORUM) 
Registro do número de presentes e se ele é suficiente 
para a realização da reunião, segundo a lei ou os 
estatutos da entidade 
DEFINIÇÃO DA MESA DIRETORA 
Nome dos indicados para dirigir a reunião 
(presidente/coordenador e secretário(s)) e forma de 
escolha (aclamação/votação etc.) (ver observação, 
abaixo) 
 
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TEXTO 
Assuntos tratados, decisões, opiniões dos presentes, 
considerações, interrupções etc. 
ENCERRAMENTO 
Frase-padrão do tipo “Nada mais havendo a tratar, 
encerraram-se os trabalhos e a presente ata foi 
assinada por ........” 
 
OBSERVAÇÃO: O(s) presidente(s)/coordenador(es) e o(s) secretário(s) devem, necessariamente, 
assinar a ata. Quanto à comprovação da presença dos outros membros participantes, pode ser 
adotado um dos seguintes procedimentos: 
- Os participantes assinam a ata; 
- Junta-se a ela uma lista com as assinaturas dos participantes; 
- Dispensam-se as assinaturas dos participantes (esse procedimento precisa serregistrado no encerramento da ata). 
Dependendo da constituição da entidade, a ata pode ser um documento com valor 
jurídico. Por isso, nesses casos, é imprescindível tomar certos cuidados com sua 
redação. Dentre esses cuidados, destacam-se: 
 A redação deve ser compacta, isto é, não se deixam parágrafos nem linhas em 
branco. (Esse procedimento impede que, no futuro, sejam feitos acréscimos ao texto 
original da ata.) 
 Os números importantes devem ser escritos por extenso ou em algarismos e 
repetidos por extenso entre parênteses. Exemplo: “... eleitos por um período de dois 
anos...” ou “... eleitos por um período de 2 (dois) anos...” 
 Não pode apresentar rasuras ou borrões. Se, durante a redação, ocorrer algum erro, 
deve-se empregar a palavra “digo” e escrever a forma correta. Exemplo: “... ficando 
indicado o Sr. José Pasquini para diretor, digo, supervisor da nova seção...” 
 
Quando o erro só for percebido depois que a ata já estiver redigida, emprega-se a 
seguinte expressão corretiva: “Em tempo: onde se lê... leia-se...” Exemplo: Em tempo, 
onde se lê realinhar a antiga fábrica, leia-se reativar a antiga fábrica. Pode-se também 
empregar a expressão “em tempo” para se fazerem acréscimos depois que a ata já 
estiver pronta. Exemplo: Em tempo: A reunião da diretoria com os novos supervisores 
das regionais que, a princípio, estava marcada para maio ficou adiada para o início de 
julho. 
 
O LIVRO DE ATAS: O livro de atas é um volume destinado à lavratura (redação) das atas 
de uma entidade. Cabe à pessoa responsável conferir ou colocar a paginação de todas as 
folhas do livro e rubricá-las uma a uma. Termo de abertura: A mesma pessoa que 
rubrica as páginas do livro deve redigir, na 1a. página, o termo de abertura. Termo de 
encerramento: Quando todas as suas páginas já estiverem utilizadas pelos registros das 
atas, é necessário redigir, na última página, o termo de encerramento. 
Exemplo de ata: 
ATA NO. 58, Assembléia Geral Extraordinária 
Aos dezesseis dias do mês de fevereiro de mil novecentos e noventa e três, às nove 
horas, na sede social, na avenida Comendador Flávio Evaristo Ribeiro, 326, 6o. andar, 
nesta cidade, reuniram-se em Assembléia Geral Extraordinária os acionistas da Empresa 
Transportadora Fast-Carga S/A, devidamente convocados por editais publicados no 
Diário Oficial do Estado, edições de 6, 7 e 8 de fevereiro de 1993, e no jornal O Estado de 
S. Paulo, edições das mesmas datas. Verificando o Livro de Presenças, o diretor, Sr. 
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Carlos Baldera, constatou a presença de número suficiente de acionistas, conforme os 
Estatutos da Empresa, razão pela qual, havendo número lega, declarou instalada a 
Assembléia e em condições de deliberar sobre o objeto da convocação. Em seguida o Sr. 
Carlos Baldera convidou os presentes a indicarem a mesa que deveria dirigir a 
assembléia, recaindo a indicação, por aclamação, no próprio Sr. Carlos para presidente e 
em mim, Celina Valigni, para secretária. Composta a mesa, declarou o senhor presidente 
que, como era do conhecimento geral, os assuntos que deveriam ser debatidos na 
presente assembléia versavam sobre a seguinte ordem do dia: a) leitura e aprovação da 
ata da reunião anterior; b) constituição e eleição do novo Conselho de Administração. 
Feita a leitura da ata da reunião anterior e integralmente aprovada sem ressalvas, 
iniciaram-se as discussões sobre qual seria a estrutura ideal e as funções do novo 
Conselho de Administração. Por se tratar de um órgão ainda inexistente na empresa, o 
senhor presidente solicitou a opinião dos Srs. Dr. Cláudio Feitosa e Aquiles Araújo Neto, 
aos quais, na reunião anterior, havia sido solicitado que se inteirassem como funciona o 
referido Conselho em outras empresas do mesmo porte que a Fast-Carga. Após os 
relatos dos referidos senhores e discussão das idéias por eles apresentadas, foram 
acrescidas as sugestões dos Srs. Natanael Oliveira, Carlos Urtega e Anamaria Lorenzo. 
Após uma longa e proveitosa discussão, o senhor presidente propôs que, em função da 
importância da decisão a ser tomada, seria conveniente que se marcasse uma nova 
assembléia, em que seriam apresentados alguns esboços de constituição do referido 
conselho para apreciação dos acionistas e também seriam escolhidos os futuros 
componentes desse conselho. Por aclamação unânime, a proposta foi aceita. Nada 
havendo mais a tratar, foram encerrados os trabalhos, lavrando-se a presente ata que, 
lida e aprovada por todos, vai ser assinada pela mesa diretora e pelos acionistas que 
compareceram. 
Assinaturas: 
 
RELATÓRIO contém informações sobre tarefas executadas e/ou sobre fatos ou 
ocorrências, inquéritos e sindicâncias. Só recebem essa designação aqueles documentos 
que apresentam certas características formais e estilísticas próprias: título, abertura 
(origem, data, vocativo etc.) e fecho (saudações protocolares e assinatura). 
 
A ESTRUTURA DO RELATÓRIO compreende, além da abertura e do fecho: 
 
A) Introdução: indicação do fato investigado, do ato ou da autoridade que determinou a 
investigação e da pessoa ou funcionário disso incumbido. Enuncia, portanto, o 
propósito do relatório. 
 
B) Desenvolvimento (texto, núcleo ou corpo do relatório): relato minucioso dos fatos 
apurados, indicando-se: 
a) A data; 
b) O local; 
c) O processo ou método adotado na apuração; 
d) Discussão: apuração e julgamento dos fatos. 
 
C) Conclusão e recomendações de providências ou medidas cabíveis. 
Alguns relatórios costumam incluir ainda material ilustrativo: diagramas, mapas, 
gráficos, desenhos etc., que podem vir incorporados no texto ou sob a forma de 
apêndice e anexos. 
 
Exemplo de um relatório simples: 
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REQUERIMENTO deriva-se do verbo requerer, que, de acordo com seu sentido 
denotativo, significa solicitar, pedir, estar em busca de algo. E principalmente, que o 
pedido seja deferido, ou seja, aprovado. 
 
Podemos fazer um requerimento a um órgão público, a um colégio, a uma faculdade, e 
mais a uma infinidade de outros destinatários. 
 
É importante sabermos que o requerimento pertence à chamada Redação Técnica, pois 
como todo texto, o mesmo constitui-se de algumas técnicas específicas para redigi-lo. 
 
Observemos, portanto, o modelo a seguir: 
 
TIMBRE 
 
RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO 
 
 
Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2000. 
 
Senhor Diretor, 
 
1. Tendo sido designado para apurar a denúncia de irregularidades ocorridas no 
Departamento dos Correios e Telégrafos, submeto à apreciação de V. Sa., para os 
devidos fins, o relatório das diligências que, nesse sentido, efetuei. 
 
2. Em 10 de setembro de 2000, dirigi-me ao chefe da Seção “A”, para inquirir os 
funcionários X e Y, acusados do extravio de valores endereçados à firma S e L, desta 
praça. 
 
3. Ambos negaram a autoria da violação da mala da correspondência, conforme 
termos constantes das declarações anexas. 
 
4. No inquérito a que se procedeu, ressalta a culpabilidade do funcionário X, sobre 
quem recaem as mais fortes acusações. 
 
5. O segundo, apesar de não se poder considerar mancomunado com o primeiro, 
tem parcela de responsabilidade, pois agiu por omissão, sendo negligente no 
exercício de suas funções. Como chefe de turma, devia estar presente, na ocasião da 
abertura da mala em apreço – o que não ocorreu, conforme depoimento de fls..... 
 
6. Do exposto resulta que somente o inquérito policial poderá esclarecer o crime 
perpetrado com a violação da mala de correspondência da Seção “A”. 
 
7. Impõe-se instauração imediata de processo administrativo. É o que me cumpre 
levar ao conhecimento de V. Sa. 
 
Respeitosamente, 
 
 
 
Nome 
cargo do signatário 
 
Il.mº. SR. Diretor da Escola Estadual Dom Bosco 
 
(Nome da pessoa que solicita o requerimento), aluna regularmentematriculada no nono ano do 
ensino fundamental desta escola, vem respeitosamente solicitar a V. Sª a expedição dos 
documentos necessários à sua transferência para outro estabelecimento de ensino. 
Nestes termos, pede deferimento; 
 
Londrina, 04 de novembro de 2008. 
(Assinatura) 
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Observações importantes: 
 
 Num requerimento, as expressões “abaixo-assinado”, “muito respeitosamente” e 
outra que já se tornaram arcaicas, devem ser abolidas. 
 
 O nome do solicitante deve vir acompanhado de informações que o identifiquem, 
conforme a natureza do requerente. 
 
 Para se fazer o pedido, pode-se usar uma das seguintes formas: Pede a V. S.ª, 
Solicita a V. S.ª, Requer a V. S.ª 
 
 As fórmulas convencionais de requerimento admitem as seguintes variações: 
 
o Pede a aguardar de ferimento - P. e A. D. 
o Termos em que pede deferimento 
o Espera deferimento - E. D. 
o Aguarda deferimento - A. D. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa - Novo Acordo Ortográfico 
- 48ª Ed. 2009. 
BECHARA, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa - Integrado. 2º ed.- Nova Fronteira, 
2010.

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